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Região centro-oeste e região norte

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CONHECIMENTOS GERAIS E ATUALIDADES DAS REGIÕES 
CENTRO-OESTE E NORTE DO BRASIL 
Região Centro-Oeste do Brasil 
 
Centro-Oeste é umas das cinco grandes regiões em que é 
dividido o Brasil. É composta pelos estados de Mato Grosso, 
Mato Grosso do Sul, Goiás e pelo Distrito Federal. 
A Região Centro-Oeste é dividida em quatro unidades 
federativas: Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito 
Federal, onde fica Brasília, a capital do país. 
Com uma área de 1.606.445,5 km², a Região Centro-Oeste é um 
grande território, sendo a segunda maior região do Brasil em 
superfície territorial. 
Por outro lado, é a região menos populosa do país e possui 
segunda a menor densidade populacional, perdendo apenas para 
a Região Norte. 
Por abrigar uma quantidade menor de habitantes, apresenta 
algumas concentrações urbanas e grandes vazios populacionais. 
 
História 
 
Os indígenas foram os primeiros habitantes da Região Centro-
Oeste. 
Depois chegaram os bandeirantes. Eles descobriram muitas 
minas de ouro e fundaram as primeiras vilas: 
Vila Real do Bom Jesus de Cuiabá, atual capital do Estado de 
Mato Grosso, 
e Vila Boa, hoje a cidade de Goiás. 
Ao redor das minas de ouro surgiram arraiais que se tornaram 
cidades importantes. 
A descoberta de diamantes deu origem a vilas chamadas 
corrutelas. 
Os fazendeiros de Minas Gerais e de São Paulo, também 
povoaram a região. Eles organizaram grandes fazendas de 
criação de gado. 
Para defender as fronteiras do Brasil com os outros países, foram 
criados fortes militares. 
Entre eles, destaca-se o Forte de Coimbra, hoje a cidade de 
Corumbá. Em volta desses fortes surgiram povoados. 
O povoamento aumentou com a construção de estradas de ferro 
e, mais tarde, com o aparecimento das rodovias e das hidrovias. 
A construção de Brasília como sede do governo brasileiro, 
também contribuiu para o povoamento e o desenvolvimento 
sócio-econômico da Região Centro-Oeste. 
 
Geografia 
 
Relevo 
 
Como em quase todo o território brasileiro, o relevo da região é 
marcado por unidades suaves, raramente ultrapassando 1.000 
metros de altitude. 
O relevo da Região Centro-Oeste é composto por três unidades 
dominantes: 
• Planalto Central 
• Planalto Meridional 
• Planície do Pantanal 
 
Planalto Central 
 
O Planalto Central é um grande bloco rochoso, formado por 
rochas cristalinas, sobre as quais se apóiam camadas de rochas 
sedimentares. 
Existem trechos em que as rochas cristalinas aparecem livres 
dessa cobertura sedimentar, surgindo aí um relevo ondulado. 
Nas áreas em que as rochas cristalinas estão cobertas pelas 
camadas sedimentares, são comuns as chapadas, com topos 
planos e encostas que caem repentinamente e recebem o nome 
de ‘’serras’’. Nestas regiões, as chapadas possuem a 
denominação de chapadões. 
As chapadas estão presentes na maior parte da região, e em 
Mato Grosso podem ser citados a Chapada dos Parecis, a oeste, 
e a Chapada dos Veadeiros, a nordeste; 
ao norte; na divisa com o Nordeste destaca-se o Espigão Mestre, 
que funciona como divisor de águas da bacia do Tocantins e da 
bacia do São Francisco. 
 
Planície do Pantanal 
 
O Pantanal é uma planície inundável de formação recente, cuja 
altitude média é de aproximadamente 110 metros. 
É, portanto, uma depressão relativa situada entre os planaltos 
Central, Meridional e relevo pré-andino. 
Periodicamente, a Planície do Pantanal é inundada pelo rio 
Paraguai e seus afluentes. 
O relevo da planície tem duas feições principais: 
• Cordilheiras: Pequenas elevações que não sofrem 
inundações; 
• Baías ou lagos: Partes mais baixas, de formatos 
circulares, inundadas durante a estação chuvosa, 
formando lagoas. 
 
Planalto Meridional 
 
O Planalto Meridional se estende da Região Sul até os Estados 
de Mato Grosso do Sul e Goiás. 
 Nele são encontrados os solos mais férteis de todo o Centro-
Oeste – a terra roxa que aparece em forma de manchas no sul 
de Goiás e em Mato Grosso do Sul. 
 
Clima 
 
O clima da região Centro-Oeste do Brasil é tropical, quente e 
chuvoso, sempre presente nos Estados de Mato Grosso, Mato 
Grosso do Sul e Goiás. 
A característica mais marcante deste clima quente é a presença 
de um verão chuvoso, entre os meses de outubro e março, e um 
inverno seco, entre os meses de maio e setembro. 
O noroeste da região, ocupado pela Amazônia, é abrangido pelo 
clima equatorial, e o restante pelo clima tropical. 
As temperaturas, são mais altas do que no sul. 
O inverno apresenta temperaturas acima de 18ºC; durante o 
verão, a temperatura pode alcançar temperaturas superiores a 
25ºC. 
Existe declínio sensível de temperatura quando ocorre o 
fenômeno da friagem, que é a chegada de uma massa polar 
atlântica que através do vale do rio Paraguai, atinge todo o oeste 
dos Estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. 
As chuvas, além de concentradas em apenas uma estação do 
ano, se distribuem irregularmente na região, atingindo-se mais de 
2.500 mm a noroeste de Mato Grosso e reduzindo-se a pouco 
mais de 1.200 mm grande parte do território. 
Os meses de verão são úmidos, porque nessa época, a Planície 
do Pantanal é uma das áreas mais quentes da América do Sul, e 
por esse motivo, forma um núcleo de baixa pressão que atrai os 
ventos úmidos conhecidos como alísios de nordeste. A chegada 
desses ventos corresponde às chuvas fortes que caem na região. 
O norte da região, de altas temperaturas e grande quantidade de 
chuvas, engloba características do clima equatorial. 
No restante da região, o efeito da continentalidade faz com que o 
clima tropical apareça mais seco, e por conseqüência, a 
paisagem vegetal revele densidade menor, apresentando sob a 
forma de cerrado. 
 
Hidrografia 
 
A Região Centro-Oeste é drenada por muitos rios, agrupados em 
três grandes bacias hidrográficas: 
• Bacia Amazônica: , em Mato Grosso, para onde se 
deslocam rios colossais, como o Xingu, ou rios que 
formam principais afluentes do rio Amazonas, como o 
Juruena e o Teles Pires que formam o rio Tapajós; 
• Bacia do Tocantins-Araguaia , ocupando o norte e o 
ponto mais a oeste de Goiás e o extremo leste de Mato 
Grosso; 
• Bacia Platina , subdividida em suas bacias 
hidrográficas: a bacia do rio Paraná e a bacia do rio 
Paraguai, no restante da região. 
 
Bacia do rio Paraná 
 
Na divisa com os estados de Minas Gerais, São Paulo e Paraná, 
o Centro-Oeste é banhado pelo rio Paraná e por um de seus 
formadores, o rio Paranaíba, no extremo sul de Goiás. 
A porção sudeste da região é drenada por afluentes menos 
extensos da margem direita do rio Paraná, como os rios Verde, 
Pardo, Ivinhema, Amambaí e Iguatemi. 
Bacia do rio Paraguai 
 
A maior bacia hidrográfica em extensão da região Centro-Oeste é 
a bacia do rio Paraguai, que nasce na Chapada dos Parecis, no 
Estado de Mato Grosso. 
Seus principais afluentes são os rios Cuiabá, Taquari e Miranda. 
A bacia do rio Paraguai ocupa uma imensa baixada que forma a 
Planície Paraguaia, na qual a parte alagada é composta pelo 
Pantanal Mato-grossense. 
Como o clima da região intercala estações secas e estações 
chuvosas, essa planície fica coberta por um lençol de água 
durante aproximadamente seis meses. 
Nos meses secos, as águas represam-se em pequenas lagoas 
semicirculares, chamadas de baías. 
Quando as cheias são mais violentas, as baías ampliam-se e 
ligam-se umas com as outras através de canais chamados de 
corichos. 
O norte de Goiás e o leste do Estado de Mato Grosso, são 
banhados pelas nascentes dos rios que formam a Bacia do 
Tocantins. 
Na divisa da Região Nordeste com o Estado de Goiás, 
estendendo-se até o Estado de Tocantins, na Região Norte, 
destaca-se o Espigão Mestre, que funciona como divisor de 
águas separando a bacia do Tocantins, no oeste, e a bacia do rio 
São Francisco no leste. 
 
