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PÓS-GRADUAÇÃO AO VIVO- DERMATOFUNCIONAL MÓDULO= ANÁTOMOFISIOLOGIA DO SISTEMA TEGUMENTAR, CARDIOVASCULAR E LINFÁTICO Professor(a): Dra. Nara Porto • Fisioterapeuta • Doutora em Ciências da Saúde – Universidade de Guarulhos- UNG- SP • Mestre em Ergonomia- UFPE • Especialista em Fisioterapia Dermatofuncional- COFFITO- ABRAFIDEF- FIR • Coordenadora Nacional da Escola de Saúde - GRUPO SER • Docente de Pós-graduações Conteúdo Programático do Módulo. • 1º Parte- Fisiologia e fisiopatologia do Sistema Tegumentar • Principais estruturas da pele e anexos • 2º Parte- Anatomo-fisiologia e fisiopatologia do sistema cardiovascular e linfático • Principais técnicas da Drenagem Linfática Qual a importância do Módulo? Entender os processos dos tecidos Embasar todos os outros módulos Garantir maturidade para raciocínio clínico e escolha do melhor tratamento/ técnica/ equipamento. Anatomia do Sistema Tegumentar • O nosso organismo é formado por diversos sistemas e órgãos que, em completa harmonia, garantem a saúde do nosso corpo. • O sistema tegumentar uni tecidos e sistemas em um único corpo humano. • Apresenta diversas funções, como proteger os nossos órgãos internos e estabelecer comunicação com o meio externo. • Basicamente, esse sistema é formado pela pele e seus anexos (glândula sudorípara, glândula sebácea, pelo e unhas), além de conter inúmeros receptores sensoriais responsáveis pelas sensações de calor e frio, além das sensações tácteis. PELE - ÓRGÃO • É o nosso maior órgão • Área média de 1.8 m2 • Corresponde a cerca de 16% do peso corporal • 80% de água • Espessura varia de 0,4 a 3 ou 4 mm Anatomia do Sistema Tegumentar Funções da Pele • Barreira e proteção • Barreira entre o organismo e o meio ambiente • Penetração de microorganismos e • Substâncias • Radiação Solar • Traumas • Barreira para materiais tóxicos e organismos estranhos • Evitar perda de água e eletrólitos • Metabólica • Síntese de vitamina D produzida pela pele através da radiação solar. • Regulação da pressão sanguínea e linfática Funções da Pele • Sensorial • Fibras nervosas sensitivas, principalmente ao tato • Fonte organizadora e processadora de informações • Mediadora de sensações • Termorregulação • Temperatura • Sudorese e rede vascular. • Reparo • Cicatrização de feridas Tecido Epitelial • Nutrição • Difusão através da membrana basal • Inervação • Terminações nervosas livres • Tipos de tecido epitelial • Epitélio de revestimento • Epitélio glandular (invaginações) • Epitélio glandular • Glândulas exócrinas • Glândulas endócrinas (desprendem para próprio organismo) Composição 3 estratos sobrepostos • Epiderme • Derme • Tecido Celular Subcutâneo (Hipoderme ) Epiderme : camada mais externa constituída por células epiteliais, avascular. Derme: é constituída de tecido conjuntivo , de nervos e vasos sanguíneos e tem função de regular a temperatura , sensibilidade e barreira mecânica Hipoderme : tecido subcutâneo constituído de gordura , artérias e veias e tem a função de amortecedor mecânico, isolante térmico , conservação de energia e mobilidade da pele Composição PELE - ESTRUTURA EPIDERME 4 estratos sobrepostos que refletem estados diferentes de maturação da queratina Estrato córneo Estrato granuloso Estrato espinhoso Estrato basal Epiderme • Epitélio escamoso estratificado • Camada basal • Camada espinhosa • Camada granulosa • Camada lúcida (palmas, Plantas). • Camada córnea Células da epiderme • Melanócitos • Células dendriticas, • Camada basal (5-10%) • Melanina- responsável pela cor da pele • Melanogênese: melanossomos • Maior densidade na face e genitária Queratinização • Sequência de eventos que ocorre desde a camada basal até a camada córnea, onde as células sofrem diferenciação (queratina), morrem e descamam na camada córnea. Queratinização • Esse processo leva cerca de 30 dias, então as células vão sofrendo alterações e em cada camada que passam, uma quantidade de queratina vai se acumulando, até perderem seu núcleo e na altura do estrato córneo onde as células são denominadas corneócitos sofrem seu processo de descamação natural. PELE – ESTRUTURA EPIDERME Estrato Basal • Queratinocitos basais • Melanocitos • Células Merckel • Faz a difusão dos nutrientes para os epitélios fornecendo assim nutrição Estrato córneo Estrato granuloso Estrato espinhoso Estrato basal Células da epiderme • Queratinócitos • Principais células epidérmicas (95%) • Ceratinócito basal • Células germinativas • Processo de renovação epidérmico (queratinização) • Unidas entre si através dos desmossomos. Células da epiderme • Melanócitos • Células dendriticas, • Camada basal (5-10%) • Melanina- responsável pela cor da pele • Melanogênese: melanossomos • Maior densidade na face e genitária Células da epiderme ESTRATO BASAL Células de Merckel • esparsas • ligação a terminações nervosas livres • papel sensorial Células da epiderme •Células de Langerhans •Células dendríticas •Camada basal (3%) •Função imunológica: Membrana basal • Membrana Basal • Junção dermo-epidérmica • Hemidesmossomas Prof. Nara Porto Derme • Tecido Conjuntivo • Derme papilar • Camada superior da derme • Papilas dérmicas • Derme reticular • Material fibrilar (F. colágenas, elásticas e reticulares) • Substância fundamental amorfa • Aloja apêndices epidérmicos, nervos, vasos e elementos celulares (fibroblastos, linfócitos, macrófagos e mastócitos) DERME • Tecido de suporte da epiderme à qual está intima/ ligada – membrana basal • Espessura variável • 0.6mm pálpebras • 3mm dorso • 2 zonas: derme papilar e derme reticular Derme= Tec. Conjuntivo •Células, •Fibras (elásticas, reticulares e colágenas) •Substância Fundamental Amorfa (SFA) •Anexos cutâneos •Vasos sanguíneos e linfáticos Tecido Conjuntivo • Células • Fibras elásticas, reticulares e colágenas • Substância Fundamental Amorfa (SFA) • Anexos cutâneos • Suprida por vasos sanguíneos, vasos linfáticos e nervos. Tipos de células do tecido conjuntivo • Fibroblastos (maior n° do tecido conj) • Mastócitos • Macrófagos • Adipócitos • Osteoblastos, • Condroblástos, • Células sanguíneas, etc. Fibroblastos • São as numerosas; • Produzem as fibras e substancias intercelulares; • Atuam no processo de reparo dos tecidos lesados. 