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Gestão e tratamento dos resíduos sólidos industriais

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18/06/2023 10:19 Gestão e tratamento dos resíduos sólidos industriais
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212en/03557/index.html# 1/52
Gestão e tratamento dos resíduos sólidos industriais
Profª. Renildes Matos de Freita
Descrição
A identificação dos aspectos legais e conceitos que auxiliam o aprimoramento da gestão dos resíduos
sólidos industriais sob o viés da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS).
Propósito
Obter conhecimentos técnicos, teóricos e legais sobre a problemática da gestão dos resíduos sólidos
industriais, isto é, gerados dentro dos processos produtivos, entendendo a legislação pertinente, a fim de se
capacitar e se conscientizar acerca da necessidade de minimizar a geração de resíduos e da
responsabilidade pelo ciclo de vida do seu produto.
Objetivos
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Módulo 1
Fundamentos da legislação especí�ca
Interpretar a legislação vigente.
Módulo 2
Tipos, características e riscos dos resíduos sólidos industriais
Identificar os tipos e as características dos resíduos sólidos industriais.
Módulo 3
Tratamento e disposição dos resíduos sólidos industriais
Identificar os tipos de tratamentos e de disposição final dos resíduos sólidos industriais.
Módulo 4
Planos de gerenciamento de resíduos sólidos industriais
Analisar os fatores que afetam o desempenho do sistema.

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Introdução
Assista ao vídeo introdutório e compreenda os principais conceitos relacionados aos resíduos sólidos
industriais.
1 - Fundamentos da legislação especí�ca
Ao �nal deste módulo, você será capaz de interpretar a legislação vigente.
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Vamos começar!
Fundamentos da legislação
Assista ao vídeo e entenda melhor os fundamentos da legislação.
Princípios da legislação especí�ca
A Constituição Federal de 1988, de forma inédita, implica a proteção ambiental em vários de seus preceitos,
consolidados no seu art. 225, reservado à temática ambiental. Esse artigo, prescreve que todos têm direito a
um meio ambiente ecologicamente equilibrado, impondo sobre o poder público e a comunidade o dever de
defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
A Constituição Federal ressalta a proteção ambiental.
Como forma de cumprimento da Constituição, a Lei nº 7.802, de 11 de julho de 1989, conhecida como Lei
dos Agrotóxicos, estabeleceu o procedimento e a destinação final dos resíduos e embalagens relacionados

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a agrotóxicos, seus componentes e afins. Ao mesmo tempo, foi proposto o Projeto de Lei do Senado nº 354,
que prescreveu responsabilidades quanto ao destino final dos resíduos gerados pelos sistemas de saúde em
termos de acondicionamento, tratamento, movimentação e eliminação, dando início a debates que
fomentaram o elaboração de uma política nacional de resíduos.
Foram mais de 20 anos de discussões até o estabelecimento de uma política
nacional de resíduos, 29 anos após o lançamento da Lei nº 6.938, de 31 de agosto
de 1981, que criou a Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA), o Sistema
Nacional do Meio Ambiente (Sisnama) e o Conselho Nacional do Meio Ambiente
(Conama).
Assim, o Governo Federal aprovou em 2 de agosto de 2010, pela Lei nº 12.305, a Política Nacional de
Resíduos Sólidos (PNRS), em conjunto com a PNMA e a Política Nacional de Educação Ambiental (Lei nº
11.445, de 5 de janeiro de 2007), a fim de estabelecer diretrizes para a gestão integrada e para a gestão de
resíduos sólidos.
Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS)
Considerada um marco regulatório para a gestão de resíduos, a PNRS incorpora novos conceitos e propõe
ferramentas de gestão, como: gestão integrada de desperdício, responsabilidade compartilhada, Planos
Integrados de Resíduos Sólidos, coleta seletiva e sistemas de Logística Reversa, incentivando a criação e o
desenvolvimento de cooperativas de materiais reutilizáveis e materiais recicláveis, bem como estimulando a
educação ambiental.
Exemplo de madeira triturada usada como combustível sólido de biomassa, útil para cobertura orgânica em jardinagem e paisagismo.
Essa política defende a prevenção e a redução da geração de resíduos, definindo prioridades na sua gestão,
nomeadamente: não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento e disposição em aterros, que é a
última opção na gestão. A Gestão Integrada de Resíduos Sólidos consiste na concepção, implementação e
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administração de sistemas de gestão, considerando a ampla participação dos setores da sociedade, com
vistas ao desenvolvimento sustentável. A PNRS destaca:
Fabricantes de pneus têm responsabilidade sobre a coleta e a destinação de resíduos gerados por esses produtos.
Responsabilidade compartilhada
A lei cria o conceito de responsabilidades compartilhadas para a coleta e a destinação de resíduos sólidos
gerados por uma série de setores industriais e comerciais. Essas obrigações legais se aplicam a
produtores, importadores, varejistas e distribuidores de sete indústrias (pneus, óleos lubrificantes, baterias,
pesticidas, lâmpadas fluorescentes, produtos elétricos e eletrônicos) e embalagens em geral (que podem
envolver diferentes setores e abordagens). Os produtores e importadores desses produtos precisam
garantir que eles são devidamente eliminados no final da sua vida útil. Isso exige o desenvolvimento de
sistemas de recolhimento, reciclagem, reutilização ou descarte ambientalmente adequado de tais
produtos (referido como a “logística reversa” da cadeia de suprimentos original associada a esses
produtos).
Os Planos Integrados de Gestão de Resíduos são fundamentais para setores públicos e privados da sociedade.
Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS)
Os planos integrados de gestão de resíduos devem ser implementados em todos os níveis de governo e
dirigidos às seguintes situações: microrregiões, regiões metropolitanas ou aglomerações urbanas,
intermunicipal, municipal e setores privados. No capítulo II da PNRS, estão definidas as diretrizes para
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cada plano, assim como a sua duração de atuação e revisões. Em relação aos setores privados, o PGRS é
parte integrante para obtenção de licenciamento ambiental do empreendimento.
A separação e a organização na fonte geradora é primordial para o tratamento dos resíduos.
Coleta seletiva
A coleta seletiva consiste na separação dos resíduos na fonte geradora, conforme sua constituição ou
composição, cabendo ao titular dos serviços de limpeza urbana a sua implantação nos municípios.
Também deve ser considerada na elaboração do Plano Municipal de Gestão de Resíduos Sólidos, criando
instrumentos econômicos e técnicos para sua viabilização por meio da responsabilidade compartilhada,
da logística e da inclusão socioeconômica dos catadores.
A indústria tem investido no tratamento de resíduos para reutilização em seu ciclo produtivo, visando à economia e à sustentabilidade.
Logística reversa
A logística reversa é um instrumento utilizado para viabilizar a coleta e a restituição de resíduos sólidos ao
setor empresarial, para reutilização em seu ciclo produtivo ou outros, ou para que sua destinação final seja
realizada de maneira e em local ambientalmente adequados. Fabricantes, importadores, distribuidores e
comerciantes deagroquímicos são obrigados a estruturarem e implantarem sistemas de logística reversa
para seus resíduos e embalagens, bem como aqueles que trabalham com outros produtos cuja
embalagem, após o uso, constitua resíduos perigosos, tais como: baterias; pneus; óleos lubrificantes, seus
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resíduos e embalagens; lâmpadas fluorescentes, sódio e vapor de mercúrio e luz mista; e produtos
eletrônicos e seus componentes.
A educação ambiental transforma positivamente comportamentos e estilos de vida.