Vegetação 
 
No Centro-Oeste existem formações vegetais bastante diferentes 
umas das outras. 
Ao norte e oeste aparece a Floresta Amazônica, praticamente 
impenetrável, composta por uma vegetação densa e exuberante. 
A maiorparte da região, entretanto, é ocupada pelo cerrado, tipo 
de savana com gramíneas altas, árvores e arbustos esparsos, de 
troncos retorcidos, folhas duras e raízes longas, adaptadas à 
procura de água no subsolo. 
O cerrado não é uniforme: onde há mais árvores que arbustos, 
ele é conhecido como cerradão, e no cerrado propriamente dito 
há menos arbustos e árvores, entre os quais se espalha uma 
formação contínua de gramíneas. 
Em Mato Grosso do Sul, existe uma verdadeira "ilha" de campos 
limpos, conhecidos pelo nome de campos de Vacaria, que 
lembram vagamente o pampa gaúcho. 
A região do Pantanal, sempre alagável quando das cheias de 
verão, possui uma vegetação típica e muito variada, denominada 
Complexo do Pantanal. 
Aí aparecem concentradas quase todas as variedades vegetais 
do Brasil: florestas, campos e até mesmo a caatinga. 
Podem ser identificadas ainda as matas galerias em alguns 
trechos do cerrado, que se caracterizam por serem densas 
apenas nas margens dos cursos d'água ao longo dos quais se 
desenvolvem e cuja umidade as mantém. 
A floresta tropical que existia na região está praticamente extinta. 
Demografia 
 
Com 13.020.760 habitantes, conforme dados recentemente 
coletados pelo IBGE em 2005, a Região Centro-Oeste é pouco 
povoada. 
Sua população total é menor que a de estados como Rio de 
Janeiro, Minas Gerais ou Bahia, cujas superfícies são bem 
menores que a do Centro-Oeste. 
Com 8,10 hab./km², reúne 8 em cada 100 brasileiros. 
 Goiás é o estado mais populoso, enquanto Mato Grosso e Mato 
Grosso do Sul, os maiores estados da região em superfície, têm 
população parecida com a do Distrito Federal, onde se localiza 
Brasília. 
 
Povoamento 
 
As primeiras estradas e vilas criadas na região foram obras dos 
bandeirantes que, durante os séculos XVII e o XVIII, 
desbravaram territórios à procura de minérios ou para capturar 
indígenas. 
Mas o efetivo povoamento regional somente começou quando o 
desenvolvimento do Sudeste fez surgir um forte mercado 
consumidor para a pecuária e a agricultura na parte sul da região. 
Em 1933, Goiânia foi construída para ser a nova capital de Goiás, 
o que se tornou um atrativo ao povoamento da área. 
Outras cidades foram crescendo em importância, como Anápolis, 
por exemplo, ligada a Minas Gerais através de várias rodovias e 
ferrovias. 
A construção da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, concluída 
em 1950, que liga Bauru, em São Paulo, a Corumbá, em Mato 
Grosso do Sul, facilitou o escoamento dos produtos e consolidou 
o desenvolvimento de todo o extremo sul de Goiás e de Mato 
Grosso. 
A parte norte, até o início da década de 1960, permanecia 
praticamente selvagem e mal conhecida pelo homem, até que a 
construção de Brasília, inaugurada em 21 de abril de 1960 e a 
abertura de estradas — como a Rodovia Belém-Brasília, por 
exemplo — acabaram atraindo contingentes de migrantes de 
todo o Brasil para o Planalto Central. 
A migração, porém, ultrapassou os limites esperados e teve 
como conseqüência o surgimento de bairros de trabalhadores ao 
lado da nova capital, esses bairros que se transformaram nas 
atuais cidades-satélites, como Gama, Taguatinga, Brazlândia, 
Sobradinho, Planaltina, Paranoá e Jardim. 
 
Cidades Mais Populosas 
 
Distrito Federal 
• Brasília-2.420.350 
 
Goiás 
• Goiânia-1.220.412 
• Aparecida de Goiânia-453.104 
• Anápolis-318.808 
• Luziânia-187.202 
• Águas Lindas de Goiás-168.919 
• Rio Verde-136.229 
• Valparaíso de Goiás-123.921 
• Trindade-102.430 
 
Mato Grosso 
• Cuiabá-542.861 
• Várzea Grande-254.736 
• Rondonópolis-169.814 
• Sinop-103.868 
 
Mato Grosso do Sul 
• Campo Grande-765.247 
• Dourados-186.357 
• Corumbá-101.089 
 
De acordo com as estatísticas do IBGE em julho de 2006 
Etnias 
Entre os tipos humanos característicos do Centro-Oeste estão: o 
vaqueiro do Pantanal, o boiadeiro de Goiás, os peões das 
fazendas de gado, os garimpeiros, os índios com as suas 
múltiplas formas de cultura, os sulistas, os nordestinos e políticos 
de Brasília que são de outros estados da federação, etc. 
 
Migrações internas 
 
Um importante grupo importante do Centro-Oeste é o grupo dos 
sulistas (gaúchos, catarinenses, paranaenses) que se instalaram 
sobretudo no norte de Mato Grosso. 
Na região, foram os responsáveis pela organização da 
agricultura, abriram rodovias, montaram serrarias, fundaram vilas 
e cidades, avançando sempre mais sobre a Floresta Amazônica. 
Desde que Brasília foi concluída, a população do Centro-Oeste 
vem acusando expressivos índices de crescimento. Essa 
tendência deve-se especialmente às freqüentes migrações de 
habitantes de outras regiões. 
Terras a preços mais acessíveis, a expansão agrícola, boas 
estradas e oportunidades de progresso relativamente rápido são 
fatores responsáveis por essa atração. 
O Centro-Oeste formou sua população com migrantes vindos de 
todas as demais regiões do país, caracterizando-se assim pela 
heterogeneidade humana. 
Entretanto, há equilibrio entre a porcentagem de brancos 
(50,1%), concentrados sobretudo no sul, e a de mestiços 
(46,3%), principalmente mamelucos, encontrados nas partes 
norte e central. As outras etnias compõem os restantes 3,6% da 
população. 
 
Grupos indígenas 
 
A presença indígena é muito intensa no Centro-Oeste. 
Habitam numerosas em algumas reservas e parques indígenas 
que podem ser citados: o Parque Indígena do Xingu, que reúne 
cerca de 20 tribos diferentes, o Parque Indígena do Araguaia, na 
ilha do Bananal, a Reserva Indígena Xavante e a Reserva 
Indígena Parecis. 
Os índios se dedicam, em geral, a agricultura, pecuária, 
artesanato, garimpagem, caça e pesca. 
Mas sofrem com as freqüentes invasões de seus territórios. 
 
Distribuição populacional 
 
Brasília sozinha possui mais habitantes que o estado de Mato 
Grosso do Sul. 
Além disso, há uma diferença notável entre a parte norte da 
região, praticamente vazia, e a parte sul, onde se localizam as 
maiores cidades e também as áreas mais expressivas 
demograficamente. 
As densidades demográficas do Centro-Oeste são 
aproximadamente as seguintes: 
• Mato Grosso : 2,6 hab./km²; 
• Mato Grosso do Sul : 6,34 hab./km²; 
• Goiás : 16,52 hab./km²; 
• Distrito Federal : 353,53 hab./km². 
 
Economia 
 
A Região Centro-Oeste apresenta população urbana 
relativamente numerosa. No meio rural, entretanto, predominam 
densidades demográficas muito baixas, o que indica que a 
pecuária extensiva é a atividade mais importante. 
A agricultura comercial, por sua vez, vem ganhando grande 
destaque nos últimos anos e já supera o extrativismo mineral e 
vegetal. 
As atividades industriais, entretanto são ainda pouco expressivas. 
 
Extrativismo 
 
As riquezas minerais do Centro-Oeste são ainda mal conhecidas, 
mas mesmo assim a região se projeta como possuidora de 
excelentes reservas de ferro, manganês, níquel, cristal de rocha, 
ouro e diamante. 
O ferro e o manganês são encontrados em um grande bloco de 
rochas cristalinas, o Maciço de Urucum, que aflora em plena 
horizontalidade da Planície do Pantanal, em Mato Grosso do Sul. 
Embora abundantes, essas reservas são de baixa qualidade. 
Destinam-se ao abastecimento da usina siderúrgica Sobrás, em 
Corumbá, e o excedente é exportado para os Estados Unidos, 
Argentina e Uruguai. 
O cristal de rocha aparece em Goiás e também é destinado à 
Sobrás e à exportação, principalmente para o Japão. 
Em Goiás é encontrado ainda o níquel, enquanto o ouro e o 
diamante são extraídos, através do garimpo, principalmente em 
Mato Grosso. 
 
