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401) 402) Literatura para Analista Educacional (SEE MG) 2023 https://www.tecconcursos.com.br/s/Q2lMbF Ordenação: Por Matéria www.tecconcursos.com.br/questoes/1874901 STRIX - Vest (EBMSP)/EBMSP/Medicina/2017 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) Em dezembro de 1917, o centro de São Paulo abrigou uma pequena exposição individual de uma jovem pintora, que mostrava pela primeira vez o resultado de seus anos de estudo na Europa e nos Estados Unidos. Há 100 anos, Anita Malfatti (1889-1964) abalava as estruturas do academicismo nas artes plásticas nacionais e dava o primeiro passo em direção ao Modernismo e à Semana de Arte Moderna, que viria a ocorrer em 1922. A primeira mostra de arte reconhecidamente modernista realizada no país suscitou todo tipo de reação, do assombro ao deslumbramento, da indignação ao entusiasmo. Enquanto o escritor Mário de Andrade gargalhava de alegria ao ver as obras, Monteiro Lobato publicava o famoso texto em que o criador da boneca Emília teceu severas críticas ao trabalho da artista, fazendo, inclusive, com que cinco obras compradas fossem devolvidas. No entanto, passado um século, o que ficou do vigor artístico da obra daquela pintora tímida e até um pouco reclusa? DUARTE, Maurício. Anita Malfatti, 100 anos depois. Disponível em: <http://www.livrariacultura.com.br/ revistadacultura>. Acesso em: fev. 2017. De acordo com o texto e o contexto da Primeira Geração Modernista no Brasil, é correto afirmar que Anita Malfatti a) foi a principal artista plástica desse grupo, já que se tornou a primeira pintora a mobilizar os críticos de arte para analisar as interpretações criativas da realidade naquela época. b) criticou e rejeitou as estruturas acadêmicas nacionais ligadas ao bom gosto, à beleza e à harmonia, comprometendo nomes importantes desse campo de atuação humana, como Monteiro Lobato. c) teve seus trabalhos completamente rejeitados pela sociedade brasileira que questionou com veemência o conceito por ela atribuído às manifestações de ordem estética. d) rejeitou a forma genuína como os talentos do País expressavam suas emoções, trazendo estudos de fora, o que originou a indignação de Mário de Andrade. e) acabou por incitar, a partir do debate sobre a sua obra, a produção da Semana de Arte Moderna e por inaugurar uma nova concepção artística no Brasil. www.tecconcursos.com.br/questoes/1955334 CEBRASPE (CESPE) - Vest (UnB)/UnB/Regular/2017 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) Texto Rondó dos cavalinhos https://www.tecconcursos.com.br/s/Q2lMbF https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1874901 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1955334 403) Os cavalinhos correndo, E nós, cavalões, comendo... Tua beleza, Esmeralda, Acabou me enlouquecendo. Os cavalinhos correndo, E nós, cavalões, comendo... O sol tão claro lá fora E em minhalma — anoitecendo! Os cavalinhos correndo, E nós, cavalões, comendo... Alfonso Reyes partindo, E tanta gente ficando... Os cavalinhos correndo, E nós, cavalões, comendo... A Itália falando grosso, A Europa se avacalhando... Os cavalinhos correndo, E nós, cavalões, comendo... O Brasil politicando, Nossa! A poesia morrendo... O sol tão claro lá fora, O sol tão claro, Esmeralda, E em minhalma — anoitecendo! Manuel Bandeira. Antologia poética. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001, p. 104. Acerca do poema Rondó dos cavalinhos, de Manuel Bandeira, publicado originalmente em 1936, em outra versão, com o título Rondó do Jockey Club, julgue o item. O uso da forma medieval do rondó para a escrita do poema reflete a preocupação de poetas modernistas de primeira geração, como Manuel Bandeira, em recuperar o imaginário da Idade Média, com suas narrativas de cavalarias e heróis idealizados. Certo Errado www.tecconcursos.com.br/questoes/2183803 IBGP - Vest (UNIPAC)/UNIPAC/Medicina/2016 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 1ª Geração (Mário de A., Oswald de A., M. Bandeira, etc) Na primeira fase do Modernismo brasileiro, a) a prosa ganha um caráter eminentemente engajado, denunciam-se o coronelismo, a decadente sociedade da cana-de-açúcar e a miséria. b) a crise cafeeira, o acelerado declínio do Nordeste condicionam novos estilos ficcionais marcados pela rudeza e pela captação direta dos fatos. c) José Lins do Rego, Jorge Amado e Graciliano Ramos despontam com romances que denunciavam graves questões sociais do Brasil. d) Mário de Andrade publica Paulicéia Desvairada, que tem a cidade de São Paulo como inspiração, e explora o coloquialismo na linguagem. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2183803 404) 405) www.tecconcursos.com.br/questoes/2344953 IBFC - Prof (SEC BA)/SEC BA/Educação Básica/Língua Portuguesa/2023 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Em “Capitães da Areia”, podemos observar que a narrativa do escritor baiano é um veículo que tem como uma de suas funções “divulgar os maus tratos da sociedade e a negligência do poder público, em relação ao problema do menor abandonado no Brasil, e propaga também a consequência desse descaso sócio-estatal: a configuração da delinquência infanto-juvenil”. (FIGUEIRÊDO, Ediliane Lopes Leite de, 2011, p.88). Analise os fragmentos a assinale, dentre as alternativas de resposta, a passagem que ratifica a explicação específica sobre a narrativa de Jorge Amado. I. “Logo depois transferiam para o trapiche o depósito dos objetos que o trabalho do dia lhes proporcionava. Estranhas coisas entraram para o trapiche. Não mais estranhas, porém, que aqueles meninos, moleques de todas as cores e idades as mais variadas, desde os 9 aos 16 anos, que à noite se estendiam pelo assoalho e por debaixo da ponte e dormiam indiferentes ao vento que circundava o casarão uivando, indiferentes à chuva que muitas vezes os lavava” (AMADO, 2008, p. 28). II. “ – O senhor não tem vergonha de estar nesse meio, padre? (...) Um homem de responsabilidade no meio dessa gentalha (...). – São crianças, senhora. (...) – Isso não são crianças, são ladrões. Velhacos, ladrões (...) São até capazes de ser os Capitães da Areia (...)” (AMADO, 2008, p. 81). III. “Nem parecia um meio-dia de inverno. O sol deixava cair sobre as ruas uma claridade macia, que não queimava, mas cujo calor acariciava como a mão de uma mulher. No jardim próximo as flores desabrochavam em cores. Margaridas e onze-horas, rosas e cravos, dálias e violetas” (AMADO, 2008, p. 110). Estão corretas as afirmativas: a) I apenas. b) II apenas. c) III apenas. d) I e II apenas. e) II e III apenas. www.tecconcursos.com.br/questoes/2115209 Instituto Consulplan - Prof (Pref Jequié)/Pref Jequié/Língua Portuguesa/2022 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Arrastaram-se para lá, devagar, Sinhá Vitória com o filho mais novo escanchado no quarto e o baú de folha na cabeça, Fabiano sombrio, cambaio, o aió a tiracolo, a cuia pendurada numa correia presa ao cinturão, a espingarda de pederneira no ombro. O menino mais velho e a cachorra Baleia iam atrás. Os juazeiros aproximaram-se, recuaram, sumiram-se. O menino mais velho pôs-se a chorar, sentou-se no chão. (RAMOS, Graciliano. Vidas Secas.) https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2344953 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2115209 406) 407) Considerando a estética literária em que se enquadra o autor de “Vidas Secas”, assinale a afirmativa correta. a) Como autor modernista, Graciliano Ramos está entre os grandes romancistas brasileiros do Nordeste cujo regionalismo adquire um caráter crítico. b) O fragmento apresenta características literárias próprias do movimento a que pertence como: subjetivismo, alienação social e concepção mística do mundo. c) Também denominado “romance científico”, inspirado pela prática darwinista, a obra de Graciliano Ramosdemonstra um estudo minucioso da natureza humana. d) Uma das características que se pode observar nessa fase da literatura brasileira é a utilização da metalinguagem, conforme é possível observar no fragmento destacado. www.tecconcursos.com.br/questoes/2253733 ITA - Vest (ITA)/ITA/2022 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) A respeito de Adelaide, uma das personagens femininas de Os ratos, de Dyonélio Machado, é correto afirmar que a) ela é frágil e ingênua, características que agradam ao protagonista, pois alimentam seu amor por ela. b) ela é financeiramente independente do marido e protagonista do romance. c) sua fraqueza e ingenuidade servem para que o protagonista justifique seus próprios fracassos. d) ela se sente inferiorizada diante de outras mulheres presentes no romance. e) Adelaide não exige do marido luxos que ele não conseguiria entregar, apenas o suficiente para alimentar a família. www.tecconcursos.com.br/questoes/2253737 ITA - Vest (ITA)/ITA/2022 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Em relação à linguagem de Os ratos, de Dyonélio Machado, é correto afirmar que ela a) respeita completamente a norma culta, como no seguinte exemplo: “Passando um mercadinho – é um pequeno escritório: uma porta e uma janela. Ao lado da porta, uma placa quadrada, de ferro esmaltado. Eles entram. – Me chame o seu Fernandes – diz o Duque para um menino que se acha sentado à escrivaninha.” (p. 86). b) é ágil e rápida, adequada ao ritmo intenso da narrativa, como no seguinte exemplo: “Entrando pouco a pouco na calma outra vez. Raciocinante. É conveniente comprar fichas. Com quinze mil réis em fichas já tem margem pra muito jogo. Encaminha-se para o guichê. Volta com uma pilha de rodelas na mão.” (p. 63). c) desrespeita a norma culta e