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➜ Identidade: “qualidade de ser a mesma coisa e não diversa” 
(Flamínio Fávero); É a soma dos caracteres que individualizam 
uma pessoa ou uma coisa, distinguindo-as das demais. É uma 
série de atributos que tornam alguém ou alguma coisa igual a 
si próprio. 
➜ Identificação: processo pelo qual se estabelece a 
identidade. Um conjunto de diligências cuja finalidade é 
levantar uma identidade. A identificação é um método 
comparativo. 
➜ Necessita de um registro anterior aos fatos que é 
comparado com o registro posterior. 
 
 
Consiste na parte da antropologia geral que interessa à 
Medicina Legal em algumas modalidades específicas, como a 
Identificação policial, Identificação judiciária, Identificação 
médico legal, Identificação cível e Identificação eleitoral. 
 
Consiste no conjunto de caracteres próprios e exclusivos de 
uma pessoa, isto é, os elementos que permitem afirmar ser 
uma pessoa ela mesma. São características e atributos que 
tornam a pessoa única entre os demais. Apresenta grande 
importância no foro civil e criminal por ser passível de 
falsificação; Artigo 307: atribui-se ou atribuir a terceira falsa 
identidade para obter vantagem, em proveito próprio ou 
alheio, ou para causar dano a outrem; Pena: detenção de três 
meses a um ano; Artigo 308: usar, como próprio, passaporte, 
título de eleitor, caderneta de reservista ou qualquer 
documento de identidade alheia ou ceder a outrem para que 
dele se utilize documento dessa natureza, próprio ou de 
terceiro; Artigo 68: recusar a autoridade, quando por esta 
justificadamente solicitados ou exigidos, dados ou indicações 
concernentes à própria identidade, estado, profissão, domicílio 
ou residência; Artigo 5o LVIII: o civilmente identificado não 
será submetido a identificação criminal salvo nas hipóteses 
previstas em lei; Contravenção Penal: recusar ordem de 
autoridade; Desacato a Autoridade: agressividade e grosseria. 
 
➜ Reincidência de crimes; 
Crime de identidade falsa; Identificação da vítima (crimes 
contra a pessoa), etc. 
➜ Importância da identificação civil: Casamento; Interdição 
➜I Encerrar a 
vida do ponto de vista jurídico; Inventário; Desastres de massa, 
estados avançados de putrefação.
 
Essas são características para buscar - Imutabilidade: não 
mudam ao longo do tempo; Praticabilidade: fácil registro; 
Classificabilidade: metodologia para o arquivamento e 
facilidade na busca dos registros; Perenidade: resistem à ação 
do tempo e permanecem até depois da morte; Variabilidade: 
propriedade dos elementos não se repetirem variando de 
pessoa para pessoa; Universalidade: propriedade de existir em 
todas as pessoas. 
➥ Um método para escolher para que seja um bom método, 
deve ver vestimenta, cabelo, dente, tatuagem, sexo, idade, 
foto, pegar digital. Deve classificar. 
 
➜ Identificação médico-legal: Requer conhecimento de 
medicina e ciências subsidiárias; Diferenciação da espécie 
(ossos, sangue); raça (ossos); sexo (vivos x cadáveres); idade 
 
 
 
 
 
(aparência, pele, pêlos, globo ocular, dentes, RX de ossos, 
suturas cranianas); estatura. 
 
➜ Identificação policial ou judiciária: Não necessita desses 
conhecimentos, visa a caracterização por meio de operações 
rápidas. 
 
Reconhecimento; Fotografia; Retrato falado. Detalhes 
importantes da fisionomia – cromáticos – cor da íris, cabelo e 
pele; morfológicos – altura, fronte, nariz, orelha; 
Complementar–circunferência de crânio, características de 
lábios e sombrancelhas. Impressão datiloscópica. 
 
Física:Através de características anatômicas gerais, 
antropométricas, osteológicas, odontológicas, etc; Funcional: 
Escrita, fala, etc; Psíquica: Modo de pensar. 
 
Restos cadavéricos encontrados sem qualquer identificação: 
Identificação geral: espécie (pertencem a espécie humana?), 
sexo, raça, idade, estatura, características peculiares, causa da 
morte, tempo de morte, etc. 
 
➜ Há suspeita de ser determinado indivíduo? Identificação 
individual: informações fidedignas anteriores, ficha dentária, 
radiografia, fotografia, sinais particulares (cicatrizes, próteses, 
tatuagens, etc). 
 
➜ Método de identificação antropológica mais comumente 
utilizado na prática pericial - Utilizado em exames periciais 
para: - examinados vivos sem documento com foto válido; - 
exames cautelares; e, - exames necroscópicos. 
➜Requisitos técnicos dos elementos de Identificação: • 
Imutabilidade: não mudam ao longo do tempo; • 
Praticabilidade: fácil registro; • Classificabilidade: metodologia 
para o arquivamento e facilidade na busca dos registros; • 
Perenidade: resistem à ação do tempo e permanecem até 
depois da morte; • Variabilidade: propriedade dos elementos 
não se repetirem variando de pessoa para pessoa; • 
Universalidade: propriedade de existir em todas as pessoas. 
➜ Impressao digital:A polpa dos dedos, a palma das mãos e 
as plantas dos pés tem linhas e saliências papilares de 
disposição variável. Aparecem em torno do 6.º mês de vida 
intra-uterina, permanecem durante toda a vida do indivíduo, e 
continuam até algum tempo após a morte, quando são 
eliminadas pelo fenômeno putrefativo.
 
Sistema de classificação decadactilar de Vucetich, 1891. 
Dactiloscopia: “ciência que se propõe a identificar pessoas, 
fisicamente consideradas, por meio das impressões ou 
reproduções físicas dos desenhos formados pelas cristas 
papilares das extremidades digitais." O Brasil iniciou a 
aplicação do Sistema Dactiloscópico de Vucetich desde 1903; 
Tipos fundamentais do sistema: Nº de deltas (01, 02 ou 
nenhum); 4 tipos: Arco, Verticilo, Presilha Externa e Presilha 
Interna; Desenho papilar é o conjunto de cristas e sulcos nas 
polpas e dedos; Impressão papilar é a reprodução do desenho 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resumão de Medicina Legal P2 
Antropologia Forense: 
➥ Delta: encontro dos 3, marginal nuclear e basilar. Ele é a 
base para classificar. 
 
➜ Delta: Um dos elementos mais importantes do desenho 
digital. “É um pequeno ângulo ou triângulo formado pelo 
encontro das três linhas”. 
 
 
➥ Fundamental: dedao direito 
➥ Divisão: os outros 4 dedos do lado D 
➥ Subclassificação: dedo E 
➥ Subdivisão: 4 dedos do lado E 
➥ USAR: VEIA e 4,3,2,1 
➥ OLhando esta a esquerda quando coloca no papel é 
o inverso, direita 
➥ FÓRMULA É SO PARA IMPRESSÃO DIGITAL 
➥ EX: V (verticilo : tem 2 delta no Dedão D) 2 (tem 1 
delta à direita: pressão interna) 3 (presilha externa: 1 
delta à esquerda) 4 (tem 2 delta) 3 (presilha externa: 
tem um delta à esquerda) / I (presilha interna: tem um 
delta direita) 3 (presilha externa: tem um delta do lado 
esquerdo) 2 (presilha interna: tem um delta do lado direito) 2 
(presilha interna: tem um delta do lado direito) 2 (presilha 
interna: tem um delta do lado direito). Portanto fica 
V2343/I3222. 
 
➜ Quando ver o dedão usar letra, quando for os demais 
dedos usa numero. 
 
➜ Pontos característicos: São os acidentes encontrados nas 
cristas papilares. São os elementos individualizadores da 
impressão digital. A evidenciação de 12 pontos característicos 
correspondentes em uma impressão digital, permite o 
estabelecimento da identidade de uma pessoa (Brasil). 
 
 
 
 
➜ Coleta de impressões digitais: As digitais devem ser 
coletadas pelo legista ou papiloscopista em álcool 70% e 
podendo ser posteriormente hidratadas pelo papiloscopista. O 
papiloscopista informa depois se foi possível coletá-las e 
manda os dados para confronto. 
 
 
Letra D 
 
V 4 
E 3 
I 2 
A 1 
 
 
Letra A (E - delta presente 
pelas 3 juntos, marginal, 
nuclear e basila a esquerda é 
chamado de presilha externa. 
Quando coloca no papel fica 
a esquerda, pois estava 
olhando a direita). 
 
