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Síndrome nefrítica e nefrótica

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1 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 7°P MEDICINA 
Glomerulopatias 
PROBLEMA 1M3 – “PENEIRA RUIM” 
Heitor quase sentiu “o chão tremer sob seus pés”. Como assim? Pressão arterial de 190x100mmHg? E sem sentir 
nada?? Ele realmente não podia acreditar que estava hipertenso aos 26 anos. Não estava acima do peso, não tinha 
qualquer outra doença e não se alimentava mal. 
O Heitor decidiu procurar o melhor cardiologista da cidade e, depois de uma bateria de exames, ouviu o médico 
dizer que o filtro dos rins estava com defeito, deixando passar sangue e proteínas demais. Então o paciente ficou 
pensando o que significava aquilo... ficou ansioso para consultar o novo especialista indicado, pois havia muitos 
questionamentos! Quais exames seriam necessários para o seu diagnóstico? O que ele tinha feito para pegar essa 
doença? Como poderia trata-la? Seria uma doença contagiosa? 
INSTRUÇÃO: Como diagnosticar e tratar as doenças que afetam a barreira de filtração glomerular? Como 
reconhecer precocemente as doenças glomerulares e evitar suas complicações? 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 
1. Riella, Miguel Carlos. Princípios de nefrologia e distúrbios hidroeletrolíticos. 6.ed – Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan, 2018. 1. 136p.: il; 28cm. ISBN 978-85-277- 3325-0; 
2. Glomerulopatias: patogenia, clínica e tratamento/ Rui Toledo Barros... [et al]. --- 3.ed – São Paulo: SARVIER, 2012; 
3. Princípios básicos da nefrologia [recurso eletrônico] I Organizadora, Sílvia Titan. - Dados eletrônicos. – Porto 
Alegre; Artmed, 2013. ISBN 978-85-65852-39-5; 
4. KDIGO Clinical Practice Guideline for Glomerulonephritis. Kidney Int Suppl (2012) 2, 156-162; 
5. Schrier’s diseases of the kidney. – 9th ed. / edited by Thomas M. Coffman ... [et al.]. 
 
QUESTÕES DE APRENDIZAGEM: 
1) Descrever a anatomia dos rins e a fisiologia da 
filtração glomerular; 
 
2) Entender as doenças glomerulares 
enfatizando a importância do 
reconhecimento e interpretação de hematúria 
e proteinúria nos exames. 
 
 
3) Definir síndrome nefrótica e caracterizar as 
principais doenças que se manifestam como 
síndrome nefrótica, quanto aos aspectos 
epidemiológicos, etiológicos, clínicos e 
tratamento. 
 
4) Definir síndrome nefrítica e caracterizar as 
principais doenças que se manifestam como 
síndrome nefrítica, quanto aos aspectos 
epidemiológicos, etiológicos, clínicos e 
tratamento. 
 
 
5) Analisar os aspectos gerais referentes à 
investigação etiológica das doenças 
glomerulares esclarecendo as indicações de 
biópsia renal. 
 
 
DISPARADORES: 
https://www.spsp.org.br/site/asp/recomendacoes/Re
c88_Nefro.pdf 
http://conitec.gov.br/images/Protocolos/PCDT_Sindr
omeNefroticaPrimariaAdulto.pdf 
https://www.youtube.com/watch?v=eDbl7inE7wo 
 
 
 
TESTE DE GARANTIA DE PREPARO INDIVIDUAL: 
01) No ser humano, cada rim é constituído por 
cerca de um milhão de néfrons, sendo o néfron a 
unidade funcional do rim. Correlacione cada 
segmento do néfron com sua respectiva função: 
a) Aparelho justaglomerular secreção de renina 
b) Tubulo coletor - reabsorção de hidrogênio 
c) Tubulo distal - produção de amônia 
d) Alça de Henle - reabsorção de aminoácido 
https://www.youtube.com/watch?v=eDbl7inE7wo
 
2 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 7°P MEDICINA 
E) Glomérulo -secreção de ADH 
 
Alternativa A: Correta. O aparelho justaglomerular é 
sensitivo às concentrações de sódio no fluido tubular, 
secretando renina em resposta à redução nos níveis 
desse íon. 
Alternativa B: Incorreta. O hidrogênio é reabsorvido 
pela alça de Henle e pelo túbulo contorcido proximal. 
Alternativa C: Incorreta. A produção de amônia é 
realizada em qualquer porção do néfron. 
Alternativa D: Incorreta. A reabsorção de aminoácidos 
é feita pelo túbulo contorcido proximal. 
Alternativa E: Incorreta. A secreção de ADH é feita 
pelo hipotálamo. 
 
