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MATERIAIS DE MOLDAGEM ANELÁSTICOS Perguntas da prática: Quais são as moldeiras e para que são usadas? Moldeiras de estoque: podem ser usadas em todos os tipos de pacientes (edêntulos, adultos dentados ou crianças), pois apresentam formatos pré-definidos; podem ser feitas de plástico, inox ou alumínio; podem ser totais (moldam toda uma arcada) ou parciais (apenas quadrantes específicos da arcada); podem ser perfuradas (maior retenção) ou lisas (mais usadas para arcada completa). Indicação: prótese, coroa, ponte, enceramento, aparelho ortodôntico, placa de clareamento e bruxismo. Moldeiras individuais: são fabricadas pelo próprio dentista para cada caso/paciente específico com o uso de acrílico. Indicação: pacientes edêntulos para confecção de prótese total e quando as de estoque não se adaptam Moldeiras descartáveis: funcionam da mesma forma que as outras, porém, devem ser descartadas após o uso, enquanto as outras podem ser esterilizadas e usadas novamente. Defina tempo de trabalho e tempo de presa, explicando a relação entre eles. Tempo de trabalho: tempo decorrido do início da manipulação do material até a inserção do material de moldagem na boca do paciente, antes que o mesmo desempenhe suas propriedades elásticas; durante o tempo de trabalho, o material está maleável e pode ser manipulado. Tempo de presa: tempo decorrido do início da manipulação do material até a presa suficiente para que o material consiga ser removido da boca com distorção insignificante; com a presa, o material ganha rigidez e não pode ser mais manipulado. O tempo de trabalho está inserido dentro do tempo de presa, sendo, então, sempre menor que o tempo de presa. Qual a importância clínica da recuperação elástica de um material de moldagem? A recuperação elástica garante maior fidelidade de cópia e menor deformação, pois é a capacidade de um material voltar às suas dimensões originais após passar por áreas retentivas, que são muito presentes na boca. Qual a importância clínica da estabilidade dimensional de um material de moldagem? A estabilidade dimensional está diretamente ligada ao tempo do vazamento do gesso, pois se trata da capacidade do material de manter suas dimensões com o passar do tempo; logo, um material com alta estabilidade dimensional (silicone de adição e poliéter) permite que o gesso seja vazado tardiamente, enquanto materiais com baixa estabilidade dimensional (alginato, polissulfeto e silicone de condensação) requerem vazamento imediato para que o material de moldagem não perca suas dimensões originais. Qual é a forma de manipulação das godivas em bastão? E em lâmina? Godivas em bastão: são as godivas tipo I, de alta fusão, devem ser aquecidas no calor da chama, pois com o aumento da temperatura ficam maleáveis – não pode encostar na chama, pois isso gera volatilização dos componentes Godivas em lâmina: são as godivas tipo II, de baixa fusão, devem ser manipuladas após serem submersas em água quente e atingirem a plastificação. Qual a indicação de uso clínico para as godivas descritas acima? São materiais auxiliares de moldagem, usados para individualizar moldeiras, vedamento periférico (evitar que o material de moldagem extravase nas laterais) e estabilizar o grampo no isolamento absoluto. Qual a propriedade da godiva requer que o material seja aquecido vagarosamente para que se converta em um estado totalmente plástico? As godivas são materiais termoplásticos e de baixa condutibilidade térmica, apresentam presa reversível (alteração física); aos 45 graus são fluidas e aos 37 começam a enrijecer, logo, o aquecimento deve ser mais lento para acontecer a plastificação. Considerando a estabilidade dimensional das godivas, cite dois cuidados clínicos a serem observados para garantir a obtenção de um modelo de gesso sem distorções, quando se utilizar a godiva. 