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06/06/23, 22:43 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=iiZV0eFjFeOIY9%2bgcbUiiA%3d%3d&l=1yjc2xT2XAu09wEyWQ682A%3d%3d&cd=5A5ICVI… 1/34 INSTALAÇÕESINSTALAÇÕES HIDROSANITÁRIASHIDROSANITÁRIAS Me. Daniel Cordeiro Ferreira IN IC IAR 06/06/23, 22:43 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=iiZV0eFjFeOIY9%2bgcbUiiA%3d%3d&l=1yjc2xT2XAu09wEyWQ682A%3d%3d&cd=5A5ICVI… 2/34 introdução Introdução Você, como futuro engenheiro, deve saber que, para elaborar seus projetos de Engenharia, deverá procurar, sempre, seguir recomendações técnicas, para que seus trabalhos aproximem-se do ideal estabelecido. No Brasil, quando falamos de Sistemas Prediais de Água Potável, deve vir, a nossa mente, a normativa técnica NBR 5.626 (ABNT, 1998a) - Instalação Predial de Água Fria. Apesar de ser algo inviável, detalhar todos as particularidades de um sistema de água predial (o corpo do texto da norma �caria muito extenso), a NBR 5.626 (ABNT, 1998a) procura pincelar as principais exigências que você, projetista ou executor, deverá observar quando estiver trabalhando com esse tipo de serviço. Nesta unidade, veremos, especi�camente, aspectos sobre a concepção do sistema de água predial e como este está relacionado a todo o processo de abastecimento de água. Veremos, também, adentrando já às instalações prediais, aspectos dos reservatórios de água e de outras instalações importantes: ramais, recalque, sucção, extravasores e limpeza predial. Por �m, iniciaremos uma conversa sobre os métodos para a de�nição do consumo de água das peças de utilização de uma edi�cação, abordando, especi�camente, o método do Consumo Máximo Provável (Método dos Pesos). 06/06/23, 22:43 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=iiZV0eFjFeOIY9%2bgcbUiiA%3d%3d&l=1yjc2xT2XAu09wEyWQ682A%3d%3d&cd=5A5ICVI… 3/34 Você utiliza-a, mesmo sem, às vezes, dar-se conta, todos dias e durante o dia todo. Ao acordar e antes de dormir, a água é parte de nossas vidas. Certamente, esta substância química é primordial para a existência dos seres vivos em nosso planeta e, em um aspecto pessoal, é aquilo que mais utilizamos. É fato que a água foi elemento-chave para o desenvolvimento das comunidades inicialmente e, depois, para a sociedade, de uma forma geral, concorda? Esse tipo de a�rmação você já deve ter lido e ouvido por várias vezes. O que talvez não seja tão familiar e você nem tenha pensado ainda é: se a água é tão essencial para a humanidade, e nós, até poucos séculos, ainda tínhamos-na em abundância, por que só agora, nas últimas décadas, tivemos acesso aos seus benefícios dentro de nossos lares? Esta pergunta é norteadora, certamente, deste curso. Vamos continuar avançando em nossa re�exão. A utilização da água foi necessária para o desenvolvimento e crescimento das cidades e para a criação de produtos e serviços novos às pessoas. Porém, quando mais demandou-se água, mais percebeu-se a necessidade de que essa água chegasse aos pontos de consumo de forma ágil. Aliado a isso, a desenfreada demanda do recurso hídrico, por parte das indústrias que desprezavam, até então, a questão Sistemas de AbastecimentoSistemas de Abastecimento PredialPredial 06/06/23, 22:43 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=iiZV0eFjFeOIY9%2bgcbUiiA%3d%3d&l=1yjc2xT2XAu09wEyWQ682A%3d%3d&cd=5A5ICVI… 4/34 ambiental e sustentável do uso da água, trouxe sérios prejuízos à sua potabilidade, inviabilizando a ingestão de água, por exemplo, de muitos mananciais localizados nas metrópoles daquela época (séculos XVIII e XIX). Neste cenário, o pensamento higienista e sanitarista ganhou força no mundo, visando aumentar a e�ciência ao processo de uso da água, sem diminuir sua qualidade destinada ao consumo humano e animal. Sobre a qualidade da água, hoje, sabe-se que, para ser potável, esta deve, além de ser insípida, inodora e incolor (CREDER, 2016), possuir, no máximo, características como (BRASIL, 1990): pH situado no intervalo de 6,5 a 8,5; sólidos totais dissolvidos em concentração de 1000 mg/L; dureza total em concentração de 500 mg/L de CaCO3 (Carbonato de Cálcio). Quanto à Hidráulica (do grego hydro = água; aulos = condução/tubo), esta avançou nas cidades por meio do advento dos sistemas de abastecimento de água, que é o conjunto de tubulações (Figura 1.1) e equipamentos destinados a transportar água de uma fase de captação diretamente (ou após uma pré- reservação) ao consumidor �nal. saiba mais Saiba mais No link a seguir, Carlos César Santejo Saiani e Rudinei Toneto Júnior , por meio de um artigo cientí�co, detalham, com bastantes dados, a evolução do Saneamento Básico no Brasil entre 1970 e 2004. Fonte: Saiani e Toneto Júnior (2010). Acesse o link para saber mais: ACESSAR http://www.scielo.br/pdf/ecos/v19n1/a04v19n1.pdf 06/06/23, 22:43 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=iiZV0eFjFeOIY9%2bgcbUiiA%3d%3d&l=1yjc2xT2XAu09wEyWQ682A%3d%3d&cd=5A5ICVI… 5/34 No Brasil, temos normativas que descrevem todas as componentes de um sistema de abastecimento de água (SAS), que são: 1. NBR 12.211 (ABNT, 1992) - estudos de concepção de sistemas públicos de abastecimento de água; 2. NBR 12.212 (ABNT, 2017) - projeto de poço tubular para captação de água subterrânea - procedimento; 3. NBR 12.213 (ABNT, 1992) - projeto de captação de água de superfície para abastecimento público - procedimento; 4. NBR 12.214 (ABNT, 1992) - projeto de bombeamento de água para abastecimento público - procedimento; 5. NBR 12.215-1 (ABNT, 2017) - projeto de adutora de água. Parte 1: conduto forçado; 6. NBR 12.216 (ABNT, 1992) - projeto de estação de tratamento de água para abastecimento público - procedimento; 7. NBR 12.217 (ABNT, 1994) - projeto de reservatório de distribuição de água para abastecimento público - procedimento; 8. NBR 12.218 (ABNT, 2017) - projeto de rede de distribuição de água para abastecimento público - procedimento. Perceba, então, que as normativas técnicas brasileiras são pautadas nas seis grandes fases de um SAS: captação, bombeamento, adução, tratamento, Figura 1.1 - Tubulações de um sistema predial de abastecimento de água Fonte: Tomasz Wyszolmirski / 123RF. 06/06/23, 22:43 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=iiZV0eFjFeOIY9%2bgcbUiiA%3d%3d&l=1yjc2xT2XAu09wEyWQ682A%3d%3d&cd=5A5ICVI… 6/34 reservação e distribuição. Essas etapas estão descritas a seguir, na Figura 1.2. É importante ressaltar que a ordem de algumas dessas etapas pode variar em função da concepção do SAS desenvolvida. Apesar de todas essas etapas estarem relacionadas à água que você consome em sua casa, para falarmos de Instalações Hidrossanitárias Prediais , consideraremos a análise do �uxo de água a partir da chegada no usuário (que pode ser uma residência, edifício, escola, indústria, etc.), sua utilização e a condução do e�uente que sai do local de utilização (usuário). Quando falamos em distribuição de água potável dentro de uma instalação predial, devemos considerar a NBR 5.626 (ABNT, 1998a) - instalação de água predial, que estabelece as exigências técnicas mínimas quanto à higiene, economia, segurança e conforto em instalações hidrossanitárias em sistemas prediais (CREDER, 2016). Figura 1.2 - Partes de um sistema de abastecimento de água Fonte: Adaptada de Tratamento… (on-line). 06/06/23, 22:43 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=iiZV0eFjFeOIY9%2bgcbUiiA%3d%3d&l=1yjc2xT2XAu09wEyWQ682A%3d%3d&cd=5A5ICVI… 7/34 Assim como outros projetos de um edifício (estrutural, arquitetônico, elétrico, climático, dentre outros), quando falamos em instalações hidrossanitárias, devemos logo remeter à nossa mente um projeto. Um projeto de engenharia, como você sabe, possui elementos bem característicos: escala, plantas-baixas e cortes, bem como tabela de quantitativos, detalhamento técnico, en�m, tudo o que for necessário para que os pro�ssionais que forem executá-lo saibam exatamente o que fazer e, posteriormente,se houver análise sobre o sistema, quem for analisar entender como o sistema foi concebido. reflita Re�ita Tudo tem um prazo de validade. Alimentos, máquinas e até normativas. Sim, as normas da ABNT possuem, também, um período de atividade ideal e o recomendado é que, de tempo em tempo, haja atualizações, para que a normativa apresente-se sempre conexa às realidades sobre o assunto que aborda. Como você percebe, a NBR 5.626 (ABNT, 1998a) já tem mais de 20 anos de vigência, sem nenhuma atualização. Você acha que a norma pode estar defasada, quanto às novas tecnologias da área? De fato, existem materiais novos a cada dia, especialmente neste setor da Engenharia, em que se busca otimizar o consumo de água em um viés ambiental. Como um futuro engenheiro, como você lidaria com a situação de trabalhar com novos procedimentos desta área que ainda não estão normatizados? Lembre-se de que você, como engenheiro, possui responsabilidades diante à sociedade quanto ao exercício de sua pro�ssão. Por isso, é sempre recomendado que se utilize as indicações das normas técnicas brasileiras, �cando atento à novas atualizações. Fonte: Elaborado pelo autor. 06/06/23, 22:43 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=iiZV0eFjFeOIY9%2bgcbUiiA%3d%3d&l=1yjc2xT2XAu09wEyWQ682A%3d%3d&cd=5A5ICVI… 8/34 Um detalhe importante a ser mencionado quanto à água é que, quando falamos sobre a condução de água potável em sistemas hidráulicos prediais, além da norma NBR 5.626 (ABNT, 1998a), temos, também, a NBR 7.198 (ABNT, 1993). A diferença entre essas duas normativas é que a primeira aborda apenas sobre o escoamento de água em tubulações à temperatura ambiente ou água fria, como a norma a chama; a segunda aborda sobre o escoamento de água aquecida em tubulações. Estamos falando, neste tópico, inicialmente sobre a condução de água fria e, posteriormente, voltaremos à NBR 7.198 (ABNT, 1993). De acordo com a norma NBR 5.626 (ABNT, 1998a), as instalações de água fria devem: 1. Oferecer garantia sanitária, ou seja, todas as exigências aplicáveis às outras etapas do Sistema de Abastecimento de Água (SAS) são aplicáveis, também, às instalações de água fria, uma vez que se considera estas como um “subsistema” ou a “extremidade” do SAS; 2. Apresentar um bom desempenho. As instalações prediais devem atender aos requisitos técnicos e critérios de desempenho direcionados por outras normativas ou outros materiais técnicos, de modo a satisfazer às demandas dos usuários. Alguns aspectos mais técnicos que essa normativa aponta para as instalações de água fria são no sentido de (CREDER, 2016): garantir o fornecimento de água de forma contínua e em quantidade su�ciente, bem como com pressões e velocidades adequadas ao funcionamento de peças de utilização e tubulações. Esta também é uma exigência de outras fases do SAS; preservar o máximo de conforto dos usuários, incluindo a redução dos níveis de ruído. Esta é uma questão que pode não ser muito relevante para quem nunca morou em apartamento, mas, para quem já morou ou mora, sabe que o ruído provocado por instalações hidrossanitárias, especialmente no período noturno, pode incomodar bastante. 