Educação ambiental
A educação ambiental é um instrumento da PNRS para melhorar o conhecimento de valores,
comportamentos e estilos de vida relacionados à gestão de resíduos e deve estar em consonância com as
disposições da Política Nacional de Educação Ambiental.
A PNRS obriga as empresas a realizarem a gestão correta dos resíduos, abrangendo todas as suas etapas.
Alguns dos objetivos da PNRS são:
A gestão de resíduos está relacionada à saúde pública, em virtude dos riscos de doenças causadas
pelos resíduos. Além da contaminação do solo e da água, provocando agravos de saúde para a
população, os lixões, por meio da eventual contaminação viral e da emissão de gases de efeito
estufa, causam mudanças climáticas. A Política Nacional de Resíduos Sólidos determina que os
setores público e privado realizem a gestão dos resíduos para evitar que esses materiais sejam
encaminhados incorretamente aos aterros sanitários. Com o apoio de pesquisa, desenvolvimento e
inovação de empresas especializadas em gestão de resíduos, a capacidade energética dos materiais
pode ser calculada, permitindo, por exemplo, o direcionamento para sistemas de tratamento mais
nobres. Dessa forma, é possível evitar o descarte em aterros e promover a economia circular.
Proteção da saúde pública 
Redução, reutilização e reciclagem 
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Reduzir a quantidade de materiais em aterros e promover condições que possibilitem o retorno às
indústrias como matéria-prima são princípios da PNRS, reduzindo impactos ambientais e riscos de
poluição, bem como promovendo a economia circular.
A PNRS foi outra fonte de incentivo para os geradores de resíduos praticarem a sustentabilidade em
todos os seus processos. Algumas empresas passaram a olhar o assunto com mais cuidado,
mensurando a capacidade de destacar sua marca e investindo em ações que promovam a economia
circular.
Outro objetivo da PNRS que merece destaque é o desenvolvimento de tecnologias limpas para
minimizar os impactos ambientais. Atualmente, existem centros de pesquisa especializados em
desenvolvimento e inovação, capazes de estudar os resíduos e suas características, desenvolvendo
tecnologias sustentáveis para promover a economia circular. Muitas vezes, as empresas carecem de
expertise e know-how para decidir o que fazer com os resíduos gerados. Por isso, pesquisadores e
cientistas especialistas são contratados para desenvolver novos materiais, com o objetivo de
reintroduzir os resíduos da empresa na cadeia produtiva.
Outro ponto que merece destaque é o incentivo à indústria de reciclagem para estimular o uso de
matérias-primas e insumos provenientes de materiais que foram reciclados. Com isso, a empresa
cuida do meio ambiente, cumpre a PNRS e constrói sua própria imagem perante a sociedade,
mostrando que é uma empresa sustentável e preocupada com o meio ambiente.
Incentivo à adesão de padrões sustentáveis de produção e consumo 
Desenvolvimento e aprimoramento de tecnologias limpas 
Incentivo à indústria de reciclagem 
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Novo regulamento da Política Nacional de Resíduos
Sólidos
Em 12 de janeiro de 2022, entrou em vigor o Decreto Federal nº 10.936/2022, regulamentando a PNRS,
trazendo importantes dispositivos como:
1. A criação do Sistema Nacional de Programa de Logística Reversa, instrumento de coordenação e
integração dos sistemas de logística reversa por meio do Sistema Nacional de Informações sobre Gestão
de Resíduos Sólidos (SINIR) e do Plano Nacional de Resíduos Sólidos.
2. O reforço da fiscalização sobre o cumprimento das obrigações relativas aos segmentos em que já existem
sistemas de logística reversa, assim como a caracterização de infrações administrativas e crimes
ambientais em caso de descumprimento das obrigações legais estabelecidas na legislação.
3. A obrigação de destinar resíduos perigosos inflamáveis por meio da indústria de recuperação de energia,
seguindo a não geração, a redução, a reutilização, a reciclagem, o tratamento de resíduos sólidos e a
disposição final ambientalmente adequada dos resíduos.
4. A elaboração do manifesto de transporte de resíduos, documento autodeclaratório válido em todo o
território nacional.
5. A disponibilização de planos específicos de gestão de resíduos sólidos para micro e pequenas empresas,
bem como casos de isenção.
Em resumo, o novo decreto harmoniza e unifica dispositivos legais que estavam dispersos e, ao mesmo
tempo, ratifica conceitos e obrigações já previstos pela PNRS, visando à gestão adequada dos resíduos
sólidos no território nacional.
Dispositivos legais sobre resíduos sólidos
Para garantir uma gestão adequada dos resíduos, existe uma legislação extensa que deve ser aplicada aos
diferentes tipos de resíduos (perigosos ou não perigosos). Vejamos, a seguir, a lista geral dos regulamentos
atuais aplicáveis:
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Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998: Lei de Crimes Ambientais.
Decreto nº 4.074, DE 4 DE JANEIRO DE 2002: Decreto dos Agrotóxicos regulamenta a Lei nº 7.802, de
11 de julho de 1989, que dispõe sobre a pesquisa, a experimentação, a produção, a embalagem e
rotulagem, o transporte, o armazenamento, a comercialização, a propaganda comercial, a utilização, a
importação, a exportação, o destino final dos resíduos e embalagens, o registro, a classificação, o
controle, a inspeção e a fiscalização de agrotóxicos, seus componentes e afins.
Resolução Conama nº 334, de 3 de abril de 2003: Procedimentos de licenciamento ambiental de
estabelecimentos destinados ao recebimento de embalagens vazias de agrotóxicos.
Resolução Conama nº 316, de 29 de outubro de 2002: Procedimentos e critérios para o funcionamento
de sistemas de tratamento térmico de resíduos.
Resolução Conama nº 401, de 4 de novembro de 2008: Estabelece os limites máximos de chumbo,
cádmio e mercúrio para pilhas e baterias comercializadas no território nacional e os critérios e padrões
para o seu gerenciamento ambientalmente adequado, e dá outras providências.
NBR 10.004/2004 – Resíduos sólidos – Classificação: Classifica os resíduos sólidos quanto aos seus
riscos potenciais ao meio ambiente e à saúde pública.
NBR 12.235/1992 – Armazenamento de Resíduos Sólidos Perigosos: Condições exigíveis para
armazenamento de resíduos sólidos perigosos, de forma a proteger a saúde pública e o meio ambiente.
NBR 14.725/2005 – Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos (FISPQ): Fornece
informações sobre vários aspectos dos produtos químicos (substâncias ou preparos) quanto à
proteção, à segurança, à saúde e ao meio ambiente.
NBR 8.418/1984 – Apresentação de projetos de aterros de resíduos industriais perigosos –
Procedimentos.
NBR 10.157/1987 – Aterros de resíduos perigosos – Critérios para projeto, construção e operação –
Procedimento.
NBR 13.896/1997 – Aterros de resíduos não perigosos – Critérios para projeto, implantação e
operação.
NBR 11.174/1990 – Armazenamento de resíduos classes II - não inertes e III - inertes– Procedimento.
NBR 13.221/2010 – Transporte terrestre de resíduos.
NBR 11.175/1990 – Incineração de resíduos sólidos perigosos – Padrões de desempenho –
Procedimentos.
NBR 13.894/1997 – Tratamento no solo (landfarming).
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NBR 10.005/2004 – Resíduos sólidos – Classificação.
