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APOSTILA - EDUCAÇÃO EM ESPAÇOS NÃO ESCOLARES

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Prévia do material em texto

Educação em Espaços 
não Escolares
Professora Me. Priscila da Rocha Luiz Bueno
Diretor Geral 
Gilmar de Oliveira
Diretor de Ensino e Pós-graduação
Daniel de Lima
Diretor Administrativo 
Eduardo Santini
Coordenador NEAD - Núcleo
de Educação a Distância
Jorge Van Dal
Coordenador do Núcleo de Pesquisa
Victor Biazon
Secretário Acadêmico
Tiago Pereira da Silva
Projeto Gráfico e Editoração
André Oliveira Vaz
Revisão Textual
Kauê Berto
Web Designer
Thiago Azenha
UNIFATECIE Unidade 1
Rua Getúlio Vargas, 333,
Centro, Paranavaí-PR
(44) 3045 9898
UNIFATECIE Unidade 2
Rua Candido Berthier
Fortes, 2177, Centro
Paranavaí-PR
(44) 3045 9898
UNIFATECIE Unidade 3
Rua Pernambuco, 1.169,
Centro, Paranavaí-PR
(44) 3045 9898
UNIFATECIE Unidade 4
BR-376 , km 102, 
Saída para Nova Londrina
Paranavaí-PR
(44) 3045 9898
www.unifatecie.edu.br
As imagens utilizadas neste 
livro foram obtidas a partir
do site ShutterStock
FICHA CATALOGRÁFICA
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIFATECIE. 
Credenciado pela Portaria N.º 527 de 10 de junho de 2020, 
publicada no D.O.U. em 15 de junho de 2020.
Núcleo de Educação a Distância;
BUENO, Priscila da Rocha Luiz.
Educação em Espaços não Escolares.
Priscila. da Rocha Luiz Bueno.
Paranavaí - PR.: UniFatecie, 2020. 77 p.
Ficha catalográfica elaborada pela bibliotecária
Zineide Pereira dos Santos.
AUTORA
Professora Me. Priscila da Rocha Luiz Bueno
●	 Mestre em Educação UEM (Universidade Estadual de Maringá). 
●	 Graduada em Pedagogia - Licenciatura e Bacharelado (UniCesumar). 
●	 Especialista em Ensino Aprendizagem nos Anos Iniciais (Instituto Superior de 
Educação do Paraná). 
●	 Especialista em Gestão e Organização Escolar (ESAP).
●	 Coordenadora Pedagógica/Orientadora Educacional em Unidade de Ensino 
Infantil no Município de Maringá.
●	 Professora Alfabetizadora no município de Maringá.
●	 Docente do curso de Pedagogia e pós graduação (Unifamma).
Currículo lattes: http://lattes.cnpq.br/1310823097369284
Ampla experiência na área de Educação a Distância (tutora e professora), Ensino 
Superior EAD e Presencial, produção de materiais didáticos, formação de professores(as). 
Campo de pesquisa com ênfase na Educação Infantil e Anos Iniciais, bem como: políticas 
educacionais,	dificuldade	de	aprendizagem,	gestão	educacional,	psicologia	da	educação,	
alfabetização infantil, sexualidade e diversidade.
APRESENTAÇÃO DO MATERIAL
Prezado(a) aluno(a), seja muito bem-vindo(a)!
A disciplina de Educação em Espaços Não Escolares possibilitará conhecermos 
um pouco mais a atuação do(a) pedagogo(a) que não está mais restrita apenas a sala de 
aula, ambiente educacional formal, mas a todos os outros espaços que possibilitem uma 
aprendizagem	significativa	ao	indivíduo. 
Nosso objetivo é preparar o(a) futuro(a) pedagogo(a) para atuar na sociedade por 
meio da educação, independente do seu campo de atuação futuro – seja a atuação em sala 
de aula ou nas demais áreas que requisitem seu trabalho.
Neste sentido, este material tem por objetivo básico fornecer conhecimentos sobre 
o histórico da pedagogia, bem como mostrar a evolução do curso e aplicação na atualidade. 
Na Unidade I começaremos abordando a atuação do(a) pedagogo(a) em espaços 
não escolares, compreenderemos o histórico do curso de Pedagogia no Brasil, as funções e 
atribuições gerais do(a) pedagogo(a), os conceitos de educação “formal”, “informal” e “não 
formal”	e,	por	fim,	os	aspectos	históricos	da	educação	“formal”,	“informal”	e	“não	formal”.
Já na Unidade II vamos ampliar nossos conhecimentos sobre os fundamentos pe-
dagógicos da educação em espaços não escolares. Para isso, vamos detalhar as compe-
tências e habilidades do(a) pedagogo(a), o seu papel nos espaços não escolares, abordar 
quais são os espaços organizacionais de aprendizagem e os tipos de aprendizagem bem 
como a importância da atuação do(a) pedagogo(a) no processo de ensino e aprendizagem.
Na	Unidade	III	 trataremos	de	maneira	específica	sobre	a	atuação	do(a)	pedago-
go(a) nos espaços não escolares, destacaremos o campo de conhecimento pedagógico e 
a emancipação do sujeito como caminho de interação e inserção no meio social e traremos 
a interação entre família, estado e sociedade no processo não formal do sujeito.
E,	por	fim,	na	Unidade	 IV	vamos	compreender	a	 responsabilidade	ética	e	social	
do(a) pedagogo(a) em suas ações nos espaços não escolares.
Para cada unidade são previstas leituras e atividades que devem ser realizadas 
para que você tenha conhecimentos seguros sobre sua formação e atuação e ainda tenha 
certeza de que a atitude de aprender deve ser um hábito do(a) professor(a), visto que esta 
é	uma	profissão	que	exige	atualização	constante,	compromisso	e	dedicação.	
Oferecemos a você, como instrumentos, os conteúdos, nossa dedicação e nosso traba-
lho. Aproveite bem e alcance seus sonhos.
Muito obrigada e bom estudo!
SUMÁRIO
UNIDADE I ...................................................................................................... 6
Atuação Pedagógica em Espaços não Escolares
UNIDADE II ................................................................................................... 23
Fundamentos Pedagógicos da Educação em Espaços não Escolares
UNIDADE III .................................................................................................. 40
Atuação do(a) Pedagogo(a) em Espaços não Escolares
UNIDADE IV .................................................................................................. 55
Ação Pedagógica em Espaços não Escolares
6
Plano de Estudo:
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
• A Pedagogia, seus conceitos, suas dimensões e suas implicações sócio políticas em 
ambientes não escolares.
• Conceitos de educação: “formal”, “informal” e “não formal” e seus aspectos históricos.
Objetivos de Aprendizagem:
• Estudar o histórico do curso de Pedagogia no Brasil.
• Compreender as funções e atribuições gerais do(a) pedagogo(a).
• Abordar os conceitos de educação: “formal”, “informal” e “não formal”.
• Conhecer os aspectos históricos da educação “formal”, “informal” e “não formal”
UNIDADE I
Atuação Pedagógica em 
Espaços não Escolares
Professora Mestre Priscila da Rocha Luiz Bueno
7UNIDADE I Atuação Pedagógica em Espaços não Escolares
INTRODUÇÃO
Prezado(a) estudante, seja bem-vindo(a) à Unidade I da disciplina de Educação 
em Espaços Não Escolares do curso de Graduação em Educação Especial. 
A atuação do(a) educador é indispensável no processo de ensino e aprendizagem, 
todavia a formação humana acontece nos mais variados espaços no qual o indivíduo está 
inserido, seja ele escolar ou não escolar, e é por esse motivo que se faz necessário um(a) 
profissional	preparado(a)	com	uma	prática	sistematizada	e	significativa.	
Nessa	perspectiva,	as	referências	e	reflexões	sobre	as	diversas	formas	e	meios	de	
ação educativa deverão também constar do rol de atribuições de um pedagogo, e, mais que 
isto, referendar seu papel social transformador (CARNEIRO; MACIEL, 2006, p. 2.) 
Diante	dessa	afirmação,	no	primeiro	momento	desta	unidade	estudaremos	um	breve	
histórico sobre o curso de Pedagogia no Brasil. No segundo momento compreenderemos 
as	funções	e	atribuições	gerais	do(a)	pedagogo(a)	e,	por	fim,	os	conceitos	de	educação:	
“formal”, “informal” e “não formal”. 
Portanto, recomendo que, durante a realização da disciplina, você procure interagir 
com os textos, fazer anotações, responder às atividades, ver as indicações de leitura e 
realizar novas pesquisas sobre os assuntos tratados, pois tais atividades lhe possibilitarão 
organizar	o	seu	processo	educativo	e,	assim,	superar	os	desafios	na	construção	de	conhe-
cimentos. 
Bom estudo e ótimos momentos de construção de aprendizagem!
8UNIDADE I Atuação Pedagógica em Espaços não Escolares
1 A PEDAGOGIA, SEUS CONCEITOS, SUAS DIMENSÕES E SUAS IMPLICAÇÕES SÓ-
CIO POLÍTICAS EM AMBIENTES NÃO ESCOLARES
A função do(a) pedagogo(a) mudou muito no decorrer da história. Na Grécia era 
um simplesescravo ou servo que conduzia a criança para o seu aprendizado. Como um 
instrutor, fazia o acompanhamento e a vigilância do jovem e, por isso, era chamado de 
paidagogo: Paid=	menino,	filho	e	Ago= levar, trazer, impelir. 
No Brasil, o curso de Pedagogia começou na década de 1930, na USP e na UFPR. 
Nesse momento, os que concluíam o curso recebiam o diploma de bacharel em Peda-
gogia, sendo considerados um “técnico em educação”. Seu campo de atuação não era 
especificado,	porém	para	ministrar	aulas	era	necessário	cursar	mais	um	ano	de	Didática,	
sendo Didática Geral e Didática Especial (SILVA, 2003). 
Por volta de 1960, o(a) pedagogo(a) passou a fazer reivindicações de espaço. Na 
Lei 4.024, primeira LDB do país, estava previsto que o(a) diretor(a) de estabelecimento 
de	ensino	deveria	 ser	 educador(a)	 qualificado(a).	Só	que	poucos(as)	 sabiam	que	 curso	
poderia	 qualificá-lo(a).	 E	 a	 muitos(as)	 não	 interessava	 que	 o(a)	 diretor(a)	 devidamente	
preparado(a) ocupasse o lugar que lhe era devido. 
Finalmente, em 1968, a legislação do ensino superior, Lei 5.540, previa a organiza-
ção	e	o	currículo	do	curso	de	Pedagogia	como	a	possibilidade	referente	a	função	profissio-
nal, ou seja, o licenciado poderia optar por suas habilitações. O Bacharelado foi instinto e a 
Didática incorporada como disciplina obrigatória (CHAVES, 1981).