Agricultura 
 
A agricultura de subsistência, com o cultivo de milho, mandioca, 
abóbora, feijão e arroz, através de técnicas primtivas, sempre se 
constituiu em atividade complementar à pecuária e ao 
extrativismo. 
O crescimento populacional que vem caracterizando a região, a 
melhoria das vias de comunicação e o mercado consumidor 
sempre expressivo do Sudeste têm aumentado muito o 
desenvolvimento da agricultura comercial. 
As áreas agrícolas de maior expressãono Centro-Oeste são: 
• O "Mato Grosso de Goiás", área de solos férteis 
localizada no sudeste de Goiás, que é destacado centro 
produtor de arroz, algodão, café, milho e soja; 
• O Vale do Paranaíba, no extremo sul de Goiás, onde 
solos de solos vermelhos favorecem o desenvolvimento 
agrícola de municípios como Itumbiara e Goiatuba, com 
o cultivo de algodão, amendoim e principalmente arroz; 
• A Região de Campo Grande e Dourados (MS), 
destacam-se as produções de soja, minho, amendoim e 
trigo; 
• Área do cerrado, abrange terras nas quais se pratica, 
em grandes propriedades, a pecuária extensiva de 
bovinos, com destaque para os estados de Goiás e 
Mato Grosso, que juntos abrigam 15% do rebanho 
nacional. Também se criam eqüinos, porém em menor 
proporção; 
• Pantanal (MS), tradicional área pecuarista, onde se 
pratica uma pecuária ultra-extensiva de baixa qualidade, 
com numerosos rebanhos de bovinos e bufalinos. 
Cultura 
• Roupa velha 
• Carne de charque ou sobras de carne assada frita com 
farinha de mandioca. 
Algumas receitas típicas da região: 
• Arroz com suã: O suã é a parte inferior da espinha do 
porco com toda a carne adjacente. Corta-se o suã e 
refoga-se o arroz junto com algumas batatas. 
• Capivara de Caçarola 
• Curau 
• Empadão Goiano 
• Folhado de Pintado 
• Galinha com Quiabo e Angu 
• Macarrão com Linguiça 
• Peixe na Telha 
• Piracanjuba (Peixe de Água Doce) Recheado 
• Pudim de Banana da Terra 
• Quentão 
• Sopa de Entulhos 
• Tatu - Galinha Assada 
 
DADOS GERAIS DA REGIÃO CENTRO OESTE 
 
Área total: 1.612.077,2 km² 
População (2000): 11.616.742 habitantes 
Densidade demográfica (2000): 7,20 hab/km² 
Maiores cidades (Habitantes/2000): Brasília (2.043.169); 
Goiânia (1.090.737); Campo Grande (662.534); Cuiabá 
(483.044); Aparecida de Goiânia-GO (335.849); Anápolis-GO 
(287.666). 
 
Relevo: 
 
• A região Centro-Oeste engloba os estados de Goiás, 
Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal. 
• O relevo da região, localizada no planalto central, 
caracteriza-se por terrenos antigos e aplainados pela 
erosão, que originaram chapadões. 
• A oeste do estado de Mato Grosso do Sul e a sudoeste 
de Mato Grosso, encontra-se a depressão do Pantanal 
Mato-Grossense, cortada pelo Rio Paraguai e sujeita a 
cheias durante parte do ano. 
 
Clima, vegetação e recursos minerais: 
 
• O clima da região é tropical semi-umido, com frequentes 
chuvas de verão. 
• A vegetação, de cerrado nos planaltos, é variada no 
Pantanal. 
• No sudoeste de Goiás e no oeste de Mato Grosso do 
Sul, o solo é fértil, em contraste com a aridez do 
nordeste goiano. 
• Os recursos minerais mais importantes são calcário (em 
Goiás e Mato Grosso), água mineral, cobre, amianto (no 
norte goiano), níquel e ferro-nióbio (em Goiás). 
• O Brasil é o maior produtor mundial de nióbio, muito 
utilizado na indústria automobilística. 
• Em Mato Grosso, aumenta a exploração da madeira, 
cuja retirada predatória cria um dos mais graves 
problemas ambientais do estado. 
 
Meio ambiente: 
 
• No início da década de 90, restavam apenas 20% (vinte 
por cento) da vegetação original dos cerrados. 
• Em Goiás, as práticas ambientais agressivas adotadas 
pela agropecuária, esgotam os mananciais e destroem o 
solo. 
• No nordeste de Goiás e Mato Grosso, há constante 
desertificação, ocasionada pelo desmatamento sem 
controle. 
• Entre 1998 e 2000 (três anos), quase 900 mil hectares 
de floresta são derrubados. 
 
Turismo: 
 
• O turismo vem se desenvolvendo rapidamente no 
Centro-Oeste, atraindo visitantes de várias partes do 
mundo. 
• A região mais conhecida é o Pantanal Mato-Grossense. 
Trata-se da maior bacia inundável do mundo, com 
vegetação variada e fauna muito rica. 
• Outros pontos de interesse são as chapadas, como a 
dos Guimarães, em Mato Grosso, e a dos Veadeiros, 
em Goiás. 
• No sudeste goiano, a atração é o Parque Nacional das 
Emas. 
• Há ainda Brasília, fundada em 1960 e caracterizada pela 
moderna arquitetura e que hoje é uma das maiores 
cidades brasileiras - "Patrôminio da Humanidade". 
• As cidades históricas goianas de Pirenópolis e Goiás 
(ex-capital do estado de Goiás), preservam casários e 
igrejas do período colonial, com mais de 200 anos, 
possuindo boa rede hoteleira. 
 
Economia: 
 
• E economia da região, baseou-se inicialmente, da 
exploração de garimpos de ouro e diamantes, sendo 
posteriormente substituídas pela pecuária. 
• A transferência da capital federal do Rio de Janeiro para 
Brasília e a construção de novas vias de acesso, 
aceleraram o povoamento, contribuindo para o seu 
desenvolvimento. 
• A economia do Centro-Oeste, cresce em um ritmo 
semelhante ao do país. 
• Isso faz com que a região tenha, desde 1991, uma 
participação de 7,2% no PIB brasileiro, segundo o IPEA 
(acima de US$ 40 bilhões em 1999). 
• A agroindústria é o setor mais importante da economia 
da região. 
• Ela é a maior produtora de soja, sorgo, algodão em 
pluma e girassol. 
• Responde pela segunda maior produção de arroz e pela 
terceira maior produção de milho do país. 
• O Centro-Oeste possui também o maior rebanho bovino 
do país, com cerca de 56 milhões de cabeças, 
principalmente em Mato Grosso do Sul. 
• As indústrias são principalmente do setor de alimentos e 
de produtos como adubos, fertilizantes e rações, além 
de frigoríficos e abatedouros. 
• As maiores reservas de manganês do país estão 
localizadas no maciço do Urucum, no Pantanal. Devido 
ao difícil acesso ao local, tais reservas ainda são pouco 
exploradas. 
Urbanização: 
 
• A região Centro-Oeste vive intenso processo de 
urbanização. 
• Na década de 70, a população rural representava cerca 
de 60% do total de habitantes. 
• Em apenas dez anos, o percentual caiu para 32%, até 
atingir 15,6% em 1996 (cerca de 84,4% de população 
urbana). 
• Essa progressão se dá não só pelo êxodo rural, mas 
pelo aumento do fluxo migratório de outros estados 
brasileiros para os centros urbanos do Centro-Oeste. 
• Consequência direta dos programas de mecanização da 
agricultura, a migração do campo, modifica a 
distribuição demográfica da região. 
• A nova configuração exige dos estados, investimentos 
em infra-estrutura urbana e serviços. 
• A mobilização, contudo é insuficiente. 
• Atualmente a região registra indicadores sociais e de 
qualidade de vida abaixo da média brasileira. 
• Uma exceção é o Distrito Federal, detentor das 
melhores taxas de escolaridade e da mais elevada 
renda per capita, da quantidade de veículos e telefones 
por habitante, de todo o país. 
 
População e transportes: 
 
• Os principais centros urbanos da região são Brasília, 
Goiânia, Campo Grande, Cuiabá, Dourados e Anápolis. 
• O aeroporto internacional de Brasília, possui tráfego 
intenso e fica apenas atrás dos de São Paulo e Rio de 
Janeiro. 
• O Aeroporto de Santa Genoveva (Goiânia) e os de 
Campo Grande e Cuiabá possui razoável infra-estrutura 
e movimento pequeno. 
Existe um razoável movimento de cargas fluviais nos estados de 
Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. 
 
Região Norte do Brasil 
 
A Região Norte é uma das cinco regiões brasileiras. É formada 
por sete estados: Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, 
Roraima e Tocantins. 
Está localizada na região geoeconômica da Amazônia entre o 
Maciço das Guianas (ao norte), o Planalto Central (ao sul), a 
Cordilheira dos Andes (a oeste) e o Oceano Atlântico (a 
noroeste). 
Na região predomina o clima equatorial com exceção do norte do 
Pará, do sul do Amazonas e de Rondônia onde o clima é tropical. 
As principais cidades da Região Norte são: Manaus, Belém, 
Porto Velho, Macapá, Rio Branco, Santarém, Ananindeua, Boa 
Vista, Palmas, Marabá, Parintins, Tabatinga, Vilhena, Altamira, 
Coari, Santana e Cruzeiro do Sul. 
Na região predominam os seguintes aspectos naturais: floresta 
densa e heterogênea, clima quente e úmido, rios extensose 
caudalosos drenando terras de altitude geralmente pouco 
elevada. 
História 
Os primeiros habitantes da Região Norte, como no resto do 
Brasil, foram os indígenas, que compartilhavam uma diversificada 
quantidade de tribos e aldeias, do período pré-colombiano até a 
chegada dos europeus. 
Os espanhóis, entre eles, Francisco de Orellana, organizaram 
expedições exploradoras pelo rio Amazonas para conhecer a 
região. 
Após longas viagens ao lado de Francisco Orellana, Gonzalo 
Hernández de Oviedo y Valdés, escreveu em Veneza, uma carta 
ao cardeal Pedro Bembo, exaltando a fauna e a flora existentes 
na região até certa época. 
Em 1616 chegaram os portugueses. 
Eles construíram fortes militares para defender a região contra a 
invasão de outros povos. Os portugueses também se 
interessaram pelas riquezas da Floresta Amazônica. 
A Região também foi parte de caminhos do Movimento das 
Bandeiras. 
Os missionários vieram para a região à procura de índios para 
catequizar. 
Eles reuniam os índios em aldeias chamadas missões. 
As missões deram origem a várias cidades. 
Os brasileiros de outros estados, principalmente nordestinos, 
vieram para a Região Norte a fim de trabalhar na extração da 
borracha. 
Muitas famílias japonesas vieram trabalhar nas colônias 
agrícolas. Os japoneses iniciaram a plantação da pimenta-do-
reino e da juta. 
Durante as décadas de 60, 70 e 80, os governos militares 
implantaram um grande plano de integração dessa região com as 
demais regiões do Brasil, incluindo a construção de várias 
rodovias (como a rodovia Transamazônica), instalação de 
indústrias e a criação da zona franca de Manaus. 
 
