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1 Laís Flauzino | DIAGNÓSTICO POR IMAGEM | 7°P 
Encéfalo 
4M3 – O CRÂNIO E O ENCÉFALO 
• Anatomia 
• Ossos e suturas 
• Meninges 
• Parênquima 
• Territórios vasculares 
• Lesões vasculares 
 
ESTRUTURA ÓSSEA DO CRÂNIO – 
TOMOGRAFIA CEREBRAL – (JANELAS 
ÓSSEAS) 
Observe a aparência das suturas do crânio que são 
irregulares - não deve ser confundido com fraturas 
que são tipicamente retas 
 
 
Os ossos do crânio se formam separadamente e 
depois se juntam em suturas – articulação entre os 
ossos. São feitas para serem rígidas/fixas. 
 
Suturas 
As principais suturas do crânio são as suturas 
coronal, sagital, lambdoide e escamosa. 
• A sutura metópica (ou sutura frontal) está 
presente de forma variável em adultos. 
• Sutura coronal - une o osso frontal com os ossos 
parietais sutura sagital - une os 2 ossos parietais 
na linha média 
• Sutura lambdoide - une os ossos parietais com o 
osso occipital 
• Sutura escamosa - une as escamosas porção do 
osso temporal com os ossos parietais 
• Sutura metópica - (se presente) une os 2 ossos 
fontais 
 
 
FOSSAS CRANIANAS – TC (JANELAS 
ÓSSEAS) 
• Fossa craniana anterior - acomoda a parte 
anterior dos lobos frontais 
• Fossa craniana média - acomoda os lobos 
temporais 
• Fossa craniana posterior - acomoda o cerebelo 
e o tronco encefálico 
• Fossa pituitária (pf) - acomoda a glândula 
pituitária 
 
 
SEIOS NASAIS - TC (JANELAS ÓSSEAS) 
O seio esfenoidal e as células aéreas etmoidais são 
contínuos com as vias aéreas nasais as células aéreas 
da mastóide são contínuas com o ouvido médio 
 
 
Alguns ossos são aerados – temporal nas mastoides, 
esfenoide, etmoide, seios frontais. 
Importância: processos inflamatórios. 
São estruturas que devem estar pretas – cheias de ar, 
mas se tiver inflamação vai ficar cinza – espessamento 
mucoso ou acúmulo de líquido dentro dos seios. 
 
Os seios frontais são altamente variáveis na aparência. 
Muitas pessoas não têm seios frontais (imagem 
inferior). 
 
2 Laís Flauzino | DIAGNÓSTICO POR IMAGEM | 7°P 
 
 
Seios nasais – TC (janelas ósseas): 
O espessamento da mucosa é um achado incidental 
muito comum. 
Este paciente – que apresentava sintomas de coriza – 
teve uma TC normal após traumatismo craniano. 
 
 
MENINGES – TC (JANELA PARÊNQUIMA): 
Pontos chave: o conhecimento da anatomia das 
meninges é essencial para entender as aparências 
tomográficas do sangramento intracraniano. 
As meninges são finas camadas de tecido 
encontradas entre o cérebro e a tábua interna do 
crânio. As meninges compreendem: 
• a dura-máter (camada externa e camada interna) 
• a aracnóide e 
• a pia-máter. 
A dura-máter e a aracnóide são uma unidade 
anatômica, separadas apenas por processos 
patológicos. A foice do cérebro e a tenda do 
cerebelo são dobras espessas das meninges visíveis 
na tc. Em outros lugares, as camadas meníngeas não 
são visíveis na tc, pois estão aplicadas de perto na 
tábua interna do crânio. 
 
Meninges: - TC (janela parênquima): 
 
• Dura-máter = camada externa resistente, 
aplicada de perto à mesa interna do crânio 
Está logo acima do periósteo, tábua interna do crânio. 
Reveste todo sistema nervoso – desde cérebro até 
medula sacral. 
• Aracnóide = camada fina aplicada intimamente à 
dura-máter 
• Espaço subaracnóideo = espaço entre a 
aracnóide e a pia-máter que contém delicado 
tecido conjuntivo trabeculado e LCR 
• Pia mater = camada muito fina aplicada na 
superfície do cérebro 
 
Biconvexa – em cima, colado à dura – limão – epidural. 
Subdural – entre as duras – forma de foice. 
Subaracnoide – vai se entremeando. 
 