1.Prós-colágeno: 2.Pró-colágeno é envolvido em vesículas de secreção no aparelho de golgi; 3.Deslocam-se para a membrana plasmática; 4.Passam por exocitose para o meio extracelular; 5.Polimerizam-se formando as fibras. Macrófagos • Células fagocitárias, • Podem formar células gigantes de corpo estranho, • Heparina- anticoagulantes; • Histamina- atuam na resposta alérgica e reações inflamatórias. • Serotonina- atyuam no processo inflamatório. • Leucócitos- vindas do sangue por migração através das paredes dos capilares e vênulas. Essa migração aumenta nos processos inflamatórios. Adipócitos • Armazenam gordura; • Formam o tecido adiposo. Anexos Cutâneos • Folículo pilossebáceo • Glândulas sudoríparas • Glândulas sebáceas • Unhas Tecido conjuntivo • Substância intercelular (produzida pelas células do tecido conjuntivo) • Fibras • Substância fundamentel amorfa (GAG + proteoglicanos) • Fibras do tecido conjuntivo • Fibras de colágeno • Fibras elásticas • Fibras reticulares Fibras de colágeno • Colágeno é uma proteína fibrosa e resistente que é produzida pelos fibroblastos e está presente em todos os órgãos; • Fibras de colágeno • São as mais numerosas: 30% de todas as proteínas corporais. Fibras do tecido conjuntivo • Fibras elásticas • Contém elastina • As moléculas de elastina organizam-se frouxamente permitindo seu estiramento; • São encontradas no tecido conjuntivo areolar frouxo, parede das artérias elásticas, glândulas mamárias, etc. Hipoderme • Tecido celular subcutâneo ou tecido adiposo • Adipócitos agrupados em lóbulos, separados por septos de colágeno.• Reservatório de calorias, • Protege contra traumas mecânicos, • Age como isolante térmico. Inervação • Corpúsculos de Pacine: sensibilidade á pessão, • Corpúsculos de Ruffine: sensibilidade ao calor, • Corpúsculo de Krause: sensibilidade ao frio, • Corpúsculos de Meissner: sensibilidade tatil, • Terminações nervosas livres: sensibilidade tátil, térmica e dolorosa. Irrigação sanguínea • Plexo vascular profundo, • Plexo vascular sub-papilar Anexos Cutâneos • Folículo pilossebáceo • Glândulas sudoríparas écrinas • Glândulas sudoríparas apócrinas • Unhas PELE - ESTRUTURA ANEXOS CUTÂNEOS Unha • placa dura de queratina densamente compactada • crescimento médio 0.1mm/24h unhas mãos; metade unhas pés PELE - ESTRUTURA ANEXOS CUTÂNEOS Unha • matriz • prato ungueal • leito ungueal • pregas ungueais / cutícula • hiponiquium PELE - ESTRUTURA ANEXOS CUTÂNEOS Glândulas Sudoríparas • Estruturas tubulares • Produzem secreção aquosa - suor • 2 tipos: • Écrinas • Apócrinas PELE - ESTRUTURA ANEXOS CUTÂNEOS Glândulas Écrinas • São invaginações epidérmicas • Universalmente distribuídas • ++ mãos / axilas / região frontal • Secreção mínima 0.5l / 24 horas • Composição : água / K / Na / cloretos / ureia / amónia PELE - ESTRUTURA ANEXOS CUTÂNEOS Glândulas Écrinas • Inervação fibras simpáticas colinérgicas • Estimulação psico/emocional e térmica • Importante na hidratação camada córnea essencial para a sua funcionalidade PELE - ESTRUTURA ANEXOS CUTÂNEOS Glândulas Écrinas • porção secretória enrolada profunda/ derme reticular • porção excretória verticalizada, atravessando D-E e abrindo na superfície cutânea PELE - ESTRUTURA ANEXOS CUTÂNEOS Glândulas Apócrinas • Resíduo filogenético das glândulas de odor sexual em mamíferos (feromonas) • Abrem-se nos folículos pilo-sebáceos e são maiores que as écrinas • Axilas / genitais / aréolas ++ • Inervação simpáticas adrenérgicas Folículo Pilossebáceo • Glândula sebácea, • Pêlo, • Folículo piloso, • Infundíbulo (abertura até a inserção da gl. Sebácea) • Istma (gl. Sebácea a inserção do m. eretor do pêlo) • Segmento inferior: bulbo piloso (papila) Glândulas Sebáceas • Glândula holócrina, • Sebum- lubrificar superfície cutânea, • Ativada por andrógenos, • Maior atividade na adolescência, • Todo tegumento (exceto palmas e plantas). PELE – FISIOLOGIA CRESCIMENTO PILOSO • É variável em função da localização • Cabelos 0.4 mm / 24 h • Sem sincronia • Cada pêlo é uma unidade funcional independente • Cíclico – Ciclo Pilar PELE – FISIOLOGIA CICLO PILAR 3 fases • Anagénese • Catagénese • Telogénese Adiposidade Localizada/ OBESIDADE E FLACIDEZ Obesidade • A Obesidade pode ser considerada como um aumento das reservas nutricionais, havendo desequilíbrio entre a ingestão de nutrientes e a necessidade diária dos mesmos (MASTOS et al, 2006). • É um distúrbio multifatorial: • Susceptibilidade Genética; • Distúrbios Hormonais, Metabólicos; • Sexo, Idade, Hábitos e estilo de vida; • Dieta e atividade física. Tecido Adiposo • A principal função do tecido adiposo é armazenar os triglicerídeos até que se tornem necessários para o suprimento de energia em outras partes do corpo (GUYTON, 2002). • Os adipócitos são cél. gordurosas especializadas em síntese e armazenamento de triglicerídeos, aumentam em n° (hiperplasia) até o início da adolescência. A (até 6x)ocorre por toda a vida. • Aumento 9kg em 3 meses= hipertrofia, a continuidade pode causar . (BORGES, 2010) • Lipólise Mecanismo que disponibiliza gordura corporal como energia. Tela subcutânea • Areolar superficial, adipócitos globulares e volumosos na disposição vertical. Vasos sanguíneos numerosos e delicados. • Lamelar células menores, alongadas e horizontais, vasos calibrosos, maior acúmulo lipídico. Flacidez Tissular Flacidez Muscular FIBRO EDEMA GELÓIDE É uma desordem localizada que afeta o tecido dérmico e subcutâneo, com alterações vasculares e lipodistrofia com resposta esclerosante. Derme Microcirculação Adipócitos Conceitos • Etiopatologicamente: • SFA= líquido coeso que banha o tecido conjuntivo. É formada por GAG´s. Têm uma capacidade hidrofílica. • Reação da SFA, decorrente de alterações no meio interno, levam a uma hiperpolimerização da SFA. • O edema decorrente do FEG, leva a uma hiperpolimerização da SFA. Isso ocorre pq o edema faz com o espaço intersticial reduza, fazendo com que as moléculas da SFA fiquem mais coesas, mais próximas levando a uma fibrose do tecido. (GUIRRO, 2002) Diferenças Entre Homem e Mulher HOMEM MULHER -Estrógeno Concentração de gordura redução da lipase. -Organização do tecido conjuntivo formação de nódulos Estrias Estrias • Definição: São atrofias lineares, algo sinuosas, dispõem-se paralelamente umas as outras e perpendicularmente às linhas de fenda da pele. • Classificação: Estrias Rubras Estrias Albas ENVELHECIMENTO CUTÂNEO Envelhecimento • Processo