Anatomia renal: 
 
 
 
Caminho do sangue: 
O caminho que o sangue percorre até o momento de 
Filtração nos rins se dá pelo seguinte percurso: 
◦ primeiro ele sai da artéria aorta abdominal pelas 
artérias renais em direção aos rins, entrando neles 
pelo hilo renal; 
 ◦ já dentro dos rins, se ramificam em artérias 
segmentares, e depois em artérias interlobares 
seguindo em direção ao córtex renal pelas colunas 
renais; 
◦ ao chegar o nível da base das pirâmides renais essas 
originam, perpendicularmente, as artérias arqueadas 
que contornam as bases das pirâmides renais; 
◦ As pirâmides renais emitem artérias intelobulares 
que adentram no córtex renal e geram em seguida 
diversas arteríolas aferentes que entram nos 
glomérulos renais se enovelando em uma rede de 
capilares 
◦ o sangue percorre outra rede, a de capilares 
peritubulares, sendo este drenado pelas veias 
pélvicas, veia renal e, por último retorna para a 
circulação sistêmica com a veia cava inferior. 
 
 
 
 
Filtração do sangue: 
A barreira de filtração glomerular se localiza entre o 
capilar glomerular e o espaço de Bowman, estruturas 
estas pertencentes ao corpúsculo renal. 
É composta por: 
◦ endotélio vascular do capilar glomerular 
◦ uma lâmina basal dupla (duas lâminas raras 
periféricas e uma lâmina densa no centro) 
◦ lâmina visceral da Cápsula de Bowman, formada 
pelos podócitos com seus pedicelos 
(prolongamentos citoplasmáticos destes) 
interdigitados entre si com fendas de filtração entre 
eles. 
Os capilares glomerulares são relativamente 
impermeáveis às proteínas, sendo o filtrado 
 
3 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 7°P MEDICINA 
glomerular (produto da filtração) livre de proteínas 
e elementos celulares como hemácias. 
 
A filtração glomerular: 
•A taxa de filtração glomerular (TFG) é o volume de 
líquido que é filtrado para dentro da cápsula de 
Bowman, localizada no glomérulo, por unidade de 
tempo e é influenciada pela pressão de filtração, 
pressão hidrostática criada pela cápsula de Bowman 
e o coeficiente de filtração glomerular, além da 
regulação do fluxo sanguíneo das arteríolas 
glomerulares. 
•Quando é mantida a pressão arterial média entre 80 
mmHg e 180 mmHg, a TFG é em média 180 L/dia ou 
125mL/min. 
•Como a filtração glomerular é o primeiro passo para 
a formação da urina, as concentrações de outros 
constituintes encontrados no filtrado glomerular são 
similares às concentrações encontradas no plasma, 
uma vez que ainda não houve reabsorção ou secreção 
de componentes, apenas a filtração. 
 
Filtração e urina: 
 
 
 
02) O Sistema Renina Angiotensina Aldosterona é 
descrito como um eixo endócrino, no qual cada 
componente de uma cascata é produzido por 
diferentes órgãos, na tentativa de manter a 
estabilidade hemodinâmica. Em relação ao 
Sistema Renina Angiotensina e Aldosterona. É 
CORRETO afirmar: 
a) O principal sítio de produção e armazenamento 
de renina são as células granulosas, que fazem 
parte do complexo justaglomerular. 
b) Os anti-hipertensivos denominado de Inibidores 
da Enzima Conversora de Angiotensina (IECA) são 
medicamentos contraindicados em pacientes 
portadores de proteinúria patológica secundária 
à Hipertensão Arterial. 
c) A associação dos medicamentos Inibidores da 
Enzima Conversora da Angiotensina (IECA), com 
Bloqueadores dos Receptores de Angiotensina 
(BRA), constitui o tratamento de escolha da 
Hipertensão em pacientes portadores de 
proteinúria patológica associada à Doença Renal 
Crônica. 
d) A Angiotensina II é um potente vasoconstritor e 
desempenha um importante papel na 
manutenção da Pressão Arterial, particularmente 
nos estados de hipervolemia. 
e) Em situação de baixa perfusão renal aguda, a 
Angiotensina II exerce ação vasoconstritora 
importante sobre a Arteríola Aferente, na tentativa 
de preservar a função renal. 
 
Letra A= CORRETA; no complexo justaglomerular há 
um sítio importante de produção e armazenamento 
de Renina. 
Letra B= INCORRETA; os IECA são muito bem 
indicados como anti-proteinúricos. 
Letra C= INCORRETA; a associação IECA/BRA não 
demonstrou benefício, aumento risco de aumento de 
escórias nitrogenadase hipercalemia. 
Letra D=INCORRETA; justamente na hipovolemia e 
não na hipervolemia é que a Angiotensina ll, como 
vasoconstrictor, oferece beneficio. 
Letra E= INCORRETA; a atuação da Angiotensina ll é 
na arteríola eferente e não na aferente. 
 
