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CME 
DESCOMPLICA
APRENDENDO CME DO ZERO
LETICIA CASTELUCI
E -BOOK PARA AUX I L IARES E T ÉCNICOS DE
ENFERMAGEM
Licensed to LUCIANA OLIVEIRA BALICA - luciana.ob2014@gmail.com - 002.646.433-05 - HP11216816437390
CME 
DESCOMPLICA
APRENDENDO CME DO ZERO
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS
 
E -BOOK PARA AUX I L IARES E T ÉCNICOS DE
ENFERMAGEM
1ª EDIÇÃO
SÃO PAULO/SP
2023
NENHUMA PARTE DESTE E-BOOK PODERÁ SER REPRODUZIDA SEM A PERMISSÃO DA AUTORA
CRIAÇÃO E EDIÇÃO DE ARTE: FELIPE CASTELUCI
Licensed to LUCIANA OLIVEIRA BALICA - luciana.ob2014@gmail.com - 002.646.433-05 - HP11216816437390
LETICIA CASTELUCI SILVA MATOS
Enfermeira especialista em Centro
Cirúrgico, Recuperação Anestésica 
MBA em Gestão de CME
Enfermeira assistencial em CME de
hospitais referência em SP
Docente de curso Auxiliar 
E o mais importante, apaixonada
SOBRE MIM
 e Centro de Material e Esterilização
 e Técnico em Enfermagem
 por CME
SOBRE O CME DESCOMPLICA
Idealizei o CME Descomplica para unir duas paixões, centro de
material e esterilização e ensinar.
Percebo que no dia a dia dentro do CME os técnicos de
enfermagem são muito ágeis e habilidosos para desenvolver o
trabalho prático, porém pouco conhecem a teoria e a importancia
do que estão executando, isso decorre da pouca oferta em cursos
voltados para a classe técnica, frente a isso, decidi encarar o
desafio e unir as informações mais importantes sobre CME.
E é com imensa alegria que apresento esse e-book, para quem quer
aprender CME do zero.
Acredito que será de muita valia para quem está buscando
aprender e mais do que isso, aperfeiçoar os conhecimentos e
prestar a melhor assistência (mesmo que inditera) ao paciente.
Então se você assim como eu, é um apaixonado por CME, vamos
compartilhar dessa ciência maravilhosa, que é a ciência da
esterilização.
APRESENTAÇÃO
Licensed to LUCIANA OLIVEIRA BALICA - luciana.ob2014@gmail.com - 002.646.433-05 - HP11216816437390
1. O que é CME ...........................................................
a. Definição
b. Classificação
c. Estrutura
d. Quem trabalha
2. Leis e Normas..........................................................
a. RDC 15/2012
b. RDC 50/2002
c. RDC 156/2006
d. NR 32
e. Equipamento de Proteção Individual
3. Classificação de PPS..............................................
3.1 Classificação Spaulding
4. Conceitos básicos de microbiologia.......................
4.1 Crescimento microbiano
4.2 Morte microbiana
4.3 Esporos bacterianos
4.4 Endotoxinas
4.5 Exotoxinas
4.6 Biofilme
4.7 Príons
5. Transporte de Produtos para Saúde Processados..
5.1 Transporte para unidades externas
5.2 Transporte para unidades internas
APRENDENDO CME DO ZERO
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6. Monitoramento do processo......................................
a. Testes de limpeza
b. Teste de proteína
c. Teste de selagem
d. Indicadores de esterilização Físicos
e. Indicadores de esterilização Químicos
f. Indicadores de esterilização Biológicos
7. Limpeza....................................................................
a. Pré-Limpeza
b. Limpeza
c. Detergentes
d. Desincrustantes
e. Lubrificantes
f. Limpeza manual
g. Limpeza automatizada
h. Ultrassônica
i. Termodesinfectadora
j. Materiais complexos
8. Desinfecção...............................................................
a. Níveis
b. Termo desinfecção
c. Desinfecção química
d. Produtos Desinfetantes
e. Cadeia de morte microbiana
9. Preparo.....................................................................
a. Área de preparo
b. Inspeção e Funcionalidade
c. Montagem de caixa cirúrgica
d. Sistema de Barreira Estéril - Embalagens
e. Selagem correta
f. Técnicas de embalagem pacote SMS
g. Identificação do material
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10.Esterilização............................................................
a. O que é a esterilização
b. Tipos de esterilização utilizadas no CME
c. Autoclaves à vapor saturado sob pressão
d. Testes diários
e. Montagem de carga
11.Armazenamento.......................................................
a. Área do arsenal
b. Organização do arsenal
c. Data Limite de Uso / Validade
12.Distribuição.............................................................
a. Rastreabilidade na distribuição
13.Rastreabilidade do processo....................................
a. Limpeza
b. Desinfecção
c. Preparo
d. Esterilização
e. Prontuário do paciente
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74
76
77
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1.1 Definições:
Para definir o que é o centro de material e esterilização
trouxe 2 definições realizadas pelo ministério da saúde:
A RDC (resolução de diretoria colegiada) nº 15/2012
define CME como: centro de material e esterilização,
uma unidade funcional que é destinada ao
processamento de produtos para saúde dos serviços de
saúde (hospitais,clínicas, consultórios, unidades básicas).
Já a RDC (resolução de diretoria colegiada) nº 50/2002
define CME como: central de material esterilizado, uma
unidade destinada à recepção, expurgo, limpeza,
descontaminação, preparo, esterilização, guarda e
distribuição dos materiais utilizados nas diversas
unidades de um estabelecimento de saúde. Pode-se
localizar dentro ou fora da edificação usuária dos
materiais.
Deixo para vocês a minha definição:
O centro de material e esterilização é uma unidade
considerada de apoio, onde todo o produto para saúde
(PPS) passível de processamento passa pelo processo de
recepção, limpeza, preparo, desinfecção ou esterilização,
armazenamento e distribuição.
Sendo assim, o CME é a unidade que tem como principal
missão transformar um material contaminado em
desinfectado ou estéril para uma nova utilização,
garantindo a eficácia e segurança de todo esse processo.
O QUE É CME 1
CENTRO DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO
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1.2 Classificação:
O CME é classificado entre classe 1 ou classe 2, de
acordo com o tipo de material que processa.
Classe 1: realiza o processamento de produtos para
saúde não-críticos, semicríticos e críticos de
conformação não complexa.
Classe 2: realiza o processamento de produtos para
saúde não-críticos, semicríticos e críticos de
conformação complexa e não complexa.
O CME só pode processar produtos compatíveis com a
sua capacidade técnica operacional e conforme a sua
classificação.
A diferença entre as 2 classificações é o processamento
de materiais de conformação complexa. No módulo de
limpeza falaremos mais sobre esses materiais.
O QUE É CME 2
CENTRO DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO
Licensed to LUCIANA OLIVEIRA BALICA - luciana.ob2014@gmail.com - 002.646.433-05 - HP11216816437390
1.3 Estrutura:
O CME é dividido por áreas através de barreiras técnicas
ou físicas. Barreira técnica: não necessariamente as áreas
precisam ser divididas por paredes, pode-se seguir um
fluxo unidirecional do material através de
bancadas,mesas e sinalizações. Barreira física: como o
nome já diz a divisão entre as áreas é feita
estruturalmente por paredes.
Área de recepção e limpeza:
Também conhecido popularmente como “expurgo”, é o
local considerado contaminado do CME, pois é aqui que
recebemos todos os materiais sujos vindos das unidades
e realizamos a etapa de limpeza.
O controle de temperatura ambiente deve ser controlado
e estar entre 18 e 22ºC.
Essa área é equipada com:
- pias e torneiras preferencialmente com água quente e
minimamente potável.
- lavadoras ultrassônicas e termodesinfectoras.
- pistolas de água e ar comprimido.
- recipientes para soluções detergentes.
- bancadas para separação e secagem de material.
- caixas para descarte de material perfuro cortante.
- lixos comum e infectante.
- hamper para descarte de rouparia.
O QUE É CME 3
CENTRO DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO
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Área de desinfecção química (quando aplicável):
O CME que realizar desinfecção química manual deve
dispor de uma sala exclusiva para essa finalidade. O
sistema de climatização deve ser diferenciado e atender
a resolução RDC nº15/2012, para garantir a segurança
ambiental e do trabalhador.
Essa área é equipada com:
- pia para limpeza
- pia para enxague com água potável
- recipientes para armazenamento de detergente e
desinfetantes.
- pistolas de água e ar comprimido.
- bancada para preparo do material.
- lixo comum, infectante e químico.
Área de preparo e esterilização:
Local onde é centralizado o preparo de todos os
materiais, seguindo todas as etapas de inspeção,
funcionalidade, integridade, montagem, embalagem e
encaminhamento para esterilização.
O controle de temperatura ambiente deve ser controlado
e estar entre 20 e 24ºC.
O QUE É CME 4
CENTRO DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO
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Essa área é equipada com:
- bancadas e cadeiras ergonômicas com ajuste de altura.
- iluminação cuidadosamente estratégica para inspeção
dos materiais.
- lupas com lente de aumento com no mínimo 8x.
- equipamentos para transporte com rodízio, como
mesas, carrinhos e cestos.
- secadora de produtos para saúde e pistolas de ar
comprimido.
- seladora de embalagens (grau cirúrgico e tyvek).
- equipamentos de esterilização (autoclaves à vapor,
peróxido de hidrogênio)
- incubadoras de indicador biológico.