involutivo que acomete todos os tecidos orgânicos, constituindo um conjunto de alterações fisiológicas irreversíveis e inevitáveis. • A pele: • Alterações circulatórias; • Alterações na síntese protéica, • Alterações musculares. Fatores extrínsecos RADIAÇÃO UVA RADIAÇÃO UVB INFRAVERMELHOS FROUXIDÃO TECIDUAL TUMOR DE PELE ALT. VASCULARES FUMO (alt. Vasculares e Hormonais), Clima, poluição Nutrição, higiene. Fatores extrínsecos Distúrbios de Pigmentação Pigmentação • Hipercromias: São o excesso de pigmentação na pele causada por excesso de produção de melanina: • Efélides, • Cloasma • Nervus • Manchas senis • Acromias e hipocromias: • Vitiligo, • Albinismo, • Leucodermia actínica. Pigmentação • Efélides: máculas puntiformes de cor parda clara que escurece quando expostos ao sol,(sardas). Pigmentação • Melasma: são placas pigmentação que pigmentadas que parecem no rosto. Normalmente aparecem na gestação, podendo ou não desaparecer. Pigmentação • Nervus pigmentares: são nódulos formados por um aumento de melanócitos, que podem ser brandos ou duros. Pigmentação • Manchas senis: são máculas que aparecem no dorso das mãos ou na face, geralmente após os 50 anos. Pigmentação • Acromias: • Vitiligo: máculas acrômicas causadas por destruição dos melanócitos, de causa desconhecida que atinge principalmente as áreas expostas e ao redor dos orifícios. Pigmentação • Acromias: • Albinismo: ausência total ou parcial de coloração na pele, devido alterações genéticas na síntese de melanina. Pigmentação • Leucodermia actínica: são manchas hipopigmentadas ou acrômicas resultando da ação solar. Turgor • Turgor da pele: avalia o estado de hidratação da pele através de um pinçamento de pele. • Aumento do turgor- edema e excesso de panículo adiposo; • Diminuição do turgor- pessoas idosas ou desnutridas. Estamos em atividade • Se você entrou agora, a atividade está liberada de 11:00 até as 13:30, retornaremos do almoço 13:30, vocês terão esse tempo para responder o questionário de revisão de 30 questões e almoçarem. •Entre no: https://b.socrative.com/login/student/ • Quando perguntar o nome da sala ou Room Name coloque SERMELHOR (letra maiúscula e junto). • Depois ele vai pedir o seu nome. • Não tem cronômetro de realização, pode fazer com calma. • BOA ATIVIDADE!!! ANATOMOFISIOLOGIA DO SISTEMA LINFÁTICO Sistema Linfático oVia secundária de acesso, onde líquidos, proteínas e pequenas células do interstício voltam ao sangue e sistema venoso. oSistema fechado ligado a circulação sg. Sistema Linfático • Funções: • Manutenção do equilíbrio hídrico; • Absorção e transportes do exceso de líquido, proteínas e pequenas células; • 10-20% do líquido intersticial Linfa • Defesa do organismo (fagocitose/pinocitose);• Formação da memória imunológica. Principais características • São mais numerosos que os vasos sanguíneos; • Acompanham o trajeto dos vasos sanguíneos; • Não possui sistema bombeador próprio; • É um sistema de mão única; • Grande capacidade de regeneração Formação da Linfa STARLING Incolor, viscoso, 96% água. 15% do peso corporal. Semelhante ao plasma Contém leucócitos (pp. Linfócitos), poucas hemácias. Fatores de coagulação. Concentração protéica de 2g. Quilo – Linfa aspecto leitoso (vias linfáticas intestinais). Linfa Vasos linfáticos 1653 – Thomar Bartholin (1º.Trabalho) Linfáticos Iniciais Produção da Linfa Vasos Linfáticos Transporte da Linfa Dois Sistemas Linfáticos Maior Drena ambos quadrantes inferiores e Superior esquerdo 90% de produçãoda Linfa Menor Quadrantesuperior Direito 10% restantes delinfa Distribuição dos Vasos Linfáticos Linfáticos Iniciais Pré Coletores Coletores Ducto Torácico/ Canal Linfático Direito Linfáticos Iniciais Pequenos tubos em forma de dedo. Microscópicos Colabam facilmente – Frágeis Malha de redes capilares Não possuem válvulas e sim “pregas endoteliais” Linfa pode fluir em diferentes direções Mais volumosos do que os sanguíneos Possui filamentos de ancoragem – permitem fixação nos tecidos • – impedem colabamento (baixa pressão interna – 1 a 5 mmHg) Mesmo com um aumento de pressão no interstício, em decorrência de um edema por exemplo, os linfáticos iniciais são mantidos abertos Pressão baixa intersticial – portas linfáticas fechadas. Pressão intersticial alta – tração nos filamentosde ancoragem e portas linfáticas abertas. Formação da Linfa STARLING ULTRAFILTRAÇÃO Saem do vaso sanguíneo arterial: proteínas, O2, minerais. Absorção venosa Starling diz que 90% do líquido intersticial é absorvido pelo S.Venoso 10% restantes: proteínas de grande peso molecular (rodeadas de água) Absorção linfática As células do interstício empurram e tracionam os filamentos de Casley-Smith e entram no capilar linfático. Linfa enche todo o “linfangion” Ativa receptores da túnica adventícia. Linfangion se encurta e aumenta sua largura Propulsão da linfa Fluxo linfático (8 a 22x/min) Vasos Pré Coletores São os menores vasos linfáticos condutores Aprofundam-se verticalmente na pele e mucosas Desembocam nos vasos Coletores (paralelos à pele). Possuem fibras elásticas, células musculares e válvulas. Não possuem camada externa na sua parede, desta forma absorve fluidos do interstício. Na falta de um pré coletor, seu conteúdo pode ser escoado, através da rede capilar, para a região de entrada de um pré coletor vizinho, pois a direção do fluxo nos linfáticos iniciais pode ser invertida devido à ausência de válvulas. Vasos Coletores Correspondem aos longos caminhos linfáticos Possuem seus próprios vasos sanguíneos (vasa vasorum) Mais ricos em válvulas do que as veias Aspecto de colar de pérolas (quando cheios) Válvulas garantem fluxo em direção ao coração. Paredes semelhantes a dos vasos sanguíneos Linfangion: segmento de vaso linfático entre dois pares de válvulas (3 a 15mm). Distância entre as válvulas aumenta em direção ao centro, e a maior é no Ducto Torácico (4 a 8 cm) 10.000 a 15.000 linfangions em um adulto Troncos Linfáticos Ducto Torácico Ducto linfático direito O maior vasolinfático do corpo é o ducto torácico. Em um adulto tem o diâmetro de 2 a 4 mm, 40cm de comprimento, e possui 5 a 10 pares de válvulas. Ducto Torácico Vasos de MMII Vasos dos órgãos pélvicos e abdominais Parte superior do pulmão esquerdo Parte esquerda da região torácica e dorsal Confluência Venosa Esquerda Vasos do MSE Metade Esquerda da Cabeça e