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EDUCAÇÃO DIGITAL GESTÃO DE PESSOAS E LIDERANÇA Escolas Integradas – Educação Continuada AS VANTAGENS DO SEU CURSO! Flexibilidade de tempo Estude em qualquer lugar Autonomia da aprendizagem Suporte de tutores Aprendizagem colaborativa Boas-vindas e apresentação do Docente Olá, sou Denise Gabardo. Sou Mestre em Administração e Especialista em Gestão Estratégica das Organizações. Trabalho na área de Gestão de Pessoas há 18 anos, e em paralelo trabalho também como Docente do Ensino Superior. Algumas empresas onde trabalhei: SENAC, O Boticário, UNIOPET, GRUPO DeBERNT ENTHSCHEV, UNIVERSIDADE POSITIVO. Sou Business Partner, presto consultoria em empresas de alimentos, indústria de usinagem industrial, bancos e startups. Sou membro da ABRH. Procuro me manter sempre atualizada, pratico o conceito lifelong learning que é uma mentalidade de desenvolvimento contínuo, que defende a permanência do aprendizado ao longo de toda a vida. Agenda da Aula ROTEIRO DE ESTUDOS - TEMAS - Gestão de Pessoas e Liderança; - Profissional de Gestão de Pessoas e suas atividades; - Comportamento humano e ambiente de trabalho; - Teorias da Administração (Teoria X e Teoria Y); - Treinamento & Desenvolvimento; - Desafios para a Gestão de Pessoas e Liderança. Agenda da Aula - Atualidades sobre os temas. - DISCUSSÃO DO CASO (Problematização). - Combinar horário de intervalo. Constantemente, a sociedade passa por transformações, as quais impactam significativamente o modo de relacionamento, visto que modifica a forma de comunicação, produção e trabalho. Essas transformações estão ligadas aos avanços tecnológicos que têm revolucionado a indústria, fenômeno esse denominado Quarta Revolução Industrial. A Indústria 4.0 também chamada de Quarta Revolução Industrial, engloba um amplo sistema de tecnologias avançadas como inteligência artificial, robótica, internet das coisas e computação em nuvem que estão mudando as formas de produção e os modelos de negócios no Brasil e no mundo. Como a Indústria 4.0 pode afetar a vida das pessoas? A indústria 4.0 veio para aumentar o rendimento nos mais diferentes pontos do globo e como consequência, as pessoas terão uma melhor qualidade de vida, porque ao invés de termos indivíduos atuando dentro de fábricas apertando parafusos, o que teremos são profissionais capacitados na gestão de processos Qual o papel do ser humano na quarta revolução industrial? Veículos totalmente autônomos, casas repletas de aparelhos inteligentes que podem ser gerenciadas remotamente, eliminação de tarefas repetitivas e produtos personalizados em níveis sem precedentes são alguns dos benefícios da Indústria 4.0. Só o humano é capaz de fazer! Características da 4ª Revolução Industrial Máquinas inteligentes: a tecnologia da inteligência artificial permite que, a partir do uso de dados acumulados, organizados e guardados, como os algoritmos, as máquinas possam "aprender" e desempenhar atividades sem a necessidade de interferência humana. Quais as problemáticas que a Indústria 4.0 impõe à sociedade? Um dos obstáculos para a Indústria 4.0 mais citados é a falta de infraestrutura para aplicar e utilizar essas tecnologias. Adquirir uma internet com a qualidade e rapidez necessárias e aparelhos com capacidade de processamento suficiente são ainda desafios para muitas empresas. Nesse contexto, uma empresa precisa estar preparada para mediar tais mudanças, principalmente no que diz respeito à gestão de pessoas e liderança, porque ela é uma área responsável pela implantação dessas transformações, que podem gerar tanto impactos positivos quanto negativos para a empresa, que deve estar preparada para resolvê-los de modo eficaz. TEMA 1 Gestão de Pessoas e Liderança A gestão de pessoas e todos os líderes presentes dentro da empresa são responsáveis pela implantação das mudanças dentro de uma organização e pela identificação das necessidades organizacionais. Assim, são funções que identificam a necessidade de desligamento, de abertura de uma nova vaga, de recrutamento, de treinamento e desenvolvimento, de melhoria nos setores, do clima organizacional, dentre outras atividades. CONTEXTUALIZANDO O profissional de gestão de