 
 
 
 
 
 
 
➜ Art 5: São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e 
a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização 
pelo dano material ou moral decorrente de sua violação; 
 
➜ Art 154 (código penal): Revelar alguém, sem justa causa, 
segredo, de que tem ciência em razão de função, ministério, 
ofício ou profissão, e cuja revelação possa produzir dano a 
outrem: Pena- detenção, de três meses a um ano, ou multa. 
 
➜ Art 207 (código de processo penal): São proibidas de 
depor as pessoas que, em razão de função, ministério, ofício 
Sigilo Médico 
ou profissão, devam guardar segredo, salvo se, desobrigadas 
pela parte interessada e quiserem dar o seu testemunho. 
 
Art- 308: A parte não é obrigada a depor sobre fatos: II – a 
cujo respeito, por estado ou profissão, deva guardar sigilo; 
Art- 404: A parte e o terceiro se escusam de exibir, em juízo, o 
documento ou a coisa se: IV - sua exibição acarretar a 
divulgação de fatos a cujo respeito, por estado ou profissão, 
devam guardar segredo; 
 
➜ Código de Ética Médica- Princípios Fundamentais: XI - O 
médico guardará sigilo a respeito das informações de que 
detenha conhecimento no desempenho de suas funções, com 
exceção dos casos previstos em lei. 
 
Art. 73. Revelar fato de que tenha conhecimento em virtude do 
exercício de sua profissão, salvo por motivo justo, dever legal 
ou consentimento, por escrito, do paciente. Parágrafo único. 
Permanece essa proibição: a) mesmo que o fato seja de 
conhecimento público ou o paciente tenha falecido; b) quando 
de seu depoimento como testemunha. Nessa hipótese, o 
médico comparecerá perante a autoridade e declarará seu 
impedimento; c) na investigação de suspeita de crime o 
médico estará impedido de revelar segredo que possa expor o 
paciente a processo penal; Art. 74. Revelar sigilo profissional 
relacionado a paciente menor de idade, inclusive a seus pais 
ou representantes legais, desde que o menor tenha capacidade 
de discernimento, salvo quando a não revelação possa 
acarretar dano ao paciente; Art. 75. Fazer referência a casos 
clínicos identificáveis, exibir pacientes ou seus retratos em 
anúncios profissionais ou na divulgação de assuntos médicos, 
em meios de comunicação em geral, mesmo com autorização 
do paciente; Art. 76. Revelar informações confidenciais obtidas 
quando do exame médico de trabalhadores, inclusive por 
exigência dos dirigentes de empresas ou de instituições, salvo 
se o silêncio puser em risco a saúde dos empregados ou da 
Comunidade; Art. 77. Prestar informações a empresas 
seguradoras sobre as circunstâncias da morte do paciente sob 
seus cuidados, além das contidas na declaração de óbito, 
salvo por expresso consentimento do seu representante legal; 
Art. 78. Deixar de orientar seus auxiliares e alunos a respeitar 
o sigilo profissional e zelar para que seja por eles mantido; 
Art. 79. Deixar de guardar o sigilo profissional na cobrança de 
honorários por meio judicial ou extrajudicial. 
 
Art. 89. Liberar cópias do prontuário sob sua guarda, salvo 
quando autorizado, por escrito, pelo paciente, para atender 
ordem judicial ou para a sua própria defesa. § 1o Quando 
requisitado judicialmente o prontuário será disponibilizado ao 
juiz requisitante; § 2o Quando o prontuário for apresentado 
em sua própria defesa, o médico deverá solicitar que seja 
observado o sigilo profissional; Art. 90. Deixar de fornecer 
cópia do prontuário médico de seu paciente quando de sua 
requisição pelos Conselhos Regionais de Medicina. 
 
➜ O segredo profissional tem a função de manter a 
confidencialidade nas relações profissionais. O segredo 
profissional é um direito de quem procura o serviço de saúde. 
 
➜ A Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais, no 13.709, de 
14 de agosto de 2018, instituiu um regime geral de proteção 
de dados no ordenamento brasileiro. A lei visa proteger os 
direitos fundamentais de liberdade e privacidade; e se aplica a 
qualquer pessoa, natural ou jurídica, de direito público ou 
privado, que realize o tratamento de dados pessoais, no meio 
físico ou eletrônico. A LGPD surgiu para garantir maior 
segurança jurídica às atividades de tratamento de dados 
pessoais no País, estipulando uma série de obrigações 
para empresas e organizações sobre coleta, armazenamento, 
tratamento e compartilhamento de dados pessoais, tanto 
online quanto offline. Para os médicos também se aplica a lei, 
embora já esteja consignado no Código de Ética Médica (CEM) 
a responsabilidade de proteção aos dados dos pacientes; 
 
➜ DADO PESSOAL: É a informação relacionada a pessoa 
natural; como nome; sobrenome; data de nascimento; número 
de RG, CPF, e outros documentos pessoais; endereços 
residencial, comercial e eletrônico; números de telefone. 
➜ DADO PESSOAL SENSÍVEL: É o dado pessoal sobre origem 
racial ou étnica, convicção religiosa, opinião política, filiação a 
sindicato ou a organização de caráter religioso, filosófico ou 
político, dado referente à saúde ou à vida sexual, dado 
genético ou biométrico, quando vinculado a uma pessoa 
natural. 
➜ Nos serviços de saúde, são considerados dados sensíveis às 
informações acerca de doenças, deficiências, relatórios 
médicos, prontuários, dados biométricos, resultados de 
exames, entre outros. 
➜ DADO ANONIMIZADO: dado relativo a titular que não 
possa ser identificado, considerando a utilização de meios 
técnicos razoáveis e disponíveis na ocasião de seu 
tratamento. Os dados anonimizados não são protegidos pela 
LGPD, uma vez que não são relacionados a titulares 
específicos. 
➜ BANCO DE DADOS: conjunto estruturado de dados 
pessoais, estabelecido em um ou em vários locais, em 
suporte eletrônico ou físico; 
➜ TITULAR: pessoa natural a quem se referem os dados 
pessoais que são objeto de tratamento; 
 
➜ TRATAMENTO: toda operação realizada com dados 
pessoais, como as que se referem a coleta, produção, 
recepção, classificação, utilização, acesso, reprodução, 
transmissão, distribuição, arquivamento, armazenamento, 
eliminação, avaliação ou controle da informação, modificação, 
comunicação, transferência, difusão ou extração; 
➜ CONSENTIMENTO: manifestação livre, informada e 
inequívoca pela qual o titular concorda com o tratamento de 
seus dados pessoais para uma finalidade determinada; 
➜ ELIMINAÇÃO: exclusão de dado ou de conjunto de dados 
armazenados em banco de dados, independentemente do 
procedimento empregado. 
 
Os prestadores de serviços médicos devem ter especial 
atenção com o PRONTUÁRIO MÉDICO, haja vista ser um 
documento que contém relevantes dados pessoais e sensíveis 
do paciente. Art. 1o - O médico não pode, sem o 
consentimento do paciente, revelar o conteúdo do prontuário 
ou ficha médica. A LGPD reforça a proteção dos dados 
pessoais já determinadas pelo CFM, e prevê sanções 
administrativas que podem ser aplicadas independentemente 
da apuração da infração ética pelo Conselho Regional de 
Medicina: Art. 52. Os agentes de tratamento de dados, em 
razão das infrações cometidas às normas previstas 
nesta Lei, ficam sujeitos às seguintes sanções administrativas 
aplicáveis pela autoridade nacional: I - advertência, com 
indicação de prazo para adoção de medidas corretivas; II - 
multa simples, de até 2% (dois por cento) do faturamento da 
pessoa jurídica de direito privado, grupo ou conglomerado no 
Brasil no seu último exercício, excluídos os tributos, limitada, 
no total, a R$ 50.000.000,00 (cinquenta milhões de reais) por 
infração; III - multa diária, observado o limite total a que se 
refere o inciso II; IV - publicização da infração após 
devidamente apurada e confirmada a sua ocorrência; V - 
bloqueio dos dados pessoais a que se refere a infração até a 
sua regularização; VI - eliminação dos dados pessoais a que se 
refere a infração; X - suspensão parcial do funcionamento do 
banco de dados a que se refere a infração pelo período 
máximo de 6 (seis) meses, prorrogável por igual período, 
até a regularização da atividade de tratamento pelo 
controlador; XI - suspensão do exercício da atividade de 
tratamento dos dados pessoais a que se refere a infração pelo 
período máximo de 6 (seis) meses, prorrogável por igual 
período; XII - proibição parcial ou total do exercício de 
atividades relacionadas a tratamento de dados. 
 
