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1 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 7°P MEDICINA Glomerulopatias PROBLEMA 1M3 – “PENEIRA RUIM” Heitor quase sentiu “o chão tremer sob seus pés”. Como assim? Pressão arterial de 190x100mmHg? E sem sentir nada?? Ele realmente não podia acreditar que estava hipertenso aos 26 anos. Não estava acima do peso, não tinha qualquer outra doença e não se alimentava mal. O Heitor decidiu procurar o melhor cardiologista da cidade e, depois de uma bateria de exames, ouviu o médico dizer que o filtro dos rins estava com defeito, deixando passar sangue e proteínas demais. Então o paciente ficou pensando o que significava aquilo... ficou ansioso para consultar o novo especialista indicado, pois havia muitos questionamentos! Quais exames seriam necessários para o seu diagnóstico? O que ele tinha feito para pegar essa doença? Como poderia trata-la? Seria uma doença contagiosa? INSTRUÇÃO: Como diagnosticar e tratar as doenças que afetam a barreira de filtração glomerular? Como reconhecer precocemente as doenças glomerulares e evitar suas complicações? REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 1. Riella, Miguel Carlos. Princípios de nefrologia e distúrbios hidroeletrolíticos. 6.ed – Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018. 1. 136p.: il; 28cm. ISBN 978-85-277- 3325-0; 2. Glomerulopatias: patogenia, clínica e tratamento/ Rui Toledo Barros... [et al]. --- 3.ed – São Paulo: SARVIER, 2012; 3. Princípios básicos da nefrologia [recurso eletrônico] I Organizadora, Sílvia Titan. - Dados eletrônicos. – Porto Alegre; Artmed, 2013. ISBN 978-85-65852-39-5; 4. KDIGO Clinical Practice Guideline for Glomerulonephritis. Kidney Int Suppl (2012) 2, 156-162; 5. Schrier’s diseases of the kidney. – 9th ed. / edited by Thomas M. Coffman ... [et al.]. QUESTÕES DE APRENDIZAGEM: 1) Descrever a anatomia dos rins e a fisiologia da filtração glomerular; 2) Entender as doenças glomerulares enfatizando a importância do reconhecimento e interpretação de hematúria e proteinúria nos exames. 3) Definir síndrome nefrótica e caracterizar as principais doenças que se manifestam como síndrome nefrótica, quanto aos aspectos epidemiológicos, etiológicos, clínicos e tratamento. 4) Definir síndrome nefrítica e caracterizar as principais doenças que se manifestam como síndrome nefrítica, quanto aos aspectos epidemiológicos, etiológicos, clínicos e tratamento. 5) Analisar os aspectos gerais referentes à investigação etiológica das doenças glomerulares esclarecendo as indicações de biópsia renal. DISPARADORES: https://www.spsp.org.br/site/asp/recomendacoes/Re c88_Nefro.pdf http://conitec.gov.br/images/Protocolos/PCDT_Sindr omeNefroticaPrimariaAdulto.pdf https://www.youtube.com/watch?v=eDbl7inE7wo TESTE DE GARANTIA DE PREPARO INDIVIDUAL: 01) No ser humano, cada rim é constituído por cerca de um milhão de néfrons, sendo o néfron a unidade funcional do rim. Correlacione cada segmento do néfron com sua respectiva função: a) Aparelho justaglomerular secreção de renina b) Tubulo coletor - reabsorção de hidrogênio c) Tubulo distal - produção de amônia d) Alça de Henle - reabsorção de aminoácido https://www.youtube.com/watch?v=eDbl7inE7wo 2 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 7°P MEDICINA E) Glomérulo -secreção de ADH Alternativa A: Correta. O aparelho justaglomerular é sensitivo às concentrações de sódio no fluido tubular, secretando renina em resposta à redução nos níveis desse íon. Alternativa B: Incorreta. O hidrogênio é reabsorvido pela alça de Henle e pelo túbulo contorcido proximal. Alternativa C: Incorreta. A produção de amônia é realizada em qualquer porção do néfron. Alternativa D: Incorreta. A reabsorção de aminoácidos é feita pelo túbulo contorcido proximal. Alternativa E: Incorreta. A secreção de ADH é feita pelo hipotálamo. Anatomia renal: Caminho do sangue: O caminho que o sangue percorre até o momento de Filtração nos rins se dá pelo seguinte percurso: ◦ primeiro ele sai da artéria aorta abdominal pelas artérias renais em direção aos rins, entrando neles pelo hilo renal; ◦ já dentro dos rins, se ramificam em artérias segmentares, e depois em artérias interlobares seguindo em direção ao córtex renal pelas colunas renais; ◦ ao chegar o nível da base das pirâmides renais essas