06/06/23, 22:43 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=iiZV0eFjFeOIY9%2bgcbUiiA%3d%3d&l=1yjc2xT2XAu09wEyWQ682A%3d%3d&cd=5A5ICVI… 9/34 praticar Vamos Praticar “O Sistema de Abastecimento de Água inclui diversas etapas construtivas para que água seja conduzida de um local de captação até o destino �nal: o usuário. Neste sentido, as instalações prediais de água fria fazem parte do Saneamento Básico, em geral, e devem, portanto, cumprir as mesmas exigências requeridas às outras etapas do processo. Nesse sentido, as instalações prediais de água fria se constituem com um subsistema do abastecimento de água” (ABNT, 1998a, p. 2). Como subsistema do amplo Sistema de Abastecimento de Água, algumas características básicas devem ser atendidas, também, pelas instalações de água fria. Diante disso, analise as alternativas a seguir e assinale aquela que representa algumas das características apontadas similarmente para as instalações de água fria e para as outras componentes do SAS. a) Máxima pressão e velocidade possíveis, fornecimento de água de forma contínua e qualidades sanitárias preservadas. b) Pressão e velocidade adequadas, fornecimento de água em função da reservação própria e qualidades sanitárias preservadas. c) Pressão e velocidade adequadas, fornecimento de água de forma contínua e qualidades sanitárias dependentes do número de usuários. d) Pressão e velocidade adequadas, fornecimento de água de forma contínua e qualidades sanitárias preservadas. e) Mínima pressão e velocidade possíveis, fornecimento de água em forma contínua e qualidades sanitárias preservadas. 06/06/23, 22:43 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=iiZV0eFjFeOIY9%2bgcbUiiA%3d%3d&l=1yjc2xT2XAu09wEyWQ682A%3d%3d&cd=5A5IC… 10/34 Se você já subiu no telhado de sua casa alguma vez ou se já acessou ao último piso de seu prédio, muito provavelmente sabe exatamente onde localiza-se o reservatório de água, similar ao da Figura 1.3, do local em que você habita. Mas você já se perguntou qual é(são) a(s) função(ões) deste elemento? Figura 1.3 - Exemplo de Reservatório Fonte: Frameangel / 123RF. Dimensionamento deDimensionamento de ReservatóriosReservatórios 06/06/23, 22:43 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=iiZV0eFjFeOIY9%2bgcbUiiA%3d%3d&l=1yjc2xT2XAu09wEyWQ682A%3d%3d&cd=5A5IC… 11/34 Como nós havíamos conversado anteriormente, as instalações prediais de água fria são um subsistema do amplo Sistema de Abastecimento de Água (SAS), ou seja, estas têm funções similares às funções do SAS. No SAS, existem, também, os reservatórios. É possível que você já tenha visto um ou mais reservatórios de água espalhados por sua cidade. Estes reservatórios possuem algumas atribuições: armazenar água de forma su�ciente, para atender às oscilações de consumo ao longo do dia e para eventuais demandas excepcionais (falta de água e incêndios); uniformizar e atingir os patamares desejados, quanto à concentração de cloro residual na água transportada; para reservatórios elevados, pressurizar a rede de abastecimento. Para os reservatórios de água de um sistema predial não é diferente. A ideia é que este elemento seja capaz de armazenar água em eventuais faltas d’água, por parte da concessionária de abastecimento, de pressurizar os trechos de tubulações do sistema e realizar essas funções sem que haja perdas nos padrões de potabilidade mínimos necessários. Antes de entrarmos propriamente nas informações da NBR 5.626 (ABNT, 1998a) sobre reservatórios, é interessante que saibamos as formas de concepção de um projeto de um sistema predial de água fria em função da reservação. Existem três possibilidades: sistema direto de distribuição, sistema indireto de distribuição (sem bombeamento) e sistema indireto de distribuição (com bombeamento) (CREDER, 2016). O sistema direto de distribuição, como o nome sugere, é o sistema que há �uxo direto do sistema de abastecimento de água da rede pública à peça de utilização. Isso quer dizer que a pressão da rede pública de abastecimento, nesse caso, é su�ciente para abastecer todos os pontos de consumo do sistema predial. Já o sistema indireto de distribuição (sem bombeamento), pelo fato de ser indireto, indica-nos a existência de uma etapa de reservação. No entanto, nesse caso, a pressão da rede pública é su�ciente para que a água chegue a um reservatório elevado e, então, por gravidade, supra os pontos de demanda do edifício. Normalmente, este é o caso representativo de residências e pequenos edifícios (até três pavimentos). 06/06/23, 22:43 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=iiZV0eFjFeOIY9%2bgcbUiiA%3d%3d&l=1yjc2xT2XAu09wEyWQ682A%3d%3d&cd=5A5IC… 12/34 Por �m, o sistema indireto de distribuição (com bombeamento) é aplicado, normalmente, aos casosem que a pressão de água da rede pública não é su�ciente para alimentar o(s) reservatório(s) superior(es). Nesse caso, utiliza-se de um reservatório intermediário (normalmente alocado no piso térreo) e, então, por um sistema de bombeamento, faz-se a adução de água deste reservatório intermediário para o(s) reservatório(s) superior(es). A Figura 1.4 ilustra os três tipos de sistemas, com as respectivas concepções para a reservação. Figura 1.4 - Sistemas de Distribuição com as concepções de reservação Fonte: Creder (2016, p. 7). Existe, ainda, um quarto tipo de sistema de distribuição, que é o hidropneumático , no qual torna-se dispensável o uso de reservação superior, sendo, a adução de água, totalmente via energia elétrica, o que torna, na maioria das vezes, esta alternativa inviável, pelo alto custo de implantação e operação. Entrando, agora, de fato, nas recomendações da NBR 5.626 (ABNT, 1998a), a norma aponta cinco tópicos que falaremos a seguir: preservação da potabilidade; de�nição da forma e dimensões; instalação e estabilidade mecânica; 06/06/23, 22:43 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=iiZV0eFjFeOIY9%2bgcbUiiA%3d%3d&l=1yjc2xT2XAu09wEyWQ682A%3d%3d&cd=5A5IC… 13/34 operação; extravasão e limpeza. A norma indica que, para que se mantenha os padrões de potabilidade, o reservatório deve ser um recipiente estanque, com tampa de acesso opaca e vedação que impeça a entrada de líquidos, poeiras e insetos. É importante que o local de instalação do reservatório em uma edi�cação seja