➜ Dados cadastrais: Nesta etapa da coleta de dados pessoais, 
é realizado o registro do paciente no estabelecimento de 
saúde, e devem ser requeridosapenas os dados estritamente 
necessários para a finalidade pretendida, e se possível, não 
deve abranger os dados referentes à saúde do paciente. 
➜ Consulta e prontuário medico: No momento do atendimento 
médico, naturalmente são coletados os dados sensíveis 
relativos à saúde do paciente. Além do dever de proteção dos 
dados pessoais, deve ser resguardado o sigilo médico previsto 
na Lei no 13.787/2018 e no Código de Ética Médico. 
 
A Resolução CFM No 2.299/2021 regulamenta a emissão de 
documentos médicos eletrônicos, e autoriza a emissão de 
Prescrição; Atestado; Relatório; Solicitação de exames; Laudo e 
Parecer Técnico de forma eletrônica, tanto em atendimentos 
presenciais, como à distância; desde que contenham os 
seguintes dados: a) Identificação do médico: nome, CRM e 
endereço; b) Registro de Qualificação de Especialista (RQE), em 
caso de vinculação com especialidade ou área de atuação; c) 
Identificação do paciente: nome e número do documento legal; 
d) Data e hora; e) Assinatura digital do médico. 
 
➜ O setor de saúde conta com grande utilização de dados 
sensíveis dos pacientes, e por essa razão, devem ser adotados 
procedimentos que garantam a privacidade dos titulares de 
dados. As instituições de saúde deverão se adequar a fim de 
se prevenirem em relação às sanções por vazamentos de 
dados de pacientes, ataques hackers e falha humana 
decorrente da atuação de seus funcionários que tiverem 
acesso aos dados de pacientes. 
 
➜ A quebra de sigilo é, portanto, caracterizada como uma 
grave ofensa à liberdade do individuo, uma agressão a sua 
privacidade. A quebra caracteriza-se por: Existência de um 
segredo; Conhecê-lo em razão de função, ofício, ministério ou 
profissã0; Ausência de motivos relevantes; Possibilidade de 
dano a outrem; Existência de dolo. 
 
 
 
 
 
Documento: declaração escrita/impressa que fornece uma 
informação/prova usada para esclarecimento de algo. Será 
documento médico-legal uma declaração escrita de interesse 
legal, firmada por médico, sobre matéria médica. Os tipos são 
atestados médico, Relatório Médico-Legal (Auto e Laudo) e 
Parecer Médico-Legal (Laudo indireto especial). 
 
Para Croce e Croce Jr (1995 apud FRANÇA, 2009) trata-se de 
documento indicativo de uma atestação, no qual se afirmam 
fatos ou situações que têm uma existência, uma obrigação. 
Para Souza Lima, é a afirmação simples e por escrito de um 
fato médico e suas consequências (LOUZÃ, 2002). Pode ser 
classificado em atestado médico de sanidade/saúde, 
enfermidade/doença e óbito. Pode ainda ser classificado como 
oficioso, administrativo e judiciário: Os atestados oficiosos se 
aplicam na ausência de obrigações estudantis e/ou laborais; 
Os atestados administrativos são utilizados por servidores 
públicos: licenças, aposentadoria e justificativa às faltas; Os 
atestados judiciários ocorrem quando há solicitação de juiz e 
interessam à administração da justiça. I Identificação do 
destinatário e do emissor; II Diagnóstico; III Resultados dos 
exames complementares; IV Conduta terapêutica; V 
Prognóstico; VI Registro de dados de maneira legível; Segundo 
Alcântara, o atestado pode ser classificado quanto a 
veracidade, em: idôneo, gracioso, imprudente e falso; O 
atestado gracioso/complacente é concendido como forma de 
obter simpatia, sem nenhum apreço ao CEM; O atestado 
imprudente é aquele dado de forma inconsequente, 
intempestiva, geralmente em favor de terceiros; O atestado 
falso seria aquele fornecido quando se sabe do seu uso 
indevido e criminoso, tendo caráter doloso; O médico deve 
dizer a verdade em seus atestados, sob pena de infringir 
dispositivos éticos e legais, artigo 73 do CEM ou pelo artigo 
302 do Código Penal (CP): “É vedado ao médico: expedir 
documento médico sem ter praticado ato profissional que o 
justifique, que seja tendencioso ou que não corresponda à 
verdade” (CREMESP, 2009); “Dar o médico, no exercício da 
sua profissão, atestado falso tem pena de detenção, de um 
mês a um ano. Se o crime é cometido com o fim de lucro, 
aplica-se também multa” (BRASIL, 1940). 
 
É vedado ao médico: Art. 81:Atestar como forma de obter 
vantagens; Art. 82:Usar formulários de instituições públicas 
para prescrever ou atestar fatos verificados na clínica privada. 
Art. 91:Deixar de atestar atos executados no exercício 
profissional, quando solicitado pelo paciente ou por seu 
representante legal; Art. 84:Deixar de atestar óbito de paciente 
ao qual vinha prestando assistência, exceto quando houver 
indícios de morte violenta. 
 
É um documento complexo que contém o atestado de óbito. A 
Declaração de Óbito tem a finalidade de constatar o óbito, 
definir a causa da morte e atender às necessidades de ordem 
legal e médico sanitária. Pelo Código Civil (CC) a personalidade 
civil do homem começa com o nascimento e a existência da 
pessoa natural termina com a morte, sendo obrigatórios esses 
registros públicos (BRASIL, 2002). Certidão de óbito ocorre 
após atuação do cartório com a declaração de óbito, gerando 
a guia de sepultamento/cremação; Lei dos Registros Públicos - 
6.015/73 alterada pela lei 6.216/75: Art. 77 - Nenhum 
sepultamento será feito sem certidão do oficial de registro do 
lugar do falecimento, extraída após a lavratura do assento de 
óbito, em vista do atestado de médico, se houver no lugar, ou 
em caso contrário, de duas pessoas qualificadas que tiverem 
presenciado ou verificado a morte. 
 
 
➥ Formato padronizada e distribuída em todo território 
nacional, sendo composta por 9 itens: I Cartório; II 
Identificação; III Residência; IV Ocorrência; V Óbito Fetal ou 
Documentos Médico-legais 
menor que 1 ano; VI Condições e causas de óbito; VII Médico; 
VIII Causas Externas; IX Local sem médico; 
Item VI condições e causas de óbito. 
➥ PARTE I: Estados mórbidos que produziram a causa da 
morte - subitens a, b, c e d 
➥ Parte II: Outras condições significativas que contribuíram 
para a morte. 
➥IMAGEM DE PROVA 
Se rasurado ou preenchimento errado, deve escrever 
“inutilizado” e grampeá-la juntamente com a correta; Não 
colocar termos como parada cardiorrespiratória, evitando 
ainda o uso de abreviações; Não é obrigatório registro da 
causa básica da morte na linha “d”, mas é importante que ela 
esteja na última linha da parte I; Nem todas as linhas precisam 
ser preenchidas, mas sugere-se colocar um traço naquelas que 
não forem preenchidas; Não se pode negar realizar a DO 
quando na função de plantonista, preencha-a como médico 
substituto; Quando a família deseja cremar, deve-se colher 
exames subsidiários; Não se deve preencher formulários 
próprios de empresas de seguros privados, cabendo às 
empresas seguradoras disponibilizarem médicos para 
exercerem essa função; Diferentemente do meio assistencial, 
faz-se declaração de óbito fetal independentemente da idade 
gestacional materna, do peso ou da altura do feto; Peças 
anatômicas retiradas por ato cirúrgico ou membro amputado, 
não se faz DO, faz ofício e inuma/crema. 
 
