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RESUMO ECONOMIA E MERCADO

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RESUMO
ECONOMIA E MERCADO
Economia é o estudo de como as pessoas e a sociedade decidem empregar recursos escassos, os quais poderiam ter utilizações alternativas, para produzir bens variados.
A economia é a ciência que estudao homem enquanto ser social inserido em um ambiente de escassez; por essemotivo, pode ser considerada como uma ciência social aplicada.
2 O SISTEMA ECONÔMICO
2.1 O que vem a ser um sistema econômico?
Sabe-se que a economia de cada país funciona de maneira distinta; no entanto, em linhas gerais, a maior parte dos países no mundo possui o mesmo sistema econômico. Mas afinal, o que é um sistema econômico? Ora, se entre as questões da economia estão as decisões de o que, quanto, como e para quem produzir de forma eficiente, num contexto de necessidades ilimitadas, mas com recursos produtivos e tecnologia limitada, é necessário que uma sociedade se organize para tal. As atividades comuns a qualquer sistema econômico são a produção, o consumo e as trocas. E a forma de adoção das trocas é diferente em cada sistema econômico. 
O sistema econômico é a forma como a sociedade organiza sua produção, distribuição e consumo de bens e serviços, para que seja alcançado nessa sociedade o maior nível de bem-estar possível. Essa organização envolve tanto a dimensão econômica, como também a dimensão social e política de uma sociedade. No entanto, é preciso ter em mente que as comunidades não simplesmente “escolhem” um sistema econômico, mas ele é fruto de um processo histórico de lutas, guerras, disputas de interesses, que acabam definindo a forma de a sociedadese organizar social, política e economicamente. Um sistema econômico, então, é o conjunto de relações técnicas, básicas e institucionais, que caracterizam a organização social, econômica e política da sociedade. Essas relações condicionam as decisões fundamentais da sociedade e quais as atividades que serão as mais importantes dentro da comunidade.
Existem, basicamente, três sistemas econômicos no mundo: economia de mercado, economia socialista e economia mista. No Brasil o sistema utilizado é o de mercado.Tradicionalmente, classificam-se os sistemas econômicos em:
Sistema capitalista ou economia de mercado: a base desse sistema econômico é a propriedade privada dos bens de produção e do capital, em que predomina a livre iniciativa. Numa economia de mercado, as decisões de o que, como e para quem produzir são definidas pela concorrência, e o sistema de preços, regulado pelo mecanismo de oferta e demanda, com pouca interferência do Estado. O que produzir é definido pela demanda dos consumidores no mercado; quanto produzir é determinado pela interação entre consumidores e produtores no mercado, com o devido ajustamento dos preços; como produzir é determinado pela concorrência entre os produtores; e o para quem produzir é determinado pela oferta e demanda no mercado de fatores de produção. A produção se destina a quem tem renda para pagar.
Economias socialistas ou economia planificada: nessas economias, as decisões sobre o que, quanto, como e para quem produzir são determinadas por órgãos de planejamento do governo, e não pelo sistema de preços e pela concorrência inter capitalista. Os meios de produção – máquinas, equipamentos, matérias-primas, instrumentos, terras, minas, bancos, entre outros– são considerados propriedade de todo o povo (propriedade coletiva ou social). Os meios de sobrevivência, como roupas, automóveis, eletrodomésticos, móveis, entre outros, pertencem aos indivíduos. As residências pertencem ao Estado.
Economias mistas: surgem a partir da década de 30 do século XX, quando ainda prevalecem a livre iniciativa, a propriedade privada e as forças de mercado, mas há grande participação do Estado não apenas na produção de bens e serviços, mas também na alocação e na distribuição de recursos. O Estado também atua nas áreas de infra estrutura, energia, saneamento e telecomunicações.
1.3.1 Tipos de bens econômicos
Como já vimos, os bens econômicos são aqueles que possuem uma raridade relativa, ou seja, possuem um preço. Esses bens econômicos, quando se destinam à satisfação direta de necessidades humanas, são chamados bens de consumo ou bens finais. São todos aqueles bens que já estão aptos a serem consumidos, sem a necessidade de qualquer outra transformação. Os bens de consumo podem ser divididos em bens de consumo duráveis, que podem ser utilizados por um período mais prolongado – automóvel geladeira; e os bens de consumo não duráveis, que devem ser consumidos imediatamente ou são utilizados apenas uma vez ou poucas vezes, como alimentos e roupas.