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Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
(Objetiva - 2021) Segundo a Lei nº 12.305/2010 — Política Nacional de Resíduos Sólidos, na gestão e
gerenciamento de resíduos sólidos, deve ser observada a seguinte ordem de prioridade:
Parabéns! A alternativa A está correta.
A Política Nacional de Resíduos Sólidos define as prioridades na gestão e gerenciamento de resíduos
sólidos, priorizando ordenadamente a não geração de resíduos, a redução, a reutilização, a reciclagem, o
A
Não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento dos resíduos sólidos e
disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos.
B
Redução, não geração, reciclagem, reutilização, tratamento dos resíduos sólidos e
disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos.
C
Não geração, redução, reciclagem, reutilização, disposição final ambientalmente
adequada dos rejeitos e tratamento dos resíduos sólidos.
D
Reutilização, redução, não geração, reciclagem, tratamento dos resíduos sólidos e
disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos.
E
Tratamento dos resíduos sólidos, reutilização, redução, não geração, reciclagem e
disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos.
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tratamento e a disposição em aterros.
Questão 2
(QUADRIX – 2018 – adaptada) Conforme a Lei n.º 12.305/2010, que institui a Política Nacional de
Resíduos Sólidos, entende-se por coleta seletiva
Parabéns! A alternativa C está correta.
Segundo define a Política Nacional de Resíduos Sólidos, a coleta seletiva envolve a separação dos
resíduos na fonte geradora, de acordo com sua constituição ou composição. Esses aspectos são
definidos pela municipalidade.
A
o ato de natureza contratual firmado entre o poder público e fabricantes, importadores,
distribuidores ou comerciantes.
B
a série de etapas que envolvem o desenvolvimento do produto, a obtenção de matérias-
primas e insumos, o processo produtivo, o consumo e a disposição final.
C
a coleta de resíduos sólidos previamente segregados segundo sua constituição ou
composição.
D
o conjunto de mecanismos e procedimentos que garantam à sociedade informações e
participação nos processos de formulação, implementação e avaliação das políticas
públicas relacionadas aos resíduos sólidos.
E
o conjunto de ações exercidas, direta ou indiretamente, nas etapas de coleta, transporte,
transbordo, tratamento e destinação final ambientalmente adequada dos resíduos
sólidos.
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2 - Tipos, características e riscos dos resíduos sólidos
industriais
Ao �nal deste módulo, você será capaz de identi�car os tipos e as características dos resíduos
sólidos industriais.
Vamos começar!
Caracterização dos resíduos sólidos
Assista ao vídeo e compreenda os conceitos que envolvem a caracterização dos resíduos sólidos.

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Tipos de resíduos sólidos industriais
A atividade industrial é fonte de geração de riqueza, mas, ao mesmo tempo, supõe-se grandes e graves
impactos para o meio ambiente, como as mudanças climáticas, a destruição da camada de ozônio, a perda
de biodiversidade ou a poluição do ar, da água, do solo ou do meio ambiente. Nesse contexto, a correta
gestão de resíduos nos centros de trabalho, além de ser uma obrigação legal, contribuirá para a redução dos
impactos ambientais dos processos produtivos.
Um resíduo, seja sólido, líquido ou gasoso, é definido como qualquer substância,
objeto ou matéria, gerado durante o processo de produção ou consumo que não vai
mais ser utilizado no mesmo estabelecimento.
Entre os resíduos, existem alguns que podem representar algum valor econômico para terceiros, como
materiais recicláveis e/ou reutilizáveis, que são chamados de resíduos aproveitáveis. Por outro lado, os
resíduos que não possuem valor econômico e cuja única destinação é a disposição final em aterro sanitário
e/ou de segurança são chamados de resíduos.
Vidro, metal e papelão são exemplos de resíduos aproveitáveis.
Os resíduos podem ser diferenciados de acordo com sua origem, como doméstico, hospitalar ou industrial.
Os resíduos industriais, que são os que nos interessam, originam dos processos de produção,
transformação, fabricação, uso, consumo ou limpeza, e a gestão que se faz com eles é uma das atividades
fundamentais da produção limpa. Os resíduos industriais, como todo resíduo sólido ou líquido, ou uma
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combinação desses, são originários de processos industriais e que, por suas características químicas ou
microbiológicas, não podem ser associados aos domésticos.
Os resíduos sólidos industriais são todos os resíduos sólidos ou semissólidos
resultantes de um processo ou operação industrial, e que não serão reaproveitados,
recuperados ou reciclados no mesmo estabelecimento industrial.
Do ponto de vista regulatório, essa definição inclui aqueles resíduos que, mesmo sendo líquidos ou gasosos,
são armazenados e transportados em contêineres. Eles podem ser gerados a partir de quatro causas
principais:
Resíduos �nais do processo
Resultam de operações que não utilizam integralmente a matéria-prima (retalhos de tecidos, aparas de
metal) ou de operações nas quais são gerados resíduos não aproveitáveis no processo (escórias, cinzas).
Também inclui resíduos de sistemas de tratamento de efluentes líquidos ou gasosos (lodo de sedimentação,
cinzas, pó de filtro).
Produtos rejeitados
São provenientes de processos de controle de qualidade, nos quais um produto ou matéria-prima pode ser
rejeitado quando estiver fora de especificação (por exemplo, frutas afetadas por pragas, casca molhada ou
suja em fábricas de celulose, couro acabado rejeitado pelo controle de qualidade).
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Embalagens
Diz respeito a todas as embalagens e recipientes de matérias-primas e insumos (sólidos, líquidos ou
gasosos) descartados após cumprirem seu objetivo de transporte e distribuição dos produtos (caixas,
invólucros, faixas).
Fim da vida útil do produto
Normalmente, os produtos (ou seus componentes) têm um determinado prazo de validade, após o qual não
podem mais ser usados para o que foram produzidos (peças substituídas na manutenção de máquinas,
óleos).
Classi�cação de resíduos sólidos industriais
Os resíduos industriais podem ser classificados de diversas formas, de acordo com sua composição física,
densidade, umidade, composição química ou poder calorífico, bem como por critérios e princípios muito
variados, de acordo com a tecnologia disponível, a suscetibilidade ao tratamento e a legislação ambiental
vigente. Do ponto de vista da gestão ambiental, é útil classificá-los de acordo com sua periculosidade, com
base em seu possível impacto no meio ambiente e na saúde das pessoas:
Resíduo não perigoso
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É aquele que não apresenta perigo real ou potencial à saúde humana, ao meio ambiente ou ao
patrimônio público. São subdivididos em dois grupos: resíduos inertes e não inertes.
Resíduo perigoso
Um resíduo é definido como perigoso quando apresenta um risco substancial para a saúde de quem
está próximo ou para o meio ambiente.
Para fins de identificação, entende-se por resíduo perigoso aquele que apresenta uma ou mais das seguintes
características perigosas:
1. Toxicidade: capacidade de uma substância de produzir doenças seja por ingestão, inalação ou absorção
por qualquer parte do corpo. A exposição a uma substância com essas características pode gerar efeitos
tóxicos, cancerígenos, mutagênicos ou teratogênicos cumulativos, ou ser letal em baixas concentrações
(vapores de benzeno).
2. Inflamabilidade: capacidade de uma substância se inflamar sob certas condições ou entrar em combustão
espontânea em operações de rotina de manuseio, transporte ou armazenamento (combustíveis líquidos).
3. Reatividade: potencial das substâncias para reagir quimicamente, liberando energia e/ou compostos
nocivos por decomposição ou por combinação com outras substâncias (soda cáustica).