pessoas precisa estar preparado para desenvolver todas as suas atividades, já que o clima organizacional necessita muito de que elas sejam desenvolvidas de modo eficaz. É importante destacar que o comportamento humano dentro de uma empresa muitas vezes dependerá do clima organizacional e da forma como a gestão de pessoas e a liderança enxergam os colaboradores. É preciso que a empresa invista no desenvolvimento de pessoas e em treinamentos para que elas se sintam motivadas e lutem pelas causas organizacionais. Um dos principais desafios para a gestão de pessoas e liderança é a adaptação às novas tendências que a indústria e as mudanças tecnológicas têm proporcionado, como a Quarta Revolução Industrial e a flexibilização da mão de obra. Um pouco sobre a origem do termo Gestão de Pessoas. A função gestão de pessoas é derivada das áreas de Administração de Pessoal, Relações Industriais e Administração de Recursos Humanos, que surgiram antes do termo gestão de pessoas (GIL, 2016). Essas áreas lidavam com a gestão dos funcionários das empresas, cujo objetivo era fazer com que as pessoas apenas cumprissem as suas atividades e as metas estabelecidas, com o intuito de gerar lucro para as organizações (GIL, 2016). A partir disso, surgiu, dentro da Administração, no final do século XX, uma linha cuja finalidade era fazer com que o termo Administração de Recursos Humanos fosse substituído por Gestão de Pessoas, embora aquele ainda seja utilizado dentro das empresas (GIL, 2016). Na década de 70, as atribuições do Gerente de Recursos Humanos eram: “[...] recrutamento e seleção; cargos e salários; treinamento e desenvolvimento; planos de carreira; avaliação de desempenho; benefícios sociais; saúde e segurança; relações trabalhistas e sindicais” (ARAUJO; GARCIA, 2017, p. 357). No final dos anos 70 até meados dos anos 90, as atividades desenvolvidas pelo setor de Recursos Humanos eram integralmente realizadas pelos Gerentes de Recursos Humanos, dificilmente eram repassadas para consultores, profissionais liberais ou empresas terceirizadas (ARAUJO; GARCIA, 2017). Já no final dos anos 90, várias mudanças ocorreram no mundo por causa da revolução da informação, da globalização e da abertura do mercado internacional. Desde então, as empresas têm passado por transformações, como as organizações do trabalho flexível e adaptável, obrigando as pessoas a se adaptarem continuamente (ARAUJO; GARCIA, 2017). A alta concorrência em nível global passou a exigir das pessoas ótima formação profissional e constante aprimoramento e aperfeiçoamento (ARAUJO; GARCIA, 2017). É por conta desse contexto que, no final do século XX, o departamento de Recursos Humanos teve que se modernizar. Assim, este passou a ser denominado Gestão de Pessoas, com o intuito de atender às exigências impostas pelas mudanças ocorridas (ARAUJO; GARCIA, 2017). O novo termo surgiu para acabar com a visão de que as pessoas eram meros recursos, os quais estavam equivalentes aos recursos materiais e financeiros (GIL, 2016). Portanto, a gestão de pessoas surge com o objetivo de desfazer a imagem pejorativa que estava arraigada ao termo Recursos Humanos. Desde então, a classificação de empregados ou funcionários também foi substituída por cooperadores, colaboradores ou parceiros (GIL, 2016). É importante deixar claro que mudar os termos não significa que a empresa tenha comprometimentocom as pessoas que trabalham nela. Porém a alteração dos termos demonstra que houve uma mudança importante em relação à concepção acerca das pessoas e das organizações (GIL, 2016). EXEMPLO: Mudaram o nome para “Gestão de Performance”! Outra questão significativa para a gestão de pessoas é a liderança. Não basta ser gestor, é preciso ser líder de pessoas. Normalmente, confunde-se liderança com gestão, entretanto um líder é diferente de um gestor. Este busca apenas a concretização dos objetivos por meio do planejamento de planos e da monitoração de seus resultados, enquanto aquele influencia a equipe na busca pela concretização de objetivos (OLIVEIRA et al., 2018). Gestor é o administrador, busca a concretização dos objetivos por meio do planejamento e da análise, monitoramento e avaliação de seus resultados, normalmente, através