originam, perpendicularmente, as artérias arqueadas que contornam as bases das pirâmides renais; ◦ As pirâmides renais emitem artérias intelobulares que adentram no córtex renal e geram em seguida diversas arteríolas aferentes que entram nos glomérulos renais se enovelando em uma rede de capilares ◦ o sangue percorre outra rede, a de capilares peritubulares, sendo este drenado pelas veias pélvicas, veia renal e, por último retorna para a circulação sistêmica com a veia cava inferior. Filtração do sangue: A barreira de filtração glomerular se localiza entre o capilar glomerular e o espaço de Bowman, estruturas estas pertencentes ao corpúsculo renal. É composta por: ◦ endotélio vascular do capilar glomerular ◦ uma lâmina basal dupla (duas lâminas raras periféricas e uma lâmina densa no centro) ◦ lâmina visceral da Cápsula de Bowman, formada pelos podócitos com seus pedicelos (prolongamentos citoplasmáticos destes) interdigitados entre si com fendas de filtração entre eles. Os capilares glomerulares são relativamente impermeáveis às proteínas, sendo o filtrado 3 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 7°P MEDICINA glomerular (produto da filtração) livre de proteínas e elementos celulares como hemácias. A filtração glomerular: •A taxa de filtração glomerular (TFG) é o volume de líquido que é filtrado para dentro da cápsula de Bowman, localizada no glomérulo, por unidade de tempo e é influenciada pela pressão de filtração, pressão hidrostática criada pela cápsula de Bowman e o coeficiente de filtração glomerular, além da regulação do fluxo sanguíneo das arteríolas glomerulares. •Quando é mantida a pressão arterial média entre 80 mmHg e 180 mmHg, a TFG é em média 180 L/dia ou 125mL/min. •Como a filtração glomerular é o primeiro passo para a formação da urina, as concentrações de outros constituintes encontrados no filtrado glomerular são similares às concentrações encontradas no plasma, uma vez que ainda não houve reabsorção ou secreção de componentes, apenas a filtração. Filtração e urina: 02) O Sistema Renina Angiotensina Aldosterona é descrito como um eixo endócrino, no qual cada componente de uma cascata é produzido por diferentes órgãos, na tentativa de manter a estabilidade hemodinâmica. Em relação ao Sistema Renina Angiotensina e Aldosterona. É CORRETO afirmar: a) O principal sítio de produção e armazenamento de renina são as células granulosas, que fazem parte do complexo justaglomerular. b) Os anti-hipertensivos denominado de Inibidores da Enzima Conversora de Angiotensina (IECA) são medicamentos contraindicados em pacientes portadores de proteinúria patológica secundária à Hipertensão Arterial. c) A associação dos medicamentos Inibidores da Enzima Conversora da Angiotensina (IECA), com Bloqueadores dos Receptores de Angiotensina (BRA), constitui o tratamento de escolha da Hipertensão em pacientes portadores de proteinúria patológica associada à Doença Renal Crônica. d) A Angiotensina II é um potente vasoconstritor e desempenha um importante papel na manutenção da Pressão Arterial, particularmente nos estados de hipervolemia. e) Em situação de baixa perfusão renal aguda, a Angiotensina II exerce ação vasoconstritora importante sobre a Arteríola Aferente, na tentativa de preservar a função renal. Letra A= CORRETA; no complexo justaglomerular há um sítio importante de produção e armazenamento de Renina. Letra B= INCORRETA; os IECA são muito bem indicados como anti-proteinúricos. Letra C= INCORRETA; a associação IECA/BRA não demonstrou benefício, aumento risco de aumento de escórias nitrogenadase hipercalemia. Letra D=INCORRETA; justamente na hipovolemia e não na hipervolemia é que a Angiotensina ll, como vasoconstrictor, oferece beneficio. Letra E= INCORRETA; a atuação da Angiotensina ll é na arteríola eferente e não na aferente. 03) Na avaliação de pacientes com micro- hematúria, a) a inclusão de história, exame físico, teste de função renal e imagem do trato superior é restrita a pacientes com mais de 35 anos. b) a cistoscopia com luz branca é recomendada, mesmo para pacientes com menos de 35 anos com ou sem fatores de risco para malignidade. c) o exame citológico da urina e os biomarcadores são indicados inicialmente em pacientes assintomáticos. d) a presença de todos os exames negativos pode liberar os pacientes de outras avaliações se os exames de urina subsequentes confirmarem a resolução da micro-hematúria. 