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hidrologia unidade 2

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17/06/23, 19:10 Ead.br
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HIDROLOGIAHIDROLOGIA
EVAPOTRANSPIRAÇÃO EEVAPOTRANSPIRAÇÃO E
INFILTRAÇÃO – VAZÕES:INFILTRAÇÃO – VAZÕES:
MEDIDAS EMEDIDAS E
REGULARIZAÇÃOREGULARIZAÇÃO
Autor: Dr. José Antônio Colvara de Oliveira
Revisor : Car los Henr ique Pere ira Assunção Gald ino
IN IC IAR
17/06/23, 19:10 Ead.br
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=9FF2J5i4zJ1C2hBUucWykQ%3d%3d&l=XqSO4WPcHBw958D1eqZf8g%3d%3d&cd=WQS… 2/31
introdução
Introdução
Inicialmente, nesta unidade, exploraremos dois aspectos da cinética da água na
terra. A evapotranspiração, que estuda o deslocamento da água no sentido terra-
atmosfera, e a in�ltração, que foca a maneira como o líquido penetra nos vazios do
solo. Além disso, destacaremos neste estudo, uma análise das vazões em rios,
abordando como medi-las e como evitar que excedam ou faltem.
Por meio da produção desses conhecimentos o pro�ssional tem condições de
estabelecer ligações entre a mudança que ocorre em uma determinada região
quando há implantação de uma hidrelétrica. Antes, existe apenas um rio
serpenteando ao longo de um vale. Após a construção da barragem forma-se um
enorme lago, com a consequente mudança considerável no volume evaporado. Do
bom entendimento desses preceitos, teremos uma boa atuação do engenheiro
dessa área do conhecimento.
17/06/23, 19:10 Ead.br
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Iniciamos este conteúdo destacando que a evapotranspiração consiste no
deslocamento da água para a atmosfera, o processo se divide em duas partes:
evaporação: compreende as águas de superfícies líquidas, como rios, lagos
e oceanos; e
transpiração: o processo pelo qual as raízes das plantas retiram a água do
solo e, pelas folhas, liberam uma parcela dessa água para a atmosfera.
Sendo assim, este estudo é fundamental para as perspectivas de implantação de
uma hidrelétrica, por exemplo, e o consequente acúmulo de água a montante para
gerar o reservatório. O imenso lago formado, que antes não existia, modi�cará
profundamente o ciclo hidrológico daquela região e vizinhanças.
Fatores de in�uência
Entre os principais parâmetros que exercem diretamente in�uência sobre a
evaporação temos:
Radiação solar : Depende da posição do sol com relação à região da terra e das
condições de clima. Em outras palavras, depende da latitude e do período do ano
em que ocorre. As tabelas de Angot fornecem os valores de radiação para cada
EvapotranspiraçãoEvapotranspiração
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latitude e para cada dia do ano. A quantidade de radiação que atinge a superfície
terrestre é variável, dependendo da quantidade de vapor, da altitude e espessura
da camada de nuvens.
Temperatura : A temperatura in�uencia diretamente a intensidade com que a água
pode evaporar, pois in�uencia a quantidade de vapor de água contida no ar.
Quanto mais quente estiver o ar, mais vapor se formará. Como o vapor favorece a
evaporação, quanto maior a temperatura, maior a evaporação.
Umidade do ar : O �uxo de vapor da superfície de água na terra para a atmosfera
tem sua dimensão aumentada quanto menor for a umidade do ar. Quanto maior a
umidade do ar, menor será a parcela de evaporação.
Velocidade do vento : Sua interveniência no processo de evaporação se dá de
forma direta e positiva, uma vez que, quando de sua ocorrência, as massas de ar
com grau de umidade elevado são afastadas das superfícies.
Salinidade da água : O teor de sal na água produz uma redução na intensidade da
evaporação. Segundo Garcez (1974, p. 132), há uma redução de 2% a 3% de
evaporação da água do mar para a água doce.
