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MANDRILAMENTO Prof. Dr. Gilmar Cordeiro MANDRILAMENTO O processo de mandrilamento é muito utilizado na produção de peças em séries, ele permite várias operações de Usinagem numa mesma peça cada uma a seu tempo. MANDRILAMENTO As mandriladoras são máquinas especiais que permitem o acoplamento de diferentes tipos de ferramentas e assim executam trabalhos diversos em grandes peças MANDRILAMENTO PRINCIPAIS COMPONENTES DE UMA MANDRILADORA ÁRVORE PORTA-FERRAMENTAS CARRO OU CABEÇOTE PORTA-ÁRVORE MONTANTE DA MÁQUINA COLUNA AUXILIAR OU LUNETA MESA DA MÁQUINA BARRA DE MANDRILAR TAMBÉM CONHECIDA COMO MANDRIL EXEMPLOS DE PEÇAS FEITAS PELO MANDRILAMENTO MANDRILAMENTO O processo de trabalho feito com ferramentas fixadas a barra de mandrilar chama-se mandrilamento, mandrilagem ou broqueamento. Dependendo do trabalho á fazer a mandrilagem pode ser cilíndrica, cônica, radial ou esférica. Através da mandrilagem pode se conseguir por exemplo superfícies internas cilíndricas como cônicas ou esféricas em espaços normalmente difíceis de serem atingidos e com eixos perfeitamente paralelos entre si. TIPOS DE MANDRILAMENTO Mandrilamento Cilíndrico – O eixo de rotação coincide com o eixo em torno do qual a ferramenta gira, tendo como resultado a superfície usinada na forma cilíndrica. TIPOS DE MANDRILAMENTO Mandrilamento cônico – também o eixo de rotação coincide com o eixo em torno do qual a ferramenta gira, mas a superfície é cônica em forma de cone. TIPOS DE MANDRILAMENTO Mandrilamento radial – é o processo em que a superfície usinada é plana e perpendicular ao eixo em torno do qual a ferramenta gira. Também é conhecido como faceamento. TIPOS DE MANDRILAMENTO Mandrilamento esférico – a superfície usinada é esférica e o eixo de rotação coincide com o eixo em torno do qual a ferramenta gira. MANDRILADORAS Dependendo da posição de trabalho as mandriladoras podem ser horizontais ou verticais, as mandriladoras que permitem adaptação de diferentes ferramentas são chamadas de mandriladoras universais. O giro da mesa permite o giro da caixa em torno do seu próprio eixo, possibilitando assim a usinagem das quatro laterais da caixa. MANDRILADORA UNIVERSAL FERRAMENTAS DE MANDRILAR As ferramentas de mandrilar geralmente são pequenas, para trabalhar no interior dos furos. Geralmente elas trabalham sobre furos que já foram feitos antes por brocas, elas são bem resistentes feitas com aço rápido ou carboneto e são montadas na barra de mandrilar. FERRAMENTAS DE MANDRILAR Mandril de corte simples serve pra desbastar. Lamina de corte duplo, serve pra fazer rebaixos internos e furos. Broca helicoidal de correção ou pré-alargador. Elas servem pra aumentar os furos feitos por brocas normais e corrigir deformações geométricas como ovalização, conicidade, retilinidade etc. BARRA DE MANDRILAR A barra de mandrilar deve ser rígida proporcional ao diâmetro do furo e se possível não muito longa para evitar desvios e trepidações. FERRAMENTAS DE MANDRILAR Atualmente um novo conceito em ferramentas de mandrilamento está sendo utilizado na indústria, para não perder tempo na troca de ferramentas ou ainda para aumentar a exatidão de trabalho, foi desenvolvido o sistema modular de ferramental. Ele permite construir um conjunto de ferramentas com partes modulares intercambiáveis o único componente especifico de máquina em todo esse arranjo é o adaptador de fuso. Para operar com esse sistema junta se blocos elementares de construção, extensões, reduções, diferentes cabeçotes de mandrilar e acessórios BROCHAMENTO Prof. Dr. Gilmar Cordeiro BROCHAMENTO BROCHADEIRAS São capazes de produzir o movimento relativo entre a ferramenta e a peça. A grande maioria das máquinas são acionadas hidraulicamente devido o grande esforço necessário. A brochadeira vertical utiliza menor espaço. Podem