Área de armazenamento e distribuição:
Essa área tem como finalidade centralizar o
armazenamento de todo o material esterilizado e
desinfectado para posteriormente ser distribuído para as
unidades consumidoras (centro cirúrgico, unidades de
internação, ambulatórios, etc). O ambiente deve ter
acesso restrito a colaboradores do CME.
O controle de temperatura ambiente deve ser controlado
e estar entre 20 e 24ºC e umidade relativa do ar entre 
40 e 60%.
Essa área é equipada com:
- armários, prateleiras e cestos aramados.
- escadas.
- equipamentos para transporte com rodízio, como mesas
e carrinhos.
O QUE É CME 5
CENTRO DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO
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1.4 Quem Trabalha:
Segundo a RDC 15:
Os profissionais que atuam no CME devem ter as
atividades das etapas do processamento regulamentada
em seus conselhos de classe.
Todo CME deve ter como responsável técnico um
profissional de nível superior para a coordenação das
atividades.
Nos CME ́s classificados como II o responsável deve
atuar exclusivamente durante toda sua jornada de
trabalho.
Atualmente o mais comum é vermos na área hospitalar a
equipe de enfermagem atuando diretamente no setor,
tendo como responsável técnico o enfermeiro
especialista em CME e a equipe operacional composta
por auxiliares e técnicos de enfermagem.
Os profissionais farmacêuticos e biomédicos também
podem atuar como responsáveis técnicos do CME, porém
não podem ser responsáveis pela equipe de enfermagem,
por isso são mais comuns na coordenação de
empresas terceirizadas sob o comando da equipe de
Auxiliares de esterilização.
O QUE É CME 6
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 coordenação do setor e equipe
 monitoramento de processo
 rastreabilidade do processo
 treinamento e supervisão periódicos
 todas as etapas do processo
 recebimento / conferência
 limpeza
 preparo
 esterilização
 armazenamento
 distribuição
As funções são divididas em:
Área administrativa = enfermeiro
Operacional = enfermeiro, auxiliares e técnicos de
enfermagem
O QUE É CME 7
CENTRO DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO
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Antes de iniciarmos sobre leis e normas, o que é uma
RDC? Resolução de Diretoria Colegiada da Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
2.1 RDC 15 / 2012: ( 15 de março de 2012)
É a principal legislação vigente específica para o setor
de CME, nela encontramos tudo que devemos ter e fazer
para manter um serviço que atenda o mínimo seguro do
processo de produtos para saúde. Como definido em sua
própria resolução:
“Dispõe sobre requisitos de boas práticas para o
processamento de produtos para saúde e dá outras
providências.”
2.2 RDC 50/2002: ( 21 de Fevereiro de 2002 )
É a legislação que contém o regulamento técnico de
como deve ser o padrão mínimo estrutural dos
estabelecimentos de saúde. Como definido em sua
própria resolução: “Dispõe sobre regulamento técnico
para planejamento, programação, elaboração e avaliação
de processos físicos de estabelecimento assistenciais
de saúde.”
LEIS E NORMAS 8
CENTRO DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO
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2.3 RDC 156/2006 ( 11 de Agosto de 2006 )
Legislação que norteia as regras de registro, informações
de rótulo e processamento dos produtos para saúde.
Definido na resolução própria como: “Dispõe sobre o
registro, rotulagem e processamento de produtos
médicos, e dá outras providências.” Ou seja, não é
qualquer material que pode ser reprocessado, existem
regras, protocolos e avaliações a serem feitas.
2.4 Resolução - RE Nº 2606 ( 11 de Agosto de 2006 )
Em complemento a RDC 156 / 2006 essa resolução foi
feita especialmente para estabelecer as normas no
reprocessamento dos produtos para saúde que
são passíveis e autorizados este processo. Definida em
sua própria resolução como: “Dispõe sobre as diretrizes
para elaboração, obrigação de protocolos de
reprocessamento de produtos médicos e dá outras
providências.”
2.5 NR 32 ( Norma Regulamentadora )
É a norma que estabelece critérios de segurança e saúde
dos trabalhadores do setor de saúde.
A famosa norma que nos proíbe o uso de adornos e
sapatos abertos, mas não só isso, nos aponta os riscos
que estamos expostos no local de trabalho e as medidas
a serem tomadas por nós (colaboradores) e também pela
instituição. Objetivo definido pela norma: “Tem por
finalidade estabelecer as diretrizes básicas para a
implementação de medidas de proteção à segurança e à
saúde, bem como daqueles que exercem atitudes de
promoção e assistência à saúde em geral.”
LEIS E NORMAS 9
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MÁSCARA
AVENTAL
IMPERMEÁVEL
MANGA LONGA
LEIS E NORMAS
2.6 Equipamento de Proteção Individual
O Equipamento de Proteção Individual (EPI) é todo
dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo
trabalhador, destinado a proteção contra riscos capazes
de ameaçar a sua segurança e integridade física.
No CME temos estabelecido na RDC nº15/2012 os
equipamentos que devem ser obrigatoriamente
fornecidos e utilizados de acordo com a área de atuação:
Equipamento de proteção individual (EPI) de acordo com
a sala/área
10
EPI SALA/ÁREA LUVASÓCULOS DEPROTEÇÃO
PROTETOR
AURICULAR CALÇADO FECHADO
PREPARO,
ACONDICIONAMEN
TO INSPEÇÃO
X
X
X X
X
X
X X
X
X
X
X
X
X
BORRACHA
 CANO
LONGO
SE
NECESSÁRIO
BORRACHA
 CANO
LONGO
IMPERMEÁVEL
ANTIDERRAPANTE
IMPERMEÁVEL
ANTIDERRAPANTE
IMPERMEÁVEL
ANTIDERRAPANTE
RECEPÇÃO
LIMPEZA
DESINFECÇÃO
QUÍMICA
CENTRO DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO
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CLASSIFICAÇÃO DE PPS
O que é um PPS ?
PPS quer dizer Produto Para Saúde, são equipamentos,
aparelhos, materiais, artigos ou sistemas de uso ou
aplicação médica, destinado à prevenção, diagnóstico,
tratamento ou anticoncepção.
3.1 Classificação de Spaulding
H.E. Spaulding em 1968, desenvolveu um método de
classificação de artigos, de acordo com o grau de risco
de infecção para os pacientes. A classificação de
Spaulding consiste em dividir os artigos em três graus
diferentes que são: críticos, semicríticos e não críticos.
11
CENTRODE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO
CLASSIFICAÇÃO
NÃO CRITICO
DEFINIÇÃO EXEMPLOS PROCESSAMENTO ELIMINAÇÃOMICRORGANISMOS
ARTIGOS COM
BAIXO RISCO DE
TRANSMISSÃO
DE INFECÇÃO,
ENTRAM EM
CONTATO COM
PELE INTEGRA
OU NÃO
ENTRAM EM
CONTATO
DIRETAMENTE
COM O
PACIENTE
UTENSÍLIOS DE
HIGIENE COMO:
COMADRE,
PAPAGAIO,
MANGUITOS,
TERMOMETROS
LIMPEZA OU
DESINFECÇÃO
DE BAIXO
NIVEL QUANDO
EM CONTATO
COM MATÉRIA
ORGÂNICA
PRODUTOS:
ÁLCOOL,
QUARTENÁRIO
DE AMÔNIA
BACTÉRIAS,
VÍRUS E
ALGUNS
FUNGOS
SEMI CRÍTICO
CRÍTICO
ARTIGOS COM
UM RISCO DE
TRANSMISSÃO
DE INFECÇÃO
INTERMEDIÁRIO,
ENTRAM EM
CONTATO COM
MUCOSAS
INTEGRAS OU
PELE NÃO
INTEGRA
ACESSÓRIOS DE
ASSITÊNCIA
VENTILATÓRIA,
ENDOSCÓPIOS,
LÂMINAS DE
LARINGOSCÓPIO
DESINFECÇÃO DE
NÍVEL
INTERMEDIÁRIO
PRODUTOS: 
 ÁLCOOL,
HIPOCLORITO
DESINFECÇÃO DE
ALTO NÍVEL
PRODUTOS:
GLUTARALDEÍDO
E ÁCIDO
PERACÉTICO
INTERMEDIÁRIO:
BACTÉRIAS,
FUNGOS, BACILO
DE KOCH, VIRUS
ALTO: TODOS OS
MICRORGANISMOS
EM FORMA
VEGETATIVA E
ALGUNS ESPOROS
ARTIGOS COM
ALTO RISCO DE
TRANSMISSÃO
DE INFECÇÃO,
PENETRAM EM
TECIDOS
ESTÉREIS OU
SISTEMA
VASCULAR,
CONTÉM
ESPOROS
BACTERIANOS
INSTRUMENTAIS
CIRÚRGICOS,
IMPLANTÁVEIS,
ROUPAS
ESTERILIZAÇÃO TODAS AS
FORMAS DE
VIDA
MICROBIANA
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CONCEITOS BÁSICOS DE
MICROBIOLOGIA
4.1 Crescimento microbiano:
Consiste no aumento do número de células microbianas,
que ocorre devido a divisão binária das bactérias, uma
vez que iniciam a divisão celular 1 se transforma em 2, 2
em 4, 4 em 8, e sempre de forma a dobrar a quantidade
populacional.
4.2 Morte microbiana:
A morte microbiana foi definida por Schimidt em 1954,
como a falha do organismo em se multiplicar, ou seja,
quando ele perde a capacidade de se reproduzir,
barrando assim a cadeia de crescimento microbiano.
Este é um conceito estatístico, pois a morte microbiana
só pode ser identificada por meio do número de
sobreviventes após exposição a agente microbicida.