Geografia 
 
Possui uma área de 3.659.637,9 km², que corresponde a 42,27% 
do território brasileiro, sendo a maior região brasileira em 
superfície. 
Nesta região estão localizados o maior e o segundo maior 
estados do Brasil, respectivamente Amazonas e Pará, e também 
o maior município do mundo em área territorial, Altamira, no 
Pará, com 161.445,9km², maior que as áreas de 100 países do 
planeta terra, um a um, e maior que os Estados de Alagoas, 
Sergipe, Rio de Janeiro e Espírito Santo juntos. 
Limita-se ao sul com os estados de Mato Grosso e Goiás, além 
da Bolívia, a leste com o Maranhão, Piauí e a Bahia, a oeste com 
o Peru e com a Colômbia e a norte com Venezuela, Suriname, 
Guiana e Guiana Francesa. 
 
Relevo 
 
O relevo da Região Norte é constituído por três grandes 
unidades: 
• Planícies e Terras Baixas Amazônicas; 
• Planalto das Guianas; 
• Planalto Central. 
ou 
• Igapós 
• Várzeas 
• Baixos Platôs 
 
Planícies e Terras Baixas Amazônicas 
 
São genericamente conhecidas como Planície Amazônica, 
embora a verdadeira planície apareça apenas margeando o rio 
Amazonas ou em pequenos trechos, em meio a áreas mais altas. 
Esse compartimento do relevo divide-se em: várzeas, tesos ou 
terraços fluviais e terra firme. 
• Várzeas: Correspondem às áreas mais baixas, 
constantemente inundadas pelas cheias do rio 
Amazonas. 
• Tesos ou terraços fluviais: Suas altitudes são sempre 
inferiores a 30 metros, sendo inundados pelas cheias 
mais fortes. 
• Terra firme: Atinge altitudes de até 350 metros, estando 
livre das inundações. Ao contrário das várzeas e dos 
terraços fluviais, formados predominantemente pelos 
sedimentos que os rios depositam, a terra firme é 
constituída basicamente por arenitos. 
 
Planalto das Guianas 
 
O Planalto das Guianas localiza-se ao norte da Planície 
Amazônica, sendo constituído por terrenos cristalinos. 
Prolonga-se até a Venezuela e as Guianas, e na área de fronteira 
entre esses países e o Brasil aparece a Região Serrana, 
constituída — de oeste para leste — pelas serras do Imeri ou 
Tapirapecó, Parima, Pacaraíma, Acaraí e Tumucumaque. 
É na Região Serrana que se encontram os pontos mais altos do 
país, como o pico da Neblina e o pico 31 de Março, na Serra do 
Imeri, estado do Amazonas, com 2.094 e 2.092 metros de 
altitude, respectivamente. 
 
Planalto Central 
 
O Planalto Central localiza-se ao sul da região abrangendo o sul 
do Amazonas e do Pará e a maior parte dos estados de 
Rondônia e Tocantins. 
É constituído por terrenos cristalinos e sedimentares antigos, 
sendo mais elevado ao sul e em Tocantins. 
 
Clima 
 
Terras pouco elevadas e baixas latitudes podem criar uma região 
com climas quentes. 
A existência de calor e da enorme massa líqüida favorecem a 
evaporação e fazem da Região Norte uma área bastante úmida. 
Dominada assim por um clima do tipo equatorial, a região 
apresenta temperaturas elevadas o ano todo (médias de 24°C a 
26°C), uma baixa amplitude térmica , com exceção de algumas 
áreas de Rondônia e do Acre, onde ocorre o fenômeno da 
friagem,em virtude da atuação do El Niño, permitindo que 
massas de ar frio vindas do oceano Atlântico sul penetrem nos 
estados da Região Sul, entrem por Mato Grosso e atinjam os 
estados amazônicos, diminuindo a temperatura. 
Isto ocorre porque o calor da Amazônia propicia uma área de 
baixa latitude que atrai massas de ar polar. 
Ocorrendo no inverno, o efeito da friagem dura uma semana ou 
pouco mais, quando a temperatura chega a descer a 12°C em 
Manaus e a 6°C em Rio Branco . 
O regime de chuvas na região é bem marcado, havendo um 
período seco, de junho à novembro, e outro com grande volume 
de precipitação, Dezembro à Maio. 
As chuvas provocam mais de 2.000 mm de precipitação anuais, 
havendo trechos com mais de 3.000 mm, como o litoral do 
Amapá, a foz do rio Amazonas e porções da Amazônia Ocidental. 
A Região Norte apresenta o clima mais úmido do Brasil, sendo 
comum a ocorrência de fortes chuvas. 
São características da região as chuvas de convecção ou de 
"hora certa", que em geral ocorrem no final da tarde e se formam 
da seguinte maneira: com o nascer do Sol, a temperatura 
começa a subir, ou seja, aumentar em toda a região, 
aquecimento que provoca a evaporação; o vapor de água no ar 
se eleva, formando grandes nuvens; com a diminuição da 
temperatura, causada pelo passar das horas do dia, esse vapor 
de água se precipita, caracterizando as chuvas de "hora certa". 
 
Vegetação 
Floresta Amazônica. 
Na Região Norte está localizado um importante ecossistema para 
o planeta: a Amazônia. 
Além da Amazônia, a região apresenta uma pequena faixa de 
mangue (no litoral) e alguns pontos de cerrado, e também alguns 
pontos de matas galerias. 
Aprender as características físicas de uma região depende, em 
grande parte, da capacidade de dedução e observação: na 
Região Norte, a latitude e o relevo explicam a temperatura; 
a temperatura e os ventos explicam a umidade e o volume dos 
rios; 
e o clima e a umidade, somados, são responsáveis pela 
existência da mais extensa, variada e densa floresta do planeta, 
ou seja, a Floresta Amazônica ou Hiléia. 
Equivalendo a mais de um terço das reservas florestais do 
mundo, é uma formação tipicamente higrófila, com o predomínio 
de árvores grandes e largas (espécies latifoliadas), muito 
próximas umas das outras e entrelaçadas por grande variedade 
de lianas (cipós lenhosos) e epífitas (vegetais que se apóiam em 
outros). 
O clima da região, quente e chuvoso, permite o crescimento das 
espécies vegetais e a reprodução das espécies animais durante 
o ano todo. 
Isso faz com que a Amazônia tenha a flora mais variada do 
planeta, além de uma fauna muito rica em pássaros, peixes e 
insetos. 
A Floresta Amazônica apresenta algumas variações de aspecto, 
conforme o local, junto aos rios, nas áreas permanentemente 
alagadas, surge a mata de igapó, com árvores mais baixas. 
Mais para o interior surgem associações de árvores mais altas, 
conhecidas como mata de várzea, inundadas apenas durante as 
cheias. As áreas mais distantes do leito dos rios, inundadas 
somente por ocasião das grandes enchentes, são chamadas de 
mata de terra firme ou caaetê, que significa mata (caa) de 
proporções grandiosas. 
Se não considerarmos a devastação, mais de 90% da área da 
Região Norte é ocupada pela Floresta Amazônica ou equatorial, 
emboraela não seja a única formação vegetal da Amazônia. 
Surgem ainda: Campos da Hiléia, em manchas esparsas pela 
região, como na ilha de Marajó e no vale do rio Amazonas; o 
cerrado, que grande extensão do estado de Tocantins e vastos 
trechos de Rondônia e Roraima, além da vegetação litorânea. 
 
Hidrografia 
 
A região apresenta a maior bacia hidrográfica do mundo, a bacia 
amazônica, formada pelo rio Amazonas e seus milhares de 
afluentes (alguns inclusive não catalogados). 
Em um de seus afluentes (rio Uamutã) está instalada a Usina 
Hidrelétrica de Balbina e em outro de seu afluente (rio Jamari) 
está localizada a usina Hidrelétrica de Samuel, construída na 
cachoeira de Samuel. 
Devido ao tamanho do rio amazonas, foram construídos três 
portos durante o curso do rio. Um deles fica no Brasil, 
localizando-se na cidade de Manaus. 
A foz do rio Amazonas apresenta um dos fenômenos naturais 
mais impressionantes que existe, a pororoca, uma perigosa onda 
contínua com até 5m de altura, formada na subida da maré e que 
costumeiramente é explorada por surfistas. 
Na foz do rio encontra-se a ilha de Marajó, a maior ilha de água 
doce do mundo, com aproximadamente 50.000km², que também 
abriga o maior rebanho de búfalos do país. Está no guiness 
book/2005. 
Além da presença da bacia amazônica, na região está localizada 
boa parte da bacia do Tocantins. Num de seus rios integrantes 
(rio Tocantins), está instalada a Tucuruí, uma das maiores usinas 
hidroelétricas do mundo. 
Um fato interessante a respeito dessa bacia é a presença da ilha 
do Bananal, a maior ilha fluvial do mundo, localizada no estado 
de Tocantins. A ilha é forma pelo rio Araguaia e por um de seus 
afluentes, o rio Javaés. 
 