I. Morte com assistência médica: a) A Declaração de Óbito 
deverá ser fornecida, pelo médico que vinha prestando 
assistência; b) A Declaração de Óbito do paciente internado 
sob regime hospitalar deverá ser fornecida pelo 
médico assistente e, na sua falta por médico substituto 
pertencente à instituição; c) A declaração de óbito do paciente 
em tratamento sob regime ambulatorial deverá ser fornecida 
por médico designado pela instituição que prestava 
assistência, ou pelo SVO; d) A Declaração de Óbito do paciente 
em tratamento sob regime domiciliar (Programa Saúde da 
Família, internação domiciliar e outros) deverá ser fornecida 
pelo médico pertencente ao programa ao qual o paciente 
estava cadastrado, ou pelo SVO, caso o médico não consiga 
correlacionar o óbito com o quadro clínico concernente ao 
acompanhamento do paciente; I. Morte sem assistência médica: 
a) Nas localidades com SVO: A declaração de Óbito deverá ser 
fornecida pelos médicos do SVO; b) Nas Localidades sem SVO: 
A declaração de Óbito deverá ser fornecidapelos médicos do 
serviço público de saúde mais próximo do local onde ocorreu 
o evento; na sua ausência por qualquer médico da localidade. 
2) Morte fetal: Em caso de morte fetal, os médicos que 
prestaram assistência à mãe ficam obrigados a fornecer a 
Declaração de Óbito quando a gestação tiver duração igual ou 
superior a 20 semanas ou o feto tiver peso corporal igual ou 
superior a 500 (quinhentos) gramas e/ou estatura igual ou 
superior a 25 cm. 
➥ Mortes violentas ou não naturais: A Declaração de Óbito 
deverá, obrigatoriamente, ser fornecida pelos serviços médico-
legais. 
 
➜ RESOLUÇÃO CFM 2110 (set/14): Art. 23. O médico 
intervencionista, quando acionado em situação de óbito não 
assistido, deverá obrigatoriamente constatá-lo, mas não atestá-
lo. Neste caso, deverá comunicar o fato ao médico regulador, 
que acionará as polícias civil, militar ou o Serviço de 
Verificação de Óbito para que tomem as providências legais; 
RESOLUÇÃO CFM- 2139 (fev/16)- Art. 23. O médico 
intervencionista, quando envolvido em atendimento que 
resulte em óbito de suposta causa violenta ou não natural 
(homicídio, acidente, suicídio, morte suspeita), deverá 
obrigatoriamente constatá-lo, mas não atestá-lo. Neste caso, 
deverá comunicar o fato ao médico regulador, que adotará as 
medidas necessárias para o encaminhamento do corpo para o 
Instituto Médico Legal – IML. 
 
 
➜ Orientação quanto ao encaminhamento de óbitos ao 
Instituto Médico Legal: Morte violenta; Morte suspeita; Morte 
metatraumática; Morte em indivíduos desconhecidos; Morte em 
indivíduos sob a custódia do estado (detentos). 
 
É a descrição mais minuciosa de uma perícia médica a fim de 
responder à solicitação da autoridade policial ou judiciária 
frente ao inquérito (FRANÇA, 2004). É o registro de todos os 
fatos pertinentes de uma perícia médica praticada, em 
regra, por peritos oficiais e solicitado por autoridade 
competente por dever de cargo ou função; Classificação: Se 
ditado a um escrivão define-se como auto; Se for redigido 
posteriormente pelo perito, define-se como laudo. 
Composição: 1. Preâmbulo (É a introdução do relatório 
médico-legal e deve constar nome e identificação da 
autoridade que determina a perícia, nome e titulação dos 
peritos, qualificação do examinado e a finalidade do exame. 
Atualmente as autoridades solicitantes são delegado de 
polícia, juiz de direito, promotor, procurador e oficial maior das 
forças armadas); 2. Quesitos (São perguntas realizadas pela 
autoridade; Na área civil, os quesitos são apresentados pela 
autoridade requisitante e pelos patronos das partes; Na área 
criminal os quesitos são oficiais, são padronizados para os 
principais tipos de perícia, podendo ser solicitados quesitos 
acessórios); 3. Histórico (É o relato do fato a ser esclarecido e 
que deu origem à perícia e ao procedimento judiciário do qual 
ele é parte integrante. Nesse item cabem os informes colhidos 
de diversas fontes: da vítima, da autoridade requisitante, 
dos autos, de terceiros e de outros profissionais (médicos, 
peritos, dados de prontuário hospitalar, laudos anteriores e 
documentos relacionados); Deve conter informações 
relacionadas à hora, dia, local do fato; natureza do evento 
(agressão, acidente), no de agressores (se for o caso); tipo de 
agente vulnerante; regiões de corpo atingidas; local e tipo de 
atendimento médico; tempo de internação, entre outros.); 4. 
Descrição (É o visum et repertum, a alma do laudo, sendo 
considerada a parte mais importante deste. É a reprodução 
precisa, fiel e minuciosa de tudo que o perito vir, dos 
elementos colhidos no decorrer do exame, dos resultados das 
provas laboratoriais, exames radiológicos e outros exames 
solicitados; As lesões descrever ser caracterizadas quanto a 
nome, local, forma, dimensão, direção, profundidade, aspecto 
de bordas, idade, espectro equimótico Legrand du Saulle 
(coloração), tipicidade, profundidade, graus (I, II, III e IV), 
queimaduras, limitação de função, especificidade, aviltante, 
agrupamento, entre outros; Preferencialmente, devendo-se 
caracterizar a lesão e não o diagnóstico; Linguagem técnica; 
Croquis e fotografias.); 5. Discussão (É a interpretação dos 
fatos diagnósticos, prognósticos - quando possível - e de 
outros elementos considerados necessários; Nela os peritos 
comentam os dados obtidos pelo exame, cotejando-se com os 
informes registrados no histórico, discutindo as várias 
hipóteses, exteriorizam suas impressões pessoais, analisando 
cuidadosa e pormenorizada a matéria, e, se for o caso, 
documentando suas assertivas com referências e citações dos 
tratadistas; Linguagem mais acessível); 6. Conclusão (É a 
síntese diagnóstica, análise sumária do que foi concluído do 
histórico e do exame minucioso realizado. Deve ser clara e 
sintética, rejeitando ao máximo a nomenclatura complexa, se 
possível, de maneira numerada e ordenada de forma coerente); 
7. Resposta aos quesitos (São as afirmações dadas aos 
questionamentos realizados.; Elas devem ser respostas 
simples, sucintas, convincentes e sempre que possível de 
maneira telegráfica, seja na forma afirmativa ou negativa; 
Todos os quesitos devem ser respondidos; Há situações nas 
quais o perito não pode concluir de forma a afirmar ou negar, 
assim não há demérito em responder aguardando exames ou 
ainda sem elementos no presente exame). 
 
É a resposta a uma consulta feita por interessado a um ou 
mais médicos, a uma comissão de profissionais ou a uma 
sociedade científica sobre fatos referentes a uma questão a ser 
esclarecida (FÁVERO). Esse documento pode ser solicitado 
quando há necessidade de esclarecimento de um fato 
duvidoso referente a um laudo. Em relação ao Código de 
Processo Civil, o perito judicial produz um laudo enquanto os 
assistentes técnicos produzem um parecer médico legal; “As 
partes no processo serão intimadas para, querendo, 
manifestar-se sobre o laudo do perito no prazo comum de 15 
dias, podendo o assistente técnico de cada uma das partes, 
apresentar seu respectivo parecer técnico”; Os tipos são 
Preâmbulo (é semelhante ao preâmbulo do relatório médico 
legal), Exposição (deve conter toda documentação existente 
no caso), Discussão e Conclusões (os 2 últimos: devem ser 
direcionadas aos quesitos e a dúvida da autoridade em 
questão. É a discussão a parte mais importante do parecer 
médico legal) 
 
 
 
 
 
 
É um conjunto de documentos médicos padronizados e 
ordenados, destinados ao registro dos cuidados profissionais 
prestados ao paciente pelos serviços de saúde pública ou 
privada. Tendo o objetivo indispensável para aferir a 
assistência médica prestada, e é elemento valioso para o 
ensino, a pesquisa e os serviços de saúde pública ou privada, 
servindo também como instrumento de defesa legal. 
 
Identificação do paciente; Evolução médica diária; Evoluções de 
enfermagem e outros profissionais assistentes; Exames 
laboratoriais, radiológicos e outros; Raciocínio médico; 
Hipóteses diagnósticas e diagnóstico definitivo; Conduta 
terapêutica; Prescrições médicas e de enfermagem; Descrições 
cirúrgicas, fichas anestésicas; Resumo de alta; Fichas de 
atendimento ambulatorial e/ou atendimento de urgência; 
Folhas de observação médica, boletins médicos. Laudos 
biópsia, lâminas; 
 
➜ Prontuário medico: É elaborado pelo médico, atendendo ao 
artigo 87 do Código de Ética Médica, e diz respeito ao 
paciente, pertencendo portanto, a ambos conjuntamente: Ao 
médico que o elabora; e ao paciente, porque esses dados lhe 
dizem respeito, são seus, e revelam sua intimidade física, 
emocional, mental, além de outras particularidades. É 
protegido pelo sigilo profissional ou segredo médico. 
 