Aparelhos de medição pontual
A partir da altura da lâmina evaporada, a medida da evaporação é apresentada em
milímetros, e em espaço de tempo e área especí�cos. Nesse contexto, vejamos a
seguir algumas formas de medir a evaporação por meio de instrumentos:
Evaporímetro : A Figura 3.1 apresenta um evaporímetro Classe A, em planta e
corte. Também denominado tanque classe A , trata-se de um dispositivo cilíndrico,
de aço ou ferro galvanizado. É o método mais utilizado mundialmente. O volume
evaporado é medido com uma régua milimétrica, pela redução do volume restante
no tanque, além disso, a precipitação ocorrida também deve ser levada em
consideração. Sua instalação requer atenta observação sobre a localização, a
maneira como permanecerá, a vegetação a sua volta e o tipo de solo sobre o qual
será depositado.
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Evaporímetro de Piché : É um tubo de vidro com 30 cm de altura e 1 cm de
diâmetro. Na parte superior é fechado e na inferior, aberto, após encher de água,
coloca-se um papel �ltro. A diminuição do nível em uma escala na parte superior
mede a água evaporada.
Medidas da evapotranspiração
As medidas da evapotranspiração são realizadas de dois modos: um, mais direto,
que levanta os valores efetivamente subtraídos do solo pelas plantas, que é o
método do lisímetro , ou tanques enterrados; e outro, que necessita de medidas
durante um tempo mais longo, é o método do balanço hídrico .
Lisímetros ou tanques enterrados
A evapotranspiração pode ser quanti�cada a partir de um processo bastante
engenhoso, que se constitui na prévia construção de um poço; na construção de um
abrigo dentro deste, que é dotado de uma série de drenos; e na consequente
plantação na parte superior. Essa plantação é da espécie de vegetação da qual se
deseja medir a evapotranspiração. As pesagens são realizadas com determinada
frequência e, pela medida de água precipitada, variação da massa sobre o poço de
controle e umidade do ar, é possível chegar a valores aproximados da
evapotranspiração sobre aquela cultura. Além disso, seu funcionamento se dá em
conjunto com um pluviômetro próximo, para se ter a medida da chuva precipitada.
Figura 3.1 - Tanque Classe A
Fonte: Giancarlodessi / Wikimedia Commons.
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Estimativa por balanço hídrico
A estimativa por balanço hídrico é feita por meio dos dados pluviográ�cos de uma
bacia inteira, com suas precipitações, percolações e escoamento super�cial. Requer
um prazo mais longo do que os lisímetros, normalmente mais de um ano.
Segundo Collischonn (2013), esse tempo mais longo se deve ao fato de que a
porção de água que penetra no solo pode permanecer vários dias no interior da
bacia, antes de passar pelo exutório, que é onde se mede a saída de água não
evaporada.
A equação que proporciona essa medida é:
Em que:  E = evapotranspiração de longo prazo (mm/ano);
P = precipitação de longo prazo (mm/ano); e
Q = vazão média de longo prazo (mm/ano).
praticar
Vamos Praticar
Deseja-se conhecer quais os valores médios de evapotranspiração anual de determinada
bacia. Para tanto, conhecemos sua área, que é de . A partir de dados estatísticos
de uma série de coletas realizadas durante 10 anos, sabemos que nesta área costuma
chover 893 mm por ano. Uma estação, localizada no ponto extremo da bacia, registra a
média de de vazão. Nesse contexto, assinale a alternativa que apresenta qual a
evapotranspiração média anual da bacia, medida em milímetros.
a) 148.
b) 302.
c) 436.
E = P–Q        (Eq. 3.1)
1250km2
12 /sm3
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d) 590.
e) 745.