Meninges – TC (janela parênquima): 
• A tenda do cerebelo - uma dobra interna da 
dura-máter - forma uma folha semelhante a uma 
tenda que separa o cérebro (cérebro) do 
cerebelo 
• O tentório é ancorado pelos ossos petrosos. 
• Em imagens de tc de corte axial do cérebro, o 
tentório é levemente visível passando sobre o 
cerebelo. 
• No contexto de hemorragia subaracnóidea ou 
hematoma subdural, a tenda pode tornar-se 
mais densa devido à camada de sangue. 
 
 
Meninges – TC (janela parênquima): 
 
3 Laís Flauzino | DIAGNÓSTICO POR IMAGEM | 7°P 
• A foice é uma dobra interna das meninges que 
fica na linha média e separa os hemisférios 
cerebrais esquerdo e direito. 
• Processos patológicos podem causar 'efeito de 
massa' com desvio da foice para um lado. 
• Imagens de tc de corte coronal mostram que a 
tenda do cerebelo é contínua com a foice do 
cérebro. 
• Meningiomas são tumores intracranianos 
benignos que podem surgir de qualquer parte 
das meninges, incluindo a foice ou tentório. 
 
 
ESPAÇOS LIQUÓRICOS – TC (JANELA 
PARÊNQUIMA): 
O cérebro é cercado por líquido cefalorraquidiano 
(lcr) dentro dos sulcos, fissuras e cisternas basais. 
O lcr também é encontrado centralmente nos 
ventrículos. 
Os sulcos, fissuras, cisternas basais e ventrículos 
juntos formam os 'espaços do lcr', também 
conhecidos como 'espaços extra-axiais'. 
O lcr é de menor densidade do que a substância 
cinzenta ou branca do cérebro e, portanto, aparece 
mais escuro nas imagens de tc. 
Uma apreciação das aparências normais dos espaços 
do lcr é necessária para permitir a avaliação do 
volume cerebral. 
A superfície do cérebro é formada por dobras do 
córtex cerebral conhecidas como giros. Entre esses 
giros existem sulcos, conhecidos como sulcos, que 
contêm lcr. 
As fissuras são grandes fendas cheias de lcr que 
separam as estruturas do cérebro. 
Os ventrículos são espaços localizados no fundo do 
cérebro que contêm lcr. 
 
Tudo que está entre a pia mater e a aracnoide está 
preenchido por líquor – amortece o cérebro e 
limpeza. 
Líquor é produzido no plexo coroide – pode haver 
produção excessiva que faz dilatação de ventrículos – 
hidrocefalia. 
 
Espaços liquóricos – TC (janela parênquima): 
Gyrus = uma dobra da superfície do cérebro (plural = 
giros). Sulcus = sulco entre os giros que contém lcr 
(plural = sulcos). A fissura interhemisférica separa os 
hemisférios cerebrais - as duas metades do cérebro as 
fissuras silvianas separam os lobos frontal e temporal. 
 
 
Espaços liquóricos – TC (janela parênquima): 
Os ventrículos laterais emparelhados estão 
localizados em ambos os lados do cérebro. Os 
ventrículos laterais contêm o plexo coróide que 
produz lcr. Nota: o plexo coróide é quase sempre 
calcificado em adultos. O terceiro ventrículo está 
localizado centralmente. Os ventrículos laterais se 
comunicam com o terceiro ventrículo através de 
pequenos orifícios (forames de monro). O quarto 
ventrículo está localizado na fossa posterior entre o 
tronco encefálico e o cerebelo. Ele se comunica com 
o terceiro ventrículo acima através de um canal muito 
estreito, o aqueduto de sylvius (não mostrado). O lcr 
nas cisternas basais envolve as estruturas do tronco 
cerebral. 
 