1. Garantir o resfriamento total da godiva antes de remover da boca 2. Não trabalhar a godiva dentro da chama para não volatilizar os componentes 3. Vazar o gesso imediatamente Qual a indicação de moldagem utilizando a pasta de óxido de zinco e eugenol? Qual seu tempo de vazamento? Indicação: moldagem total em PTR em rebordos não retentivos, cimento cirúrgico sem exposição de osso, material restaurador temporário – pode ser usada desde que não haja retenção. Tempo de vazamento: imediato (em até 60min), porém, caso não haja tamanha variação de temperatura, pode aguardar Quando está clinicamente indicada a utilização da pasta OZE com a substituição do eugenol pelo EBA? Quando há exposição óssea na cavidade bucal. Pontos importantes da matéria: Materiais anelásticos: são rígidos, não podem ser usados em áreas retentivas, apenas em rebordos edêntulos e áreas não retentivas – depois de tomarem presa, não sofrem nenhum tipo de recuperação elástica Godiva: materiais anelásticos reversíveis (não sofre modicação química, pode voltar a sua forma original, passa por modificação de temperatura) o Composição: resinas naturais, agentes de carga, ácido esteárico, ceras e pigmentos orgânicos o Baixa condutibilidade térmica o Termoplásticas Pasta OZE: material anelástico irreversívei (sofre reação química, depois da presa não retoma ao estado original) o Composição: pasta base (óxido de zinco e óleo vegetal ou mineral) e pasta catalisadora (óleo de cravo, resina polimerizada, bálsamo do Canadá, cargas/sílica e aceleradores) o Eugenol + óxido de zinco = eugenolato de zinco (perda de 2H2O na reação) o Pasta catalisadora + pasta base dispensadas em comprimentos iguais (não quantidades) o Levar o catalisador na base (mais espesso ao menos espesso) e espatular por 1min até ficar homogêneo o Tempo de trabalho: 1-1,5 minutos o Tempo de presa: 3-5 minutos o Acelerar a presa: aumentar a temperatura, umidade, catalisador, espatulação o Retardar a presa: diminuir a temperatura GESSOS ODONTOLÓGICOS E ALGINATOS Perguntas da prática: Quais procedimentos devem ser realizados com o molde de alginato após sua remoção da boca até o vazamento do gesso? O molde deve ser lavado em água corrente abundante com remoção do excesso, deve-se fazer a desinfecção borrifando hipoclorito e armazenar em saco plástico com gaze molhada (ambiente com 100% de umidade relativa), lavando ao final do processo. Por fim, o gesso deve ser vazado o mais rápido possível. Qual o tempo máximo de armazenamento do molde até o vazamento? O molde pode ser mantido na bancada durante esse tempo? Por que? O tempo máximo é de 30 minutos, sendo o ideal vazar em até 10 min, pois caso demore para receber o gesso, o material pode sofrer deformações, pois está sujeito a perder água para o ambiente (sinérese) por ter baixa estabilidade dimensional. Qual o tempo máximo de contato do modelo de gesso com o molde de alginato após o vazamento? Por que? O tempo máximo é de 1 hora, podendo remover a partir de 40 minutos. Como o alginato tem baixa estabilidade dimensional e está sujeito a embebição, ele pode absorver a água do gesso, causando deformações. Mudanças na relação água pó no proporcionamento do alginato podem levar a quais alterações? Altera o tempo de presa, o que interfere nas propriedades finais do alginato, como resistência mecânica e elasticidade. Quanto mais água, maior o tempo de trabalho e maior o tempo de presa. Quanto mais pó, menor o tempo de trabalho e menor o tempo de presa. Qual o efeito da temperatura da água sobre o tempo de presa do alginato? E sobre as propriedades finais do alginato? O aumento da temperatura causa diminuição do tempo de presa sem alterar suas propriedades finais. Clinicamente, é possível minimizar adeformação permanente do alginato após sua remoção de áreas retentivas? Como? 1. Manter uma boa espessura de alginato 2. Respeitar o tempo de presa (aguardar 3 min após a geleificação do alginato e a perda de pegajosidade) 3. Armazenar em ambiente com 100% de umidade relativa 4. Remover a moldeira em um movimento único e rápido no longo eixo vertical Qual o significado de perda de brilho nas propriedades de