Os bens destinados à fabricação de outros e absorvidos pelo processo de produção são chamados de bens intermediários. Esses bens sofrem novas transformações antes de se converterem em bens de consumo ou de capital, e possuem um ciclo curto no processo produtivo, sendo totalmente consumidos no processo produtivo. São exemplos de bens intermediários: matérias-primas, material de escritório, insumos, barras de ferro, peças de reposição, entre outros.
Os bens de capital também são utilizados na geração de outros bens, mas não se desgastam totalmente no processo produtivo, ou seja, não são absorvidos no processo de produção. Uma característica importante desses bens é que eles contribuem para a melhoria da produtividade da mão de obra. São exemplosde bens de capital: máquinas, equipamentos e instalações. Os bens de capital, como não são consumidos no processo de produção, também são bens finais.
Os recursos ou fatores de produção
Para que se obtenha a satisfação das necessidades humanas, é necessário produzir bens e serviços. E a produção exigiria o emprego de recursos produtivos e bens elaborados. Os recursos de produção ou fatores de produção da economia são aqueles utilizados no processo produtivo para obter outros bens e serviços, com o objetivo de satisfazer as necessidades dos consumidores.
	Fator de produção
	Definição
	Terra ou recursos naturais:
	Água, minerais, madeiras, solo para fábricas.
	Recursos humanos ou trabalho:
	Faculdades físicas e intelectuais.
	
Capacidade empresarial:
	Constitui-se daqueles indivíduos que reúnem os capitais para adquirir recursos produtivos e produzir bens e serviços para o mercado.
	
Capital: 
	Engloba os bens e serviços necessários para a produção de outros bens e serviços, como máquinas, equipamentos, instalações, dinheiro, ferramentas, capital financeiro.
	
Tecnologia:
	Todos os recursos tecnológicos disponíveis para a empresa.
Custo de oportunidade
Conforme o analisado, os recursos produtivos são escassos, e as necessidades humanas, ilimitadas, e porque existe a escassez, os agentes econômicos devem decidir onde e como aplicar os recursos disponíveis. Fazemos isso todo o tempo em nosso dia a dia, no supermercado, em nossas decisões de compras, porque só é possível satisfazer uma necessidade desistindo da satisfação de uma outra.
Não há capital nem trabalho, nem terra, nem tecnologia suficientes para produzir tudo aquilo que se deseja. A remuneração desses fatores também é restrita, limitando as possibilidades de consumo.
O custo de oportunidade de um bem ou serviço é a quantidade de outros bens ou serviços a que se deve renunciar para obtê-lo.
Assim, o custo de oportunidade é o sacrifício do que se deixou de produzir, o custo ou a perda do que não foi escolhido, e não o ganho do que foi escolhido. O custo de oportunidade também é chamado custo alternativo, por representar o custo da produção alternativa sacrificada.
Curva de possibilidades de produção
Dada a escassez de recursos da economia, os agentes econômicos são obrigados a fazer escolhas. Quando um bem é escasso, os indivíduos são forçados a escolher como o usar.
Em conseqüência existe uma troca – satisfazer uma necessidade implica a não satisfação de uma outra.
A curva de possibilidades de produção mostra as trocas que os indivíduos, as empresas ou os governos são obrigadosa fazer devido à escassez de recursos. 
Os fluxos reais e monetários da economia
O funcionamento de uma economia de mercado depende do entendimento de quem são os principais agentes econômicos que interferem no sistema econômico e que papel cada um deles exerce dentro da organização desse sistema econômico.
Como já apresentado, os principais agentes econômicos são as famílias, as empresas e o governo – e mais tarde o resto do mundo. São esses agentes os responsáveis por toda a atividade econômica de uma determinada sociedade.
As famílias são proprietárias dos fatores de produção e os fornecem para as empresas, ao mesmo tempo em que consomem os bens e serviços produzidos por essas mesmas empresas, as quais utilizam os fatores de produção fornecidos pelas famílias e, por meio de sua combinação, produzem bens e serviços fornecidos para o consumo dessas famílias.