 
PARÊNQUIMA CEREBRAL – TC (JANELA 
PARÊNQUIMA): 
O cérebro consiste em estruturas de substância 
cinzenta e branca que são diferenciadas na tc por 
diferenças de densidade. 
A substância branca tem um alto conteúdo de 
axônios mielinizados. 
A substância cinzenta contém relativamente poucos 
axônios e um número maior de corpos celulares. 
Como a mielina é uma substância gordurosa, ela é de 
densidade relativamente baixa em comparação com 
a massa cinzenta celular. A matéria branca, portanto, 
parece mais negra do que a substância cinzenta. 
O cérebro tem áreas anatômicas bilaterais 
emparelhadas ou 'lóbulos'. Estes não se 
correlacionam exatamente com os ossos sobrepostos 
dos mesmos nomes. A tc não mostra claramente as 
bordas anatômicas dos lobos do cérebro. Por esta 
razão, os radiologistas frequentemente se referem 
a 'regiões', como a 'região parietal' ou 'região 
temporal', em vez de lobos. Região' ou 'região 
parieto-occipital' 
 
Parênquima Cerebral – TC (janela parênquima): 
A substância branca está localizada centralmente e 
parece mais negra do que a substância cinzenta 
 
4 Laís Flauzino | DIAGNÓSTICO POR IMAGEM | 7°P 
devidoà sua densidade relativamente baixa. 
Processos patológicos podem aumentar ou diminuir a 
diferenciação em densidade entre substância 
cinzenta e branca 
 
Substancia branca – preta. 
Substancia cinzenta – mais branca, mais densa. 
 
Parênquima Cerebral – TC (janela parênquima): 
Em ambos os lados, os lobos frontais são separados 
dos lobos parietais pelo sulco central (setas) nota: 
os lobos frontais são grandes e os lobos parietal e 
occipital são relativamente pequenos. As partes mais 
anteriores dos lobos frontais ocupam as fossas 
cranianas anteriores. Os lobos temporais ocupam as 
fossas cranianas médias. O cerebelo e o tronco 
cerebral ocupam a fossa posterior. O lobo parietal 
não é claramente delineado da região temporal ou 
occipital. 
 
 
Parênquima Cerebral – TC (janela parênquima): 
A substância cinzenta do córtex cerebral é formada 
em dobras chamadas giros. Observe que o córtex 
parece mais branco (mais denso) do que a substância 
branca subjacente. A ínsula forma uma superfície 
interna do córtex cerebral encontrada 
profundamente à fissura silviana. A perda de 
definição do córtex insular pode ser um sinal 
precoce de infarto agudo envolvendo o território 
da artéria cerebral média. 
O tálamo e os gânglios da base são facilmente 
identificáveis com a tc. 
Gânglios da base = núcleo lentiforme + núcleo 
caudado. 
Insultos aos gânglios da base podem resultar em 
distúrbios do movimento. Insultos ao tálamo podem 
resultar em síndrome de dor talâmica. 
 
 
Quando tem isquemia, morre célula: há rotura da 
parede celular, extravasamento do líquido da célula e 
isso causa reação inflamatória. Isso puxa água para 
aquele meio causando edema daquela região. Se tem 
edema na TC, fica mais preto – perde a diferenciação 
entre substância branca e cinzenta. 
 
Parênquima Cerebral – TC (janela parênquima): 
A matéria branca do cérebro encontra-se 
profundamente à matéria cinzenta cortical. 
As cápsulas internas são estreitos tratos de 
substância branca que contêm um grande número de 
axônios conectando a corona radiata e a substância 
branca do hemisfério cerebral superiormente ao 
tronco cerebral inferiormente. Cada cápsula interna 
tem um ramo anterior e um ramo posterior 
conectados no 'genu' (asteriscos). As cápsulas 
internas são supridas por ramos perfurantes das 
artérias cerebrais médias. Como esses vasos são 
pequenos, eles são suscetíveis a infartos lacunares. 
Mesmo um pequeno insulto à cápsula interna pode 
ter um efeito profundo na função motora e 
sensorial. 
 