4 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 7°P MEDICINA A hematúria microscópica é definida como 2 hemácias por campo (400x) em exame microscópico de sedimento urinário ou 10 a 20 hemácias/uL em exames quantitativos ou por citometria de fluxo. ALTERNATIVA a, b e c: INCORRETAS; Para avaliação do trato urinário inferior é recomenada a realização da citologia urinária em todos os pacientes com suspeita hematúria microscópica sem confirmação etiológica nos exames iniciais de urina. ◦ Se a citologia negativa, paciente não precisa de avaliação complementar. Mas, pacientes que apresentem risco de tumores uroteliais, devem realizar a cistocospia. ◦ apresenta mais de 40 anos, histórico de tabagismo, mesmo com citologia negativa ALTERNATIVA D:CORRETA; Para confirmação diagnóstica da micro hematúria é preciso duas amostras de urina coletada em diferentes momentos. Hematúria: Designa a presença excessiva de hemácias na urina ▪ 5 a 6% da população ▪ Maioria dos casos, sua origem é o trato urinário inferior ▪ Menos de 10% das hematúrias são de origem glomerular ▪ Nefropatia por IgA a causa mais frequente. ▪ Macroscópica (alteração visível na coloração da urina) ou microscópica (identificada somente por fita reagente e/ou exame microscópico) Classificada em : ▪ Inicial (quando ocorre no início da micção sugerindo fonte uretral) ▪ Terminal (quando presente somente ao final da micção, sugerindo sangramentos do colo vesical ou de uretra posterior) ▪ Total (sangramentos da bexiga ou trato urinário alto). É também caracterizada quanto à presença de dismorfismo eritrocitário (presença de formas anômalas de hemácias que, quando encontradas em grande quantidade, sugerem etiologia glomerular). 04) Mulher, 57a, relata febre vespertina há 30 dias, inchaço progressivo e piora do controle pressórico há 10 dias. Antecedentes pessoais: hipertensão arterial sistêmica e diabetes mellitus controladas com uso regular de hidroclorotiazida, enalapril, metformina e glipizida. Exame físico: PA = 188 x 104 mmHg, descorada +/4+; Cabeça e Pescoço: edema bipalpebral; fundo de olho: normal; Coração: sopro sistólico em foco aórtico 3+/4+, rude, com irradiação para as carótidas; Abdome: ascite; Membros: edema de membros inferiores 2+/4+e de membros superiores +/4+, petéquias subungueais em mãos e pés. Hemograma: hemoglobina = 10,1 g/dl; leucócitos =15.500mm3; plaquetas 184.000 mm3; creatinina = 4,5mg/dl; ureia= 134 mg/dl; glicemia = 142 mg/dl; hemoglobina glicada= 6,9 g/dl; potássio 6,2 mEq/l. Exame sumário de urina hemácias: >100 por campo; dismorfismo eritrocitário: presente; proteína 1+/4+. Ecocardiograma com presença de vegetações valvares. O DIAGNÓSTICO É: a) Síndrome nefrítica. b) Síndrome nefrótica. c) Nefropatia diabética. d) Nefropatia maligna hipertensiva. Paciente 57 anos, com hematúria dismórfica, associada a hipertensão arterial, anasarca e leve proteinúria. Esses fatores nos fazem pensar de cara em uma síndrome nefrítica. Mas o que está causando- a? Temos ainda relato um sopro sistólico presumivelmente novo em foco aórtico, febre vespertina há 30 dias, petéquias subungueais em mãos e pés e leucocitose. Sintomas que nos fazem pensar na hipótese de uma endocardite infecciosa (EI). Utilizando os critérios de DUKE para o diagnóstico de El conseguimos três critérios menores no caso: ◦ Febre, Glomerulonefrite (fenômeno imunológico por deposição de imunocomplexos) e as petéquias (sinaliza fenômeno vascular). Para fechar o diagnóstico de endocardite precisamos de mais dois critérios menores, ou apenas um maior. ◦ Pode ser conseguido realizando um ecocardiograma (para avaliar a presença de vegetações valvares e/ou nova regurgitação), ou mesmo uma hemocultura para avaliar a presença de agentes típicos da endocardite. 