Logo, as unidades familiares fornecem recursos produtivos para as empresas; e estas fornecem bens e serviços finais para aquelas. A interação entre as famílias e as empresas é feita pelo mercado de bens e serviços e o mercado de fatores de produção. Dessa interação, resultam dois fluxos:
Fluxo real da economia ou circulação real: quando houver deslocamento físico do bem; pode ser definido pelo fornecimento de recursos de produção, uso desses recursos e por sua combinação na produção de bens e serviços intermediários e finais.
Fluxo monetário da economia: quando há apenas transferência de propriedade, representada pelos pagamentos monetários efetuados pelos produtos (bens e serviços) e pelos fatores de produção.
O fluxo circular da renda é constituído pela união dos fluxos real e monetário, quando em cada um dos mercados atuam conjuntamente as forças da oferta e da demanda, determinando o preço. 
Divisão do estudo econômico
Quando pensamos ou discutimos a economia, podemos definir se queremos ter uma visão mais ampla ou mais restrita dos fenômenos econômicos. Para analisar o sistema econômico, podemos nos concentrar no estudo das unidades familiares e produtivas, ou podemos trabalhar com os grandes agregados. Nesse sentido, sobretudo por razões didáticas, costuma-se dividir a economia em três ramos de estudo fundamentais: microeconomia, macroeconomia e desenvolvimento econômico.
A microeconomia estuda a formação de preços em mercados específicos, ou seja, como consumidores e empresas se relacionam no mercado, por meio da ação conjunta de oferta e demanda, e definem os preços, para que as necessidades tanto dos consumidores quanto dos produtores sejam satisfeitas ao mesmo tempo. Logo, a microeconomia ocupa-se da análise do comportamento das unidades econômicas, como as famílias, os consumidores ou as empresas. Para a microeconomia, as diferentes unidades econômicas atuam como se fossem unidades individuais; estudam a racionalidade dos indivíduos (consumidores e empresas) diante da escassez de recursos, bens e serviços.
A macroeconomia estuda o funcionamento da economia em seu conjunto, ocupando-se da determinação e do comportamento dos grandes agregados nacionais, como o produto interno bruto (PIB), que mede o total do que é produzido no país, o investimento agregado, a poupança agregada, o emprego, o consumo agregado, o nível geral de preços, os juros da economia e os índices econômicos. O objetivo da macroeconomia é oferecer uma visão (embora simplificada) da economia, que forneça condições para o conhecimento e a atuação sobre o nível de atividade econômica de um país, pelas políticas governamentais.
Os estudos do desenvolvimento econômico se concentram no entendimento dos processos econômicos e buscam melhorar as condições de vida da sociedade, ao longo do tempo, pela acumulação de recursos escassos e a geração de tecnologia capazes de aumentar a produção de bens e serviços dessa sociedade. 
3.1 A Demanda
A lei geral da demanda diz: quandoo preço de uma mercadoria aumenta,a quantidade consumida desta diminui,mas quando seu preço diminui, a sua quantidade aumenta.
As mercadorias são demandadas porque seu consumoproporciona algum prazer ou a satisfação de alguma necessidadedos consumidores, ou seja, um bem possui demanda porquepossui utilidade – esta é a capacidade que possuem os benseconômicos de satisfazerem as necessidades humanas. Segundoa teoria do valor-utilidade, o valor de um bem é formado pelasatisfação que proporciona ao consumidor, e não pelo custo dotrabalho embutido nesse bem. Logo, o valor de um bem se formapor sua demanda.
A demanda é a quantidade de uma mercadoria ou serviço queos consumidores desejam adquirir em um determinado períodode tempo. Isso vai depender significativamente do preço dessamercadoria ou desse serviço. Quanto menor o preço de um bem, maior será a quantidade demandada; quanto maior o preço, menor a quantidade que cada um estará disposto a comprar. 
A oferta
Enquanto a demanda reflete uma relação que descreve o comportamento de consumidores, a oferta exprime o comportamento dos produtores, mostrando quanto esses empresários estão dispostos a vender a um determinado preço.
Assim, as diferentes quantidades que os produtores desejam vender no mercado em um determinado período de tempo constituem a oferta.