 
Parênquima Cerebral – TC (janela parênquima): 
Imagens sagitais de tc mostram o corpo caloso como 
uma estrutura da linha média arqueando de anterior 
para posterior. 
Superiormente à cápsula interna, a substância branca 
se expande para a corona radiata e depois para a 
substância branca dos hemisférios cerebrais. 
A corona radiata de cada lado é interconectada 
através do corpo caloso. 
A parte anterior do corpo caloso é chamada de joelho 
e a parte posterior é chamada de esplênio. As lesões 
malignas do cérebro podem crescer de um 
hemisfério cerebral para o outro através do corpo 
caloso. Em outros lugares, a foice atua como uma 
barreira relativa à invasão direta. 
 
5 Laís Flauzino | DIAGNÓSTICO POR IMAGEM | 7°P 
 
 
Fossa posterior – TC (janela parênquima): 
O tronco encefálico e o cerebelo ocupam a fossa 
posterior. O software de imagem permite a 
visualização das estruturas do cérebro em diferentes 
planos. O plano sagital pode ser útil para mostrar a 
anatomia do tronco cerebral. Observação: a 
ressonância magnética pode ser necessária se houver 
preocupação específica em relação à patologia do 
tronco cerebral. 
 
 
Tronco: Pode ter hemorragia e causar parada 
cardiorrespiratóira 
 
TERRITÓRIOS VASCULARES - TC (JANELA 
PARÊNQUIMA): 
Diferentes áreas do cérebro são supridas pelas 
artérias cerebrais anterior, média e posterior em uma 
distribuição previsível. 
As estruturas da fossa posterior são supridas pelas 
artérias vertebrobasilares. 
As artérias do cérebro não são bem visualizadas na 
tc convencional, mas o conhecimento das áreas do 
cérebro que elas suprem é útil para determinar a 
origem de um insulto vascular. 
As artérias cerebral e vertebrobasilar suprem regiões 
do cérebro em uma distribuição previsível. 
As artérias cerebrais anteriores suprem uma faixa 
estreita dos hemisférios cerebrais adjacentes à 
linha média. 
A artéria cerebral média supre a maior área do 
cérebro. Múltiplos pequenos ramos perfurantes da 
artéria cerebral média suprem a região dos gânglios 
da base e da ínsula. 
As artérias vertebrobasilares suprem o cerebelo e 
o tronco encefálico. 
 
Territórios vasculares - TC (janela parênquima): 
 
 
ACA: lobo frontal, e um pouco do parietal. 
ACM: irriga a maior parte do encéfalo, núcleos da 
base. 
ACP: tálamos, parietais e occipitais. 
 
 
 
Artéria cerebelar posterior inferior (PICA em azul) 
O território da PICA está na superfície occipital inferior 
do cerebelo e está em equilíbrio com o território da 
AICA em roxo, que está na face lateral. Quanto maior 
o território do pica, menor o aica e vice-versa. 
AICA: pct ouve zumbido – relacionado com o nervo 
vestibulococlear 
 
Artéria cerebelar superior (sca em cinza) 
O território sca está na superfície superior e tentorial 
do cerebelo. 
Ramos da artéria vertebral e basilar esses ramos 
suprem a medula oblonga (em azul) e a ponte (em 
verde). 
Artéria coróide anterior (acha em azul) o território da 
acha faz parte do hipocampo, o ramo posterior da 
cápsula interna e se estende para cima até uma área 
lateral à parte posterior da célula média. 
 
 
Artérias lentículo-estriadas 
 
6 Laís Flauzino | DIAGNÓSTICO POR IMAGEM | 7°P 
As lsa's laterais (em laranja) são artérias de 
penetração profunda da artéria cerebral média 
(acm). 
Seu território inclui a maior parte dos gânglios da 
base. 
Os lsa mediais (indicados em vermelho escuro) 
surgem da artéria cerebral anterior (geralmente o 
segmento a1). 
A artéria de heubner é a maior das artérias 
lenticuloestriadas mediais e supre a parte 
anteromedial da cabeça do caudado e a cápsula 
interna anteroinferior. 
 
Artéria cerebral anterior (aca em vermelho) 
O aca supre a parte medial do lobo frontal e 
parietal e a porção anterior do corpo caloso, 
gânglios da base e cápsula interna. 
 