gesso manipulado? Clinicamente, a perda de brilho significa que o material já está resistente o suficiente para receber gesso por cima desse modelo. É uma das características da presa úmida do gesso. Quais são os tipos de gessos odontológicos? Qual é a quantidade de água necessária para a reação química de cada tipo de gesso? Tipo I (moldagem) e II (comum) não são utilizados mais. Tipo III (pedra) – 30 a 35ml de água para 100g Tipo IV (pedra especial) – 18 a 22ml para 100g Tipo V (sintético) – 16 a 18ml para 100g Por que existe diferença no volume final de água requerido nas instruções de manipulação de cada tipo de gesso? Cada tipo de gesso é formado por um tipo diferente de hemidrato e quanto maiores e mais irregulares os cristais, mais água é necessária para manipulação do gesso. Os hemidratos são formados no processo de calcinação da gipsita, quando este é feito em forno aberto, formam-se os cristais beta, que originam o gesso comum, que requer mais água por serem largos, esponjosos e irregulares. Os cristais alfa são pequenos, densos, tem formas mais definidas e formam os gessos-pedras, sendo originados em forno fechado e requerem menos água. Já os cristais alfa modificado requerem menos água ainda, pois são formados em fornos fechados modernizados e possuem as partículas mais lisas e densas dos três tipos, formando o gesso- pedra especial. O que acontece com o excesso de água após a presa seca do gesso? Qual a consequência disso? O excesso de água faz com que o modelo fique com poros na sua estrutura, isso ocorre, pois a água que não reagiu com o pó vai evaporar após a presa e dar lugar aos cristais que já tomaram presa. Isso reduz a resistência mecânica do gesso. Faça um fluxograma das etapas de cristalização do gesso durante sua manipulação, descrevendo o que ocorre durante cada uma. Considere três possibilidades: submanipulação, manipulação no tempo correto e sobremanipulação. 1. Mistura = hemidrato + água formando gesso 2. Formação dos cristais 3. Expansão dos cristais 4. Formação dos núcleos 5. Liberação de calor Submanipulação: os cristais são formados muito facilmente, sobra água em excesso que evapora e gera poros após a presa, diminuindo a resistência Manipulação correta: espatulação por 1 minuto Sobremanipulação: os cristais quebram facilmente, fazendo com que eles tenham que formar novos núcleos de cristalização, acelera a presa e diminui a resistência, pois a estrutura cristalina é menos entrelaçada Quais as diferenças físicas e químicas entre o gesso comum e o gesso pedra? Não há diferenças químicas, em relação às diferenças físicas, o gesso tipo II (comum) é formado por partículas beta (cristais largos, esponjosos, irregulares) e requer mais água para a sua manipulação, sendo usados quando se requer menor precisão, como para modelos de estudo. Já o gesso tipo III (pedra) é formado por partículas alfta (cristais densos, pequenos e mais regulares), por isso, requer menos água e é usado para modelos antagonistas e de trabalho. Além disso, o gesso tipo III tem um tempo de presa maior que o do tipo II, teoricamente. Por que o gesso odontológico sofre expansão durante sua cristalização? Em qual etapa o cirurgião dentista deve atuar para minimizar a expansão significativa? O gesso sofre expansão por causa do crescimento dos cristais quando absorvem a água no processo de cristalização. O cirurgião-dentista pode minimizar essa expansão com um proporcionamento e tempo de espatulação corretos. Quais cuidados devem ser tomados em relação ao gral para alginato e gessos? As cubas devem ser separadas para cada material, pois os componentes podem interferir na presa um do outro (ex: sulfato de cálcio diidratado acelera a presa do alginato), por isso, as cubas também devem ser limpas e armazenadas corretamente. Pontos importantes da matéria: Alginato: é um material elástico (capaz de passar por áreas de relativa retentividade sem rasgar ou deformar) classificado como hidrocolóide (reação de presa se dá pela geleificação) irreversível (mudança química, não retoma ao estado original após a presa). o Composição: alginato de Na ou K (reagente), sulfato de cálcio diidratado (reagente), fosfato de sódio (controla a presa), fluoreto de potássio (acelera a presa), sílica (carga), glicerina (minimiza o efeito poeira) o Alginato de Na + sulfato de Ca = alginato de Ca (insolúvel) + sulfato de Na – a dissolução do alginato na água é muito rápida, mas a reação com o fosfato é preferencial o Proporção 1:1 – leva o pó na água o Tempo de trabalho: 1 min o Tempo de presa/geleificação: o Tipo I: 2-3 min o Tipo II: 3-4 min o Controle da presa: água fria aumenta e água quente diminui o tempo de trabalho e presa o Sinérese e embebição (baixa estabilidade) o Aplicações: modelo de estudo, de trabalho, de antagonista, placas de clareamento, aparelhos ortodônticos Gesso: sulfato de cálcio diidratado insolúvel o Reação de presa = reação de cristalização o Diminuição da presa: menor partículas de gipsita, menor relação água/pó (requer menos água), maior tempo de espatulação (dentro dos limites) e maior vigor de espatulação (dentro dos limites) o Tempo de espatulação: 1 min o Tempo de trabalho: 3 min o Presa úmida: 40 min – pode remover do molde o Presa seca: 24 horas – pode recortar o gesso o Aumentar a resistência: menor relação água/pó, maior tempo de espatulação – diminuir o conteúdo de água livre MATERIAIS DE MOLDAGEM ELASTOMÉRICOS Perguntas da prática: Defina os materiais de moldagem elastoméricos. São materiais de moldagem elásticos (capazes de passar por áreas de retentividade sem sofrer deformação ou rasgar) e irreversíveis (passam por uma reação química). São borrachas sintéticas formadas por polímeros sintéticos unidos por ligações cruzadas. São materiais com maior precisão, estabilidade e capacidade de reproduzir as estruturas. Cite os quatro tipos de elastômeros, dividindo-os de acordo com o tipo de reação química. Polimerização por condensação: silicone de condensação e polissulfeto Polimerização por adição: silicone de adição e poliéter Qual a principal diferença entre os tipos de reação de polimerização? Qual a propriedade influenciada por esta diferença e qual seu impacto clínico? A polimerização por condensação gera subproduto na sua reação química, o que não ocorre na polimerização por adição. A liberação de subproduto influencia na estabilidade dimensional dos materiais de moldagem, diminuindo a fidelidade e obrigando um vazamento de gesso imediato. Como determinar o tempo de trabalho e de presa dos elastômeros? O tempo de trabalho é o tempo que inicia com a manipulação do elastômero até a inserção do material na boca do paciente. Já o tempo de presa inicia com a manipulação e termina quando o material já está estável o suficiente para ser retirado da cavidade oral sem sofrer distorção significante. O tempo varia para cada material e é determinado pelo fabricante. Correlacione as propriedades de cada elastômero que levam a limitações de sua indicação ou forma de utilização. Polissulfeto: baixa estabilidade dimensional (libera subproduto – água), requer vazamento único e imediato, odor desagradável (presença de enxofre) Silicone de condensação:baixa estabilidade dimensional (libera subproduto – álcool etílico), requer vazamento único e imediato, hidrofóbico Silicone de adição: libera gás hidrogênio (esperar 1h para vazar o gesso) e tem polimerização inibida por compostos sulforosos (não usar luva de látex para manipular) Poliéter: altíssima rigidez, alto custo e não pode ser imerso em solução desinfetante Definir, para os elastômeros, material de moldeira e de moldagem. Material de moldeira: denso, não possui boa fluidez (não penetra copiando todos os detalhes), individualiza a moldeira de estoque Material de moldagem: material de moldagem propriamente dito, não reproduz os detalhes muito bem, pode ter consistência fluída, média ou regular, alta fluidez Cite duas técnicas de moldagem com elastômeros e aponte os passos clínicos e as principais características ao final