estratégico, para que impeça o acesso fácil a estranhos, mas que seja acessível para que uma pessoa designada possa inspecioná-lo e limpá-lo. Caso seja possível, deve-se evitar o apoio do reservatório diretamente no solo ou, ainda, enterrá-lo, em função do risco de contaminação pela permeabilidade das paredes do tanque (ABNT, 1998a). reflita Re�ita A norma NBR 5.626 (ABNT, 1998a) traz um destaque especial para a relação da reservação em um sistema de instalações hidrossanitárias e a manutenção dos padrões de potabilidade. É possível perder a qualidade da água a partir do momento em que esta chega do sistema de abastecimento da rede pública e armazena-se neste elemento? Sim, claro! Se existem fatores que impedem o �uxo de água contínuo no sistema ou contaminantes, por exemplo, certamente, as características de potabilidade serão afetadas. Quais seriam os fatores, se possível, para essa diminuição da qualidade da água “retida” no reservatório? Contaminantes, falta de vedação, falta de limpeza/manutenção, reservatório enterrado não atendendo às condições normativas, entre outros. Fonte: Elaborado pelo autor. Entrando na parte de dimensionamento e de�nição de formas, inicialmente, é necessário apontar que a norma indica que a capacidade dos reservatórios deve ser projetada em função, especialmente, do consumo de água no edifício. 06/06/23, 22:43 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=iiZV0eFjFeOIY9%2bgcbUiiA%3d%3d&l=1yjc2xT2XAu09wEyWQ682A%3d%3d&cd=5A5IC… 14/34 Macintyre (2017) a�rma que a reservação total, tanto nos reservatórios inferiores quanto nos superiores, não pode ser inferior ao consumo diário. Em outras palavras, o autor aborda sobre uma outra exigência da norma, em que “o volume de água reservado para uso doméstico deve ser, no mínimo, o necessário para 24h de consumo normal do edifício [...]” (ABNT, 1998a, p. 10). A norma desconsidera, neste volume mínimo, o volume de reservação destinado ao combate de incêndios, volume este estabelecido pelo órgão regulamentador de bombeiros local. Em havendo dados medidos internos (no caso, por exemplo, de uma empresa de Engenharia que já tenha estimativas próprias), esses são utilizados. Caso o projetista ou a empresa não tenha dados sobre o consumo médio real, pode estimar valores por meio de informações fornecidas pela concessionária de água, quanto ao valor estimado do consumo de água por pessoa por dia, em função do tipo de uso do edifício. Para residências, a norma estabelece um volume mínimo de reservação de 500 L. Quanto ao volume máximo, Macintyre (2017) sugere que não se ultrapasse três vezes o valor do consumo médio diário. No caso do volume de reservação máximo, a norma sugere que sejam garantidos dois critérios: de potabilidade nos reservatórios e de atendimento ao volume máximo regulamentado por quaisquer órgãos legais relacionados que assim o façam. De forma prática, é recomendado que se faça uma divisão de 40% do volume total reservado de água para os reservatórios superiores e 60% do volume para os reservatórios inferiores. A NBR 5.626 (ABNT, 1998a) cita alguns pontos especí�cos para a operação de reservatórios que, aliados à prática (CREDER, 2016; MACINTYRE, 2017), podem orientar o projetista na concepção da reservação de água fria do sistema. Dentre as recomendações, citamos: que toda a tubulação que abastece o reservatório deve ser equipada com torneira de boia (Figura 1.6) ou qualquer outro dispositivo com o mesmo efeito no controle da entrada de água e manutenção do nível (ABNT, 1998a); que se sugere instalar, na tubulação de alimentação do reservatório, um registro de fechamento para eventuais operações de manutenção (ABNT, 1998a); 06/06/23, 22:43 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=iiZV0eFjFeOIY9%2bgcbUiiA%3d%3d&l=1yjc2xT2XAu09wEyWQ682A%3d%3d&cd=5A5IC… 15/34 que reservatórios com mais de 4.000 L devem ser divididos em dois compartimentos iguais, comunicando-se por meio de um barrilete (MACINTYRE, 2017). Finalmente, a norma a�rma que em todos os reservatórios devem ser instaladas tubulações de extravasão (excesso de água no interior do reservatório) e limpeza (para permitir o esvaziamento completo, caso necessário). praticar Vamos Praticar Uma das principais funções do reservatório em edi�cações é suprir a demanda por, pelo menos, um dia de eventuais falhas no abastecimento de água por parte da concessionária pública de Saneamento. Além dessa vantagem, a norma NBR 5.626 (ABNT, 1998) - Instalação Predial de Água Fria cita algumas outras utilizações para o reservatório neste tipo de sistema. A partir dessas informações, analise as alternativas a seguir e, de acordo com a normativa, assinale a alternativa correta. a) O reservatório de água tem, como função, atender à demanda de água de chuveiros elétricos. b) A reservação, como elemento de proteção no sistema de abastecimento de água predial, é necessária e obrigatória em edifícios de médio e grande porte, obedecendo às exigências vigentes, quanto ao corpo de bombeiros, na demanda de água para o combate a incêndios. c) Uma das utilizações dos reservatórios em edifícios de grande porte é evitar o uso de água da rede pública, barateando o custo de água para os moradores. d) O sistema de reservação de água em edifícios tem, como função, aumentar a qualidade da potabilidade de água, por meio do tempo de retenção de água em um mesmo recipiente. 06/06/23, 22:43 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=iiZV0eFjFeOIY9%2bgcbUiiA%3d%3d&l=1yjc2xT2XAu09wEyWQ682A%3d%3d&cd=5A5IC… 16/34 e) Uma das principais funções dos reservatórios instalados nos pontos de consumo é diminuir a quantidade de água a ser transportada pela concessionária. 