Pescoço Ducto Linfático Direito MSD Lado Direito da Cabeça e Pescoço Lado direito das regiões torácica e dorsal Tronco broncomediastinal Direito Anastomoses Ligações linfogênicas, que podem se tornar importantes desvios, em casos de obstrução do sistema linfático Localizadas nos vasos linfáticos cutâneos (fluxo reversível) Permitem transporte linfático no sentido contrário ao habitual. Anastomoses nas Extremidades S. Linfático Profundo S. Linfático Superficial Deste modo quase não há edema muscular, a linfa é pressionada para o plano suprafascial Anastomoses entre grandes feixes Feixe cefálico (lateral MMSS) – fluxo alternativo do antebraço para linfonodo infraclavicular (contorna o ombro) – importante na linfonodectomia axilar com interrupção dos vasos linfáticos basílicos. Região posterior da coxa – anastomose ciática – em casos de obstrução inguinal pode ser usada para desviar a linfa da perna para trajetos pré sacrais e após para ilíacos. Linfonodos localizam-se ao longo dos coletores A linfa passa por um deles ou vários Vasos linfáticos periféricos Transportam linfa para os linfonodos Vasos aferentes Vasos linfáticos centrais Transportam linfa dos linfonodos para S.Venoso Vasos eferentes Adulto – 500 a 600 linfonodos (100 a 150 na raiz do intestino) e 100 no pescoço. Com a idade não diminuem em número e sim em tamanho e acumulam gordura Número grande de infecções aumentam os linfonodos ou novos se formam São regenerativos, podem se formar após ressecções. Estão alojados no tecido conjuntivo frouxo, rico em lipídeos. Ordenados em grupos Extremidades com poucos linfonodos Linfonodos regionais Sistema linfático da cabeça e pescoço Localizam-se em ambas laterais, abaixo e acima do ECM (principais) Divididos em profundos e superficiais Superficiais para profundos 30 linfonodos ao longo da carótida interna e jugular. Os LN profundos cervicais inferiores recebem uma parte da linfa dos MMSS, ombro, tórax. Sistema Linfático do Membro Superior Vasos linfáticos superficiais, suprafasciais ou subcutâneos Vasos linfáticos profundos, subfasciais ou intrafasciais Os vasos linfáticos superficiais, que correm fora da fáscia muscular no tecido conjuntivo subcutâneo da região anterior do MS, tem uma capacidade de transporte de cerca de 80 a 90% do total do membro e são, por isso, mais importantes do que os vasos linfáticos profundos. Face ântero- medial do braço Feixe radialFeixe MédioFeixe Ulnar Rica em vasos linf. (6 a 8 coletores) Os Feixes se unem no cúbito formando o FEIXE BASÍLICO A linfa da pele do braço é coletada por vasos linfáticos que desembocam nos linfonodos axilares. Não há coletores linfáticos importantes na região posterior do braço. Vias linfáticas superficiais do tronco Vias linfáticas superficiais da mama Vias linfáticas alternativas do tronco Vias linfáticas alternativas da mama FISIOPATOLOGIA DO SISTEMA LINFÁTICO • Edema: acúmulo de líquido intersticial de composição aquosa. O sistema linfático consegue absorver e transportar adequadamente as grandes moléculas. • Linfedema: acúmulo de líquido intersticial rico em proteínas. No caso de comprometimento Linfático (insuficiência valvular, linfangites ou obstrução). Definição do linfedema Classificação: etiopatogenia SecundárioPrimário Alterações congênitas dos vasos linfáticos, linfonodos... Integridade dos vasos ao nascer. Sem doença Primário- Idade -Congênitos (surge antes do 2º ano de vida) -Hereditário (doença de Milroy) -Não hereditário -Precoce (entre 2 e 35 anos de idade) -Tardio (surge após 35 anos de idade LINFEDEMA • Classificação segundo a causa: • Linfedemas Primários: • Precoce: etiologia desconhecida; mulheres na puberdade. Deficiência na drenagem dos MMII. • Congênito: hipoplasia linfática, estrutura inadequada dos vasos linfáticos (linfangiectasia – dilatação anormal) e insuficiência valvular. (Doença de Milroy) Estágio clínico Agudo Crônico 0-Assintomático / subclinico I Reversível com repouso II Espontaneamente irreversível com repousoIII Elefantiase Secundários Todas doenças que afetam diretamente ou indiretamente o sistema linfático LINFEDEMA Linfedemas Secundários: Lesões teciduais; Filariose (parasitários); Insuficiência Venosa Crônica; Traumático; Recidivas de Erisipela, Linfangite ou Celulite; Linfadenectomia e/ou Ressecção de Vasos Linfáticos; Metástases de Tumores Malignos, Neoplásico. Por Fibrose Pós Radioterapia e Radiodermite. Infeccioso-microbiano. LINFEDEMA • Classificação segundo o grau de intensidade (Foldi) • Fase I: regride facilmente apenas com estímulo da circulação linfática; • Fase II: Espontaneamente irreverssível, atitudes terapêuticas mais intensivas, fibrose do fluido intersticial em certos pontos da região afetada; • Fase III: Grau elevado de fibrose linfostática com grave estagnação da linfa nos vasos e capilares; a pele apresenta alterações importantes, ressecadas, friável, coloração escura, aspecto de casca de laranja. Vulneráveis a infecções (erisipelas ou linfangites). Necessário acompanhamento vascular e da fisioterapia LINFEDEMA • Fase IV: chamado de elefantíase. Todas as alterações da Fase III com maior gravidade; total falência dos vasos linfáticos, insuficiência valvular leva ao refluxo linfático causando extravasamento para a pele (fístulas linfáticas e linfocistos). Necessário acompanhamento vascular e da fisioterapia Estágio clínico grau III- elefantiase 6 a 8 horas/dia Drenagem mecânica Drenagem Manual Mecanismos contenção Necessário acompanhamento vascular e da fisioterapia Estágio clínico grau III-elefantiase Linfedema subclinico Estágio clínico grau III-elefantiase Necessário acompanhamento vascular e da fisioterapia Tratamentos Pacientes Dr. Godoy Necessário acompanhamento vascular e da fisioterapia Estágio clínico grau III-elefantiase Necessário acompanhamento vascular e da fisioterapia Tratamento intensivo Necessário acompanhamento vascular e da fisioterapia Elefantíase HistóriaInspeção Exames Suspeita clínica Edema subclínico Erisipela de repetição Esvaziamento linfonodal Linfedema primário Congênito < 2 anos idade Linfedema primário Congênito < 2 anos idade 4 membros e face Linfedema primário Linfedema sindrômico Linfedema sindrômico Linfedema congênito Primário Congênito Surgiu < 2 anos de idade Piorou com a gravidez aos 16 anos Linfedema congênito precoce Primário Precoce Surgiu > 2 anos