da obtenção que indicam que o molde está adequado. Técnica da dupla mistura (única impressão, passo único): o operador manipula o material de consistência leve e o auxiliar o de consistência densa ao mesmo tempo, insere-se o fluido por toda a região e, imediatamente, insere-se o denso. Ao final do tempo de presa, ambas se soltam unidas sem rasgar e deformar. Técnica do reembasamento (dupla moldagem, dois passos): primeiro, manipula-se o denso e faz uma moldagem preliminar com essa consistência, depois, faz-se uma área de alívio nas regiões de interesse, nas quais coloca-se o material fluído e retorna a boca do paciente. Qual a importância do tempo de espera da presa clínica em boca? O tempo de presa permite que o elastômero sofra a polimerização e adquira suas propriedades de recuperação elástica e fidelidade de cópia. Após a obtenção do molde de silicone polimerizado por adição, por que devemos aguardar 1 hora para vazar o gesso? Pois o silicone de adição libera gás hidrogênio, deve-se aguardar 1 hora para haver toda a liberação do gás e evitar a formação de molhas no modelo. Como deve ser feito o processo de desinfecção dos elastômeros? Com exceção do poliéter, todos devem ser lavados antes e após a desinfecção e serem desinfeccionados com hipoclorito de sódio 1% por 10 minutos. O poliéter deve apenas ser lavado, sua desinfecção ocorre depois que o gesso é vazado, ou seja, apenas o modelo é desinfectado. Considerando apenas a forma de apresentação comercial, como diferenciar um PDS de um PVS? O PDS (silicone por condensação) é apresentado na forma de duas pastas (uma densa e uma fluida) e um catalisador. Já o PVS (silicone de adição) é apresentado como duas pastas densas (uma base e uma catalisadora) e duas pastas fluidas (uma base e uma catalisadora). Os elastômeros podem ser apresentados em várias viscosidades. O que determina essa diferença de viscosidade? Existe diferença química entre estes materiais de uma mesma marca comercial? A diferença de viscosidade se dá pela quantidade de partículas de carga inorgânicas na composição, quanto mais pesada, mais carga, mais resistente. Apesar de viscosidades diferentes, todos continuam sendo elastômeros de sua categoria e o tempo de presa não é afetado, logo, as propriedades químicas são as mesmas. Pontos importantes da matéria: 5 consistências: ultraleve, leve, média/regular, pesada, densa/massa o Ultraleve e densa apenas para os silicones de adição e condensação o Condensação não tem pesada o Polissulfeto é apenas leve e pesada Polissulfeto: o Média viscosidadade o Pasta base e catalisadora o Composição: base (polímero de polissulfeto, partículas de carga, plastificantes, enxofre) e catalisador (dióxido de chumbo, ácido esteárico e partículas de área) o Tempo de espatulação: 1min o Tempo de trabalho: 5-7min o Tempo de presa: 7-10min o Aplicações: moldagem com casquete Silicone de condensação: o Só manipula em dupla moldagem o Consistências leve (fluida) e massa (denso) o Duas pastas (densa e fluida) + catalisador o Composição: pasta base (PMS, partículas inorgânicas, ortoalquilsilicato) e pasta catalisadora (éster e óleos diluentes) o Tempo de espatulação: 30 a 45s o Tempo de trabalho: 2,5-4min o Tempo de presa: 6-8min Silicone de adição: o Pode usar as duas técnicas e usar automistura o Duas pastas densas (uma base e um catalisador) e duas fluídas (uma base e um catalisador) o Consistências: muito alta, alta, regular, baixa ou leve, muito leve o Composição: base (polímero de PVS, outros pré-polímeros e partículas de carga) e catalisador (sal de platina, pré-polímero, partículas de carga e agentes surfactantes) o Tempo de trabalho: 2-4min o Tempo de presa: 4-6min Poliéter: o 3 consistências (regular a mais usada) o Composição: base (polímero de poliéter, sílica, plastificantes) e catalisador (sulfonato de éster aromático, carga, plastificantes) o Aplicação: moldagem com casquete MOLDAGEM DE PREPARO RMF EM MANEQUIM E OBTENÇÃO DO MODELO TROQUELIZADO Perguntas da prática: Descreva a técnica