Art. 1o - O médico não pode, sem o consentimento do 
paciente, revelar o conteúdo do prontuário ou ficha médica; 
Art. 2o - Nos casos do art. 269 do Código Penal, onde a 
comunicação de doença é compulsória, o dever do médico 
restringe-se exclusivamente a comunicar tal fato à autoridade 
competente, sendo proibida a remessa do prontuário médico 
dopaciente; Art. 3o - Na investigação da hipótese de 
cometimento de crime o médico está impedido de revelar 
segredo que possa expor o paciente a processo criminal; Art. 
4o - Se na instrução de processo criminal for requisitado o 
prontuário, por autoridade judiciária competente, a 
apresentação do prontuário, pode ser disponibilizado ao Juiz; 
Art. 5o - Se houver autorização expressa do paciente, tanto na 
solicitação como em documento diverso, o médico poderá 
encaminhar a ficha ou prontuário médico diretamente à 
autoridade requisitante; Art. 6o - O médico deverá fornecer 
cópia da ficha ou do prontuário médico desde que solicitado 
pelo paciente ou requisitado pelo Conselhos Federal ou 
Regional de Medicina. 
 
➜ Art. 7o - Para sua defesa judicial, o médico poderá 
apresentar a ficha ou prontuário médico à autoridade 
competente, solicitando que a matéria seja mantida em 
segredo de justiça; Art. 8o - Nos casos não previstos nesta 
resolução e sempre que houver conflito no tocante à remessa 
ou não dos documentos à autoridade requisitante, o médico 
deverá consultar o Conselho de Medicina, onde mantém sua 
inscrição, quanto ao procedimento a ser adotado; Art. 9o - 
Ficam revogadas as disposições em contrário, em especial a 
Resolução CFM no 999/80. 
 
➜ Artigo 1o : É obrigatória a criação de Comissões de Revisão 
de Prontuário Médico nas Unidades de Saúde onde se presta 
Assistência Médica; Artigo 2o : Os integrantes da Comissão de 
Revisão de Prontuário Médico, terão os seus mandatos e 
processo de escolha , consignados no Regimento Interno do 
Corpo Clínico da Instituição, 
 
➜ Artigo 3o : A Comissão de Revisão de Prontuário compete: I 
- A avaliação dos itens que deverão constar obrigatoriamente: 
a)identificação do paciente, anamnese, exame físico, exames 
complementares e seus respectivos e seus respectivos 
resultados, hipótese diagnósticos definitivo e tratamento 
efetuado; b)obrigatoriedade de letra legível do profissional que 
atendeu o paciente, bem como de assinatura e carimbo ou 
nome legível, bem como a prescrição médica consignando data 
e hora; c) obrigatoriedade do registro diário da evolução 
clínica do paciente, bem como a prescrição médica 
consignando data e hora; d) tipo de alta. 
 
➜ Art. 2o Autorizar a digitalização dos prontuários dos 
pacientes, desde que o modo de armazenamento dos 
documentos digitalizados obedeça a norma específica de 
digitalização contida nos parágrafos abaixo e, após análise 
obrigatória da Comissão de Revisão de Prontuários, as normas 
Prontuário Médico 
da Comissão Permanente de Avaliação de Documentos da 
unidade médico-hospitalar geradora do arquivo. § 1o Os 
métodos de digitalização devem reproduzir todas as 
informações dos documentos originais. § 2o Os arquivos 
digitais oriundos da digitalização dos documentos do 
prontuário dos pacientes deverão ser controlados por sistema 
especializado (Gerenciamento eletrônico 
de documentos - GED), que possua, minimamente, as 
seguintes características: a) Capacidade de utilizar base de 
dados adequada para o armazenamento dos arquivos 
digitalizados; b)Método de indexação que permita criar um 
arquivamento organizado, possibilitando a pesquisa de 
maneira simples e eficiente; c)Obediência aos requisitos do 
"Nível de garantia de segurança 2 (NGS2)", estabelecidos no 
Manual de Certificação para Sistemas de Registro Eletrônico 
em Saúde; 
 
➜ Art. 3o - Autorizar o uso de sistemas informatizados para a 
guarda e manuseio de prontuários de pacientes e para a troca 
de informação identificada em saúde, eliminando a 
obrigatoriedade do registro em papel, desde que esses 
sistemas atendam integralmente aos requisitos do "Nível de 
garantia de segurança 2 (NGS2)", estabelecidos no Manual de 
Certificação para Sistemas de Registro Eletrônico em Saúde; 
Art. 4o - Não autorizar a eliminação do papel quando da 
utilização somente do "Nível de garantia de segurança 1 
(NGS1)", por falta de amparo legal; Art. 5o - Como o "Nível de 
garantia de segurança 2 (NGS2)", exige o uso de assinatura 
digital, e conforme os artigos 2o e 3o desta resolução, está 
autorizada a utilização de certificado digital padrão ICP-Brasil, 
até a implantação do CRM Digital pelo CFM, quando então 
será dado um prazo de 360 (trezentos e sessenta) dias para 
que os sistemas informatizados incorporem este novo 
certificado. 
 
➜ Art. 6o - No caso de microfilmagem, os prontuários 
microfilmados poderão ser eliminados de acordo com a 
legislação específica que regulamenta essa área e após análise 
obrigatória da Comissão de Revisão de Prontuários da unidade 
médico-hospitalar geradora do arquivo; Art. 7o - Estabelecer a 
guarda permanente, considerando a evolução tecnológica, para 
os prontuários dos pacientes arquivados eletronicamente em 
meio óptico, microfilmado ou digitalizado; Art. 8o - Estabelecer 
o prazo mínimo de 20 (vinte) anos, a partir do último registro, 
para a preservação dos prontuários dos pacientes em suporte 
de papel, que não foram arquivados eletronicamente em meio 
óptico, microfilmado ou digitalizado. 
 
Art. 86 - Deixar de fornecer laudo médico ao paciente ou a seu 
representante legal quando aquele for encaminhado ou 
transferido para continuação do tratamento ou em caso de 
solicitação de alta; Art. 87 - Deixar de elaborar prontuário 
legível para cada paciente; § 1o - O prontuário deve conter os 
dados clínicos necessários para a boa condução do caso, 
sendo preenchido, em cada avaliação, em ordem cronológica 
com data, hora, assinatura e número de registro do médico no 
Conselho Regional de Medicina; § 2o - O prontuário estará sob 
a guarda do médico ou da instituição que assiste o paciente. 
Art. 88 - Negar, ao paciente, acesso a seu prontuário, deixar 
de lhe fornecer cópia quando solicitada, bem como deixar de 
lhe dar explicações necessárias à sua compreensão, salvo 
quando ocasionarem riscos ao próprio paciente ou a terceiros. 
 
 
Art. 76. Revelar informações confidenciais obtidas quando do 
exame médico de trabalhadores, inclusive por exigência dos 
dirigentes de empresas ou de instituições, salvo se o silêncio 
puser em risco a saúde dos empregados ou da comunidade; 
Art. 77. Prestar informações a empresas seguradoras sobre as 
circunstâncias da morte do paciente sob seus cuidados, além 
das contidas na declaração de óbito, salvo por expresso 
consentimento do seu representante legal; Art. 78. Deixar de 
orientar seus auxiliares e alunos a respeitar o sigilo 
profissional e zelar para que seja por eles mantido; Art. 79. 
Deixar de guardar o sigilo profissional na cobrança de 
honorários por meio judicial ou extrajudicial. 
 
É elaborado pelo médico, atendendo ao artigo 87 do Código 
de Ética Médica, e diz respeito ao médico, que o elabora, 
contendo dados da história clínica, exames laboratoriais e 
radiológicos, o raciocínio médico, sua conclusão diagnóstica e 
conduta terapêutica; e pertence ao paciente, porque esses 
dados lhe dizem respeito, e revelam sua intimidade física, 
emocional, mental, além de outras particularidades. Pertence, 
portanto, ao paciente ficando sob guarda do médico/hospital. 
 