ainda é lenta e entediante, como no seguinte exemplo: “Ouve-se um baque, lá fora. Eles levantam a cabeça, atentos. – É o portãozinho. – Deixa que eu vou fechar – e Naziazeno se ergue vivamente. – Bota o casaco. – Não precisa. – E sai.” (p. 113). d) embora apresente elementos de oralidade, não é totalmente coloquial, distinguindo a palavra do narrador e das personagens, como no seguinte exemplo: “Não enxerga o Duque nos lugares habituais... E, entretanto, é a ‘hora dele’.” (p. 30). e) jamais apresenta uso de discurso direto. Por exemplo: “Ele se senta. Dirige-lhes duas ou três palavras. – O Naziazeno tem um grande aperto hoje – informa-lhe Alcides.” https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2253733 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2253737 408) 409) www.tecconcursos.com.br/questoes/2253738 ITA - Vest (ITA)/ITA/2022 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Leia atentamente os versos destacados de “Canto ao homem do povo Charlie Chaplin”, de Carlos Drummond de Andrade. Em seguida, assinale a alternativa correta. E falam as flores que tanto amas quando pisadas, falam os tocos de vela, que comes na extrema penúria, falam a mesa, os botões, os instrumentos do ofício e as mil coisas aparentemente fechadas, cada troço, cada objeto do sótão, quanto mais obscuros mais falam. a) a linguagem é pouco elaborada, pois visa a descrever materialmente a realidade, desprovida de qualidades estéticas. b) são versos livres, de ritmo fluido, nos quais a elaboração da linguagem busca tirar os objetos cotidianos da banalidade. c) a dimensão estética do cotidiano é apagada pela fama da pessoa a quem o poema é dedicado, elogiada nos versos. d) a métrica desses versos é rígida, para imitar a forma geométrica dos objetos descritos. e) o uso das rimas raras e do ritmo afastado da linguagem comum transfigura a realidade material em uma dimensão estética rebuscada, de difícil acesso para o leitor. www.tecconcursos.com.br/questoes/2253750 ITA - Vest (ITA)/ITA/2022 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Leia atentamente as declarações de I a III, que tratam da poesia de Carlos Drummond de Andrade. Em seguida, assinale a alternativa correta. I. O poeta transita entre a construção gramatical normativa e o experimentalismo modernista com a linguagem, o que pode ser verificado nos seguintes versos: “camabel camabel o vale ecoa/ sobre o vazio de ondalit/ a noite asfáltica/ plkx” (“Os materiais da vida”). II. A linguagem, na poesia de Drummond, vale-se quase sempre de coloquialismos e desvios gramaticais, subvertendo a norma culta por completo, o que pode ser verificado nos seguintes versos: “Lutar com palavras/ é a luta mais vã./ Entanto lutamos mal rompe a manhã.” (“O lutador”). III. Drummond segue à risca a gramática normativa, da qual rigorosamente nunca diverge, o que pode ser verificado nos seguintes versos: “No meio do caminho tinha uma pedra/ tinha uma pedra no meio do caminho/ tinha uma pedra/ no meio do caminho tinha uma pedra.” a) I é correta. b) III é correta. c) II é correta. d) Todas são corretas. e) Nenhuma é correta. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2253738 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2253750 410) 411) 412) www.tecconcursos.com.br/questoes/2253752 ITA - Vest (ITA)/ITA/2022 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Assinale a alternativa correta acerca de Os ratos, de Dyonélio Machado. a) a narrativa respeita a ordem cronológica dos acontecimentos, característica que facilita a compreensão do enredo. b) a narrativa fragmentária apresenta idas e vindas no tempo, o que provoca certa inquietação no leitor e dificuldade de estabelecimento da ordem dos acontecimentos. c) embora a narrativa não respeite a ordem cronológica dos fatos, esse recurso não apresenta efeito algum sobre o leitor. d) todas as informações contidas no texto que não seguem o tempo cronológico estão completamente desvinculadas do enredo. e) todas as informações contidas no texto que não seguem o tempo cronológico representam apenas um devaneio do narrador em relação à matéria narrada. www.tecconcursos.com.br/questoes/2253781 ITA - Vest (ITA)/ITA/2022 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Leia atentamente os versos destacados de “Cantiga de enganar”, de Carlos Drummond de Andrade. Em seguida, assinale a alternativa correta. Meu bem, assim acordados, assim lúcidos, severos, ou assim abandonados, deixando-nos à deriva levar na palma do tempo — mas o tempo não existe —, sejamos como se fôramos num mundo que fosse: o Mundo. a) os versos confirmam, sem sombra de dúvidas, que a lucidez não só é impossível neste mundo, como também a realidade é enlouquecedora. b) lidos em conjunto com o título do poema, os versos exprimem certa ironia em relação à condição humana na realidade do mundo. c) os versos são típicos da indiferença do eu lírico, característica da poética de Drummond frente à inevitabilidade da morte em um mundo sombrio e apocalíptico. d) no contexto do poema, os versos exprimem a negação da condição de abandono do ser humano. e) no contexto da obra, os versos exemplificam o tema da busca da riqueza material, segundo o preceito do carpe diem. www.tecconcursos.com.br/questoes/2253783 ITA - Vest (ITA)/ITA/2022 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Acerca de Os ratos , de Dyonélio Machado, é correto afirmar que a) a linguagem do romance permite identificar uma separação conceitual rígida entre o humano e o animal, como ilustra o seguinte exemplo: “Duque volta-se inteiramente para o lado de Naziazeno. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2253752 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2253781 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2253783 413) 414) Avança-lhe um focinho serenoe atento.” (p. 81). b) a intertextualidade não é um elemento da narrativa, como ilustra o seguinte exemplo: “Naziazeno espera que ele lhe dê as costas, vá reatar a palestra interrompida, aquelas observações sobre a questão social, comunismo e integralismo.” (p. 38). c) há elementos na linguagem que permitem identificar a santificação das personagens, como ilustra o seguinte exemplo: “Naziazeno conserva-se silencioso. Ele não pensa na ‘empresa’ propriamente: pensa no Andrade; vê a sua figura robusta, azafamada, decidida de patrão.” (p. 44). d) no romance, os ratos são uma alegoria do retorno à natureza e da reconciliação do ser humano com a sua melhor índole, o estado de Natureza, como ilustra o seguinte exemplo: “mas na mesma ocasião o seu ar de pobreza, aquele focinho quieto e manso que vem ali a seu lado, tiram-lhe qualquer ilusão. Um frio e um amargo sobem-lhe pelas vísceras acima...” (p. 85). e) há elementos na linguagem que indicam animalização ou rebaixamento do humano, como ilustra o seguinte exemplo: “Naziazeno ‘vê-se’ no meio da sala, atônito, sozinho, olhando para os lados, pra todos aqueles fugitivos, que se esgueiram, que se somem com pés de ratos.” (p. 36). www.tecconcursos.com.br/questoes/2253787 ITA - Vest (ITA)/ITA/2022 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Assinale a alternativa que complementa corretamente a seguinte afirmação: “Os poemas da seção ‘NA PRAÇA DE CONVITES’, da Antologia Poética, de Carlos Drummond de Andrade, tematizam o cotidiano... a) com um leve e alegre tom simpático e pitoresco, como nos versos: “Imenso trabalho nos custa a flor./ Por menos de oito contos vendê-la? Nunca.” (“Anúncio da rosa”). b) com ênfase na crença em relação ao progresso social do mundo moderno, como nos versos: “Coração orgulhoso, tens pressa de confessar tua derrota/ e adiar para outro século a felicidade coletiva.” (“Elegia 1938”). c) de forma a fugir do registro banal ou meramente anedótico, procurando captar a realidade a partir das inquietações e, por vezes, do inconformismo do eu lírico: ‘Calo-me, espero, decifro./ As coisas talvez melhorem./ São tão fortes as coisas!/ Mas eu não sou as coisas e me revolto.’” (“Nosso tempo”). d) propondo a análise dos problemas do Brasil segundo os princípios da literatura naturalista, isto é, de maneira objetiva e científica, como ilustram os versos: “Eis meu pobre elefante/ pronto para sair/ à procura de amigos/ num mundo enfastiado/ que já não crê nos bichos/ e duvida das coisas.” (“O elefante”). e) da perspectiva da literatura prosélita, que defendia um nacionalismo ingênuo e panfletário, como atestam os versos: “O mar batia em meu peito, já não batia no cais./ A rua acabou, quede as árvores? a cidade sou eu/ a cidade sou eu/ sou eu a cidade/ meu amor.” (“Coração numeroso”). www.tecconcursos.com.br/questoes/2268562 IME - CFG (IME)/IME/2022 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Texto 1 Erico Verissimo (1905 – 1975), nascido em Cruz Alta (RS), foi um dos escritores mais populares da chamada segunda fase modernista, que começou na década de 1930. Sua obra mais conhecida é o “Tempo e o Vento”, uma trilogia de romances, na qual ele narra a história de um clã familiar, os Terra Cambarás, de 1745 até 1945, tendo como contexto a formação da fronteira nacional na região sul. O espaço central desses romances é a cidade fictícia de Santa Fé, situada no noroeste do Rio Grande do https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2253787 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2268562 Sul. O texto “O Sobrado”, que integra o romance “O Continente”, versa sobre o chefe do clã, Licurgo Cambará, que resiste em casa ao cerco dos inimigos pertencentes ao clã oposto, dos Amaral. Na obra, é abordado um episódio da Revolução Federalista (1893 – 1895), uma guerra civil entre dois grupos de