da dupla moldagem passo a passo, a partir do proporcionamento do material de moldagem. Selecionar a moldeira – proporcionar o silicone de condensação (uma medida da pasta densa + catalisador encobrindo o raio) – moldar com o material denso – fazer o alívio nas áreas de interesse – dispensar o material fluído na moldeira – moldar novamente – obter o modelo Considerando a técnica da dupla moldagem, quais materiais podem ser empregados? Para cada material indicado, cite quais viscosidades podem ser utilizadas nessa técnica Silicone de condensação: denso, leve e ultraleve Silicone de adição: leve, ultraleve, pesado e denso O tipo de moldeira a ser utilizado tem alguma relação com o material de moldagem escolhido? Por que? E para a técnica do passo único? Sim, para materiais mais fluídos é necessário utilizar moldeiras individuais, pois o material não se adapta em moldeiras de estoque. Quando se deve utilizar o adesivo de silicone para uma moldagem? Quando o material não ficar retido na moldeira e escoar muito, evitando que a dimensão fique muito alterada. O adesivo aumenta a retenção e impede a movimentação do material. Qual a função do alívio realizado no material denso? Ele pode ser realizado ao longo de todo o molde denso, no caso de moldeira parcial? O alívio é realizado para o material fluído escoar melhor e copiar todos os detalhes com fidelidade, reduzindo as alterações dimensionais. O alívio deve ser realizado apenas na área de interesse, logo, não há necessidade de estender ao longo de todo o molde. Qual a importância de se utilizar a seringa para elastômeros? Quando seu uso pode ser dispensado? A seringa facilita a inserção do material fluído no local de interesse, além de manter as propriedades ao máximo e evitar a formação de bolhas pela compressão do ar. Pode ser dispensado quando a área a ser copiada com o fluído é pequena. Clinicamente, precisamos utilizar vaselina? Não, pois a saliva faz o papel de facilitar a retirada do material de moldagem sem grudar nos tecidos. Qual a consequência do excesso de pressão sobre a moldeira durante a moldagem com o silicone fluído? Prejudica a estabilidade e fidelidade de cópia do modelo, pois aumenta muito o escoamento e atrapalha a homogeinização. Qual o tempo de espera na boca do silicone fluido? Considerando a prática laboratorial, haveria diferença no tempo de espera durante a moldagem do manequim? Varia de 3 a 5 min. O tempo de presa é maior no manequim, pois na boca há variação da temperatura e da umidade. Qual o tempo de espera para o vazamento do gesso após a remoção da moldeira do manequim? Polissulfeto e silicone de condensação devem ser vazados imediatamente,silicone de adição após 1hr de espera e poliéter pode ser vazado em até 15 dias. Qual a propriedade do material de moldagem está relacionada com a indicação ou não do uso de anti- bolhas antes de vazar o gesso? Quimicamente, qual a função desse líquido? A capacidade de molhamento, que está relacionada com a hidrofilia e o ângulo de contato. Em materiais com baixo molhamento, ângulo de contato grande, ou seja, hidrofóbicos (como o silicone de condensação), deve-se usar o anti-bolhas. A função do anti-bolhas é melhorar o molhamento do material, facilitando o escoamento do gesso, que é feito à base de água. Quais as consequências do excesso de anti-bolhas no molde? Pode alterar a capacidade de cópia, pois forma uma película muito espessa que prejudica a anatomia e aumenta demais o escoamento do gesso. Durante o vazamento do gesso tipo IV, qual a importância de usar o vibrador de gesso? Explique a propriedade do gesso relacionada com essa etapa. O vibrador de gesso evita a formação de bolhas e torna a mistura mais fácil por compactar o gesso, alterando sua fluidez. Quando há pressão, o gesso fica mais fácil de manipular e tem menor tendência de formar bolhas. Qual o principal cuidado a ser tomado durante a etapa de vazamento utilizando o vibrador de gesso? Deve-se evitar a distribuição desigual do gesso e a formação de