Demografia 
 
Apesar de ser a maior região em termos superficiais, é a segunda 
menos povoada do Brasil, com 15 milhões de habitantes, a frente 
apenas da região Centro-Oeste. 
Isso faz com que sua densidade demográfica, 4,77 hab./km², seja 
a menor entre as regiões do país. 
Essa pequena densidade populacional na região e no Centro-
Oeste faz com que elas sejam consideradas "vazios 
demográficos". Uma das principais razões para o "vazio" na 
Região Norte é a extensa área coberta pela Amazônia, que por 
ser um ecossistema de floresta densa, dificulta a ocupação 
humana. 
A população da região está concentrada, sobretudo, nas capitais 
dos estados. As cidades mais populosas são Manaus, com 1,7 
milhão de habitantes e Belém, com 1,5. 
 
Grupos étnicos 
 
A população do Norte brasileiro é largamente formada por 
mestiços, descendentes de indígenas e portugueses. 
O Norte do Brasil recebeu e continua recebendo grande migração 
de pessoas vindas da Região Sul e Sudeste do país, sendo que 
esses migrantes já somam 47,4% da população do Norte. 
No século XX, o Norte também recebeu grande migração dos 
nordestinos, que foram trabalhar nos seringais do Amazonas e do 
Acre. 
 
Regiões Metropolitanas 
 
O Norte possui duas Regiões Metropolitanas: A Região 
Metropolitana de Belém, com seus 2,1 milhões de pessoas e 
abrangendo 4 municípios próximos à capital paraense e a Região 
Metropolitana de Macapá, com seus 500 mil habitantes e 
abrangendo o município de Santana. 
Porém, Manaus, Rio Branco e Porto Velho estão em rumo de 
conurbação de Região Metropolitana. 
 
Economia 
 
A economia da região baseia-se nas atividades industriais, de 
extrativismo vegetal e mineral, inclusive de petróleo e gás natural, 
e a agricultura, além das atividades turísticas. 
 
Extrativismo 
 
Extrativismo vegetal 
 
Essa atividade, que já foi a mais expressiva da Região Norte, 
perdeu importância econômica nos últimos anos. 
Atualmente a madeira é o principal produto extrativo da região, a 
produção se concentra nos estados do Pará, Amazonas e 
Rondônia. 
A borracha já não representa a base econômica da região, como 
foi no século XX, apesar de ainda estar sendo produzida no 
estados: Amazonas, Acre e Rondônia. 
Como consequência do avanço das áreas destinadas a 
agropecuária, tem ocorrido uma grande redução das áreas dos 
seringais. 
 
Extrativismo animal 
 
O extrativismo animal, representado pela caça e pesca, também 
é praticado na região. 
Possuindo uma fauna extremamente rica, a Amazônia oferece 
grande variedade de peixes — destacando-se o tucunaré, o 
tambaqui e o pirarucu —, bem como tartarugas e um sem-
número de outras espécies. O produto dessa atividade, 
geralmente, vem completar a alimentação do habitante do Norte, 
juntando-se em sua mesa ao arroz, à abóbora, ao feijão, ao 
milho, à banana etc. 
 
Extrativismo mineral 
 
O extrativismo mineral baseia-se na prospecção e extração de 
minerais metálicos, como ouro, na serra pelada, diamantes, 
alumínio, estanho, ferro em grande escala na serra dos Carajás, 
estado do Pará e manganês e níquel na Serra do Navio, estado 
do Amapá; 
e extração de minerais fósseis, como o petróleo e o gás natural 
do campo de Urucu, no Estado do Amazonas, no município de 
Coari, o que o tornam o terceiro maior produtor de petróleo do 
Brasil. 
Agricultura 
Em relação à agricultura, têm crescido muito as plantações de 
soja. 
Além da soja, outras culturas muito comuns na região são o 
arroz, o guaraná, a mandioca, cacau, cupuaçu, coco e o 
maracujá. 
Especiaria apreciada desde tempos remotos, a pimenta-do-reino 
foi introduzida com sucesso pelos imigrantes japoneses na 
Região Norte. 
A agricultura comercial concentra-se nos seguintes pólos: 
• a área de várzeas no médio e baixo Amazonas, onde o 
cultivo da juta possui grande destaque; 
• a Região Bragantina, próxima a Belém, onde se pratica 
a policultura, que abastece a grande capital nortista, e a 
fruticultura. 
• A pimenta-do-reino, cujo cultivo se iniciou com a 
chegada dos imigrantes japoneses, é outro importante 
produto da região. 
• Uma das características dessa área são os solos 
lateríticos, presentes nas zonas intertropicais em geral, 
onde a intensa umidade provoca a concentração de 
minério de ferro na superfície. 
• O resultado é uma camada de coloração avermelhada, 
endurecida e ácida, imprópria para a agricultura. 
• Por esse motivo, os imigrantes japoneses implantaram 
um sistema de cultivo, denominado cultura de vaso, que 
consiste em abrir covas, de onde retiram o solo 
laterítico, substituindo-o por solos de melhor qualidade, 
aplicando-lhes corretivos agrícolas até obterem o 
aproveitamento desejado; 
• Rondônia, que a partir da década de 1970 atraiu 
agricultores do sul do país. 
• É um pólo marcado por conflitos fundiários e por 
contrastes. Enquanto 17% de sua área é constituída por 
solos férteis, que propiciam importantes culturas 
comerciais de cacau e café, os 83% restantes são 
cobertos por terras de má qualidade, que não garantem 
o sustento dos agricultores que nelas se estabelecem. 
• Resta a esses indivíduos procurar outras áreas ou 
atividades, como o garimpo do ouro; 
• Cerrado, em Tocantins, onde a correção do solo ácido 
com calcário e fertilizantes garante uma expressiva 
monocultura de soja. 
Acredita-se que o estado do Acre, onde há vastas áreas de solos 
férteis, se torne a próxima fronteira agrícola da região. Cientistas 
e ecologistas temem que tal fato se concentrize, pois a 
devastação da floresta, como já ocorreu em Rondônia, seria 
inevitável. 
Uma medida apontada como eficaz para acabar com a imigração 
de agricultores na Região Norte seria melhorar as condições de 
vida dos bóias-frias no sul do país, pois eles constituem a maioria 
dos migrantes para essas áreas. 
 
Pecuária 
O rebanho bubalino tem grande importância para a produção de 
carne na ilha de Marajó. 
A paisagem predominante na Região Norte — a grande Floresta 
Amazônica — não é propícia à criação de gado. 
Apesar disso, a implantação de projetos agropecuários vem 
estimulando essa atividade ao longo das rodovias Belém-Brasília 
e Brasília-Acre, principalmente devido à facilidade de contato 
com os mercados do Sudeste e Centro-Oeste. 
A pecuária praticada é do tipo extensivo e voltada quase que 
exlusivamentepara a criação de bovinos. 
Grandes transnacionais aplicam vultuosos capitais em imensas 
propriedades ocupadas por essa atividade. 
Há um dado negativo, entretanto, pois, de todas as atividades 
econômicas, a mais prejudicial à floresta é a pecuária, porque 
requer a devastação de grandes trechos da mata. 
A substituição da floresta por pastagens aumenta a temperatura 
local e diminui a pluviosidade, levando, em última instância, à 
desertificação das áreas de criação. 
Além disso, o gado introduzido — da raça nelore — apresenta 
baixa produção de carne, fator que torna uma criação onerosa. 
Assim, a pecuária é desenvolvida com sucesso apenas nos 
Campos da Hiléia, principalmente em Roraima e na ilha de 
Marajó, onde se encontra o maior rebanho de búfalos do país. 
 
Indústria 
 
Sua indústria se concentra principalmente na cidade de Manaus, 
que detém o 4º maior PIB entre os municípios brasileiros, em 
conseqüência, principalmente, do crescimento do Pólo Industrial 
de Manaus e da movimentação de gás natural e petróleo. 
O faturamento anual dessa indústria é de 18,9 bilhões de dólares, 
com exportações superiores a 2,2 bilhões de dólares. 
São mais de 450 fábricas de grande, médio e pequeno porte, que 
fazem a maior quantidade da produção brasileira de televisores e 
monitores para PC, inclusive de LCD e plasma, cinescópios, 
telefones celulares, aparelhos de som, DVD players, relógios de 
pulso, aparelhos de ar condicionado, bicicletas e motocicletas, 
oferecendo mais de 100 mil empregos diretos somente em 
Manaus. Ao todo são aproximadamente 500 mil empregos diretos 
e indiretos. (fonte: SUFRAMA). 
 