9UNIDADE I Atuação Pedagógica em Espaços não Escolares
Em	1971,	por	meio	da	Lei	5.692/71,	segunda	LDB,	foram	especificadas	algumas	
especialidades. Assim reza o artigo 33 da lei: A formação de administradores, planejadores, 
orientadores, inspetores, supervisores e demais especialistas de educação será feita em 
curso superior de graduação, com duração plena ou curta, ou de pós-graduação. 
Essa Resolução já possibilitava que os(as) pedagogos(as) pudessem atuar da 1ª a 
4ª séries do 1º grau, desde que tivessem cursado Prática de Ensino de 1º Grau. Além do 
currículo para as especialidades, a Resolução previa que a formação para as disciplinas 
pedagógicas da já extinta Escola Normal fossem feitas em curso de Pedagogia como uma 
das habilitações. 
Em 1996 surge a terceira LDB do Brasil, Lei nº 9.394/96. Ela repre-
sentou	 significativas	 mudanças,	 pois	 instituiu	 o	 curso	 Normal	 Superior,	 obri-
gatório para formar professores da educação infantil e para os anos iniciais. 
Numerosos cursos de Pedagogia, especialmente na década de oitenta, buscaram inovar 
privilegiando a formação do(a) professor(a) de 1ª a 4ª do ensino fundamental. A educação 
infantil predominava como curso de especialização.
A Lei nº 9.394/96 prevê em seus artigos:
Art. 62. A formação de docentes para atuar na educação básica far-se-á em 
nível superior, em curso de licenciatura, de graduação plena, em Universida-
des e Institutos superior de educação, admitida, como formação mínima para 
o exercício do magistério na educação infantil e nas quatro primeiras séries 
do ensino fundamental, a oferecida em nível médio, na modalidade normal. 
Art. 63. Os institutos superiores de educação manterão: I – cursos forma-
dores	 de	 profissionais	 para	 a	 educação	 básica,	 inclusive	 o	 curso	 normal	
superior, destinado à formação de docentes para a educação infantil e para 
as primeiras séries do ensino fundamental; II – programas de formação pe-
dagógica para portadores de diploma de educação superior que queiram se 
dedicar à educação básica; III – programas de educação continuada para os 
profissionais	de	educação	dos	diversos	níveis.
Art. 64. A	formação	de	profissionais	de	educação	para	administração,	pla-
nejamento, inspeção, supervisão e orientação educacional para a educação 
básica, será feita em cursos de graduação em Pedagogia ou em nível de 
pós-graduação, a critério da instituição de ensino, garantida, nesta formação, 
a base comum nacional.
Ao(a) pedagogo(a) caberia, assim, apenas as funções de administração, plane-
jamento, inspeção, supervisão e orientação educacional para a educação básica, que, 
aliás, constituíam para o magistério de 2º grau o currículo de grande número de cursos de 
Pedagogia no país. 
Depois	de	muitos	debates	em	âmbito	nacional	e	posicionamentos	dos(as)	profissio-
nais pedagogos(as) e de cursos de Pedagogia de inúmeras Universidades, aprovou-se as 
novas diretrizes para o curso de Pedagogia. 
10UNIDADE I Atuação Pedagógica em Espaços não Escolares
Portanto, podemos dizer hoje que a Pedagogia é um campo de conhecimento que 
possibilita um estudo sistemático da educação, uma prática educativa que está na socieda-
de como um dos ingredientes fundamentais da atividade humana (LIBÂNEO, 2010). 
Ocupando	um	espaço	significativo	na	organização	pedagógica	escolar,	o(a)	peda-
gogo(a) é um(a) grande articulador(a) no desenvolvimento de práticas pedagógicas que 
visem a formação cultural e humana do indivíduo.
As ações pedagógicas desenvolvidas na escola, também precisam de um olhar 
minucioso do(a) pedagogo(a), como mediador(a) do processo de ensino e aprendizagem 
para que as ações pedagógicas se efetivem.
As questões referentes ao campo de estudo da Pedagogia, da estrutura do conhe-
cimento	pedagógico,	da	identidade	profissional	do(a)	pedagogo(a),	do	sistema	de	formação	
de pedagogos(as) e professores(as), frequentam o debate em todo o país há quase vinte 
anos	 nas	 várias	 organizações	 científicas	 e	 profissionais	 de	 educadores/as	 (LIBÂNEO,	
2010).
Desde 1971, as entidades nacionais vinham discutindo o verdadeiro papel do(a) 
pedagogo(a). Foram feitos estudos, muitas discussões e projetos, mas nada de concreto. 
Tanto assim que a Lei nº 5.692/71 nem sequer foi regulamentada quanto ao curso de Pe-
dagogia. E sua vigência foi de 25 anos: de 1971 a 1996. 
O avanço real veio com a Portaria 399/89/MEC que admite um amplo leque de 
habilitações para o curso de Pedagogia, quais sejam: 
●	 Matérias Pedagógicas do 2º Grau, do curso normal médio. 
●	 Supervisão Escolar. 
●	 Inspeção Escolar. 
●	 Orientação Educacional. 
●	 Administração Escolar. 
●	 Planejamento Educacional (em cursos de pós-graduação). 
●	 Magistério dos anos Iniciais do Ensino Fundamental. 
●	 Alfabetização. 
●	 Educação Infantil. 
●	 Tecnologia Educacional. 
●	 Educação Especial. 
Então, o curso de Pedagogia já passou por várias mudanças desde o seu início, na 
década de 30, até os tempos atuais. A LDB 9394/96 apresentou avanços, mas só a partir 
11UNIDADE I Atuação Pedagógica em Espaços não Escolares
do Parecer CNE/CP nº 5/2005 que podemos considerar, de fato, a mudança no curso de 
Pedagogia,	ao	especificar	a	formação	do(a)	Pedagogo(a)	generalista	com	diversas	funções	
e atribuições, até então não pensadas, possibilitando ao licenciado atuar em várias áreas. 
Vejamos, por itens, algumas funções possíveis para o(a) pedagogo(a): 
●	 Informática educativa. 
●	 Educação a distância. 
●	 Avaliação educacional. 
●	 Programas educacionais. 
●	 Psicopedagogia. 
●	 Assessor pedagógico. 
●	 Produção de materiais didáticos. 
●	 Produção de livros didáticos. 
●	 Pesquisador em educação. 
●	 Professor nas diferentes especialidades da educação e em diferentes níveis e 
modalidades de ensino. 
●	 Programas de educação permanente e continuada. 
●	 Educação especial. 
●	 Educação prisional. 
●	 Educação indígena e quilombola. 
●	 Educação do Campo. 
●	 Educação popular ou comunitária. 
●	 Pedagogia empresarial. 
●	 Educação hospitalar. 
●	 Educação de jovens e adultos. 
Por	 fim,	a	Pedagogia	abrange	o	 campo	 teórico	e	 investigativo	da	educação,	 do	
ensino, de aprendizagens e do trabalho pedagógico propriamente dito, portanto saiba que, 
nesta Instituição, ao término da graduação, você não terá apenas um diploma, mas, sim, 
uma	mudança	e/ou	transformação,	tanto	nos	aspectos	pessoais	como	profissionais,	tornan-
do-se um indivíduo crítico, criativo e participativo na busca de uma sociedade mais justa.
12UNIDADE I Atuação Pedagógica em Espaços não Escolares
2 CONCEITOS DE EDUCAÇÃO: “FORMAL”, “INFORMAL”, E “NÃOFORMAL” E SEUS 
ASPECTOS HISTÓRICOS
A educação é um fenômeno social, e cada sociedade precisa cuidar da formação 
dos indivíduos, preparando-os para a participação ativa em função de necessidades eco-
nômicas, sociais e políticas da coletividade, ou seja, a base material de cada sociedade, 
exigirá	uma	formação	específica	para	os	indivíduos,	que	atendam	às	necessidades	dessa	
sociedade.
Libâneo	 (1994)	escreve	que	a	ação	educativa	exerce	 influência	 sobre	os	 indiví-
duos, que assimilam experiências, valores, crenças, modos de agir, técnicas e costumes 
acumulados por muitas gerações, que são recriados em sua vivência diária. Desta forma, 
o autor conceitua a educação em sentido amplo (processos formativos existentes no meio 
social)	e	sentido	estrito	(educação	ocorre	em	instituições	específicas,	escolas	ou	não).
Como podemos ver, a educação assume limites dentro de cada momento histórico, 
assumindo posturas diferenciadas, ora contribuindo para a formação do indivíduo, ora par-
ticipando da formação popular da classe desses mesmos indivíduos. 
Porém, quando pensamos em educação na escola, ela se confunde com esco-
larização, realidade que não deve ser aceita, pois a escola não é o único lugar onde a 
educação acontece. 
13UNIDADE I Atuação Pedagógica em Espaços não Escolares
Segundo Piletti (2006), a educação também ocorre onde não existe escola, mesmo 
nos lugares onde não há sequer a sombra de algum modelo de ensino formal e centralizado 
existe educação. 
Na década de 60, na Grã-Bretanha, um povo denominado anglo-saxão surgiram 
os termos formal, não formal e informal. Uma crise educacional desencadeou-se nos paí-
ses de primeiro mundo após a Segunda Guerra Mundial. Com isso, ocorreu, de um lado, 
a exigência de um planejamento educacional e, de outro, a valorização de atividades e 
experiências	não	escolares,	 tanto	 ligadas	à	 formação	profissional	quanto	à	cultura	geral	
(FÁVERO, 2007). 
Normalmente, a diferença entre educação formal, não formal e informal é deter-
minada pelo espaço escolar, portanto, compreende-se que em todo o lugar onde houver 
uma prática educativa com intencionalidade, ali estará a Pedagogia. (LIBÂNEO, 2001a, p. 
116). 
Existem três práticas educacionais diferentes presentes no espaço escolar, suas 
ações acontecem separadamente, mas se complementam constantemente, ou seja, não 
são independentes uma da outra, são elas: educação formal, educação informal e educa-
ção não-formal. Vamos	entender	cada	uma	delas	e	suas	especificidades	para	o	processo	
de ensino e aprendizagem?
Educação formal: a essa modalidade de ensino associamos as escolas e univer-
sidades, ou seja, diz respeito apenas a um local onde a educação acontece de maneira 
formalizada, organizada e com padronização nacional e principalmente, garantida pela lei.
A Constituição Federal, promulgada em 1988, em seu Art. 205 estabelece: 
Art. 205. A educação, direito de todos e dever do estado e da família, será 
promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno 
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua 
qualificação	para	o	trabalho.
Está atrelada a obrigatoriedade ao ensino associado a programas curriculares 
gerais aprovados e reconhecidos por órgãos competentes.
Educação não formal: ocorre fora do sistema de ensino, tem sido utilizado 
principalmente para descrever lugares diferentes da escola, onde é possível desenvolver 
atividades de cunho educativo. 