 
Os núcleos da base são as áreas que mais fazem 
hemorragias. 
 
Artéria cerebral média (mca em amarelo) 
Os ramos corticais da acm suprem a superfície 
lateral do hemisfério, exceto a parte medial do lobo 
frontal e parietal (artéria cerebral anterior) e a parte 
inferior do lobo temporal (artéria cerebral posterior). 
As ramificações lsa de penetração profunda são 
discutidas acima. 
 
Artéria cerebral posterior (pca em verde) 
P1 se estende desde a origem do pca até a artéria 
comunicante posterior, contribuindo para o polígono 
de willis. As artérias talamoperfurantes posteriores 
ramificam-se do segmento p1 e fornecem sangue ao 
mesencéfalo e ao tálamo. Ramos corticais do pca 
suprem a parte inferomedial do lobo temporal, pólo 
occipital, córtex visual e esplênio do corpo caloso. 
 
 
 
 
 
Pica - imagens de tc de um infarto arterial cerebelar 
inferoposterior do lado esquerdo. Observe a 
extensão posterior. O infarto foi resultado de uma 
dissecção (seta azul). 
 
Morte celular que provoca edema – rompeu a célula 
espalhou líquido – reação inflamatória. Líquido é 
preto. 
T2 – brilha. 
 
Imagens de rm de um infarto pica do lado esquerdo. 
Nos infartos unilaterais há sempre um delineamento 
nítido na linha média porque os ramos vermianos 
superiores não cruzam a linha média, mas têm um 
curso sagital. Esse delineamento nítido pode não 
ser evidente até a fase tardia do infarto. Na fase 
inicial, o edema pode cruzar a linha média e criar 
dificuldades diagnósticas. Os infartos no nível 
pontino são geralmente paramedianos e 
nitidamente definidos porque os ramos da artéria 
basilar têm um curso sagital e não cruzam a linha 
 
7 Laís Flauzino| DIAGNÓSTICO POR IMAGEM | 7°P 
média. Infartos bilaterais raramente são observados 
porque esses pacientes não sobrevivem o suficiente 
para serem estudados, mas às vezes pequenos 
infartos bilaterais podem ser observados. 
 
 
Sca - imagem de rm de um infarto cerebelar na 
região da artéria cerebelar superior e também no 
tronco cerebral no território do pca. Observe a 
limitação da linha média 
 
 
Aca - artéria cerebral anterior: segmento a1: da 
origem à artéria comunicante anterior e dá origem às 
artérias lentículoestriadas mediais (partes inferiores 
da cabeça do caudado e ramo anterior da cápsula 
interna). Segmento a2: da artéria comunicante 
anterior até a bifurcação das artérias pericalosa e 
calossomarginal. Segmento a3: ramos maiores 
(porções mediais dos lobos frontais, parte superior 
medial dos lobos parietais, parte anterior do corpo 
caloso). 
 
 
Artéria coróide anterior 
A artéria coróide anterior origina-se da artéria 
carótida interna. Raramente origina-se da artéria 
cerebral média. O território da artéria coróide anterior 
abrange parte do hipocampo, o ramo posterior da 
cápsula interna e se estende para cima até uma área 
lateral à parte posterior da célula média. Toda a área 
raramente está envolvida em infartos de acha. O ramo 
posterior da cápsula interna também recebe sangue 
das artérias lenticuloestriadas laterais. Infarto 
incomum na região do hipocampo. Parte do território 
da artéria coróide anterior e o pca estão envolvidos. 
 
Liquor preto, edema líquido dentro do parenquima 
brilhando. 
 
ARTÉRIA CEREBRAL MÉDIA 
A acm possui ramos corticais e ramos penetrantes 
profundos, chamados de artérias lentículo-estriadas 
laterais. O território das artérias perfurantes lentículo-
estriadas laterais da acm é indicado com uma cor 
diferente do restante do território da acm por ser uma 
área bem definida suprida por ramos penetrantes, 
que podem estar envolvidos ou poupados em infartos 
separadamente do território cortical principal do mca. 
Imagem t2w de um paciente com infarto no território 
da artéria cerebral média (acm). Observe que as 
artérias perfurantes lentículo-estriadas laterais da acm 
também estão envolvidas (seta laranja). 
 