de indicadores. Enquanto que líder é aquele influencia a equipe na busca pela concretização de objetivos (OLIVEIRA et al., 2018). Portanto, liderança não é a pessoa ou as pessoas que ocupam um determinado cargo, mas sim a maneira pela qual é exercido o “poder”, por isso, nem sempre um gestor é um líder (OLIVEIRA et al., 2018). “Eu não sou o resultado das circunstâncias, sou o resultado de minhas decisões”. Principais diferenças entre poder e autoridade, segundo o autor Stephen Covey (2008). • Poder é a faculdade de forçar ou coagir alguém a fazer sua vontade, por causa de sua posição ou cargo, mesmo que a pessoa preferisse não o fazer. Gestor. • Autoridade é a habilidade de levar as pessoas a fazer de boa vontade o que você quer por causa de sua influência pessoal. Líder. x LIDERANÇA • “É a maneira como o poder é utilizado pelas lideranças no processo de influenciar a ação dos outros.” James Hunter, autor de “O Monge e o Executivo.” ESTILOS DE LIDERANÇA “Estilo de liderança é a maneira pela qual uma pessoa numa posição de líder influencia as demais pessoas no grupo”. Fela Moscovici Autora de vários livros e artigos, dentre eles: “Equipes dão certo”. ESTILOS DE LIDERANÇA • Autocrático: é o centralizador, possessivo e controlador, que ilustra o célebre ditado “manda quem pode, obedece quem tem juízo”. • Democrático: permite aos demais maior participação, compartilhando o poder. • ”Laissez-faire”: prefere exercer pequenas influências, conhecido como “deixa rolar”. Estilo que dá resultados sempre que a equipe tiver maturidade. • Servidor: apoia-se no poder pessoal, estilo de líder que serve de exemplo aos liderados. • Situacional: dependendo das necessidades e situações muda e adapta seu estilo de liderar, sempre em busca dos melhores resultados. Características de um LÍDER: • Demonstra interesse por pessoas; • Respeita as diferenças; • Desenvolve empatia; • É um apoio que leva a agir; • Possui um conjunto de Competências: técnica, interpessoal e emocional. LIDERANÇA COMPETÊNCIAS TÉCNICAS COMPETÊNCIAS INTERPESSOAIS COMPETÊNCIAS EMOCIONAIS Experiência Reação a feedback (filtrar) Lidar com a tensão Maturidade Construir vínculos Tolerar a frustração Ética Lidar com o conflito Controlar emoções perturbadoras Conhecimento Resistência ao stress Enfrentar conflitos internos e solucioná-los • O objetivo de um LÍDER é ser um “facilitador” para a transformação de um simples grupo de pessoas em uma EQUIPE. • Grupo: são pessoas trabalhando ao mesmo tempo. • Equipe: são pessoas trabalhando em prol de objetivos comuns, engajadas e interessadas em melhorar seu próprio desempenho. TEMA 2 O Profissional de Gestão de Pessoas e suas atividades Segundo Chiavenato (2014), a gestão de pessoas é um processo, pois é composta por várias atividades integradas entre si. Estas têm como objetivo alcançar resultados para a empresa e para as próprias pessoas. Assim, a área em questão é formada por seis processos básicos e dinâmicos: processos de agregar pessoas, aplicar pessoas (modelagem), recompensar, treinar e desenvolver pessoas, manter pessoas e processos de monitorar, segundo Chiavenato (2014). Nos processos de agregar pessoas, ocorre o recrutamento e a seleção de novos colaboradores para trabalhar na empresa (CHIAVENATO, 2014). Os critérios de recrutamento e seleção dependem das necessidades da empresa e do cargo específico, cuja descrição é a demonstração coerente das tarefas e a especificação da função, as exigências necessárias do cargo para o desempenho das tarefas (GIL, 2016). A descrição do cargo é composta de hard skills (competências técnicas) e de soft skills (competências comportamentais). Para recrutar e selecionar um novo colaborador, deve-se identificar as exigências necessárias do cargo para o desempenho das tarefas (GIL, 2016). Quando uma empresa abre vagas para recrutar e selecionar um novo colaborador, os critérios para a seleção deste são definidos pela redação da descrição e da especificação do que cada cargo precisa, e isso será encontrado na descrição sumária e no detalhamento de suas especificações (GIL, 2016). Lembrando que essa seleção poderá ser interna (abrindo um processo de RI), ou externa. Os dois tipos de processo