Conforme dispõe a Resolução CFM 1.821/07, o prontuário 
deve ser guardado por um tempo de 20 anos, a fluir da data 
do último registro de atendimento do paciente, e após 
decorrido esse prazo o prontuário pode ser substituído por 
métodos de registro capazes de assegurar a restauração plena 
das informações nele contidas. 
 
É de nosso entendimento que o artigo 88 do Código de Ética 
Médica garante ao paciente o manuseio e cópia de toda a 
documentação que integra o prontuário, a menos que isto 
ponha em risco a saúde do mesmo. Caso isso ocorra, as partes 
que possam causar-lhe prejuízos devem ser suprimidas ou 
mesmo todo prontuário, devendo ser-lhe entregue um laudo 
que contenha, genericamente, informações sobre sua saúde e 
as providências que estão sendo tomadas. 
 
Caso o pedido seja feito pelos familiares do paciente é 
necessário que este autorize o acesso pretendido ao 
prontuário. Nahipótese de que o paciente não tenha 
condições para isso as informações devem ser dadas sob 
forma de laudo ou até mesmo cópias. No caso de óbito, o 
laudo deverá revelar o diagnóstico, o procedimento do médico 
e a “causa mortis” e o prontuário só pode ser liberado 
mediante ordem judicial. Quando a solicitação for do 
responsável legal pelo paciente, sendo este menor ou incapaz, 
o acesso ao prontuário deve ser-lhe permitido e, se solicitado, 
fornecer as cópias solicitadas ou elaborar um laudo que 
contenha o resumo das informações lá contidas. 
 
Salvo haja autorização expressa do paciente, é vedado ao 
médico fornecer tais informações, nos termos do artigo 73 do 
Código de Ética Médica, que reza: É vedado ao médico: Artigo 
73 - Revelar fato de que tenha conhecimento em virtude do 
exercício de sua profissão, salvo por motivo justo, dever legal 
ou consentimento, por escrito, do paciente. 
 
Com relação ao pedido de cópia do prontuário pelas 
Autoridades Policiais e/ou Judiciárias, vale tecer alguns 
esclarecimentos sobre segredo médico. O segredo médico é 
uma espécie de segredo profissional, ou seja, resulta das 
confidências que são feitas ao médico pelos seus pacientes, 
em virtude da prestação de serviço que lhes é destinada. O 
segredo médico compreende, então, confidências relatadas ao 
profissional, bem como as percebidas no decorrer do 
tratamento e, ainda, aquelas descobertas e que o paciente não 
tem intenção de informar. 
 
O Código de Ética Médica, através de seus artigos 11 e 21, 
veda ao médico receitar de forma secreta ou ilegível, ou 
infringir legislação pertinente (Lei 5.991/73 e Decreto 
20.931/32), ensejando sua inobservância a instauração de 
processo disciplinar. 
 
O arquivo de médico particular falecido sem herdeiro 
profissional deve ser incinerado por pessoa de convivência 
diária direta, familiares ou secretária particular (Parecer CFM 
no 31/95). 
 
Inexiste exigência no Código de Ética Médica de manter 
arquivo escrito, e o que importa, efetivamente, é o sigilo das 
informações e a sua recuperabilidade. Assim sendo, nada 
obsta que o médico utilize computadores no desempenho de 
suas atividades (Parecer CFM no 14/93 e Parecer CFM no 
38/97). 
 
➜ Não pode ser esquecido: O prontuário é documento valioso 
para o paciente, para o médico que o assiste e para as 
instituições de saúde, bem como para o ensino, a pesquisa e 
os serviços públicos de saúde, além de instrumento de defesa 
legal. 
 
➜ Prontuário Médico --> O que deve conter: Registro correto 
e completo; Simples e objetivo; e Clareza e legibilidade do 
texto. 
➜ Prontuário Médico --> O que não deve conter: Escrita a 
lápis; Usar líquido corretor; Deixar folha em branco; Registrar 
anotação que não se refere ao paciente; Evitar abreviaturas e 
siglas. 
➜ Prontuário Médico --> Razões de falha: Preguiça, pressa e 
medo de escrever; Fluxo elevado de pacientes; Múltiplas 
atividades; Desinteresse; 
 
➜ O Termo de Consentimento Esclarecido refere-se ao 
documento assinado pelo paciente, ou responsável, 
consentindo ao médico a realização de determinado 
procedimento diagnóstico ou terapêutico, após ter recebido 
informações pertinentes. Tem como finalidade garantir a 
autonomia do paciente e delimitar a responsabilidade do 
médico que realiza os procedimentos. - Identificação do 
paciente ou de seu responsável; Nome do procedimento; 
Descrição Técnica (em termos leigos e claros); Possíveis 
insucessos; Complicações pré e pós-operatórias; Descrição da 
anestesia; Destino da peça operatória; Explicação quanto à 
possibilidade de modificação de conduta durante o 
procedimento; Declaração de que as explicações foram 
efetivamente entendidas; Confirmação de autorização, com 
local e data da intervenção cirúrgica; Modelo para revogação 
da cirurgia; Assinatura de testemunhas. 
 
➜ Ao ser observada, a regra promove a ética, impede abusos 
nas publicidades e propagandas e traz maior segurança aos 
pacientes e aos profissionais. O médico que cumpre as normas 
conquista credibilidade, respeito e a confiança junto à 
sociedade. 
 
➜ Propagando e publicidade: Conjunto de técnicas e 
atividades de comunicação que tem por objetivo divulgar 
conhecimentos, tornar mais conhecido ou prestigiado 
determinado produto, marca ou serviço; OS MEDICOS NÃO 
PODEM PARTICIPAR DE PROPAGANDAS PARA VENDAS OU 
BENEFICIOS; A PROPAGANDA E A PUBLICIDADE DEVEM: Ser 
honestas, acuradas e informativas; Evitar a técnica da 
persuasão, Ter cautela para não explorar a vulnerabilidade 
dos pacientes ou sua falta de conhecimento médico. 
➜ Criação de anexos com detalhamento das regras de 
publicidade de assuntos médicos, com indicações técnicas e 
exemplos de modos de aplicação. As regras passam a ser 
extensivas a entidades sindicais e associativas médicas. 
Determina que o uso de imagens em peças publicitárias 
enfatize apenas a assistência. Obriga o médico a declarar 
potenciais conflitos de interesse quando conceder entrevistas, 
participar de eventos públicos ou transmitir informações à 
sociedade. O documento indica especificações técnicas que 
permitem fácil leitura e compreensão das informações cuja 
presença é obrigatória nas peças publicitárias. Dados médicos 
devem ser inseridos nas peças impressas, tais como campos 
bem delineados, em letras de tamanho proporcional ao das 
demais informações e de modo destacado. Em peças 
audiovisuais, a locução dos dados do médico deve ser 
pausada, cadenciada e perfeitamente audível – também na TV 
devem ser observadas regras relacionadas a tipo e dimensão 
de letras. 
 
Anunciar cura de doenças para as quais ainda não exista 
tratamento apropriado, de acordo com conhecimentos 
científicos comprovados; anunciar especialidade ainda não 
admitida; Anunciar posse de títulos de pós-graduação que não 
guardem relação com a especialidade do médico, nem tenham 
sido registrados no CRM local; apresentar de forma abusiva, 
enganosa ou assustadora representações visuais das 
alterações do corpo humano causadas por doenças ou lesões; 
Apresentar nome, imagem ou voz de celebridade, 
afirmando ou sugerindo que utiliza o serviço ou 
recomendando seu uso; Conter afirmações ou dramatizações 
que provoquem medo ou apreensão no paciente; Divulgar 
endereço ou telefone de consultório, clínica ou serviços em 
participações em entrevistas e em programas nos diferentes 
tipos de mídias, inclusive nas redes sociais. Nestas 
oportunidades, deve-se identificar também com seu CRM; 
Empregar imperativos que induzam diretamente a contratação 
de serviços médicos específicos; Explorar apelos emotivos e 
situações dramáticas; Incluir a participação de crianças ou 
adolescentes; Incluir imagens de pessoas em uso do serviço ou 
apresentando eventuais resultados; Incluir selos ou marcas de 
instituições ou entidades, associações/sociedades (médicas e 
de consumidores); Induzir ao uso desnecessário do serviço; 
Induzir o paciente a erro quanto a usos, rapidez de alívio 
ou ações terapêuticas; Oferecer diagnóstico ou tratamento à 
distância; Oferecer facilidades, prêmios, participação em 
concursos ou recursos semelhantes; Participação do 
profissional em demonstrações de tratamento realizadas de 
modo a valorizar habilidades técnicas ou estimular a procura 
por serviços médicos; Provocar o temor popular; Usar 
designações, símbolos, figuras ou outras representações 
gráficas, ou quaisquer indicações que tornem a informação 
falsa, incorreta, ou que possibilitem interpretação falsa, 
induzindo a equívoco, erro ou confusão em relação ao 
serviço; Usar linguagem direta ou indireta relacionando o uso 
de serviço ao desempenho físico, intelectual, emocional, sexual 
ou à beleza de uma pessoa; Usar representações visuais de 
alterações do corpo humano causadas por lesões ou doenças 
ou por tratamentos; Valer-se de notícias que induzam à 
convicção de que o serviço é a única alternativa ao alcance do 
paciente. 
 