 
Imagens de infarto hemorrágico na área dos ramos 
lenticuloestriados perfurantes profundos da ACM. 
 
 
8 Laís Flauzino | DIAGNÓSTICO POR IMAGEM | 7°P 
O infarto na TC tem que estar preto – baixa densidade, 
edemaciado, acúmulo de líquido. 
As vezes podemos ver imagem onde a densidade não 
está tão preta como deveria estar – infarto de núcleo 
da base como na figura tinha que estar preto 
homogêneo, mas na imagem está branco, com 
densidade se aproximando muito da densidade do 
córtex. Se a densidade está mais alta do que o edema 
que devia estar pode ser calcificação ou sangue – por 
isso faz sequencia de densidade de prótons. Tem halo 
de edema envolta da hemorragia – está cicatrizando. 
 
Imagens de tc aprimoradas de um paciente com 
infarto no território da artéria cerebral média (acm). 
Há extenso realce giral (perfusão de luxo). Às vezes, 
essa perfusão de luxo pode levar à confusão com 
realce tumoral. 
 
Foi injetado contraste – tudo o que é denso é 
contraste. Há perfusão luxuriante – as veias corticais 
captam o contraste contornando o espaço 
subaracnóide. Essa perfusão de luxo não irriga nada 
do parênquima que já morreu. Tudo preto que é 
território da ACM já infartou – foi infarto do tronco da 
ACM. 
 
A artéria cerebral média esquerda (mca) é muito 
densa devido a um trombo - compare com a 
densidade da mca direita normal. Um sinal de artéria 
densa pode ser visto antes de qualquer alteração na 
substância cinzenta e branca infartada. A baixa 
densidade já é visível na área infartada. Informações 
clínicas: hemiparesia direita de início agudo 
 
 
A perda de definição da faixa insular é outro sinal 
de infarto agudo. A faixa insular esquerda não é 
claramente vista nesta imagem. O paciente 
apresentou uma hemiparesia direita densa. 
Informações clínicas: hemiparesia direita de início 
agudo 
 
Sinal da fita insular. Um lado consegue ver o contorno 
da ínsula – diferença entre substância cinzenta e 
branca. Do outro lado perdeu o contorno. 
 
Vários meses após um evento isquêmico agudo, as 
células cerebrais na área infartada morreram, 
deixando uma área de baixa densidade. Esta imagem 
mostra a aparência típica de um infarto antigo - 
neste caso, o território direito da mca. 
 
Liquefação do parênquima - O parênquima cerebral é 
reabsorvido – vira líquor. 
 
ARTÉRIA CEREBRAL POSTERIOR (PCA) 
Os avcs profundos ou proximais causam isquemia no 
tálamo e/ou mesencéfalo, bem como no córtex. Os 
infartos superficiais ou distais do pca envolvem 
apenas estruturas corticais (4). Um paciente com 
perda aguda de visão na metade direita do campo 
visual. A tc demonstra um infarto no córtex visual 
contralateral, ou seja, no lobo occipital esquerdo 
 
 
 
9 Laís Flauzino | DIAGNÓSTICO POR IMAGEM | 7°P 
Apenas cerca de 5% dos acidentes vasculares 
cerebrais isquêmicos envolvem o pca ou seus ramos 
(3). Imagens de tc de um paciente com infarto de pca. 
Observe a perda de diferenciação da substância 
cinzenta/branca na região do lobo occipital 
esquerdo 
 
 
Os infartos divisores de águas ocorrem nas zonas 
limítrofes entre os principais territórios arteriais 
cerebrais como resultado da hipoperfusão. Existem 
dois padrões de infartos na zona limítrofe: 
• infartos da zona limítrofe cortical - infartos do 
córtex e da substância branca subcortical 
adjacente localizados na zona limítrofe de 
aca/mca e mca/pca 
• infartos da zona limítrofe interna - infartos da 
substância branca profunda do centrum semioval 
e corona radiata na zona limítrofe entre as 
perfurantes lentículo-estriadas e os ramos 
corticais penetrantes profundos da acm ou na 
zona limítrofe dos ramos da substância branca 
profunda da mca e da aca. 
 