5 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 7°P MEDICINA Hematúria microscópica, hemácias dismórficas e cilindros hemáticos podem surgir, raramente, na síndrome nefrótica. https://www.biomedicinapadrao.com.br/2013/06/dif erenca-entre-sindrome-nefrotica-e.html Glomérulo: Função de filtrar o sangue que chega ao rim, evitando perda de certas moléculas – proteínas e hemácias. Essa barreira é feita por 3 estruturas: • Endotélio capilar – é fenestrado, para permitir a passagem do filtrado • Membrana basal – estrutura contínua que envolve quase todo o capilar. Na sua porção central os capilares estão unidos um ao outro pelo mesângio, um tecido que não permite a filtração e funciona como sustentação para as alças. • Epitélio visceral – possui fenestrações e podócitos, que são uma barreira mecânica e também elétrica, repelindo proteínas de carga negativa. Quando essas barreiras são quebradas, teremos a presença de elementos anormais no sedimento urinário, originando a proteinúria e hematúria. Síndrome nefrítica: Quadro caracterizado por: hipertensão, edema, hematúria e proteinúria. As glomerulonefrites são processos infecciosos agudos que acometem o glomérulo, acarretando retenção de sódio pela dificuldade de excreção. Essa retenção pode levar ao edema e a hipertensão. Ocorre também ruptura e lesão de pequenas alças capilares, a barreira de filtração perde sua integridade, fazendo com que possam surgir na urina proteínas e hemácias. • Ao passar pelos capilares fenestrados, as hemácias são “rasgadas” e sofrem deformações, adquirindo um aspecto dismórfico, aumentando o índice de dismorfismo eritrocitário. Isso quer dizer que a hematúria provavelmente é de origem glomerular, repare que o mesmo não ocorreria com outras causas de hematúria, como os cálculos. • A proteinúria na síndrome nefrítica costuma ser de moderada intensidade, geralmente, não ultrapassando 3g, entretanto, pode servir como parâmetro de evolução, tendendo a desaparecer conforme a melhora do quadro. • Já a hematúria, principal marcador clínico, pode permanecer ainda que o quadro tenha resolução, visto que é mais complexo reconstruir as alças rompidas. Síndrome nefrótica: Quadro caracterizado por: edema generalizado, hipoalbuminemia, proteinúria maciça e hipercolesterolemia. Quando a perda de proteínas é maior que 3500mg por dia chamamos de proteinúria maciça. Essa perda exagerada supera a capacidade de síntese hepática, ocorrendo então hipoalbuminenia. A hipoalbuminemia, por sua vez, leva a um edema generalizado. A perda da integridade da barreira na síndrome nefrótica é drástica. O fígado, na tentativa de recuperar essa perda, aumenta a síntese de proteínas, dentre elas as lipoproteínas, culminando em hipercolesterolemia. A Síndrome nefrótica não é uma entidade única, mas sim um distúrbio associado a uma série de causas e condições diversas, que vão desde lesões primárias a secundárias, e até mesmo lesões visíveis apenas à microscopia eletrônica. • Não tem a presença da hematúria como marcador principal, pois quando está presente, geralmente é microscópica. • Clinicamente, o edema da síndrome nefrótica é mais acentuado que o edema presente na nefrítica, acometendo inclusivea face, caracterizando a fácies renal. • A urina pode se apresentar espumosa, devido ao excesso de proteínas. • Além disso, tende a acometer com mais frequência a faixa etária pediátrica, com a primeira manifestação dos 1 aos 8 anos. https://www.sanarmed.com/sindrome-nefritica-x- sindrome-nefrotica A nefropatia diabética é a causa mais comum da síndrome nefrótica em adultos. A patogênese inicia-se com doença de pequenos vasos. A fisiopatologia é complexa, envolvendo glicosilação de proteínas, liberação influenciada por hormônios de citocinas (p. ex., fator de crescimento transformador beta), deposição de matriz mesangial e alteração da hemodinâmica glomerular. A hiperfiltração, uma anormalidade funcional precoce, é apenas um fator preditivo relativo da falência renal. Nefropatia diabética é assintomática nos estágios iniciais. Microalbuminúria constante é o sinal mais precoce da doença. A hipertensão e algum grau de edema postural eventualmente se desenvolvem na maioria dos pacientes não tratados. Nos estágios tardios, os pacientes podem desenvolver sinais e sintomas da uremia (p. ex., náuseas, vômitos, anorexia) mais precocemente [isto é, com taxa de filtração glomerular (TFG) mais elevada] que os pacientes sem a doença, possivelmente porque a associação da lesão de órgão-alvo em decorrência de diabetes (p. ex., neuropatia) e da insuficiência renal agrava os sintomas. https://www.msdmanuals.com/pt- br/profissional/dist%C3%BArbios- geniturin%C3%A1rios/doen%C3%A7as- glomerulares/nefropatia-diab%C3%A9tica O termo nefroesclerose, originalmente descrito por Fahr(3), tem sido extensivamente usado na literatura