apresentam vantagens e desvantagens. A Gestão de Pessoas que define o que é mais adequado realizar. A descrição sumária é a elaboração da ideia global do cargo. Por exemplo: cargo: professor, caixa, gestor financeiro. O detalhamento, por sua vez, é a descrição coerente e padronizada das tarefas desenvolvidas no cargo. Por exemplo: ministrar aulas; elaborar provas; corrigir provas; lançar notas; atender os pais. Já as especificações são quando se define a qualificação exigida do ocupante do cargo. Por exemplo: formação escolar, conhecimento especializado, experiências, tempo na função e outros. Etapas de um processo de Seleção: análise de currículo, entrevistas, testes sobre conhecimentos, idiomas, testes comportamentais, testes situacionais (solicitar um projeto), se for o caso realizar, também, testes através de games, dinâmicas de grupo, simulações e outros. Algumas multinacionais utilizam inclusive IA (inteligência artificial) para realizar algumas etapas do processo. Nos processos de aplicar pessoas, são descritas as atividades que serão desempenhadas pelos colaboradores, bem como é definido como estes serão orientados e acompanhados em relação ao seu desempenho (CHIAVENATO, 2014). É nesse momento que são detalhados os processos de modelagem do trabalho, de desenho organizacional e de cargos, além de estabelecer os critérios para a análise e descrição de cargos, de orientação das pessoas e de avaliação de desempenho (CHIAVENATO, 2014). A Nos processos de recompensar pessoas, é definida a forma de incentivos, de remuneração e de benefícios que a empresa adotará (CHIAVENATO, 2014). Tais processos abrangem o treinamento que a empresa fará com os colaboradores, o plano de desenvolvimento, as possibilidades de aprendizagem No caso dos processos de manter pessoas, verificam-se as questões ambientais e psicológicas que a empresa disponibilizará para o seu quadro de colaboradores, o clima organizacional, a qualidade de vida, a higiene e a segurança (CHIAVENATO, 2014). Por conseguinte, nos processos de monitorar pessoas, ocorrem a elaboração dos critérios para acompanhar e controlar as atividades dos colaboradores e verificar os seus resultados. Aqui, são determinados o banco de dados e os sistemas de informações gerenciais (CHIAVENATO, 2014). AVALIAR O DESEMPENHO Outra atividade essencial que o gestor de pessoas deve desenvolver é a avaliação de desempenho,visto que esta motiva os colaboradores e fornece informações precisas sobre suas atividades, que devem ser avaliadas constantemente, o que pode ser mensal, trimestral, semestral ou anual. Normalmente, as empresas avaliam o desempenho dos colaboradores pelas competências, as quais são a somatória do conhecimento, da habilidade e de atitudes do colaborador, portanto, este deve ter conhecimentos técnicos e científicos acerca da sua atividade e saber aplicá-los na prática por meio de atitudes que são capazes de resolver problemas (CHIAVENATO, 2014). Nesse contexto, cabe ao gestor de pessoas desenvolver a gestão de desempenho, verificando se cada colaborador tem atendido às competências de suas funções. É importante destacar, ainda, que a gestão de competência deve servir como critério para promover os colaboradores e escolher aqueles que poderão ser desligados em uma reestruturação de cargo, dentre outras decisões (CHIAVENATO, 2014). A posição de quem tem que demitir não é agradável, no entanto, é possível amenizar os efeitos negativos desta decisão. "É importante ter consciência de que demitir faz parte do processo administrativo da corporação, e por isso tem que ser feito com competência e profissionalismo", afirma Peter Druker, 2010. Os cuidados com a maneira de agir nesse momento podem garantir a preservação da imagem externa da empresa, bem como o bom clima interno. Segundo recentes pesquisas existem basicamente alguns motivos que levam uma organização a dispensar funcionários: Corte de despesas; Downsizing; Reestruturação; Fusão e incorporação; Problemas comportamentais; Por incompetência técnica. Às vezes por mais de um deles somados. É importante compreender que a preparação é o melhor caminho para reduzir o stress do processo. Um dos fundamentos da relação empregado / empregador