de idades Linfedema primário tardio Após 35 anos de idades Linfedema secundário Flebolinfedema Lipedema Não tem edema pés Lipedema= Disfunção Hereditária crônica da distribuição de gordura nas coxas e pernas, não atinge pés e nem glúteo. Afeta mulheres, não relacionado a peso excessivo. Acomete os dois membros, pode estar associado ao linfedema. Lipedema –linfedema Lipedema não envolve navegas Linfedema secundário trauma Drenagem linfática técnica Godoy & Godoy Drenagem linfática técnica Godoy & Godoy Baseada nos Conceitos da : -Anatomia -Fisiologia -Fisiopatologia -Hidrodinâmica Onde está a linfa ? Aumento Pressão Espaço intersticial Para onde caminham os coletores Neter Troncos linfáticos Troncos Lombares Troncos intestinais Ducto torácico Tronco jugular Ducto linfático direito Tronco brocomediastinal Tronco subclávio Troncos descendentes intercostais Como posso drenar coletores superficiais ? Para onde a linfa vai ? Coletores superficial Troncos: -Subclávio --Lombares --jugulares Drenagem linfática Divide em duas fases: Drenagem da linfa Hidrodinâmica Hidrodinâmica drenagem coletor Estudo in vitro Hidrodinâmica drenagem coletor Hidrodinâmica drenagem coletor Hidrodinâmica drenagem coletor Interferência da pressão gravitacional Manter capilar abertos válvulas Regras para drenagem pressão Pressão sugerida Formação da linfa in vitro -Compressão manual -sentido de drenagem dos coletores -Até chegar linfonodos correspondentes -pressão -velocidade A drenagem no sentido dos coletores gera: Como posso drenar coletores profundos: Como posso drenar coletores profundos: Atividade muscular Regras para drenar: Cuidados com o movimento: Regras 1-comprimir o vaso e deslizar sobre este no sentido de sua drenagem 3-Pressão exercida 2-Velocidade exercida Regras 4-Iniciar a drenagem nas regiões proximais e depois as distais Identificar as vias alternativas de drenagem quando necessário 5-Drenar o lado saudável depois o doente DLM -Constitui em: 1-Movimentos que levam ao colabamento dos vasos seguido de deslizamento sobre o mesmo 2-Aumento da pressão espaço intersticial - compressão 3-Atividade muscular passiva 4-Estimulo respiração 5-Aumento pressão abdominal Godoy & Godoy 2008 QMJ Outros estímulos O que é drenar Drenagem linfática global Drenagem linfática global Drenagem linfática global Drenagem linfática cabeça Drenagem linfática cabeça Drenagem linfática cabeça Drenagem linfática cabeça Drenagem Linfática Cabeça Drenagem Linfática de Membros Superiores Características dos vasos Fisiologia Unidirecionamento fluxo “Barreira limitante do fluxo” –Filtro Linfonodos dos MMSS • Linfonodos deltopeitorais; • Linfonodos Axilares; • Grupo lateral • Anterior ou Peitoral, • Posterior ou subescapular, • Central ou intermédio, • Medial ou subeclavicular. • Linfonodos Supratrocleares. Drenagem da Mama 1.Linfonodos Braquais 2.Linfonodos sub-escapulares 3.Linfonodos Peitorais 4.Linfonodos Centrais 5.Linfonodos sub-clávios 6.Linfonodos mamário internos 7.Linfonodos esternais. Trajeto da Linfa na Mama • Face Medial Linfonodos Esternais; • Face Superior Linfonodos Subclaviculares; • Face Lateral Grupo peitoral Fisiopatologia Estímulo cervical Principais vias de drenagem Principais vias de drenagem Principais vias de drenagem Principais vias de drenagem Prof. Dr.Ciucci JL, 2005. -Anatomia -Fisiologia -Fisiopatologia -Hidrodinâmica Critérios de desenvolvimento da técnica Esvaziamento axilar Compressão Via cefálica Via cefálica Via cefálica Via posterior Sequências de drenagem PROXIMAL AO LINFONODO Drenagem linfática de membros inferiores Drenagem linfática de membros inferiores Tipo de movimentos Velocidade Pressão Estímulo Cervical Godoy & Godoy 2008 QMJ Passam 8 a 20 coletores Anatomia 3 1 2 4 1-safena magna 2-ântero-externa coxa Correntes: 3-Linfonodos inguinais 4-Veia safena magna Ciucci-In Reabilitação linfovenosa Godoy 2005 Unidirecionamento do fluxo Obrigatoriamente devo drenar no sentido do vaso Velocidade de drenagem A linfa está dentro dos coletores Drenar deslocar linfa dentro coletor 2 11-Safena magna tibial 2-Safena magna femoral Ciucci-In Reabilitação linfovenosa Godoy 2005 3 1 2 1-Corrente interna coxa 2-Corrente postero-externa coxa 3-Linfonodos inguinais Ciucci-In Reabilitação linfovenosa Godoy 2005 2 5 4 1 3 3-Pudendo externo 2-Subcutâneo abdominal 1-circunflexo ilíaco 4-Safeno acessório 5-safeno magno Dr.Ciucci 2 4 3 5 1 1-Bifurcação nervo ciático 2-Linfonodo poplíteo 3-corrente interna safena 4-póstero externa da safena parva 5-vaso comunicante safena Magna/parva Ciucci-In Reabilitação linfovenosa Godoy 2005 RA Godoy- Drenagem Linfática de Tórax e Abdome Estímulo cervical Hipótese Contração linfangion Drenagem mama/ braço Drenagem contra-lateral Pós-operatório imediato Pós-imediato Compressão Compressão DRENA PARA AXILA Drena para axila Drena para axila Compressão região tórax e drena a corrente posterior Compressão região umbilical Compressão / drenagemVariações da Drenagem Linfática •Godoy •Leduc •linfoterapia LEDUC • Estímulos nos linfonodos iniciais e finais, • Manobras em Chamada, Reabsorção e Bracelete; • Movimentos lentos e rítmicos, • Proximal para distal, • Sem deslizamento, promovendo deslocamento da pele. LEDUC Drenagem dos MMII Drenagem da Região Cervical Drenagem do 1/3 inferior da face Drenagem do 1/3 médio da face Drenagem da região frontal MANOBRAS DOS CINCO PONTOS • Manobras de evacuação; • Estimula a cisterna do quilo por meio de exercícios respiratórios diafragmáticos associados a pressões manuais exercidas em 5 pontos na região abdominal; CONTRA-INDICAÇÕES • Inflamações e infecções agudas; • Edema cardíaco; • Edema por insuficiência renal; • Arritmias cardíacas; • Micoses (relativo); • T.V.P. na fase aguda; • Feridas infectadas;. Drenagem nas Cirurgias Estéticas Drenagem de Mama Fisiologicamente Pós- Mamoplastia Drenagem Abdomen Fisiologicamente Abdominoplastia Lipoaspirações Drenagem semelhante á drenagem fisiológica; Observar locais de maior congestão linfática; Manobras em “S” para as fibroses; Atenção aos seromas presença de dor intensa em alguns casos; Paciente deve sentir alívio e não dor; Frequência maior nos primeiros dias. Linfonodos da Cabeça e Pescoço • Occipital; • Auricular posterior; • Auricular anterior; • Parotídeo; • Facial; • Submandibular; • Submentoniano; • Cervical. Ritidoplastias