para descrever as lesões vasculares crônicas da hipertensão e envelhecimento. Enquanto a hipertensão arterial maligna é universalmente aceita https://www.biomedicinapadrao.com.br/2013/06/diferenca-entre-sindrome-nefrotica-e.html https://www.biomedicinapadrao.com.br/2013/06/diferenca-entre-sindrome-nefrotica-e.html https://www.sanarmed.com/sindrome-nefritica-x-sindrome-nefrotica https://www.sanarmed.com/sindrome-nefritica-x-sindrome-nefrotica https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-geniturin%C3%A1rios/doen%C3%A7as-glomerulares/nefropatia-diab%C3%A9tica https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-geniturin%C3%A1rios/doen%C3%A7as-glomerulares/nefropatia-diab%C3%A9tica https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-geniturin%C3%A1rios/doen%C3%A7as-glomerulares/nefropatia-diab%C3%A9tica https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-geniturin%C3%A1rios/doen%C3%A7as-glomerulares/nefropatia-diab%C3%A9tica 6 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 7°P MEDICINA como causa de insuficiência renal, permanece controverso se a hipertensão essencial “benigna” pode levar à insuficiência renal crônica terminal. Hipertensão maligna é uma reconhecida causa de insuficiência renal. http://departamentos.cardiol.br/dha/revista/5- 4/lesao.pdf 05) Em relação à síndrome nefrótica, leia as afirmativas abaixo: I. A lesão mais comum encontrada (cerca de 85% dos casos) é a lesão mínima.; II. Encontramos proteinúria maciça, hipercolesterolemia, hipertrigliceridemia, hipoproteinemia e complemento C3 sempre baixo.; III. A biópsia é sempre indicada quando a doença se inicia no primeiro ano de vida ou após os 10 anos. Marque a opção verdadeira: a) Se todas as afirmativas acima estão corretas; b) Se apenas a afirmativa l é verdadeira; c) Se as afirmativas I, Ill estão corretas; d) Se as afirmativas I. Il estão corretas. Asserção I) Correta. A lesão histológica mínima é a causa mais comum de síndrome nefrótica em crianças, ocorrendo em aproximadamente 90% dos casos. Asserção II) Incorreta. Na síndrome nefrótica, de fato há proteinúria maciça, hipercolesterolemia, hipertrigliceridemiae hipoproteinemia. Entretanto, nem sempre há redução de complemento. Asserção III) Correta. A biópsia é indicada quando a doença apresenta-se fora da sua principal faixa de incidência (entre 2 e 10 anos). Síndrome Nefrótica: Quando a perda de proteínas é maior que 3500mg por dia chamamos de proteinúria maciça. Essa perda exagerada supera a capacidade de síntese hepática, ocorrendo então hipoalbuminenia. A hipoalbuminemia, por sua vez, leva a um edema generalizado. A perda da integridade da barreira na síndrome nefrótica é drástica. O fígado, na tentativa de recuperar essa perda, aumenta a síntese de proteínas, dentre elas as lipoproteínas, culminando em hipercolesterolemia. O quadro de edema generalizado, hipoalbuminemia, proteinúria maciça e hipercolesterolemia é o que chamamos de síndrome nefrótica. 06) A estrutura renal constituída por células epiteliais especializadas na secreção de renina é: a) túbulo contorcido proximal b) alça de Henle c) aparelho justaglomerular d) túbulo contorcido distal Alternativa A: INCORRETO, são as células justaglomerulares do aparelho justaglomerular que produzem renina. Alternativa B:INCORRETO, são as células justaglomerulares do aparelho justaglomerular que produzem renina. Alternativa C: CORRETO Alternativa D: INCORRETO, são as células justaglomerulares do aparelho justaglomerular que produzem renina. O aparelho justaglomerular é composto: pela macula densa, as células justaglomerulares (arteríola aferente) e as celulas mesangias extraglomerulares. A macula densa é uma região do túbulo contorcido distal capaz de monitorar a concentração de Na+ e CI- do filtrado http://departamentos.cardiol.br/dha/revista/5-4/lesao.pdf http://departamentos.cardiol.br/dha/revista/5-4/lesao.pdf 7 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 7°P MEDICINA ◦ Através de um mecanismo de sinalização parácrina, informa às células justaglomerulares. As Céls Justaglomerulares por sua vez são capazes de produzir renina em caso de um possível hipofluxo, ativando o sistema renina-angiotensina-aldosterona. 