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UNIVERSIDADE DA INTEGRAÇÃO INTERNACIONAL DA LUSOFONIA AFRO-BRASILEIRA BACHARELADO EM ENGENHARIA DA COMPUTAÇÃO LABORATÓRIO DE FÍSICA I ADOLFO COSSA BECOLYOF SANHA LILI MACHIANA RELATÓRIO DA PRÁTICA 6 LANÇAMENTO HORIZONTAL E OBLIQUO (MRUA) REDENÇÃO-CE 2023 SUMÁRIO 1. OBJETIVOS..............................................................................................04 2. INTRODUÇÃO.........................................................................................06 3. MATERIAIS E MÉTODOS.....................................................................07 3.1 MATERIAIS UTILIZADOS...........................................................07 3.2 MÉTODOS .....................................................................................08 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES............................................................10 5. CONCLUSÃO...........................................................................................12 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................14 LANÇAMENTO HORIZONTAL E OBLIQUO Adolfo Cossa ° RESUMO Nesta prática, serão estudados conceitos do movimento de lançamento horizontal e obliquo, que terá como objetivo analisar os dados obtidos experimentalmente com o lançamento de uma esfera que descreve um movimento bidimensional com conceitos já conhecidos que regem a mecânica clássica. O foco é analisar que o movimento descrito por projéteis tem forma parabólica, verificando o princípio da simultaneidade, será determinada a velocidade de uma esfera no lançamento horizontal, relacionando a velocidade de lançamento do móvel com o alcance atingido e por fim relacionar o ângulo de lançamento do móvel com o alcance atingido. Palavras-chave: Lançamento horizontal e obliquo; Esfera; Simultaneidade; Ângulo. ABSTRACT In this practice, concepts of horizontal and oblique launch movement will be studied, which will aim to analyze the data obtained experimentally with the launch of a sphere that describes a two-dimensional movement with already known concepts that govern classical mechanics. The focus is to analyze that the movement described by projectiles has a parabolic shape, verifying the principle of simultaneity, the speed of a sphere in the horizontal launch will be determined, relating the launch speed of the mobile with the reach reached and finally to relate the launch angle of the mobile with the range reached. Keywords: Horizontal and oblique launch; Ball; Simultaneity; Angle. 4 1. OBJETIVOS O presente experimento tem como objetivo: Verificar o princípio da simultaneidade; Determinar a velocidade de uma esfera no lançamento horizontal; Relacionar a velocidade de lançamento do móvel com o alcance atingido; Relacionar o ângulo de lançamento do móvel com o alcance atingido. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Ao se estudar o movimento de corpos sob ação da gravidade, observa-se algumas características, que intrigaram muitos cientistas ao longo da história. Assim, por exemplo, poderia se perguntar por que corpos lançados para cima caiem novamente ao solo. Ao lançar um projétil, observa-se que a sua trajetória é uma curva. Em particular, se o arremesso for feito horizontalmente a partir de uma determinada altura em relação à superfície, a trajetória é inclinada para baixo logo após o lançamento. Galileu Galilei foi o primeiro cientista a responder qual seria a curva descrita por este projétil e sugeriu que o movimento poderia ser descrito através da composição de dois movimentos: Um Movimento Retilíneo Uniforme (MRU) na horizontal e um Movimento Retilíneo Uniformemente Acelerado (MRUA) na vertical, sujeito à aceleração da gravidade, análogo ao movimento de queda livre. É importante observar estas aproximações valem quando a influência da resistência do ar pode ser desprezada e quando o movimento ocorre próximo à superfície da terra, ou seja, em alturas muito pequenas comparadas com o raio da terra, que é de aproximadamente 6370 km. Além disso, considera-se a superfície da terra como sendo plana. Considere o lançamento de um projétil de massa m por um canhão inclinado de um ângulo ϴ, conforme mostra