Infartos lacunares – acontece só de um laco. Avaliar 
carótida – ocluídas com trombo geralmente. 
 
Três imagens consecutivas de tc de um paciente com 
oclusão da artéria carótida interna direita. A 
hipoperfusão no hemisfério direito resultou em 
múltiplos infartos da zona limítrofe interna. Esse 
padrão de infarto divisor de águas profundo é 
bastante comum e deve incentivá-lo a examinar as 
carótidas. 
 
 
Imagens de um paciente com pequenos infartos no 
hemisfério direito na zona limítrofe profunda (setas 
azuis) e também na zona limítrofe cortical entre os 
territórios mca e pca (setas amarelas). Há sinal 
anormal na carótida direita (seta vermelha) como 
resultado da oclusão. Em pacientes com 
anormalidades que possam indicar infartos na zona 
limítrofe, sempre estude as imagens da artéria 
carótida para procurar sinais anormais. 
 
Infartos grandes na seta amarela e infarto pequeno na 
seta azul. 
Seta vermelha mostrando que a artéria está branca e 
devia estar preta. 
 
Outro exemplo de pequenos infartos na zona limítrofe 
profunda e na zona limítrofe cortical entre os 
territórios mca e pca no hemisfério esquerdo. 
 
 
 
10 Laís Flauzino | DIAGNÓSTICO POR IMAGEM | 7°P 
Um exemplo de infartos na zona limítrofe profunda e 
na zona limítrofe cortical entre os territórios aca e mca. 
A intensidade de sinal anormal na carótida direita é o 
resultado de uma oclusão. Essa combinação de 
descobertas é tão comum que, depois de conhecer o 
padrão, você o verá muitas vezes. 
 
 
Demência vascular 
 
Os infartos lacunares são pequenos infartos nas 
partes mais profundas do cérebro (gânglios da base, 
tálamo, substância branca) e no tronco cerebral. Os 
infartos lacunares são causados pela oclusão de uma 
única artéria penetrante profunda. Os infartos 
lacunares representam 25% de todos os acidentes 
vasculares cerebrais isquêmicos. Aterosclerose é a 
causa mais comum de infartos lacunares, seguida de 
êmbolos. 25% dos pacientes com lacunas definidas 
clínica e radiologicamente tinham uma causa cardíaca 
potencial para seus acidentes vasculares cerebrais. 
 
 
As lacunas podemser confundidas com outros 
espaços vazios, como os espaços perivasculares de 
virchow-robin (vrs) aumentados. Os vrs são 
extensões do espaço subaracnóideo que 
acompanham os vasos que entram no parênquima 
cerebral. O alargamento do vrs geralmente ocorre 
primeiro ao redor das artérias penetrantes na 
substância perfurada e pode ser visto em cortes 
transversais de rm ao redor da comissura anterior, 
mesmo em indivíduos jovens (5). Imagens de tc e rm 
ao nível da comissura anterior (setas azuis). Na tc há 
uma área hipodensa no hemisfério direito, que segue 
a intensidade do sinal do lcr nas imagens t2w e flair, o 
que é típico de vrs ampliado. 
 
 
Os infartos lacunares agudos geralmente são 
invisíveis na tc e só se tornam visíveis dias ou semanas 
depois. Embora pequenos, os infartos lacunares 
podem ter consequências clínicas devastadoras. Esta 
imagem mostra infartos lacunares antigos nos 
gânglios da base esquerdos e áreas da cápsula 
interna. Vários episódios anteriores de sintomas 
neurológicos com início súbito. 
 
 
Nem tudo que brilha em T2 e FLAIR é infarto. Doenças 
desmielinizantes, tumores, doenças inflamatórias. 
Sequência de difusão – o liquor dentro do 
parênquima é difuso – circula no meio do 
parênquima. Quando há infarto, há restrição – ele 
acumula, provoca edema. Quando faz sequencia de 
difusão e o liquor brilha é pq ele está restrito. 
Nesse caso não é infarto é doença desmielinizante 
temporária. 
 