Elementos que deslocam a curva de oferta
Assim como alguns fatores podem modificar a demanda, fazendo com que a curva de demanda se desloque para a direita ou para a esquerda, os fatores que condicionam a oferta de mercado também podem afetar a curva de oferta, deslocando a para a direita ou para a esquerda, conforme se eleve ou se reduza a oferta de bens.
Os preços dos fatores de produção utilizados no processo produtivo ajudam a determinar os custos de produção das firmas. Fatores de produção com preços altos significam maiores custos e menores lucros, o que diminui o incentivo que as firmas têm em ofertar esse produto. A oferta se reduz e a curva de oferta desloca-se para a esquerda.
O desenvolvimento tecnológico proporciona um uso mais eficiente dos fatores de produção, possibilitando que as mesmas unidades de produto sejam produzidas com uma quantidade menor de recursos produtivos. Isso possibilita a redução de custos e o aumento da produção, elevando a oferta e provocando o deslocamento da curva de oferta para a direita.
As firmas consideram a maioria dos impostos como custos, portanto, um aumento nos impostos sobre as vendas ou a propriedade elevará os custos de produção e reduzirá a oferta, fazendo a curva de oferta deslocar-se para a esquerda. Em compensação, os subsídios reduzem os custos de produção e podem aumentar a quantidade ofertada, deslocando a curva de oferta para a direita.
4 TEORIA DA PRODUÇÃO
Numa economia de mercado, consumidores e empresas representam respectivamente as unidades do setor de consumoe de produção, que se inter-relacionam por meio do sistema de preços do mercado. A empresa ou firma é a unidade econômica de produção, responsável pela combinação entre os recursos produtivos para produzir bens e serviços a serem ofertados para venda nomercado. É uma unidade de produção que atua racionalmente, em busca de maximizar seus resultados. A teoria da produção trabalha a relação técnica entre as quantidades físicas produzidas (out puts) e as quantidades de fatores de produção (insumos – in puts) utilizadas durante o processo produtivo. A teoria dos custos, por sua vez, relaciona a quantidade física dos produtos com os preços desses insumos e a produtividade deles condicionada à tecnologia empregada.
4.1 A Produção
A produção é o processo em que a firma combina e transforma os recursos de produção em produtos ou serviços para a venda no mercado. As diferentes combinações desses insumos na produção dos bens e serviços vão definir os diversos métodos de produção.
Os métodos de produção são as diferentes combinações dos fatores de produção, a um dado nível tecnológico. A escolha das diferentes combinações entre os fatores de produção estará condicionada à sua eficiência. Quando um método de produção utiliza uma menor quantidade de insumos para produzir uma quantidade equivalentede produto, temos eficiência técnica ou tecnológica; quando, por outro lado, utilizamos um método de produção cujos custos de produção são menores em relação a outros métodos, temos a eficiência econômica.
Logo:
• eficiência técnica: é o método de produção que permite produzir uma mesma quantidade de produto, utilizando menor quantidade física de fatores de produção;
• eficiência econômica: é o método de produção que permite produzir uma mesma quantidade de produto a um menor custo de produção.
A função de produção
A quantidade de fatores de produção utilizada pelo produtorvai variar de acordo com suas decisões de o que, como e quantoproduzir, as quais dependem dos sinais vindos dos consumidores, o que resulta numa variação correspondente nas quantidadesproduzidas do produto.
A função de produção é a relação entre a quantidade de produto, a qual pode ser obtida com uma determinada quantidade de fatores de produção num dado período de tempo.
TEORIA DOS CUSTOS
Como já destacado, os produtores são indivíduos racionais, e, como tais, irão buscar maximizar seus resultados ao realizarem suas atividades produtivas. Nesse sentido, a empresa procurará sempre utilizar uma certa combinação de fatores para obter a máxima produção possível.
Os custos totais
Como já visto, os fatores de produção podem ser fixos (a quantidade não se altera para elevar ou reduzir o volume produzido no curto prazo) ou variáveis (a quantidade varia para fazer frente às alterações na demanda a curto prazo).
Conseqüentemente, o custo total de produção, conforme verificado, é definido como o total das despesas realizadas pela firma com a utilização da combinação mais econômica dos fatores.