4.3 Esporos bacterianos:
Os esporos são estruturas formadas pela própria bactéria
para se proteger quando são expostas em condições
ambientais desfavoráveis para sua sobrevivência, ou
seja, as bactérias se protegem e ficam em um estágio
dormente até que o ambiente se torne novamente
favorável, e quando isso ocorre, elas voltam a sua forma
vegetativa, causando assim as infecções. Alguns gêneros
têm essa capacidade de fazer o que chamamos de
esporular, são eles, Bacillus sp. e Clostridium sp.
12
CENTRO DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO
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CONCEITOS BÁSICOS DE
MICROBIOLOGIA
4.4 Endotoxinas:
São um tipo de lipídio tóxico presente na parede celular
das bactérias gram-negativas (exemplo: Salmonella sp.,
E. Coli.). Esse resíduo é liberado em pequenas partes
pela bactéria como parte do seu metabolismo normal,
porém quando ocorre a ruptura da parede celular é
liberado em grande quantidade. Quando em contato com
os seres humanos, as endotoxinas podem causar
reações pirogênicas, febre e lise das células sanguíneas.
O problema das endotoxinas é que nem todos os
métodos de esterilização possuem capacidade para
inativar, então a melhor forma de evitar é diminuindo
a carga microbiana ao máximo dos PPS, realizar uma
limpeza eficiente, controlar a qualidade da água de
enxágue e manipular o material o mínimo possível.
4.5 Exotoxinas:
São proteínas produzidas pelas bactérias gram positivas
e gram negativas que matam ou alteram severamente a
função da célula hospedeira. Causam no ser humano
graves intoxicações. São exemplos: Pseudomonas
aeruginosa, Staphylococus aureaus.
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CENTRO DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO
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CONCEITOS BÁSICOS DE
MICROBIOLOGIA
4.6 Biofilme:
O Biofilme é o nome para a matriz polimérica
extracelular, que nada mais é do que uma película
protetora para uma comunidade microbiana bem
estruturada, essa película permite a adesão e
sobrevivência dessa comunidade em superfícies. 
A comunidade microbiana protegida pelo Biofilme pode
ser formada pelos mais diversos tipos de bactérias,
fungos, protozoários e algas, dentro do biofilme estes
microrganismos vivem em perfeita comunicação e se
mantêm vigentes um pelo outro. Um bom exemplo de
biofilme é o limo encontrado em superfícies molhadas,
ou até mesmo a placa bacteriana da nossa boca.
No entanto, biofilmes formados por determinadas
bactérias como Staphylococcus aureus, Staphylococcus
epidermidis e Pseudomonas aeruginosa são altamente
perigosos para a saúde. O maior desafio do CME frente
ao Biofilme é não permitir sua aderência nos PPS.
Muitas das vezes quando já aderido sua remoção é
extremamente difícil.
• Os métodos de limpeza físicos como, ultrassom,
limpeza mecânica e principalmente a fricção é efetivo se
realizado adequadamente.
• Os métodos químicos não são efetivos contra o
biofilme, uma vez que a matriz extracelular é resistente
aos biocidas.
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CENTRO DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO
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CONCEITOS BÁSICOS DE
MICROBIOLOGIA
A medida mais eficiente contra a formação de biofilme
no material cirúrgico é a limpeza efetiva o mais rápido
possível, ou quando não possível, manter o material
úmido com auxílio de água ou produtos de pré-limpeza.
4.7 Príons:
A proteína priônica está presente em tecidos do sistema
nervoso central de seres humanos e animais infectados.
Os príons são considerados os causadores de doenças
degenerativas do sistema nervoso, a mais conhecida é a
doença de Creutzfeldt-Jakob, popularmente a doença da
vaca louca, que causa uma rápida deterioração
mental, e dentro de alguns meses o infectado pode
entrar em coma. São tecidos de alto risco para
transmissão de príons: tecidos do sistema nervoso
central, dura-máter, cérebro, medula espinhal, o tecido
pituitário (hipófise), a retina e o nervo óptico.
A resistência da proteína priônica a diversos tipos de
germicidas químicos e ao calor é uma certeza.
Atualmente para materiais utilizados em pacientes com
suspeita/confirmação de príons temos um protocolo
estabelecido e específico para a limpeza e esterilização
deste material.
15
CENTRO DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO
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TRANSPORTE DE PRODUTOS
PARA SAÚDE PROCESSADOS
5.1 Transporte para unidades externas
Os serviços que realizam o processamento de PPS em
locais que necessitam de transporte devem estar
preparados adequadamente para realizá-lo.
O transporte de todos os produtos para saúde passíveis
de processamento deve ser realizado em recipientes
fechados com condições que garantam a identificação e
integridade da embalagem.
Os recipientes devem ser identificados e separados
somente para este fim e separados de acordo com o tipo
de material, ou seja, material contaminado e para
material estéril. Devem ser lisos, rígidos e com sistema
de fechamento estanque.
Os recipientes devem estar identificados com o nome da
empresa processadora ou do CME de funcionamento
centralizado, o nome do serviço a que se destina
e conter uma lista anexa com a relação de produtos
processados.
Em relação aos veículos de transporte, estes devem ser
de uso exclusivo para este fim.
Nos casos em que o veículo de transporte for o mesmo
para PPS contaminados e estéreis, a área de carga do
veículo deve ser fisicamente dividida em ambientes
distintos com acessos independentes e devidamente
identificados.
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TRANSPORTE DE PRODUTOS
PARA SAÚDE PROCESSADOS
Deve-se estabelecer critérios e protocolos para a
higienização dos veículos de transporte.
O trabalhador responsável pelo transporte deve receber
treinamento quanto à higienização das mãos e uso de
equipamento de proteção individual adequado.
5.2 Transportepara unidades internas
O transporte entre unidades do mesmo serviço (internas),
é mais simples. Os materiais devem também ser
transportados em recipientes fechados, separados e
identificados. Cada unidade que utilize os serviços do
CME dentro da instituição deve ter um recipiente para os
materiais contaminados e outro para os materiais
estéreis. Ou seja, nada de transportar material
contaminado em saquinhos transparentes
pelos elevadores. E muito menos material estéril
embaixo do braço. Cabe ao enfermeiro do CME orientar e
supervisionar o transporte destes materiais com
segurança pelos colaboradores de cada unidade
consumidora.
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MONITORAMENTO DO
PROCESSO
6.1 Testes de limpeza
Monitores de limpeza:
Os testes monitores de limpeza são os desafios para
verificação da eficácia de limpeza das lavadoras termo
desinfectoras e ultrassônicas. O teste é feito de uma
lâmina de inox impregnada com uma substância que
simula sujidade (proteína bovina purificada e
padronizada). Como desafio para a limpeza o teste deve
ser sobreposto por uma placa acrílica ou colocado em
caixas aramadas que mantenham espaçamento similar
aos instrumentais de difícil limpeza. Assim simula
situações de criticidade normalmente encontradas na
limpeza automatizada.
Ao final do ciclo de limpeza, se o equipamento e todas
as variáveis estiverem de acordo, é esperado que a
lâmina de inox saia totalmente limpa. A periodicidade de
realização do teste cabe ao protocolo de cada
instituição, sendo necessário sua realização ao menos
uma vez por semana, a fim de garantir a segurança do
processo de limpeza.
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MONITORAMENTO DO
PROCESSO
Sono Check:
O Sono Check é um teste de eficiência das ondas de ultrassom
geradas nas lavadoras ultrassônicas, utilizado para
monitoramento e qualificação do processo de limpeza.
É um teste que monitora o nível de energia ultrassônica gerada
durante a limpeza dos instrumentais cirúrgicos, ou seja, se o
ultrassom não estiver funcionando adequadamente a limpeza
não está sendo efetiva. Assim como nos testes monitores de
limpeza, a periodicidade de realização do teste cabe ao
protocolo de cada instituição, sendo necessário sua realização
ao menos uma vez ao mês, a fim de garantir a segurança do
processo de limpeza.
Como realizar a leitura:
O teste inicialmente é verde e após o processo de limpeza na
lavadora ultrassônica deve a haver a mudança de coloração para
amarelo.
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MONITORAMENTO DO
PROCESSO
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Onde posicionar:
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MONITORAMENTO DO
PROCESSO
6.2 Teste de proteína (ATP)
Teste rápido para detecção de proteínas, capaz de detectar
pequenas quantidades de resíduos de proteína. O teste é
realizado para avaliação de limpeza manual ou automatizada e
pode ser utilizado em instrumentais cirúrgicos, superfícies,
lúmens e endoscópios.
A coleta do material é realizada com um swab umedecido em
água destilada. A leitura pode ser por meio de mudança de
coloração (imediata ou por incubação a depender do fabricante)
ou por leitura de luz. A realização do teste de ATP auxilia na
medição da carga microbiana (bioburden) presente no
instrumental, mesmo após a limpeza.
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MONITORAMENTO DO
PROCESSO
6.3 Teste de selagem
O teste de validação da seladora assegura que o processo de
selagem da embalagem está adequado e tem condições de
manter o material estéril inalterado até seu uso.
A importância do teste de validação da seladora é descrita na
norma iso 11607 que dispõe sobre embalagem final para
produtos para saúde esterilizado.
É um teste simples, porém de muita importância, pois quando o
papel grau cirúrgico ou tyvek não está bem selado, indica que o
material pode estar contaminado, mesmo após esterilização.
Como é feito?