03) Na avaliação de pacientes com micro-
hematúria, 
a) a inclusão de história, exame físico, teste de 
função renal e imagem do trato superior é restrita 
a pacientes com mais de 35 anos. 
b) a cistoscopia com luz branca é recomendada, 
mesmo para pacientes com menos de 35 anos 
com ou sem fatores de risco para malignidade. 
c) o exame citológico da urina e os biomarcadores 
são indicados inicialmente em pacientes 
assintomáticos. 
d) a presença de todos os exames negativos pode 
liberar os pacientes de outras avaliações se os 
exames de urina subsequentes confirmarem a 
resolução da micro-hematúria. 
 
 
4 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 7°P MEDICINA 
A hematúria microscópica é definida como 2 
hemácias por campo (400x) em exame microscópico 
de sedimento urinário ou 10 a 20 hemácias/uL em 
exames quantitativos ou por citometria de fluxo. 
ALTERNATIVA a, b e c: INCORRETAS; Para avaliação 
do trato urinário inferior é recomenada a realização da 
citologia urinária em todos os pacientes com suspeita 
hematúria microscópica sem confirmação etiológica 
nos exames iniciais de urina. 
◦ Se a citologia negativa, paciente não precisa de 
avaliação complementar. Mas, pacientes que 
apresentem risco de tumores uroteliais, devem 
realizar a cistocospia. 
◦ apresenta mais de 40 anos, histórico de tabagismo, 
mesmo com citologia negativa 
ALTERNATIVA D:CORRETA; Para confirmação 
diagnóstica da micro hematúria é preciso duas 
amostras de urina coletada em diferentes 
momentos. 
 
Hematúria: 
Designa a presença excessiva de hemácias na urina 
▪ 5 a 6% da população 
▪ Maioria dos casos, sua origem é o trato urinário 
inferior 
▪ Menos de 10% das hematúrias são de origem 
glomerular 
▪ Nefropatia por IgA a causa mais frequente. 
▪ Macroscópica (alteração visível na coloração da 
urina) ou microscópica (identificada somente por fita 
reagente e/ou exame microscópico) 
Classificada em : 
▪ Inicial (quando ocorre no início da micção sugerindo 
fonte uretral) 
▪ Terminal (quando presente somente ao final da 
micção, sugerindo sangramentos do colo vesical ou 
de uretra posterior) 
▪ Total (sangramentos da bexiga ou trato urinário 
alto). 
É também caracterizada quanto à presença de 
dismorfismo eritrocitário (presença de formas 
anômalas de hemácias que, quando encontradas em 
grande quantidade, sugerem etiologia glomerular). 
 
04) Mulher, 57a, relata febre vespertina há 30 dias, 
inchaço progressivo e piora do controle pressórico 
há 10 dias. Antecedentes pessoais: hipertensão 
arterial sistêmica e diabetes mellitus controladas 
com uso regular de hidroclorotiazida, enalapril, 
metformina e glipizida. Exame físico: PA = 188 x 
104 mmHg, descorada +/4+; Cabeça e Pescoço: 
edema bipalpebral; fundo de olho: normal; 
Coração: sopro sistólico em foco aórtico 3+/4+, 
rude, com irradiação para as carótidas; Abdome: 
ascite; Membros: edema de membros inferiores 
2+/4+e de membros superiores +/4+, petéquias 
subungueais em mãos e pés. Hemograma: 
hemoglobina = 10,1 g/dl; leucócitos 
=15.500mm3; plaquetas 184.000 mm3; creatinina 
= 4,5mg/dl; ureia= 134 mg/dl; glicemia = 142 
mg/dl; hemoglobina glicada= 6,9 g/dl; potássio 
6,2 mEq/l. Exame sumário de urina hemácias: 
>100 por campo; dismorfismo eritrocitário: 
presente; proteína 1+/4+. Ecocardiograma com 
presença de vegetações valvares. O 
DIAGNÓSTICO É: 
a) Síndrome nefrítica. 
b) Síndrome nefrótica. 
c) Nefropatia diabética. 
d) Nefropatia maligna hipertensiva. 
 
Paciente 57 anos, com hematúria dismórfica, 
associada a hipertensão arterial, anasarca e leve 
proteinúria. Esses fatores nos fazem pensar de cara 
em uma síndrome nefrítica. Mas o que está causando-
a? Temos ainda relato um sopro sistólico 
presumivelmente novo em foco aórtico, febre 
vespertina há 30 dias, petéquias subungueais em 
mãos e pés e leucocitose. Sintomas que nos fazem 
pensar na hipótese de uma endocardite infecciosa 
(EI). 
Utilizando os critérios de DUKE para o diagnóstico de 
El conseguimos três critérios menores no caso: 
◦ Febre, Glomerulonefrite (fenômeno imunológico 
por deposição de imunocomplexos) e as petéquias 
(sinaliza fenômeno vascular). 
Para fechar o diagnóstico de endocardite precisamos 
de mais dois critérios menores, ou apenas um maior. 
◦ Pode ser conseguido realizando um 
ecocardiograma (para avaliar a presença de 
vegetações valvares e/ou nova regurgitação), ou 
mesmo uma hemocultura para avaliar a presença de 
agentes típicos da endocardite. 
 