4. Corrosividade: capacidade de danificar ou destruir tecidos orgânicos, por contato direto ou por inalação,
ou danificar outros materiais por ação química (ácido sulfúrico).
No Brasil, a classificação se dá a partir das análises físico-químicas sobre o extrato lixiviado (soluto que se
separa ou é extraído de sua substância transportadora por meio de um solvente) obtido a partir de uma
amostra do resíduo. As concentrações das substâncias presentes no extrato lixiviado são comparadas com
os limites máximos estabelecidos na NBR 10.004/2004 da ABNT.
Ainda segundo a norma, esses resíduos podem se apresentar no estado sólido ou semissólido. Também são
considerados os riscos potenciais acarretados ao meio ambiente e ao homem, a identificação da atividade
industrial que originou, assim como os seus constituintes e características. Adiante, veja como os resíduos
podem ser:
Classe I (perigosos – contaminantes e tóxicos)

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Resíduos perigosos são resíduos que foram identificados como potencialmente causadores de danos ao
meio ambiente e à saúde humana e, portanto, precisam de tratamento, manuseios especiais e correta
destinação. As características químicas e físicas determinam o processo exato de coleta e reciclagem.
Inflamabilidade, corrosividade, toxicidade, reatividade e patogenicidade são as principais características dos
resíduos perigosos.
Solventes usados em alguns processos industriais são um exemplo de resíduos perigosos.
Geralmente, a coleta e o manuseio separados são estabelecidos para evitar o contato com resíduos não
perigosos. Tratamento químico, incineração ou tratamento à alta temperatura, armazenamento seguro,
recuperação e reciclagem são modos possíveis de tratamento de resíduos perigosos. A maioria dos resíduos
perigosos tem origem na produção industrial.
Exemplo
Podem ser citados como exemplos de resíduos contaminantes e tóxicos: solventes, borra oleosa de
processos de refino, tintas, matérias-primas e produtos intermediários, eletrodos, Equipamentos de Proteção
Individual (EPI) contaminados, lodo galvânico, resíduo de areia misturado com óleo e água, estopas usadas,
resíduos de caixa decantação.
Classe II (não perigosos)
Dividem-se em resíduos classe II A (não inertes) e resíduos classe II B (inertes). A seguir, conheça-os de
maneira mais detalhada.
Classe II A
Os resíduos dessa classe são chamados de não perigosos e/ou não inertes. Eles não apresentam
inflamabilidade, corrosividade, toxidade, patogenicidade, e nem possuem tendência à reatividade brusca.
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Apesar de não apresentarem essas propriedades, podem oferecer danos aos seres vivos e ao meio
ambiente, pois podem ser biodegradáveis, comburentes e/ou solúveis em água. Por esses motivos,
necessitam de cuidados na sua destinação e tratamento, assim como os resíduos de classe I.
EPIs não contaminados são exemplos de resíduos não perigosos.
Exemplo
São exemplos de resíduos da classe II A: restos de madeira, materiais têxteis, fibras de vidro, lodo vindo de
filtros, limalha de ferro, lama proveniente de sistemas de tratamento de água, poliuretano (encontrado em
espumas, adesivos, preservativos, vedações, carpetes, tintas e mais), gessos, lixas, discos de corte, EPI não
contaminado.
Classe II B
Entulhos de demolição são considerados resíduos inertes.
Os resíduos dessa classe são chamados de inertes. Eles, por sua vez, não apresentam as características
presentes nos resíduos de classe I.
São considerados inertes porque não sofrem alteração quando entram em contato com água ou quando são
submetidos à temperatura ambiente. Ou seja, não possuem nenhum constituinte solubilizado em uma
concentração maior que o padrão de potabilidade da água e ou combustibilidade.
Exemplo
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São exemplos de resíduos da classe II B: entulhos de demolição, pedras, areia, sucatas de ferro, madeiras,
isopor, borrachas, latas de alumínio e vidros.
Resolução Conama nº 313/2002
Segundo a Resolução Conama nº 313/2002, são considerados resíduos sólidos industriais também os lodos
provenientes de estações de tratamento de água e aqueles produzidos em equipamentos e instalações de
controle de poluição. A sua tipologia e composição é muito variada porque dependerão do processo de
produção, da natureza e composição das matérias-primas ou produtos intermediários, das propriedades
físicas e químicas dos materiais auxiliares utilizados e do combustível utilizado, entre outros fatores.
Para a obtenção de informações sobre o quantitativo, a tipologia e a destinação dos resíduos sólidos
provenientes da indústria brasileira, foi instituído o Inventário Nacional de Resíduos Sólidos Industriais,
como um dos instrumentos de política de gestão de resíduos, pois sem planos de destinação adequados e
estabelecidos, qualquer forma de resíduo pode acarretar riscos relacionados ao meio ambiente e à saúde
humana. Portanto, os resíduos provenientes das atividades industriais estão sujeitos a controles específicos,
como parte do processo de licenciamento ambiental.
O art. 4º da resolução estabelece que as indústrias das tipologias que possuem classificação de acordo com
o código de Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) devem prestar informações sobre
geração, características, armazenamento, transporte e destinação de seus resíduos sólidos ao órgão
estadual de meio ambiente ao qual está localizada. Vejamos quais indústrias são essas:
I. Preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigos de viagem e calçados (Divisão 19).
II. Fabricação de coque, refino de petróleo, elaboração de combustíveis nucleares e produção de álcool
(Divisão 23).
III. Fabricação de produtos químicos (Divisão 24).
IV. Metalurgia básica (Divisão 27).
V. Fabricação de produtos de metal, exclusive máquinas e equipamentos (Divisão 28).
VI. Fabricação de máquinas e equipamentos (Divisão 29).
VII. Fabricação de máquinas para escritório e equipamentos de informática (Divisão 30).
VIII. Fabricação e montagem de veículos automotores, reboques e carrocerias (Divisão 34).
IX. Fabricação de outros equipamentos de transporte (Divisão 35).
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Riscos dos resíduos sólidos industriais
Os resíduos sólidos das atividadesindustriais constituem uma ameaça à saúde humana e ao meio
ambiente. Se não forem descartados corretamente, resíduos sólidos podem resultar em perigos para a
saúde, contaminação do solo e águas superficiais e poluição do ar.
Os resíduos industriais são uma ameaça aos ecossistemas, pois neles estão
presentes substâncias como cianureto, pesticidas, asbestos, solventes, metais
(mercúrio, cádmio, chumbo) e solventes químicos, que ameaçam os ciclos naturais
onde são despejados, podendo ocasionar tragédias ambientais.
Quando é realizado o descarte indevido, a infiltração da água da chuva cai no aterro, e juntamente com a
degradação bioquímica e química dos resíduos, produz um lixiviado rico em sólidos em suspensão e
variados constituintes orgânicos e inorgânicos. Todos os resíduos industriais produzem lixiviados. Se o
chorume entrar em águas superficiais ou subterrâneas antes de ocorrer diluição suficiente, incidentes de
poluição podem ocorrer.
Resíduos descartados de forma irregular e sem o tratamento adequado em aterros sanitários são um risco ao meio ambiente.
Em águas superficiais, lixiviados com alto teor de matéria orgânica e metais reduzidos causarão grave
depleção de oxigênio, o que resultará na morte de peixes. Se o lixiviado entrar em águas subterrâneas ou em
aquíferos rasos, os problemas são mais sérios. A diluição e a remoção do lixiviado são mais lentas nas
águas subterrâneas do que nas águas superficiais e podem tornar as águas subterrâneas não potáveis.