Fisiologicamente Ritidoplastia Pós-operatório x drenagem • Pós-operatório não se resume a Drenagem; • Avaliação constante, em todas as sessões; • Modificação da terapia em cada sessão; • Se possível a mesma terapeuta em todas as sessões; • Registro fotográfico é de extrema importância; • Contato com o Cirurgião Plásticoretorno; • Ética profissional em relação a resultados; • Evitar exposição da cliente; Orientações para Pacientes • Evitar exposição solar; • Uso regular da cinta ou sutiã cirúrgico; • Observar o tamanho da cinta e marcar ajustes; • Orientar para ingestão excessiva de água; • Evitar ingestão de sódio; • Posicionamentos ao dormir e no dia-a-dia; • Sempre consultar seu médico. DRENAGEM LINFÁTICA EM GESTANTES Dlm em Gestantes • Apenas após o primeiro trimestre contra-indicado qualquer procedimento que aumente ou acelere metabolismo. • Principal POSICIONAMENTO • Do 4° ao 6° mês Decúbito Dorsal e lateral Dlm em Gestantes • Do 6° mês em diante Decúbito Dorsal elevado 45° e Lateral Esquerdo exclusivamente. • Peso do bebê faz compressão veia cava inferior, que passa pelo lado direito e faz o retorno venoso, além das artérias de nutrição do bebê também ficarem comprimida no decúbito dorsal reto ou no lateral direito. Reabilitação Linfática na Oncologia Cirurgias oncológicas • Câncer de mama • Câncer de testículo • Câncer de cabeça e pescoço • Câncer bucal • Câncer de pele • Dentre outros... Tumores Benígnos da Mama • Precisam ser investigados também (punção e biópsia); • Frequentemente ocorrem em mulheres jovens; • Mais comuns: • Fibroadenoma • Mais frequente em mulheres jovens e negras, • Nódulo firme, de consistência fibroelástica, bem delimitado e móvel. • Lipoma • Derivado do tecido adiposo • Quando apresenta-se em grandes volumes, o tratamento é cirúrgico. Tem consistência macia e seus limites nem sempre são bem evidenciados. • Hamartoma • Componente epitelial, conjuntivo e gorduroso, apresentando-se como uma lesão firme e circunscrita Câncer de Mama • Embora muito se tenha avançado, a incidência de câncer de mama ainda é preocupante. 2º maior no mundo e 1º entre as mulheres. • Além de ser heterogênica, com manifestações e repercussões clínicas variáveis, a doença tem impacto psicológico importante desde o diagnóstico até o tratamento e expectativa de vida. Câncer de Mama • A cirurgia constitui uma das etapas mais importantes no tratamento, incluindo remoção do tumor e dos tecidos adjacentes e quase sempre, esvaziamento axilar. . • Os parâmetros para o tratamento levam em consideração: • Características do tumor; • Características da paciente; • Fase do diagnóstico. Tratamento radical • Mastectomia radical- 1894- William Halsted • Retirada das glândulas mamárias, dos músculos peitorais (maior e menor), seguindo-se de esvaziamento axilar. • Mastectomia radical modificada • Retirada das glândulas mamárias, preservando ou não o músculo peitoral, seguindo-se de esvaziamento axilar. • Mastectomia periareolares • Mais estéticas • Faz a ressecção de toda a glândula mamária e abordagem adequada da axila. Tratamentos conservadores • Já entende-se que são cirurgias também segurança. • Tumores de até 3cm. • Associados a radioterapia. • Tumorectomia- Remoção do tumor com margens livres, esvaziamento axilar. • Quadrantectomia- Retirada do quadrante mamário onde se localiza o tumor, com margens de segurança, e boa parte da fáscia e músculo. • Quando associada a esvaziamento axilar e radioterapia têm se mostrado eficaz. Radioterapia • Objetiva destruir as células de câncer. • O princípio é semelhante a quimioterapia, interferindo nas moléculas de DNA, os raios ionizantes bloqueiam a divisão celular ou determinam sua destruição. • Se restringe a área tratada, sendo local e regional. • Os efeitos colaterais dependem das doses: • irritação, queimadura de pele, inflamação das mucosas, queda de cabelo nas áreas irradiadas e diminuição nas contagens de células sanguíneas. Quimioterapia • Os quimioterápicos são drogas que, ingeridas ou injetadas nas veias, músculos ou sob a pele do paciente, determinam danos às células tumorais. • Bloqueiam reações químicas comuns ao tumor e aos tecidos sadios efeitos colaterais frequentes. • Atuam em diversas etapas do metabolismo celular, , geralmente interferem na síntese de DNA, agredindo células de divisão. • Efeitos colaterais: • queda na produção de células do sangue reduz a disposição a atividades físicas, torna-o vulnerável a infecções e sangramentos. • Inflamações no trato digestivo (mucosite) aftas ou diarréia • Queda do cabelo pela ação da droga na raíz. Dissecção axilar • Dissecção axilar: • Linfadenectomia dos três níveis axilares • Cirurgias conservadoras da axila • Linfonodo sentinela(primeiro linfonodo que drena o tumor) • O linfonodo é ressecado e estudado para avaliar o comprometimento metastático, e quando é positivo, realização o esvaziamento axilar nos 3 níveis. • Se negativo, não há dissecção 1% Micropigmentação 3D Complicações do pós-operatório • Apesar das cirurgias mais atualizadas e conservadoras, ainda ocorre: • Lesões Nervosas • Síndrome dolorosa • Síndrome da Rede axilar • Seroma • Disfunção do Ombro • Limitações pós radioterapia • Linfedema SÍNDROME DOLOROSA PÓS- MASTECTOMIA (SDPM) • Caracteriza-se por dor crônica que se inicia após mastectomia ou quadrantectomia, localizada na face anterior do tórax, axila e/ou na face interna superior do braço e que persiste por período superior a três meses após a operação. • A queixa dolorosa pode ter início em horas após a lesão do nervo ou, semanas ou meses após o procedimento cirúrgico. SÍNDROME DOLOROSA PÓS- MASTECTOMIA (SDPM) • A causa ainda não está clara e acredita-se ser multifatorial e está relacionada à retirada ganglionar da axila que por sua proximidade, pode lesionar de nervos que passam na axila. • Essa lesão pode ser durante o procedimento cirúrgico, ou por envolvimento do nervo pelo tecido em cicatrização ou por hematomas, ou pelo posicionamento com os braços abertos durante a cirurgia, ou pelo contato direto da porção interna do dreno com a parede do tórax, ou por descuido médico. SÍNDROME DOLOROSA PÓS- MASTECTOMIA (SDPM) • Os nervos frequentemente comprometidos são os que se distribuem na parede torácica: o toracodorsal, o peitoral medial, o peitoral lateral, o torácico longo, o intercostobraquial, sendo