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Chama-se de in�ltração a ação pela qual a água penetra nas camadas do solo mais
próximas à superfície. Este movimento se dá de cima para baixo, na medida em que
ocupa os vazios do solo. Atraída pela gravidade, a água vai se deslocando até a
exaustão ou até atingir uma camada impermeável.
O modo como a água penetra no solo divide-se em três fases.
Fases
A ação de penetrar no solo envolve três fases distintas, conforme a distância e o
volume de água penetrada. Vejamos mais detalhes a seguir:
Fase de intercâmbio : Nesta etapa inicial, a água se encontra ainda pouco
distante da superfície. Por intermédio de aspiração capilar, ainda é possível
seu retorno à atmosfera, o que se daria por ação da evaporação. As raízes
das plantas também podem capturar a água e, pelas folhas, transpirar.
Fase de descida : Ocorre o deslocamento vertical, propriamente dito. A
partir daqui é o peso próprio da água que irá se sobrepor à adesão e à
capilaridade. O movimento descendente continuará até atingir uma
camada impermeável.
In�ltraçãoIn�ltração
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Fase de circulação : Com o processo de acumulação da água, formam-se
os lençóis subterrâneos. Estes, também dotados de movimento, também
devido à in�uência da gravidade, passam a atuar sob a forma de
escoamento subterrâneo.
Os lençóis subterrâneos são classi�cados, quanto à maneira como estão dispostos,
em:
lençol freático: quando submetido à pressão atmosférica, possuindo uma
superfície permeável; e
lençol cativo: quando, por estar entre duas camadas impermeáveis,
também submetido às pressões superiores à atmosférica.
Além disso, duas zonas são distinguidas no processo de in�ltração:
zona de aeração: compreende as fases de intercâmbio e de descida; e
zona de saturação: localizada na fase de circulação, constitui a zona onde
ocorre o movimento do lençol subterrâneo.
Grandezas características
Alguns termos são fundamentais para trabalharmos com a in�ltração, e, a partir
deles, poderemos deduzir algumas equações que nos proporcionam entender
melhor este fenômeno, que são:
Capacidade de in�ltração : Quantidade máxima que um solo pode absorver, na
unidade de tempo por unidade de área horizontal, expressa em mm/h.
Distribuição granulométrica : A proporção da ocorrência das partículas no solo
em função de suas dimensões, em que esta distribuição é representada
gra�camente pela curva de distribuição granulométrica .
Porosidade : Relação entre o volume de vazios do solo e seu volume total,
normalmente expressa em porcentagem.
Velocidade de �ltração : É a velocidade média com que a água se desloca através
do solo, também pode ser medida por meio da relação entre a vazão e a área da
seção horizontal, por onde se processa o escoamento, e é expressa em m/s ou
.m3/m2/dia
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Coe�ciente de permeabilidade: Em um solo saturado, é a velocidade de �ltração da
água, expresso em m/s ou .
Medidas de in�iltração
Para medir a capacidade de in�ltração da água nos solos, o aparelho mais utilizado
é denominado in�ltrômetro. Este instrumento é composto de dois cilindros
concêntricos que devem ser cravados no solo do qual se deseja medir a in�ltração.
Depois, deve-se encher d'água o cilindro externo, com a �nalidade de que, ao
introduzir água no cilindro interno (que é o que efetivamente se deseja medir), a
água do externo penetrada impeça o desvio da água do interno pelas laterais,
assegurando, assim, medida apenas da in�ltração vertical. No anel externo existe
uma escala, na qual se lê de tempos em tempos a lâmina d'água in�ltrada. Isto gera
uma tabela que deverá ser utilizada nos diversos métodos de cálculo de taxa de
in�ltração. Aqui veremos o método de Horton.
Método de Horton
Dos modelos simpli�cados de cálculo da in�ltração de água no solo, o proposto por
Horton é um dos mais utilizados. O método parte de uma tabela com os valores de
in�ltração retirados da prova de solo do in�ltrômetro. De posse desses dados,
aplica-se a equação a seguir:
/ /diam3 m2
Figura 3.2 - In�ltrômetro
Fonte: Collischonn (2013).