A decomposição de resíduos sólidos em aterros pode resultar na produção de dióxido de carbono e metano,
ocasionando incômodos e poluição atmosférica pela emissão de partículas, gases ácidos, resíduos não
queimados, metais pesados e quantidades vestigiais de compostos orgânicos. A queima de resíduos
também pode causar risco de incêndio, especialmente em lixeiras e também em indústrias.
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A disposição de resíduos industriais e lodo de esgoto podem ter diversos efeitos nocivos sobre o meio
ambiente marinho e efeitos diretos sobre a saúde humana. Efeitos ecológicos também são ocasionados,
como redução ou alteração das populações da fauna e da flora, devido ao impacto físico e à presença do
resíduo ou de seus componentes químicos.
Vejamos algumas consequências do descarte inadequado de resíduos industriais para a saúde:
Apresentamos agora os principais metais usados, as suas fontes e os seus riscos à saúde. Veja a seguir:
Contato com a pele
Os produtos químicos que causam dermatite geralmente o fazem mediante o contato direto
com a pele. Alguns produtos químicos, como ácidos corrosivos, podem danificar a pele por
um único contato, enquanto outros, como solventes orgânicos, podem causar danos por
exposição repetida.
Inalação
A inalação é a fonte mais comum de exposição no local de trabalho a produtos químicos e o
mais difícil de controlar. Poluentes do ar podem danificar diretamente o trato respiratório ou
serem absorvido através do pulmão e causar efeitos sistêmicos.
Ingestão
A contaminação da água subterrânea e da água do subsolo por lixiviados de lixões e aterros
mal administrados pode resultar na ingestão de produtos químicos tóxicos por grupos
populacionais que vivem longe dos locais das fábricas, mesmo décadas após o despejo do
lixo. Quando absorvidos pelo ser humano, os metais tóxicos atingem as vias metabólicas e,
por terem uma característica de se acumularem, impedem as reações enzimáticas, afetando
principalmente os sistemas nervoso, gastrintestinal, cardiovascular, renal e o hematopoiético.
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• Cádmio – Indústrias de solda, baterias e pilhas.
Riscos: câncer de pulmões, câncer de próstata e lesões renais.
• Alumínio – Indústrias farmacêuticas, indústrias de artefatos de alumínio, serralherias, soldagem e
estações de tratamento de água (ETAs).
Riscos: anemia e intoxicação crônica.
• Arsênio – Indústria metalúrgica.
Risco: câncer.
• Chumbo – Indústrias de tintas, fábricas de baterias automotivas, usinagens.
Riscos: saturnismo, lesões renais e do cérebro.
• Cobalto – Usinagens.
Risco: fibrose pulmonar.
• Cromo – Indústrias de corantes, tintas, indústria metalúrgica.
Riscos: asma e câncer.
• Mercúrio – Indústrias de cloro-soda, mineração, fábricas de lâmpadas.
Riscos: intoxicação do sistema nervoso central.
Metais e riscos à saúde 
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Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
(FUMARC – 2018 – adaptada) De acordo com a NBR 10.004/2004 da ABNT, o laudo de classificação do
resíduo pode ser baseado exclusivamente na identificação do processo produtivo, quando do
enquadramento do resíduo nas listagens dos anexos A ou B. Deve constar no laudo de classificação a
indicação da origem do resíduo, a descrição do processo de segregação e a descrição do critério
adotado na escolha de parâmetros analisados, quando for o caso, incluindo os laudos de análises
laboratoriais. Considerando o exposto, assinale a alternativa que corresponde à correta classificação
dos resíduos.
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Parabéns! A alternativa D está correta.
Para os efeitos da NBR 10.004/2004 da ABNT, os resíduos são classificados em: resíduos classe I –
perigosos e resíduos classe II – não perigosos.
Questão 2
Para ser considerado resíduo classe I, é correto afirmar, entre outras características, que o resíduo
A Resíduos classe I A – Não inertes
B Resíduos classe I B – Inertes
C Resíduos classe II – Perigosos
D Resíduos classe II – Não perigosos
E Resíduos classe II – Inertes
A deve ser inerte e tóxico.
B não pode ser inflamável e corrosivo.
C não pode ser inerte e reativo.
D deve ser atóxico e não inflamável.
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Parabéns! A alternativa E está correta.
As principais características dos resíduos perigosos são: inflamabilidade, corrosividade, toxicidade,
reatividade, patogenicidade e contaminante.
3 - Tratamento e disposição dos resíduos sólidos
industriais
Ao �nal deste módulo, você será capaz de identi�car os tipos de tratamentos e a disposição
�nal dos resíduos sólidos industriais.
Vamos começar!
E deve ser contaminante e tóxico.

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Conhecendo o tratamento e a disposição dos resíduos
sólidos industriais
Assista ao vídeo e compreenda os tratamentos e a disposição dos resíduos sólidos industriais.
Processos de tratamento dos resíduos sólidos
industriais
A poluição ambiental é o principal problema associado à rápida industrialização, à urbanização e ao
aumento do padrão de vida das pessoas. Portanto, os resíduos parecem ser um subproduto do crescimento
econômico. Por outro lado, com a crescente demanda por matérias-primas para a indústria de produção, os
recursos não renováveis estão diminuindo a cada dia.
Os problemas relacionados com a eliminação de resíduos sólidos industriais estão associados à falta de
infraestrutura e à negligência das indústrias em salvaguardas adequadas. As indústrias de grande e médio
portes, localizadas em áreas industriais identificadas, ainda contam com alguns arranjos para disposição de
resíduos sólidos. No entanto, o problema persiste com as pequenas indústrias. Algumas delas, de pequeno
porte, acham mais fácil descartar resíduos de forma inadequada. Em algumas cidades,as áreas industriais,
residenciais e comerciais são misturadas e, portanto, todos os resíduos ficam misturados.
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Indústrias também são culpadas pela poluição ambiental.
Devido à variedade de indústrias, não existe um processo predeterminado. Há a necessidade de pesquisa e
análise de processos adequados e economicamente viáveis, tendo como objetivo principal a reutilização ou
a inertização dos resíduos. O tratamento de resíduos consiste em um processo de transformação, cujo
objetivo é reduzir o volume e diminuir o perigo. Dentro dos processos de tratamento, temos:
Tratamentos físico-químicos
Os tratamentos físico-químicos envolvem processos físicos e químicos pelos quais as propriedades
químicas ou físicas de um resíduo são modificadas. Esses tratamentos podem cumprir várias funções em
um sistema de gerenciamento de resíduos.
Estabilização/solidi�cação
Os contaminantes de um resíduo são transformados em formas menos tóxicas ou menos móveis ou
solúveis. As transformações ocorrem por meio de reações químicas que fixam os compostos tóxicos em
polímeros impermeáveis ou em cristais estáveis.
Tratamentos biológico
É a decomposição de contaminantes pela ação de um conjunto de microrganismos. Esses tratamentos têm
uma aplicação limitada, uma vez que os microrganismos são geralmente muito sensíveis a substâncias
tóxicas. Em qualquer caso, é possível selecionar cepas e aclimatá-las para conseguir a degradação de certas
substâncias. Geralmente, a capacidade de processamento desses sistemas é limitada e restrita a situações
em que é possível trabalhar com baixas concentrações de contaminantes.
