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RESUMO BIOLOGIA ODONTOLÓGICA AULA 03 TECIDO CONJUNTIVO P. D. – MATRIZ EXTRACELULR · SUBSTÂNCIA FUNDAMENTAL A substância fundamental intercelular é uma mistura complexa altamente hidratada de moléculas aniônicas, dentre elas, glicosaminoglicanos, proteoglicanos e glicoproteínas multiadesivas. Ela é incolor e transparente. - FUNÇÕES: · Preenche os espaços entre as células e as fibras; · Lubrificante; · Barreira contra a penetração de microrganismos; · Veículo para a difusão de nutrientes e migração de células. - COMPOSIÇÃO: GLICOSAMINOGLICANAS (GAGs): São cadeias de polissacarídeos não ramificadas formada por repetições de dissacarídeos. Se subdividem em: Sulfatadas: São moléculas que não se agregam a moléculas grandes por possuírem cargas negativas fortes, mas atraem água. Possuem sulfato em sua composição. Ex: Heparina. Não Sulfatadas: São moléculas que se agregam formando grandes cadeias e atraem a água. Encontram-se nos tecidos conjuntivos e cartilaginoso (líquido sinovial). Não possuem sulfato em sua cadeia: Ex: Ácido hialurônico. PROTEOGLICANAS São formadas pela união das proteínas e das glicosaminoglicanos. As glicosaminoglicanos são polímeros lineares formadas por ácido urônico + hexosamina. Essas glicosaminoglicanos ligadas à um eixo proteico, por meio de reações covalentes, forma o que chamamos de proteoglicanos. Essas moléculas são extremamente hidratadas e altamente viscosas. Quando agregados a moléculas de ácido hialurônico, formam o estado de gel da matriz. O Ácido Hialurônico (AH) é um composto glicosaminoglicano, constituído de ácido glucorônico. Podemos encontrá-lo na matriz extracelular da pele. Eles mantem vivas as fibras de colágeno que dão sustentação, hidratação e elasticidade. GLICOPROTEÍNAS MULTIADESIVAS As glicoproteínas são moléculas de proteínas ligadas a cadeias de glicídios muito ramificados. Possuem como principais funções a aderência das células ao seu substrato; fixação de componentes da matriz e interação entre as células vizinhas. Ex: Laminina; condronectina; osteonectina e fibronectina. MACROMOLÉCULAS Além da substância fundamental, existe o fluido tecidual, composto por macromoléculas e água, semelhante ao plasma sanguíneo. Dentre essas moléculas, cabe citar: proteínas; íons; e água. - PRESSÃO HIDROSTÁTICA E OSMÓTICA O sangue traz nutrientes para o tecido e leva excreções celulares através dos processos de pressão hidrostática e osmótica. - VARIEDADES DO TECIDO CONJUNTIVO O tecido conjuntivo pode ser dividido em: O tecido conjuntivo propriamente dito pode ser dividido em: - Frouxo: Tecido que preenche espaços entre células musculares; sustenta células epiteliais e forma camadas nos vasos sanguíneos. É flexível, delicado e bem vascularizado. Sua composição é balanceada, possuindo distribuição igualitária de componentes. Ex: Pele e mucosa. - Denso: Tecido adaptado para tração com predominância de fibras colágenas. Menos flexível e subdividido em: modelado (fibras colágenas organizadas em feixes organizados); não modelado (fibras colágenas organizadas em feixes sem organização). Ex: Frouxo: Hipoderme Denso não modelado: Derme Denso modelado: Tendão - CAUSAS E FORMAÇÃO DO EDEMA As trocas de líquido entre o espaço intravascular e os tecidos circundantes ocorrem principalmente através das paredes dos capilares sanguíneos. Essas trocas são reguladas por duas forças principais: a pressão hidrostática e a pressão oncótica. A pressão hidrostática é exercida pelo líquido dentro dos capilares e tende a empurrar o líquido para fora dos vasos sanguíneos e para os tecidos. Por outro lado, a pressão oncótica é exercida pelas proteínas plasmáticas, principalmente a albumina, que tende a atrair o líquido de volta para os capilares. Quando há um desequilíbrio entre essas forças, ocorre o acúmulo de líquido nos tecidos, resultando no edema. Existem várias causas para esse desequilíbrio: 1. Aumento da pressão hidrostática: Isso pode ocorrer devido a uma elevação da pressão arterial, obstrução do fluxo sanguíneo venoso ou insuficiência cardíaca congestiva. O aumento da pressão hidrostática força o líquido para fora dos capilares, contribuindo para a formação do edema. 2. Diminuição da pressão oncótica: A diminuição da concentração de proteínas plasmáticas, como ocorre em certas doenças hepáticas, síndrome nefrótica ou desnutrição, reduz a pressão oncótica. Com isso, há menos atração do líquido de volta para os capilares, favorecendo o acúmulo nos tecidos. 3. Aumento da permeabilidade vascular: Lesões nos vasos sanguíneos, inflamação ou reações alérgicas podem causar um aumento na permeabilidade vascular. Isso permite que proteínas e líquidos extravasem dos capilares para os tecidos, resultando em edema. 4. Distúrbios no sistema linfático: O sistema linfático é responsável por drenar o excesso de líquido dos tecidos. Se houver uma obstrução ou disfunção nesse sistema, como ocorre no linfedema, o líquido não pode ser adequadamente drenado, levando ao edema. Em resumo, o edema é formado quando há um desequilíbrio entre as forças hidrostáticas e oncóticas que regulam o movimento de líquido nos capilares sanguíneos. Isso pode ocorrer devido ao aumento da pressão hidrostática, diminuição da pressão oncótica, aumento da permeabilidade vascular ou distúrbios no sistema linfático. Essas condições podem levar ao acúmulo de líquido nos tecidos e ao desenvolvimento do edema.
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