ideias opostas: um que desejava aumentar os poderes do presidente da República e outro que desejava uma maior autonomia aos estados. O SOBRADO Era uma noite fria de lua cheia. As estrelas cintilavam sobre a cidade de Santa Fé , que de tão quieta e deserta parecia um cemitério abandonado. Era tanto o silêncio e tão leve o ar, que se alguém aguçasse o ouvido talvez pudesse até escutar o sereno na solidão. Agachado atrás dum muro, José Lírio preparava-se para a última corrida. Quantos passos dali até a igreja? Talvez uns dez ou doze, bem puxados. Recebera ordens para revezar o companheiro que estava de vigia no alto duma das torres da Matriz. “Tenente Liroca”, dissera-lhe o coronel, havia poucos minutos, “suba pro alto do campanário e fique de olho firme no quintal do Sobrado. Se alguém aparecer pra tirar ´agua do poço, faça fogo sem piedade.” José Lírio olhava a rua. Dez passos até a igreja. Mas quantos passos até a morte? Talvez cinco... ou dois. Havia um atirador infernal na água-furtada do Sobrado, à espreita dos imprudentes que se aventurassem a cruzar a praça ou alguma rua a descoberto. Os segundos passavam. Era preciso cumprir a ordem. Liroca não queria que ninguém percebesse que ele hesitava, que era um covarde. Sim, covarde. Podia enganar os outros, mas não conseguia iludir-se a si mesmo. Estava metido naquela revolução porque era federalista e tinha vergonha na cara. Mas não se habituava nunca ao perigo. Sentira medo desde o primeiro dia, desde a primeira hora — um medo que lhe vinha de baixo, das tripas, e lhe subia pelo estômago até a goela, como uma geada, amolecendo-lhe as pernas, os braços, a vontade. Medo é doença; medo é febre. Engraçado. A noite estava fria mas o suor escorria-lhe pela cara barbuda e entrava-lhe na boca, com gosto de salmoura. O tiroteio cessara ao entardecer. Talvez a munição da gente do Sobrado tivesse acabado. Ele podia atravessar a rua devagarinho, assobiando e acendendo um cigarro. Seria até uma provocação bonita. Vamos, Liroca, honra o lenço encarnado. Mas qual! Lá estava aquela sensação fria de vazio e enjoo na boca do estômago, o minuano gelado nos miúdos. Donde lhe vinha tanto medo? Decerto do sangue da mãe, pois as gentes do lado paterno eram corajosas. O avô de Liroca fora um bravo em 35. O pai lhe morrera naquela mesma revolução, havia pouco mais dum ano tombara estripado numa carga de lança, mas lutando até o último momento. “Lírio é macho”, murmurou Liroca para si mesmo. “Lírio é macho.” Sempre que ia entrar num combate, repetia estas palavras: “Lírio é macho”. Levantou-se devagarinho, apertando a carabina com ambas as mãos. Sentia o corpo dorido, a garganta seca. Tornou a olhar para a igreja. Dez passos. 30 Podia percorrê-los nuns cinco segundos, quando muito. Era só um upa e estava tudo terminado. Fez avançar cautelosamente a cabeça e, com a quina do muro a tocar-lhe o meio da testa e a ponta do nariz, fechou o olho direito e com o esquerdo ficou espiando o Sobrado que lá estava, do outro lado da praça, com sua fachada branca, a dupla fileira de janelas, a sacada de ferro e os altos muros de fortaleza. Havia no casar˜ao algo de terrivelmente humano que fez o coração de José Lírio pulsar com mais força. Os federalistas tinham tomado a cidade havia quase uma semana, mas Licurgo Cambará, o intendente e chefe político republicano do município, encastelara-se em sua casa com toda a família e um grupo de correligionários, e de lá ainda oferecia resistência. Enquanto o Sobrado não capitulasse, os revolucionários não poderiam considerar-se senhores de Santa Fé, pois os atiradores da água-furtada praticamente dominavam a praça e as ruas em derredor. Por alguns instantes José Lírio ficou a mirar a fachada do casarão, e de repente a lembrança de que Maria Valéria estava lá dentro lhe varou o peito como um pontaço de lança. Soltou um suspiro fundo e entrecortado, que foi quase um soluço. De novo se encolheu atrás do muro e tornou a olhar para a igreja. Se conseguisse chegar a salvo até a parede lateral, ficaria fora do alcance do atirador do Sobrado, e poderiaentrar no campanário pela porta da sacristia. Vamos, Liroca, só uma corrida. Que te pode acontecer? O homem te enxerga, faz pontaria, atira e acerta. Uma bala na cabeça. Pronto! Cais de cara no chão e está tudo liquidado. Acaba-se a agonia. Dizem que quando a bala entra no corpo da gente, no primeiro momento não dói. Depois é que vem a ardência, como se ela fosse de ferro em brasa. Mas quando o ferimento é mortal não se sente nada. O pior é arma branca. Vamos, Liroca. Dez passos. Cinco segundos. Lírio é macho, Lírio é macho. José Lírio continuava imóvel, olhando a rua. Ainda ontem um companheiro seu ousara atravessar aquele trecho à luz do dia, num momento em que o tiroteio cessara. Ia cantando e fanfarronando. Viu-se de repente na água-furtada do sobrado um clarão acompanhado dum estampido, e o homem tombou. O sangue começou a borbotar-lhe do peito e a empapar a terra. “Vamos, menino!” Quem falava agora nos pensamentos de Liroca era seu pai, o velho Maneco Lírio. Sua voz áspera como lixa vinha de longe, de um certo dia da infância em que Liroca faltara à escola e ao chegar a casa encontrara o pai atrás da porta com um rebenque na mão. “Agora tu me pagas, salafrário!” Liroca saíra a correr como um doido na direção do fundo do quintal. “Espera, poltrão!” E de repente o que o velho Maneco tinha nas mãos não era mais o chicote, e sim as próprias vísceras, que lhe escorriam moles e visguentas da ferida do ventre. “Vamos, covarde!” De súbito, como tomado dum demônio, Liroca ergueu-se, apertou a carabina contra o peito e deitou a correr na direção da igreja. Seus passos soaram fofos na terra. Deu cinco passadas e a meio caminho, sem olhar para o Sobrado, numa voz frenética de quem pede socorro, gritou: “Pica-paus do inferno! Sou homem!”. Continuou a correr e, ao chegar ao ponto morto atrás da parede lateral da igreja, rojou-se ao solo e ali ficou, arquejante, com o peito colado à terra, o coração a bater acelerado, e sentindo entrar-lhe na boca e nas narinas talos de grama úmida de sereno. “A la fresca!”, murmurou ele. “A la fresca!” Estava inteiro, estava salvo. Fechou os olhos e deixou-se quedar onde estava, babujando a terra com sua saliva grossa, a garganta a arder, e o corpo todo amolentado por uma fraqueza que lhe dava um trêmulo desejo de chorar. VERISSIMO, Erico. O tempo e o vento, parte I: O Continente. 4ª ed. S˜ao Paulo: Companhia das Letras, 2013, p. 17- 19 (texto adaptado). Quanto ao texto 1 apresentado, considere as seguintes afirmações: I. O autor é um regionalista típico, uma vez que enfatizou a expressão de peculiaridades locais, tais como costumes, visão de mundo e modos de vida dos gaúchos, em uma perspectiva etnográfica e folclórica, tendo como objetivo a preservação dessas tradições. II. O autor apresenta os contrastes e confrontos do universo rural e urbano, das matrizes luso- brasileiras e dos fluxos migratórios na região sul. III. À semelhança de outros autores do romance de 30, o autor abordou estruturas sociais, culturais e políticas do passado da região sul, numa perspectiva crítica, praticando uma espécie de “história do tempo presente”. Está( ão) correta(s) apenas a(s) assertiva(s): a) I. 415) 416) b) II. c) III. d) I e III. e) II e III. www.tecconcursos.com.br/questoes/2279105 Instituto AOCP - Vest (UEMG)/UEMG/Tradicional/2022 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Com base no seguinte excerto de Vidas Secas, assinale a alternativa correta. [...] Na planície avermelhada os juazeiros alargavam duas manchas verdes. Os infelizes tinham caminhado o dia inteiro, estavam cansados e famintos. Ordinariamente andavam pouco, mas como haviam repousado bastante na areia do rio seco, a viagem progredira bem três léguas. Fazia horas que procuravam uma sombra. A folhagem dos juazeiros apareceu longe, através dos galhos pelados da catinga rala. Arrastaram-se para lá, devagar, sinha Vitória com o filho mais novo escanchado no quarto e o baú de folha na cabeça, Fabiano sombrio, cambaio, o aió a tiracolo, a cuia pendurada numa correia presa ao cinturão, a espingarda de pederneira no ombro. O menino mais velho e a cachorra Baleia iam atrás. Os juazeiros aproximaram-se, recuaram, sumiram-se. O menino mais velho pôs-se a chorar, sentou-se no chão. [...] RAMOS, Graciliano. Vidas Secas. 144ª ed. Rio de Janeiro: Record, 2020. a) A obra pertence à Primeira Geração Modernista, posto que trata dos assuntos nacionais e foca a idealização da realidade brasileira. b) Graciliano Ramos preza pelo uso da linguagem metafórica, evitando ser direto na descrição do espaço e das ações das personagens. c) Vidas Secas possui como algumas de suas marcas o regionalismo e o realismo, com tom crítico ao abordar temáticas sociais, denunciando as desigualdades. d) Vidas Secas pertence à Terceira Geração Modernista, conhecida como Geração de 45, na qual prevalece a sondagem psicológica e a crítica social. www.tecconcursos.com.br/questoes/816006 FADURPE - Vest (CESMAC)/CESMAC/Medicina/2021 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Analise o poema “Procura da Poesia”, de Carlos Drummond de Andrade. (...) Penetra surdamente no reino das palavras Lá estão os poemas que esperam ser escritos (...) Chega mais perto e contempla as palavras. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2279105 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/816006 417) 418) Cada uma tem mil faces secretas sob a face neutra e te pergunta, sem interesse pela resposta pobre ou terrível que lhe deres: trouxeste a chave? Este poema de Drummond ilustra: a) O interesse pelo engajamento político da literatura brasileira moderna. b) A busca da perfeição poética formal própria do Romantismo. c) O gosto pela louvação das coisas nacionais, inclusivamente a língua. d) A busca pela carga semântica das palavras, na certeza de que elas envolvem mistérios. e) A força coerente das palavras quando postas a serviço da literatura lírica. www.tecconcursos.com.br/questoes/1697414 CEV URCA - Ag (Pref Crato)/Pref Crato/Endemias/2021 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) As questões relacionadas às desigualdades sociais, tais como: pobreza, miséria, fome e violência, sempre estiveram presentes na paisagem árida do Nordeste. Obras como "O Quinze", "Vidas Secas"e "Morte e Vida Severina" retratam a dura realidade e a vida miserável do sertanejo resultante da luta pela sobrevivência que é ameaçada pela "seca", frente ao descaso e violência do poder político e econômico que deixavam homens, mulheres, jovens e crianças à mercê da fome. Tentando escapar da morte, transformavam-se em "retirantes". Essas obras foram escritas, respectivamente por: a) Jorge Amado; Rachel de Queiroz e Graciliano Ramos b) Raquel de Queiroz, Graciliano ramos e João Cabral de Melo Neto c) Manoel Bandeira; Jose Lins do Rego e Euclides da Cunha d) Ariano Suassuna; Graciliano Ramos e Jorge Amado e) Raquel de Queiroz, José Lins do Rego e Manoel Bandeira www.tecconcursos.com.br/questoes/1699003 VUNESP - Vest (UNESP)/UNESP/2021 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Leia o poema “Ausência”, de Carlos Drummond de Andrade, para responder a questão. Por muito tempo achei que a ausência é falta. E lastimava, ignorante, a falta. Hoje não a lastimo. Não há falta na ausência. A ausência é um estar em mim. E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus [braços, que rio e danço e invento exclamações alegres, porque a ausência, essa ausência assimilada, ninguém a rouba mais de mim. (Corpo, 2015.) https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1697414 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1699003 419) Depreende-se do poema que a) a ausência,uma vez incorporada, torna-se parte constitutiva do eu lírico. b) a ausência, convertida em falta, passa a suprir uma carência do eu lírico. c) a falta e a ausência, convertidas em instâncias internas, aliviam a solidão do eu lírico. d) a falta e a ausência, uma vez personificadas, tornam-se companheiras do eu lírico. e) a falta, uma vez convertida em ausência, passa a ser verbalizada pelo eu lírico. www.tecconcursos.com.br/questoes/1702882 FUVEST - Vest (USP)/USP/2021 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) TEXTO PARA A QUESTÃO Romance Lill ou Das Palavras Aéreas Ai, palavras, ai, palavras, que estranha potência, a vossa! Ai, palavras, ai, palavras, sois de vento, ides no vento, no vento que não retorna, e, em tão rápida existência, tudo se forma e transforma! Sois de vento, ides no vento, e quedais, com sorte nova! (...) Ai, palavras, ai, palavras, que estranha potência, a vossa! Perdão podeis ter sido! — sois madeira que se corta, — sois vinte degraus de escada, — sois um pedaço de corda... — sois povo pelas janelas, cortejo, bandeiras, tropa... Ai, palavras, ai, palavras, que estranha potência, a vossa! Éreis um sopro na aragem... — sois um homem que se enforca! Cecília Meireles, Romanceiro da Inconfidência. A “estranha potência” que a voz lírica ressalta nas palavras decorre de uma combinação entre a) fluidez nos ventos do presente e conteúdo fixo no passado. b) forma abstrata no espaço e presença concreta na história. c) leveza impalpável na arte e vigor nos documentos antigos. d) sonoridade ruidosa nos ares e significado estável no papel. e) lirismo irrefletido da poesia e peso justo dos acontecimentos. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1702882 420) 421) www.tecconcursos.com.br/questoes/1703256 FUVEST - Vest (USP)/USP/2021 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Remissão Tua memória, pasto de poesia, tua poesia, pasto dos vulgares, vão se engastando numa coisa fria a que tu chamas: vida, e seus pesares. Mas, pesares de quê? perguntaria, se esse travo de angústia nos cantares, se o que dorme na base da elegia vai correndo e secando pelos ares, e nada resta, mesmo, do que escreves e te forçou ao exílio das palavras, senão contentamento de escrever, enquanto o tempo, e suas formas breves ou longas, que sutil interpretavas, se evapora no fundo do teu ser? Carlos Drummond de Andrade, Claro enigma. Claro enigma apresenta, por meio do lirismo reflexivo, o posicionamento do escritor perante a sua condição no mundo. Considerando-o como representativo desse seu aspecto, o poema “Remissão” a) traduz a melancolia e o recolhimento do eu lírico em face da sensação de incomunicabilidade com uma realidade indiferente à sua poesia. b) revela uma perspectiva inconformada, mesclando-a, livre da indulgência dos anos anteriores, a um novo formalismo estético. c) propõe, como reação do poeta à vulgaridade do mundo, uma poética capaz de interferir na realidade pelo viés nostálgico. d) reflete a visão idealizada do trabalho do poeta e a consciência da perenidade da poesia, resistente à passagem do tempo. e) realiza a transição do lirismo social para o lirismo metafísico, caracterizado pela adesão ao conforto espiritual e ao escapismo imaginativo. www.tecconcursos.com.br/questoes/1826530 CEBRASPE (CESPE) - Prof (SEDUC AL)/SEDUC AL/Português/2021 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Resolvo-me a contar, depois de muita hesitação, casos passados há dez anos. Não conservo notas: algumas que tomei foram inutilizadas, e assim, com o decorrer do tempo, ia-me parecendo cada vez mais difícil, quase impossível, redigir esta narrativa. Além disso, julgando a matéria superior às minhas forças, esperei que outros mais aptos se ocupassem dela. Não vai aqui falsa modéstia, como adiante se verá. Também me afligiu a ideia de jogar no papel criaturas vivas, sem disfarces, com os nomes que têm no registro civil. Repugnava-me deformá-las, darlhes pseudônimo, fazer do livro uma espécie de romance; mas teria eu o direito de utilizá-las em história presumivelmente verdadeira? Que diriam elas se se vissem impressas, realizando atos esquecidos, repetindo palavras contestáveis e obliteradas? Restar-me-ia alegar que o DIP, a polícia, enfim, os hábitos de um decênio de arrocho, me impediram o trabalho. Isto, porém, seria injustiça. Nunca tivemos censura prévia em obra de arte. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1703256 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1826530 422) Efetivamente se queimaram alguns livros, mas foram raríssimos esses autos de fé. Em geral a reação se limitou a suprimir ataques diretos, palavras de ordem, tiradas demagógicas, e disto escasso prejuízo veio à produção literária. Certos escritores se desculpam de não haverem forjado coisas excelentes por falta de liberdade — talvez ingênuo recurso de justificar inépcia ou preguiça. Liberdade completa ninguém desfruta: começamos oprimidos pela sintaxe e acabamos às voltas com a Delegacia de Ordem Política e Social, mas, nos estreitos limites a que nos coagem a gramática e a lei, ainda nos podemos mexer. Não será impossível acharmos nas livrarias libelos terríveis contra a república novíssima, às vezes com louvores dos sustentáculos dela, indulgentes ou cegos. Não caluniemos o nosso pequenino fascismo tupinambá: se o fizermos, perderemos qualquer vestígio de autoridade e, quando formos verazes, ninguém nos dará crédito. De fato ele não nos impediu escrever. Apenas nos suprimiu o desejo de entregar-nos a esse exercício. Graciliano Ramos. Memórias do cárcere. Editora Record. Com relação ao gênero textual e a aspectos linguísticos do fragmento apresentado de Memórias do Cárcere, de Graciliano Ramos, julgue o próximo item. No trecho “Que diriam elas se se vissem impressas”, a primeira ocorrência do “se” é conjunção condicional, ao passo que, na segunda ocorrência, o “se” indica que o verbo ver é pronominal. Certo Errado www.tecconcursos.com.br/questoes/1826544 CEBRASPE (CESPE) - Prof (SEDUC AL)/SEDUC AL/Português/2021 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Resolvo-me a contar, depois de muita hesitação, casos passados há dez anos. Não conservo notas: algumas que tomei foram inutilizadas, e assim, com o decorrer do tempo, ia-me parecendo cada vez mais difícil, quase impossível, redigir esta narrativa. Além disso, julgando a matéria superior às minhas forças, esperei que outros mais aptos se ocupassem dela. Não vai aqui falsa modéstia, como adiante se verá. Também me afligiu a ideia de jogar no papel criaturas vivas, sem disfarces, com os nomes que têm no registro civil. Repugnava-me deformá-las, darlhes pseudônimo, fazer do livro uma espécie de romance; mas teria eu o direito de utilizá-las em história presumivelmente verdadeira? Que diriam elas se se vissem impressas, realizando atos esquecidos, repetindo palavras contestáveis e obliteradas? Restar-me-ia alegar que o DIP, a polícia, enfim, os hábitos de um decênio de arrocho, me impediram o trabalho. Isto, porém, seria injustiça. Nunca tivemos censura prévia em obra de arte. Efetivamente se queimaram alguns livros, mas foram raríssimos esses autos de fé. Em geral a reação se limitou a suprimir ataques diretos, palavras de ordem, tiradas demagógicas, e disto escasso prejuízo veio à produção literária. Certos escritores se desculpam de não haverem forjado coisas excelentes por falta de liberdade — talvez ingênuo recurso de justificar inépcia ou preguiça. Liberdade completa ninguém desfruta: começamos oprimidos pela sintaxe e acabamos às voltas com a Delegacia de Ordem Política e Social, mas, nos estreitos limites a que nos coagem a gramática e a lei, ainda nos podemos mexer. Não será impossível acharmos nas livrarias libelos terríveis contra a repúblicanovíssima, às vezes com louvores dos sustentáculos dela, indulgentes ou cegos. Não caluniemos o nosso pequenino fascismo tupinambá: se o fizermos, perderemos qualquer vestígio de autoridade e, quando formos verazes, ninguém nos dará crédito. De fato ele não nos impediu escrever. Apenas nos suprimiu o desejo de entregar-nos a esse exercício. Graciliano Ramos. Memórias do cárcere. Editora Record. Com relação ao gênero textual e a aspectos linguísticos do fragmento apresentado de Memórias do Cárcere, de Graciliano Ramos, julgue o próximo item. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1826544 423) 424) No trecho “Restar-me-ia alegar que o DIP, a polícia, enfim, os hábitos de um decênio de arrocho, me impediram o trabalho”, o uso da mesóclise expressa noção do tempo verbal do futuro do presente. Certo Errado www.tecconcursos.com.br/questoes/1864653 STRIX - Vest (EBMSP)/EBMSP/Saúde/2021 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Amizade Certas amizades comprometem a ideia de amizade. O amigo que se torna inimigo fica incompreensível; o inimigo que se torna amigo é um cofre aberto. Um amigo íntimo – de si mesmo. É preciso regar as flores sobre o jazigo de amizades extintas. Como as plantas, a amizade não deve ser muito nem pouco regada. A amizade é um meio de nos isolarmos da humanidade cultivando algumas pessoas. ANDRADE, Carlos Drummond de. Amizade. Disponível em:<https://www.culturagenial. com/poemas-carlos- drummond- de-andrade-amizade/>. Acesso em: mai. 2021. Sobre esse poema drummondiano, é correto afirmar: a) Apresenta uma visão crítica da sociedade, destacando a indispensabilidade de tomar cuidado com as pessoas. b) Evidencia a relevância dos reais amigos, razão de ser necessário tratá-los na medida certa e com o devido zelo. c) Concebe os vínculos interpessoais sempre permeados de falsidades e, por isso, sem possibilidade de progresso. d) Analisa as relações sociais, entrevendo as adversidades existentes entre elas para mostrar que tudo é passageiro. e) Considera a inexistência de sinceridade nos relacionamentos, optando, consequentemente, pelo isolamento social. www.tecconcursos.com.br/questoes/1869811 ITA - Vest (ITA)/ITA/2021 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Leia atentamente a primeira estrofe de “Morte do leiteiro”, da seção “NA PRAÇA DE CONVITES”. Em seguida, assinale a alternativa CORRETA. Há pouco leite no país, é preciso entregá-lo cedo. Há muita sede no país, é preciso entregá-lo cedo. Há no país uma legenda, que ladrão se mata com tiro. a) os verbos, advérbios e complementos representam uma situação perigosa para quem bebe pouco leite. b) a construção repetitiva dos versos sugere uma tensão entre as condições de vida, a repetição própria do trabalho moderno e uma moralidade social violenta. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1864653 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1869811 425) 426) 427) c) o estilo coloquial do poema está em perfeita consonância com os preceitos da poética romântica do autor. d) os versos tematizam a luta no campo entre grandes e pequenos pecuaristas dedicados à produção de laticínios no país. e) a escassez de recursos linguísticos é uma metáfora da escassez de recursos na produção social de laticínios no país. www.tecconcursos.com.br/questoes/1869818 ITA - Vest (ITA)/ITA/2021 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Assinale a alternativa que confirma a seguinte afirmação: a poética de Drummond mantém uma relação ambígua com a memória, com traços de esperança, embora sem saudosismo ou idealização. a) “Eta vida besta, meu Deus.” (“Cidadezinha qualquer”). b) “Amanhecem de novo as antigas manhãs/ que não vivi jamais, pois jamais me sorriram. flores”). c) “Não cantarei amores que não tenho,/ e, quando tive, nunca celebrei.” (“Nudez”). d) “E como ficou chato ser moderno./ Agora serei eterno.” (“Eterno”). e) “Então nos punimos em nossa delícia. / O amor atinge raso, e fere tanto.” (“Ciclo”). www.tecconcursos.com.br/questoes/1869822 ITA - Vest (ITA)/ITA/2021 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Para apresentar a sua Antologia poética, Carlos Drummond de Andrade escreveu: “Algumas poesias caberiam talvez em outra seção que não a escolhida, ou em mais de uma. À razão da escolha está na tônica da composição, ou no engano do autor.” (“Informação — NOTA DA PRIMEIRA EDIÇÃO”). Diante do trecho citado, é possível afirmar que a) o poeta quer dizer que a divisão é rígida e espelha fielmente as fases de sua obra. b) o poeta admite, com ironia, a própria falibilidade e faculta ao leitor a liberdade de outra organização dos poemas. c) a Antologia poética deve ser entendida normativamente, isto é, segundo uma “ordem interna” inalterável e que representa a chave da poética de Drummond. d) o poeta retira do leitor a possibilidade de interpretar a sua poesia. e) é evidente a falta de critério para a seleção dos poemas, o que indica apenas a intenção de amostragem, sem qualquer planejamento ou organização. www.tecconcursos.com.br/questoes/1869827 ITA - Vest (ITA)/ITA/2021 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) A respeito da obra de Carlos Drummond de Andrade, é incorreto afirmar que https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1869818 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1869822 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1869827 428) a) a sua poética mantém uma relação ambígua com a memória, com traços de esperança, embora sem saudosismo ou idealização, como atestam os versos: “Pois de tudo fica um pouco./ Fica um pouco de teu queixo / no queixo de tua filha.” (“Resíduo”). b) não é sua característica tratar do amor como luxúria carnal que intensifica a dor de amar, conforme atestam os versos: “Não cantarei amores que não tenho, / e, quando tive, nunca celebrei.” (“Nudez”). c) não é marcada por terna evocação saudosista do passado, como atestam os versos: “E de tudo fica um pouco. / Oh abre os vidros de loção/ e abafa/ o insuportável mau cheiro da memória.” (“Resíduo”). d) o poeta jamais demonstra dúvidas relativamente ao amor, conforme atestam os versos: “Amarei mesmo Fulana?/ ou é ilusão de sexo?” (“O mito”). e) o poeta não evita o tema da memória e só trata da expectativa do futuro, como atestam os versos: “Amanhecem de novo as antigas manhãs/ que não vivi jamais, pois jamais me sorriram.” flores”). www.tecconcursos.com.br/questoes/1869837 ITA - Vest (ITA)/ITA/2021 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Leia atentamente os versos destacados de “Amar”, da seção “AMAR-AMARO”. Em seguida, assinale a alternativa CORRETA. Este o nosso destino: amor sem conta, distribuído pelas coisas pérfidas ou nulas, doação ilimitada a uma completa ingratidão, e na concha vazia do amor a procura medrosa, paciente, de mais e mais amor. a) os versos evidenciam que o amor, na poética de Drummond, não representa um tema importante e é apenas ligeiramente abordado em seus poemas. b) os versos evidenciam a centralidade do amor erótico na poética de Drummond, por meio do qual a subjetividade individual se exprime. c) os versos evidenciam que, na poética de Drummond, o amor vai além do sentimentalismo individual para englobar relações humanas mais profundas. d) nestes versos, o poeta reduz o amor ao ato sexual, ao desejo carnal entre homem e mulher. e) nestes versos, o amor restringe-se a um sentimentalismo convencional, evidenciado pela escolha da forma tradicional do soneto para exprimir o tema. www.tecconcursos.com.br/questoes/1896973 OMNI - Prof (Sertãozinho)/Pref Sertãozinho/Educação Básica II/Português/2021 Literatura Brasileira e Estrangeira- Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1869837 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1896973 429) 430) 431) A Literatura Brasileira possui grandes escritores e obras. Assinale a alternativa com a associação INCORRETA. a) Jorge Amado – Tieta do Agreste. b) João Cabral – Morte e Vida Severina. c) Rachel de Queiroz – Fogo Morto. d) Cecília Meireles – Romanceiro da Inconfidência. www.tecconcursos.com.br/questoes/1925865 VUNESP - Vest (UNESP)/UNESP/2021 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Sem dúvida, o capital não tem pátria, e é esta uma das suas vantagens universais que o fazem tão ativo e irradiante. Mas o trabalho que ele explora tem mãe, tem pai, tem mulher e filhos, tem língua e costumes, tem música e religião. Tem uma fisionomia humana que dura enquanto pode. E como pode, já que a sua situação de raiz é sempre a de falta e dependência. Narrar a necessidade é perfazer a forma do ciclo. Entre a consciência narradora, que sustém a história, e a matéria narrável, sertaneja, opera um pensamento desencantado, que figura o cotidiano do pobre em um ritmo pendular: da chuva à seca, da folga à carência, do bem-estar à depressão, voltando sempre do último estado ao primeiro. É a narração, que se quer objetiva, da modéstia dos meios de vida registrada na modéstia da vida simbólica. (Alfredo Bosi. Céu, inferno: ensaios de crítica literária e ideológica, 2003. Adaptado.) O comentário aplica-se com precisão à obra a) Vidas secas, de Graciliano Ramos. b) Macunaíma, de Mário de Andrade. c) Os sertões, de Euclides da Cunha. d) Grande sertão: veredas, de Guimarães Rosa. e) A hora da estrela, de Clarice Lispector. www.tecconcursos.com.br/questoes/1929988 FADURPE - Vest (CESMAC)/CESMAC/Medicina/2021 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Acerca da “Prosa da ‘Geração de 30’”, conhecido como “O ciclo do regionalismo nordestino”, é uma das principais manifestações da prosa dessa geração. Nas obras desse grupo são abordados inúmeros problemas: 1) de um Nordeste decadente, desde que o polo cultural e político do Brasil se transferiu para o Sul do país. 2) provenientes das relações combativas dos habitantes com o poder regional e com os poderosos latifundiários. 