bolhas, para isso, deve-se colocar o gesso sempre na mesma extremidade do modelo e deixar ele escoar bem por toda a superfície, para depois ir adicionando mais camadas. Quimicamente, qual é o significado da perda de brilho do gesso tipo IV? E clinicamente, o que isso significa? Quimicamente, marca a transição do gesso do estado úmido para o seco. Clinicamente, significa que o gesso tipo III já pode ser vazado. Qual o motivo de se utilizar o gesso tipo III para finalizar a obtenção do modelo de trabalho? Por que não se confecciona todo o modelo em gesso tipo IV? O gesso tipo IV é mais caro e tem melhores propriedades, portanto, pode ser utilizado apenas na área que requer o modelo de estudo. Já o gesso tipo III, por ser mais barato, pode ser utilizado no corpo do modelo, que não precisa de detalhes. Qual o tempo mínimo e máximo para remoção do modelo de gesso do molde de silicone? Justifique sua resposta. O gesso pode ser removido com 40min, quando se tem a presa úmida, podendo ficar até 24hrs, que é a sua presa seca. Remover antes da presa úmida pode causar deformações ao modelo, pois não estará endurecido o suficiente. Remover muito após a presa seca pode alterar os detalhes, pois o gesso pode absorver a umidade. O que deve ser observado no modelo de gesso para avaliar se ele está adequado? O modelo não pode ter a presença de bolhas nem rachaduras, deve estar do mesmo tamanho que seu molde (não pode estar reduzido) e deve ter riqueza de detalhes anatômicos. Se o modelo der errado, eu posso vazar novamente no mesmo molde? Apenas se o modelo for feito de silicone de adição ou de poliéter, que são os materiais que permitem mais de um vazamento. Em que momento se procede o recorte do modelo para a separação do troquel? Qual o objetivo dessa etapa? Após a presa seca do gesso, ou seja, depois de 24 horas. O troquel é importante para observar o término do preparo e o vedamento marginal. ENCERAMENTO E TROQUELIZAÇÃO Perguntas da prática: Defina as ceras odontológicas e cite 4 tipos e respectivas indicações. As ceras são polímeros orgânicos constituídos por hidrocarbonetos, são materiais termoplásticos (quando aquecidas, plastificam) Tipo I: cera padrão baixo de fusão – usada na cavidade Tipo II: cera utilidade – material de apoio Tipo III: cera pegajosa – colocar o sprue no padrão de cera Tipo IV: cera para modelos de trabalho – enceramento progressivo Cite qual a principal composição das ceras odontológicas e limitações de uso São compostas por parafinas e cera de abelha, o que pode tornar a estrutura mais quebradiça (excesso de parafina) ou mais maleável (excesso de cera). Por isso, são materiais mais frágeis, com alto coeficiente de expansão térmica e que não podem ser esterilizadas. Qual a importância da lisura interna do enceramento? A qual princípio mecânico ela está diretamente relacionada? Está relacionada à retenção friccional criada pelas paredes opostas do preparo, que devem ser lisas internamente para melhorar a adaptação da peça. Com rugosidades, há menor retenção. Qual a importância da lisura externa do enceramento? A qual condição clínica está diretamente relacionada? A lisura externa garante menor retenção do biofilme, facilitando a higienização para o paciente. A qual princípio está relacionado o vedamento marginal do enceramento para RMF? Por que esse passo deve ser executado imediatamente antes da inclusão? O vedamento marginal está relacionado a integridade marginal do preparo, pois o cimento usado para cimentar a peça é solúvel na saliva e deve estar protegido do contato com a umidade. Deve ser feito antes da inclusão, pois o material sofre grande variação dimensional com a mudança de temperatura. INCLUSÃO Perguntas da prática: Após a remoção da fundição de dentro do cilindro de revestimento, limpeza e jateamento interno e externo da RMF, qual o primeiro ajuste que deve ser feito? Como executá-lo? Inicia-se com o processo de acabamento, o primeiro passo consiste na remoção das bolhas, que é executado com o uso de brocas