é a comunicação. Se existe uma cultura organizacional que prioriza a comunicação aberta, assertiva e transparente e cada funcionário conhece claramente seu papel e seu desempenho na empresa, a comunicação de uma demissão será mais tranquila e consensual. Não esqueça de cuidar dos colaboradores que permaneceram na empresa! Reuniões de esclarecimento, diálogo franco e transparente, não expor os que foram demitidos (ética), e iniciar um trabalho de motivação e apoio. Em muitos casos os colaboradores que permaneceram na empresa ficam tristes, desmotivados, com medo de serem os próximos, enfim, se nada for feito em relação à isso, o clima organizacional ficará difícil. Em alguns casos os colaboradores demitidos são acompanhados por consultorias (custeadas pela empresa que demitiu), que oferecem serviços de “transição de carreira” aos demitidos. É uma prática que iniciou em 2006, com grandes corporações. Durante o período de 1 ano o ex-colaborador recebe esse serviço de consultoria. Para finalizar, o mais importante é que qualquer demissão seja cuidadosamente planejada. O improviso somente causará problemas profissionais, éticos, gerenciais e legais. TEMA 3 Comportamento humano e desempenho no trabalho TEMA 2 McGregor (1971 apud SILVA, 2013) examinou as possíveis suposições de motivação existentes no ambiente de trabalho. De acordo com Silva (2013), o autor considerou os fatores que motivam os gestores e os colaboradores. Sendo assim, a Teoria X tem a administração tradicional como critério, enquanto a Teoria Y tem, em seu fundamento, uma administração participativa e democrática (SILVA, 2013). McGregor (1971 apud SILVA, 2013) afirmou, em suas teorias, que todas as decisões administrativas influenciam o comportamento dos colaboradores, por isso, para se ter uma administração bem-sucedida, é necessário predizer e controlar o comportamento das pessoas dentro da organização (SILVA, 2013). O mesmo autor, Douglas McGregor, percebendo que a teoria X estava sendo muito criticada, lançou a teoria Y, onde defendeu o diálogo democrático, o qual proporciona um ambiente agradável às pessoas. Portanto, o gestor de pessoas precisa entender, também, de gente! Teoria X Teoria Y As pessoas têm a essência preguiçosa e indolente, a qual é voltada para o trabalho, ou seja, não gostam de trabalhar. Não almejam responsabilidade. Preferem ser conduzidas por outras pessoas. Têm pouca capacidade criativa para resolver os problemas da organização. São motivadas apenas pelas necessidades fisiológicas e de segurança. Necessitam ser controladas e obrigadas a buscar os objetivos da organização. As pessoas gostam de trabalhar, mas as condições precisam ser favoráveis. Se comprometem com realização dos objetivos organizacionais. Têm criatividade para resolver os problemas da empresa. São motivadas pelos níveis de necessidades, como as necessidades sociais, de estima, de autorrealização, fisiológicas e de segurança. São criativas, desde que sejam estimuladas. Algumas ações que o gestor de pessoas pode desenvolver para motivar as pessoas: - Identifique quais os fatores que motivam a cada um; - Valorize as pessoas; - Delegue, dê credibilidade e proporcione autonomia; - Reconheça os avanços e bons desempenhos; - Encoraje iniciativas; - Promova mudanças e enriqueça as funções; - Vincule recompensas ao desempenho. TEMA 4 Desenvolvimento de pessoas A visão da gestão de pessoas considera que as pessoas são o principal patrimônio da empresa, o qual é composto desde o operário até o principal executivo. Mediante todas as transformações que têm ocorrido no mundo, como as mudanças tecnológicas, a competitividade e a concorrência da indústria interna e internacional, dentre tantas outras, é necessário que a empresa invista no desenvolvimento de seus colaboradores (CHIAVENATO, 2014). É importante destacar que as empresas mais bem-sucedidas desenvolvem os seus colaboradores. Essas organizações investem em treinamentos para terem o retorno que almejam, compreendem que treinamento é um investimento, e não uma despesa (CHIAVENATO, 2014). Segundo Gil (2016), para garantir o aumento das vantagens competitivas no mercado, as empresas precisam investir em seus colaboradores por meio do