07) O exame de urina é fundamental no auxílio diagnóstico de doenças sistêmicas que comprometem os rins e doenças renais primárias. Em relação aos achados encontrados na análise urinária, assinale a alternativa correta. a) Os cilindros céreos e granulares são constituídos por vários tipos de células e estão associados à doença renal crônica. b) O aspecto turvo e leitoso da urina tem como principais causas os pigmentos biliares, a melanina, a porfirina e os fármacos (metildopa). F – aspecto turvo/opaco indica infecção bacteriana https://www.passeidireto.com/arquivo/104496760/e xame-de-urina https://urologistasanchotene.com.br/urina-turva- saiba-o-que-esse-sintoma-significa-e-o-que- fazer/#:~:text=A%20infec%C3%A7%C3%A3o%20uri n%C3%A1ria%20%C3%A9%20causada,resultando% 20em%20uma%20urina%20turva. c) O teste de esterase leucocitária positivo é o resultado da presença de bactérias capazes de reduzir nitratos em nitritos na urina. F – ). O teste da esterase leucocitária é um meio rápido de verificar a presença de piúria. O teste de nitrito positivo requer a presença de nitratos na urina, bactérias em quantidades suficientes capazes de converter nitratos em nitritos e condições adequadas (isto é, tempo suficiente) para que essa conversão ocorra. https://www.scielo.br/j/jbpml/a/VsLw3W9WQywtPN5 64PxCkWC/?format=pdf Esterase leucocitária (uma enzima encontrada em certos glóbulos brancos) na urina pode ser detectada pela tira reagente. A esterase leucocitária indica uma inflamação, causada geralmente por uma infecção no trato urinário. https://www.msdmanuals.com/pt- br/casa/dist%C3%BArbios-renais-e- urin%C3%A1rios/diagn%C3%B3stico-dos- dist%C3%BArbios-renais-e- urin%C3%A1rios/urin%C3%A1lise-e-cultura-de-urina Esterase leucocitária: A esterase leucocitária é uma enzima que está presente na maioria dos leucócitos (glóbulos brancos). Quando o teste é positivo, pode indicar que há inflamação no trato urinário ou nos rins. A causa mais comum de leucócitosna urina é ITU bacteriana. https://firstlab.ind.br/urinalise-o-que-e/ d) As células escamosas têm formato irregular, têm diâmetro médio de 55 um e são provenientes desde o cálice e a pelve renal até a bexiga. F – são células provenientes da descamação normal da uretra e da vagina. e) Os cristais de ácido úrico e uratos amorfos são placas variáveis, muitas vezes em forma piramidal, e precipitam em pH alcalino. F – os cristais de ácido úrico e cristais de urato amorfo são normais de urina ácida. Alternativa A: CORRETA. Alternativa B: INCORRETA. O aspecto turvo e leitoso da urina conhecido como piúria tem como principal causa a infecção bacteriana. Alternativa C: INCORRETA. Esterase leucocitária é uma enzima encontrada nos leucócitos urinários e indica inflamação, causada geralmente por infecção, no entanto não necessariamente esteja associada a presença de bactérias produtoras de nitritos. Alternativa D: INCORRETA. Existem três tipos de células epiteliais no trato urinário as escamosas, de transição e tubulares. As células escamosas são células epiteliais de maior tamanho e facilmente encontradas na urina provenientes da vagina e da uretra feminina e masculina, normalmente relacionada a contaminação da amostra. Alternativa E: INCORRETA. Os cristais de ácido úrico e uratos amorfos são precipitados em ambiente de urina com pH ácido. A urinálise é um teste laboratorial simples, não invasivo e de baixo custo que pode rapidamente fornecer informações a respeito do trato urinário e de outros sistemas corporais. Os cilindros formam- se nos túbulos renais a partir de mucoproteínas secretadas pelas células epitéliais tublares. ◦ Estas proteínas se condensam formando os cilindros hialinos. ◦ Os cilindros hialinos podem adquirir debris celulares e tornarem-se cilindros granulares. ◦ Quando estes cilindros envelhecem e/ou se deterioram e se solidificam nos túbulos, ocorre a formação dos cilindros céreos. Uma urina normal pode conter poucos cilindro hialinos e granulosos, mas uma quantidade maior destas estruturas reflete uma patologia renal, mais precisamente uma doença tubular aguda. Proteinúria: É definida como a perda excessiva de proteína (acima de 300 mg/dia) pela urina. Existem três tipos básicos de proteinúria: glomerular, tubular e por overflow. A proteinúria de origem glomerular ocorre principalmente por lesões estruturais nas células glomerulares que cursam com modificações nas propriedades de filtro da barreira capilar glomerular, permitindo