esféricas. Por que devemos pintar com tinta o troquel na área do preparo cavitário? O troquel é pintado na fase da adaptação, para que seja possível observar as áreas que devem ser desgastadas para o acabamento e melhor adaptação da peça, a tinta auxilia a visualizar os pontos de contato. Ao colocar a restauração de forma passiva no troquel pintado e seco, se algum local na RMF apresentar transferência de tinta do troqel, o que fazer? Significa que essa região deve ser desgastada com a broca esférica, pois ainda não foram removidas todas as irregularidades. Após o corte do pino de canalização, qual a sequência de acabamento e polimento da restauração? O acabamento é feito com brocas carbide esféricas para remoção de bolhas, diamantadas para proporcionar lisura e evidenciação dos sulcos, sequência de borrachas e polimento com feltro e pasta de polimento. A adaptação de uma peça deve ser verificada sempre antes do acabamento e polimento, sendo necessário verificar o vedamento no troquel para conferir os contatos interproximais. Deve-se ter a adaptação do troquel, adaptação do modelo e adaptação em boca. RESINA ACRÍLICA Perguntas da prática: Cite os constituintes de cada componente e suas funções. Pó: esferas pré-polimerizadas de PMMA (reagente), peróxido de benzoíla (iniciador da presa), sais de cádmio ou ferro (dar cor a resina) Líquido: MMA não polimerizado (iniciador da reação), hidroquinona (inibidor da reação), glicol dimetacrilato de metila (agente de ligação cruzada) Por que são consideradas materiais poliméricos? Quais os tipos de ligação química ocorrem? Porque a reação química que ocorre é de polimerização, os monômeros de metacrilato se unem, formando os polímeros. Ocorrem ligações cruzadas. Qual o tipo de reação química, quanto à temperatura? Qual a consequência clínica? A reação é exotérmica (libera calor), como consequência pode lesar os tecidos periodontais e pulpar, requer cuidado do operador. Como ocorre a contração de polimerização? A contração de polimerização ocorre porque os monômeros isolados ocupam mais espaço do que quando formam os polímeros, portanto, quando se unem, ocorre diminuição do volume em até 8%. Alémda ativação química, quais tipos de ativação física podem ser usados? Ativação térmica (polimerização pelo calor), requer em torno de 65 graus, pode ocorrer em panelas elétricas ou micro-ondas. Quais são as 5 fases do processo de polimerização e os eventos que ocorrem em cada uma? Fase arenosa: pouca ou nenhuma reação, molhamento das microesferas pelo líquido, aspecto granuloso Fase pegajosa/fibrilar: dissolução das bordas das microesferas, aumenta a viscosidade, consistência de teia de aranha Fase plástica: saturação de PMMA em MMA, formando um material com consistência de massa de modelar – fase de trabalho Fase borrachoide: evaporação do líquido e recuperação elástica do gel Fase densa: mistura rígida e com resistência mecânica As resinas acrílicas possuem polimerização continuada. Por que e como isso ocorre? Ocorre porque o processo é exotérmico e contínuo, os iniciadores e aceleradores liberam o calor gradualmente para continuar promovendo a polimerização do material mesmo após a sua aplicação. A reação de polimerização não ocorre apenas na etapa de mistura e manipulação do material, continua ocorrendo após a sua aplicação, melhorando a adaptação. Cite quatro indicações da resina acrílica com justificativa para o uso. Restauração provisória: estética, melhorar a função do paciente, adaptar durante a espera PT e PPR: alta resistência, biocompatilibidade, estabilidade e retenção Material para moldeira: fácil manipulação Placa de bruxismo: fácil manipulação e alta resistência e durabilidade Confeccionar dentes de estoque: maior estabilidade dimensional e desempenho clínico Pontos importantes da matéria: o Duração de cada fase: aproximadamente 2 min, com exceção da borrachoide que dura 4. o Fase de trabalho: fase plástica o Tempo de presa: 12min em média
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