a figura abaixo. O projétil é lançado do repouso, sobre a superfície da terra, a partir da origem de um sistema de coordenadas xy. O projétil abandona o canhão com uma velocidade inicial vo. A partir daí, o projétil descreve uma trajetória curvilínea até atingir o solo a uma distância x = A, denominada de alcance. Abaixo a ilustração de um lançamento de um projétil no plano x,y. 5 De acordo com a proposta de Galileu, o movimento do Projétil é decomposto em duas partes discutidas abaixo. Movimento Vertical Nesta etapa, o projétil descreve um Movimento Retilíneo Uniformemente Acelerado (MRUA), cuja equação da posição vertical y(t) em função do tempo t, é: y = y0 + V0yˑt + 𝑎𝑡² 2 Onde yo é a altura inicial do projétil, Vyo é a velocidade inicial e ay é a aceleração vertical que, em módulo, é igual a aceleração da gravidade g. Assumindo yo = 0, Vyo = vosen ϴ e ay = -g, a Eq. acima torna-se: Y = vosen ϴt – 1/2g 𝑡² Movimento Horizontal Nesta etapa, o projétil descreve um Movimento Retilíneo Uniforme (MRU), cuja equação da posição horizontal x(t) em função do tempo t, é: x = xo + vxot Onde Xo é a distância horizontal inicial do projétil e vxo é a velocidade inicial horizontal. Assumindo Xo = 0 e Vxo = Vocosϴ, a Eq. acima torna-se: T = X / Vocosϴ Substituindo a Eq. acima na Eq. 2, obtém-se: Y = vosen ϴt (X / Vocosϴ) – 1/2g (X / Vocosϴ) ² O modelo clássico de Galileu prevê, então que a função Y = F (x) é do tipo parabólico. 6 Movimento Oblíquo Quando um objeto é lançado na diagonal, ou seja, em um ângulo do lançamento em relação ao solo maior que 0 graus, e menor que 90 graus, temos um lançamento oblíquo. Este tipo de movimento realiza uma trajetória parabólica, unindo movimentos na vertical (sobe e desce) e na horizontal. Na vertical ele realiza um Movimento Uniformemente Variado (MUV). Já na posição horizontal, o Movimento Retilíneo Uniforme (MRU). Nesse caso, o objeto é lançado com uma velocidade inicial (Vo) e está sob a ação da Força da gravidade (g). Geralmente, a velocidade vertical é indicado por Vy, enquanto a horizontal é Vx. Isso porque quando ilustramos o lançamento oblíquo, utilizamos dois eixos (X e Y) para indicar os dois movimentos realizados. A posição inicial (So) indica o local onde tem início o lançamento. Já a posição final indica o local onde o objeto cessa o movimento parabólico. Ademais, é importante notar que após lançado ele segue na direção vertical até atingir uma altura máxima e daí, tende a descer, também na vertical. Fonte: https://www.todamateria.com.br/lancamento-obliquo A título de exemplo de lançamento oblíquo podemos citar: O chute de um futebolista, um atleta de salto à distância ou ainda, a trajetória realizada por uma bola de golfe. 2. INTRODUÇÃO O tema da prática 6 de laboratório de física I em questão, é sobre lançamento horizontal e obliquo, onde foi realizado um experimento em virtude de um plano inclinado de altura = 8,5 cm, tendo um alcance determinado. O lançamento horizontal pode ser considerado, de acordo com o princípio da simultaneidade, como o resultado da composição de dois movimentos simultâneos e independentes: queda livre https://www.todamateria.com.br/lancamento-obliquo 7 (movimento uniforme, pois não existe nenhuma aceleração na direção horizontal; o móvel o realiza por inércia, mantendo a velocidade com que foi lançado). Em cada ponto da trajetória, a velocidade resultante do projétil, cuja direção é tangente à trajetória,é dada pela soma vetorial da velocidade horizontal que permanece constante, e da velocidade vertical, cujo módulo varia, pois a aceleração da gravidade tem direção vertical. Assim, no lançamento horizontal, à medida que o móvel se movimenta, o módulo de sua velocidade cresce em virtude do aumento do módulo da componente vertical. Trata-se de um movimento em um plano vertical com velocidade inicial v = 0 com a aceleração constante, que é igual a aceleração de queda livre g, com direção para baixo. No lançamento de projéteis, os movimentos horizontais (eixo x) e vertical (eixo y) são independentes, o que facilita os cálculos. O vetor velocidade horizontal não varia, o que caracteriza movimento retilíneo uniforme, sendo assim, a aceleração é nula. O experimento tem como objetivo estudar o movimento de um corpo (esfera) em duas dimensões (x e y). Entretanto, o presente relatório visa apresentar equações e relações existentes entre a velocidade de lançamento com alcance atingido bem como o ângulo de lançamento do móvel com o alcance atingido, determinadas através de um experimento previamente realizado. 