Tratamento térmico
A incineração é o tratamento térmico mais utilizado, podendo ser realizado em fornos especialmente
concebidos, bem como em instalações industriais, desde que as características técnicas da instalação o
permitam, bem como a composição dos resíduos. Outras alternativas de tratamento térmico incluem:
pirólise, plasma e oxidação de sal fundido. Os métodos de tratamento térmico têm a vantagem de reduzir
significativamente o volume de resíduos e permitir a recuperação de energia.
Tipos de tratamento e disposição
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Vejamos agora alguns dos métodos mais comuns de tratamento de resíduos.
Máquina que auxilia a separação de resíduos para reciclagem.
Reciclagem e recuperação
A reciclagem ou a recuperação de recursos é um dos métodos comuns de gestão de resíduos sólidos.
Convencionalmente, os itens são limpos e processados antes da reciclagem. O processo visa à redução
da perda de energia, redução de aterros sanitários e consumo de novo material.
A cada dia surgem técnicas inovadoras e mais eficientes para a reciclagem dos materiais, principalmente
por conta do investimento contínuo. Isso torna o processo cada vez mais eficiente e barato (a partir da
economia de energia, por exemplo).
Aterro sanitário industrial.
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Aterro sanitário industrial
É formado por sistemas de impermeabilização, drenagem, tratamento de gases e efluentes. Ele é
projetado de forma que confine os resíduos numa área e no volume o mais reduzido possível, cobertos
com material inerte. Esses tipos de aterros possuem o mesmo esquema básico de um aterro sanitário,
diferindo no tipo de resíduo que recebe. Podem ser classificados em três classes: I, II e III. Os de classe I
podem receber resíduos perigosos, que em função das suas características, apresentam risco à saúde e
ao meio ambiente. Os de classe II só podem receber resíduos não perigosos e os de classe III, apenas
resíduos inertes.
Exemplo de insumo de compostagem.
Compostagem
Devido à falta de espaço suficiente para aterros, os resíduos biodegradáveis do pátio podem se decompor
em meio projetado para tal fim. Apenas os resíduos biodegradáveis são utilizados na compostagem, como
as frutas e até mesmo as cascas de ovo, e se transformam em uma substância homogênea.
O estrume ecológico de qualidade é feito a partir do composto e é usado para fins agrícolas. A
compostagem é um bom método verde de gestão de resíduos, além de promover a sustentabilidade, a
economia e o enriquecimento dos solos.
Equipamento que realiza o método pirólise.
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Pirólise
A pirólise é um método de gerenciamento de resíduos sólidos no qual os resíduos sólidos são
decompostos quimicamente por meio do aquecimento sem a presença de oxigênio. A pirólise geralmente
ocorre sob pressão e em temperaturas na faixa de 150°C até 1600°C. Os resíduos sólidos são convertidos
em gases, pequenas quantidades de líquidos e resíduos sólidos.
Um exemplo de aplicação bastante comum desse método é para realizar a carbonização da madeira. Um
dos seus principais objetivos é a produção de carvão vegetal, que tem se tornado importante item para o
fornecimento de energia em diversas indústrias.
Exemplo de incineradores.
Incineração
A incineração de resíduos sólidos envolve a queima em altas temperaturas, até que os resíduos se
transformem em cinzas. Os incineradores são feitos de forma que não gerem calor extremo ao queimar
resíduos sólidos. Esse método reduz o volume dos resíduos sólidos de 20% a 30% do volume original ou
mais.
Como um método de gestão de resíduos sólidos, a incineração pode ser feita por indústrias, municípios,
indivíduos e (ou) instituições. A incineração também gera energia ao aproveitar parte do que é liberado na
geração de energia térmica ou elétrica.
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Processo de landfarming.
Landfarming
É um tratamento de biodegradação em que o substrato orgânico de um resíduo perigoso é degradado por
uma população microbiana do solo. Essa técnica é muito utilizada para o tratamento de resíduos oleosos
oriundos da indústria de petróleo.
Após pesquisas, esse método tem sido cada vez mais utilizado, principalmente por oferecer mais
segurança, uma menor interferência no meio ambiente, além de ter um custo bem mais baixo do que
outras formas de tratamento. A biodegradação promove mais qualidade ao solo por controlar o pH, a
umidade, a adição de nutrientes e a aeração.
Exemplo de processo de encapsulamento.
Encapsulamento
Também conhecido como técnica de solidificação/estabilização, esse processo pode ser utilizado para
encapsular compostos químicos nocivos por reações de absorção, hidratação ou precipitação, por meio
de uma matriz ligante.
O objetivo do ecapsulamento é criar novos compostos em uma forma estável que englobe os elementos
nocivos, que são não perigosos ou menos perigosos do que a matéria-prima (inicial), transformando esses
resíduos em materiais com características de manuseio, transporte e destinação final melhor.
Gaseificador de resíduos sólidos.
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Gasei�cação
É um processo de conversão termoquímica dos resíduos em produto gasoso em altas temperaturas com o
auxílio de agente de gaseificação, observando-se que, nesse processo, o material combustível sofre uma
oxidação parcial.
O agente de gaseificação (outro composto gasoso) permite que a matéria-prima seja rapidamente
convertida em gás por meio de diferentes reações heterogêneas. O processo de gaseificação oferece
considerável recuperação de energia e reduz a quantidade de emissão de poluentes potenciais.
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Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
(CEBRASPE – 2018) No âmbito do tratamento de resíduos sólidos, tem-se um processo no qual a
oxidação parcial de um material combustível (sólido ou semissólido), que contenha carbono, é capaz de
gerar um gás que pode ser usado para a produção de energia e produtos químicos. Esse processo
denomina-se
A pirólise.
B digestão.
C incineração.
D gaseificação.
E plasma térmico.
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Parabéns! A alternativa D está correta.
A gaseificação é um processo de oxidação parcial de materiais combustíveis carbonáceos (que
contenham carbono), a uma temperatura elevada e pressão variável, transformando a matéria em um
gás combustível.
Questão 2
(UFAM – 2016 – adaptada) A respeito dos objetivos do tratamento de resíduos sólidos urbanos,
considere V para verdadeiro e F para falso nas afirmativas:
( ) A reciclagem consiste, basicamente, no descarte final dos resíduos que foram gerados durante o
processo de produção.
( ) A disposição em aterros sanitários é uma forma de destinação final adequada dos resíduos sólidos
urbanos que não foram reciclados ou reutilizados.
( ) A compostagem consiste no processo biológico de decomposição da matéria orgânica contida em
restos de origem animal ou vegetal.
( ) A incineração é o processo de redução de peso e volume dos resíduos pela combustão controlada e é
utilizada, no Brasil, basicamente, para o tratamento de resíduos hospitalares e industriais.
( ) A reciclagem, a reutilização, a recuperação e a compostagem são formas de reaproveitamento ou
tratamento dos resíduos.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de V e F de cima para baixo:
A V – V – V – V - V
B F – V – V – F - V
C F – V – V – V - V
D F – F – V – F - F
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Parabéns! A alternativa C está correta.
De acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos, a reciclagem é o processo em que há a
transformação do resíduo sólido que não seria aproveitado, com mudanças em seus estados físico,
físico-químico ou biológico, de modo a atribuir características ao resíduo para que ele se torne
novamente matéria-prima ou produto.
4 - Planos de gerenciamento de resíduos sólidos
industriais
Ao �nal deste módulo, você será capaz de analisar os fatores que afetam o desempenho do
sistema.
Vamos começar!