Souza (2008) enfatiza que a educação não-formal visa contribuir para o desen-
volvimento de crianças e adolescentes, e ainda tem como um de seus objetivos erradicar 
14UNIDADE I Atuação Pedagógica em Espaços não Escolares
o trabalho infantil. Esse modelo de educação é recente na história do Brasil e vem se 
construindo. É um serviço que se entende por ser auxiliar no direito à educação e que 
contribui para inclusão do sujeito no âmbito educacional. 
 Tais atividades acontecem em ambientes interativos, construídos coletivamente, 
tem o objetivo de transmitir e proporcionar a troca de saberes, portanto são consideradas 
uma forma complementar da educação formal.
Educação informal: acontece nos diversos espaços da cidade, está vinculada às 
relações de vida, com o meio em que o indivíduo está inserido, com as nossas escolhas, 
com as leituras que realizamos e programas de televisão que assistimos.
A	educação	 informal	 corresponderia	 a	 ações	 e	 influências	 exercidas	 pelo	meio,	
pelo ambiente sociocultural, e que se desenvolve por meio das relações dos indivíduos e 
grupos com o seu ambiente humano, social, ecológico, físico e cultural, das quais resultam 
conhecimentos,	experiências,	práticas,	mas	que	não	estão	ligadas	especificamente	a	uma	
instituição, nem são intencionais e organizadas (LIBÂNEO, 2010). 
Tudo o que vivemos em nossa vida nos proporciona aprendizagens, ou seja, o meio 
em	que	estamos	inseridos	contribui	significativamente	com	nosso	desenvolvimento.
Por	fim,	a	dimensão	pedagógica	nesses	espaços	pode	ser	visualizada	na	sua	capa-
cidade de promover educação para a cidadania, para a melhoria da qualidade de vida dos 
envolvidos e da comunidade.
O termo educação se origina do latim. Educação = tirar (o educando) de um estado 
e levá-lo a outro (do não-saber ao saber); extrair (do educando) o potencial latente, criar o 
educando ou criar nele a condição de aprender, instruí-lo ou passar-lhe informações. 
Podemos entender então que, a origem do sistema educacional está relacionado 
ao desenvolvimento da humanidade e ao acúmulo de conhecimentos produzidos por ela, 
sendo considerada umas das instituições mais antigas. 
A origem da escola, portanto, está ligada à necessidade de desenvolver e con-
solidar a ordem social capitalista. Era preciso formar o cidadão apto a viver na cidade, 
cumprindo	 seus	 direitos	 e	 deveres	 e	 atuando	 de	 forma	 eficiente	 no	 processo	 produtivo	
industrial (SILVEIRA, 1995).
A educação formal está relacionada ao ensino organizado. Seguindo um currículo 
pré-determinado, tem sua divisão pela idade da criança e nível de conhecimento, pelas 
disciplinas de acordo com cada etapa, seguindo sempre as leis. 
15UNIDADE I Atuação Pedagógica em Espaços não Escolares
Para Afonso (2005), a educação formal corresponde a uma determinada sequência, 
organizada com antecedência em planejamentos, sendo assim, ofertada pelas instituições 
de ensino.
Por	fim,	está	atrelada	à	obrigatoriedade,	ao	ensino	associado	a	programas	curricu-
lares gerais aprovados e reconhecidos pelos órgãos competentes, quem fornece esse tipo 
de educação são as escolas e universidades, instituições tradicionais de ensino. 
A educação não-formal começa a surgir com relação ao meio pedagógico con-
comitante às diversas críticas ao sistema formal de ensino. Vários outros setores sociais 
como saúde, cultura entre outros consideravam o espaço escolar e a família incapazes de 
representar toda a demanda social exigida. 
De	acordo	com	Trilla	 (2006),	no	final	da	década	de	60	surge	o	 termo	educação	
não-formal. Neste período surgiram diversas discussões relacionadas a vários assuntos 
sobre o pedagógico, a crise na educação, críticas às instituições de ensino e seus paradig-
mas. 
No Brasil, a educação não-formal era considerada um dos campos menos impor-
tantes. Isso se encaixava as políticas organizacionais até aos(as) educadores(as), até os 
anos 80 esse dilema permaneceu. 
Sendo assim, a educação não formal proporciona a aprendizagem de conteúdos 
da escolarização formal em espaços como museus, centros de ciências, ou qualquer outro 
em que as atividades sejam desenvolvidas de forma bem direcionada, com um objetivo 
definido	(VIEIRA,	2005).		
E,	por	fim,	a	educação	informal	sempre	predominou	no	meio	social,	pois,	por	meio	
dela, os indivíduos conseguem desenvolver seus conhecimentos e expressar suas opiniões. 
Transmitida pelas famílias, nas interações sociais e nas leituras realizadas,é o processo 
livre de transmissão de alguns saberes, como: a fala, a leitura, os costumes e tradições 
entre outros.
Uma de suas características é não ser uma educação intencional ou organizada, 
mas de maneira imprevisível e prática, portanto essa aprendizagem acontece fora de uma 
estrutura curricular e durante toda a vida do indivíduo. 
A	educação	informal	corresponde	a	ações	e	influências	exercidas	pelo	meio,	pelo	
ambiente sociocultural, e se desenvolve por meio das relações dos indivíduos e grupos com 
o seu ambiente humano, social, ecológico, físico e cultural, das quais resultam conhecimen-
tos,	experiências,	práticas,	mas	que	não	estão	ligadas	especificamente	a	uma	instituição,	
nem são intencionais e organizadas (LIBÂNEO, 2010). 
16UNIDADE I Atuação Pedagógica em Espaços não Escolares
Portanto, a aprendizagem ocorre de maneira espontânea e é adquirida por meio 
das experiências cotidianas e da relação com o meio que a pessoa está inserida. A família, 
os vizinhos, os amigos da escola, são considerados os agentes responsáveis pelo ensino 
e aprendizagem da criança.
SAIBA MAIS
Caro(a) aluno(a), como aprendemos o termo pedagogia é de origem grega e somente 
com	o	tempo	passa	a	ser	utilizado	para	indicar	reflexões	sobre	a	educação.	Podemos	
dizer	então	que	o	berço	da	pedagogia	é	a	Grécia	e	foi	lá	que	as	primeiras	reflexões	so-
bre	as	ações	pedagógicas	começaram	a	surgir	e	que	por	muito	tempo	irão	influenciar	a	
educação. 
O(A) pedagogo(a) é aquele(a) que domina sistemática e intencionalmente as formas de 
organização do processo de formação cultural que se dá no interior das escolas. Daí a 
necessidade de um espaço organizado de forma sistemática com o objetivo de possibi-
litar o acesso à cultura erudita (SAVIANI, 1985). 
De modo geral, a educação grega visava uma formação integral, que envolvesse o 
desenvolvimento do corpo e do espírito, embora alguns povos gregos enfatizassem o 
preparo esportivo e outros, o debate intelectual. 
A história é a interpretação da ação transformadora do homem no tempo. A pedagogia é 
a	teoria	crítica	da	educação,	isto	é,	da	ação	do	homem	quando	transmite	ou	modifica	a	
herança cultural (ARANHA, 1996).
Fonte: a autora.
17UNIDADE I Atuação Pedagógica em Espaços não Escolares
SAIBA MAIS
Prezado(a) acadêmico(a), atuante nos mais diversos processos relacionados ao ensino-
-aprendizagem, o papel do(a) pedagogo(a) está ligado ao do(a) professor(a), pois é um 
agente de apoio educacional.
Esses exemplos nos levam a perceber as mudanças na formação do(a) pedagogo(a) e 
como citadas anteriormente possibilitam um grande leque de opções. 
Segue algumas atribuições na atualidade. 
Outras atribuições do(a) pedagogo(a): 
●	 Analisar e entender as tendências da sociedade atual e futura. 
●	 Elaborar diretrizes e políticas educacionais 
●	 Pesquisar, levantar dados, elaborar informações e indicadores. 
●	 Redefinir	a	função	da	escola.	
●	 Pesquisar demandas por educação. 
●	 Ajudar	os	professores	a	definir	e	a	buscar	os	verdadeiros	objetivos	da	educação.	
●	 Coordenar a elaboração do projeto político-pedagógico das escolas. 
●	 Realizar pesquisa-ação em educação. 
●	 Gerir o desenvolvimento da tecnologia educacional. 
●	 Promover discussões e estudos a respeito de temas fundamentais para a edu-
cação como: repetência, ou seja, como evitar que ela aconteça e evasão, entre 
outros. 
Dessa	forma,	a	profissionalização	do(a)	pedagogo(a),	com	apropriação	de	competên-
cias e conhecimentos necessários ao exercício da ação pedagógica, são essenciais 
para o conhecimento e formação continuada.
Fonte: a autora.
18UNIDADE I Atuação Pedagógica em Espaços não Escolares
SAIBA MAIS
Formar	 o	 indivíduo	 por	meio	 do	 conhecimento	 científico	 e	 transformá-lo	 em	 cidadão	
realizando um trabalho coletivo entre a escola e a comunidade é uma demanda da so-
ciedade atual. Sendo assim, a sociedade moderna necessita urgente do envolvimento 
de diferentes modelos de ensino. 
A	reflexão	nos	bancos	escolares	deve	acontecer	de	modo	que	o	aluno	possa	pensar	
de forma crítica e autônoma, desempenhando seu papel transformador na sociedade, 
lutando por seus direitos e utilizando da educação formal, não formal e informal para a 
apropriação de seu conhecimento e a aquisição de novas aprendizagens. 
O indivíduo se constrói em diversos ambientes, um deles é a escola, um ambiente que 
se soma aos demais, levando em consideração todas as aprendizagens adquiridas no 
decorrer do processo. Sendo assim, a escola tem a função de oferecer uma formação 
pela	qual	o(a)	aluno(a)	irá	se	tornar	capaz	de	fazer	análises	científicas,	críticas	e	reflexi-
vas a respeito dos mais variados temas. (SIQUEIRA, 2004, p. 43).
A educação, portanto, é um processo social que se apresenta de acordo com cada reali-
dade, numa concepção determinada de mundo, buscando atingir seus objetivos educa-
tivos de acordo com as mudanças que a sociedade necessita. Esse fenômeno deve ser 
inteiro e não de forma fragmentada, instaurando a educação em qualquer lugar como 
prática social.
Fonte: a autora.
19UNIDADE I Atuação Pedagógica em Espaços não Escolares
SAIBA MAIS
O processo histórico de transformação da sociedade perpassa pelo que chamamos de 
ressignificação	de	ações	e	valores.	É	fato	que	para	chegarmos	ao	que	temos	ou	somos	
hoje, em se tratando de método, ciência e educação é necessário entender como ocor-
reu o processo dentro da história e como se originou tudo que hoje vivemos. 
Franco (2018), reforça o fato de pensar que a educação se faz em toda sociedade, atra-
vés de diferentes meios e em diferentes espaços sociais, à medida que a sociedade se 
tornou complexa, há que se expandir a intencionalidade educativa para diversos outros 
contextos, abrangendo diferentes tipos de formação necessários ao exercício pleno da 
cidadania. 