Custos médios e marginais
Os custos médios são os custos totais por unidade de produto, obtidos pela relação entre o custo total e a quantidade produzida. É chamado também de custo unitário.
Custos a longo prazo
A curto prazo, a firma busca a maximização de seus lucros com as estruturas físicas de que dispõe, e se vê diante de determinados custos fixos, expressos na dimensão dada dessa firma. A longo prazo, a firma normalmente planeja novos investimentos, de forma a modificar a utilização e a combinação de todos os fatores de produção, alterando, assim, o seu potencial produtivo.
Enquanto contadores e administradores concentram sua preocupação no detalhamento de uma empresa específica, os economistas procuram fazer uma análise mais genérica, olhar não apenas a situação interna de uma empresa específica, mas também o ambiente externo das empresas e suas possíveis interações no mercado, tanto com consumidores quanto com outros produtores e com a sociedade em geral.
Existem alguns conceitos principais que ressaltam essas diferenças na teoria microeconômica. Os principais são os conceitos de custos de oportunidade e custos contábeis; externalidades; e custos e despesas.
Os custos contábeis são aqueles que envolvem dispêndio monetário, são custos explícitos, isto é: são gastos incorridos explicitamente em custos do trabalho de produção, pagamentos de partes componentes adquiridas de fornecedores, salários de administradores, juros, gastos de propaganda, variações de depreciação, entre outros.
Já os custos de oportunidade são aqueles que não envolvem desembolso monetário, são custos implícitos e se referem ao ganho ou retorno que os produtores estão sacrificando ao optar por uma determinada combinação de fatores de produção ou determinado investimento, em detrimento de uma outra alternativa também lucrativa.
As externalidades ou economias externas tanto podem ser as alterações de custos e benefícios para a sociedade, resultantes das atividades produtivas das firmas, como também as alterações dos custos e receitas das firmas, resultantes de fatores externos a ela.
Na contabilidade é feita a distinção entre custos e despesas. Os custos são gastos associados ao processo de fabricação dos produtos; as despesas são gastos associados ao exercício social e alocadas para o resultado geral do período (despesas financeiras, comerciais, administrativas).
ESTRUTURAS DE MERCADO
Vimos anteriormente que podemos analisar os fatores que determinam a oferta e a demanda de bens e serviços. Na análise da determinação dos preços no mercado, constatamos que o preço e a quantidade de equilíbrio seria resultado automático da ação da oferta e da demanda. No entanto, é preciso destacar que, na análise do equilíbrio de mercado, partimos da hipótese de que existiam muitos produtores e consumidores, nenhum deles teria o poder de influenciar os preços e as quantidades de equilíbrio e não haveria a interferência nem do governo nem de oligopólios nesse mercado. Implicitamente, supunha-se uma estrutura específica de mercado, a de concorrência perfeita.
As estruturas de mercado são, portanto, modelos que captam aspectos de como os mercados estão organizados, destacando alguns aspectos essenciais da interação entre oferta e demanda. No entanto, esses mercados estão organizados seguindo o princípio da racionalidade e da busca de otimização de resultados por parte dos produtores. Assim, as principais estruturas de mercado são concorrência perfeita, monopólio, concorrência monopolística (ou imperfeita) e oligopólio. Esses quatro modelos de mercado diferem quanto ao número de firmas na indústria, quanto à produção de um produto padronizado ou à tentativa de diferenciar seus produtos das demais firmas e quanto à facilidade ou dificuldade que outras firmas enfrentam para entrar na indústria.
A Concorrência Perfeita
A concorrência perfeita ou pura caracteriza-se pela existência de um grande número de produtores (firmas), de tal maneira que uma empresa isoladamente não consegue interferir nos níveis de oferta do mercado, e não tem, portanto, poder para determinar os preços de equilíbrio. Nesse mercado, é a interação entre oferta e demanda que determina o preço. Então, as principais hipóteses do modelo de concorrência perfeita são as que seguem:
Mercado atomizado: existe um número elevado de ofertantes e demandantes, como “átomos”. Desse modo, cada agente isolado exercerá pouca influência sobre o mercado como um todo, sem afetar a determinação de preços. Logo, se um produtor individual elevar ou diminuira quantidade produzida, isso não influirá sobre o preço de mercado do bem que produz.