Utilizamos a folha indicada (quadriculada milimétrica) padrão
para o teste de validação da selagem.
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MONITORAMENTO DO
PROCESSO
Colocamos a folha dentro do papel grau cirúrgico ou tyvek com
a estampa quadriculada para o plástico e selamos exatamente
em cima do quadriculado, assim conseguimos observar se há
falhas na selagem.
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Avaliamos se ocorrem falhas na selagem, pois a folha
quadriculada nos permite observar a formação de bolhas de ar.
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MONITORAMENTO DO
PROCESSO
Caso a selagem apresente inconsistência visível no teste, acione
imediatamente a manutenção e não utilize o equipamento até
que o teste saia íntegro.
Lembre-se de registrar o teste com data, localização e
numeração da seladora, se foi aprovado ou reprovado e
assinatura de quem realizou.
A RDC nº15/2012 nos diz que: o responsável pelo CME deve
estabelecer as regras para o controle dos eventos que possam
comprometer a integridade e selagem da embalagem dos
produtos para saúde.
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MONITORAMENTO DO
PROCESSO
6.4 Indicadores de esterilização Físicos
Consiste na observação e registro dos dados colhidos nos
mostradores dos equipamentos, como a leitura da temperatura,
da pressão e do tempo em todos os ciclos de esterilização.
Fita de Impressão
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Na fita de impressão da esterilizadora podemos observar:
- Dados do ciclo (data, hora de início, hora de término, tipo de
ciclo, dentre outros dados programáveis de acordo com o
fabricante e instituição).
- Pré Vácuo
- Aquecimento e Uniformização (algumas autoclaves tem, outras
não, não é um item obrigatório)
- Esterilização
-Descarga e Resfriamento (algumas autoclaves tem, outras não,
não é um item obrigatório)
- Secagem
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MONITORAMENTO DO
PROCESSO
6.5 Indicadores de esterilização Químicos
Os Indicadores Químicos monitoram o processo de esterilização
quimicamente, a tecnologia empregada neste tipo de indicador
faz com que ocorra uma reação entre o meio de esterilização e o
indicador, identificando o processo como aprovado apenas se
ocorrer o meio ideal para esta reação. Os indicadores químicos
são divididos em tipos, sendo eles:
Tipo 01: Indicador de Processo:
Fita Zebrada: são tiras impregnadas com tinta termo químicas
que mudam de cor quando exposto a temperatura alta.
Autoclave:
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Peróxido de Hidrogênio:
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MONITORAMENTO DO
PROCESSO
Tipo 02: Teste de Bowie & Dick
Testa a eficácia do sistema de vácuo da autoclave, a bomba de
vácuo. É um teste do sistema de remoção de ar da autoclave,
sensível e rápido de detecção de fugas, remoção inadequada ou
penetração inadequada de ar. Extremamente necessário, pois a
remoção inadequada ou insuficiente de ar da câmara da
autoclave, prejudica a esterilização. A realização deve ser diária
sempre no 1º ciclo do dia, vazio e em programação específica.
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MONITORAMENTO DO
PROCESSO
Tipo 03: Indicador Único de Parâmetro
Monitora temperatura. 
Ele avalia um único parâmetrocrítico da fase de esterilização
que é a temperatura, ou seja, verifica se o material atingiu a
temperatura determinada para a esterilização. Não é muito
utilizado, pois a avaliação de um único parâmetro não é tão
segura.
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Tipo 4: Indicador Multiparametro
Monitora temperatura e tempo.
Avalia a presença de dois fatores críticos no processo de
esterilização (temperatura e tempo de exposição), porém para
temperaturas definidas na sua fabricação.
Muito utilizado para esterilizadoras à peróxido de hidrogênio.
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MONITORAMENTO DO
PROCESSO
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Tipo 5: Indicadores Integradores
Monitora temperatura, tempo e qualidade do vapor.
Integra os parâmetros de vapor, temperatura e tempo de
exposição. Seus resultados são comparados à inativação de
bactérias do indicador biológico.
Utilizados em autoclaves gravitacionais ou a vácuo.
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Tipo 6: Indicadores Emuladores
Monitoram tempo, temperatura e qualidade do vapor.
Fabricado para ciclos com parâmetros específicos.
Não reagem até completarem 95% do ciclo, portanto oferecem
uma margem de segurança muito maior.
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MONITORAMENTO DO
PROCESSO
6.6 Indicadores de esterilização Biológicos
Os Indicadores Biológicos são bactérias multirresistentes
impregnadas em tiras de papel, que posteriormente à
esterilização, efetua-se o contato da tira com o
meio de cultura e a incubação por temperatura.
Caso não ocorra o desenvolvimento do esporo, o processo de
esterilização foi eficaz no ponto de vista de eliminação de
microrganismos e podemos dizer que este teste teve seu
resultado negativo.
Primeira geração: Tiras com esporos
São tiras de papel impregnado com esporos contido em uma
embalagem de envelope.
Após a exposição ao processo de esterilização o envelope deve
ser encaminhado a um laboratório de microbiologia para sua
leitura, que ocorre após 7 dias (168 horas).
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MONITORAMENTO DO
PROCESSO
Autocontidos:
Neste modelo de indicador biológico temos um suporte
impregnado com os esporos acondicionado no fundo de um
frasco separado do meio cultura contido numa ampola de vidro.
Após a esterilização a ampola é quebrada e o meio de cultura
entra em contato com os esporos.
A leitura é feita no CME com a incubação da ampola em uma
incubadora com temperatura de 37 ou 56°C.
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MONITORAMENTO DO
PROCESSO
Segunda geração: Autocontido
Tempo de incubação: de 24 a 48 horas.
O resultado é visualizado por mudança de coloração.
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Terceira geração: Autocontido
No de terceira geração é utilizado o método de detecção através
de uma enzima (alfa-D-glicosidase), que está associada ao
crescimento do esporo bacteriano, permitindo uma leitura mais
rápida deste indicador. 
Tempo de incubação: 15 minutos (mais rápidos encontrados no
mercado) a 3 horas.
O resultado é visualizado por meio da incidência de luz
ultravioleta, tendo o resultado positivo e negativo apontado no
leitor da incubadora.
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LIMPEZA
7.1 Pré-Limpeza:
A pré limpeza dos materiais consiste em aplicar jatos de água
para remoção da sujidade grosseira e manter o material úmido
até o momento de realizar a limpeza.
Para manter o material úmido podemos deixa-lo imerso em
água, o que requer espaço para containers ou aplicar produtos
umectantes disponíveis no mercado.
A umectação não é uma etapa obrigatória no processo de
limpeza, mas tem se mostrado muito vantajosa, para evitar o
ressecamento de matéria orgânica e inorgânica no material,
evitando a formação de biofilme, além de facilitar a
remoção da sujidade no momento da limpeza, pois o material
não estará com a sujidade incrustada.
A forma correta de aplicar a solução de pré limpeza é:
- abrir todas as articulações das pinças
- dispor as pinças em cesto ou dentro da própria caixa de
maneira que o produto alcance todas as superfícies
- aplicar a solução umectante em jatos (spray) sob todo o
material
- manter a solução no material até o momento da limpeza
- antes de realizar a limpeza remover o excesso de solução
umectante com jatos de água.
Manter o material úmido até o momento da limpeza além de
auxiliar na remoção da sujidade, diminui as chances do
desenvolvimento de biofilme sobre a superfície.
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LIMPEZA
7.2 Limpeza
A limpeza de produtos para saúde (PPS) é a etapa mais
importante do processamento. É nesta etapa que transformamos
o material sujo e contaminado, um material passível de
manuseio, preparo e desinfecção ou esterilização.
A RDC nº15/2012 define limpeza como:
“remoção de sujidades orgânicas e inorgânicas e redução da
carga microbiana presente nos produtos para saúde, utilizando
água, detergentes, produtos e acessórios de limpeza, por meio
de ação mecânica (manual ou automatizada),
atuando em superfícies internas (lúmens) e externas, de forma a
tornar o produto seguro para manuseio e preparado para
desinfecção ou esterilização.”
A limpeza que realizamos no CME está baseada no ciclo de
Sinner, que é uma fórmula simples e ilustrativa do modelo que
qualquer ação de limpeza deve seguir. Os fatores são:
temperatura, ação química (produtos utilizados), tempo
de ação (tempo que deixo o material imerso e exposto a
produtos) e ação mecânica (seja ela manual ou automatizada).
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LIMPEZA
Esses fatores podem ser combinados de maneiras diferentes, de
acordo com a superfície, o tipo de sujidade e as ferramentas
disponíveis. Exemplo: se tenho água em alta temperatura, posso
utilizar menos produto químico, ou se tenho um produto
químico de alta dosagem posso deixar menos tempo. E assim os
fatores vão se encaixando de acordo com as condições e o
ciclo permanece.
Lembre-se sempre, se o material não está adequadamente
limpo, mesmo que tenha passado por esterilização, ainda estará
sujo. Não existe sujeira estéril!
7.3 Detergentes
Os detergentes são produtos destinados a limpeza dos materiais
por meio da diminuição da tensão superficial facilitando a
remoção da sujidade. O uso do detergente não substitui a ação
mecânica por fricção seja manual ou automatizada, sendo um
processo o complemento do outro e assim a ação total da
limpeza.
O enxague deve ser sempre abundante garantindo a remoção
completa do detergente, pois resíduos podem causar reações
adversas no paciente. No mercado encontramos 3 tipos de
detergentes: enzimático, alcalino e neutro.