3. MATERIAIS E MÉTODOS 3.1 Materiais Utilizados Os materiais utilizados nesse experimento foram: 01 – Disparador; 01 – Grampo C largo; 01 – Esfera de aço Ø 18 mm; 01 – Tapete de EVA; 01 – Folha de papel carbono; 02 – Folhas de papel ofício (A4); 01 – Fita adesiva; 01 – Trena; 01 – Sensor fotoelétrico e cabo mini-din e; 01 – multicronômetro. 8 3.2 Métodos Para a realização do experimento no laboratório de Física I, o experimento foi dividido em duas partes: Procedimento I (lançamento horizontal) e Procedimento II (lançamento obliquo). Procedimento I Nesta primeira etapa, foi necessária uma prévia verificação do equipamento pois ele já estava completamente montado, faltando apenas ajustá-lo em virtude do experimento. A primeira coisa que se fez, foi a verificação da esfera, onde foi necessário verificar se a sombra da esfera estava tangenciando o sensor, ligando o sensor através do multímetro, pôde se verificar que a luz do sensor criava uma sombra que devia tangenciar um pequeno orifício de frente ao sensor, caso este não estivesse, foi apenas necessário ajustar a barra superior do aparelho até que este ficasse tangente ao furo. Deste modo, com uma Trena (fita métrica), mediu-se a altura da bancada até a esfera que nos deu uma altura igual a 8,5 cm que equivale a h = 0,085 m. Com um pedaço de fita adesiva, marcou-se na bancada o ponto Xo que serviu como origem do sistema. Mais adiante, fez-se um teste para verificar se estava tudo nos conformes e para isso, engatilhamos o disparador com a esfera que por sinal tinha uma medição de rad = 18 mm (largura), a mola do gatilho que aplica a força no lançamento da esfera já estava em sua posição de menor impulso. Apoiando o gatilho na parte mais larga do manípulo de metal, verificou-se se o cabo mini – din estava conectado no sensor fotoelétrico na entrada So do multicrnômetro. Ligando o multicronômetro, ajustou-se a posição do sensor de forma a deixar a sombra da esfera engatilhada bem próxima ao receptor. Selecionamos a função F2 Vm 1 Sensor e inserimos a largura da esfera. Realizamos o primeiro disparo e observamos que a esfera fez um voo até colidir com a bancada, conforme o que se espera numa gravidade, após isso, delegamos um dos integrantes do grupo para estar preparado para segurar a esfera após o primeiro toque com a bancada para que ela não caia no chão, não só por isso mas também, havia uma necessidade de observação do ponto de impacto ou seja, onde a esfera tocou na mesa, para que assim fosse possível fixar nesse ponto, um conjunto de duas folhas A4 e uma folha de papel carbono ao meio das duas folhas. Iniciamos assim, o nosso primeiro lançamento, para tal enquanto um dos integrantes efetua o disparo, o outro observava o ponto de chegada ou de impacto da esfera contra os papeis à mesa. Com esse ponto, medimos com trena a distância existente entre a posição Xo e a marca indicada pelo ponto que denominamos por P1 (ponto 1), 9 para não nos confundir nas medidas conseguintes, através do registro do sensor obtivemos o valor da velocidade de lançamento (Vx) da esfera. Foi preciso ter cuidado para não confundir essa leitura no multicronômetro com a medida do tempo. Efetuamos 5 lançamentos com os procedimentos supracitados e apesar do primeiro lançamento ter sido com sucesso os outros foram um pouco mais trabalhosos, isso porque a folha de papel carbono já estava desgastada provavelmente por conta dos vários experimentos que vem sendo feitos ao longo dos anos. Por isso, tivemos que implementar uma nova forma para alcançar os objetivos pretendidos, em que ao invés de usar a folha de papel carbono para identificar o ponto, passamos a usar a nossa visão e atenção total nas folhas e graças a esfera que continha uma ligeira sujidade que parecia ser ferrugem, mas não erra porque o aço não sofre oxidação como o ferro. Por este meio, conseguimos prosseguir com as nossas medições que nos permitiram