treinamento, da educação corporativa e do desenvolvimento das pessoas. Educação corporativa são todas as atividades que a empresa promove com o objetivo de identificar, modelar, difundir e aperfeiçoar as competências fundamentais para o seu sucesso (GIL, 2016). O treinamento é um processo educacional de curto prazo com o objetivo de ampliar a capacidade dos colaboradores para executarem as atividades relacionadas ao seu cargo (GIL, 2016). Já o desenvolvimento é focado no crescimento e no desenvolvimento profissional e pessoal das pessoas, com o objetivo de proporcionar crescimento e oportunidades. Seu foco está nas promoções que o colaborador poderá ter, na preparação dele para futuras promoções e no desenvolvimento de suas competências: conhecimentos, habilidades e atitudes, o que difere o desenvolvimento do treinamento, que é focado no presente, ou seja, focado nas atividades que a pessoa já desempenha na empresa (GIL, 2016). TEMA 5 Desafios para a Gestão de Pessoas e Liderança: tendência e perspectiva Mediante as transformações ocorridas na economia e no mercado, o líder e a gestão de pessoas são os responsáveis por detectar os momentos certos de implantar mudanças, de executá-las e de motivar todos os envolvidos durante esses processos. Por isso, é preciso que você, gestor de pessoas,esteja preparado para essas tarefas (CHIAVENATO, 2014). Os líderes e os gestores devem estar atentos às complexidades que a gestão de pessoas enfrentará, as quais estão relacionadas às tecnologias, porque demandará uma mão de obra muito qualificada, aumentando o padrão de exigência em relação às pessoas. No entanto não será uma tarefa simples e rápida para a empresa qualificar esses colaboradores, pelo contrário, as qualificações que as mudanças tecnológicas exigem são de níveis gerenciais, e não técnicos. As novas demandas do mercado são voltadas para as áreas de Engenharia de sistemas e de software , para a robótica, para a biomedicina etc., Exemplo: em uma célula de produção de roupas, há as pessoas que pegam o tecido e o cortam para levar até às costureiras. Com a aquisição de uma máquina de alta tecnologia, a empresa não precisará mais das pessoas para pegar o tecido e nem para cortá-lo, já que a máquina executará esses processos (DUTRA, 2016). Assim, os líderes e os gestores de pessoas precisam entender que as exigências não serão apenas relacionadas à qualificação e/ou à formação das pessoas, mas também serão referentes à capacidade de resposta às demandas da empresa (DUTRA, 2016). Por causa dessas mudanças, ocorrerá uma inversão relacionada ao investimento no desenvolvimento das pessoas na sociedade. As pessoas passarão a investir menos no conhecimento (saber) e na habilidade (saber fazer). Em contrapartida, investirão mais na competência, que é a capacidade que o indivíduo tem de articular conhecimentos, habilidades e atitudes com o contexto em que ele está inserido (DUTRA, 2016). Diante dessas mudanças, as empresas têm sido pressionadas a rever a forma de gerir as pessoas, no entanto é preciso que alguns cuidados sejam tomados, tais como: desarticulação conceitual, exploração do trabalhador, desarticulação com as pessoas e descolamento estratégico. Desarticulação conceitual : muitas empresas, em seu discurso, afirmam ser modernas, porém, na prática, são retrógradas e sobrecarregam as pessoas que permanecem tempo integral na empresa. Por exemplo, cobram datas e entregas de projetos das pessoas que trabalham de forma interna na empresa, para que elas cobrem os terceirizados, quando, na verdade, é o terceiro que tem que ser cobrado. Assim, o que a empresa prega em termos de modernidade não consegue se sustentar, e as pessoas que trabalham na empresa desacreditam nas mudanças e ficam desmotivadas (DUTRA, 2016). Exploração do trabalhador : o discurso de modernidade e as vantagens em grande escala são voltados para a empresa, no entanto as pessoas também precisam estar cientes deles. Um exemplo é quando a empresa cobra padrões elevados de entrega das atividades, projetos e prestação de serviços de determinado colaborador, mas ela não oferece a ele nenhuma valorização e/ou nenhum desenvolvimento (DUTRA, 2016). Descolamento estratégico : a empresa