a passagem anômala de proteínas. Pode ser seletiva ou não seletiva, dependendo do tipo de lesão (tamanho dos poros do filtro glomerular ou alterações na carga elétrica da barreira). É o https://www.passeidireto.com/arquivo/104496760/exame-de-urina https://www.passeidireto.com/arquivo/104496760/exame-de-urina https://urologistasanchotene.com.br/urina-turva-saiba-o-que-esse-sintoma-significa-e-o-que-fazer/#:~:text=A%20infec%C3%A7%C3%A3o%20urin%C3%A1ria%20%C3%A9%20causada,resultando%20em%20uma%20urina%20turva https://urologistasanchotene.com.br/urina-turva-saiba-o-que-esse-sintoma-significa-e-o-que-fazer/#:~:text=A%20infec%C3%A7%C3%A3o%20urin%C3%A1ria%20%C3%A9%20causada,resultando%20em%20uma%20urina%20turva https://urologistasanchotene.com.br/urina-turva-saiba-o-que-esse-sintoma-significa-e-o-que-fazer/#:~:text=A%20infec%C3%A7%C3%A3o%20urin%C3%A1ria%20%C3%A9%20causada,resultando%20em%20uma%20urina%20turva https://urologistasanchotene.com.br/urina-turva-saiba-o-que-esse-sintoma-significa-e-o-que-fazer/#:~:text=A%20infec%C3%A7%C3%A3o%20urin%C3%A1ria%20%C3%A9%20causada,resultando%20em%20uma%20urina%20turva https://urologistasanchotene.com.br/urina-turva-saiba-o-que-esse-sintoma-significa-e-o-que-fazer/#:~:text=A%20infec%C3%A7%C3%A3o%20urin%C3%A1ria%20%C3%A9%20causada,resultando%20em%20uma%20urina%20turva https://www.scielo.br/j/jbpml/a/VsLw3W9WQywtPN564PxCkWC/?format=pdf https://www.scielo.br/j/jbpml/a/VsLw3W9WQywtPN564PxCkWC/?format=pdf https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-renais-e-urin%C3%A1rios/diagn%C3%B3stico-dos-dist%C3%BArbios-renais-e-urin%C3%A1rios/urin%C3%A1lise-e-cultura-de-urina https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-renais-e-urin%C3%A1rios/diagn%C3%B3stico-dos-dist%C3%BArbios-renais-e-urin%C3%A1rios/urin%C3%A1lise-e-cultura-de-urina https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-renais-e-urin%C3%A1rios/diagn%C3%B3stico-dos-dist%C3%BArbios-renais-e-urin%C3%A1rios/urin%C3%A1lise-e-cultura-de-urina https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-renais-e-urin%C3%A1rios/diagn%C3%B3stico-dos-dist%C3%BArbios-renais-e-urin%C3%A1rios/urin%C3%A1lise-e-cultura-de-urina https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-renais-e-urin%C3%A1rios/diagn%C3%B3stico-dos-dist%C3%BArbios-renais-e-urin%C3%A1rios/urin%C3%A1lise-e-cultura-de-urina https://firstlab.ind.br/urinalise-o-que-e/ 8 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 7°P MEDICINA mecanismo vigente nas diversas causas de síndrome nefrótica e glomerulonefrites agudas. Normalmente, uma grande quantidade de proteínas, conhecidas como de baixo peso molecular (beta-2- microglobulina, entre outras), são filtradas nos capilares glomerulares. A grande maioria é reabsorvida no túbulo proximal do rim. Qualquer situação que interfira com essa reabsorção poderá ocasionar uma proteinúria de origem tubular. Este tipo de proteinúria, ao contrário da glomerular, não é identificado pelo uso da fita reagente, uma vez que esta não é capaz de detectar proteinúria de baixo peso. Situações que cursem com uma produção excessiva de proteínas de baixo peso molecular, aumentando assim a quantidade de proteína filtrada, poderiam suplantar a capacidade de reabsorção do túbulo proximal e originar proteinúria de overflow (mieloma múltiplo). Juntamente com a hematúria, é um sinal importante para o diagnóstico de patologias renais, podendo ser utilizado também para a monitoração da evolução da doença e na avaliação da resposta ao tratamento Microalbuminúria é definida como a excreção de 30 a 300 mg/dia de albumina e é identificada por imunoensaios quantitativos ou por fitas urinárias especiais. Este exame é utilizado sobretudo para identificar pacientes diabéticos com risco de desenvolver nefropatia. Mais recentemente, tem sido utilizado como marcador de risco cardiovascular Cilindros céreos: • São curtos, largos e com índice de refração elevado. • Tem estrutura rígida, aparência lisa homogênea, bordas serrilhadas. • Sua coloração pode ser amarela, acinzentada ou incolor. • São formados a partir da desidratação dos cilindros hialinos ou a partir da fragmentação dos elementos granulares dos cilindros granulosos. • São representativos da estase urinária extrema, que aponta insuficiência renal crônica grave. • Estão presentes também em casos de