 
 
5 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 7°P MEDICINA 
Hematúria microscópica, hemácias dismórficas e 
cilindros hemáticos podem surgir, raramente, na 
síndrome nefrótica. 
https://www.biomedicinapadrao.com.br/2013/06/dif
erenca-entre-sindrome-nefrotica-e.html 
 
Glomérulo: 
Função de filtrar o sangue que chega ao rim, evitando 
perda de certas moléculas – proteínas e hemácias. 
Essa barreira é feita por 3 estruturas: 
• Endotélio capilar – é fenestrado, para permitir a 
passagem do filtrado 
• Membrana basal – estrutura contínua que envolve 
quase todo o capilar. Na sua porção central os 
capilares estão unidos um ao outro pelo 
mesângio, um tecido que não permite a filtração 
e funciona como sustentação para as alças. 
• Epitélio visceral – possui fenestrações e 
podócitos, que são uma barreira mecânica e 
também elétrica, repelindo proteínas de carga 
negativa. 
Quando essas barreiras são quebradas, teremos a 
presença de elementos anormais no sedimento 
urinário, originando a proteinúria e hematúria. 
 
Síndrome nefrítica: 
Quadro caracterizado por: hipertensão, edema, 
hematúria e proteinúria. 
As glomerulonefrites são processos infecciosos 
agudos que acometem o glomérulo, acarretando 
retenção de sódio pela dificuldade de excreção. Essa 
retenção pode levar ao edema e a hipertensão. 
Ocorre também ruptura e lesão de pequenas alças 
capilares, a barreira de filtração perde sua 
integridade, fazendo com que possam surgir na urina 
proteínas e hemácias. 
• Ao passar pelos capilares fenestrados, as 
hemácias são “rasgadas” e sofrem deformações, 
adquirindo um aspecto dismórfico, aumentando 
o índice de dismorfismo eritrocitário. Isso quer 
dizer que a hematúria provavelmente é de origem 
glomerular, repare que o mesmo não ocorreria 
com outras causas de hematúria, como os 
cálculos. 
• A proteinúria na síndrome nefrítica costuma ser 
de moderada intensidade, geralmente, não 
ultrapassando 3g, entretanto, pode servir como 
parâmetro de evolução, tendendo a desaparecer 
conforme a melhora do quadro. 
• Já a hematúria, principal marcador clínico, pode 
permanecer ainda que o quadro tenha resolução, 
visto que é mais complexo reconstruir as alças 
rompidas. 
 
Síndrome nefrótica: 
Quadro caracterizado por: edema generalizado, 
hipoalbuminemia, proteinúria maciça e 
hipercolesterolemia. 
Quando a perda de proteínas é maior que 3500mg 
por dia chamamos de proteinúria maciça. Essa perda 
exagerada supera a capacidade de síntese hepática, 
ocorrendo então hipoalbuminenia. A 
hipoalbuminemia, por sua vez, leva a um edema 
generalizado. A perda da integridade da barreira na 
síndrome nefrótica é drástica. O fígado, na tentativa 
de recuperar essa perda, aumenta a síntese de 
proteínas, dentre elas as lipoproteínas, culminando 
em hipercolesterolemia. 
A Síndrome nefrótica não é uma entidade única, mas 
sim um distúrbio associado a uma série de causas e 
condições diversas, que vão desde lesões primárias a 
secundárias, e até mesmo lesões visíveis apenas à 
microscopia eletrônica. 
• Não tem a presença da hematúria como marcador 
principal, pois quando está presente, geralmente 
é microscópica. 
• Clinicamente, o edema da síndrome nefrótica é 
mais acentuado que o edema presente na 
nefrítica, acometendo inclusivea face, 
caracterizando a fácies renal. 
• A urina pode se apresentar espumosa, devido ao 
excesso de proteínas. 
• Além disso, tende a acometer com mais 
frequência a faixa etária pediátrica, com a 
primeira manifestação dos 1 aos 8 anos. 
https://www.sanarmed.com/sindrome-nefritica-x-
sindrome-nefrotica 
 
A nefropatia diabética é a causa mais comum da 
síndrome nefrótica em adultos. 
A patogênese inicia-se com doença de pequenos 
vasos. A fisiopatologia é complexa, envolvendo 
glicosilação de proteínas, liberação influenciada por 
hormônios de citocinas (p. ex., fator de crescimento 
transformador beta), deposição de matriz mesangial e 
alteração da hemodinâmica glomerular. A 
hiperfiltração, uma anormalidade funcional precoce, 
é apenas um fator preditivo relativo da falência renal. 
Nefropatia diabética é assintomática nos estágios 
iniciais. Microalbuminúria constante é o sinal mais 
precoce da doença. A hipertensão e algum grau de 
edema postural eventualmente se desenvolvem na 
maioria dos pacientes não tratados. 
Nos estágios tardios, os pacientes podem 
desenvolver sinais e sintomas da uremia (p. ex., 
náuseas, vômitos, anorexia) mais precocemente [isto 
é, com taxa de filtração glomerular (TFG) mais 
elevada] que os pacientes sem a doença, 
possivelmente porque a associação da lesão de 
órgão-alvo em decorrência de diabetes (p. ex., 
neuropatia) e da insuficiência renal agrava os 
sintomas. 
https://www.msdmanuals.com/pt-
br/profissional/dist%C3%BArbios-
geniturin%C3%A1rios/doen%C3%A7as-
glomerulares/nefropatia-diab%C3%A9tica 
 