-SITUAÇÕES QUE O MÉDICO PODE QUEBRAR SIGILO: 
CONSENTIMENTO DO PACIENTE, DEVER LEGAL E JUSTA 
CAUSA. 
-medico pode quebrarsigilio em menores de idade: risco de 
vida (ex: suicidio), uso de drogas, abuso sexual, anorexia 
nervosa, etc. 
 
 
 
 
Tanatologia 
➜ Tanatologia forense a parte da medicina legal que estuda a 
morte e as repercussões na esfera jurídica-social. É o ramo da 
ciência que estuda a morte e os fenômenos com ela 
relacionados. 
➜ Auxilia as autoridades ao fornecer informações relevantes 
quanto à circunstância do óbito, como: Identificação do 
cadáver, Estabelecimento de morte real (sinais de certeza de 
morte), Causa da morte (natural, metatraumática, 
violenta), Tempo de morte, Posição do indivíduo falecido de 
acordo com os fenômenos cadavéricos. 
 
 
Coma aperceptivo com ausência de atividade motora supra 
espinhal e apneia; de atividade elétrica ou; de atividade 
metabólica ou; de perfusão sanguínea. Importância do 
conhecimento dos sinais tanatológicos: “Autópsia deverá ser 
realizada pelo menos 6 horas depois do óbito, salvo se os 
peritos, pela evidência dos sinais de morte, julgarem que 
possa ser feita antes daquele prazo, o que declararão no auto” 
Os peritos devem fazer a necrolise 6h depois, mas pode fazer 
antes se ja tem sinais de certeza. 
 
➜ Auxilia as autoridades ao fornecer informações relevantes 
quanto à circunstância do óbito, como: Identificação do 
cadáver, Estabelecimento de morte real (sinais de certeza de 
morte),Causa da morte (natural, metatraumática, violenta), 
Tempo de morte, Posição do indivíduo falecido de acordo com 
os fenômenos cadavéricos. 
 
Natural: Evolução de doença (ex: IC); Súbita Agônica: Rápida, 
imprevisível e que surpreende a todos pela boa condição de 
saúde do examinado, por exemplo; Violenta: Resulta de ato 
praticado por outra pessoa/pela própria pessoa ou em razão 
de acidentes, existindo uma responsabilidade penal a ser 
apurada; Agônica: Previsível e esperada, culminando com a 
evolução de doença ou estado pós-traumático, sempre prevista 
no prognóstico médico; Suspeita: Após investigação das 
circunstâncias e local de óbito, de modo fundamentado, a 
causa teria sido violenta e não natural, sendo que a necropsia 
buscará elementos para diferenciá-las; Morte não é 
instantânea, ela é um processo e portanto, apresenta sinais de 
presunção e de certeza de morte.. 
 
 
Inconsciência; Insensibilidade; Cessação da respiração; 
Imobilidade e atonia muscular (Face Hipocrática, Olhos fundos, 
nariz afilado, têmporas deprimidas, lábios caídos, semblante 
carregado e desconhecido); e Cessação da circulação : Prova 
da Fluoresceína de Icard). 
 
Evaporação tegumentar (Pergaminhamento da pele; 
Ressecamento das mucosas; Fenômenos oculares: 
afundamento do globo ocular, opacificação da córnea, 
deposição de sujeira (tela viscosa)); Resfriamento cadavérico 
(Há o resfriamento em média de 1,5 °C/h; ¬ Maior atuação em 
extremidades (mão, pés, cabeça); Interferem no processo de 
resfriamento: Temperatura interna, temperatura externa 
(ambiente), Idade, Constituição, Causa mortis, Vestes, Umidade 
e Arejamento); Hipóstase; e Rigidez cadavérica (Estado de 
dureza, de retração e de tensão que sobrevém aos músculos 
após a morte; Conforme Ley de Nysten tem evolução crânio-
caudal e perda da rigidez no mesmo sentido (mandíbula 1 
2h→→nuca→→tronco→→MMSS de 2h-4h→→ MMII em 
torno de 6 a 8 horas); início entre 1 e 2 horas da morte, 
máximo após 8 horas, desaparece com o início da putrefação 
(24 horas); A RIGIDEZ SE FORMA DE (VEM DE) CRANIO 
CAUDAL, E SE DESFAZ CRANIO-CAUDAL TBM; RIGIDEZ 
MANDIBULAR COM HIPÓSTASE FIXA, RIGIDEZ EM MEMBROS 
INFERIORES: ESSA RIGIDEZ PODE SER QUEBRADA POIS ELE 
FOI DESLOCADO OU ALGUEM MANUSEOU ELE, MAS O BRAÇO 
CONTINUA INTEGRO, MESMO TENDO RIGIDEZ QUEBRADA). 
 
Consiste em uma Mancha violácea formada pela deposição de 
sangue nas regiões em declive no cadáver devido a ação da 
gravidade; Início precoce (10 minutos após a morte); Bem 
visíveis cerca de 2 a 3 horas, Fixação entre 8 e 12 horas após 
a morte; a importância dela são Diferenciar de equimoses, 
Diagnóstico de realidade da morte, Estimativa do tempo de 
morte e Posição em que permaneceu o cadáver após fixação 
das hipóstases (cerca de 8 a 12 horas). 
➥ CADAVER COM MANCHAS VIOLACEAS, PERNAS ROXAS, 
NAO ENCOnTROU NADA NO LOCAL, E ELA DEITO NO CHAO E 
PASSOU MAL, com edemas em duas pernas: tem hipostase nos 
membros inferiores, elas sao sinais e nao lesao, nao tem sinal 
de trauma, e tem sinal de hipostase (nao quer dizer que 
morreu em pé; nao quer dizer que morre deitada; o que da 
para afirmar é que quando tem hipostase até cerca de 8h se 
mexer ela acomapanha e depois de 8h fica fixo, se mexer nao 
solta mais, ou seja, até 8h a pessoa estava em pé ou sentada, 
mas depois das 8h alguem pode ter colocado deitado) 
➥ A PARTIR DE 8H ELA MOSTRA O JEITO QUE TAVA O 
CORPO. ELA É IMORTANTE PARA DIFERENCIAR DE EQUIMOSE 
(A HIPOSTASE NAO TEM TRAUMA RELACIONADO), 
DIFERENCIAR DE VIVO E MORTO E O HORARIO DE FIXAÇAO 
DA LESAO. 
 
 
Autólise (Enzimas celulares realizam uma anaerobiose, sem 
interferência bacteriana, levando a acidificação celular; Sinal de 
Lecha-Marzo (papel de azul de tornassol que com a acidez 
muda a coloração de azul para vermelho); Cada tecido tem 
uma velocidade de autólise diferente; PROCESSO anaeróbico); 
Putrefação (a)Fase Coloração/ Cromática: mancha verde 
abdominal b) Fase gasosa: enfisema putrefativo c) Fase 
coliquativa: dissolução pútrida d) Fase esquelitização: 
esqueleto; processo aeróbico; Há decomposição fermentativa 
da matéria por ação bacteriana (aeróbicos, anaeróbicos, 
facultativos); Varia com fatores intrínsecos: idade, causa mortis, 
constituição e extrínsecos (temperatura, aeração e umidade); 
Composta por 4 períodos: coloração, gasoso, coliquativo e 
esqueletização); e Maceração (ocorre mais em crinça, RN, faz 
uma luva parece; Processo especial de transformação do 
cadáver que ocorre por excesso de umidade e pelo meio 
líquido; Fenômeno geralmente asséptico (feto no útero 
materno), mas também pode ser séptico; Destacamento de 
amplos retalhos de tegumento cutâneos que se assemelham a 
luvas com tonalidade avermelhado devido ao fenômeno de 
embebição de hemoglobina; O corpo perde a consistência, a 
epiderme se destaca e os ossos se livram dos tecidos; É 
possível recolher a impressão digital na luva cadavérica; O 
grau de maceração e tempo de morte intrauterina podem ser 
estimados). 
 