hipertensão maligna, doença renal do diabetes e amiloidose renal. Cilindros granulosos: • Apresentam a superfície recoberta por grânulos e a origem dos grânulos pode ser patológica ou não. • Os de origem não patológica são provenientes de lisossomos eliminados pelas células epiteliais tubulares renais durante o metabolismo normal. • Durante exercícios intensos, ocorre um aumento do metabolismo celular e, consequentemente, um aumento breve de cilindros granulosos que é acompanhado do aumento de cilindros hialinos. Já os cilindros grânulos de origem patológica são resultados da desintegração de cilindros celulares e de células tubulares ou a associação de proteínas filtradas pelo glomérulo². A princípio, os grânulos são grandes e grosseiros, entretanto, quando a estase urinária é estendida, os grânulos tornam-se finos devido sua quebra¹. • Estão presentes na glomerulonefrite e na pielonefrite. https://ufsj.edu.br/portal2- repositorio/File/laact/Atlas-%20urinalise%204(1).pdf 08) A ordem correta de apresentação, em sentido póstero anterior, das estruturas do hilo renal é: a) Ureter,artéria, veia b) Veia,artéria, ureter c) Artéria,ureter, veia d) Ureter,veia,artéria https://ufsj.edu.br/portal2-repositorio/File/laact/Atlas-%20urinalise%204(1).pdf https://ufsj.edu.br/portal2-repositorio/File/laact/Atlas-%20urinalise%204(1).pdf 9 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 7°P MEDICINA 09) Qual assertiva abaixo caracteriza a Tríade Clássica da Síndrome Nefrítica? a) Hematúria macroscópica, hipertensão arterial e desidratação. b) Hematúria macroscópica, choque hipovolêmico e desidratação. c) Hematúria macroscópica, hipertensão arterial e edema. d) Hematúria macroscópica, hipotensão arterial e edema. e) Hematúria macroscópica, hipotensão arterial e desidratação. As glomerulonefrites são processos infecciosos agudos que acometem o glomérulo, acarretando retenção de sódio pela dificuldade de excreção. Essa retenção pode levar ao edema e a hipertensão. Ruptura e lesão de pequenas alças capilares, a barreira de filtração perde sua integridade, fazendo com que possam surgir na urina proteínas e hemácias O quadro caracterizado por hipertensão, edema, hematúria e proteinúria é o que chamamos de síndrome nefrítica Ao passar pelos capilares fenestrados, as hemácias são “rasgadas” e sofrem deformações, adquirindo um aspecto dismórfico, aumentando o índice de dismorfismo eritrocitário. A proteinúria na síndrome nefrítica costuma ser de moderada intensidade, geralmente, não ultrapassando 3g, entretanto, pode servir como parâmetro de evolução, tendendo a desaparecer conforme a melhora do quadro. 10) Assinale a alternativa correta em relação à Síndrome Nefrótica. a) É uma síndrome que se caracteriza por proteinúria acima de 3,0 g/1,73 m2 de superfície corporal/dia; b) Em adultos, a Glomeruloesclerose Segmentar e Focal (GESF) é a segunda causa mais comum de síndrome nefrótica em nosso meio (Brasil). c) A doença de lesão mínima e a Glomeruloesclerose Segmentar e Focal (GESF) são altamente responsivas à corticoterapia. d) Os pacientes com síndrome nefrótica apresentam um estado de hipercoagulabilidade sendo propensos à formação de trombos venosos e, mais raramente, arteriais; e) Pacientes com síndrome nefrótica não apresentam risco aumentado a infecções A síndrome nefrótica (SN) associa-se a um estado de hipercoagulabilidade, devido ao aumento dos níveis plasmáticos de fibrinogênio e de fatores V e VIII da coagulação, perda urinária de antitrombina III, alterações do sistema fibrinolítico, trombocitose e aumento da ativação e da agregação plaquetária. A síndrome nefrótica não é uma entidade única, mas sim um distúrbio associado a uma série de causas e condições diversas, que vão desde lesões primárias a secundárias, e até mesmo lesões visíveis apenas à microscopia eletrônica. Aqui não temos a presença da hematúria como marcador principal, pois quando está presente, geralmente é microscópica. O edema da síndrome nefrótica é mais acentuado que o edema presente na nefrítica, acometendo inclusive a face, caracterizando a fácies renal. A urina pode se apresentar espumosa, devido ao excesso de proteínas. Além disso, tende a acometer com mais frequência a faixa etária pediátrica, com a primeira manifestação dos 1 aos 8 anos.
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