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Diagnósticos psicopatológicos – visão geral Diagnóstico psicopatológico e psicodiagnóstico Para definir o sintoma, podemos destacar como: a forma pela qual a doença se apresenta, é a realidade aparente de uma determinada enfermidade. É a experiência sentida e vivida pelo paciente que anuncia a ele o quanto o seu corpo está mudado, portanto, podemos dizer que o sintoma é aquilo pertencente ao paciente a partir da percepção e observação do seu próprio funcionamento. Ainda, segundo Martins (2003, p. 22) o sintoma “é um acontecimento doloroso e/ou perturbador, conforme a etimologia da palavra em grego original já apontava: acidente que cai, ocorre com (alguém)”. Enquanto o sinal, ainda segundo Martins (2003), é aquilo que pode ser apontado pelo outro, via de regra, o clínico. A distinção entre sintoma e sinal pode, então, ser estabelecida em termos daquele que aprecia e evidencia o signo clínico: o paciente, no caso do sintoma, e o médico, no caso do sinal. A Medicina, portanto, tornou-se especialista em identificar sinais para facilitar o diagnóstico. Diagnóstico psicopatológico e psicodiagnóstico Para a Psicologia não seria diferente. Os sintomas seriam, portanto, aquilo que faz parte da vivência subjetiva relatada pelo paciente, suas queixas, narrativa, aquilo que ele experimenta e comunica a alguém de algum modo. Já os sinais seriam verificáveis pela observação direta do paciente, seriam os “dados elementares das doenças que são provocados (ativamente evocados) pelo examinador” (DALGALARRONDO, 2019, p. 4). Os sinais ou sintomas psicopatológicos não são exclusivamente específicos de determinado transtorno mental. Em muitos casos, o diagnóstico só será possível após observar o curso da doença. Diagnóstico psicopatológico e psicodiagnóstico Psicodiagnóstico: O psicodiagnóstico é uma atividade que veio se aperfeiçoando dentro da Psicologia e se utiliza do conceito psicopatológico para realizar uma prática diagnóstica no contexto da Psicologia. Embora os profissionais da área tenham a opção de se utilizar de técnicas mais amplas, como entrevistas e exames do estado mental, é ainda disponibilizada ao profissional psicólogo outra gama de ferramentas que o ajudam no diagnóstico, tais como os testes psicológicos. Psicodiagnóstico é uma avaliação psicológica, feita com propósitos clínicos, portanto, não abrange todos os modelos de avaliação psicológica de diferenças individuais. É um processo que visa identificar forças e fraquezas no funcionamento psicológico, com foco na existência ou não de psicopatologia. Diagnóstico psicopatológico e psicodiagnóstico Cunha (2003) aponta que geralmente um paciente passa por esse processo devido a um encaminhamento, que pretende averiguar alguma característica em destaque e que pressupõe que o paciente apresenta algum tipo de problema psicológico, a exemplo de uma professora que indica o aluno para esse tipo de avaliação com o seguinte questionamento: “será que meu aluno não aprende por algum tipo de problema psicológico?”. Como investigar? Entrevista e anamnese Relatório escolar Escalas e testes Observação em consultório e em grupo Diagnóstico psicopatológico e psicodiagnóstico A entrevista psicopatológica, assim como é chamada, permite a realização de duas práticas da avaliação: a anamnese e o exame psíquico. Na anamnese há uma investigação acerca do histórico do paciente de doenças e principalmente de sintomas e sinais, assim como seus antecedentes pessoais, familiares e detalhes relevantes relacionados ao(s) episódio(s) de doença(s). Já o exame psíquico, também chamado de Exame do Estado Mental (EEM), conforme Kaplan, Sadock e Grebb (1997, p. 267), é a “descrição da aparência, fala, ações e pensamentos do paciente durante a entrevista”. Nesses dois casos, tanto psiquiatras quanto psicólogos podem se utilizar desse instrumento de avaliação. Diagnóstico psicopatológico e psicodiagnóstico Em psicologia, a entrevista clínica é um conjunto de técnicas de investigação, de tempo delimitado, dirigido por um entrevistador treinado, que utiliza conhecimentos psicológicos, em uma relação profissional, com o objetivo de descrever e avaliar aspectos pessoais, relacionais ou sistêmicos (indivíduo, casal, família, rede social), em um processo que visa fazer recomendações, encaminhamentos ou propor algum tipo de intervenção em benefício das pessoas entrevistadas. (TAVARES apud CUNHA et al., 2003, p. 45). O EEM (Exame do Estado Mental) Kaplan, Sadock e Grebb (1997, p. 267) revelam que o EEM é: (...) a parte da avaliação clínica que descreve a soma total das observações do examinador e suas impressões sobre o paciente psiquiátrico no momento da entrevista. Enquanto a história do paciente permanece estável, seu estado mental pode mudar de um dia para o outro, ou de uma hora para outra. O EEM é a descrição da aparência, fala, ações e pensamentos do paciente durante a entrevista. Obrigada! Natália de Godoy Mazzuco – Psicóloga, Psicanalista, Especialista em Psicopatologia e Neuropsicologia https://www.linkedin.com/in/natalia-de-godoy-mazzuco-87688778 Insta: @nataliagodoymazzuco https://www.linkedin.com/in/natalia-de-godoy-mazzuco-87688778