trabalhar com solicitação a compressão e tração da ferramenta simultaneamente. BROCHADEIRAS As máquinas horizontais, são mais utilizadas pois tornam viável o uso de longas ferramentas, o que traz vantagens em termos de produtividade. BROCHADEIRAS Em alguns casos faz-se necessário o giro da ferramenta durante o movimento de usinagem para se obter o brochamento helicoidal. Nestes casos a brochadeira horizontal é quase sempre a única opção Ângulos de hélice menor que 20° a rotação é dada pelo suporte da ferramenta. Maior que 20° o movimento de rotação é comandado pela montagem do brochamento APLICAÇÃO DO BROCHAMENTO A finalidade do processo de brochamento é usinar superfícies especiais. Pode se ter brochamento interno, quando executa-se superfícies fechadas, ou brochamento externo, quando executa-se superfícies abertas. APLICAÇÃO DO BROCHAMENTO O processo de brochamento interno, que é o mais comum, consiste na transformação de um furo redondo em um fruo de perfil qualquer de maneira progressiva FERRAMENTA - BROCHA FERRAMENTA - BROCHA FERRAMENTA – BROCHA – GEOMETRIA DOS DENTES A distância entre um dente e outro é definido como P, ou seja, o passo dos dentes. A altura medida entre o fundo do dente e a ponta de corte é h. Tem-se os ângulos de saída (γ) e folga (α). A diferença entre as alturas dos gumes cortante (a) é a profundidade de corte em cada passo. FERRAMENTA – BROCHA – GEOMETRIA DOS DENTES A figura A apresenta apenas os ângulos que definem o dente e também é a profundidade de corte (a) em cada passo. Já figura B apenas reforça que é a profundidade de corte (a) em cada passo é igual para todos os dentes de uma mesma parte da dentadura. FERRAMENTA – BROCHA – GEOMETRIA DOS DENTES FORÇA DE BROCHAMENTO A operação de brochamento possui uma grande variação da força durante o processo. O valor mais importante é a força máxima exigida, pois é com esse valor que se pode determinar o equipamento que realizará a operação. Mas entender como e porque a força varia durante a usinagem é um passo importante para entende-la plenamente. FORÇA DE BROCHAMENTO Durante a operação o número de dentes em corte simultâneo (n) é “constante” e é calculado pela expressão (A), onde L=comprimento a ser brochado e p=passo dos dentes de desbaste. Deve-se observar que, caso o valor não seja inteiro, sempre arredonda-se para cima. FORÇA DE BROCHAMENTO A força máxima na operação de brochamento pode ser calculada pela expressão (B). Tem-se que A= área de material removida, re = resistência específica de corte e n = número de dentes em corte simultâneo. Como a forma dos dentes varia, o valor de A também varia e consequentemente o valor da força também. Além disso há a variação do número de dentes em corte simultâneo quando “n” não é inteiro, gerando uma flutuação. FORÇA DE BROCHAMENTO Suponha o brochamento de um orifício de 8 ranhuras como mostra a Figura, em uma peça de aço com espessura de 32 mm e cuja resistência específica de corte seja 315 kgf/mm2. A brocha possui passo 12 mm e a profundidade de corte (a) em cada passo é igual de desbaste de 0,05 mm. A velocidade de corte é de 7,2 m/min. Deseja-se um gráfico da variação da força com o tempo. FORÇA DE BROCHAMENTO Suponha o brochamento de um orifício de 8 ranhuras como mostra a Figura, em uma peça de aço com espessura de 32 mm e cuja resistência específica de corte seja 315 kgf/mm2. A brocha possui passo 12 mm e a profundidade de corte (a) em cada passo é igual de desbaste de 0,05 mm. A velocidade de corte é de 7,2 m/min. Deseja-se um gráfico da variação da força com o tempo. FORÇA DE BROCHAMENTO FORÇA DE BROCHAMENTO Com os valores calculados pode-se desenhar o gráfico da variação da força no tempo. Observe que, como o valor de A não se altera, após a entrada do terceiro dente o sistema entra em regime.
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