O termo nefroesclerose, originalmente descrito por 
Fahr(3), tem sido extensivamente usado na literatura 
para descrever as lesões vasculares crônicas da 
hipertensão e envelhecimento. Enquanto a 
hipertensão arterial maligna é universalmente aceita 
https://www.biomedicinapadrao.com.br/2013/06/diferenca-entre-sindrome-nefrotica-e.html
https://www.biomedicinapadrao.com.br/2013/06/diferenca-entre-sindrome-nefrotica-e.html
https://www.sanarmed.com/sindrome-nefritica-x-sindrome-nefrotica
https://www.sanarmed.com/sindrome-nefritica-x-sindrome-nefrotica
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-geniturin%C3%A1rios/doen%C3%A7as-glomerulares/nefropatia-diab%C3%A9tica
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-geniturin%C3%A1rios/doen%C3%A7as-glomerulares/nefropatia-diab%C3%A9tica
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-geniturin%C3%A1rios/doen%C3%A7as-glomerulares/nefropatia-diab%C3%A9tica
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-geniturin%C3%A1rios/doen%C3%A7as-glomerulares/nefropatia-diab%C3%A9tica
 
6 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 7°P MEDICINA 
como causa de insuficiência renal, permanece 
controverso se a hipertensão essencial “benigna” 
pode levar à insuficiência renal crônica terminal. 
Hipertensão maligna é uma reconhecida causa de 
insuficiência renal. 
 
 
http://departamentos.cardiol.br/dha/revista/5-
4/lesao.pdf 
 
 
 
05) Em relação à síndrome nefrótica, leia as 
afirmativas abaixo: 
I. A lesão mais comum encontrada (cerca de 85% 
dos casos) é a lesão mínima.; 
II. Encontramos proteinúria maciça, 
hipercolesterolemia, hipertrigliceridemia, 
hipoproteinemia e complemento C3 sempre 
baixo.; 
III. A biópsia é sempre indicada quando a doença se 
inicia no primeiro ano de vida ou após os 10 anos. 
Marque a opção verdadeira: 
a) Se todas as afirmativas acima estão corretas; 
b) Se apenas a afirmativa l é verdadeira; 
c) Se as afirmativas I, Ill estão corretas; 
d) Se as afirmativas I. Il estão corretas. 
 
Asserção I) Correta. A lesão histológica mínima é a 
causa mais comum de síndrome nefrótica em 
crianças, ocorrendo em aproximadamente 90% dos 
casos. 
Asserção II) Incorreta. Na síndrome nefrótica, de fato 
há proteinúria maciça, hipercolesterolemia, 
hipertrigliceridemiae hipoproteinemia. Entretanto, 
nem sempre há redução de complemento. 
Asserção III) Correta. A biópsia é indicada quando a 
doença apresenta-se fora da sua principal faixa de 
incidência (entre 2 e 10 anos). 
 
Síndrome Nefrótica: 
Quando a perda de proteínas é maior que 3500mg 
por dia chamamos de proteinúria maciça. 
Essa perda exagerada supera a capacidade de síntese 
hepática, ocorrendo então hipoalbuminenia. 
A hipoalbuminemia, por sua vez, leva a um edema 
generalizado. 
A perda da integridade da barreira na síndrome 
nefrótica é drástica. O fígado, na tentativa de 
recuperar essa perda, aumenta a síntese de proteínas, 
dentre elas as lipoproteínas, culminando em 
hipercolesterolemia. 
O quadro de edema generalizado, hipoalbuminemia, 
proteinúria maciça e hipercolesterolemia é o que 
chamamos de síndrome nefrótica. 
 
06) A estrutura renal constituída por células 
epiteliais especializadas na secreção de renina é: 
a) túbulo contorcido proximal 
b) alça de Henle 
c) aparelho justaglomerular 
d) túbulo contorcido distal 
 
Alternativa A: INCORRETO, são as células 
justaglomerulares do aparelho justaglomerular que 
produzem renina. 
Alternativa B:INCORRETO, são as células 
justaglomerulares do aparelho justaglomerular que 
produzem renina. 
Alternativa C: CORRETO 
Alternativa D: INCORRETO, são as células 
justaglomerulares do aparelho justaglomerular que 
produzem renina. 
O aparelho justaglomerular é composto: pela 
macula densa, as células justaglomerulares 
(arteríola aferente) e as celulas mesangias 
extraglomerulares. 
A macula densa é uma região do túbulo contorcido 
distal capaz de monitorar a concentração de Na+ e CI- 
do filtrado 
http://departamentos.cardiol.br/dha/revista/5-4/lesao.pdf
http://departamentos.cardiol.br/dha/revista/5-4/lesao.pdf
 
7 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 7°P MEDICINA 
◦ Através de um mecanismo de sinalização parácrina, 
informa às células justaglomerulares. 
As Céls Justaglomerulares por sua vez são capazes de 
produzir renina em caso de um possível hipofluxo, 
ativando o sistema renina-angiotensina-aldosterona. 
 