06/06/23, 22:43 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=iiZV0eFjFeOIY9%2bgcbUiiA%3d%3d&l=1yjc2xT2XAu09wEyWQ682A%3d%3d&cd=5A5IC… 17/34 Avançando em nossa análise das instalações de água prediais, neste tópico, falaremos sobre o dimensionamento das tubulações: ramal predial, recalque, sucção, extravasor e limpeza. Ramal Predial Segundo a norma NBR 5.626, o ramal predial é uma “tubulação compreendida entre a rede pública de abastecimento de água e a extremidade a montante do alimentador predial ou de rede predial de distribuição [...]” (ABNT, 1998a, p. 5). É importante saber que, segundo a norma, quem de�ne o ponto em que este ramal predial termina é a concessionária de abastecimento.A Figura 1.5 ilustra os elementos presentes na entrada de água na instalação predial. Ramal Predial, Recalque,Ramal Predial, Recalque, Sucção, Extravasor eSucção, Extravasor e LimpezaLimpeza 06/06/23, 22:43 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=iiZV0eFjFeOIY9%2bgcbUiiA%3d%3d&l=1yjc2xT2XAu09wEyWQ682A%3d%3d&cd=5A5IC… 18/34 Figura 1.5 - Detalhe dos elementos presentes na chegada de água para as instalações prediais Fonte: Macintyre (2017, p. 2). Pela Figura 1.5, percebe-se que o trecho do ramal predial sai da tubulação de uma conexão com a rede pública e estende-se até o cavalete, que faz parte do imóvel e, assim, é responsabilidade do usuário. saiba mais Saiba mais Para o dimensionamento e concepção do ramal predial, existe uma normativa da ABNT que aborda especi�camente sobre este assunto. Trata-se da NBR 14.122 (ABNT, 1998b) Ramal predial - Cavalete galvanizado DN 20 - Requisitos. OBS.: as normas ABNT são normativas não- gratuitas e o acesso a elas pode ser por meio de impressão do arquivo digital original ou por meio de acesso ao conteúdo on-line. Para saber mais, consulte o site da ABNT. Fonte: Elaborado pelo autor. ACESSAR https://www.abntcatalogo.com.br/default.aspx 06/06/23, 22:43 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=iiZV0eFjFeOIY9%2bgcbUiiA%3d%3d&l=1yjc2xT2XAu09wEyWQ682A%3d%3d&cd=5A5IC… 19/34 A recomendação normativa (ABNT, 1998a) e a literatura (CREDER, 2016) indicam que o diâmetro mínimo do ramal predial é de ¾” (lê-se três quartos de polegada) ou, ainda, para padrões nacionais, diâmetro nominal de 20mm ou DN20. A Tabela 1.1 aponta algumas orientações para o diâmetro do ramal, em função do número de ligações prediais (ou comumente chamada de “economias”). Tabela 1.1 - Relação do número de ligações e diâmetro do ramal predial Fonte: Adaptada de Creder (2016, p. 32). A sugestão da NBR 5.626 (ABNT, 1998a) é que a velocidade máxima no ramal predial seja de 1 m/s. Com a recomendação de velocidade e de diâmetros da tubulação, é possível estimar a vazão máxima que adentra pelo ramal predial no sistema de água fria, por meio da Equação 01 a seguir: em que: Qrp é a vazão máxima escoada pelo ramal predial em m³/s; v é a velocidade máxima do escoamento, no ramal, em m/s (sugere-se 1 m/s); Nº de Ligações Diâmetro do Ramal Predial (polegada e milímetros) 1 - 5 ¾” 20 6 - 10 1” 25 11 - 20 1 ½” 40 21 - 80 2” 50 81 - 400 3” 75 401 - 600 4” 100 Qrp = v ⋅ π ⋅ D2 4 06/06/23, 22:43 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=iiZV0eFjFeOIY9%2bgcbUiiA%3d%3d&l=1yjc2xT2XAu09wEyWQ682A%3d%3d&cd=5A5IC… 20/34 D é o diâmetro da tubulação do ramal predial em m. Sabemos que, para um bom projeto, a vazão do ramal predial (vazão de entrada) deve ser igual à vazão consumida no edifício (vazão demandada). Se a vazão demandada é estimável, logo, a vazão do ramal é também. Dessa forma, o que normalmente deseja-se estimar com a Equação 01 não é a vazão propriamente dita, mas sim o diâmetro do ramal predial. Para exempli�carmos, suponha que a vazão demandada no prédio seja de 10 L/s (ou 0,01 m³/s). Sabendo que a velocidade no ramal é de, no máximo, 1,5 m/s para o exemplo, o diâmetro interno mínimo da tubulação deverá ser de: Vemos, neste exemplo, que, para atender às condições de vazão e velocidade, seria necessário um diâmetro interno de, no mínimo, 92 mm. Neste caso, em especial, o projeto seria para uma tubulação de diâmetro nominal DN100, uma vez que os tubos, por viabilidade comercial, são vendidos em diâmetros padronizados. Recalque e Sucção As instalações de recalque são elementos que possuem a função principal de elevar água para níveis superiores. Essa elevação é feita, normalmente, por meio de energia elétrica, através de equipamentos de bombeamento. Obviamente, o projetista deve considerar o uso mais e�caz de pressão disponível, tendo em vista a conservação de energia. De forma prática, na situação em que se permitir a utilização de energia potencial (gravidade), o projetista deve considerá-la primariamente. A redundância é um conceito bem utilizado na Engenharia de Segurança do Trabalho e apresenta a ideia de ter-se um segundo dispositivo de segurança para proteger o sistema e usuários, caso o primeiro sistema falhe. A norma NBR 5.626 (ABNT, 1998a), no princípio da redundância, indica que existem, em instalações elevatórias, no mínimo, duas unidades de elevação de pressão, para garantir o D = = ≈ 0, 092m 4Qrp vπ − −−−− √ 4.0, 01 1, 5π − −−−−− √ 06/06/23, 22:43 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=iiZV0eFjFeOIY9%2bgcbUiiA%3d%3d&l=1yjc2xT2XAu09wEyWQ682A%3d%3d&cd=5A5IC… 21/34 abastecimento de água intermitente, caso uma falhe ou seja posta para manutenção (ABNT, 1998a). Semelhante aos conceitos aprendidos em disciplinas como Hidráulica e Mecânica dos Fluidos, podemos fazer o dimensionamento das tubulações de recalque e dos equipamentos de bombeamento, em função dos princípios conservativos (Bernoulli e conservação da energia ou carga, por exemplo). Aqui, no entanto, considerando esses princípios teóricos e agregando conselhos de projeto práticos recomendados pela literatura (CREDER, 2016), utilizaremos, para o dimensionamento do diâmetro da tubulação de recalque, a fórmula