finalizar o procedimento I. Além disso, efetuamos o registro dos alcances com impulsos diferentes, para isso, o Professor Dr. Luiz JN, deu as instruções tendo marcado no manípulo de metal um traço usando um marcador para quadro branco (pincel preto), que serviria como ponto de referência quando fossem efetuadas as 3 (três) voltas no manípulo da mola, para tal tivemos que zerar a rosca do manípulo. Nesse viés, efetuamos os lançamentos com essa nova força elástica. Verificando assim as velocidades detectadas no sensor assim como as distâncias existentes entre a posição Xo e a marca indicada pelo ponto que denominamos por P1. Essas voltas foram efetuadas 3 vezes (03, 06 e 09 No. de voltas). Procedimento II Para esta segunda etapa, tivemos que voltar o manípulo da mola para a posição inicial (menor impulso) e realizamos 3 (três) lançamentos com o ângulo do disparador nas medidas solicitadas na tabela 03 do roteiro que são: 15º, 30º, 45º e 60º, medidas essas que deram muito trabalho e dificuldade pois a medida em que modificávamos o ângulo a posição Xo mudava e precisávamos verificar sempre se a posição do sensor continuava deixando a sombra da esfera engatilhada bem próxima ao receptor na medida que íamos mudando os ângulos. O controlo da esfera tornou-se difícil, devido os graus que cada vez mais aumentavam, com essa dificuldade de observar a esfera deu mais trabalho para realizar as medições necessárias para essa fase. Contudo, devido o tempo e os procedimentos que eram muito didáticos, não foi possível terminar o preenchimento da tabela 03 do roteiro, por indicação do professor em 10 epígrafe, tivemos que trabalhar apenas com as medidas 1 e 2, não podendo assim incluir a medida 3. Desta forma, a média das medidas será apenas de duas. 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES Resultados e discussões do Procedimento I Logo depois de ter sido concluída a fase de organização de todo o aparato, seguindo os procedimentos supracitados, o próximo passo foi a coleta dos dados necessários para determinarmos um valor experimental para a velocidade de lançamento da esfera na horizontal, verificando o princípio da simultaneidade e fazendo as relações solicitadas no roteiro da prática 6. Foi determinada apenas uma altura de 0,085m com uma variação constante da velocidade de 2,6 m/s para 5 medidas de lançamento horizontal, a fim de realizar a média desses valores (Mm) e para o lançamento oblíquo o roteiro não pediu que indicássemos as alturas para cada ângulo, por isso coletamos apenas a medida das distâncias para os ângulos (15º, 30º, 45º e 60º). Determinando a velocidade da esfera no lançamento horizontal A Tabela: 1 Arrola todos os dados do alcance e a velocidade de lançamento (Vx). Tabela 1: Registro dos alcancese das velocidades. Os resultados obtidos na tabela 1 são respeitantes ao experimento realizado 5 (cinco) vezes no procedimento I, podemos observar que não existe grande disparidade nos alcances adquiridos, a tabela também nos mostra que a esfera se desloca numa velocidade média de aproximadamente 2,639 m/s. Com base nas medidas de 1 a 5 foi calculada a média do alcance resultando em 0,331 metros. Observando-se ainda a relação Medições Alcance (m) Vx (m/s) Medida 1 0,330 2,666 Medida 2 0,342 2,627 Medida 3 0,327 2,647 Medida 4 0,327 2,647 Medida 5 0,329 2,608 Média das Medidas = 0,331 2,639 11 existente entre a velocidade de lançamento horizontal com o alcance atingido, o alcance é constante assim como a velocidade. Verificando o Princípio da Simultaneidade É o caso da relatividade da simultaneidade, que é uma implicação dos postulados da relatividade especial, que nos diz o seguinte: Dois eventos que são simultâneos em um referencial não são simultâneos em nenhum outro referencial inercial que esteja em movimento em relação ao primeiro. O princípio da simultaneidade dos movimentos ou princípio da independência das velocidades, diz ainda que se você tem um corpo sujeito a dois ou mais movimentos simultâneos, apesar de eles serem simultâneos eles são totalmente independentes, por isso eles podem ser estudados separadamente. Razão pela qual, nesse experimento é possível verificar que no lançamento horizontal ocorre a simultaneidade pois