17/06/23, 19:10 Ead.br
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Em que:  f = capacidade de in�ltração em um instante qualquer (mm/h);
fc = capacidade de in�ltração em condição de saturação (mm/h);
fo = capacidade de in�ltração em solo seco (mm/h);
𝜷 = parâmetro a ser determinado a partir de medições em campo (1/h); E,
t = tempo de cada medição (h).
O método �ca melhor expresso por meio de um exemplo numérico, que o aluno
pode acompanhar no item “Atividade”, com passos detalhados para melhor
assimilação.
praticar
Vamos Praticar
Em uma determinada região deseja-se conhecer a capacidade máxima de in�ltração da
chuva no solo local. Para tanto, foi realizado um teste com o in�ltrômetro, do qual
resultaram os dados a seguir. Com base nos dados da amostra e utilizando o método de
Horton, calcule a capacidade máxima de in�ltração nesse solo.
f = fc + (fo − fc). e − t      (Eq. 3.2)
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O termo vazão, no caso da Hidrologia, diz respeito à quantidade de água que passa
por uma determinada seção na unidade de tempo. Pode ser medida, por exemplo,
em litros por segundo, assim como em metros cúbicos por segundo.
O conhecimento da vazão nos permite, na agricultura, saber se determinada
espécie pode ser plantada com adequado regime de irrigação. Também é útil para
conhecermos o regime de um rio e a maneira como seu volume de água avança
sobre as margens.
Alguns termos que utilizaremos ao longo deste tópico são de particular importância
para este estudo e devem ser conhecidos com familiaridade. Vejamos a seguir:
Escoamento permanente : Quando velocidade, vazão e nível da água não se
alteram ao longo de um determinado trecho de um rio ou canal.
Escoamento uniforme : Quando velocidade média , vazão e nível da água não se
alteram ao longo de um determinado trecho de um rio ou canal.
Área molhada : Área da seção transversal que escoa um rio.
Perímetro molhado : Soma dos lados da seção transversal com os quais a água
tem contato.
Medição de vazãoMedição de vazão
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Raio hidráulico : \(R_h = A_m / P_m~~~~~~(Eq. 3.6)\}
Fórmula de Manning
Para canais com escoamento permanente e uniforme, pode-se utilizar a fórmula de
Manning para o cálculo da velocidade.
Equação de Manning: 
Em que V = velocidade da água (m/s);
Rh = raio hidráulico (m);
S = declividade do rio (m/m) ou (%); e
n = coe�ciente de Manning, adimensional.
Da fórmula de Manning, podemos calcular a vazão:
Vazão : volume por unidade de tempo.
Também pode ser calculada pela velocidade da água multiplicada pela área por
onde se mede essa velocidade : 
Substituindo a equação 3.7 na 3.8: 
Para os valores de n na equação 3.7, temos a Tabela 3.2:
V =         (Eq. 3.7)
×R2/3h S
1/2
n
Q = V × A      (Eq. 3.8)
Q = A          (Eq. 3.9) 
×R2/3h S
1/2
n
17/06/23, 19:10 Ead.br
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Tabela 3.2 - Valores de n na equação 3.7
Fonte: Adaptada de Azevedo Netto (2015).
As fórmulas para cálculo da área molhada, perímetro molhado, raio hidráulico e
largura do topo das seções transversais da maioria dos tipos de canais encontram-
se na tabela a seguir.
17/06/23, 19:10 Ead.br
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Tabela 3.3 - Valores do coe�ciente n de Manning para canais abertos
Fonte: Elaborada pelo autor.
17/06/23, 19:10 Ead.br
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Fonte: Elaborada pelo autor.