O ensino e a aprendizagem não estão apenas dentro do cotidiano escolar, ele perpas-
sa os muros da escola, pois os espaços formais, não formais e informais contribuem 
significativamente	com	a	educação,	auxiliando	assim	para	o	desenvolvimento	de	um	
processo	mais	rico	em	conhecimentos,	cada	um	com	sua	especificidade	mas	realizando	
um trabalho em conjunto.
Fonte: a autora.
REFLITA 
●	 Um aluno já chega dentro do ambiente de ensino com padrões criados já pelo seu 
ciclo social e esse fenômeno ocorre o tempo inteiro organicamente em todos os 
espaços (ALVES, 2003).
●	 A existência de um processo educativo no interior de processos que se desenvol-
vem fora dos 10 canais institucionais escolares implica em ter, como pressuposto 
básico, uma concepção de educação que não se restringe ao aprendizado de 
conteúdos	específicos	transmitidos	através	de	técnicas	e	instrumentos	do	proces-
so pedagógico (GOHN, 2011).
●	 Pedagogo	é	o	profissional	que	atua	em	várias	 instâncias	da	prática	educativa,	
direta ou indiretamente ligadas à organização e aos processos de transmissão 
e assimilação ativa de saberes e modos de ação, tendo em vista, objetivos de 
formação	humana	definidos	em	sua	contextualização	história.	(LIBÂNEO,	2001a).
20UNIDADE I Atuação Pedagógica em Espaços não Escolares
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Finalizando a Unidade I da disciplina de Educação em Espaços Não Escolares, 
intitulada “Atuação Pedagógica em Espaços Não Escolares”. 
No primeiro momento analisamos um breve histórico da pedagogia no Brasil. Vimos 
que	a	pedagogia	é	uma	das	profissões	mais	antigas	e	que	na	Grécia	antiga	o(a)	pedago-
go(a) era o(a) responsável por conduzir a criança até os espaços de aprendizagem. 
No segundo momento estudamos as funções e atribuições do(a) pedagogo(a), 
quais	campos	de	atuação	bem	como	sua	ação	significativa	na	organização	pedagógica	da	
escola, articulando e desenvolvendo práticas pedagógicas que visem a formação e apren-
dizagem do(a) sujeito(a). 
No terceiro momento conhecemos os conceitos de educação: “formal”, “informal” e 
“não formal”. Para tanto, vimos que a base material de cadasociedade é o conhecimento, 
por	isso	a	exigência	para	uma	formação	específica	e	que	atenda	às	necessidades	indivi-
duais e coletivas são essenciais para as relações. 
Por	 fim,	 no	 quarto	 momento,	 entendemos	 os	 aspectos	 históricos	 da	 educação	
“formal”, “informal” e “não formal” e a importância de cada um dos fatores para o desenvol-
vimento humano. 
Portanto, procuramos contribuir para que você caminhe ao encontro de outras 
possibilidades de entendimento sobre a educação em espaços não escolares, para que 
compreenda esse processo, pois a aprendizagem está presente em nosso dia a dia e que 
o papel do(a) pedagogo(a) é a chave para o exercício consciente da cidadania e do desen-
volvimento social do indivíduo.
21UNIDADE I Atuação Pedagógica em Espaços não Escolares
LEITURA COMPLEMENTAR
Olá, estudante. A leitura complementar para a nossa primeira unidade será o artigo 
Educação Não Formal, Informal e Formal do Conhecimento Científico nos Diferentes Espa-
ços de Ensino e Aprendizagem, da autora Maria Salete Bortholazzi Almeida. 
A	autora	nos	traz	um	aporte	teórico	busca	uma	reflexão	sobre	o	papel	das	ciências	
nos espaços não formal, informal e formal de educação. Do ponto de vista que a educação 
de	forma	geral,	sob	a	influência	do	mundo	contemporâneo,	passa	por	constantes	mudanças,	
o processo ensino e aprendizagem devem acontecer de forma integrada com o fenômeno 
da globalização
Segue o link de acesso ao livro em PDF. 
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/2014/2014_uel_bio_
pdp_maria_salete_bortholazzi_almeida.pdf
Aproveitem o material e boa leitura!
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/2014/2014_uel_bio_pdp_maria_salete_bortholazzi_almeida.pdf
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/2014/2014_uel_bio_pdp_maria_salete_bortholazzi_almeida.pdf
22UNIDADE I Atuação Pedagógica em Espaços não Escolares
MATERIAL COMPLEMENTAR
LIVRO
• Título: Educação formal e não-formal.
• Autor: Elie Ghanem e Jaume Trilla
• Editora: Saraiva
• Sinopse: A linha mestra da presente obra é a defesa da interação, 
coordenação, articulação e complementaridade entre a educação 
formal e a educação não-formal. Em meio a um fervoroso diálogo, 
os autores Elie Ghanem e Jaume Trilla, cada um à sua maneira, 
defendem um continuum entre as ações e experiências vividas 
nessas duas esferas da educação, rechaçando a cisão existente 
entre elas. E o fazem enfrentando pontos nevrálgicos, instigan-
tes e controversos como a relação entre as dimensões política 
e pedagógica, entre as diferenças ideológicas, as funções, os 
atributos e as capacidades de cada agente educacional. O debate 
estabelecido pelos autores traz ainda uma valiosa aproximação 
entre questões teóricas e práticas educativas, fruto de um enorme 
comprometimento com a busca de uma educação democrática e 
a promoção de uma ordem social que supere as desigualdades e 
favoreça a construção de um sistema educacional que respeite os 
direitos de todos.
FILME/VÍDEO 
• Título: Coach Carter - Treino Para a Vida
• Ano: 2005
• Sinopse: Baseado em uma história real. O dono de uma loja de 
artigos esportivos, Ken Carter (Samuel L. Jackson), aceita ser o 
técnico de basquete de sua antiga escola, onde conseguiu recor-
des	e	que	fica	em	uma	área	pobre	da	cidade.	Para	surpresa	de	
muitos ele impõe um rígido regime, em que os alunos que queriam 
participar do time tinham de assinar um contrato que incluía um 
comportamento respeitoso, modo adequado de se vestir e ter 
boas notas em todas as matérias. A resistência inicial dos jovens 
acaba e o time sob o comando de Carter vai se tornando imbatível. 
Quando	o	comportamento	do	time	fica	muito	abaixo	do	desejável	
Carter descobre que muitos dos seus jogadores estão tendo um 
desempenho muito fraco nas salas de aula. Assim Carter toma 
uma atitude que espanta o time.
23
Plano de Estudo:
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
• As Competências e Habilidades do Pedagogo e sua aplicabilidade em espaços não esco-
lares.
•	O	Pedagogo:	profissional	referência	para	ações	formativas	em	espaços	organizacionais.
Objetivos de Aprendizagem:
• Conhecer as competências e habilidades do(a) pedagogo(a)
• Abordar o papel do(a) pedagogo(a) em espaços não escolares
• Compreender a ação do(a) pedagogo(a) e os espaços organizacionais.
UNIDADE II
Fundamentos Pedagógicos da 
Educação em Espaços não Escolares
Professora Mestre Priscila da Rocha Luiz Bueno
24UNIDADE II Fundamentos Pedagógicos da Educação em Espaços não Escolares
INTRODUÇÃO
Prezado(a) estudante, seja bem-vindo(a) à Unidade II da disciplina de Educação 
em Espaços Não Escolares do curso de Graduação em Educação Especial. 
O	trabalho	dos	profissionais	da	educação,	em	especial	do(a)	pedagogo(a),	é	tradu-
zir o novo processo pedagógico na sociedade mundial, elucidar a quem ele serve, explicitar 
suas contradições e, com base nas condições concretas dadas, promover necessárias arti-
culações para construir alternativas que ponham a educação a serviço do desenvolvimento 
de relações verdadeiramente democráticas. 
Nessa perspectiva, Libâneo (2001) nos mostra que a Pedagogia é o campo do co-
nhecimento que se ocupa do estudo sistemático da educação, isto é, do ato educativo, da 
prática educativa concreta que se realiza na sociedade como um dos ingredientes básicos 
da	configuração	da	atividade	humana.		
Diante	dessa	afirmação,	esta	unidade	nos	levará	a	compreensão	das	competências	
e habilidades do(a) pedagogo(a), já que sua atuação é ampla em nossa sociedade, em 
seguida abordaremos o papel do(a) pedagogo(a) em espaços não escolares, mostrando 
que	essa	profissão	sofreu	mudanças	em	seu	conceito	e	dimensões	das	ações,	deixando	de	
ter uma atuação restrita ao processo ensino-aprendizagem em espaços escolares formais, 
analisar os espaços organizacionais que promovem o desenvolvimento de habilidades e, 
por	fim,	sobre	o(a)	pedagogo(a)	sua	função	na	organização,	planejamento,	implementação	
e avaliação oportunizando aprendizagens. 
Sendo assim, a Pedagogia abrange o campo teórico e investigativo da educação, 
do ensino, de aprendizagens e do trabalho pedagógico.
Espero que estes textos colaborem para a sua melhor compreensão sobre o tema 
de nossa segunda unidade. 
Boa leitura!
25UNIDADE II Fundamentos Pedagógicos da Educação em Espaços não Escolares
1 AS COMPETÊNCIAS E HABILIDADES DO PEDAGOGO E SUA APLICABILIDADE EM 
ESPAÇOS NÃO ESCOLARES
A educação para o século XXI descortina um cenário com novas perspectivas para 
todo	profissional	que	se	insere	no	mercado	de	trabalho	sob	diversas	abrangências,	como	
nos mostra a própria sociedade. Vive-se um momento de uma nova estrutura social, que 
exige	profissionais	cada	vez	mais	qualificados	e	preparados	para	atuarem	nesse	cenário	
competitivo. 
O(a) pedagogo(a) da atualidade deve ter ciência em relação a sua prática, pois não 
poderá mais se limitar aos processos tradicionais de ensino-aprendizagem, nos conhecidos 
espaços escolares formais em que os ensinos eram ministrados, mas terá que buscar uma 
constante melhoria nos processos de aprendizagem dos indivíduos (LIBÂNEO, 2013). 
As	linhas	de	pensamento	relacionadas	ao(a)	profissional	pedagogo(a),	neste	novo	
modo	de	conceber	sua	atuação,	possibilitam	uma	reflexão	mais	aprofundada	sobre	a	sua	
atuação. Hoje se pensa muito mais detalhadamente a dinâmica do conhecimento e as 
novas funções do educador como mediador desse processo. Dessa forma, não podemos 
mais nos deter somente no universo da educação formal, mas buscar novas fontes de 
formação e de informação.