07) O exame de urina é fundamental no auxílio 
diagnóstico de doenças sistêmicas que 
comprometem os rins e doenças renais primárias. 
Em relação aos achados encontrados na análise 
urinária, assinale a alternativa correta. 
a) Os cilindros céreos e granulares são constituídos 
por vários tipos de células e estão associados à 
doença renal crônica. 
b) O aspecto turvo e leitoso da urina tem como 
principais causas os pigmentos biliares, a 
melanina, a porfirina e os fármacos (metildopa). 
F – aspecto turvo/opaco indica infecção bacteriana 
 
https://www.passeidireto.com/arquivo/104496760/e
xame-de-urina 
https://urologistasanchotene.com.br/urina-turva-
saiba-o-que-esse-sintoma-significa-e-o-que-
fazer/#:~:text=A%20infec%C3%A7%C3%A3o%20uri
n%C3%A1ria%20%C3%A9%20causada,resultando%
20em%20uma%20urina%20turva. 
c) O teste de esterase leucocitária positivo é o 
resultado da presença de bactérias capazes de 
reduzir nitratos em nitritos na urina. 
F – ). O teste da esterase leucocitária é um meio rápido 
de verificar a presença de piúria. O teste de nitrito 
positivo requer a presença de nitratos na urina, 
bactérias em quantidades suficientes capazes de 
converter nitratos em nitritos e condições adequadas 
(isto é, tempo suficiente) para que essa conversão 
ocorra. 
https://www.scielo.br/j/jbpml/a/VsLw3W9WQywtPN5
64PxCkWC/?format=pdf 
Esterase leucocitária (uma enzima encontrada em 
certos glóbulos brancos) na urina pode ser detectada 
pela tira reagente. A esterase leucocitária indica uma 
inflamação, causada geralmente por uma infecção no 
trato urinário. https://www.msdmanuals.com/pt-
br/casa/dist%C3%BArbios-renais-e-
urin%C3%A1rios/diagn%C3%B3stico-dos-
dist%C3%BArbios-renais-e-
urin%C3%A1rios/urin%C3%A1lise-e-cultura-de-urina 
Esterase leucocitária: A esterase leucocitária é uma 
enzima que está presente na maioria dos leucócitos 
(glóbulos brancos). Quando o teste é positivo, pode 
indicar que há inflamação no trato urinário ou nos rins. 
A causa mais comum de leucócitosna urina é ITU 
bacteriana. https://firstlab.ind.br/urinalise-o-que-e/ 
d) As células escamosas têm formato irregular, têm 
diâmetro médio de 55 um e são provenientes 
desde o cálice e a pelve renal até a bexiga. 
F – são células provenientes da descamação normal 
da uretra e da vagina. 
e) Os cristais de ácido úrico e uratos amorfos são 
placas variáveis, muitas vezes em forma piramidal, 
e precipitam em pH alcalino. 
F – os cristais de ácido úrico e cristais de urato amorfo 
são normais de urina ácida. 
 
Alternativa A: CORRETA. 
Alternativa B: INCORRETA. O aspecto turvo e leitoso 
da urina conhecido como piúria tem como principal 
causa a infecção bacteriana. 
Alternativa C: INCORRETA. Esterase leucocitária é 
uma enzima encontrada nos leucócitos urinários e 
indica inflamação, causada geralmente por infecção, 
no entanto não necessariamente esteja associada a 
presença de bactérias produtoras de nitritos. 
Alternativa D: INCORRETA. Existem três tipos de 
células epiteliais no trato urinário as escamosas, de 
transição e tubulares. As células escamosas são 
células epiteliais de maior tamanho e facilmente 
encontradas na urina provenientes da vagina e da 
uretra feminina e masculina, normalmente 
relacionada a contaminação da amostra. 
Alternativa E: INCORRETA. Os cristais de ácido úrico 
e uratos amorfos são precipitados em ambiente de 
urina com pH ácido. 
A urinálise é um teste laboratorial simples, não 
invasivo e de baixo custo que pode rapidamente 
fornecer informações a respeito do trato urinário e de 
outros sistemas corporais. 
Os cilindros formam- se nos túbulos renais a partir de 
mucoproteínas secretadas pelas células epitéliais 
tublares. 
◦ Estas proteínas se condensam formando os cilindros 
hialinos. 
◦ Os cilindros hialinos podem adquirir debris celulares 
e tornarem-se cilindros granulares. 
◦ Quando estes cilindros envelhecem e/ou se 
deterioram e se solidificam nos túbulos, ocorre a 
formação dos cilindros céreos. 
Uma urina normal pode conter poucos cilindro 
hialinos e granulosos, mas uma quantidade maior 
destas estruturas reflete uma patologia renal, mais 
precisamente uma doença tubular aguda. 
 