Forma
da
seção
Área molhada
Perímetro
molhado
Raio hidráulico
Largura
do topo
b × h b + 2 × h b×hb+2×h b
(b + m × h)h b + 2h 1 + m2
− −−−−−√
(b+m×h)h
b+2h 1+m2√
b + 2mh
mh2 2h 1 + m2
− −−−−−√ mh
2
2h 1+m2√
2mh
(θ − sinθ)18 D
2 θ⋅D
2
(1 − )D1
4
sinθ
θ
(sin )Dθ2
π⋅D2
8
π⋅D
2 =
D
4
h
2 D = 2 ⋅ h
17/06/23, 19:10 Ead.br
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Outra maneira de medir vazão em pequenos canais, usada com frequência em
zonas agrícolas, é o vertedor.
Trata-se de uma estrutura de soleira delgada, com uma passagem para a água. A
altura que a água se eleva antes do vertedor é medida por uma régua. Com base
nessa medida e em função do tipo de vertedor, usando uma equação calcula-se a
vazão. A seguir, a descrição dos tipos de vertedores mais utilizados.
VertedoresVertedores
Figura 3.4 - Vertedor em pequenos canais de irrigação
Fonte: Micha Klootwijk / 123RF.
17/06/23, 19:10 Ead.br
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Vertedor retangular
Para o vertedor retangular utiliza-se a fórmula de Francis:
Em que:
L = largura da crista do vertedor (m) e H = altura de água acima da soleira(m).
Essa altura deve ser medida um pouco antes do vertedor, de modo a evitar o efeito
de rebaixamento do nível nas proximidades deste. É recomendado que essa
distância seja maior que 5H. Esse tipo deve possuir parede delgada, ou seja, com
espessura menor que H. Recomenda-se seu uso para cursos d'água onde a razão
altura da soleira / altura d'água acima da soleira não exceda 3,5.
Vertedor trapezoidal
Quando o talude for de 1:4 (o mais utilizado), pode-se utilizar a mesma fórmula do
retangular.
Vertedor triangular
Normalmente utilizado para medidas de maior precisão, especialmente em
laboratórios, construídos de chapas metálicas. A vazão ( ) é obtida por
, sendo H altura (m) acima do vértice do vertedor.
Calha Parshall
Podem ser construídas ou vendidas prontas em material sintético. Neste último
caso o próprio fabricante fornece uma tabela que relaciona a escala existente na
sua parte interna com a vazão.
Diluição de traçador
Emprega-se este método onde os anteriormente descritos sejam de difícil ou
impossível utilização. Injeta-se uma solução em um ponto à montante e examina-se,
em um ponto à jusante, a modi�cação na concentração da substância. Por meio de
equações  apropriadas, essa modi�cação é transformada em medida de vazão.
Q = 1, 838 × L × H 3/2
m3
Q = 1, 4H 5/2
17/06/23, 19:10 Ead.br
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Método dos molinetes
Utilizado em cursos d'água nos quais se torne difícil ou mesmo impossível medir
com os métodos anteriores. Também conhecido como método por área e
velocidade, utiliza-se do fato de que a vazão é o produto da velocidade com que a
água está passando em determinada área pela própria área da seção transversal
em que isso está ocorrendo. Isso envolve a necessidade de se conhecer dois
aspectos básicos: a área e a velocidade.
O molinete é um instrumento dotado de hélice que, movida pelo �uxo de água,
conta as voltas executadas em torno de seu eixo. Por meio de um mecanismo ou
um sistema digital, essa contagem é transformada em valores de velocidade. O
instrumento é instalado solidário a uma haste e ajustado para medir a velocidade
em diversas alturas a partir do leito. Isso se deve ao fato de que a velocidade do rio
não é a mesma em todos os pontos da vertical, diminuindo à medida que se
aproxima do leito ou das margens. Normalmente, são utilizadas medidas em dois
pontos da vertical, a 20% e 80% do fundo, e é calculada a média entre elas.