apresenta dois movimentos do tipo horizontal e vertical, mas as velocidades são diferentes (Vo = Vx e Vy = 0). Através da tabela 2 é possível perceber que quanto maior for o número de voltas maior será a velocidade, sendo assim, as voltas são diretamente proporcionais à velocidade, o alcance idem. Esse fato ocorre porque quando se aperta o manipulo da mola, ela tende a se esticar mais e desse modo o disparo ganha mais velocidade assim como o No. de voltas Medições Alcance (m) Velocidade (m/s) Medida 1 0,370 3,000 Medida 2 0,355 2,950 Medida 3 0,346 2,812 Média das Medidas = 0,357 2,921 Medida 1 0,425 3,564 Medida 2 0,425 3,564 Medida 3 0,410 3,599 Média das Medidas = 0,420 3,576 Medida 1 0,790 3,789 Medida 2 0,490 3,829 Medida 3 0,490 3,829 Média das Medidas = 0,590 3,816 3 6 9 Tabela 2: Registro dos alcances com impulsos diferentes 12 seu alcance é maior em relação aos dados da tabela 1, onde o impulso é igual e a mola está mais afrouxada. Resultados e discussões do Procedimento II A tabela 3, relaciona todos os dados obtidos no procedimento II, apresentando apenas as distâncias. Com base nesses resultados podemos concluir que o experimento foi feito com sucesso, mesmo com dificuldades, pois com essa tabela verifica-se o movimento oblíquo por isso as medidas são feitas em graus, porque esse movimento só ocorre num intervalo de 0 a 90 graus. Prestando atenção nos valores da tabela em questão, é possível notar a veracidade teórica desse movimento que diz que o lançamento oblíquo tende a formar uma parábola, de acordo com os graus, de 15 a 60 graus a esfera descreve exatamente uma parábola o que por conseguinte nos permite apurar que os resultados do experimento e a relação dos ângulos com o alcance foi bem-sucedida. 5. CONCLUSÃO A prática 6, foi de estrema importância, pois através desse experimento, foi possível perceber como funcionam os projéteis. Na primeira etapa tivemos resultados praticamente similares variando entre 0,012 m a 0,015 m, variações essas que ocorriam com uma velocidade constante de 2,6 m/s. Isso deve-se ao fato de os lançamentos terem sido feitos na mesma altura e com mesmos impulsos. Ângulo do disparador Medições Alcance (m) Medida 1 0,475 Medida 2 0,470 Média das Medidas = 0,473 Medida 1 0,585 Medida 2 0,582 Média das Medidas = 0,584 Medida 1 0,565 Medida 2 0,570 Média das Medidas = 0,568 Medida 1 0,490 Medida 2 0,461 Média das Medidas = 0,476 15° 30° 45° 60° Tabela 3: Registro dos alcances para diferentes ângulos de lançamento 13 Ainda na etapa 1, obtivemos resultados crescentes como mostra a tabela 2, poque quanto mais aumentávamos o número de voltas no manípulo da mola mais distante era o seu alcance e a sua velocidade aumentava. Na segunda etapa, os valores da tabela 3 tendem a ser decrescente, pois, quanto maior é o grau menor é o alcance porque a parábola ela tende a apertar mais a sua concavidade. Dado a isso, podemos concluir que o ângulo do disparador é inversamente proporcional ao alcance, pois quando o grau aumenta o alcance diminui. Não obstante, a partir do experimento podemos observar que o projétil fosse submetido à ação da gravidade e da resistência do ar, nenhuma força atuaria sobre ele e, pelo princípio da inércia. O seu movimento seria uniforme e retilíneo, sua velocidade seria, em grandeza e direção, a velocidade inicial, mas como o projétil é pesado, seu peso comunica-lhe velocidade vertical de cima para baixo. Uma consideração importante a ser feita, é que, a velocidade vertical não é modificada pela intervenção da velocidade horizontal, mas a medida que aumenta a altura que a esfera percorre, ela adquire uma velocidade horizontal maior, consequentemente atingindo um maior alcance. Por fim, conclui-se que a aceleração da gravidade independe da massa do corpo, e juntamente com o volume, apenas interferem em fins de cálculo por parte da resistência que o ar apresenta. Neste experimento, conseguimos com sucesso experienciar o lançamento horizontal e obliquo, levando em conta a força do ar desprezível. Foi possível calcular a velocidade do lançamento horizontal, que era um dos nossos objetivos obtendo o valor de Vx = 2,6 m/s. Por tanto, sim, os objetivos foram alcançados e com sucesso. Dificuldades encontradas: As dificuldades encontradas foram as seguintes: Medir a altura da mesa até a esfera (dificuldade em posicionar a trena para medir a altura no aparato); Regular o sensor de modo que a esfera engatilhada crie uma sombra que seja tangente ao receptor; 14 Acionar o gatilho com a corda em quase 90 graus para os dados da tabela 2; Determinar o ponto de impacto da esfera usando o papel carbono (folha de papel carbono desgastado); Atualizar a posição Xo, quanto mais aumentávamos os graus; Determinar as distâncias em altas velocidades da esfera; Impedir que a esfera caia no chão; Reunir todos os procedimentos teóricos que sustentam esse relatório. Contudo, para ultrapassar essas dificuldades foi necessário apenas manter o foco e a concentração voltada na tarefa permitindo assim, um bom resultado. Assim sendo, a minha visão de experimento é de que através dele foi possível ter um embasamento sólido para o entendimento da teoria que rege o funcionamento do lançamento horizontal e oblíquo. 6. REFERÉNCIAS BIBLIOGRÁFICAS - Roteiro de atividade da Prática 6 (Prof. Luiz Júnior) Livro “Física para Cientistas e Engenheiros” – Paul Allen Tipler, Vol 1 HELERBROCK, Rafael. "Lançamento Vertical"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/fisica/lancamento-vertical.htm. Acesso em 05 de junho de 2023. Anexos: Procedimento I 4.13. Determine a velocidade de lançamento teoricamente (Vteórico) usando as equações 8 e 9. R: t = √ 2ℎ 𝑔 Eq. 8 Eq. 9 A = Vx.t t = 𝐴 𝑉𝑥 Dados h = 0,085 m 𝐴 𝑉𝑥 = √ 2ℎ 𝑔 Vx = A√ 𝑔 2ℎ A = 0,331 m Vx =? Vx = 0,331√ 9,8 0,17 Vx = 2,513 m/s 4.14. Com o valor da velocidade de lançamento (Vteórico) obtido no item 4.13, calcule o erro percentual comparado com a média das velocidades de lançamento (Vx) (tabela 01). R: Vteórico = 2,513 m/s Vmédia = 2,639 m/s (tabela 01) EA = |Vmedia – Vteórico |; ER = EA / Vteórico ER = EA / Vteórico = | Vmédia – Vteórico| / Vteórico ER = |2,639 –2,513| / 2,513 ER = 0,037 => ER = 0,05 ×100% ER = 5 % 4.16. Podemos afirmar que o tempo de queda é o mesmo para todos os lançamentos da tabela 02? Justifique. R: Através da tabela 2, é possível notar que os alcances são diferentes, por isso o tempo para todos os lançamentos da tabela 02 não será igual, porque quanto menor for o número de voltas, menor será sua velocidade e menor seu alcance, consequentemente seu tempo também será menor, entretanto, quanto maior for o número de voltas, maior será a velocidade, assim como o seu alcance. Observemos: t = 𝐴 𝑉𝑥 P/ No. De voltas 03: t = 0,357 / 2,921 t = 0,122 s P/ No. De voltas 06: t = 0,420 / 3,576 t = 0,117 s P/ No. De voltas 09: t = 0,590 / 3,816 t = 0,155 s Relacionar a velocidade de lançamento do móvel com o alcance atingido 4.17. Qual a relação entre o alcance e a velocidade de lançamento de acordo com os dados obtidos na tabela 02? Está de acordo com a equação 9? R: A relação entre o alcance e a Vx é de proporcionalidade, pois, a velocidade de lançamento(vx) é diretamente proporcional ao alcance(A), logo, o A vai aumentando na medida que a velocidade aumentar. Portanto, sim está de acordo com a equação 9 (A = Vx.t). Procedimento II Relacionar o ângulo de lançamento do móvel com o alcance atingido 5.2. Qual a relação entre o alcance e o ângulo do lançamento? Teoricamente, qual é o ângulo para o alcance máximo? Discuta este valor em relação aos dados coletados no item 5.1. (Dica: Veja a equação 6) R: A relação entre o alcance e o ângulo de lançamento no lançamento oblíquo é de dependência, pois, o ângulo tem a finalidade de garantir a existência do alcance, ou seja, só irá existir alcance quando existir um ângulo de lançamento. Teoricamente o ângulo para o alcance máximo é 90º. Observando a tabela o alcance máximo será quando o ângulo de lançamento for igual a 45º, já na equação 6 o ângulo é calculado 2 (duas) vezes (A = Vo ² / g * Sen2𝜃). Para os valores coletados na tabela 03, estão presentes ângulos completares em que seu somatório resulta em 90º. Esses tipos de ângulos estão relacionados a medidas correspondidas entre 0° e 90° e possuem o mesmo alcance, pois, (30º e 60º) são ângulos complementares, porém, seus alcances são diferentes 0,584 m para 30º e 0,476 m para 60º.
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