Proteinúria: 
É definida como a perda excessiva de proteína (acima 
de 300 mg/dia) pela urina. Existem três tipos básicos 
de proteinúria: glomerular, tubular e por overflow. A 
proteinúria de origem glomerular ocorre 
principalmente por lesões estruturais nas células 
glomerulares que cursam com modificações nas 
propriedades de filtro da barreira capilar glomerular, 
permitindo a passagem anômala de proteínas. Pode 
ser seletiva ou não seletiva, dependendo do tipo de 
lesão (tamanho dos poros do filtro glomerular ou 
alterações na carga elétrica da barreira). É o 
https://www.passeidireto.com/arquivo/104496760/exame-de-urina
https://www.passeidireto.com/arquivo/104496760/exame-de-urina
https://urologistasanchotene.com.br/urina-turva-saiba-o-que-esse-sintoma-significa-e-o-que-fazer/#:~:text=A%20infec%C3%A7%C3%A3o%20urin%C3%A1ria%20%C3%A9%20causada,resultando%20em%20uma%20urina%20turva
https://urologistasanchotene.com.br/urina-turva-saiba-o-que-esse-sintoma-significa-e-o-que-fazer/#:~:text=A%20infec%C3%A7%C3%A3o%20urin%C3%A1ria%20%C3%A9%20causada,resultando%20em%20uma%20urina%20turva
https://urologistasanchotene.com.br/urina-turva-saiba-o-que-esse-sintoma-significa-e-o-que-fazer/#:~:text=A%20infec%C3%A7%C3%A3o%20urin%C3%A1ria%20%C3%A9%20causada,resultando%20em%20uma%20urina%20turva
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https://www.scielo.br/j/jbpml/a/VsLw3W9WQywtPN564PxCkWC/?format=pdf
https://www.scielo.br/j/jbpml/a/VsLw3W9WQywtPN564PxCkWC/?format=pdf
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-renais-e-urin%C3%A1rios/diagn%C3%B3stico-dos-dist%C3%BArbios-renais-e-urin%C3%A1rios/urin%C3%A1lise-e-cultura-de-urina
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-renais-e-urin%C3%A1rios/diagn%C3%B3stico-dos-dist%C3%BArbios-renais-e-urin%C3%A1rios/urin%C3%A1lise-e-cultura-de-urina
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8 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 7°P MEDICINA 
mecanismo vigente nas diversas causas de síndrome 
nefrótica e glomerulonefrites agudas. 
Normalmente, uma grande quantidade de proteínas, 
conhecidas como de baixo peso molecular (beta-2-
microglobulina, entre outras), são filtradas nos 
capilares glomerulares. A grande maioria é 
reabsorvida no túbulo proximal do rim. Qualquer 
situação que interfira com essa reabsorção poderá 
ocasionar uma proteinúria de origem tubular. Este 
tipo de proteinúria, ao contrário da glomerular, não é 
identificado pelo uso da fita reagente, uma vez que 
esta não é capaz de detectar proteinúria de baixo 
peso. 
Situações que cursem com uma produção excessiva 
de proteínas de baixo peso molecular, aumentando 
assim a quantidade de proteína filtrada, poderiam 
suplantar a capacidade de reabsorção do túbulo 
proximal e originar proteinúria de overflow (mieloma 
múltiplo). Juntamente com a hematúria, é um sinal 
importante para o diagnóstico de patologias renais, 
podendo ser utilizado também para a monitoração da 
evolução da doença e na avaliação da resposta ao 
tratamento Microalbuminúria é definida como a 
excreção de 30 a 300 mg/dia de albumina e é 
identificada por imunoensaios quantitativos ou por 
fitas urinárias especiais. Este exame é utilizado 
sobretudo para identificar pacientes diabéticos com 
risco de desenvolver nefropatia. Mais recentemente, 
tem sido utilizado como marcador de risco 
cardiovascular 
 
Cilindros céreos: 
• São curtos, largos e com índice de refração 
elevado. 
• Tem estrutura rígida, aparência lisa homogênea, 
bordas serrilhadas. 
• Sua coloração pode ser amarela, acinzentada ou 
incolor. 
• São formados a partir da desidratação dos 
cilindros hialinos ou a partir da fragmentação dos 
elementos granulares dos cilindros granulosos. 
• São representativos da estase urinária extrema, 
que aponta insuficiência renal crônica grave. 
• Estão presentes também em casos de 
hipertensão maligna, doença renal do diabetes e 
amiloidose renal. 
 