Quanto à quantidade de verticais a serem utilizadas, Back (2006) recomenda a
seguinte relação na tabela:
Figura 3.5 - Molinete e haste vertical
Fonte: Elaborada pelo autor.
17/06/23, 19:10 Ead.br
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Tabela 3.4 - Distâncias recomendadas entre as verticais
Fonte: Back (2006, p. 266).
A vazão total do rio é obtida integrando o produto da velocidade pela área. O
método mais utilizado é chamado de método da meia seção . Nele, as parcelas de
área da seção transversal junto às margens não são computadas. Para minimizar
essa diferença, procura-se aproximar  as verticais inicial e �nal o máximo possível
das margens.
praticar
V P ti
Largura do rio Distância entre verticais
(m) (m)
< 3 0,3
3 a 6 0,5
6 a 15 1,0
15 a 30 2,0
30 a 50 3,0
50 a 80 4,0
80 a 50 6,0
150 a 250 8,0
> 250 12,0
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praticar
Vamos Praticar
Para estimar a vazão média em uma determinada seção transversal de um rio, foi adotado
o processo do molinete. O rio possui 30 m de largura e foi dividido em 6 verticais, que
apresentaram as velocidades a seguir, tomadas a 20% e 80% respectivamente. Calcule a
velocidade média e a vazão do rio nesta seção.
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O estudo da regularização de vazões se constitui em um importante aliado do
engenheiro quando é necessário resolver o grave problema de cursos d'água que
são utilizados como por exemplo para construção de reservatórios de
abastecimento e possuem um comportamento diferente para a estação das cheias
e das secas.
Regularização deRegularização de
vazõesvazões
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Conceito
Regularizar vazões é o procedimento pelo qual se pretende que determinado rio
tenha a mínima variabilidade de vazão ao longo do ano. Uma das soluções é a
construção de reservatórios, onde o excesso da estação chuvosa �que armazenado
para a estação de estio, além disso, as barragens são uma maneira de provocar o
aparecimento desses reservatórios.
reflita
Re�ita
O que estudamos anteriormente, sobre a
regularização de vazões, dá uma ideia da
atuação do engenheiro nessa área. O
controle de enchentes ou a segurança de
abastecimento são dois problemas
diferentes, que muitas vezes podem ser
resolvidos por meio da mesma ciência: a
regularização de vazões. Re�ita como é
importante o conhecimento das
ferramentas aqui abordadas no sentido
de resolver problemas graves, como o
frequente caso de desabastecimento ou
falta de água em diversas regiões do país.
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Em relação a este assunto, alguns conceitos são importantes para que tenhamos
um perfeito entendimento sobre as diversas variáveis.
Consideremos, na �gura a seguir, uma barragem com a consequente elevação das
águas à montante de determinado curso d'água.
Para entendermos melhor a Figura 3.6, veja a legenda a seguir:
saibamais
Saiba mais
A proteção contra cheias é um dos maiores
problemas das grandes cidades. Em Tokyo foi
construído o maior conjunto de reservatórios do
mundo para evitar esse problema. Ao todo é
uma rede de 6,4 km de túneis, interligando
reservatórios sob a região metropolitana de
Tokyo. Para encontrar mais detalhes, inclusive
um vídeo com documentário, acesse o conteúdo
a seguir.
ACESSAR
Figura 3.6 - Barragem e reservatório a montanteFonte: Elaborada pelo autor.
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1. Sobrearmazenamento : Volume não aproveitado. Fica acima do nível
normal.
2. Nível normal .
3. Volume útil : Volume armazenado entre os níveis mínimo e normal.
4. Nível máximo normal de operação ( ) : Cota máxima a que as
águas se elevam, nas condições normais.
5. Soleira do vertedor ou crista .
6. Barragem .
7. Conduto de descarga .
8. Volume morto : Volume retido abaixo do nível mínimo.
9. Nível mínimo ( ) : Cota mínima à qual as águas podem atingir em
condições normais.  //  Cota do conduto de saída mais baixo.