- Enzimático:
Os detergentes enzimáticos levam esse nome justamente por
que possuem enzimas que facilitam a dissolução da matéria
orgânica. As enzimas agem como catalizadoras, elas têm o poder
de acelerar reações químicas. Na composição do detergente
enzimático possuem minimamente 3 enzimas:
- Lipase: ação na quebra de gorduras
- Amilase: ação na quebra de carboidratos
- Protease: ação na quebra de proteínas
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LIMPEZA 36
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O uso do detergente enzimático deve seguir as orientações do
fabricante quanto a diluição e temperatura da água, para atingir
a ação ideal do produto. Geralmente é necessário a temperatura
da água entre 40°C e 55°C.
A troca do detergente enzimático é indicada a cada uso, pois a
matéria orgânica presente nomaterial vai saturando a solução e
diminui a sua eficácia.
- Alcalino:
Os detergentes alcalinos possuem um pH alto (entre 9 e 14) que
facilita a remoção de proteínas e gorduras, além de auxiliar na
remoção de manchas nos instrumentais e renovação do seu
brilho do aço natural, entretanto o poder corrosivo também é
maior.
O seu uso requer uma temperatura de água mais elevada para
ação ideal que pode ser de 60°C a 70°C por isso a utilização
deste tipo de detergente costuma ser em limpeza automatizada
em lavadoras termodesinfectadoras e ultrassônicas.
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LIMPEZA
CENTRO DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO
- Neutro:
Os detergentes neutros próprios para limpeza de produtos para
saúde, podem ser utilizados para limpeza de materiais com
pouca quantidade de sujidade e matéria orgânica, são fabricados
com o pH próximo de 7 um equilíbrio entre acidez e
alcalinidade.
É vantajoso pois agride menos a superfície do material, porém o
seu poder de limpeza é menor quando comparado a um
detergente enzimático ou alcalino.
Importante: o uso de detergentes domésticos é expressamente
proibido para utilização em CME devido a quantidade de espuma
gerada na limpeza e a dificuldade de remoção do produto, o
excesso de detergente no material pode causar reações adversas
no paciente.
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LIMPEZA
7.4 Desincrustantes
Desincrustantes ou antiferruginosos são detergentes utilizados
para limpeza de oxidações (ferrugem) em instrumentais
cirúrgicos, odontológicos e materiais fabricados em aço inox,
alumínio e vidro. São utilizados de forma preventiva para
conservar o material por mais tempo, preservando as
articulações e mecanismos de engate de oxidação eliminando
placas minerais ali impregnadas. Alguns podem ser usados
também na limpeza das câmaras de lavadoras
termodesinfectadoras, ultrassônicas e autoclaves, realizando a
remoção de manchas das paredes internas do equipamento,
causadas pela ação de minerais presentes na água ou vapor.
CENTRO DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO
7.5 Lubrificantes
São emulsões lubrificante não oleosas, hidrossolúvel (dissolve
em água) e permeável ao vapor. Sua aplicação no instrumental
forma uma camada protetora que age na prevenção da corrosão
e de travamentos das articulações dos instrumentais
cirúrgicos que serão esterilizados por método a vapor.
Existem no mercado dois tipos de lubrificantes:
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LIMPEZA
Concentrados: para lubrificação em lavadora automatizada, ao
término de cada processo de limpeza a própria lavadora expõe o
material ao lubrificante.
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CENTRO DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO
Pronto Uso: utilizado por pulverização direta no material.
No caso do lubrificante pronto uso a utilização indicada é:
- agite antes de usar
- aplique o produto (um spray é o suficiente) sobre as
articulações do instrumental
- movimente as articulações no sentido abre e fecha por 2 vezes,
para que o produto espalhe
- não é necessário enxaguar, após a lubrificação prepare o
material para esterilização.
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LIMPEZA
7.6 Limpeza Manual
Realizada através de ação mecânica manualmente em pia
apropriada, com água, detergentes e auxilio de instrumentos de
limpeza (escovas de tamanhos e cerdas variados e de acordo
com cada material, pistolas de pressão de água corrente e ar
comprimido).
Deve-se lavar os materiais peça por peça, realizando fricção
respeitando a direção das ranhuras com a utilização de esponjas
e escovas fabricadas com materiais não abrasivos, ou seja,
materiais que não desgaste o instrumental, por exemplo: a
famosa esponja scotch brite não é indicada para limpeza no CME
pois o lado “verde” é abrasivo. Para instrumentais com lúmen a
limpeza manual deve preceder a automatizada, e deve ser
realizada com escovas específicas com comprimento
e diâmetro adequado.
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LIMPEZA 41
CENTRO DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO
7.7 Limpeza Automatizada
Ação mecânica realizada por máquinas lavadoras, com ciclos
programados de acordo com o material a ser lavado, neste
processo é utilizado água e detergente, em alguns
equipamentos temos opção de utilizar também
lubrificante durante o ciclo. Os equipamentos mais comuns nos
CME’s são as lavadoras ultrassônicas e termodesinfectoras,
lavadoras de endoscópios, lavadoras de descarga
(utilizadas para limpeza de comadres e papagaios) e jatos de
alta pressão com capela de fluxo laminar.
Lavadora Ultrassônica
Lavadora Termodesinfectadora
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LIMPEZA
7.8 Lavadora Ultrassônica
A lavadora ultrassônica é um equipamento que faz a
automatização da limpeza através do processo de ultrassom
“vibração”.
Muito utilizada para limpeza de instrumentais que possuem
lúmens, delicados (oftalmologia, odontologia, micro cirurgia) e
principalmente instrumentais que não conseguimos acessar com
a limpeza manual. Como é feita a limpeza?
A energia elétrica é transformada em energia mecânica, essa
transformação gera na água um fenômeno chamado de
cavitação.
A cavitação é a formação de milhões de minúsculas bolhas que
explodem e com isso carregam a sujidade para “fora”,
removendo sujidades de locais inacessíveis manualmente.
Para materiais com lúmen inferior a 5 milímetros ou que
possuem espaços inacessíveis manualmente é obrigatória a
limpeza manual associada a limpeza automatizada em lavadora
ultrassônica com conector para canulados e que utilize
tecnologia de fluxo intermitente. 
Como citado na RDC nº15/2012, Artigo 4.
7.9 Lavadora Termodesinfectadora
A lavadora termodesinfectadora é um equipamento que faz a
automatização da limpeza juntamente com o processo de
desinfecção física de alto nível. Alguns modelos realizam no fim
do processo também a secagem do material.
As lavadoras termodesinfectoras podem possuir uma ou duas
portas para a entrada e retirada dos materiais, quando possuem
porta de carregamento e porta de retirada chamamos de
lavadoras de barreira. Como é feita a limpeza?
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LIMPEZA
Através de jatos de água e detergente em alta temperatura. Na
fase de limpeza a temperatura da água varia de 40°C a 60°C.
Como é feita a termo desinfecção?
Através de jatos de água em alta temperatura. A temperatura
para a realização da termo desinfecção eficiente deve atingir de
85°C a 100°C.
Como funciona o ciclo desta lavadora?
Vamos dividir por fases:
1ª fase pré limpeza: com jatos de água fria
- a água é desprezada
2ª fase limpeza: com jatos de detergente diluído em água (a
diluição irá depender do fabricante do detergente, pode variar) e
temperatura da água de 40°C a 60°C.
- a água é desprezada
3ª fase enxague: aplicação de jatos de água de 40°C a 60°C.
- a água é desprezada
4ª fase termo desinfecção: aplicação de jatos de água em
temperatura de 85°C a 100°C.
- a água é desprezada
5ª fase secagem: jatos de ar comprimido emitidos pela própria
lavadora para secagem do material. Esta é uma fase que
algumas máquinas (mais antigas) não possuem ou não estão
programadas.
As lavadoras termodesinfectoras são uma ótima opção para
otimização do tempo de limpeza de grandes volumes de
materiais seja instrumental ou inalatório.
No caso de material inalatório deve-se utilizar o rack específico
e realizar as conexões adequadamente, para que traqueias e
copos sejam alcançados pela água em alta temperatura
uniformemente.
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LIMPEZA7.10 Materiais Complexos (PPS de Conformação Complexa)
São materiais complexos segundo a RDC nº15/2012 aqueles de
conformação complexa que possuem lúmen inferior a cinco
milímetros ou com fundo cego, espaços internos inacessíveis
para a fricção direta, reentrâncias ou válvulas.
Exemplos:
Materiais de vídeo cirurgia, pinças robóticas, pinças kerrinson,
cânulas de lipoaspiração, ponteiras de aspiração.
Devemos ter um cuidado especifico na limpeza deste tipo de
material:
- desmontar todas as estruturas possíveis
- realizar a limpeza manual com escovação
- realizar a limpeza automatizada em lavadora ultrassônica,
lembrando sempre de conectar as estruturas tubulares nas
conexões da lavadora, para que o processo seja feito
corretamente.
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DESINFECÇÃO
A desinfecção é o processo de eliminação ou remoção de todos
os microrganismos na forma vegetativa, independentemente de
serem patogênicos ou não, que estejam presentes em produtos
para saúde e superfícies inanimadas.
Indicada para os produtos semicriticos que entram em contato
com membranas mucosas colonizadas ou pele não integra.
É dívida em 3 níveis estabelecidos de acordo com o tipo de
material e sua utilização (Classificação de Spaulding).
8.1 Níveis
Alto Nível: processo físico ou químico que destrói a maioria dos
microrganismos de artigos semicríticos, inclusive micobactérias
e fungos, exceto um número elevado de esporos bacterianos.