de Forchheimer, descrita pela Equação 02: (Equação 02) em que: D é o diâmetro da tubulação de recalque em m; Q é a vazão em m³/s; X é uma fração entre o número de horas de funcionamento da bomba e o total de horas em um dia (24h). Uma outra recomendação é que o sistema de bombeamento trabalhe, ao menos, 20% do tempo ou, ainda, ao mínimo de 5h por dia, para que se atenda o consumo médio diário do local (CREDER, 2016). Considerando, então, um sistema de bombeamento trabalhando por 5h/dia e uma vazão recalcada de 10 L/s (ou 0,01 m³/s), o diâmetro da tubulação de recalque será: Dessa forma, seria necessário, para recalcar uma vazão de 10 L/s por 5h/dia, uma tubulação de diâmetro interno maior que 90 mm ou DN100. A prática de dimensionamento, então, é: 1. Utiliza-se a Equação 02 para fazer a estimativa do diâmetro necessário para a tubulação de recalque. D = 1, 3. Q. −−√ X−−√4 D = 1, 3. . = 1, 3. . = 1, 3.0, 1.0, 6756 ≈ 0, 9mQ −−√ X−−√4 0, 01− −−−√ 5 24 −−− √4 06/06/23, 22:43 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=iiZV0eFjFeOIY9%2bgcbUiiA%3d%3d&l=1yjc2xT2XAu09wEyWQ682A%3d%3d&cd=5A5IC… 22/34 2. Adota-se, então, em função do resultado encontrado para a tubulação de recalque, o diâmetro comercial imediatamente superior. 3. Para a tubulação de sucção, pela prática, adota-se, sempre, um diâmetro comercial superior ao diâmetro comercial de�nido para a tubulação de recalque (CREDER, 2016). Se, portanto, for de�nido um diâmetro de 2” para a tubulação de recalque, o diâmetro sugerido para a sucção é de 2 ½”. Extravasão e Limpeza De acordo com a NBR 5.626, a tubulação de extravasão (ou, no linguajar popular, “ladrão”) é “destinada a escoar o eventual excesso de água de reservatórios onde foi superado o nível de transbordamento” (ABNT, 1998a, p. 5). Já a tubulação de limpeza é “a tubulação destinada ao esvaziamento do reservatório, para permitir sua limpeza e manutenção” (ABNT, 1998a, p. 5). Um esquema simples dessas tubulações, em um sistema de reservação, é ilustrado a seguir, pela Figura 1.6. Figura 1.6 - Esquema simples dos componentes de um sistema de reservação predial Fonte: Macintyre (2017, p. 14). De certa forma, é intuitivo, mas, para �xarmos bem, se a função do extravasor é evitar o transbordamento de água no reservatório, o nível desta tubulação deve ser igual ou imediatamente superior ao nível de entrada de água no reservatório. Já a limpeza, se o intuito é propiciar que seja possível fazer operações, ao esvaziar-se completamente o tanque, dentro do reservatório, o ideal é que esta 06/06/23, 22:43 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=iiZV0eFjFeOIY9%2bgcbUiiA%3d%3d&l=1yjc2xT2XAu09wEyWQ682A%3d%3d&cd=5A5IC…23/34 tubulação possua o menor nível possível, a �m de garantir o esvaziamento completo. Essa análise rápida que �zemos pode ser visualizada na Figura 1.6. Como já mencionado anteriormente, pelo número grande de especi�cidades, a norma de instalações trabalha apenas com as recomendações mais abrangentes para o projeto desse tipo de sistema. No entanto, é interessante seguir recomendações de autores consagrados que indicam aspectos bem avaliados por projetistas e engenheiros ao depararem-se com esse tipo de serviço. Macintyre (2017) indica que para extravasores: o diâmetro deve ser superior ao diâmetro comercial da tubulação de entrada do reservatório, além de nunca inferior a 25mm; o extravasor não poderá escoar água em galerias de águas pluviais e nem sistemas de esgoto, e sim livremente no terreno ou sarjeta do logradouro; uma boa prática de dimensionamento é constituir o extravasor por um tubo horizontal e um tubo vertical de cerca de 50 cm de comprimento e um joelho, havendo, na extremidade do tubo vertical, uma tela de proteção contra insetos. Já com relação à tubulação de limpeza, a NBR 5.626 (ABNT, 1998a) recomenda que: a descarga da água do reservatório, para que se efetue a limpeza, deve ocorrer em um local onde não provoque transtornos às atividades dos usuários; a tubulação de limpeza não pode ter diâmetro interno menor que 19 mm. praticar Vamos Praticar 06/06/23, 22:43 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=iiZV0eFjFeOIY9%2bgcbUiiA%3d%3d&l=1yjc2xT2XAu09wEyWQ682A%3d%3d&cd=5A5IC… 24/34 Algumas tubulações no projeto e concepções de instalações de água fria em um edifício são notáveis. Dentre estas, podemos citar, certamente, a tubulação de recalque, a tubulação de sucção, a tubulação de limpeza, a tubulação de extravasão e o ramal predial. De acordo com essas tubulações e seu dimensionamento, atendendo à NBR 5.626 (ABNT, 1998a) e às recomendações da literatura, considere as seguintes alternativas e assinale a que for correta. a) A função do ramal predial é conectar a rede de abastecimento de água pública às instalações de água fria do usuário, �cando, ao encargo da concessionária, de�nir o ponto onde termina este ramal predial. b) A tubulação de extravasão deve ser alocada à montante do cavalete e possuir estrutura para escoar a água extravasada para o sistema de galeria de águas pluviais. c) A tubulação de recalque é a tubulação que interliga o sistema de bombeamento à entrada do reservatório superior. O nível da tubulação de recalque na entrada do reservatório deve estar na parte inferior do tanque. d) Adota-se, por convenção, que o diâmetro da tubulação de sucção seja um diâmetro comercialmente inferior ao diâmetro da tubulação de recalque. e) A função da tubulação de limpeza é a existência de água no local em que o reservatório superior está instalado, para que o operador possa limpar a parte externa do reservatório, após um período pré-determinado por norma. 