 
 
Pres é a abreviação de síndrome de encefalopatia 
reversível posterior. Também é conhecida como 
síndrome de leucoencefalopatia posterior reversível 
[slpr]. Classicamente consiste em edema vasogênico 
potencialmente reversível nos territórios da circulação 
posterior, mas estruturas da circulação anterior 
também podem estar envolvidas (6). Muitas causas 
 
11 Laís Flauzino | DIAGNÓSTICO POR IMAGEM | 7°P 
foram descritas, incluindo hipertensão, eclâmpsia e 
pré-eclâmpsia, medicamentos imunossupressores 
como a ciclosporina. O mecanismo não é totalmente 
compreendido, mas acredita-se que esteja 
relacionado a um estado de hiperperfusão, com 
rompimento da barreira hematoencefálica, 
extravasamento de fluido potencialmente contendo 
sangue ou macromoléculas e edema cortical ou 
subcortical resultante. Os achados de imagem típicos 
da pres são mais aparentes como hiperintensidade 
nas imagens flair na substância branca subcortical e 
cortical frontal parietooccipital e posterior; menos 
comumente, o tronco encefálico, os gânglios da base 
e o cerebelo estão envolvidos. São imagens de um 
paciente com sintomas neurológicos reversíveis. As 
anormalidades são vistas tanto na circulação posterior 
quanto nos gânglios da base. Continuar. 
 
 
 
Há grande variação nos territórios de drenagem 
venosa. As imagens devem ser consideradas como 
um guia aproximado 
 
 
 
 
Territórios venosos não seguem as artérias. 
Ausência de fluxo = vaso visível. 
 
Trombose venosa cerebral 
A trombose venosa cerebral resulta da oclusão de um 
seio venoso e/ou veia cortical e geralmente é causada 
por um trombo parcial ou uma compressão extrínseca 
que subsequentemente progride para a oclusão 
completa (7). Desidratação, gravidez, estado de 
hipercoagulabilidade e infecção adjacente (por 
exemplo, mastoidite) são fatores predisponentes. A 
trombose venosa cerebral é um diagnóstico difícil 
devido à sua apresentação inespecífica. 
Frequentemente se apresenta com infarto 
hemorrágico em áreas atípicas para distribuição 
vascular arterial. A imagem desempenha um papel 
fundamental no diagnóstico. Imagem de ressonância 
magnética com não visualização do seio transverso 
esquerdo. Como a anatomia venosa é variável, isso 
pode ser devido à ausência do seio transverso ou 
trombose. A imagem t1w à direita demonstra 
claramente que há um seio transverso à esquerda, 
portanto os achados da arm são decorrentes de 
trombose. Continue com as próximas imagens. 
 
A tc demonstra bem o denso seio transverso 
trombosado (seta amarela). A imagem flair demonstra 
o infarto venoso no lobo temporal. 
 
 
Trombose das veias cerebrais profundas 
 
12 Laís Flauzino | DIAGNÓSTICO POR IMAGEM | 7°P 
 
 
TROMBOSE DAS VEIAS CEREBRAIS PROFUNDAS 
A apresentação clínica da trombose do sistema 
venoso cerebral profundo é a disfunção grave do 
diencéfalo, refletida por coma e distúrbios dos 
movimentos oculares e reflexos pupilares. 
Normalmente, isso resulta em um resultado ruim. No 
entanto, existem síndromes parciais sem diminuição 
do nível de consciência ou sinais do tronco encefálico, 
o que pode levar a erros de diagnóstico iniciais. A 
trombose do sistema venoso cerebral profundo é 
uma condição subdiagnosticada quando os sintomas 
são leves e deve ser suspeitada se a paciente for uma 
mulher jovem, se as lesões estiverem nos gânglios da 
base ou no tálamo e principalmente se forem 
bilaterais. Imagens de um paciente com trombose 
venosa cerebral profunda. Observe os infartos 
bilaterais nos gânglios da base. Continuar 
 
Há ausência de fluxo vazio nas veias cerebrais 
internas, seio reto e seio transverso direito (setas 
azuis). Na angiorm o seio transverso direito não é 
visualizado

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