Nível Intermediário: processo físico ou químico que destrói
microrganismos patogênicos na forma vegetativa, micobactérias,
a maioria dos vírus e fungos. 
Baixo Nível: destruição de bactérias vegetativas e alguns vírus e
fungos.
8.2 Termo Desinfecção
Como já vimos a realização da desinfecção de alto nível (inativa
bactérias vegetativas, vírus, fungos e micobactérias) através das
lavadoras termo desinfectoras, o processo é realizado com água
e alta temperatura, sendo assim não deixa resíduo no material, e
é totalmente atóxico para o paciente e ao meio ambiente.
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DESINFECÇÃO
8.3 Desinfecção Química
A desinfecção química sempre será a segunda opção devido sua
complexidade na elaboração do processo e aos riscos que
fornecem ao paciente e ao colaborador. Devendo sempre ficar
restrita a produtos para saúde que sejam termos sensíveis (não
suportem a temperatura da termo desinfecção).
Como realizar a desinfecção química manual:
- Dispor o produto em um recipiente limpo, seco e com tampa.
*respeitar sempre a diluição indicada pelo fabricante*
- Após a etapa de limpeza, já com o material limpo e seco
- Imergir o material completamente, e caso tenha lumens,
preencher os canais
- Manter o material imerso exatamente pelo tempo de indicação
do fabricante
- Enxaguar em abundancia, para não ficar resíduos de produto
no material.
- Secar e embalar
Para a desinfecção dos aparelhos endoscópicos existem
lavadoras reprocessadoras que realizam a limpeza e desinfecção
química de forma automatizada, minimizando a exposição dos
colaboradores ao produto químico.
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DESINFECÇÃO
8.4.1 Desinfetantes de Alto Nível
Glutaraldeído 2%: utilizado para desinfecção de endoscópios,
mas não permitido para materiais ventilatórios.
Ortoftalteido: utilizado para desinfecção de endoscópios, mas
não permitido para materiais ventilatórios.
Ácido Peracético: compatível com materiais ventilatórios, porém
apresenta poder corrosivo ao material.
Peróxido de Hidrogênio: no Brasil é mais utilizado na
desinfecção de linhas e capilares de hemodiálise, nos demais
serviços não é comum.
Amina terciária + Quartenário de amônia: muito pouco utilizado
devido a poucas referencias de literatura segura para uso.
Glucoprotamina: muito pouco utilizado devido a poucas
referencias de literatura segura para uso.
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8.4 Produtos Desinfetantes
Os produtos desinfetantes utilizados da desinfecção química
devem ser escolhidos de acordo com o nível de desinfecção que
deseja alcançar para cada tipo de material, além de atender a
algumas características como: ação rápida, menor toxicidade,
facilidade de uso e baixo odor.
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8.4.2 Desinfetantes de Nível Intermediário
Compostos Clorados: muito utilizados em assistência ventilatória
nas unidades básicas de saúde, devido ao baixo custo.
Álcool (etílico e isopropílico): muito utilizado devido a baixo
custo, ação rápida e baixa toxicidade, porém resseca plásticos.
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8.4.3 Desinfetantes de Baixo Nível:
Quaternário de Amônia: muito utilizado para desinfecção de
superfícies fixas (mesas, bancadas) e equipamentos, por
apresentar baixo poder de corrosão.
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DESINFECÇÃO
8.5 Cadeia de Morte Microbiana
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PRÍONSMAIOR RESISTÊNCIA ESTERILIZAÇÃO 134ºC 
18 MINUTOS
ESPOROS BACTERIANOS
MICOBACTERIA
VÍRUS NÃO LIPÍDICOS
FUNGOS
BACTERIAS VEGETATIVAS
VÍRUS LIPÍDICOSMENOR RESISTÊNCIA
ESTERILIZAÇÃO 134ºC 
3 MINUTOS
DESINFECÇÃO ALTO NÍVEL
DESINFECÇÃO NÍVEL
INTERMEDIÁRIO
DESINFECÇÃO BAIXO NÍVEL 
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PREPARO
9.1 Área de preparo
O preparo é a área do CME destinada ao recebimento de
material limpo, separação, inspeção, montagem e embalagem.
A RDC nº15/2012 nos diz sobre a área de preparo no artigo 53.
As bancadas devem ser separadas entre o preparo de materiais
para esterilização e materiais inalatórios desinfectados e as
estações de trabalho devem ser dispostas com:
- bancada e cadeira ergonômica com ajuste de altura
- lupa com lentes de aumento de no mínimo 8x em cada
bancada, pistola de ar comprimido medicinal, gás inerte ou ar
filtrado
- secadora de produtos para saúde deve estar em local de fácil
acesso e comportar a demanda de materiais a serem produzidos
no setor.
- bancadas para embalagem das caixas e materiais avulsos.
- equipamento para transporte com rodízio, como carrinhos e
mesas auxiliares.
O preparo de material é composto pelas etapas de inspeção da
limpeza e funcionalidade do material.
Os produtos para saúde devem estar devidamente limpos e
secos e após inspecionados detalhadamente, podem seguir para
o processo de esterilização ou desinfecção.
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PREPARO 51
9.2 Inspeção e Funcionalidade
A inspeção visual tem como objetivo identificar sujidade residual
e possíveis falhas mecânicas no instrumental.
A inspeção deve ser realizada na estação de trabalho que
necessita ser de material passível de desinfecção com álcool
70% ou algum outro produto (padronizado na instituição),
podendo ser utilizado para forrar: campo de tecido de cor clara,
tecido absorvível ou até mesmo o próprio SMS, deve também
dispor de uma boa iluminação e lentes intensificadoras de no
mínimo 8 vezes de aumento.
Os instrumentais devem ser cautelosamente observados em suas
reentrâncias, cremalheiras e articulações, caso seja passível de
desmontar é indicado a inspeção com o instrumental
desmontado.
O material que apresentar sujidade deve retornar para a área de
limpeza, e em caso de ser um instrumental na caixa cirúrgica,
deve-se retornar para limpeza toda a caixa e não somente o
material especifico, pois se há sujidade aparente
nesta “pinça” em especifico haverá também sujidade nas demais,
mesmo que não aparente a olho nu.
A funcionalidade deve ser testada todas as vezes ao preparar o
instrumental.
Osmateriais que não passarem no teste de funcionalidade
devem ser imediatamente retirados de circulação e
encaminhados para conserto ou descarte, pois apresentam risco
durante o ato cirúrgico.
Uma pinça com fissura ao ser forçada pode apresentar quebra
dentro da cavidade, por exemplo, e se não for identificado no
ato, esse pedaço fica dentro do paciente. "DANO GRAVÍSSIMO"
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PREPARO 52
- Sujidades: orgânicas (sangue, secreções) e inorgânicas (cola,
azul de metileno, iodopolvidona, etc.)
- Pinças em geral: trincas, fissuras, deformações, superfícies e
articulações se presença de manchas e pontos de corrosão.
- Tesouras: testar o corte, não deve enganchar e nem desfiar o
teste, o material deve ser cortado uniformemente e suavemente
(existe no mercado papéis e testes de gramatura especifica para
corte, porém é de alto custo e não é a realidade de muitas
instituições, quando não temos estes disponíveis testamos 
com gaze ou luva de procedimento).
- Porta Agulha: checar pontas e wídeas se integras, o
fechamento deve ser sem esforço, as pontas devem estar
paralelas sem deixar frestas quando visualizado contra a luz.
9.3 Montagem de caixa cirúrgica
O acondicionamento dos instrumentais na caixa cirúrgica deve
ser realizado organizado e posicionados de forma a garantir que
o agente esterilizante entre em contato com todas as
superfícies.
- Materiais côncavos (exemplo: cúpula e cuba rim) devem ser
posicionados com a abertura para baixo.
- Pinças devem ser agrupadas por similaridade (exemplo: pinças
de apreensão, clamps, etc.) e presas idealmente por grampos
próprios para isso, caso não seja sua realidade, utilize fitas de
sms cortado (nunca prenda as pinças com o backhaus pois
danifica as pontas).
- Instrumentais compostos por mais de uma parte ou com peças
deslizantes/removíveis (exemplo: afastadores) devem ser
preferencialmente esterilizados desmontados.
- Instrumentais com lúmen (exemplo pinças de vídeo) deve-se
remover o fio interno ou estilete e manter sempre torneiras e
válvulas abertas.
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PREPARO 53
- Instrumentais pontiagudos devem ter suas pontas protegidas
(pense no dano ao instrumental que tem aponta delicada e
também a pessoa que irá manipular tem o risco de ser perfurar),
essa proteção deve ser feita com protetor permeável ao agente
esterilizante (existem protetores específicos no mercado,
porém se não for sua realidade utilize grau cirúrgico, mas nada
em excesso).
Os materiais pesados devem ser posicionados no fundo da caixa
cuidadosamente para não danificar os mais delicados.
As caixas cirúrgicas não devem conter grande quantidade de
material agrupado, pois isso prejudica a esterilização, então se
observar que a caixa está cheia de mais, sinalize e faça a troca
por uma caixa maior, ou se for o caso, a divisão do material em
mais de uma caixa.
9.4 Sistema de Barreira Estéril - Embalagens
O sistema de barreira estéril compreende-se na embalagem
realizada com o intuito de minimizar a entrada de
microrganismos, garantindo a manutenção da esterilização do
material, e permitindo a apresentação asséptica do conteúdo
interno esterilizado até o seu uso.
Embalagem Primária: única camada de embalagem, mais
utilizada em materiais leves que não apresentam risco de
perfuração ou rasgos a embalagem.