E F – F – F – V - V
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Estudando os planos de gerenciamento de resíduos
sólidos industriais
Assista ao vídeo e compreenda melhor os conceitos relacionados aos planos de gerenciamento de resíduos
sólidos.
Política dos 5 Rs da gestão de resíduos
A poluição ambiental é o principal problema associado à rápida industrialização, à urbanização e ao
aumento dos padrões de vida das pessoas. Os resíduos sólidos industriais têm causado danos ao meio
ambiente e à saúde humana. Esforços devem ser feitos para controlar a poluição decorrente da eliminação
de resíduos pela conversão desses resíduos indesejados em matérias-primas utilizáveis para vários usos
benéficos. Os problemas relacionados à disposição de resíduos sólidos industriais estão associados à falta
de infraestrutura e à negligência das indústrias em adotar as devidas salvaguardas.
O processo de gestão de resíduos visa reduzir ao máximo aqueles não degradáveis,
minimizando o seu impacto no ambiente e otimizando a utilização dos recursos
disponíveis.
A regulamentação vigente exige que as empresas cumpram o plano de gestão de resíduos estabelecido,
independentemente de serem ou não considerados tóxicos ou perigosos. É por isso que cada empresa é
responsável pelos seus resíduos industriais, ficando com a obrigação de geri-los nas condições
estabelecidas pela regulamentação, que pode variar de acordo com o seu tipo.

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Quando uma indústria é uma grande produtora de resíduos, especialmente uma que produz resíduos
perigosos, é importante ter um plano de gestão de resíduos de qualidade. Existem certas abordagens na
gestão de resíduos que ajudam a ser mais criterioso no tratamento dos resíduos. Um dos conceitos mais
úteis na gestão de resíduos é seguir a regra dos 5 Rs da gestão de resíduos. Isso ajudará a evitar
desperdícios e a fazer um negócio mais sustentável.
Quais são os 5 Rs?
Como vimos, é importante para qualquer empresa que produz grandes quantidades de resíduos usar um
programa de gestão de resíduos de qualidade para manter o ambiente mais limpo e garantir que todos os
resíduos perigosos sejam descartados com segurança. Uma parte significativa do processo é implementar
as etapas conhecidas como os 5 Rs.
Os 5 Rs referem-se a um processo usado pelas empresas para melhorar o resultado de seus programas de
reciclagem, por meio da redução da quantidade de resíduos que produzem. Eles incluem repensar, recusar,
reduzir, reutilizar e reciclar. Cada uma dessas etapas deve ser seguida até o último detalhe para que o plano
funcione em todo o seu potencial.
Gerir os resíduos é um ponto importante nas empresas.
Entenda melhor cada uma delas a seguir.
O primeiro dos 5 Rs é repensar. Repensar significa analisar se o que uma organização está
comprando é realmente necessário para a operação, quais são os desperdícios que podem ser
minimizados, se existe uma ação de reaproveitamento implantada e quais estratégias podem ser
desenvolvidas para reduzir o consumo.
O primeiro passo, portanto, é repensar e adotar uma nova abordagem para o pensamento de
desperdício zero, desenvolvendo intervenções para mudar os paradigmas existentes. Também diz
Repensar 
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respeito à mudança na forma como projetamos produtos, ou seja, trata-se de repensar e redesenhar
os produtos para que não tenham desperdício, de modo que, uma vez que cheguem ao fim de sua
vida útil, voltem a ser um recurso.
Significa parar o desperdício em sua fonte, recusando-se a comprar ou usar produtos mal projetados
ou desnecessários, como plásticos de uso único que impactam o meio ambiente de forma negativa.
Mudar para decisões de compra mais sábias e manter padrões mais eficientes no início do processo
de gerenciamento de resíduos facilitará muito a recusa de resíduos desnecessários.
Esta etapa é extremamente benéfica para o objetivo final do processo. Reduzir refere-se à redução de
materiais nocivos e não recicláveis, visando diminuir o máximo possível a geração de resíduos e
prevenindo desperdícios. Para essa etapa, é necessário o entendimento da cadeia de produção, para
identificar em que ponto ocorrem os grandes desperdícios e minimizá-los.
A etapa de reutilização consiste em voltar a se beneficiar de um bem já utilizado (resíduos sólidos).
Para isso, é necessário agrupar e classificar resíduos sólidos anteriormente, a fim de tratá-los de uma
maneira especial. Para esse efeito, é preciso separar e distinguir entre materiais orgânicos e
inorgânicos, secos ou úmidos. Ao segregar, separamos os resíduos para poder dar-lhes um uso
posterior, seja comercialização, reutilização, reciclagem ou compostagem.
A etapa final do processo é a reciclagem, processo de recuperação de material de resíduos e
transformação em novos produtos. Reciclar algo significa que ele será transformado novamente em
matéria-prima que pode ser moldada em um novoitem.
Recusar 
Reduzir 
Reutilizar 
Reciclar 
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Plano de gerenciamento de resíduos sólidos (PGRS)
Os PGRSs são ações implantadas nas indústrias que abrangem um conjunto de procedimentos buscando a
minimização de geração, a reutilização e a reciclagem, o acondicionamento, o armazenamento temporário,
o transporte, o tratamento e a destinação final adequada dos resíduos sólidos, de modo a atender à
legislação vigente.
Atenção!
A Política Nacional de Resíduos Sólidos estabelece a exigência de elaboração de PGRS por
empreendimentos geradores de resíduos, como um dos requisitos para a obtenção do licenciamento
ambiental.
A PNRS também estabelece os conteúdos mínimos presentes no plano, tais como:
Descrição do empreendimento.
Diagnóstico dos resíduos (caracterização, origem, volume, passivos ambientais relacionados a esses
resíduos).
Informação dos responsáveis por cada etapa do gerenciamento.
Procedimentos operacionais.
Identificação das soluções.
Ações preventivas e corretivas.
Metas.
Periodicidade de sua revisão, entre outros.
Atividades de um sistema de gestão de resíduos
A seguir, confira em detalhes as atividades mais importantes que fazem parte de um sistema de gestão de
resíduos.
Treinamento dos funcionários
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Todos os funcionários que lidam com o manuseio dos resíduos devem ter conhecimento dos aspectos
ambientais e legais de suas atividades.
É de suma importância que os funcionários conheçam as especificações ambientais e legais da atividade que desenvolvem.
Diagnóstico dos resíduos sólidos gerados
Para o gerenciamento dos resíduos, o primeiro passo se inicia com o diagnóstico dos resíduos sólidos
gerados, identificando origem, volume e caracterização. Esse diagnóstico é realizado tendo como
observância as definições da PNRS e da NBR 10.004. A identificação dos resíduos gerados deve ser
realizada por meio da avaliação criteriosa do processo produtivo e das atividades que existem em função
deste (tais como manutenção, análises laboratoriais e outros).
O diagnóstico dos resíduos industriais é determinante para que haja um gerenciamento eficiente do que é gerado.
Caracterização e classi�cação
Conhecer as características dos resíduos e classificá-los é importante porque permite detectar
oportunidades para melhorar ineficiências do processo produtivo, mediante a aplicação de técnicas de
produção limpa. Por outro lado, conhecer a caracterização dos resíduos é necessário para determinar quais
operações serão adotadas, determinando o tipo de manuseio, acondicionamento, armazenamento e
transporte, bem como se estarão em condições de descarga ou dispostos em locais adequados.
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A classificação de resíduos determina o tipo de manuseio, acondicionamento, armazenamento e transporte dos materiais.