Zona Franca de Manaus 
 
Quando a Zona Franca foi criada, em 1967, por um decreto do 
então presidente Castelo Branco, o objetivo era atrair para a 
Amazônia indústrias que baixassem o custo de vida e 
trouxessem o progresso para a região. 
Pensava-se em implantar uma espécie de "porto livre", em que as 
importações fossem permitidas. 
Nas vitrinas da Zona Franca de Manaus, os numerosos turistas 
do sul do país encontravam o que havia de mais moderno nas 
nações industrializadas em matéria de televisores, aparelhos de 
som, óculos, calculadoras, filmadoras, enfim, todos os objetos de 
consumo ambicionados pela classe média. 
Manaus parecia ter encontrado um substituto para a borracha 
que, no século XIX, a tornara uma das cinco cidades mais ricas 
do mundo. 
Entretanto, durante a década de 1980, a livre importação foi 
restringida pelo governo, mais interessado em proteger a 
indústria nacional. 
Assim, grande parte dos atrativos da Zona Franca 
desapareceram, fato que se somava à grande distância de 
Manaus dos grandes centros consumidores do centro-sul do 
país. 
Porém o saldo é positivo. Se, por um lado, houve um decréscimo 
na atividade comercial e a infra-estrutura turística montada na 
época da opulência (hotéis e transportes) teve que procurar 
alternativas de utilização, por outro, a Zona Franca cumpriu o seu 
papel — existe hoje o Pólo Industrial de Manaus (PIM) e um Pólo 
Agropecuário que se revelam promissores para a economia local. 
 
Energia 
 
A maior parte dos rios da Região Norte são de planície, embora 
haja muitos outros que oferecem grande possibilidade de 
aproveitamento hidrelétrico. 
Atualmente, além da gigantesca Tucuruí, das usinas do rio 
Araguari (Amapá), de Santarém (Pará) e de Balbina, construída 
para suprir Manaus, o Norte conta com hidrelétricas em operação 
nos rios Xingu (São Félix), Curuá-Una e Araguari (Coaracy 
Nunes), existindo ainda várias usinas hidrelétricas e térmicas em 
projeto e construção. 
Contudo, a construção dessas usinas é alvo de severas críticas 
por parte de ecologistas do mundo inteiro. 
Sua implantação requer a devastação de enorme quantidade de 
árvores, provocando a extinção de grande variedade de 
mamíferos, aves, peixes e insetos, muitos dos quais 
desconhecidos pelos cientistas, além de interferir na vida de 
grupos indígenas, com a usina de Kararaó, por exemplo. 
A Usina Hidrelétrica de Balbina, no Amazonas, em particular, 
recebeu muitas críticas. 
Apesar de haver inundado uma área enorme para 
funcionamento, produz pouca energia, pois os rios que formam o 
seu lago têm fraca vazão e correm em terreno de pequena 
declividade. 
Além disso, a produção de gás natural de Urucu (Município de 
Coari) poderia substituir Balbina no suprimento de energia para a 
região de Manaus , após a conclusão do gasoduto que será 
construído até aí. 
De qualquer modo, a energia abundante constitui o primeiro 
passo para a industrialização e oferece boas perspectivas à 
região. 
 
Transportes 
 
A malha rodoviária na região não é muito extensa. 
Boa parte das rodovias existentes na região foram construídas 
nos anos 60 e 70, com o intuito de integrar essa região às outras 
regiões do país. 
Como exemplo, tem-se a rodovia transamazônica e a rodovia 
Belém-Brasília. 
Em relação à malha ferroviária, duas ferrovias possuem 
destaque: A estrada de ferro Carajás, que vai de Marabá, estado 
do Pará, a São Luís, capital do estado do Maranhão (região 
Nordeste), que escoa os minerais extraídos na serra dos Carajás 
até os portos de Itaqui e Ponta da Madeira; 
e a Estrada de Ferro do Amapá, que transporta o manganês e o 
níquel, extraídos na serra do Navio até o porto de Santana, em 
Macapá, capital do estado do Amapá. 
Uma outra estrada de ferro importante para a região foi a ferrovia 
madeira-Mamoré, localizada no estado de Rondônia e que foi 
construída no início do século XX, com o intuito de escoar a 
borracha produzida nessa região e na Bolívia para o oceano 
Atlântico, através dos rios Madeira e Amazonas, até os portos de 
Manaus e Belém. 
Atualmente essa rodovia encontra-se desativada. 
Na Amazônia Central os meios de transporte mais utilizados são 
barcos e aviões, e existem aeroportos em quase todos os 
municípios da região. 
O transporte por estradas só existe de verdade no sul e leste do 
Pará, no sul do Amazonas, entre os municípios mais próximos de 
Manaus e nos estados do Acre e Rondônia. 
Manaus é um dos maiores centros de movimentação de cargas 
no país e é servida pelo transporte rodoviário interestadual com 
carretas embarcadas em balsas e transportadas até os portos de 
Belém/PA e Porto Velho/RO. 
Existe uma estrada federal que liga Manaus a Boa Vista/RR e a 
partir daí liga a região ao Caribe, através da Venezuela. 
O Rio Amazonas permite a navegação de navios de grande 
porte, de qualquer calado, e Manaus também é servida por esse 
modal. 
 
Turismo 
 
Por ser uma região pouco habitada e de ocupação mais tardia, o 
ecossistema regional encontra-se preservado, o que propicia as 
atividades de ecoturismo. 
As cidades que recebem o maior número de turistas são: 
Manaus, Belém, Parintins, Macapá, Coari, Porto Velho, 
Santarém, Maués, Presidente Figueiredo 
 
Produto Interno Bruto 
 
Em 2003, o Produto Interno Bruto (PIB) da Região Norte 
representava 5,29% do nacional. A participação percentual de 
cada estado no PIB regional e nacional está apresentada na 
tabela a seguir: 
 
 
 
 
Participação dos estados no PIB regional e nacional 
(IBGE/2003) 
Estados PIB (em R$ 1 000) 
% do 
PIB 
regiona
l 
% do 
PIB 
naciona
l 
PIB per 
capita 
% do 
PIB per 
capita 
regiona
l 
Amazona
s 
35.899.00
0 38,42% 2,03% 
11.434,0
0 26,43% 
Pará 34.196.000 36,6% 1,94% 4.992,00 11,54% 
Rondônia 9.744.000 10,43% 0,55% 6.238,00 14,42% 
Tocantins 4.768.000 5,1% 0,27% 3.776,00 8,73% 
Amapá 3.720.000 3,98% 0,21% 6.796,00 15,71% 
Acre 3.242.000 3,47% 0,18% 5.143,00 11,89% 
Roraima 1.864.000 2% 0,11% 4.881,00 11,28% 
 
Cultura 
Com folclore próprio, as grandes atrações são o Festival 
Folclórico do Boi-Bumbá de Parintins/AM, o Círio de Nazaré, em 
Belém/PA, o Çairé (com Ç mesmo), em Santarém/PA e as 
danças típicas, Marujada, Carimbó e Cirandas. 
Na região, também estão localizados dois dos principais teatros 
do Brasil, o Teatro Amazonas, em Manaus e o Teatro da Paz, em 
Belém. 
 
Amapá 
 
História 
 
O nome de capitania da Costado Cabo Norte, a região sofreu 
invasões de ingleses e holandeses, expulsos pelos portugueses. 
No século XVIII a França reivindicou a posse da área. 
O Tratado de Utrecht, de 1713, estabeleceu os limites entre o 
Brasil e a Guiana Francesa, que não foram respeitados pelos 
franceses. 
A descoberta do ouro e a valorização da borracha no mercado 
internacional, durante o século XIX, promoveram o povoamento 
do AMAPÁ e acirraram as disputas territoriais, mas, em 1 de 
dezembro de 1900, a Comissão de Arbitragem de Genebra 
concedeu a posse do território ao Brasil, incorporado ao Pará 
com o nome de Araguari. 
Em 1943 tornou-se território federal batizado como Amapá. 
A descoberta de ricas jazidas de manganês na Serra do Navio, 
em 1945, revolucionou a economia local. 
Em 5 de Outubro de 1988, com a promulgação da Constituição, 
foi elevado à categoria de Estado. 
 
Economia 
 
A economia se baseia na extração da castanha-do-pará, da 
madeira e na mineração de manganês. 
A economia do AMAPÁ é considerada incipiente, com pouca 
participação no PIB nacional. 
O estado é um dos maiores compradores dos produtos do Pará, 
estado ao qual é muito ligado. 
Macapá e o AMAPÁ consomem produtos alimentícios e de 
outros gêneros principalmente da região do Marajó (Pará). 
 
Amazonas 
 
O Amazonas é uma das 27 unidades federativas do Brasil, 
sendo a mais extensa delas, ocupando uma área de 1.570.745 
km2, pouco maior que a Mongólia. 
 
Está situado na região Norte do país e tem como limites a 
Venezuela e Roraima a norte, o Pará a leste, o Mato Grosso a 
sudeste, Rondônia a sul, o Acre a sudoeste), o Peru a oeste e a 
Colômbia a nordeste. 
 