06/06/23, 22:43 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=iiZV0eFjFeOIY9%2bgcbUiiA%3d%3d&l=1yjc2xT2XAu09wEyWQ682A%3d%3d&cd=5A5IC… 25/34 Ainda que óbvio, lembre-se de que todas as tubulações de água fria são dimensionadas para funcionar como condutos forçados. Isso signi�ca, na prática, que as tubulações trabalham com seção cheia, ou seja, totalmente preenchidas com água. Isso assegura que as tubulações forneçam, às peças de utilização, as condições mínimas de pressão e velocidade, para que atendam às suas funções esperadas. Para sistemas hidrossanitários simples, como residências e edifícios com poucos pavimentos, a análise hidráulica da rede de tubulações das instalações prediais de água fria é relativamente fácil e torna-se possível, com o auxílio de uma planilha ou calculadora, estimar as vazões e pressões nas peças de utilização. No entanto, conforme o sistema vai �cando mais robusto, a complexidade aumenta e estimar pressões e vazões pode ser uma tarefa difícil e, muitas vezes, inviável. Nesse sentido, existem duas maneiras simpli�cadoras para estimar a vazão nas peças de utilização e veri�car se, de fato, estas atenderam às demandas: um método de determinação global de vazão e um método de determinação estatística da vazão. Algo que devemos ter em mente, inicialmente, é que, por mais que seja interessante projetar um sistema que atenda à vazão mínima para todos os Consumo Máximo ProvávelConsumo Máximo Provável 06/06/23, 22:43 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=iiZV0eFjFeOIY9%2bgcbUiiA%3d%3d&l=1yjc2xT2XAu09wEyWQ682A%3d%3d&cd=5A5IC… 26/34 pontos de consumo das instalações prediais, esta situação é totalmente improvável de acontecer. É o caso, por exemplo, de um prédio de 10 andares estar com todos os chuveiros, torneiras, vasos sanitários, máquinas de lavar e outras peças de utilização funcionando ao mesmo tempo. Obviamente que, para dimensionar esta situação, a demanda de vazão será muito maior do que realmente utiliza-se na grande parte do tempo. Esse caso de dimensionar todo o sistema, como se funcionando simultaneamente, é o que chamamos de método do Consumo Máximo Possível, que será detalhado posteriormente. Neste momento, vamos concentrar nossa atenção ao segundo método, que é mais usual em projetos de instalações prediais. O segundo método de dimensionamento é comumente conhecido como método do Consumo Máximo Provável . Este é mais utilizado em projetos de instalações hidrossanitárias, por prerrogativa da própria NBR 5.626, a qual a�rma que “cada tubulação deve ser dimensionada de modo a garantir abastecimento de água com vazão adequada, sem incorrer no superdimensionamento” (ABNT, 1998a, p. 12). Neste ponto, abrindo um parêntese, a norma indica que as tubulações, independente do método de dimensionamento, devem: não atingir velocidades superiores a 3 m/s; em condições dinâmicas, não atingir pressões inferiores a 10 kPa, sendo exceções a caixa de descarga (pressão mínima permitida de 5 kPa) e a válvula de descarga (pressão mínima permitida de 15 kPa). Voltando ao método do Consumo Máximo Provável, o seu princípio de funcionamento é baseado em uma formulação gerada por teorias probabilísticas, as quais indicam a probabilidade de uma peça de utilização estar funcionando em um determinado instante. Tal probabilidade de estar funcionando ou não aliado à demanda de água real da peça é comumente conhecida como peso e, daí, temos um outro nome conhecido para o método do Consumo Máximo Provável, que é Método dos Pesos. No Anexo A - Procedimento para dimensionamento de tubulações da rede predial de distribuição, da NBR 5.626 (ABNT, 1998a), a expressão para a vazão provável de um ramal em função do peso atribuído à peça é apresentada e, aqui, é destacada pela Equação 03 a seguir: 06/06/23, 22:43 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=iiZV0eFjFeOIY9%2bgcbUiiA%3d%3d&l=1yjc2xT2XAu09wEyWQ682A%3d%3d&cd=5A5IC… 27/34 (Equação 03) em que: Q é a vazão estimada na seção considerada em L/s; ΣP é a soma dos pesos relativos de todas as peças de utilização alimentadas pela tubulação considerada. O Anexo 1 apresenta uma tabela ilustrando algumas peças de utilização e seus respectivos pesos relativos. Algumas dessas peças estão demonstradas na Tabela 1.2 abaixo. Aparelho sanitário Peça de utilização Vazão de projeto L/s Peso relativo Bacia sanitária Válvula de descarga 1,70 32 Lavatório Torneira ou misturador 0,15 0,3 Pia Torneira ou misturador 0,25 0,7 Tanque Torneira 0,25 0,7 Tabela 1.2 - Pesos relativos nos pontos de utilização, em função do aparelho sanitário e peça de utilização Fonte: Adaptada de ABNT (1998a, p. 28). Perceba que, para alguns aparelhos sanitários pré-de�nidos, a própria norma já estabelece a vazão de projeto a ser adotada. Já para aqueles elementos não de�nidos pela norma, aplica-se a utilização da Equação 03. Para exempli�carmos, suponha que um mesmo ramal alimente quatro aparelhos sanitários: chuveiro (P = 0,4), bidê (P = 0,1),bacia sanitária com caixa de descarga (P = 0,3) e pia (P = 0,7). A vazão máxima provável neste ramal será: Q = 0, 3 ΣP −−− √ 06/06/23, 22:43 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=iiZV0eFjFeOIY9%2bgcbUiiA%3d%3d&l=1yjc2xT2XAu09wEyWQ682A%3d%3d&cd=5A5IC… 28/34 Dessa forma, veri�ca-se que, para o exemplo dado, o ramal terá uma vazão máxima provável de, aproximadamente, 0,4 L/s. O ramal, de acordo com a NBR 5.626, é a “tubulação derivada da coluna de distribuição e destinada a alimentar os sub-ramais” (ABNT, 1998a, p. 5), que são as tubulações que ligam o ramal ao ponto de utilização. praticar Vamos Praticar Como é fácil de imaginar, salvo em instalações cujos horários de funcionamento são rígidos, como quartéis, colégios, etc., nunca há o caso de utilizarem-se todas as peças hídricas ao mesmo tempo. Há a diversi�cação, que representa uma economia no dimensionamento das tubulações (CREDER, 2016). Para o dimensionamento de tubulações, uma das sugestões da NBR 5.626 (ABNT, 