Produto homogêneo (ou padronizado): supõe-se que todas as firmas oferecem um produto semelhante; não existem diferenças de embalagem nem de qualidade entre os produtos nesse tipo de mercado. Assim, se o preço cobrado for o mesmo para todas as firmas, os consumidores serão indiferentes em relação a de qual produtor comprar o produto desejado. Nessa estrutura de mercado, os produtores não fazem nenhum tipo de diferenciação de produto nem tentam adotar outras formas de concorrência extra preço.
Tomadores de preço ou price-takers: como as firmas não exercem controle significativo sobre o preço do produto, o produtor individual em concorrência pura é um tomador de preço, já que a firma não pode influenciar o preço de mercado, apenas ajustar-se a ele. Isso ocorre porque, em concorrência perfeita, cada firma produz uma fração tão pequena da produção total, que aumentar ou diminuir sua produção não acarretará um impacto significativo sobre a oferta total nem sobre o preço de equilíbrio. 
Transparência do mercado: todos os que participam do mercado, tanto consumidores quanto produtores, têm amplo acesso às informações relevantes e amplo conhecimento das condições gerais em que opera o mercado, sem incorrer em custos. Logo, todos os agentes econômicos conhecem preços, qualidade, custos, receitas, lucros, entre outros.
Livre entrada e saída: novas firmas podem entrar e sair das indústrias em concorrência perfeita. Não existem obstáculos significativos (legais, financeiros, tecnológicos,entre outros) que proíbam novas firmas de produzirem evenderem sua produção em qualquer mercado competitivo.O mercado é sem barreiras à entrada e à saída tanto de vendedores como de compradores. 
Mobilidade de bens: existe umacompleta mobilidadede produtos entre regiões, o que implica a inexistênciade custos de transporte. Não se considera a localização espacial de produtores e consumidores. Um consumidor de Fortaleza paga igual a um de Sobral pelo mesmo produto.
Não existem externalidades: não há influências de fatores externos nos custos das firmas e na satisfação dos consumidores, ou seja, nenhuma firma influi no custo das outras e nenhum consumidor influi no consumo dos outros.
Concorrência perfeita no mercado de insumos: todas as firmas apresentam a mesma estrutura de custos, e os preços dos insumos são dados.
Como podemos observar, o mercado em concorrência perfeita representa uma estrutura ideal de mercado, sem barreiras e sem interferências, o que não corresponde à realidade cotidiana da economia. No entanto, essa estrutura ideal serve como referência para a construção de modelos que estejam mais próximos da realidade. Apenas o mercado de produtos agropecuários poderia ser um exemplo que se aproxima do modelo de concorrência perfeita.
7.1.4 Crescimento Econômico 
No Brasil, atualmente, utilizamos o sistema de metas de inflação, que determina em que patamar a inflação deve se situar, fazendo os esforços necessários para mantê-la. Crescimento econômico implica colocar à disposição da coletividade uma quantidade de mercadorias e serviços que supere o crescimento populacional. O aumento do nível de vida e do emprego está ligado ao crescimento econômico, na medida em que ele representa um processo sustentado ao longo do tempo, cujos níveis de atividade econômica aumentam constantemente.
É interessante que se faça a diferenciação entre crescimento econômico e desenvolvimento econômico:
• crescimento econômico: expansão do produto real da economia durante um certo tempo, sem implicar mudanças estruturais e distribuição de renda;
• desenvolvimento econômico: aumento do produto real per capita associado à melhoria dos indicadores sociais, melhoria da distribuição de renda e crescimento do produto industrial no produto total.
7.2.1 As funções econômicas do setor público
Conforme vimos acima, ao longo do século XX, ficou evidente que o mercado não é capaz de garantir o bem-estarda sociedade, seja porque não consegue fornecer certos bens e serviços, seja porque o sistema de preços não possui a capacidade plena de autor regulação, seja porque provoca uma distribuição de renda injusta. Assim, o setor público intervém na economia, desempenhando quatro funções básicas: assegurar uma melhor alocação de recursos produtivos, melhorar a distribuição de renda, proporcionar a estabilidade econômica e promover o crescimento econômico.