a lesão deste nervo a principal lesão nervosa detectada na SDPM. • O quadro clínicodessa síndrome depende do nervo lesado. • Quando a lesão é dos nervos peitoral medial e peitoral lateral ocorre paralisia do músculo peitoral maior e consequentemente atrofia da parede anterior do tórax. • Se a lesão for do nervo torácico longo acarretará paralisia do músculo serrátil anterior, sendo, neste caso, relatada pela paciente dor no ombro em repouso e identificada ao exame físico presença de escápula alada. • Havendo lesão do nervo toracodorsal, o músculo grande dorsal sofrerá paralisia, resultando em fraqueza para fechar e realizar rotação interna no ombro. SDPM • A frequência da síndrome dolorosa pós-mastectomia é alta, variando entre 20 e 50%. • A presença da dor dificulta a realização dos trabalhos domésticos e atividades de vida diária, de maneira geral. • Há relatos que a dor interfere no ato de dirigir, no cuidar dos filhos, no lazer e na atividade sexual; resultando em prejuízo na qualidade de vida das portadoras dessa síndrome dolorosa. SDPM • O fisioterapeuta irá ajudar a posicionar o membro desde o pós operatório, prescrever o uso de tipoias se necessário e programar a sua recuperação funcional. • O tratamento fisioterapêutico será feito através de técnicas de fortalecimento e alongamento muscular. • Também utilizamos técnicas para o estímulo nervoso dessas áreas e dessensibilização da pele com gelo, diferentes tipo de texturas e também com eletroterapia para analgesia. SDPM • O uso de taping elástico funcional (kinesiotaping) é uma ferramenta valiosa para estabilizar as articulações e estimular a funcionalidade. Laserterapia pode ser utilizada no trajeto nervoso visando a cicatrização e regeneração tecidual. Se houver pontos gatilhos dolorosos ou síndrome miofascial, que é aquela sensação de endurecimento muscular com dores agudas que irradiam pelo membro ou pescoço, podemos utilizar técnicas de manipulação miofascial, pompagens e massoterapia. SDPM • A recuperação do nervo (se não houver lesão total) pode ocorrer no período de um mês até dois anos, durante esse período é imprescindível acompanhar com um fisioterapeuta para evitar futuras complicações no ombro como bursites, tendinites, ombro congelado e contraturas musculares devido à instabilidade articular e posicionamento compensatório muscular. Síndrome da rede axilar • É uma complicação decorrente da cirurgia do câncer de mama. • É caracterizada por um ou mais cordões que podem iniciar na parede do tórax, passar pela axila e seguir até a base do polegar. Muitas vezes são mais facilmente visualizados abaixo da axila. Perda da amplitude de movimento • Dor na incisão; • Adesões na parede torácica • Hipersensibilidade e proteção muscular reflexa • Fraqueza temporária ou permanente dos músculos da cintura escapular. O que é funcionalidade para você? Fisioterapia no Pós-operatório de Câncer de Mama • Atuações • PRÉ-OPERATÓRIO • PÓS- OPERATÓRIO IMEDIATO • PÓS-OPERATÓRIO TARDIO PRÉ-OPERATÓRIO • Tensão reflexa na região cervical e nos ombros em detrimento da notícia do diagnóstico; • Identificação de alterações posturais e quando possível correção; • Ajustes articulares; • Anamnese completa, avaliação de força muscular, padrões respiratórios, funcionalidade dos membros, amplitude dos movimentos, perimetria dos MMSS. • Esclarecer as dúvidas e orientar. PÓS-OPERATÓRIO IMEDIATO • Exercícios que visem a função dos membros • Reeducação respiratória • Mobilização ativo assistida e ativa dos MMSS • Mobilização tecidual (evitar fibrose e aderências) • Drenagem linfática • FNP ou PNF • Deambulação precoce • Controle da dor com TENS • Tapping PÓS-OPERATÓRIO IMEDIATO • Evitar posturas antálgicas • Evitar respiração de defesa • Melhorar a expansibilidade e elasticidade torácica • Prevenir acúmulo de secreções • Profilaxia à tendência à retração da cicatriz • Manutenção das ADM´s • Manter o trofismo e força muscular • Redução das algias • Prevenção da formação do linfedema • Normalizar as alterações e sensibilidade • Reeducação postural PÓS-OPERATÓRIO TARDIO • Reestabelecimento das funções e atividades de vida diária • Alongamento da cintura escapular e MMSS associado a padrões respiratórios • Exercícios ativos e ativos assistidos • Exercícios resistidos para tronco, MMSS e abdome- desempenho muscular • Drenagem linfática e terapia manual • Tape Linfático • Reeducação Postural Tapping na Síndrome da rede axilar Linfedema de Membro Superior • Cada vez menos incidente- cirurgias mais conservadoras • Aumento do volume do membro • Limitação de amplitude • Peso do membro Fatores que devem ser evitados na prevenção de linfedema • Evitar feridas provocadas no braço (tesoura, alicate, fogo) • Evitar raspar ou depilar a axila (preferir barbeadores elétricos) • Evitar aferir pressão no braço ipsilateral • Evitar injeções, vacinas, acupuntura ou retirada de sangue • Não tirar cutículas ou calos, cortar as unhas cuidadosamente • Não pegar peso ou fazer esforço • Evitar trabalhos repetitivos • Evitar Sol excessivo ou ambientes muito quentes (sauna) • Manter a pele hidratada • Se proteger de picadas de mosquitos • Ingerir bastante líquido Fisioterapia Complexa Descongestiva • É padrão ouro na prevenção de linfedemas • É dividido em 2 fases: • 1º tem objetivo de mobilizar o excesso de líquido e iniciar a regressão das alterações fibroescleróticas; • 2º ajuda a impedir um novo acúmulo de líquidos no espaço intersticial e continua evitando fibrose. • Drenagem linfática Manual • Enfaixamento Compressivo • Exercícios Linfocinéticos • Cuidados Gerais. ENFAIXAMENTO Reeducação Funcional de Cintura Escapular e Membro Superior • Importância: • Contratura pós diagnóstico • Posição no bloco cirúrgico de hiperextensão do membro • Controle da dor • Prevenção de limitações • Evitar dores durante a radioterapia pela postura • Realinhamento articular Do P.O 0 ao P.O. 15 • Exercícios posturais simples • Exercícios dinâmicos (respiratórios, membros superior e cervical) • Exercícios globais menos específicos Exercícios posturais simples • Exercícios de amplitude reduzida • Movimentos escapulares livres • PNF escapular https://www.youtube.com/watch?v=6yrV8Dx2p1s Exercícios dinâmicos • Preferencialmente de forma ativa podendo ser assistida nas primeiras tentativas. • Tem como objetivo preparar o paciente