Sua capital é a cidade de Manaus e outras localidades 
importantes são Cidade Nova, Coari, Manacapuru, Tefé, 
Parintins, Itacoatiara, Tabatinga. 
Em 2004 foi colocado como a 11ª unidade da federação mais rica 
do Brasil, superada por São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, 
Rio Grande do Sul, Paraná, Bahia, Santa Catarina, Pernambuco, 
Distrito Federal e Goiás. 
Sua população constitui cerca de 2,5% do número de habitantes 
do país e a região detém as maiores taxas de crescimento do 
Brasil nos últimos anos. 
O Amazonas é um dos poucos estados brasileiros que não 
possui litoral, mas possui a maior bacia hidrográfica e o maior rio 
do mundo, a Bacia Amazônica e o rio Amazonas. 
A área média dos 62 municípios do estado do Amazonas é de 
22.400km², pouco superior área do estado de Sergipe. 
O maior deles é Barcelos, com 122.476km² e o menor é 
Iranduba, com 2.204 km² e não estão às margens de rios como 
alguns afirmam, mas, isto sim, são cortados por grandes rios 
amazônicos, em cujas margens estão as localidades, as 
propriedades rurais e as habitações dos ribeirinhos. 
No Estado os rios são as estradas e as enormes distâncias são 
medidas em horas ou em dias de viagem de barco, mas todos os 
municípios possuem pistas para operações de aeronaves, a 
maioria é servida por aeroportos e Manaus e Tabatinga possuem 
aeroportos de nível internacional. 
Características 
Tem ao mesmo tempo as terras mais altas (pico da Neblina, com 
3.014m e o pico 31 de Março, com 2.992m de altitude) e a maior 
extensão de terras baixas (menos de 100 metros) do Brasil. 
Juruá, Purus, Madeira, Negro, Amazonas, Içá, Solimões, Uaupés 
e Japurá são os rios principais. 
O Amazonas tem 77% da sua área florestal intacta, pois sua 
vocação econômica foi desviada para outras atividades a partir 
da criação da Zona Franca de Manaus em 1967. 
Os governos têm procurado incentivar o chamado 
desenvolvimento sustentável, voltando-se para a preservação do 
legado ecológico. 
Existe um esforço para manter os projetos agropecuários dentro 
dos limites da preservação ambiental, enquanto que a 
valorização do manejo da floresta como fonte de renda contribuiu 
para que o Amazonas enfrentasse o desafio de reduzir o 
desmatamento em 21% em 2003, segundo o Instituto Nacional 
de Pesquisas Espaciais – INPE. 
Aqui encontram-se os dois maiores arquipélagos fluviais do 
mundo, Mariuá, com 700 ilhas, e Anavilhanas, com quatrocentas 
ilhas, situados no Rio Negro e a maior Reserva Biológica 
inundada do planeta, a Reserva de Desenvolvimento Sustentável 
de Mamirauá. 
A vasta fauna possui felinos, como as onças, grandes roedores, 
como as capivaras, aves, quelônios, répteis e primatas. 
O maior desses animais é a anta e todos constituem fonte de 
alimento para as populações rurais. 
Alguns encontram-se ameaçados de extinção e são protegidos 
por órgãos especiais dos governos. 
Das milhares de espécies de peixes da Amazônia, com algumas 
ainda desconhecidas ou sob estudo, as mais exploradas são: 
tambaqui, jaraqui, curimatã, pacu, tucunaré, pescada, dourado, 
surubim, sardinha e pirarucu (bacalhau da Amazônia). 
De um modo geral, os solos amazonenses são relativamente 
pobres. Os solos mais propícios à utilização agrícola encontram-
se em Humaitá, Apuí, Lábrea e em outros municípios do Sul do 
Estado. 
 
Economia 
 
A economia baseia-se na indústria, no extrativismo, inclusive de 
petróleo e gás natural, mineração e pesca. 
Com relação ao extrativismo, grande impulso na vida econômica 
e na colonização da região amazônica foi dado com a exploração 
do látex, durante o ciclo da borracha. 
Na atualidade, através do calendário de feiras nacionais e 
internacionais da Amazônia, sob a sigla - FIAM - na Suframa, 
atrai diferentes investidores, brasileiros e de outras 
nacionalidades, a investir nos diferentes pólos tecnológicos, 
existentes na região e, principalmente, no Pólo Industrial de 
Manaus (PIM), em franco desenvolvimento, e os estrangeiros 
podem conhecer grandes oportunidades de negócios que o 
potencial econômico da Amazônia proporciona e é capaz de 
oferecer, como sua infra-estrutura, mão-de-obra qualificada e 
várias outras vantagens competitivas. 
As feiras promovem o potencial econômico da região, inclusive 
produtos industrializados de ponta e regionais, feitos com base 
em matérias-primas locais, assim como atrativos turísticos, 
visando o desenvolvimento sustentável, estimulando o 
intercâmbio comercial, cultural, científico e tecnológico. 
Na programação da FIAM na Suframa no Pólo Industrial de 
Manaus, com diferentes pólos industriais do estado do 
Amazonas, o maior estado em extensão territorial da Federação, 
onde estão a exposição de produtos regionais e industriais, 
projetos institucionais, seminários e palestras sobre diversos 
temas, especialmente os relacionados a inovação tecnológica, 
biodiversidade, turismo, formação de capital intelectual e outros, 
principalmente ligados ao desenvolvimento sustentável da região. 
 
PIB 
 
Em 2004 o Amazonas possuia o oitavo maior PIB do Brasil, com 
35,7 bilhões de reais, representando 3,0% do PIB. 
Portanto o crescimento do PIB do Amazonas vem apresentando 
sinais de crescimento nos últimos dois anos. 
 
Clima 
 
No Brasil, país caracteristicamente tropical, o Amazonas é 
dominado pelo clima equatorial, predominante na Amazônia. 
As chuvas, em quase toda a região, distribuem-se com relativa 
regularidade pelo ano inteiro mas podem-se encontrar também 
características de tropicalidade no Sul do estado. 
Os ventos também afetam as temperaturas. 
 
Encontro das águas 
Diferentes densidades e temperaturas criam uma "fronteira" por 
quilômetros rio Amazonas abaixo. 
A confluência entre o rio Negro, de água preta, e o rio Solimões, 
de água barrenta, resultam em um fenômeno popularmente 
conhecido como Encontro das Águas, que é uma das principais 
atrações turísticas da cidade de Manaus. 
Há dezenas de agências de turismo que oferecem passeios 
regionais, em roteiros que costumam incluir uma volta pelos 
igarapés da região. 
Se o passeio for feito em um barco pequeno, o visitante pode pôr 
a mão na água, durante as travessias, e sentir que, além de 
cores, os rios têm temperaturas diferentes. 
Em Manaus, em frente ao Encontro das Águas, está em 
construção uma estrutura turística projetada por Oscar Niemeyer, 
que contém mirantes destinadosà contemplação desse 
magnífico fenômeno natural. 
 
Vegetação 
 
Sobressaem matas de terra firme, várzea e igapós. 
Toda essa vegetação faz parte da extensa e maior floresta 
tropical úmida do mundo: A Hiléia Amazônica. 
Os solos são de terra firme – do tipo lateríticos: solos vermelhos 
das zonas úmidas e quentes, cujos elementos químicos 
principais são hidróxido de alumínio e ferro, propícios à formação 
de bauxita e, portanto, pobres para agricultura. 
Solos de várzea – são os mais férteis da região. São solos 
jovens, que periodicamente são enriquecidos de material 
orgânico e inorgânico, depositados durante a cheia dos rios. 
A flora do Estado apresenta uma grande variedade de vegetais 
medicinais, dos quais destacam-se andiroba, copaíba e aroeira. 
São inúmeras as frutas regionais e entre as mais consumidas e 
comercializadas estão: guaraná, açaí, cupuaçu, castanha-do-
pará, camu-camu, pupunha, tucumã, buriti e taperebá. 
 
 
Demografia 
 
Com mais de 3.332.330 habitantes, de acordo com projeções 
para 2006, o Amazonas é o segundo estado mais populoso da 
região Norte do Brasil, porém, sua capital, Manaus, é a quarta 
cidade com maior PIB do Brasil, porém cresce 
desordenadamente e sem infra-estrutura, com muitas áreas 
ocupadas de forma errada, as chamadas invasões, é a maior 
cidade da Região Norte com cerca de 1,7 milhões de habitantes, 
seguida por Belém com 1,4 milhões de habitantes, e uma das 
que mais recebe migrantes do Brasil, possuindo um Aeroporto 
antigo, nos moldes da década de 80, e não muito movimentado, 
mas segundo em movimentação de carga do Brasil, atrás de 
Campinas, o Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, pelo fato 
de possuir o Polo Industrial de Manaus. 
 
Colonizadores 
 
Com o objetivo de catequizar os indígenas, vários leigos e 
religiosos jesuítas espanhóis fundaram várias missões no 
território amazonense. 
Essas missões, cuja economia tinha como atividade a 
dependência do extrativismo e da silvicultura, foram os locais de 
origem dos primeiros mestiços da região. 
Sofreram posteriormente seguidas invasões de outros indígenas 
inconformados com a invasão ao seu território e de 
conquistadores brancos. 
Brancos, acompanhados por nativos, aprisionavam índios rivais 
para vendê-los como escravos. 
A destruição das missões espalhou pelo território a desmatação. 
A partir do século XVIII, o Amazonas passou a ser disputado por 
portugueses e espanhóis que habitavam a bacia do rio 
Amazonas. 
Essa luta desencadeou a disputa pela posse da terra, o que 
motivou a formação de grandes latifúndios. 
A partir do século XIX, o território começou a receber migrantes 
nordestinos que buscavam melhores condições de vida na maior 
província brasileira. 
Atraídos pelo ciclo da borracha, os nordestinos se instalaram em 
importantes cidades amazonenses, como Manaus, Tabatinga, 
Parintins, Itacoatiara e Barcelos, a primeira capital do Amazonas. 
 