10. Fundo do rio .
11. Superfície natural do rio, antes de ser represado .
Outros conceitos importantes a respeito deste tema são destacados a seguir:
Período crítico : Período em que o reservatório, inicialmente cheio e sem
preenchimento total intermediário se torna mínimo.
Energia �rme : Energia possível de ser produzida no período crítico. //   Máxima
produção contínua de energia que pode ser obtida supondo a ocorrência da
sequência mais seca registrada no histórico de vazões do rio onde está localizada.
Demanda: Volume de saída (V_{S) . Retirada de água do reservatório
(abastecimento etc.).
Capacidade Mínima de um reservatório
para uma vazão regularizada
Um reservatório pode ter sua capacidade mínima dimensionada em função do que
se deseja para chegar ao objetivo de possuir uma vazão regularizada. Para tanto, é
necessário ter o conhecimento da vazão demandada. O próximo passo é elaborar
uma tabela com as vazões mensais observadas em certo período. Analisando os
dados, destaca-se o período crítico, ou seja, aquele em que se faz necessária uma
reposição de água para atingir a demanda.
Namáx.n.o.
Namín
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indicações
Material
Complementar
FILME
A Lei da Água
Ano: 2015
Comentário: Com foco nas mudanças ambientais e na
redução do espaço essencialmente natural, este �lme tem
como �o condutor o novo Código Florestal. Mostra as
diversas possibilidades de interveniência, para o bem ou
para o mal, do homem na natureza. Um dos focos é a água
disponível para o ser humano.
Para conhecer mais sobre o �lme, acesse o trailer a seguir.
TRA ILER
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LIVRO
Hidrologia: ciência e aplicação
Carlos E. M. Tucci
Editora: ABRH
ISBN: 978-85-7025-924-0
Comentário: O dimensionamento da capacidade do
reservatório criado por construção de barragens é um dos
temais mais importantes na Hidrologia. A alternância entre
períodos de cheias e de secas indica que a engenharia
hídrica tem uma contribuição primordial no sentido de os
municípios terem disponibilidade de água tanto no verão
quanto no inverno. Um aprofundamento dos cálculos aqui
analisados pode ser encontrado em Tucci (2009), no
capítulo escrito por Antonio Eduardo Lanna.
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conclusão
Conclusão
Vimos nesta unidade importantes conceitos para nosso perfeito conhecimento da
água na natureza. A Hidrologia procura se valer das variáveis estudadas para
compreender como ocorre o ciclo da água em seus diversos modelos.
Além disso, destacamos que a in�ltração e a evaporação são dois exemplos de
como a água se desloca ao longo de todo esse processo. Outros temas abordados
aqui foram: a medida de vazões, a maneira de controlar o acesso a este bem nos
períodos de escassez e o modo como evitar transtornos nos períodos de cheias. Em
todos pudemos constatar como o estudo desses fatores se reveste de importância
para o pro�ssional da Engenharia.
referências
Referências
Bibliográ�cas
AZEVEDO NETTO, J. M. Manual de Hidráulica . 9. ed. São Paulo: Blücher,  2015.
BACK, Á. J. Hidráulica e hidrometria aplicada . Florianópolis: Epagri, 2006.
COLLISCHONN, B. Exercício in�ltração - hidrologia. YouTube . Vídeo. 2016.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=fPR9iPYtPSk . Acesso em: 05 dez.
2019.
https://www.youtube.com/watch?v=fPR9iPYtPSk
17/06/23, 19:10 Ead.br
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COLLISCHONN, W. Hidrologia para engenharia e ciências ambientais . Porto
Alegre: ABRH, 2013.
GARCEZ, L. N. Hidrologia . São Paulo: Blucher, 1974.
TUCCI, C. E. M. (Org.) Hidrologia : Ciência e aplicação. 4a ed. Porto Alegre: ABRH,
2009.
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