Embalagem Secundária: é a utilização de dupla embalagem para
materiais pesados ou pontiagudos que apresentem o risco de
dano a embalagem.
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PREPARO 54
Para escolher o sistema de embalagem que será utilizado
devemos nos atentar em seguir alguns pontos importantes, toda
embalagem deve:
- permitir penetração e remoção adequados do agente
esterilizante
- prover barreira microbiana
- resistir a rasgos e perfurações
- proporcionar abertura asséptica sem rasgar
- ter baixa memória (quando dobrada não pode voltar)
- ser de fácil obtenção no mercado (manter sempre o padrão)
- ser apropriada ao método de esterilização
- atender às normas vigentes
- ter um custo-benefício e baixo impacto ambiental
O sistema de embalagem estéril funciona da seguinte forma:
EMBALAGEM
P
R
O
D
U
T
O
AR
AGENTE
ESTERILIZANTE
MICRORGANISMOS X
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1-
2-
3-
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PREPARO
1- A embalagem permite a saída do ar.
2- Ocorre a entrada e saída do agente esterilizante.
3- Após a esterilização o filtro bacteriano é fechado (no caso do
tecido de algodão as fibras são fechadas com o calor).
Impedindo a entrada de microrganismos e garantindo a
manutenção da esterilidade do produto.
Existem no mercado diversos tipos de embalagem para
instrumentais, aqui apresentarei somente as permitidas para
utilização no CME segundo a RDC nº15/2012.
Tecido de Algodão:
A embalagem de algodão duplo é muito utilizada no Brasil pois
apresenta um custo-benefício favorável, boa resistência e baixa
memória. Porém na visão da gestão dessa embalagem os contras
ainda são maiores que os prós, o material deve ser produzido em
normativa especifica (não é qualquer tecido), não pode
apresentar rasgos, remendos em costuras ou desbote (pois
comprometem a manutenção da esterilização, o reuso deve ser
controlado (máximo de reuso 65 vezes) e esta é uma tarefa
quase impossível de controlar.
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PREPARO
Container Rígido:
O container rígido é reutilizável e dispensa o uso de embalagem
externa, ótimo para a sustentabilidade, além de garantir a
manutenção da esterilidade do material durante o transporte e
armazenamento. Existem modelos diferentes, os containers
podem ser de aço inox, plástico termo resistente ou alumínio e
estão disponíveis em diversos tamanhos.
A penetração do agente esterilizante acontece de acordo com o
projeto de cada container, a entrada e saída do agente
esterilizante se dá por meio de perfurações na margem superior
e/ou na tampa, já a manutenção da esterilidade ocorre por filtro:
- filtro especifico descartável: trocado a cada esterilização.
- filtro especifico reutilizável: pode ser utilizado até 1200 vezes
de acordo com a indicação do fabricante.
- válvulas reutilizáveis: são válvulas presentes na própria
estrutura do container que abrem e fecham de acordo com as
fases do ciclo de esterilização. Há sistemas que utilizam 
filtro + válvula. 
Sua maior desvantagem é o alto custo de aquisição.
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PREPARO 57
Papel Grau Cirúrgico:
O papel grau cirúrgico é muito utilizado para embalagem de
materiais unitários ou em pouca quantidade e leves, em forma
de pacotes. É composto por uma face em papel grau cirúrgico
com barreira microbiana e outra face de filme transparente.
Possui um sistema que permite a abertura sem rasgos, com
mínima liberação de fibras garantindo a técnica asséptica e com
pouca chance de contaminação do material durante a abertura.
Sua maior vantagem é a permissão da visualização do produto
interno (o que não ocorre nos outros tipos de embalagem), além
do baixo custo.
O papel grau cirúrgico contem em sua própria embalagem já
impregnado, o indicador químico tipo 1, permitindo a
visualização da passagem pelo processo de esterilização.
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PREPARO 58
Papel Crepado:
O papel crepado é composto por uma superfície encrespada em
dois sentidos que permite seu estriamento e adaptação para
embalagem, lembra muito o papel crepom,porém com maior
resistência e possui barreira microbiana. Sua maior vantagem é
ser flexível de fácil manuseio e por ser biodegradável, porém
não costuma ser muito utilizado devido sua alta memória que
dificulta a abertura asséptica e sua baixa resistência a rasgos.
Encontramos no mercado 3 tipos do papel crepado:
- 1ª geração: 100% celulose.
- 2ª geração: 100% celulose + fibras sintéticas.
- 3ª geração: uma mistura de celulose com fibras sintéticas
reforçadas externamente. 
O que diferencia as gerações é a maior resistência mecânica
contra rasgos e perfurações.
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PREPARO 59
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Tyvek ® :
O Tyvek é muito conhecido pela sua utilização no processo de
esterilização por peróxido de hidrogênio (Sterrad ®), mas
também é compatível com outros métodos.
É fabricado em 100% de polietileno de alta densidade, ou seja, é
feito de plástico (não é um papel por mais que pareça), é
composto por uma face Tyvek com barreira microbiana e outra
face de filme transparente o que permite a visualização do
conteúdo interno, contem em sua própria embalagem já
impregnado, o indicador químico tipo 1, permitindo a
visualização da passagem pelo processo de esterilização.
Suas maiores vantagens são resistência à fluidos e altíssima
resistência a rasgos, porém é um material de alto custo e
incompatível com altas temperaturas acima de 126°C.
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PREPARO
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SMS (Tecido Não Tecido):
O SMS é a embalagem mais utilizada para envolver caixas
cirúrgicas. Fabricado em polipropileno (polímero plástico) é
compatível com todos os métodos de esterilização, além de ser
impermeável a água e fluídos, possui barreira microbiana e alta
resistência mecânica contra rasgos. 
Ele possui 3 camadas de fibras que garantem a manutenção da
esterilidade:
1- Spunbond: 1ª camada de resistência a rasgos e impermeável.
2- Meltblown: 2ª camada é a barreira microbiana.
3- Spunbond: 3ª camada de resistência a rasgos e impermeável.
O SMS é composto por três camadas:
Repele líquidos
Barreira contra
microorganismos
(99-100%)
Permeável ao agente
esterilizante
Spunbond
(Polipropileno)
Meltblown
(Polipropileno)
Spunbond
(Polipropileno)
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PREPARO 61
Sistema de embalagens de acordo com o método de
esterilização:
EMBALAGEM VAPOR SOBPRESSÃO
TECIDO DE
ALGODÃO
ÓXIDO DE
ETILENO (ETO)
PLASMA E VAPOR
DE PERÓXIDO DE
HIDROGÊNIO
VAPOR A BAIXA
TEMPERATURA DE
FORMALDEIDO
CONTAINER
RIGIDO
PAPEL GRAU
CIRÚRGICO
PAPEL CREPADO
TYVEK® 
SMS
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
*ATÉ 126ºC
SIM
NÃO
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
NÃO NÃO
SIM
NÃO
NÃO
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
9.5 Selagem correta
A selagem adequada do papel grau cirúrgico e do Tyvek é um
dos fatores que garantem a manutenção da esterilidade do
material. As seladoras devem possuir regulagem de temperatura
e controle de solda, para promover fechamento hermético da
embalagem com garantia de integridade.
Para que isso ocorra a selagem deve:
- não possuir nenhuma abertura, vinco ou dobra.
- em caso de dupla embalagem não pode haver selagem
sobreposta.
- o fechamento deve estar resistente, com ausência de fissuras
ou bolhas na região selada.
- sem sinais de derretimento do filme ou queima do papel.
Cabe ao profissional que está realizando a selagem observar se a
embalagem está adequada.
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PREPARO 62
É necessário que a distância entre a borda e a selagem seja de
1cm a 3cm para que haja a abertura na técnica correta e
asséptica.
CENTRO DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO
Respeite sempre o sentido correto para a abertura, indicado e
sinalizado na embalagem como um seta ( a ponta da seta para
baixo indica o final do pacote, sendo assim o lado correto para o
espaço de abertura é o contrário)
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PREPARO 63
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9.6 Técnicas de embalagem pacote SMS
A técnica de embalagem de caixas foi desenvolvida para garantir
a abertura asséptica. A mais comum utilizada é por dobradura
em envelope, que permite ao abrir a parte externa do pacote a
embalagem cobre a mesa e pode ser utilizada como um campo
estéril. Essa técnica pode ser aplicada para embalagens em
campo de tecido, sms e papel crepado. 
Como segue o modelo:
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PREPARO
9.7 Identificação do material
Os materiais e produtos para saúde que passam pelo processo
de esterilização/desinfecção devem ser identificados por meio
de etiquetas.
As etiquetas devem estar com as informações legíveis e fixados
na embalagem do produto durante as etapas do processo de
esterilização, armazenamento, transporte e distribuição até o
momento do uso.
A RDC nº15/2012 o rótulo da embalagem deve conter:
- nome do produto
- número do lote
- data do processo (dia que foi feito)
- data limite de uso (vencimento)
- método utilizado (se foi esterilização a vapor, por peróxido de
hidrogênio, desinfecção quimica, etc)
- nome do responsável pelo preparo.
Exemplo:
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ESTERILIZAÇÃO
10.1 O que é a esterilização
A esterilização é o processo de destruição de todas as formas de
vida. Pode ser realizada por meio da utilização de agentes
químicos, físicos ou um blend dos dois que chamamos de físico-
químico.
O propósito da esterilização é que probabilidade de
sobrevivência do agente que pode contaminar um organismo
seja menor que 1:1.000.000, ou seja, em 1 milhão temos
0.000.001 de vida, podendo então considerar o objeto estéril.