passa a adotar um modelo de gestão de pessoas que tem pouquíssimo comprometimento com os objetivos estratégicos da organização e/ou do negócio. Por exemplo, a empresa é uma prestadora de serviços de manutenção elétrica, porém os eletricistas são terceirizados, ou seja, são chamados apenas quando tem demanda. Essa forma de relação de trabalho não gera compromisso entre o prestador de serviços e a empresa, porque aquele não se sente parte desta. Assim, ele preenche a sua agenda com outros serviços além do da empresa e, quando surge de última hora uma demanda na empresa, o prestador de serviços poderá deixá-la na mão, porque já agendou outro cliente por fora (DUTRA, 2016). Desarticulação com as pessoas : as empresas, muitas vezes, têm um modelo de gestão que consideram alinhado com os objetivos estratégicos da organização, que são o lucro, a política de cargos e salários e as promoções. No entanto as pessoas se sentem desarticuladas em relação a suas próprias expectativas e necessidades. Assim, as práticas de gestão de pessoas passam a não ter credibilidade, porque os futuros colaboradores não terão esperança e nem expectativas dentro da empresa (DUTRA, 2016). PROBLEMATIZAÇÃO DISCUSSÃO DO CASO ESTUDO DE CASO! Empresa varejista de móveis. PROBLEMATIZAÇÃO ANÁLISE DO CASO A indústria teve de se modernizar e comprou uma máquina que está alinhada à robótica que corta os moveis e monta sem quase nem precisar de mão de obra operacional. Com essa nova máquina mais de 70% da produção será mecanizada. Assim, a empresa terá que readequar o seu sistema de produção. Ela terá de desligar 35 funcionários. PROBLEMATIZAÇÃO ANÁLISE DO CASO O primeiro passo foi divulgar o programa de demissão voluntária PDV, no qual os colaboradores que tinham interesse em serem desligados voluntariamente conversaram com a liderança da empresa e com o gestor de pessoas explicando o motivo pelo qual estavam se candidatando ao PDV. 15 pessoas aderiram ao PDV. PROBLEMATIZAÇÃO DISCUSSÃO DO CASO As características dessas pessoas foram os aposentados que continuavam a trabalhar na empresa e pessoas que conciliavam outra atividade com o trabalho na empresa varejista de móveis, como maquiador, cabeleireira, esteticista, vendedor autônomo, confeiteiro entre outras atividades. Essas pessoas se candidataram ao PDV porque decidiram descansar e curtir a família no caso dos aposentados ou iniciarem seu próprio empreendimento no caso dos profissionais que já exerciam outra atividade. A liderança da empresa juntamente com a gestão de pessoas ficou muito feliz e aliviada porque 15 pessoas aderiram ao PDV. Como forma de agradecimento a empresa contratou uma empresa de consultoria financeira para prestar serviços aos colaboradores que aceitaram o PDV. Essa empresa auxiliará durante um ano os novos empreendedores a investirem o seu acerto no seu próprio negócio, para que assim eles consigam alcançar a tão sonhada prosperidade financeira. PROBLEMATIZAÇÃO DISCUSSÃO DO CASO Além disso, a empresa de consultoria auxiliará aos aposentados a investirem o seu dinheiro para que eles possam desfrutar dos benefícios das aplicações com a sua família. No entanto, a liderança da empresa, juntamente com a Gestão de pessoas está preocupada, porque o PDV não foi suficiente para atingir os 35 funcionários que precisam ser desligados. Ainda é necessário desligar mais 20 funcionários. PROBLEMATIZAÇÃO DISCUSSÃO DO CASO Desse modo a liderança e a gestão de pessoas fizeram uma reunião par decidir como vão conduzir a escolha dos funcionários que serão demitidos. Como a liderança e a gestão de pessoas gostam muito de todos os colaboradores e faz muito tempo que todos prestam os seus serviços à empresa, ela decidiu terceirizar essa etapa e somente auxiliar no que for preciso. Questionamentos: Desse modo, você gestor de pessoas foi contratado para ser o responsável pela condução dessas mudanças junto com a liderança. Portanto como a liderança de empresa e a gestão de pessoas selecionarão os colaboradores que serão desligados? Como será realizado o trabalho de motivação com os colaboradores que ficam? FEEDBACK/ SÍNTESE OBRIGADA! GESTÃO DE PESSOAS E LIDERANÇA Escolas Integradas – Educação Continuada DENISE GABARDO