para os exercícios sem dor. Exercícios Globais • Objetivando equilibrar a coluna como um todo. Do P.O 15 em diante Síndrome da rede axilar x fibrose • Fibrose pós cirúrgica • Síndrome da rede axilar Síndrome da rede axilar CINESIOTERAPIA E FACILITAÇÃO NEUROMUSCULAR PROPRIOCEPTIVA (PNF) • Dra. Nara Porto MOVIMENTO É VIDA • Pós operatório não é sinônimo de repouso absoluto. • Exercícios de bomba muscular • Alongamentos do tecido • Caminhada • Orientação postural • Exercícios respiratórios Alongamentos funcionais TERAPIA MANUAL • Dra. Nara Porto TERAPIA MANUAL NA REABILITAÇÃO • MOBILIZAÇÃO TECIDUAL • PREVENÇÃO DE IRREGULARIDADES • MANTER A FUNCIONALIDADE DO TECIDO CASO • N.A.P- 34 anos, 1 filho. Descobriu o câncer de mama após sentir dores na mama direita. Após exames de imagem descobriu um nódulo na mama direita e 2 na esquerda. Fez punção e recebeu o diagnóstico de câncer malígno em ambas as mamas. Com esse diagnóstico, seus médicos iniciaram o tratamento com Quimioterapia e na sequência resolveram fazer a linfadenectomia de ambas as axilas e mastectomia radiacal de ambas as mamas. Na ocasião, aproveitaram e fizeram a colocação de uma prótese de 100ml para preenchimento, uma vez que tinha pouca pele para uma prótese maior. Com 2 dias de Pós operatório, a paciente procurou a fisioterapia. Diante do caso, responda: 1- Quais as abordagens da fisioterapia no pós imediato? E descreva as técnicas utilizadas e as orientações que devem ser dadas. (Vocês precisarão demonstrar) 2- Caso a paciente apresente descência da cicatriz, quais as abordagens possíveis? 3- Caso a paciente apresentelindefema de MMSS, qual fator fará escolher entre enfaixamento e linfotapping? 4- No pós operatório tardio, quais as suas abordagens e objetivos terapêuticos? 5- Quais os direcionamentos corretos do linfotapping nesse caso. 6- Quais os exercícios de cinesioterapia deve ser realizado em cada etapa da reabilitação? Fisioterapia Vasculares INSUFICIÊNCIA VENOSA Varizes • Varizes são veias tortuosas e dilatadas que podem aparecer em qualquer região do corpo, sendo as pernas (e, algumas vezes, os pés) as áreas mais afetadas. • Embora usualmente consideradas apenas como uma questão estética, as varizes são um indicativo de má circulação venosa que pode, em casos mais graves, evoluir para insuficiência venosa crônica e provocar uma série de danos à saúde. • Telangiectasia: popularmente conhecidas como “vasinhos”, as telangiectasias são pequenas veias superficiais, de calibre inferior a 2 mm, localizadas logo abaixo da pele e que apresentam coloração avermelhada ou azul. • Região das pernas e da face, podendo apresentar disposição linear ou sinuosa, bem como formar emaranhados ou exibir aspecto aracneiforme – também chamadas de “aranhas vasculares”. • Não provocam prejuízos graves à saúde vascular, porém, podem comprometer a aparência estética da pele; • Varizes reticulares: também localizadas na superfície da pele, as varizes reticulares medem entre 1 e 3 mm de diâmetro, apresentam coloração azulada ou esverdeada, e podem aparecer juntas formando um aspecto de rede. • Não resultam em sintomas clínicos evidentes, no entanto, podem provocar sensação de peso, cansaço e desconforto das pernas; • Varizes tronculares: são consideradas o tipo mais grave e, por isso, exigem tratamento imediato. Apresentam aspecto dilatado, inchado e tortuoso (“veias saltadas” na pele, de coloração azul arroxeada), com cerca de 4 mm de diâmetro e bem visíveis. • Além de afetar a estética da pele, estas varizes indicam um problema na saúde vascular: a insuficiência venosa. • Além de sintomas como cansaço e peso demasiado dos membros inferiores, de acordo com o grau de severidade e o risco que oferecem, as varizes tronculares podem também provocar edema na região afetada ou nos tornozelos, coceira, vermelhidão e sensação de queimação. • Os sintomas podem evoluir para o aparecimento de eczemas e ulcerações dolorosas e profundas, ocasionando extremo desconforto na região afetada. A presença de varizes tronculares pode, também, favorecer a ocorrência de flebite ou tromboflebite – inflamação de veias superficiais devido à formação de coágulos sanguíneos. Varizes Cirurgias Vasculares Pontos de fibrose ERISIPELA x CELULITE Erisipela x Celulite • Erisipela e celulite são dois tipos de infecção na pele. • As duas causam vermelhidão, dor e inchaço. A diferença entre elas é profundidade que a infecção atinge. • A erisipela atinge as camadas mais superficiais da pele e a celulite atinge as camadas mais profundas e também, a camada de gordura que fica embaixo da pele. • Tanto a erisipela quanto a celulite ocorrem quando bactérias penetram na pele. Estas bactérias, que são parte da flora bacteriana, vivem normalmente na pele saudável sem causar problemas. Se há um corte ou ferida, as bactérias podem penetrar na pele e causar infecção. Prováveis causas • Algumas situações aumentam a chance de se ter erisipela ou celulite: • Ter um corte no pé • Ter ferida no pé ou na perna • Ter micose (fungos) entre os dedos • Ter inchaço na perna • Estar acima do peso Erisipela • É um processo infeccioso da pele, que pode atingir a gordura do tecido celular, causado por uma bactéria que se propaga pelos vasos linfáticos. Pode ocorrer em pessoas de qualquer idade, mas é mais comum nos diabéticos, obesos e nos portadores de deficiência da circulação das veias dos membros inferiores. • Diagnóstico clínico Sintomas da erisipela • Febre alta e calafrios; • Dor de cabeça; • Náuseas e vômito; • Feridas vermelhas na pele, inflamadas e doloridas; • Sensação de queimação na região afetada; • Manchas vermelhas com bordas elevadas. Referências Bibliográficas • BALBINO, C. A., PEREIRA, L. M., CURI, R. Mecanismos envolvidos na cicatrização: uma revisão. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas. vol. 41, n. 1, jan./mar., 2005. • GUIRRO, E. GUIRRO, R. Fisioterapia Dermato Funcional. Fundamentos, recursos e patologias. 3 ed. São Paulo: Manole, 2006. • KEDE, M.P.V.; SABATOVICH, O. Dermatologia Estética. São Paulo: Atheneu, 2004. • BORGES, F dos S. Modalidades Terapêuticas nas disfunções estéticas; São Paulo, Phortes, 20115. • JUNQUEIRA, L.C.;CARNEIRO, J. Histologia Básica. 10ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004. OBRIGADO(A) naraporto.fisio@gmail.comProfa. NARA PORTO@dra.naraporto