A caracterização por métodos analíticos quantitativos em peso e volume e a classificação devem ser
realizadas de acordo com as normas estabelecidas para amostragem, sendo elas a NBR 10.004/2004 e a
NBR 10.007/2004.
Manuseio
O manuseio dos resíduos deve ser realizado por operadores e funcionários da empresa devidamente
treinados para manuseá-los de forma correta, evitando riscos à sua própria saúde.
Funcionários que manuseiam os resíduos devem ser treinados.
Segregação de resíduos
A PNRS estabelece que a segregação dos resíduos faz parte de uma das etapas do PGRS. Ela se baseia na
separação dos resíduos de acordo com suas características físicas, químicas, biológicas e radiológicas,
assim como o seu estado físico, que se divide em sólido e líquido. A segregação deve acontecer no local da
origem e em cores de acordo com os padrões estabelecidos na Resolução Conama nº 275/2001.
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Código das cores: elas definem um coletor para cada tipo de resíduo.
Acondicionamento e armazenamento
A forma de acondicionamento e o tempo que deve permanecer na instalação dependem das características
do resíduo, tais como seu estado físico, umidade, densidade e volume, sua periculosidade, a
operacionalidade, entre outros. Os recipientes de acondicionamento comumente utilizados são: tambores
metálicos, bombonas plásticas, baldes, contêineres, tanques, sacos plásticos, fardos, caixas, cestos, silos e
a granel.
Contêineres de armazenamento de resíduos em local autorizado.
As normas NBR 12.235/1992 (Armazenamento de resíduos perigosos) e NBR 11.174/1990
(Armazenamento de resíduos não inertes e inertes) estabelecem o local (área autorizada) e a forma de
contenção temporária de resíduos.
Transporte e logística de movimentação dos resíduos
A instalação é responsável pelo transporte interno e externo do resíduo, ou seja, desde a sua geração até a
destinação final. O transporte interno envolve o local de geração até o local de armazenamento, por meio de
trajetos preestabelecidos. O transporte externo pode ser marítimo, fluvial, ferroviário e rodoviário.
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O transporte de resíduos pode ser marítimo, fluvial, ferroviário e rodoviário.
Plano de contingência
O PGRS deve especificar ações preventivas e corretivas para controlar o acondicionamento, o tratamento e a
disposição final dos resíduos, de modo a minimizar os danos ao meio ambiente e ao patrimônio decorrentes
de anormalidades em qualquer uma das etapas do gerenciamento dos resíduos.
O planejamento de ações preventivas minimiza os danos ao meio ambiente.
Tratamento
No tratamento, prioriza-se a reciclagem interna, com o reaproveitamento na unidade que gerou o resíduo, ou
com o reaproveitamento num processo de outra unidade industrial. Os resíduos que não podem ser evitados
ou recuperados (reutilizados, recuperados ou reciclados), em virtude de qualquer uma das técnicas de
produção limpa, podem precisar ser tratados antes do descarte ou disposição final em locais adequados. O
tratamento é definido como qualquer mecanismo ou processo usado para reduzir a quantidade ou o perigo
de um resíduo.
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Empresas investem cada vez mais em estruturas para o tratamento dos resíduos de suas produções.
Existe uma grande variedade de métodos de tratamento, e a aplicação de um ou outro dependerá das
características particulares dos resíduos, da disponibilidade de espaço e dos custos associados. Caso os
resíduos gerados necessitem de tratamento, este poderá ser realizado tanto dentro da própria empresa
como fora dela.
Disposição �nal
Quando o resíduo deixa de ter valor econômico, passa a ser considerado resíduo e sua única destinação é a
disposição final em aterro sanitário e/ou de segurança. A aplicação dos tratamentos resulta na diminuição
da quantidade e da periculosidade dos resíduos industriais; no entanto, não elimina a necessidade de sua
disposição final.
Resíduos sólidos em aterro sanitário.
Além disso, como resultados da aplicação de sistemas de tratamento, em muitos casos são obtidos
contaminantes concentrados, que necessariamente terão que ser descartados devidamente tratados como
resíduos sólidos em um aterro.
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Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
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Questão 1
(AMEOSC – 2018) Na reciclagem, os descartes de madeiras devem ser efetuados em
Parabéns! A alternativa B está correta.
Segundo a Resolução Conama nº 275/2001 e seu código de cores, a cor preta corresponde ao descarte
de madeira.
Questão 2
(AMEOSC – 2018) A Resolução Conama nº 275/2001 estabelece o código de cores para os diferentes
tipos de resíduos. Em relação ao padrão de cores, analise:
I - Vidros devem ser descartados em lixeiras de cor azul.
II - Metais devem ser descartados em lixeiras de cor verde.
III - Resíduos orgânicos devem ser descartados em lixeiras de cor marrom.
Está correto o que se afirma em
A lixeiras de cor amarela.
B lixeiras de cor preta.
C lixeiras de cor roxa.
D lixeiras de cor cinza.
E lixeiras de cor verde.
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Parabéns! A alternativa C está correta.
De acordo com a Resolução Coanama nº 275/2001 e seu código de cores, a cor verde corresponde ao
descarte vidro; o amarelo, ao metal; e o marrom, aos resíduos orgânicos.
Considerações �nais
A Gestão de Resíduos Sólidos e, em particular, resíduos perigosos, é uma preocupação em quase todos os
países. À medida que o mundo evolui, a sociedade vem mudando suas estruturas, seus esquemas de
produção e consumo. O mundo tornou-se mais produtivo para sustentar a demanda da sociedade, e os
produtos, por sua vez, reduziram significativamente seu ciclo de vida, tornando-se cada vez mais complexos.
Isso traz como consequência um aumento nos volumes de resíduos gerados e um aumento na presença de
materiais perigosos neles.
Essa situação pode e tem causado impactos ambientais e de saúde de longo prazo, com custos associados
extremamente elevados. Os locais contaminados causados pelo descarte inadequado de resíduos são
exemplo claro dessa situação, com numerosos exemplos de repercussões na saúde da população. Para
A I e III.
B II apenas.
C III apenas.
D II e III.
E I apenas.
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reduzir efetivamente o risco à saúde e ao meio ambiente associado à gestão de resíduos sólidos industriais,
é essencial desenvolver planos de gestão de resíduos que abordem a prevenção, contemplando tanto a
redução da geração de resíduos quanto a reutilização, a reciclagem e a disposição final, de forma a
garanteirpráticas de gestão ambientalmente saudáveis.
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Para expandir seus conhecimentos sobre o assunto abordado, acesse os sites das seguintes instituições:
• Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb).
• Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).
• Sistema Nacional de Informações sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos (Sinir)
Referências
18/06/2023 10:19 Gestão e tratamento dos resíduos sólidos industriais
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212en/03557/index.html# 52/52
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT. NBR 10.004/2004: Resíduos Sólidos –
Classificação. 2. ed. Rio de Janeiro, 2004a.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT. NBR 10.007/2004: Amostragem de resíduos
sólidos. 2. ed. Rio de Janeiro, 2004b.
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Logística Reversa. Consultado na internet em: 8 fev. de 2022.
COMPANHIA DE TECNOLOGIA DE SANEAMENTO AMBIENTAL. CETESB. Inventário estadual de resíduos
sólidos domiciliares: Relatório síntese 1999. São Paulo, 2000.
CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE. CONAMA. Resolução Conama nº 275, de 25 de abril 2001.
Estabelece o código de cores para os diferentes tipos de resíduos. Consultado na internet em: 14 fev. 2022.
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