10.2 Tipos de esterilização utilizadas no CME
Hoje a ANVISA proibiu o uso em CME hospitalar dos métodos de
esterilização por imersão química e calor seco (estufas), então
utilizamos como esterilização os meios:
- Físico:
Calor úmido (autoclave a vapor saturado sob pressão)
A esterilização acontece devido ao processo do calor úmido
provocar uma reação de desnaturação e coagulação das
proteínas e fluidificação dos lipídeos, ocasionando na morte do
microrganismo.
É um método barato e o mais utilizado em nosso meio, porém
não suporta materiais sensíveis a altas temperaturas.
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ESTERILIZAÇÃO 66
- Físico-químico:
Óxido de etileno (ETO)
É um gás com alto poder de penetração no material, a
esterilização por este método ocorre por meio da intoxicação do
microrganismo, esse efeito tóxico impede a célula de
metabolizar e se reproduzir, causando a morte do
microrganismo. É um método barato, que utiliza baixa
temperatura e muito utilizado para esterilização de materiais
termo sensíveis, porém altamente tóxico, é necessário um
processo rigoroso de dispersão do gás para que o material seja
liberado para utilização, por isso impossível de ser realizado
dentro do próprio CME.
Vapor a baixa temperatura de formaldeído (VBTF)
O formaldeído é utilizado para esterilização em sua forma
gasosa, a esterilização ocorre pelo mecanismo de atuação que é
a alquilação de proteínas que interfere com o metabolismo dos
microrganismos, o mesmo mecanismo utilizado pelo gás de ETO.
É um método barato, que utiliza baixa temperatura e muito
utilizado para esterilização de materiais termo sensíveis, a
dispersão do gás é realizada pelo próprio equipamento
esterilizador de forma rápida e segura, podendo ser utilizado no
CME, o equipamento é semelhante a uma autoclave a vapor.
Vapor de peróxidode hidrogênio
O peróxido de hidrogênio é utilizado para esterilização em sua
forma liquida que ao entrar no processo do equipamento é
transformado em vapor. A esterilização ocorre por meio da
desestruturação da membrana celular dos microrganismos,
ocasionando a morte. É um método caro de esterilização, porém
muito utilizado devido ao seu tempo de processo rápido,
existem ciclos de 24 minutos, além de ser indicado para
materiais termos sensíveis.
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10.3 Autoclaves à vapor saturado sob pressão
As autoclaves como conhecemos dentro do CME são
equipamentos esterilizadores a base do vapor saturado sob
pressão, esse método apresenta características mais vantajosas
quando comparado com os outros:
- é o método de esterilização mais antigo, portanto, é o mais
conhecido, estudado e seguro.
- atóxico para o paciente, colaborador e ao ambiente, pois não
há resíduos químicos.
- fácil manuseio e controle.
- a monitorização é feita por registros físicos, indicadores
biológicos e compatível com todos os indicadores químicos (tipo
1 a tipo 6).
- compatível com a maioria dos materiais termo resistentes.
- e é um método de baixo custo.
A esterilização nas autoclaves ocorre devido a exposição do
material por determinado tempo, temperatura e pressão, a
norma ABNT NBR ISO 17665-2:2010 nos dá como parâmetro
mínimo:
67
TEMPERATURA EM GRAUS CELSIUS TEMPO DE EXPOSIÇÃO EM MINUTOS
121 ºC
134 ºC
15 MIN.
03 MIN.
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Para ciclo contendo material utilizado em tecido (paciente)
suspeito ou portador confirmado da proteína priônica (príons),
temos uma programação especial:
Ciclo Príons:
Temperatura: 134ºC
Tempo de exposição em minutos: 18 minutos
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ESTERILIZAÇÃO 68
Esses são os padrões mínimos estabelecidos, porém as
instituições tem a liberdade de padronizar o tempo de acordo
com a indicação do fabricante ou protocolo próprio, mas sempre
respeitando a norma. 
Exemplo: algumas instituições utilizam 134°C em 5 minutos,
essa é uma opção de segurança estabelecida pela instituição.
Por isso ao iniciar o trabalho em CME sempre verifique o padrão
do seu local de trabalho, pois pode variar.
O ciclo da autoclave é dividido basicamente em 3 fases:
1ª fase = Pré Vácuo
2ª fase = Esterilização
3ª fase= Secagem
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ESTERILIZAÇÃO
8
69
Pré Vácuo: o ar é removido totalmente da câmara através de
pulsos de vácuo, e inicia-se o aquecimento.
Esterilização: a temperatura é atingida e permanece pelo tempo
determinado (121°C 15 min. ou 134°C 03 min.).
Através da desnaturação e coagulação das proteínas dos
microrganismos. Podemos observar como ocorre a morte
microbiana através do gráfico o que chamamos de OVERKILL.
Secagem: após a esterilização o material ainda se encontra
molhado pela inserção do vapor, então inicia-se a secagem do
material e a queda da temperatura ocorre gradativamente até o
final do ciclo.
CENTRO DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO
6
5
4
3
2
1
0
-1
-2
-3
-4
-5
-6
1 2 3 4 5 6 7 9 10 11 12
KILL
OVERKILL
(Minutos)
Indicador tipo 5
Indicador Biológico
(L
og
 -1
0)
(Metade do ciclo)
(Morte)
(Sobre Morte)
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ESTERILIZAÇÃO
10.3.1 Testes Diários
A RDC nº15/2012 em suas seções XI e X nos dá as diretrizes
para realização de testes e o monitoramento do processo de
esterilização, além das exigências de testes a serem realizados
diariamente para garantir a segurança do processo.
Leak Test: diariamente no primeiro ciclo vazio e em
programação específica. Algumas autoclaves permitem a
realização do leak test, ele é um teste que identifica vazamentos
de ar na câmara da autoclave, o que interfere na qualidade da
esterilização. Quando disponível deve ser realizado no primeiro
ciclo do dia, tem um progarma especifica com o próprio nome
“leak test”, “teste de fuga” ou “teste taxa de fuga”, e a câmara da
autoclave permanece vazia.
Bowie & Dick: diariamente no primeiro ciclo vazio e em
programação específica (se a autoclave que você trabalha tiver a
opção do leak test então o B&D será seu segundo ciclo).
O Bowie & Dick verifica a presença de bolhas de ar e gases não
condensáveis, ele avalia então o sistema de remoção de ar
(funcionamento da bomba de vácuo) da autoclave, uma vez que
a presença de bolhas de ar e gases impedem a uniformização da
esterilização. O teste consiste em um pacote desafio contendo 1
folha impregnada com tinta sensível ao ar e gases simulando um
ciclo de alto desafio para esterilização.
O pacote desafio deve ser posicionado acima/próximo ao dreno
(é o ponto de maior desafio) da autoclave para melhor eficácia.
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CENTRO DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO
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Biológico: diariamente na primeira carga do dia e em todas as
cargas com material implantável.
A realização do indicador biológico é um fator de garantia de
segurança para liberação da carga para utilização, as ampolas do
teste contêm esporos contido, então utilizamos, pois, acredita-se
que se o esporo da ampola foi inativado, o de toda a carga
também foi. O indicador biológico pode vir de pronto uso (já em
pacote desafio pronto) ou somente as ampolas e nesse caso
deve-se preparar um pacote desafio de acordo com o protocolo
da instituição, e sempre deve posicionar o pacote no ponto de
maior desafio (dreno).
CENTRO DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO
Liberador de Carga: em todos as cargas.
O liberador de carga consiste no pacote desafio contendo
indicador químico (tipo 5 ou tipo 6), e deve ser utilizado e
registrado em todos as cargas. Fazemos esse controle
acreditando que se o indicador químico do teste desafio teve
resultado satisfatório, o de toda a carga também teve.
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ESTERILIZAÇÃO 72
CENTRO DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO
Todos os testes em forma de pacote desafio seja pronto uso ou
confeccionado no prórprio CME devem ser posicionados
próximos ao dreno ("ralo"), pois é o ponto mais frio da câmara da
autoclave, sendo assim, o ponto de maior desafio.
Procure o dreno da sua autoclave, o local varia de acordo com o
modelo e fabricante.
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ESTERILIZAÇÃO
10.3.2 Montagem de carga
O fator esterilização está totalmente ligado com a montagem
correta da carga, uma carga montada de forma errada pode
impedir a penetração adequada do vapor no material e a
esterilização não ser realizada de forma efetiva.
- Deve-se evitar colocar na mesma carga produtos feitos de
materiais muito diferentes, exemplo: plástico, borracha, tecido,
metais, quanto menos misturamos melhor será a segurança do
processo.
- A carga da autoclave deve ser distribuída de uma maneira
uniforme, não pode tocar as paredes internas da autoclave e
respeitar a distância mínima de 1,5cm a 3,0cm de uma caixa
para outra.
- Evite colocar muitas caixas pesadas na mesma carga, o vapor
pode não penetrar uniformemente.
- Quando possível utilizar cestos aramados para colocação dos
pacotes sempre paralelos.
- Os pacotes de papel grau cirúrgico devem ser posicionados
“plástico com plástico” e “papel com papel” para não dificultar a
entrada do vapor.
- Atente-se na montagem correta do rack da autoclave: materiais
pesados a baixo e materiais mais leves acima.
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CENTRO DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO
Excesso de materiais e sem espaço
Forma correta
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ARMAZENAMENTO
11.1 Área do arsenal
O arsenal é a área de

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