Dessa forma, resgata a importância de se considerar o(a) professor(a) em sua 
própria formação, num processo de autoformação, de reelaboração dos saberes iniciais 
em confronto com a prática vivenciada. Assim, seus saberes vão se constituindo a partir 
de	uma	reflexão	na	e	sobre	a	prática.	Essa	tendênciareflexiva	vem	se	apresentado	como	
26UNIDADE II Fundamentos Pedagógicos da Educação em Espaços não Escolares
um novo paradigma na formação de professores, sedimentando uma política de desenvol-
vimento	pessoal	e	profissional	dos	professores	e	das	instituições	escolares	(NUNES,	2001,	
p. 30). Essa transformação relacionada à atuação do(a) pedagogo(a) se dá pelo fato de 
que,	hoje,	vivemos	o	processo	que	reflete	a	transformação	de	valores	e	pensamentos	de	
uma	sociedade	voltada	para	valores	mais	específicos,	como	a	cultura	de	seu	povo,	valor	
diferente daquele que até pouco tempo se primava pelo valor econômico. Ou seja, a cultura, 
a	educação,	a	participação,	hoje,	têm	o	seu	papel	melhor	definido	e	quase	tão	importante	
para a sociedade quanto a situação econômica propriamente dita. 
De acordo com as ideias de Nóvoa (1995), a formação dos pedagogos como 
profissionais	voltados	para	o	mercado	caracteriza-se	como	uma	busca	pela	melhoria	da	
qualidade da educação e da própria sociedade. Neste sentido, aliada às políticas públi-
cas educacionais, a formação continuada de forma fundamentada e planejada permeia 
a	 tradicional	 identidade	do	pedagogo,	 possibilitando	a	ele	atuar	 de	 forma	significativa	e	
transformadora. 
O(A) pedagogo(a) está sendo inserido(a) num mercado de trabalho cada vez mais 
diversificado	 e	 amplo,	 e	 essa	 nova	 dimensão	 da	 atuação	 profissional	 aconteceu,	 pela	
necessidade de compreender a dinâmica que levou a sociedade a chegar onde estamos 
hoje, com um discurso voltado para a inclusão social, para o voluntariado, para pesquisas, 
educação formal, não formal e informal, observando o processo de ensino-aprendizagem 
não somente como processo para dentro da escola, mas como um processo que acontece 
em todo e qualquer segmento da sociedade, seja ele qual for. 
A formação não se constrói por acumulação (de cursos, de conhecimentos ou de 
técnicas),	mas	sim	através	de	um	trabalho	de	reflexividade	crítica	sobre	as	práticas	e	de	
(re)construção permanente de uma identidade pessoal. Por isso é tão importante investir 
na pessoa e dar estatuto ao saber da experiência (NÓVOA, 1995).
Nessa	nova	perspectiva	de	atuação	do(a)	pedagogo(a),	sua	qualificação	vem	fil-
trando cada vez mais o conhecimento, buscando uma relação estreita entre as diferentes 
propostas de educação existentes na sociedade. Dá conta de uma nova cultura escolar 
que fornece aos alunos, instrumentos para que saibam interpretar o mundo de maneira 
completa. 
Vale aqui destacar que a formação do(a) professor(a) deve estar sempre relaciona-
da ao seu contexto, possibilitando experiências e troca de saberes, em que ideias e rela-
ções possam ser compartilhadas e construídas. Sendo assim, o fazer pedagógico aliado às 
construções e saberes diversos, articulados por um referencial teórico-prático, possibilitará 
27UNIDADE II Fundamentos Pedagógicos da Educação em Espaços não Escolares
uma	 aprendizagem	 significativa	 e	 comprometida,	 contextualizando	 a	 formação/atuação	
do(a) educador(a) e favorecendo para a aprendizagem do aluno(a) (BOLFER, 2008). 
Assim,	este	profissional	que	atravessou	séculos,	executando	o	seu	papel	de	pre-
ceptor, de transformador do conhecimento e do comportamento humano, está chegando 
ao século XXI, com uma nova proposta, que traduz sua efetiva atuação em outros espaços 
e que, no entanto, também visam a aprendizagem e a transformação do comportamento 
humano.
A pedagogia, até bem pouco tempo, apresentava-se como uma ciência inserida no 
ambiente	escolar,	na	sala	de	aula,	formando	um(a)	profissional	envolvido(a)	com	os	proble-
mas	da	educação	formal.	A	ideia	que	se	conhecia	era	a	do(a)	pedagogo(a)	como	profissional	
capacitado(a) e devidamente treinado(a) para atuar somente em espaços escolares, sendo 
o(a) responsável pela formação intelectual das crianças, sempre se envolvendo com os 
problemas relacionados à educação formal propriamente dita. 
O foco atual da formação do(a) pedagogo(a) sofreu mudanças em seu conceito, 
pois deixou de ser restrito ao processo ensino-aprendizagem em espaços escolares for-
mais, transpondo os muros da escola para diferentes e diversos segmentos, como: ONGs, 
família, trabalho, lazer, igreja, sindicatos, clubes, organizações etc. 
Matos e Mugiatti (2009) nos apresentam a ideia de que a prática pedagógica nos 
espaços não escolares deve ser pensada e organizada para atender as necessidades do 
sujeito, acreditando nas suas potencialidades e habilidades. Portanto, a prática pedagógica 
deve superar as barreiras impostas pela educação tradicional que possui uma visão restrita 
sobre o modo de ensinar e seus conteúdos. Trilla (2006) explica que o crescimento da 
educação não formal se deve à questão da diminuição de vagas no mercado de trabalho 
nas escolas formais, em que o excedente de educadores(as) fará migração para entidades 
como ONGs, associações, centros comunitários, empresas, instituições de saúde e para o 
terceiro	setor	em	geral	como	necessidade	ou	opção	profissional.	Entende-se,	então,	que	
a	 visão	do(a)	 profissional	 em	pedagogia	 deve	estar	 atenta	 às	mudanças	e	movimentos	
cotidianos, buscando sempre (re)pensar sobre suas práticas, reforçando suas potencia-
lidades para que assim seja possível desenvolver um planejamento que traga situações 
enriquecedoras àqueles que estão no processo de aprender. 
Para Gohn (2010), o fato desta nova forma de atuação do(a) pedagogo(a) surgir se 
dá a partir das necessidades de um determinado grupo, naquele local e naquele momento, 
como, por exemplo, um treinamento em uma empresa, um problema de alguma comunida-
de etc. 
28UNIDADE II Fundamentos Pedagógicos da Educação em Espaços não Escolares
A metodologia da educação não-formal é operada também com ênfase no processo 
de aprendizagem, porém partindo da cultura dos indivíduos e dos grupos. Sendo assim, O 
método nasce a partir de problematização da vida cotidiana; os conteúdos emergem a partir 
dos	temas	que	se	colocam	como	necessidades,	carências,	desafios,	obstáculos	ou	ações	
empreendedoras a serem realizados. Os conteúdos não são dados a priori, são construídos 
no processo. O método passa pela sistematização dos modos de agir e de pensar o mundo 
que circunda as pessoas (GOHN, 2010). 
Aprendizagem	não	significa	aprender,	porque	alguém	ensina,	mas,	sim,	o	processo	
de construção, reconstrução e de tomada de consciência do próprio desenvolvimento por 
parte do sujeito. Entende-se que tudo acontece pela ação do sujeito e, por isso, não se 
pode deixar de evidenciar o papel dessa ação, pois é por meio dela que se constroem as 
estruturas do conhecimento. 
De acordo com Freire (2016), ensinar não é apenas transferir conhecimentos e 
conteúdos, mas sim a ação pela qual se dá forma à personalidade do indivíduo, isso quer 
dizer	 que	 os	 processos	 educativos	 são	 desafios	 e,	 por	 isso,	 há	 diferentes	maneiras	 de	
pensar as aprendizagens, não existindo uma forma nem um único modelo de educação, 
então a escola não é o único lugar em que a aprendizagem acontece, a educação e a 
aprendizagem estão em todos os lugares na vida dos sujeitos. 
Segundo	Vasconcelos	e	Brito	(2010),	o	autor	Paulo	Freire	definiu	a	prática	educativa	
como aquela que envolve a capacidade do(a) educador(a) de somar conhecimento, afetivi-
dade, criticidade, respeito, ação e, em conjunto com seu(a) educando(a), concorrer para a 
transformação do mundo. É uma troca de habilidades, conhecimentos entre educador(a) e 
educando(a), para que juntos consigam alcançar seus objetivos. 
Para Arroyo (1998), as pesquisas que possuem como objeto de estudo a relação 
entre educação e trabalho devem favorecer um diálogo entre a teoria, a prática pedagógica 
e	os	profissionais	que	pesquisam	e	 fazem	educação	escolar.	De	acordo	com	o	autor,	a	
teoria pedagógica deve dar conta dos fenômenos educativos que acontecem em todos os 
tempos e espaços, pois educar é humanizar, caminhar paraa emancipação humana, a au-
tonomia responsável, a subjetividade moral e ética, e esse deve ser o projeto de toda ação 
pedagógica fora ou dentro da escola, se propondo a entender e ajudar no desenvolvimento 
do ser humano. 
Por	fim,	os	novos	espaços	potenciais	de	atuação	do(a)	pedagogo(a)	vão	para	além	
dos campos escolares, possibilitando, assim, os conhecimentos de outros espaços que 
também estão previstos os conhecimentos pedagógicos.
29UNIDADE II Fundamentos Pedagógicos da Educação em Espaços não Escolares
2 O(A) PEDAGOGO(A): PROFISSIONAL REFERÊNCIA PARA AÇÕES FORMATIVAS 
EM ESPAÇOS ORGANIZACIONAIS
Existem, na sociedade, diferentes práticas educativas, para as quais não é neces-
sária	a	existência	de	um	espaço	específico.	Basta	que	se	configurem	como	intencionais	
para efetivar a presença e o desenvolvimento de ações pedagógicas, e que contribuam 
de forma construtiva para a formação do ser humano como membro de uma sociedade 
(LIBÂNEO, 2013). 
Constantemente percorremos o processo de aprendizagem e essa ação se dá em 
todos os ambientes em que estamos inseridos, sendo assim temos a oportunidade diária 
de adquirirmos novos conhecimentos ou até mesmo aperfeiçoar os que já possuímos. 
Para	 Guns	 (1998),	 a	 aprendizagem	 organizacional	 pode	 ser	 definida	 como	 a	
aquisição de conhecimentos, habilidades, valores, convicções e atitudes que acentuem a 
manutenção, o crescimento e o desenvolvimento da organização. 
Com isso, novas práticas educativas foram se desenvolvendo e consolidando por 
meio de ações pedagógicas alternativas que não seguiam as normativas impostas pelas 
escolas formais, no entanto, eram tão ou até mais educativas dependendo do meio em que 
se realizavam. 
A educação escolar não garante somente a aprendizagem de maneira restrita, mas 
é capaz de produzir novos desenvolvimentos e ampliar as potencialidades humanas de 
30UNIDADE II Fundamentos Pedagógicos da Educação em Espaços não Escolares
professores(as) e alunos(as), é preciso destacar que todo esse processo se dá necessaria-
mente a partir destas relações que se estabelecem na sala de aula (MEIRA, 1998). 