1998) é a utilização do método dos pesos. De acordo com este método de dimensionamento, assinale a alternativa correta. a) O método dos pesos consiste em um método computacional complexo, baseado em simulações da rede predial de água e dos valores encontrados para cada peça de utilização. b) O método dos pesos consiste em dimensionar a tubulação do ramal predial para aferir o quanto de vazão será necessária para alimentar todo o sistema predial. c) Fica a critério do projetista adotar os pesos relativos para cada aparelho sanitário considerado no projeto, a �m de determinar sua vazão provável. Q = 0, 3 = 0, 3. = 0, 3. ≈ 0, 37L/s\sigmaP − −−−−−− √ 0, 4 + 0, 1 + 0, 3 + 0, 7− −−−−−−−−−−−−−−−−√ 1, 5−−−√ 06/06/23, 22:43 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=iiZV0eFjFeOIY9%2bgcbUiiA%3d%3d&l=1yjc2xT2XAu09wEyWQ682A%3d%3d&cd=5A5IC… 29/34 d) O método dos pesos, apesar de ser baseado em teorias probabilísticas, não leva em consideração a probabilidade de funcionamento de um determinado aparelho sanitário ao longo do dia. e) O método dos pesos consiste num método probabilístico, que determina uma vazão provável de utilização para os aparelhos sanitários, em função de sua demanda hidráulica e de sua frequência de utilização. 06/06/23, 22:43 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=iiZV0eFjFeOIY9%2bgcbUiiA%3d%3d&l=1yjc2xT2XAu09wEyWQ682A%3d%3d&cd=5A5IC… 30/34 indicações Material Complementar LIVRO Sistemas Prediais Hidráulicos e Sanitários: Projetos práticos e sustentáveis Aline Pires Veról, Elaine Garrido Vazquez, Marcelo Gomes Miguez Editora: Elsevier ISBN: 8535287434 Comentário: além das tecnologias convencionais, este livro apresenta, ao leitor, sistemas sustentáveis alternativos que estão sendo utilizados atualmente nas edi�cações para promoção do uso racional da água. 06/06/23, 22:43 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=iiZV0eFjFeOIY9%2bgcbUiiA%3d%3d&l=1yjc2xT2XAu09wEyWQ682A%3d%3d&cd=5A5IC… 31/34 FILME O Encanador Ano: 1979 Comentário: apesar de ser um �lme de suspense, pelo fato do personagem principal prestar serviços de encanamento, algumas peças de utilização e detalhes construtivos �cam evidentes neste longa-metragem. Para conhecer mais sobre o �lme, acesse o trailer. TRA ILER 06/06/23, 22:43 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=iiZV0eFjFeOIY9%2bgcbUiiA%3d%3d&l=1yjc2xT2XAu09wEyWQ682A%3d%3d&cd=5A5IC… 32/34 conclusão Conclusão Ao longo desta unidade, você pôde perceber que, no Brasil, a NBR 5.626 (ABNT, 1998a) direciona, basicamente, os projetos e a concepção de instalações de água fria em edi�cações. Você pode perceber, também, que grandes autores (CREDER, 2016; MACINTYRE, 2017) apresentam, dentre as diversas possibilidades, aquelas que tem sido frequentemente utilizadas pelos engenheiros. No �m, é importante que você tenha, em mente, neste primeiro contato com a disciplina, que as instalações prediais de água fria são a extremidade de todo um ciclo de Saneamento, desde a captação de um corpo hídrico, até o instante em que a água adentra ao local de consumo e disponibiliza-se diretamente ao consumo. Nesse sentido, é dever do projetista manter todos os padrões de potabilidade, de fornecimento e de quantidades su�cientes, assim como nas outras etapas do abastecimento de água. referências Referências Bibliográ�cas ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT. NBR 5.626: Instalação predial de água fria. Rio de Janeiro. 1998a. 06/06/23, 22:43 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=iiZV0eFjFeOIY9%2bgcbUiiA%3d%3d&l=1yjc2xT2XAu09wEyWQ682A%3d%3d&cd=5A5IC… 33/34 ______. NBR 7.198: Projeto e execução de instalações prediais de água quente. Rio de Janeiro. 1993. ______. NBR 12.211: Estudos de concepção de sistemas públicos de abastecimento de água. Rio de Janeiro. 1992. ______. NBR 12.212: Projeto de poço tubular para captação de água subterrânea: Procedimento. Rio de Janeiro. 2017. ______. NBR 12.213: Projeto de captação de água de superfície para abastecimento público: Procedimento. Rio de Janeiro. 1992. ______. NBR 12.214: Projeto de bombeamento de água para abastecimento público: Procedimento. Rio de Janeiro. 1992. ______. NBR 12.215-1: Projeto de adutora de água. Parte 1: Conduto forçado. Rio de Janeiro. 2017. ______. NBR 12.216: Projeto de estação de tratamento de água para abastecimento público: Procedimento. Rio de Janeiro. 1992. ______. NBR 12.217: Projeto de reservatório de distribuição de água para abastecimento público: Procedimento. Rio de Janeiro. 1994. ______. NBR 12.218: Projeto de rede de distribuição de água para abastecimento público: Procedimento. Rio de Janeiro. 2017. ______. NBR 14.122: Ramal predial - Cavalete galvanizado DN 20: Requisitos. Rio de Janeiro. 1998b. BRASIL. Portaria MS/GM Nº 36, de 19 de Janeiro de 1990. Aprova normas e o padrão de Potabilidade da Água destinada ao consumo humano. Ministério da Saúde. Brasília-DF, 1990. CREDER, H. Instalações hidráulicas e sanitárias. 6. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2016. MACINTYRE, A. J. Instalações hidráulicas: prediais e industriais. 4. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2017. 06/06/23, 22:43 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=iiZV0eFjFeOIY9%2bgcbUiiA%3d%3d&l=1yjc2xT2XAu09wEyWQ682A%3d%3d&cd=5A5IC… 34/34 SAIANI, C. C. S.; TONETO JÚNIOR, R. Evolução do acesso a serviços de saneamento básico no Brasil (1970 a 2004). Economia e Sociedade, Campinas, v. 9, n. 1(38), p. 79-106, abr., 2010. TRATAMENTO da Água. Copasa (on-line). Disponível em: < http://www.copasa.com.br/wps/portal/internet/agua-de-qualidade/tratamento- da-agua >. Acesso em: 19 jul. 2019. IMPRIMIR http://www.copasa.com.br/wps/portal/internet/agua-de-qualidade/tratamento-da-agua
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