✔ A: Período Cromático ou de Coloração: cadaver muda de 
cor, começa a ficar verde onde tem muita bacteria, no caso no 
intestino e ceco, ai começa a mancha verde em FID pelo ceco e 
acumulo de gases e vai se dilatando. A tonalidade verde 
ocorre pela sulfameteglobina. Putrefaçao é ate 24h; Inicia-se 
pela mancha verde abdominal, geralmente na fossa ilíaca 
direita em ceco pelo acúmulo de gases, maior dilatação e 
proximidade com a parede; Evolui para tórax, cabeça, 
membros; Nos submersos inicia-se pela cabeça e pela parte 
superior do tórax e depois difunde-se; A tonalidade verde 
ocorre devido à formação da sulfometahemoglobina; Ela 
aparece entre cerca de 8 e 24 horas após a morte em nosso 
clima e recobre totalmente o cadáver em 7 a 10 dias. 
✔ B: Período Gasoso: omaçao dos enfisemas putretativos, 
cheio de bolhas, um monte de gases e o cadaver fica enorme, 
inchado; Há formação de um enfisema putrefativo e de 
flictenas putrefativas; Priapismo pós-mortal, prolapso de útero, 
reto; Elevação do diafragma, compressão pulmonar; Posição 
do lutador e; Circulação Póstuma de Brouardel; Aumento do 
tamanho do cadáver; Odor das ptomaínas - inicia a partir do 2 
dia após a morte, podendo durar de 1 a 3 semanas (odor 
intenso; Gases inflamáveis: 2 ao 4 dia (não há combustão 
espontânea); Cuidado com a infiltração gasosa do tecido 
subcutâneo e cavidades corporais, pois ela pode everter 
bordas de orifícios de entrada. 
✔ C: Período Coliquativo: cadáver dissolve, fica liquido, 
desprende da derme e as partes vao se desentegrando; 
Dissolução do cadáver: corpo perde sua forma, a epiderme se 
desprende da derme e as partes moles diminuemde volume 
pela desintegração progressiva dos tecidos; ¬ Fauna 
cadavérica (larvas e insetos, animais necrofágicos); ¬ Início em 
semanas e duração de meses. 
✔ D: Período de Esqueletização: osso mais frageis e leves; Há 
ação da fauna cadavérica e do meio ambiente que levam 
redução do volume, ressecando e pulverizando os tecidos; Os 
ossos soltam-se dos tecidos e com o tempo vão se tornando 
mais frágeis e leves, perdendo a estrutura habitual; Essa fase 
pode durar 3 a 5 anos, dependendo principalmente da ação 
do meio ambiente. 
 
➜ Mumificaçao (conservador): cadaver pode ser conservado 
por mumificaçao: ambiente com ventilaçao excessiva, clima 
quente e seco nao favorece a proliferaçao bacteriana e assim, 
conserva; Pode ser produzida por meio natural ou artificial; 
Ambiente favorável: ventilação excessiva; clima quente, seco 
levando a uma rápida desidratação (bactericida); Tanatopraxia; 
Características: Pele dura, Seca, Enrugada, Tonalidade 
enegrecida, Cabeça e Peso com volumes reduzidos e Traços 
fisionômicos, dentes e unhas conservados. 
 
Mumificação; Saponificação (o cadaver parece um sabao, 
precisando de um solo argiloso e umido, assim, o local mais 
comum é o MANGUE, pois tem formaçoes de esteres e volui 
para ascipoceras, sendo gosmento, mole, coloraçao amarelo 
escura; Transformação do cadáver em substância de 
consistência untosa, mole e quebradiço, de tonalidade 
amarelo-escura (aparência de cera ou sabão); Há variações 
conforme condições individuais: idade, sexo, obesidade e 
doenças que originam degeneração gordurosa); Corificação 
(Pele assemelha-se com couro, com abdome achatado e 
deprimido com líquido viscoso amarelado); Congelação 
(Referida em animais pré-históricos com conservação 
preservada); e Fossilização (Referida em animais pré-históricos 
com conservação preservada). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANOTAÇOES PARA PROVA: 
-SITUAÇÕES QUE O MÉDICO PODE QUEBRAR SIGILO: 
CONSENTIMENTO DO PACIENTE, DEVER LEGAL E JUSTA CAUSA. 
-SABER O QUE PODE FAZER (O QUE O MEDICO PODE) 
-NAO PODE FORNECER DADOS ALEM DOS DADOS DA DECLARACO 
DE OBITO 
-É VEDADO SABER ORIENTAR E DEIXAR DE GUARDAR O SIGILO 
-medico pode quebrar sigilio em menores de idade: risco de vida (ex: 
suicidio), uso de drogas, abuso sexual, anorexia nervosa, etc. 
-DADO PESSOAL: NOME, TG, CPF 
-DADO PESSOAL SENSIVEL: quando fala da ética, questão religiosa, 
dados que expressam a opiniao da pessoa. 
 
-nao pode enviar copia do prontuario, somente se tiver uma terceira 
pessoa em risco (pessoa presa que pagou por algo que nn cometeu, 
deve sim contestar) 
- se for pedido pelo juiz, deve mandar, mas ele deve colocar que é 
sigilo 
-se tiver consentimento do paciente pode disponibilizar 
-o CRM pode querer o prontuario e libera 
-CRM, JUIZ, PACIENTE E MEDICO: TEM O DIREITO DE TER O 
PRONTUARIO 
 
-ALGUEM DO TRABALHO NAO PODE QUERER TER ACESSO AO 
PRONTUARIO (AUDIO) 
 
-saber da propagando médica: so pode fazer para educar, nao pode 
fazer propaganda de si, e precisa do número do CRM (É 
OBRIGATÓRIO) E/OU rqrs se for especialista. TODA PROPAGANDA 
MEDICA TEM QUE TER ISSO PARA TER UM MEDICO RESPONSAVEL. 
 
-EX: UBS, CHEGA PARA ATENDIMENTI, TEM HIV +, COM 
COMPORTAMENTO DE RISCO E NAO TRATA POIS É ASSINTOMATICO, 
TEM HIV MAS NAO TEM AIDS, MAS TEM INUMEROS 
RELACIONAMENTO, E MESMO ASSIM VOCE ORIENTA QUE ELE DEVE 
CONTAR PARA QUEM FAZ QUE DEVE USAR PRESERVATIVOS, E ELE 
NUNCA MAIS VOLTA. DEPOIS DE PASSAR UM TEMPO, CHEGA UMA 
MOÇA E DIZ QUE SABE QUE O MEDICO ATENDIA A PESSOA ANTES E 
ELA ACHA QUE TEM HIV E PEGOU DESSA PESSOA DO PASSADO, 
ASSIM, O MEDICO NAO ABRE O JOGO, MAS AI PARECE UMA TERCEIRA 
PESSOA QUE TEM HIV TBM, DO MESMO CARA DO COMEÇO = NAO 
DEVE CONTAR, FALA COM ELE PRIMEIRO, MAS SE ELE SE NEGAR, 
VOCE DEVE ABRIR, POIS TEM DANO A TERCEIRA PESSOA. 
➥ RAPAZ 1 TEM HIV E COMPORTAMENTO DE RISCO, ORIENTA E ELE 
NUNCA MAIS APARECE ➜ VEM UMA MULHER DEPOIS QUE FICA COM 
HIV + E ELA REFERE QUE PEGOU HIV DE UM NAMORADO DO 
PASSADO E CONTA QUE NAMOROU COM UMA PESSOA QUE JA 
PASSOU COM A MEDICA ➜ PASSA UM TEMPO E O RAPAZ COMEÇÅ A 
NAMORAR UMA TERCEIRA PESSOA E É O PRIMEIRO NAMORO E ELA 
DESCOBRE QUE TEM HIV ➜ VOCE CHAMA O RAPAZ E PEDE PARA 
ELE CONTAR E ELE RECUSA ➜ ENTAO VOCE QUEBRA O SIGILO, POIS 
TEM DANO A UMA TERCEIRA PESSOA. 
 
-assedios com conotaçao: assedio sexual 
-uso daquilo para afzr chantagem em beneficio: assedio moral 
-usa meios de tecnologias: assédio virtual

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