Guns (1998) nos mostra que existem os seguintes tipos de aprendizagem organi-
zacional:
● Aprendizagem de tarefas:	é	o	desempenho	de	tarefas	específicas	sendo	valo-
rizadas e orientadas em suas realizações.
● Aprendizagem sistêmica: está ligada aos processos de organização da insti-
tuição para o desenvolvimento e melhoria do aprendizado.
● Aprendizagem cultural: são os valores, convicções e atos da organização e do 
meio que o sujeito está inserido.
● Aprendizagem de liderança: está voltado para a gestão e liderança da equipe 
pedagógica, para o fortalecimento das ações.
● Aprendizagem de equipe:	orienta	para	a	eficiência	na	prática	da	função,	mos-
trando também como se faz para promover o aprendizado e o crescimento da 
equipe.
● Aprendizagem estratégica: este tipo de aprendizagem está focado nas 
estratégias da organização escolar, como se dá o seu desenvolvimento, sua 
implementação e prováveis melhorias para o alcance do conhecimento.
● Aprendizagem transformacional: orienta para as formas de realizar mudan-
ças	 dentro	 da	 organização	escolar	 para	 que	 tenham	efeitos	 significativos	 no	
aprendizado de todos(as) os(as) envolvidos(as) no ambiente escolar.
Entender como acontece o processo de desenvolvimento das crianças, como elas 
aprendem e como se socializam é uma das ações do trabalho do(a) pedagogo(a), porém 
o que não se pode esquecer é que todo o processo de formação do ser humano passa 
por momentos diferentes e principalmente cada um ao seu tempo. É preciso compreender 
que a formação do indivíduo é um processo de construção que passa por temporalidades 
diferentes, tais como: tempo da infância, da adolescência, juventude, vida adulta. Nós não 
tratamos da mesma maneira uma criança de 2 anos, uma de 3, um pré-adolescente de 
10,	ou	um	adolescente	de	14.	Nós	tratamos	nossos	filhos	de	acordo	com	seus	tempos,	de	
acordo com seus ciclos. A ideia de ciclo é ciclo da vida, é tempo da vida, temporalidade da 
formação humana (ARROYO, 2003, p. 1). 
Sendo assim, de maneira compensadora, o papel dos(as) pedagogos(as) nos 
espaços organizacionais de aprendizagem é de mediar as condições que podem decorrer 
31UNIDADE II Fundamentos Pedagógicos da Educação em Espaços não Escolares
novos conhecimentos para a criança. O(A) aluno(a) ao perceber que sua aprendizagem 
depende e é complementada pelas relações que acontecem dentro e fora do ambiente 
escolar, compreende que quem, de fato, compõe e organiza esse processo de aprendi-
zagem é o(a) professor(a), pedagogo(a), mediador(a) este que concretiza e transforma a 
aprendizagem de qualidade.
O ponto de partida para a aprendizagem no espaço escolar está no processo de 
construção coletiva da prática pedagógica, uma vez que as ações do(a) pedagogo(a) são 
em sua essência de natureza coletiva. 
Temos como papel de educadores, a tarefa de exploração do pleno potencial de 
criatividade e de aprimoramento da educação. Neste sentido, o(a) pedagogo(a) passa, 
então,	a	ser	uma	ferramenta	de	atuação	e	tem	como	princípio	a	ação-reflexão-ação.	
Libâneo	(2001)	afirma	que	o(a)	pedagogo(a)	é	um(a)	profissional	que	lida	com	fatos,	
estruturas, contextos, situações referentes à prática educativa em suas várias modalidades 
e manifestações, por isso tem um papel primordial para que aconteça, no interior da escola, 
ações pedagógicas de ensino e aprendizagem. 
Cabe, portanto, ao(a) educador(a) estar sintonizado(a) com as necessidades da 
comunidade e propor projetos que atendam aos anseios de todos(as) que almejam um 
futuro melhor. A escola como espaço social e público deve ter esta característica de servir a 
todos(as) os(as) que a procuram, bem como envolver outros segmentos da sociedade em 
suas atividades. 
Como as escolas não são iguais, são unidades diferentes ligadas a um mesmo 
sistema de ensino, a forma que o(a) pedagogo(a) utiliza para investigar seu espaço não 
pode	ser	a	mesma,	cada	 instituição	possui	especificidades	em	termos	de	comunidade	e	
alunos(as), por isso é preciso um trabalho comprometido com a aprendizagem. 
Portanto, conforme Libâneo (2001, p. 22), “a Pedagogia [...] é, então, o campo do 
conhecimento que se ocupa do estudo sistemático da educação, isto é, do ato educativo, da 
prática educativa concreta que se realiza na sociedade como um dos ingredientes básicos 
da	configuração	da	atividade	humana”.		
Podemos entender, então, que a educação é o conjunto das ações, processos, 
influências	e	estruturas	que	influenciam	no	desenvolvimento	humano	e	na	relação	ativa	dos	
grupos com o meio natural e social. 
Lembrando que somente por meio de uma educação democrática, com a possibi-
lidade de trabalhar a realidade da comunidade escolar dentro dos ambientes educativos, é 
que	conseguiremos	programar	uma	educação	significativa	e	de	qualidade.		
32UNIDADE II Fundamentos Pedagógicos da Educação em Espaços não Escolares
É necessário ressaltar que a educação é uma tarefa e um dever coletivo no mundo 
de	hoje.	Na	escola,	na	família	e	na	sociedade,	todos	educam.	Ao	profissional	da	educação	
cabe	a	tarefa	de	contribuir	de	forma	decisiva	para	a	superação	dos	desafios	na	escola.		
Segundo Reis (2007), a escola surgiu para complementar a educação familiar, por 
isso a necessidade dos(as) pais/mães sempre estarem buscando acompanhar o desempe-
nho	educacional	de	seus/as	filhos(as).		
Diante das diversas funções e atribuições do(a) pedagogo(a) na atualidade, bem 
como	os	mais	variados	locais	que	poderá	atuar,	é	inevitável	que	alguns	desafios	apareçam	
pelo caminho. Veja alguns deles a seguir. 
Desafios do(a) pedagogo(a): 
●	 Auxiliar na resolução de problemas da escola e com alunos(as) desinteressa-
dos(as), indisciplinados(as), rebeldes, agressivos(as). 
●	 Propor novas metodologias para evitar que a escola seja um tédio. 
●	 Esclarecer aos(as) professores(as)que é um absurdo exigir que os(as) alu-
nos(as) sejam todos(as) iguais, desconsiderando suas diferenças e interesses 
pessoais. 
●	 Convencer os/as professores(as) que a curiosidade dos(as) alunos(as) é o 
combustível para sua ação e motor da motivação pela aprendizagem. 
●	 Demonstrar aos(as) professores(as) que um dos principais objetivos da escola 
é desenvolver no(a) aluno(a) a habilidade de aprender a aprender; 
●	 Atuar para que a escola seja um lugar de prazer e não de sofrimento e tortura.
Para entendermos o que é a pedagogia e sua importância, é preciso compreender 
o seu objeto de estudo que engloba a educação ou prática educativa. A educação constitui 
o	conjunto	de	processos,	influências,	estruturas,	ações,	que	se	faz	presente	no	desenvol-
vimento humano de indivíduos e grupos na sua relação ativa com o meio natural e social, 
num determinado contexto do ser humano. 
Esse	profissional	tem	papel	importante	no	ambiente	escolar	que	se	estendam	às	
dificuldades	dos(as)	professores(as)	e	alunos(as),	a	fim	de	promover	melhorias	no	processo	
de	ensino	e	aprendizagem.	Cabe	ainda	ao(a)	pedagogo(a)	a	função	de	refletir	e	atuar	sobre	
problemas	sociais	que	influenciem	na	educação	escolar	e	propor	possíveis	encaminhamen-
tos para superação de problemas. 
33UNIDADE II Fundamentos Pedagógicos da Educação em Espaços não Escolares
A	educação	é,	assim,	uma	prática	humana,	uma	prática	social,	 que	modifica	os	
seres	humanos	nos	seus	estados	físicos,	mentais,	espirituais,	culturais,	que	dá	uma	confi-
guração à nossa existência humana individual e grupal (PIMENTA, 2002). A tarefa 
é árdua, porém, a grande recompensa será a certeza de ter contribuído para a formação e 
o sucesso de outras pessoas.
SAIBA MAIS
Caro(a) aluno(a), como aprendemos, no ambiente escolar o(a) pedagogo(a) é quem 
conduz a ação pedagógica em um trabalho coletivo com a equipe diretiva, professo-
res(as). 
Todas	essas	ações	precisam	ter	como	objetivo	melhorar	as	dificuldades	de	aprendiza-
gem encontradas pelas crianças, tornando a escola um ambiente mais tranquilo, para 
que	tais	problemas	não	interfiram	no	desenvolvimento	do(a)	aluno(a).
Uma das mais importantes tarefas das instituições educativas hoje está em contribuir 
para que os jovens possam realizar escolhas conscientes sobre suas trajetórias pes-
soais e constituir os seus próprios acervos de valores e conhecimentos não mais impos-
tos como heranças familiares ou institucionais (CARRANO; DAYRELL, 2013).
Portanto,	o(a)	pedagogo(a)	tem	grande	influência	e	 importância	pois	é	com	base	nas	
ações dele(a) que a escola consegue fazer uma ligação entre os acontecimentos so-
ciais, estabelecendo uma relação entre escola e meio social, desempenhando assim 
uma	função	pedagógica	específica,	mas	com	o	objetivo	de	trazer	uma	aprendizagem	
significativa	para	as	crianças.
Fonte: a autora.
34UNIDADE II Fundamentos Pedagógicos da Educação em Espaços não Escolares
SAIBA MAIS
Prezado(a) acadêmico(a), com a expansão do campo de trabalho do(a) pedagogo(a), 
a sala de aula considerada a Educação Formal está deixando de ser o único local de 
atuação	deste	profissional.
Para enriquecer mais um pouco a discussão sobre O Papel do(a) Pedagogo(a) em Es-
paços Não Formais, o sugiro a leitura do artigo das autoras Daniela Ana Antkiewicz e 
Flávia Dalla Costa, disponível no link abaixo:
https://www.legiaodacruz.com.br/wp-content/uploads/2019/09/aRTIGO-04.pdf
Boa leitura!
SAIBA MAIS
O processo de aprendizagem se constrói à medida que o sujeito tenha possibilidades 
de poder explorar os espaços disponíveis que trarão novos conhecimentos e um leque 
maior de aprendizado. 
De	acordo	com	Barbosa	(2006),	o	ambiente	é	um	espaço	construído,	e	que	é	definido	
pelas relações que nele acontecem, ou seja, entre os indivíduos que ali estão para 
aprender e simbolicamente pelas pessoas responsáveis pelo seu funcionamento.
Por isso é preciso termos a compreensão que o espaço educativo precisa ser organiza-
do de modo que venha facilitar o desenvolvimento e ampliar as aprendizagens.