Ao intervir na economia, o Estado objetiva o progresso social e econômico do país, e, para conseguir isso, os governos buscam, por sua ação, elevar o nível de emprego, promover a estabilidade de preços, alavancar o desenvolvimento econômico, promover uma distribuição de renda mais equitativa e equilibrar os intercâmbios comerciais com o resto do mundo.
7.2.2 Função Alocativa
Por intermédio do exercício da função alocativa, o governo fornece bens e serviços que não podem ser fornecidos adequadamente pelo mercado, os chamados bens públicos, e intervém na oferta do setor privado, pela política fiscal.
Por causa das falhas do mercado, uma série de bens e serviços deixaria de ser ofertada, não fosse a interferência do setor público. Assim, o governo aloca recursos escassos e oferta bens e serviços públicos que o setor privado não consegue ou não se dispõe a oferecer, mas que são imprescindíveis à população.O setor público, portanto, complementa a iniciativa privada em setores, cujo volume de investimento necessário é muito elevado, de longa maturação, e oferece bens públicos.
7.2.3 Função Distributiva
Muitas vezes, o livre funcionamento dos mecanismos de mercado não conduz ao bem-estar de toda a sociedade e a uma distribuição de renda equitativa. Na maior parte das vezes, o mercado, deixado à própria sorte, provoca a concentração de renda e riqueza nas mãos de um pequeno número de pessoas, enquanto a maioria da população padece do empobrecimento, do subemprego e até do desemprego.
7.2.4 Função Estabilizadora e de Crescimento Econômico
Para elevar o nível de emprego e de atividade econômica, reduzir a taxa de inflação, manter a estabilidade da moeda ou alcançar o equilíbrio nas transações do país com o exterior, o setor público adota uma série de políticas para controlar os grandes agregados econômicos. Para isso, o governo utiliza instrumentos de política fiscal, monetária, cambial, comercial e de rendas, o que trabalhamos no módulo anterior.
Quando existe desemprego, para elevar a demanda agregada, o governo aumenta seus gastos; caso haja déficit público e inflação, o governo intervém com uma política fiscal contracionista, reduzindo gastos e procurando desaquecer a economia. Para controlar preços e salários, o governo pode atuar
tanto para manter o nível da demanda agregada, como para estimular o crescimento desta.
DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E ECONOMIA BRASILEIRA
O Desenvolvimento Econômico
Crescimento econômico é a elevação do produto real da economia durante um certo período de tempo.
Primeiro, é preciso destacar, mais uma vez, a diferença entre crescimento econômico e desenvolvimento econômico.
O crescimento econômico refere-se à elevação do produto real da economia durante certo período de tempo, sem haver mudanças estruturais ou na distribuição de renda, nem preocupações com a sustentabilidade desse crescimento. O crescimento econômico é, então, definido como o aumento contínuo do produto interno bruto em termos globais e per capita, ao longo do tempo; esse critério também implica uma melhor eficiência do sistema produtivo. Alguns defendem que o crescimento é um aumento na produção acompanhado de modificações nas disposições técnicas e institucionais, isto é, mudanças nas estruturas produtivas e na alocação dos insumos pelos diferentes setores da produção.
Desenvolvimento e Subdesenvolvimento
A primeira condição para o desenvolvimento econômico é a de que a taxa de crescimento do produto seja continuamente superior à taxa de crescimento da população; logo, a renda percapita está crescendo. Uma melhora nas condições de vida e na distribuição de renda em favor das classes mais pobres também é algo imprescindível para evidenciar o desenvolvimento. Para caracterizar um processo de desenvolvimento econômico, devemos observar, além disso, ao longo do tempo, a existência de:
• crescimento do bem-estar econômico;
• ampliação da economia de mercado;
• diminuição dos níveis de pobreza, desemprego e desigualdade;
• melhoria nas condições de saúde, nutrição, educação, moradia e transporte;
• aperfeiçoamentos institucionais.
É preciso destacar que, embora estejamos dando ênfase aos fatores econômicos estratégicos para o desenvolvimento, este se constitui num fenômeno mais global da sociedade, que atinge toda a estrutura sócio política e econômica.

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