3) do meio nordestino submetido, em anos consecutivos, às hostilidades de um meio estéril e ingrato. 4) abordados, em um tom crítico e persuasivo, que mereceram destaque em nossa literatura. Estão corretas as alternativas: a) 1, 2, 3 e 4. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1925865 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1929988 432) 433) b) 2, 3 e 4, apenas. c) 1, 3 e 4, apenas. d) 3 e 4, apenas. e) 1 e 2, apenas. www.tecconcursos.com.br/questoes/1932302 FADURPE - Vest (CESMAC)/CESMAC/Medicina/2021 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) O que há de mais importante em todo tipo de Arte? Literatura ou não? É a aproximação, a comunhão que ela estabelece entre seres humanos, mesmo a distância, mesmo entre mortos e vivos. O tempo não conta para isso. Somos contemporâneos de José de Alencar, de Fernando Pessoa, Shakespeare e de Virgílio. Somos amigos pessoais deles. (...). É. E constitui uma das grandes alegrias da vida. Palavra, música, arte de todas as formas: essas coisas têm sua magia. Ai de quem não a sente. (Carlos Drummond de Andrade. Tempo, vida, poesia. Rio de Janeiro: Record, 1986, p. 58-59). Tomando o Texto de Drummond como objeto de compreensão e análise, percebe-se que: “Palavra, música, arte, sob todas as formas, todas têm a sua magia. “Ai de quem não a sente!”. O fragmento destacado por Drummond poderia exemplificar “uma ação de linguagem”, como, por exemplo: a) “uma ordem”. b) “uma definição”. c) “um lamento”. d) “uma palavra de repúdio”. e) uma “acusação”. www.tecconcursos.com.br/questoes/1932305 FADURPE - Vest (CESMAC)/CESMAC/Medicina/2021 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Após a Semana de Arte Moderna, alguns escritores de diferentes regiões do país começaram a produzir obras em prosa que retratavam criticamente a realidade social e política do Brasil. Passaram a tematizar questões como a seca, a desigualdade social, a vida miserável e indigna dos retirantes, os costumes escravagistas e o coronelismo, apoiado na posse das terras. Esses problemas muitas vezes eram desconhecidos do público leitor dos centros urbanos da época. Em 1926, em Recife, a proposta estética do Modernismo firmou-se em um Congresso, no qual escritores nordestinos tomaram a decisão de criar uma prosa regional comprometida com a participação política e a denúncia social. (Graça Sette, Márcia Travalha; Rosário Starling. Literatura – trilhas e tramas. São Paulo: Leya, 2015, p. 494. Fragmento). https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1932302 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1932305 434) O Fragmento transcrito acima se refere ao movimento que deu origem ao conhecido “Romance de 30”, o qual contou, entre seus principais representantes e produções, os seguintes nomes: 1) José Lis do Rego (Menino de Engenho). 2) Graciliano Ramos (Caetés, São Bernardo. Vidas Secas). 3) Rachel de Queiroz (O Quinze), e Oswaldo de Andrade (Memórias sentimentais de João Miramar). 4) Carlos Drummond de Andrade, Manuel Bandeira e Murilo Mendes (Terras do sem fim). Estão corretas as alternativas: a) 2 e 4 apenas. b) 1, 2 e 3 apenas. c) 1, 2, 3 e 4. d) 2 e 3 apenas. e) 1 e 4 apenas. www.tecconcursos.com.br/questoes/2260993 CPV UFRR - Vest (UFRR)/UFRR/Prova Integral (PI)/2021 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Texto Pelo espírito atribulado do sertanejo passou a ideia de abandonar o filho naquele descampado. Pensou nos urubus, nas ossadas, coçou a barba ruiva e suja, irresoluto, examinou os arredores. Sinhá Vitória estirou o beiço indicando vagamente uma direção e afirmou com alguns sons guturais que estavam perto. Fabiano meteu a faca na bainha, guardou-a no cinturão, acocorou-se, pegou no pulso do menino, que se encolhia, os joelhos encostados no estômago, frio como um defunto. Aí a cólera desapareceu e Fabiano teve pena. Impossível abandonar o anjinho aos bichos do mato. Entregou a espingarda a Sinhá Vitória, pôs o filho no cangote, levantou-se, agarrou os bracinhos que lhe caíam sobre o peito, moles, finos como cambitos. Sinhá Vitória aprovou esse arranjo, lançou de novo a interjeição gutural, designou os juazeiros invisíveis. E a viagem prosseguiu, mais lenta, mais arrastada, num silêncio grande. Ausente do companheiro, a cachorra Baleia tomou a frente do grupo. Arqueada, as costelas à mostra, corria ofegando, a língua fora da boca. E de quando em quando se detinha, esperando as pessoas, que se retardavam. Vidas Secas, Graciliano Ramos Sobre Vidas Secas, de Graciliano Ramos, marque a opção CORRETA: a) A escrita de Graciliano Ramos com ausência de diálogos estabelece uma linguagem sucinta que colabora para a compreensão da secura do ambiente e da vida. No entanto, a aridez das relações é interrompida por alguns episódios de afeto. b) A obra corrobora o regionalismo nordestino ao apresentar descrição minuciosa do sertão e o êxodo rural das famílias em busca de comida, exaltando as belezas do ambiente árido e das relações humanas. c) Apesar de descrever a seca nordestina, a obra não pode ser caracterizada como regional, pois trata de temas universais como a fome, a miséria humana e as relações familiares. d) No excerto apresentado, observamos o filho de Fabiano e Sinhá Vitória muito enfraquecido pelas dificuldades do caminho. Diante do sofrimento do filho, Fabiano se mostra impassível e dáhttps://www.tecconcursos.com.br/questoes/2260993 435) 436) seguimento à viagem. Sinhá Vitória aprova a sua atitude. e) Ao fazer a descrição da geografia do sertão nordestino, a obra funda o regionalismo na literatura brasileira, denunciando a vida difícil no ambiente da seca e as mazelas dos personagens, excluindo a cachorra baleia que não sofre com a secura do ambiente. www.tecconcursos.com.br/questoes/1425784 MÉTODO - Eng (Alto B Vista)/Pref Alto Boa Vista/Civil/2020 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Vidas Secas (...) Acocorada junto às pedras que serviam de trempe, a saia de ramagens entalada entre as coxas, sinhá Vitória soprava o fogo. Uma nuvem de cinza voou dos tições e cobriu-lhe a cara, a fumaça inundou-lhe os olhos, o rosário de contas brancas e azuis desprendeu-se do cabeção e bateu na panela. Sinhá Vitória limpou as lágrimas com as costas das mãos, encarquilhou as pálpebras, meteu o rosário no seio e continuou a soprar com vontade, enchendo muito as bochechas. Labaredas lamberam as achas de angico, esmoreceram, tornaram a levantar-se e espalharam-se entre as pedras. Sinhá Vitória aprumou o espinhaço e agitou o abano. Uma chuva de faíscas mergulhou num banho luminoso a cachorra Baleia, que se enroscava no calor e cochilava embalada pelas emanações da comida. Sentindo a deslocação do ar e a crepitação dos gravetos, Baleia despertou, retirou-se prudentemente, receosa de sapecar o pelo, e ficou observando maravilhada as estrelinhas vermelhas que se apagavam antes de tocar o chão. Aprovou com um movimento a cauda aquele fenômeno e desejou expressar a sua admiração à dona. Chegou-se a ela em saltos curtos, ofegando, ergueu-se a ela em saltos curtos, ofegando, ergueu-se nas pernas traseiras, imitando gente. Mas sinhá Vitória não queria saber de elogios. - Arreda! Deu um pontapé na cachorra, que se afastou humilhada e com sentimentos de revolucionários. O trecho foi retirado da obra “Vidas Secas”. Assinale a alternativa correspondente ao autor da obra em questão: a) Machado de Assis; b) José de Alencar; c) Jorge Amado; d) Graciliano Ramos www.tecconcursos.com.br/questoes/1425786 MÉTODO - Eng (Alto B Vista)/Pref Alto Boa Vista/Civil/2020 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Sobre Raquel Queiroz, assinale a alternativa correta: a) Foi uma jornalista, pintora, poeta, escritora e professora brasileira. É um nome canônico do modernismo brasileiro, uma das grandes poetas da língua portuguesa e é amplamente considerada a melhor poeta do Brasil, embora tenha combatido a palavra poetisa por causa da discriminação de gênero. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1425784 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1425786 437) b) Foi uma escritora e jornalista ucraniana naturalizada brasileira. Autora de romances, contos e ensaios, é considerada uma das escritoras brasileiras mais importantes do século XX e a maior escritora judia desde Franz Kafka. Sua obra está repleta de cenas cotidianas simples e tramas psicológicas, reputando-se como uma de suas principais características a epifania de personagens comuns em momentos do cotidiano. Quanto às suas identidades nacional e regional, declarava-se brasileira e pernambucana. c) Foi uma grande escritora, jornalista, tradutora e dramaturga brasileira. Ganhou diversos prêmios, dentre eles o "Prêmio Camões" (1993), sendo, portanto, a primeira mulher a recebê-lo. Além disso, foi a primeira mulher a ocupar uma cadeira na Academia Brasileira de Letras, em 1977. d) Foi uma poetisa e contista brasileira. Considerada uma das mais importantes escritoras brasileiras, ela teve seu primeiro livro publicado em junho de 1965 (Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais), quando já tinha quase 76 anos de idade, apesar de escrever seus versos desde a adolescência. Mulher simples, doceira de profissão, tendo vivido longe dos grandes centros urbanos, alheia a modismos literários, produziu uma obra poética rica em motivos do cotidiano do interior brasileiro, em particular dos becos e ruas históricas de Goiás. www.tecconcursos.com.br/questoes/1439694 Instituto Consulplan - Vest (FM RO)/FM RO/2020 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Nova Canção do Exílio Um sabiá na palmeira, longe. Estas aves cantam um outro canto. O céu cintila sobre flores úmidas. Vozes na mata, e o maior amor. Só, na noite, seria feliz: um sabiá, na palmeira, longe. Onde é tudo belo e fantástico, só, na noite, seria feliz. (Um sabiá, na palmeira, longe.) Ainda um grito de vida e voltar para onde é tudo belo e fantástico: a palmeira, o sabiá, o longe. (Carlos Drummond de Andrade. In: A Rosa do Povo – 1945.) Leia agora as duas primeiras estrofes do o texto “Canção do Exílio” de Gonçalves Dias: https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1439694 438) Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá; As aves, que aqui gorjeiam, Não gorjeiam como lá. Nosso céu tem mais estrelas, Nossas várzeas têm mais flores, Nossos bosques têm mais vida, Nossa vida mais amores. (Gonçalves Dias. Poesia e prosa completas. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1998.) Em relação ao texto apresentado de Carlos Drummond de Andrade, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas. ( ) Apesar de haver algumas referências aos mesmos elementos, os textos em análise pertencem a gêneros literários distintos. ( ) Quanto à metrificação, pode-se afirmar que a diferenciação existente entre os textos apresentados torna também diferente o ritmo de cada um. ( ) A partir do título de seu poema Carlos Drummond de Andrade estabelece características que remetem à intertextualidade em relação ao texto de Gonçalves Dias. A sequência está correta em a) V, F, F. b) F, F, V. c) F, V, V. d) V, F, V. e) V, V, F. www.tecconcursos.com.br/questoes/1679757 INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/Digital/2020 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Carlos é hoje um homem dividido, Mário, e isso graças às suas cartas. Às vezes ele torce pelas palmeiras paródicas do Oswald de Andrade (a ninguém cá da terra passou despercebido o título que quer dar ao seu primeiro livro de poemas — Minha terra tem palmeiras). Às vezes não quer esquecer o gélido cinzel de Bilac e a prosa clássica dos decadentistas franceses, e à noite, ao ouvir o chamado da moça-fantasma, fica cismando ismálias em decassílabos rimados. Às vezes sucumbe ao trato cristão da condição humana e, à sombra dos rodapés de Tristão de Ataíde, tem uma recaída jacksoniana. Às vezes não sabe se prefere o barulho do motor do carro em disparada, ou se fica contemplando o sinal vermelho que impõe stop ao trânsito e silêncio ao cidadão. Às vezes entoa loas à vida besta, que devia jazer para sempre abandonada em Itabira. Mas na maioria das vezes sai saracoteando ironicamente pela rua macadamizada da poesia, que nem um pernóstico malandro escondido por detrás dos óculos e dos bigodes, ou melhor, que nem a foliona negra que você tanto admirou no Rio de Janeiro por ocasião das bacanais de Momo. SANTIAGO, S.Contos antológicos de Silviano Santiago. São Paulo: Nova Alexandria, 2006. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1679757 439) Inspirado nas cartas de Mário de Andrade para Carlos Drummond de Andrade, o autor dá a esse material uma releitura criativa, atribuindo-lhe um remetente ficcional. O resultado é um texto de expressividade centrada na a) hesitação na escolha de um modelo literário ideal. b) colagem de estilos e estéticas na formação do escritor. c) confluência de vozes narrativas e de referências biográficas. d) fragmentação do discurso na origem da representação poética. e) correlação entre elementos da cultura popular e de origem erudita. www.tecconcursos.com.br/questoes/1780533CEV UECE - Vest (UECE)/UECE/2020 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) TEXTO 4 Reinvenção A vida só é possível reinventada. Anda o sol pelas campinas e passeia a mão dourada pelas águas, pelas folhas... Ah! tudo bolhas que vem de fundas piscinas de ilusionismo... — mais nada. Mas a vida, a vida, a vida, a vida só é possível reinventada. Vem a lua, vem, retira as algemas dos meus braços. Projeto-me por espaços cheios da tua Figura. Tudo mentira! Mentira da lua, na noite escura. Não te encontro, não te alcanço... Só — no tempo equilibrada, desprendo-me do balanço que além do tempo me leva. Só — na treva, fico: recebida e dada. Porque a vida, a vida, a vida, a vida só é possível reinventada. MEIRELES, Cecília. Reinvenção. In. MEIRELES, Cecília. Vaga música. São Paulo: Global Editora, 1942. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1780533 440) 441) Sobre o poema “Reinvenção”, de Cecília Meireles, é correto afirmar que a) é constituído por trinta e dois versos com rimas alternadas em três estrofes e com rimas livres no refrão. b) a animosidade do dia a dia faz com que o ser humano precise “reinventar” a vida. c) a utilização da metonímia, na segunda estrofe, mostra que para a autora a beleza da vida é simples. d) o uso do “mas”, na terceira estrofe, revela uma desesperança da autora frente à vida. www.tecconcursos.com.br/questoes/1928428 FADURPE - Vest (CESMAC)/CESMAC/Medicina/2020 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Influenciados pelo Modernismo, alguns escritores de diferentes regiões do país principiaram a produzir obras em prosa em que tematizavam, criticamente, a realidade social e política do Brasil. Passaram, então, a inaugurar uma prosa regional, que tematizava os problemas das desigualdades regionais, sobretudo aquelas do nordeste brasileiro, em consequência das frequentes secas e das tentativas de solução dadas pelos ‘retirantes’. Foi assim que escritores nordestinos tomaram a decisão de criar uma prosa regional, o Romance de 1930, comprometida com a realidade social e sua denúncia. Entre os principais romancistas que se destacaram nesse Projeto, constam: 1) Manuel Bandeira e Mário de Andrade, com as respectivas obras Vou-me embora pra Pasárgada e Macunaíma. 2) Olavo Bilac e Oswaldo de Andrade, com as respectivas obras O navio negreiro e Manifesto Pau Brasil. 3) Raquel de Queiroz e Graciliano Ramos, com as respectivas obras O Quinze e Vidas secas. 4) Jorge Amado e Vinicius de Morais, com as respectivas obras Capitães de Areia e A rosa de Hiroxima. Está(ão) correta(s) a(s) alternativa(s): a) 1, 2, 3 e 4. b) 1, 2 e 3, apenas. c) 1 e 4, apenas. d) 2, apenas. e) 3, apenas. www.tecconcursos.com.br/questoes/1974628 Instituto Consulplan - Vest (UNIFAGOC)/UNIFAGOC/Medicina/2020 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) De acordo com as características literárias da segunda geração do Modernismo no Brasil, pode-se identificar, com relação à prosa, múltiplas tendências, EXCETO: a) Idealista. b) Neorrealista. c) Cosmopolita. d) De introspecção. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1928428 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1974628 442) 443) www.tecconcursos.com.br/questoes/1987799 Instituto Consulplan - Vest (UNEC)/UNEC/2020 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) O céu, transparente que doía, vibrava tremendo feito uma gaze repuxada. Vicente sentia por toda parte uma impressão ressequida de calor e aspereza. Verde, na monotonia cinzenta da paisagem, só algum juazeiro ainda escapo à devastação da rama; mas em geral as pobres árvores apareciam lamentáveis, mostrando os cotos dos galhos como membros amputados e a casca toda raspada em grandes zonas brancas. E o chão, que em outro tempo a sombra cobria, era uma confusão desolada de galhos secos, cuja agressividade ainda mais se acentuava pelos espinhos. (QUEIROZ. Rachel de. O quinze. São Paulo: Círculo do Livro, 1992. p. 17-18.) O trecho anterior pode ser identificado como um exemplo, na literatura brasileira, de: a) Manifestação da prosa naturalista cujo zoomorfismo dominou o ideário dos escritores do final do século XIX. b) Narrativa documental regionalista típica do Romantismo brasileiro em que os romancistas escreviam sobre tal temática. c) Prosa modernista da década de 1930 cuja preocupação era denunciar a miséria e exploração de boa parte da população brasileira. d) Produção contemporânea, pós-moderna, apresentando a produção de grandes nomes da literatura que passaram a compor tal período. www.tecconcursos.com.br/questoes/1987804 Instituto Consulplan - Vest (UNEC)/UNEC/2020 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Pré-História Mamãe vestida de rendas Tocava piano no caos. Uma noite abriu as asas Cansada de tanto som, Equilibrou-se no azul, De tonta não mais olhou Para mim, para ninguém! Cai no álbum de retratos. (MENDES, Murilo. Poesia Completa e Prosa. Organização, preparação do texto e notas, por Luciana Stegagno Picchio. Rio de Janeiro: Nova. Aguilar, 1995.) Acerca do poema de Murilo Mendes, poeta que apresenta uma visão transfiguradora do Surrealismo, pode-se afirmar que: a) As formas verbais empregadas no poema demonstram a atualidade dos fatos apresentados. b) As imagens apresentadas são capazes de sugerir um distanciamento da realidade objetiva. c) Embora haja uma tendência surrealista, o eu-lírico demonstra uma percepção clara dos acontecimentos. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1987799 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1987804 444) 445) d) O eu-lírico utiliza elementos que o aproximam da realidade como piano, rendas e álbum de retratos demonstrando uma reflexão de cunho social. www.tecconcursos.com.br/questoes/1121918 Instituto Consulplan - Vest (FIMCA)/FIMCA/Medicina/2019 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Considerando que a intertextualidade pode se apresentar de formas diversas, leia os textos a seguir. Canção do exílio Minha terra tem palmeiras Onde canta o sabiá, As aves que aqui gorjeiam Não gorjeiam como lá. (Gonçalves Dias.) Europa, França e Bahia Meus olhos brasileiros se fecham saudosos Minha boca procura a ‘Canção do Exílio’. Como era mesmo a ‘Canção do Exílio’? Eu tão esquecido de minha terra... Ai terra que tem palmeiras Onde canta o sabiá! (Carlos Drummond de Andrade.) Está correto o que se afirma em: a) O conteúdo do poema “Europa, França e Bahia” cria uma expectativa contrária ao posicionamento do eu lírico em relação ao exílio nos versos de “Canção do exílio”. b) O tipo de intertextualidade apresentado no texto de Drummond, paródia, demonstra a crítica do autor ao tratamento dado ao assunto no texto-fonte, “Canção do exílio”. c) A intertextualidade presente no texto de Drummond demonstra a manutenção da estrutura narrativa do texto-fonte, “Canção do exílio”, assim como a ideia principal do exílio. d) Apesar da citação do exílio feita nos dois textos, é inadequado dizer que haja intertextualidade presente no texto de Carlos Drummond de Andrade; tratando-se apenas do emprego de uma citação. e) A citação feita no texto de Drummond demonstra a intenção do poeta de estabelecer um vínculo com o textofonte, a Canção do exílio, de Gonçalves Dias, questionando o significado do título do poema referenciado. www.tecconcursos.com.br/questoes/1124388 Instituto Consulplan - Vest (FMO)/FMO/Medicina/2019 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Soneto de contrição Eu te amo, Maria, eu te amo tanto Que o meu peito me dói como em doença https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1121918https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1124388 446) E quanto mais me seja a dor intensa Mais cresce na minha alma teu encanto. Como a criança que vagueia o canto Ante o mistério da amplidão suspensa Meu coração é um vago de acalanto Berçando versos de saudade imensa. Não é maior o coração que a alma Nem melhor a presença que a saudade Só te amar é divino, e sentir calma... E é uma calma tão feita de humildade Que tão mais te soubesse pertencida Menos seria eterno em tua vida. (Vinicius de Morais. Obra poética. Rio de Janeiro: J. Aguilar, 1968.) A composição do poema demonstra o emprego de recursos tais como sonoridade, ritmo das palavras, função poética da linguagem, métrica, rima etc. Considerando-se alguns elementos poéticos é correto afirmar que: a) Os versos de Vinicius de Moraes são um exemplo da criação dos poetas modernos do século XX identificados como versos livres. b) A forma fixa demonstrada na composição do poema é denominada haicai, forma tradicional e muito utilizada na literatura brasileira. c) O poema é uma composição de forma fixa sendo formado por dois quartetos e dois tercetos, havendo semelhança sonora no final de pares de versos. d) Cada uma das estrofes apresenta um grupo de versos cuja métrica poética é única para cada um deles, não havendo nenhum que seja equivalente ao outro neste aspecto. www.tecconcursos.com.br/questoes/1125013 Instituto Consulplan - Vest (UNIFAGOC)/UNIFAGOC/Medicina/2019 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) A estética literária de uma época é fortemente influenciada por questões contextuais. Em relação à segunda fase modernista, observa-se que: a) Os debates nascidos em torno da questão da nacionalidade refletem a idealização da terra de forma descomprometida com a realidade. b) Caracteriza-se como “a estética do compromisso”, em que o quadro que se vislumbrava no Brasil exigia dos artistas e intelectuais uma tomada de posição ideológica. c) Em meio aos conflitos ideológicos, os artistas mantinham o equilíbrio social afastando-se de questões polêmicas e políticas, restringindo-se a uma estética da arte pela arte. d) Questões como a crise cafeeira e a Revolução de 30 fizeram com que os poetas optassem por uma linguagem e temas que retratavam a simplicidade da vida, fugindo assim dos conflitos existentes. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1125013 447) 448) www.tecconcursos.com.br/questoes/1125358 Instituto Consulplan - Vest (UNIFAGOC)/UNIFAGOC/Medicina/2019 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Leia os versos a seguir de Carlos Drummond de Andrade. A poesia é incomunicável. Fique torto no seu canto. Não ame. Ouço dizer que há tiroteio ao alcance do nosso corpo. É a revolução? o amor? Não diga nada. (Carlos Drummond de Andrade – Obra completa.) Considerando as escolhas poéticas apresentadas pode-se afirmar que os versos são: a) Brancos e livres. b) Redondilhas maiores. c) Redondilhas menores. d) Brancos e decassílabos. www.tecconcursos.com.br/questoes/1165552 FADURPE - Vest (CESMAC)/CESMAC/Medicina/2019 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Analise o fragmento de um poema, transcrito abaixo. Procura da poesia Penetra surdamente no reino das palavras. Lá estão os poemas que esperam ser escritos. [...] Chega mais perto e contempla as palavras. Cada uma Tem mil faces secretas sob a face neutra E te pergunta, sem interesse pela resposta, pobre ou terrível, que lhe deres: Trouxeste a chave? (Carlos Drummond de Andrade). O ‘como fazer poesia’ constitui também um tema sobre o qual se debruçaram e se debruçam os autores. Cada poeta é cativo dos cânones de sua escola literária; uns mais, outros menos. No poema mostrado acima, Drummond: a) imagina as palavras como plurissignificativas e misteriosas, embora ostentem a aparência de neutralidade. b) idealiza o leitor da poesia como sendo um mero decodificador diante das muitas faces das palavras. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1125358 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1165552 449) 450) c) concebe a recepção da poesia como sendo uma atividade solitária; acredita na inutilidade de interagir com as palavras. d) julga que o encantamento da poesia emana dos sentidos das palavras, que, pelos princípios do Modernismo, se conformam aos ideais europeus. e) admite que o território das palavras pode ser explorado com o fim de se descobrir os segredos da perfeição poética. www.tecconcursos.com.br/questoes/1173569 FCC - Vest (UNIPAR)/UNIPAR/Medicina/2019 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Enuncia acertadamente a qualidade maior da produção ficcional de Graciliano Ramos o seguinte comentário crítico: a) Para compor a saga da pequena burguesia sulista depois de 1930, buscou realizar um meio termo entre a crônica de costumes e a notação intimista. b) Considerado como um “poeta público”, deixou-se marcar pela esperança de uma pacificação mundial, no Período de Entre Guerras. c) Soube fundir numa linguagem de forte e poética oralidade as recordações da infância e da adolescência, vividas entre engenhos e usinas. d) Encontra na objetiva dureza e economia da linguagem o instrumento para o trato analítico e crítico das tensões sociais e sua repercussão nos indivíduos. e) A curva ideológica de sua produção vem dos primeiros escritos políticos revolucionários e acaba desembocando nas crônicas moralizantes. www.tecconcursos.com.br/questoes/1188362 INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/PPL (Pessoa Privada de Liberdade)/2019 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) Canção No desequilíbrio dos mares, as proas giram sozinhas… Numa das naves que afundaram é que certamente tu vinhas. Eu te esperei todos os séculos sem desespero e sem desgosto, e morri de infinitas mortes guardando sempre o mesmo rosto. Quando as ondas te carregaram meus olhos, entre águas e areias, cegaram como os das estátuas, a tudo quanto existe alheias. Minhas mãos pararam sobre o ar e endureceram junto ao vento, https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1173569 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1188362 451) e perderam a cor que tinham e a lembrança do movimento. E o sorriso que eu te levava desprendeu-se e caiu de mim: e só talvez ele ainda viva dentro destas águas sem fim. MEIRELES, C. In: SECCHIN, A. C. (Org.). Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001. Na composição do poema, o tom elegíaco e solene manifesta uma concepção de lirismo fundada na a) contradição entre a vontade da espera pelo ser amado e o desejo de fuga. b) expressão do desencanto diante da impossibilidade da realização amorosa. c) associação de imagens díspares indicativas de esperança no amor futuro. d) recusa à aceitação da impermanência do sentimento pela pessoa amada. e) consciência da inutilidade do amor em relação à inevitabilidade da morte. www.tecconcursos.com.br/questoes/1870985 STRIX - Vest (EBMSP)/EBMSP/Medicina/2019 Literatura Brasileira e Estrangeira - Modernismo - 2ª Geração (G. Ramos, J. Amado, Rego, C. Drummond, Cecilia M, etc) O Deus de cada homem Quando digo “meu Deus”, afirmo a propriedade. Há mil deuses pessoais em nichos da cidade. Quando digo “meu Deus”, crio cumplicidade. Mais fraco, sou mais forte do que a desirmandade. Quando digo “meu Deus”, grito minha orfandade. O rei que me ofereço rouba-me a liberdade. Quando digo “meu Deus”, choro minha ansiedade. Não sei que fazer dele na microeternidade. ANDRADE, Carlos Drummond de. O Deus de cada homem. Disponível em: <http://blogs.ibahia.com/a/blogs/portugues>. Acesso em: nov. 2019. O sujeito poético, nesses versos, a) considera-se uma criatura privilegiada em virtude da fé
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