 
Cilindros granulosos: 
• Apresentam a superfície recoberta por grânulos e 
a origem dos grânulos pode ser patológica ou 
não. 
• Os de origem não patológica são provenientes de 
lisossomos eliminados pelas células epiteliais 
tubulares renais durante o metabolismo normal. 
• Durante exercícios intensos, ocorre um aumento 
do metabolismo celular e, consequentemente, 
um aumento breve de cilindros granulosos que é 
acompanhado do aumento de cilindros hialinos. 
Já os cilindros grânulos de origem patológica são 
resultados da desintegração de cilindros celulares 
e de células tubulares ou a associação de 
proteínas filtradas pelo glomérulo². A princípio, os 
grânulos são grandes e grosseiros, entretanto, 
quando a estase urinária é estendida, os grânulos 
tornam-se finos devido sua quebra¹. 
• Estão presentes na glomerulonefrite e na 
pielonefrite. 
 
https://ufsj.edu.br/portal2-
repositorio/File/laact/Atlas-%20urinalise%204(1).pdf 
 
08) A ordem correta de apresentação, em sentido 
póstero anterior, das estruturas do hilo renal é: 
a) Ureter,artéria, veia 
b) Veia,artéria, ureter 
c) Artéria,ureter, veia 
d) Ureter,veia,artéria 
 
 
https://ufsj.edu.br/portal2-repositorio/File/laact/Atlas-%20urinalise%204(1).pdf
https://ufsj.edu.br/portal2-repositorio/File/laact/Atlas-%20urinalise%204(1).pdf
 
9 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 7°P MEDICINA 
 
 
09) Qual assertiva abaixo caracteriza a Tríade 
Clássica da Síndrome Nefrítica? 
a) Hematúria macroscópica, hipertensão arterial e 
desidratação. 
b) Hematúria macroscópica, choque hipovolêmico e 
desidratação. 
c) Hematúria macroscópica, hipertensão arterial e 
edema. 
d) Hematúria macroscópica, hipotensão arterial e 
edema. 
e) Hematúria macroscópica, hipotensão arterial e 
desidratação. 
 
As glomerulonefrites são processos infecciosos 
agudos que acometem o glomérulo, acarretando 
retenção de sódio pela dificuldade de excreção. 
Essa retenção pode levar ao edema e a hipertensão. 
Ruptura e lesão de pequenas alças capilares, a 
barreira de filtração perde sua integridade, fazendo 
com que possam surgir na urina proteínas e hemácias 
O quadro caracterizado por hipertensão, edema, 
hematúria e proteinúria é o que chamamos de 
síndrome nefrítica 
Ao passar pelos capilares fenestrados, as hemácias 
são “rasgadas” e sofrem deformações, adquirindo um 
aspecto dismórfico, aumentando o índice de 
dismorfismo eritrocitário. A proteinúria na síndrome 
nefrítica costuma ser de moderada intensidade, 
geralmente, não ultrapassando 3g, entretanto, pode 
servir como parâmetro de evolução, tendendo a 
desaparecer conforme a melhora do quadro. 
 
10) Assinale a alternativa correta em relação à 
Síndrome Nefrótica. 
a) É uma síndrome que se caracteriza por 
proteinúria acima de 3,0 g/1,73 m2 de superfície 
corporal/dia; 
b) Em adultos, a Glomeruloesclerose Segmentar e 
Focal (GESF) é a segunda causa mais comum de 
síndrome nefrótica em nosso meio (Brasil). 
c) A doença de lesão mínima e a 
Glomeruloesclerose Segmentar e Focal (GESF) 
são altamente responsivas à corticoterapia. 
d) Os pacientes com síndrome nefrótica apresentam 
um estado de hipercoagulabilidade sendo 
propensos à formação de trombos venosos e, 
mais raramente, arteriais; 
e) Pacientes com síndrome nefrótica não 
apresentam risco aumentado a infecções 
 
A síndrome nefrótica (SN) associa-se a um estado de 
hipercoagulabilidade, devido ao aumento dos níveis 
plasmáticos de fibrinogênio e de fatores V e VIII da 
coagulação, perda urinária de antitrombina III, 
alterações do sistema fibrinolítico, trombocitose e 
aumento da ativação e da agregação plaquetária. 
A síndrome nefrótica não é uma entidade única, mas 
sim um distúrbio associado a uma série de causas e 
condições diversas, que vão desde lesões primárias a 
secundárias, e até mesmo lesões visíveis apenas à 
microscopia eletrônica. 
Aqui não temos a presença da hematúria como 
marcador principal, pois quando está presente, 
geralmente é microscópica. 
O edema da síndrome nefrótica é mais acentuado 
que o edema presente na nefrítica, acometendo 
inclusive a face, caracterizando a fácies renal. 
A urina pode se apresentar espumosa, devido ao 
excesso de proteínas. Além disso, tende a acometer 
com mais frequência a faixa etária pediátrica, com a 
primeira manifestação dos 1 aos 8 anos.

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