Fonte: a autora.
https://www.legiaodacruz.com.br/wp-content/uploads/2019/09/aRTIGO-04.pdf
35UNIDADE II Fundamentos Pedagógicos da Educação em Espaços não Escolares
SAIBA MAIS
Toda	profissão,	principalmente	aquela	que	seu	objeto	é	o	trabalho	com	o	ser	humano,	
possui	desafios	consideráveis	que	precisam	ser	superados.	Não	é	diferente	para	o	pe-
dagogo: em qualquer instituição, seja ela escolar ou não. (NASCIMENTO,2011 apud 
MUNERON 2010, p. 64).
A atuação do(a) pedagogo(a) depende do meio social em que ele está inserido, pois 
será	esse	fator	que	irá	estabelecer	as	demandas	de	sua	profissão	e	ação,	oferecendo	
assim	aos	sujeitos	novos	instrumentos	que	favoreçam	a	reflexão	crítica.
De acordo com as ideias de Libâneo (2001), o(a) pedagogo(a) domina determinados 
conhecimentos	relacionados	a	educação,	ao	mesmo	tempo	consegue	dar	novas	confi-
gurações a esses saberes e os transforma em novas aprendizagens.
Fonte: a autora.
REFLITA 
Não poderia deixar de afetar a pedagogia, tomada como teoria e prática da educação. 
Em várias esferas da sociedade surge a necessidade de disseminação e internalização 
de saberes e modos de ação (conhecimentos, conceitos, habilidades, hábitos, procedi-
mentos, crenças, atitudes), levando a práticas pedagógicas.
Fonte: Libâneo (2013).
REFLITA
A redução do trabalho pedagógico à docência não pode, portanto, constituir-se em algo 
imutável. Nem mesmo chega a ser uma questão de cunho epistemológico ou conceitual. 
As novas realidades estão exigindo um entendimento ampliado das práticas educativas 
e, por consequência, da pedagogia. 
Fonte: Libâneo e Pimenta (1999).
36UNIDADE II Fundamentos Pedagógicos da Educação em Espaços não Escolares
REFLITA 
A educação escolar garante não apenas a aprendizagem em um sentido restrito, mas 
ainda é capaz de produzir desenvolvimento e ampliar as potencialidades humanas de 
professores e alunos, é preciso destacar que todo esse processo se dá necessaria-
mente a partir destas relações que se estabelecem nos espaços de aprendizagem que 
podem ir muito além da sala de aula.
Fonte: Meira (1998).
REFLITA
Não basta, de fato, que cada um acumule no começo da vida uma determinada quanti-
dade	de	conhecimentos	de	que	possa	abastecer-se	indefinidamente.	É,	antes,	necessá-
rio	estar	à	altura	de	aproveitar	e	explorar,	do	começo	ao	fim	da	vida,	todas	as	ocasiões	
de atualizar, aprofundar e enriquecer estes primeiros conhecimentos, e de se adaptar a 
um mundo em mudanças. 
Fonte: Delors (2003).
37UNIDADE II Fundamentos Pedagógicos da Educação em Espaços não Escolares
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Finalizando a Unidade II da disciplina de Educação em Espaços Não Escolares, 
intitulada “Fundamentos Pedagógicos da educação em Espaços Não Escolares”.
No primeiro momento analisamos as competências e habilidades do(a) pedago-
go(a),	neste	novo	modo	de	conceber	sua	atuação,	possibilitam	uma	reflexão	mais	aprofun-
dada sobre a sua atuação.
No segundo momento estudamos o papel do(a) pedagogo(a) em espaços não 
escolares,	bem	como	os	novos	espaços	potenciais	de	atuação	desse	profissional	que	vai	
além dos campos escolares, possibilitando, assim, os conhecimentos de outros espaços 
que também estão previstos os conhecimentos pedagógicos.
No terceiro momento conhecemos os espaços organizacionais de aprendizagem e 
que a mesma não acontece apenas em um espaço restrito, mas em todo ambiente que o 
indivíduo estiver inserido, colaborando assim com os mais variados tipos de aprendizagens 
organizacionais.
Por	fim,	no	quarto	momento,	entendemos	a	ação	do(a)	pedagogo(a)	no	processo	
de	ensino	e	aprendizagem	e	sua	atuação	sobre	os	problemas	sociais	que	influenciem	na	
educação escolar, propondo possíveis encaminhamentos para superação de problemas.
Esperamos que esse conteúdo contribua não somente para o seu desenvolvimento 
intelectual, mas também para a sua formação humana, cultural, política esocial.
Para aprofundar seus conhecimentos não deixe de consultar as referências.
38UNIDADE II Fundamentos Pedagógicos da Educação em Espaços não Escolares
LEITURA COMPLEMENTAR
Olá estudante a leitura complementar para a nossa primeira unidade será o Capítulo 
4 do livro Educação: um tesouro a descobrir, do autor Jacques Delors.
O livro abrange os avanços adquiridos no decorrer do século XX e lança pers-
pectivas em todos aspectos, para a coletividade num mundo globalizado. É um alerta dos 
problemas causados pelos desníveis da Educação entre o Terceiro Mundo e os poderosos 
blocos econômicos. O livro contém uma visão da pessoa humana em sua totalidade e 
encerra com artigos de especialistas sobre o tema, numa visão cultural e multicultural.
Solicito que vocês se atentem ao Capítulo 4 onde será abordado sobre os quatro 
pilares fundamentais de educação: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a 
viver juntos, aprender a ser.
Segue o link de acesso ao livro em PDF: 
http://dhnet.org.br/dados/relatorios/a_pdf/r_unesco_educ_tesouro_descobrir.pdf
DELORS, J. Educação: um tesouro a descobrir. Relatório para a UNESCO da comissão Internacional sobre 
a Educação para o século XXI. São Paulo: Cortez, 1998.
Aproveitem o material e boa leitura!
http://dhnet.org.br/dados/relatorios/a_pdf/r_unesco_educ_tesouro_descobrir.pdf
39UNIDADE II Fundamentos Pedagógicos da Educação em Espaços não Escolares
MATERIAL COMPLEMENTAR
LIVRO
• Título: Pedagogia e ambientes não escolares
• Autores: Aline Lemos Da Cunha, Elaine De Santa Helena, Gra-
ziela Rossetto Giron, José Geraldo Soares Damico, Karen Selbach 
Borges, Laíno Alberto Schneider, Maria De Lourdes Borges, Taís 
Schmitz.
• Editora: Intersaberes.
• Sinopse: Dividida em 10 capítulos, esta coletânea de textos tem 
por objetivo levantar uma discussão sobre a pedagogia, seus 
conceitos, suas dimensões e suas implicações sócio-políticas em 
ambientes não escolares, perpassando, os espaços escolares 
formais. Busca-se então abordar os princípios e práticas pedagó-
gicos tendo em vista a ação do(a) pedagogo(a) em instituições e 
espaços socioeducativos.
FILME/VÍDEO 
• Título: Numa Escola de Havana.
• Ano: 2014.
• Sinopse: Chala (Armando Valdes Freire), um garoto de onze 
anos, vive com sua mãe viciada em drogas, Sonia (Yuliet Cruz). 
Para sustentar a casa, ele treina cães de briga, indiretamente 
ajudado por um homem que pode ser ou não seu pai biológico. 
As	dificuldades	de	sua	vida	refletem	na	escola,	onde	é	aluno	de	
Carmela (Alina Rodriguez), por quem ele tem um grande respeito. 
Mas	quando	ela	fica	doente	e	 tem	que	se	afastar,	Chala	não	se	
adapta à nova professora, que sugere que ele seja transferido 
para um internato. Quando Carmela retorna, não aceita essa me-
dida e outras imposições que aconteceram durante sua ausência. 
Enquanto	a	relação	entre	professora	e	aluno	se	intensifica,	os	dois	
passam	a	ser	perseguidos	na	escola,	 levando	a	um	conflito	que	
reflete	o	complexo	sistema	contemporâneo	de	Cuba.
https://livrariaintersaberes.com.br/book-author/aline-lemos-da-cunha/
https://livrariaintersaberes.com.br/book-author/elaine-de-santa-helena/
https://livrariaintersaberes.com.br/book-author/graziela-rossetto-giron/
https://livrariaintersaberes.com.br/book-author/graziela-rossetto-giron/
https://livrariaintersaberes.com.br/book-author/jose-geraldo-soares-damico/
https://livrariaintersaberes.com.br/book-author/karen-selbach-borges/
https://livrariaintersaberes.com.br/book-author/karen-selbach-borges/
https://livrariaintersaberes.com.br/book-author/laino-alberto-schneider/
https://livrariaintersaberes.com.br/book-author/maria-de-lourdes-borges/
https://livrariaintersaberes.com.br/book-author/tais-schmitz/
https://livrariaintersaberes.com.br/book-author/tais-schmitz/
40
Plano de Estudo:
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
• O campo de conhecimento pedagógico e a emancipação dos sujeitos como caminho para 
a inserção na vida social.
• A interação, família, estado e sociedade no processo não formal de educação e na socia-
lização do indivíduo.
Objetivos de Aprendizagem:
• Compreender o conhecimento pedagógico e a emancipação dos sujeitos
•	Conhecer	os	espaços	não	formais	e	a	influência	na	aprendizagem
• Analisar a importância da família no processo de desenvolvimento humano.
• Abordar a interação entre família, estado e sociedade no processo não formal de 
educação
UNIDADE III
Atuação do(a) Pedagogo(a) em 
Espaços não Escolares
Professora Mestre Priscila da Rocha Luiz Bueno
41UNIDADE III Atuação do(a) Pedagogo(a) em Espaços não Escolares
INTRODUÇÃO
Prezado(a) estudante, seja bem-vindo(a) à Unidade III da disciplina de Educação 
em Espaços Não Escolares do curso de Graduação em Educação Especial.
A	ciência	moderna	nasce	ao	determinar	objetos	específicos	de	investigação	e	ao	
criar um método pelo qual se fará o controle desse conhecimento. Pela ciência, o homem 
podia espantar o medo causado pela ignorância e superstição, guardando a esperança 
de um mundo onde as luzes da razão permitiriam a melhor qualidade de vida possível e 
a emancipação dos preconceitos, da violência e do arbítrio, ou seja, a emancipação do 
próprio sujeito.
Esta unidade nos levará à compreensão sobre como o conhecimento pedagógico 
emancipa	o	sujeito,	em	seguida	conheceremos	os	espaços	não	formais	e	a	influência	deles	
na aprendizagem, analisaremos a importância da família no processo de desenvolvimento 
humano	e	por	fim	abordaremos	a	interação	entre	família,	estado	e	sociedade	no	processo	
não formal de educação
O conhecimento da natureza emancipa-se do mito, e o conhecimento da socie-
dade deve, também, fundar-se na razão. A razão esclarecida é uma razão emancipada 
(ASSOUN, 1991).
Por	fim,	conhecemos	o	homem	a	partir	dos	seus	atos	e	é	pelos	atos	que	o	homem	
se relaciona com a realidade. Todos os atos humanos e todas as relações com a realidade 
estão penetrados pelo conhecimento, sendo assim, o conhecimento não é um elemento 
isolado, ao lado de outros atos, pois participa de toda a conduta humana.
A compreensão desta unidade contribuirá para a sua formação neste curso superior.
Boa leitura!
42UNIDADE III Atuação do(a) Pedagogo(a) em Espaços não Escolares
1 O CAMPO DE CONHECIMENTO PEDAGÓGICO E A EMANCIPAÇÃO DOS SUJEITOS 
COMO CAMINHO PARA A INSERÇÃO NA VIDA SOCIAL
Para que exista o ato de conhecer, é indispensável o relacionamento com dois 
elementos básicos: um Sujeito conhecedor e um Objeto a ser conhecido. Na relação que 
se estabelece entre esses dois elementos, a função do Sujeito consiste em apreender o 
Objeto. A essa relação dá-se o nome de conhecimento. Portanto, a simples descrição do 
ato de conhecer exige a essencial presença do Sujeito conhecedor e do Objeto conhecido.
Conhecer é um agir que precisa de um outro objeto. Sujeito e objeto do agir são 
correlativos.	O	específico	do	conhecer	reside	nisso:	o	sujeito	e	o	objeto	estão	no	mesmo	
ato,	identificam-se	no	ato.
O conhecimento realiza-se em três formas interligadas: o conceito, o juízo e o 
raciocínio.	Enquanto	 conhecemos,	 enquanto	pensamos	 formamos	 ideias	que	definem	e	
caracterizam aquilo que conhecemos, ou seja, formamos conceitos. Não se trata aqui de 
conceitos	rigorosamente	definidos,	como	ocorre	em	teorias	científicas,	mas,	em	geral,	de	
conteúdos	significativos,	que	exprimimos	com	palavras	ou	termos.	O	Conceito	pertence	à	
essência do pensar.
Conhecer também é julgar, conferir atributos, ou seja, formar juízos. Não falamos 
apenas em palavras isoladas, não pensamos em conceitos isolados, mas unimos as pala-
vras numa frase (enunciado, sentença) que exprime um juízo, por exemplo: a mesa é retan-
43UNIDADE III Atuação do(a) Pedagogo(a) em Espaços não Escolares
gular; é alta; é baixa etc. Além do conceito e do juízo, o conhecimento também se realiza no 
raciocínio. A partir de ideias e juízos conquistados, avançamos para outros conhecimentos.
De acordo com Vygotsky (1996), o desenvolvimento é promovidopelo ensino, por 
esse motivo, investir e enriquecer irá possibilitar um maior desenvolvimento dos indivíduos. 
Relata ainda, que os conteúdos devem desenvolver os sujeitos, possibilitando que saiam 
do	senso	comum	e	evoluam	para	um	conhecimento	científico.
Saviani (1991) enfatiza que o conhecimento elaborado precisa ser incorporado à 
formação dos sujeitos para que estes sejam emancipados. Portanto os objetos da educação 
são os elementos culturais que precisam ser assimilados pelos indivíduos durante todo o 
processo educativo.
Os conhecimentos que os(as) alunos(as) trazem estão diretamente relacionados 
às suas práticas sociais, as quais norteiam não somente os saberes do dia a dia, como 
também os aprendidos na escola.
A educação não formal tem como objetivo promover diversas formas de aprendiza-
gem, estabelecendo uma relação entre o conhecimento e os meios sociais que a criança 
está	inserida,	tornando	a	aprendizagem	adquirida	totalmente	significativa.	
O processo de ensino deve ir além dos conteúdos, é preciso que deixe marcas 
emocionais e sensoriais na criança, isso nos faz entender que são as situações vividas 
que promovem novos conhecimentos. A educação não formal possibilita essa oportunidade 
de aprendizagem, pois quando interagimos uns com os outros aprendemos com novas 
experiências.
A aproximação do contexto escolar com os espaços educativos não formais come-
çou	na	segunda	metade	do	século	XX	e	de	maneira	mais	significativa	a	partir	da	década	de	
60 do mesmo século (TRILLA, 2008).
Os	espaços	não	formais	surgiram	com	a	finalidade	de	preservar	o	direito	de	educa-
ção	para	todos(as),	porém	tais	atividades	científicas	aconteciam	em	lugares	privilegiados,	
causando, assim, a necessidade de mudanças na interação e comunicação com o público 
escolar	ou	não	escolar,	gerando,	assim,	uma	aprendizagem	significativa	dentro	dos	espa-
ços não escolares.
Com base nas ideias de Pin e Campos (2015), esses espaços mudaram sua ma-
neira de interação e comunicação com o público (escolar ou não), proporcionando uma 
linguagem mais acessível e a socialização do conhecimento para toda a população. 
Para divulgarem essa aprendizagem que acontece dentro dos espaços não 
escolares, esses locais estabelecem uma interação com os visitantes, de tal modo que 
44UNIDADE III Atuação do(a) Pedagogo(a) em Espaços não Escolares
despertam o interesse e aumentam o acesso aos conhecimentos para todos(as) os(as) 
interessados(as).
De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) (BRASIL, 1998), o 
processo de aprendizagem não acontece apenas dentro da escola, é preciso que aconte-
çam atividades extracurriculares, fora do espaço educativo. Passeios, visitas a fábricas, 
cinema ou qualquer outro local que possibilite a ampliação do conhecimento e a realização 
dos trabalhos escolares.
Com possibilidades de uma construção rica do conhecimento, os espaços não es-
colares	atuam	de	forma	dialógica,	interdisciplinar	e	reflexiva	na	aprendizagem	do	indivíduo,	
possibilitando que ele saia do conteúdo livresco e tenha acesso a uma realidade palpável, 
estimulando	assim	uma	aprendizagem	significativa.
Segundo Montevechi (2005), a educação está inserida no dia a dia do sujeito, 
estabelecendo um vínculo entre os valores e as atitudes, possibilitando uma percepção de 
mundo e a construção de um indivíduo participativo no meio social.
Por	fim,	a	educação	não	formal	está	relacionada	às	atividades	realizadas	fora	do	
ambiente escolar, de maneira que complemente o processo de aprendizagem, pois as 
experiências vividas fora do contexto escolar e nos mais variados espaços contribuem não 
só para a aquisição do conhecimento mas com a formação intelectual e humana do sujeito.
45UNIDADE III Atuação do(a) Pedagogo(a) em Espaços não Escolares
2 A INTERAÇÃO, FAMÍLIA, ESTADO E SOCIEDADE NO PROCESSO NÃO FORMAL DE 
EDUCAÇÃO E NA SOCIALIZAÇÃO DO INDIVÍDUO
Sabemos que a família é o meio social mais importante para contribuição do 
desenvolvimento do indivíduo. É nesse agente socializador que a criança cresce, expõe 
seus sentimentos, experiência as primeiras punições e recompensas, sendo dessa maneira 
inserido na sociedade.
Dessen e Polonia (2007) alegam que o primeiro ambiente socializador do indivíduo 
é a família, considerada a primeira instituição social, é nela que ocorrerá a transmissão de 
ideias, valores e crenças serão assegurados. Desta maneira, a família possui um grande 
impacto no comportamento dos sujeitos, principalmente no das crianças, pois elas apren-
dem a ver o mundo, a existir como ser social e a construir seu espaço com base nas 
relações que se dão diariamente com os membros familiares.
O espaço familiar e escolar possui funções relacionadas à educação, às funções 
sociais e políticas do indivíduo em formação, pois são essas duas vertentes responsáveis 
por conduzir os valores e conhecimento. Dessa maneira, contribuem e, em alguns casos, 
influenciam	no	desenvolvimento	do	sujeito.
O	 trabalho	 coletivo	 entre	 escola	 e	 família	 contribui	 e	 influencia	 na	 formação	 do	
sujeito, tornando-o um cidadão participativo e consciente das suas ações. Tais instituições 
possuem a responsabilidade de transmitir o conhecimento e de auxiliar para a construção 
46UNIDADE III Atuação do(a) Pedagogo(a) em Espaços não Escolares
de novas aprendizagens. Possuem o papel fundamental para estimular o conhecimento 
físico, social, intelectual, psicológico e emocional. 
É na família que o desenvolvimento da socialização inicia, pertencendo a ela 
também proteger e assegurar o plano social, afetivo e cognitivo. Já para a escola cabe 
assegurar o processo de aprendizagem, com um ensino de qualidade, cujos conteúdos 
visem a construção do conhecimento (DESSEN; POLONIA, 2007).
Segundo as autoras, é no ambiente familiar que a criança aprende a lidar com os 
mais	variados	conflitos,	achando	maneiras	de	resolvê-las	e	muitas	vezes	lidando	com	as	
frustrações por não conseguir êxito em tal ação, é nesse contexto que elas também podem 
expressar sem medo seus sentimentos, aprender com a ajuda do outro a controlar suas 
emoções, auxiliando assim com sua interação e integração em outros ambientes sociais.
Silva	(2008)	destaca	que	os	pais	possuem	a	capacidade	de	proporcionar	aos	fi-
lhos(as) um ambiente seguro e estimulante, em que o diálogo e as atitudes sejam aliados, 
favorecendo,	assim,	um	ambiente	de	confiança	e	estímulo	entre	os	membros.
Sabemos que na atualidade não há um modelo de família para ser seguido, Daneluz 
(2008) salienta que o fundamental nessa relação é valorizar o espaço familiar com um meio 
de produção, reorganização e interação das identidades sociais. Faz-se necessário deixar 
de lado o antigo modelo familiar, pois hoje lidamos com a diversidade familiar, em que cada 
uma está inserida em seus costumes, sua cultura e sua individualidade.
Com base nas ideias de Filho (2000), a ligação entre família e escola é um dos 
assuntos mais discutidos atualmente. O autor ressalta que a intensidade das relações entre 
escola e família variam consideravelmente, pois a relação da prática pedagógica da escola 
e de seus(as) professores(as) acabam sendo relacionadas a fatores externos exemplo: 
ocupação	dos	pais,	número	de	filhos,	escolarização	da	família,	cultura	entre	outros	fatores.
É	de	responsabilidade	da	família	a	permanência	de	seus	filhos	dentro	da	escola	e	
a estrutura familiar tem forte impacto para evitar a evasão e a repetência escolar, por mais 
que	a	escola	consiga	modificar	esses	pontos,	a	família	precisa	colaborar	com	a	escola	para	
que	a	aprendizagem	do(a)	aluno(a)	aconteça	com	significados	(DESSEN;	POLONIA,	2007).
Porém, para que o processo de desenvolvimento do indivíduo seja entendido, é ne-
cessário compreender o contexto familiar, o contexto escolar e as relações que esses dois 
espaços exercem entre ambas e separadamente na vida do sujeito. Considerados como 
ambientes de aprendizagem, escola e família podem

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