Imigrantes 
 
Portugueses 
Os portugueses e seus descendentes, formam os principais 
colonizadores do Amazonas, por serem o único que não sofre 
restrições numéricas de entrada no Brasil. 
Aos portugueses, devemos a nossa língua, a religião, a base de 
nossa organização política, a cultura e a base de nossas 
instituições jurídicas. Estão presentes em todo o Amazonas. 
Espanhóis 
No estado do Amazonas, além de se concentrarem na região de 
Manaus e de Presidente Figueiredo, descendentes de espanhóis 
são encontrados na fronteira com a Colômbia e a Venezuela, 
principalmente na região de Tabatinga. 
Árabes e judeus 
Um dos maiores grupos de brancos asiáticos encontrados no 
Brasil pertence aos povos semitas da Ásia Menor. 
São os judeus, os árabes, os sírios e os libaneses que, 
espalhados pelas grandes cidades, dedicam-se tradicionalmente 
ao comércio. 
Cerca de 280 mil pessoas possuem origens árabes ou judaicas 
no Estado. 
Lembrando que a população com ascendência de judeus em sua 
grande maioria não professa a religião judaica e provém de 
países como Espanha, Portugal, Marrocos, Argélia e França, 
principalmente. 
A grande maioria dos povos árabes no Amazonas são 
descendentes de marroquinos, libaneses, sírios e jordanianos. 
Japoneses 
Os japoneses começaram a se instalar no Brasil a partir de 1908, 
acentuando o fluxo a partir de 1920 e depois da Segunda Guerra 
Mundial. 
A maioria dos imigrantes japoneses vivem em São Paulo e 
Paraná, mas uma significativa comunidade vive no Amazonas e 
no Pará. 
No Amazonas compõem grupos de cerca de 160 mil pessoas, 
incluindo mestiços de japoneses com outras etnias. 
Chineses 
Os chineses, em menor número, concentraram-se mais nas 
cidades e têm vindo principalmente de Taiwan. 
Atualmente é difícil encontrar chineses "puros" no Amazonas. 
A maioria deles já miscigenou-se com brancos, negros e 
indígenas e tornaram-se mestiços brasileiros. 
Indígenas 
Segundo dados apresentados pela Funai o Amazonas possui 
cerca de 83.066 indígenas, divididos em 65 etnias, que 
correspondem a apenas 1,6% da população total do estado. 
O município amazonense que possui o maior número de 
indígenas é São Gabriel da Cachoeira, onde existem 23 mil 
índios, e é onde encontramos o segundo idioma mais falado no 
Brasil, o idioma dos Tucanos. 
Africanos 
O único grupo negro existente no Amazonas é o Orgulho Negro. 
Mestiços e caboclos 
No estado do Amazonas, os mestiços são numerosos, sendo que 
61% da população é constituída por eles. 
O mais característico é o caboclo. 
Inicialmente nascido da mestiçagem entre indígenas e europeus, 
a partir do séc. XIX, também miscigenou-se com nordestinos. 
Os imigrantes sulistas, predominantemente brancos, que 
chegaram ao estado no final do século XX, têm sido também 
mestiçados com a população cabocla. 
O Dia do Mestiço é data oficial do estado. 
Migrantes nordestinos 
Os nordestinos têm sido desde o século XIX o mais numeroso 
grupo de imigrantes nacionais para o Amazonas. 
Foram decisivos na economia (borracha, juta, comércio) e na 
constituição da identidade amazonense, mestiçando-se com a 
população local, além de fundamentais na participação do 
Amazonas na conquista do Acre. 
O boi bumbá e o Teatro Amazonas (mandado construir pelo 
governador Eduardo Ribeiro, cafuzo natural do Maranhão) são 
apenas duas marcas da atuação nordestina no estado. 
Aculturando-se com o modo de vida caboclo, o imigrante 
nordestino preservou a floresta e deu origem ao "caboclo do 
centrão", população cabocla distinta espacialmente dos caboclos 
ribeirinhos, mas igualmente cabocla. 
Migrantes do Sul do Brasil 
Os sulistas estabeleceram-se principalmente em Manaus e na 
região Sul do estado. 
Os gaúchos no Amazonas correspondem a 9,4% da população, a 
maioria deles vive no Sul do Amazonas e na capital, onde 
começaram a criação de gado, e até fundaram uma cidade 
chamada Apuí, onde 94% da população da cidade é composta de 
gaúchos e paranaenses. 
A ocupação do Amazonas por sulistas foi tão grande, que hoje 
existem vilas, distritos e cidades espalhadas pelo estado com 
grande número de sulistas. 
Devemos ver que a ocupação sulista foi tão importante no 
Amazonas , Mato Grosso e Rondônia, que poderá ser criado o 
"Dia do Sulista no Amazonas", em homenagem aos grandes 
migrantes vindos do Sul que em menos de um século já 
representam cerca de 29% da população do Amazonas. 
 
Rondônia 
 
Rondônia é uma das 27 unidades federativas do Brasil. 
Está localizado na região Norte e tem como limites o Amazonas 
(N), Mato Grosso (L), Bolívia (S e O), e Acre (O). 
Ocupa uma área de 238 512,8 km², praticamente igual à da 
Romênia. Sua capital é cidade de Porto Velho. 
Suas cidades mais populosas são Porto Velho, Ji-Paraná, 
Ariquemes, Cacoal e Vilhena. 
Seu relevo é suavemente ondulado; 94% do território encontra-se 
entre as altitudes de 100 e 600 metros. 
Madeira, Ji-Paraná, Guaporé e Mamoré são os rios principais. 
O clima é equatorial e a economia se baseia na agricultura (café, 
cacau, arroz, mandioca, milho) e no extrativismo da madeira, de 
minériose da borracha, esta última responsável por trazer grande 
riqueza e pujança durante o chamado ciclo da borracha. 
 
História 
 
Somente algumas missões religiosas se haviam aventurado pela 
região até o século XVII. 
Com a descoberta do ouro no vale do rio Cuiabá, no século XVIII, 
os bandeirantes começaram a explorar o vale do rio Guaporé. 
Um fator importante para a colonização foi o auge do ciclo da 
borracha, no final do século XIX, quando muitos nordestinos 
migraram para a área. 
O início da construção da Ferrovia Madeira-Mamoré, em 1907, 
constituiu outro impulso para o povoamento. 
Em 1943, foi criado o Território Federal de Guaporé, em terras 
desmembradas do Amazonas e de Mato Grosso. O território 
recebeu o nome de Rondônia em 1956, em homenagem a 
Cândido Rondon, o desbravador da região. 
A descoberta de cassiterita estimulou a economia local e, em 
1981, RONDÔNIA tornou-se Estado. 
Já naquela época, milhares de famílias que viviam na região 
aguardavam a distribuição de terras pelo Incra, situação que 
ainda não encontrou uma solução definitiva. 
 
MAIS DETALHES SOBRE OS ESTADOS DAS REGIÕES 
CENTRO-OESTE E NORTE 
 
Acre 
 
A região do Acre foi durante muito tempo disputada pelo Brasil, 
Bolívia e Peru, 
até 1903. Mas nessa mesma data o Brasil comprou a região do 
Acre dos bolivianos por 2 milhões de libras esterlinas, acabando 
assim com a disputa. 
O Acre só passou a ser considerado um estado brasileiro em 
1962, quando atingiu o desenvolvimento necessário. 
A economia do Acre é baseada a muitos séculos no extrativismo 
(coletas feitas do que a natureza oferece, sem a preocupação de 
cultivar tais recursos. 
No século XX, o acre atraiu pessoas de várias regiões do Brasil. 
O Estado tem grandes preocupações com a exploração da 
Amazônia, 
em 2002 tais preocupações foram reconhecidas, o Acre recebeu 
a certificação florestal mais importante do mundo o “selo verde”, 
por fazer retiradas de madeira causando o mínimo de agressões 
possíveis à natureza, na região do Xapiru. 
È o maior produtor brasileiro de borracha, e sua atividade 
econômica principal é o setor de serviços. O principal meio de 
circulação (transporte) é pelos rios. 
- 
 Os rios mais importantes: 
 
* Taraucá 
* Muru 
* Embira 
* Xapuri 
- 
Sua localização: é na região norte 
 Capital: é Rio Branco 
- Tem 22 municípios 
- Clima: é equatorial 
- Expectativa de vida: 70,5 anos / 2003 
- IDH: 0,697 PNUD / 2000 
-Gentílico: acriano ou acreano 
 
Características 
 
Um planalto com altitude média de 200 metros domina grande 
parte do Acre 
A maior parte do Estado ainda é formada por mata intocável, 
protegida principalmente pelo estabelecimento de florestas de 
proteção integral, reservas indígenas e reservas extrativistas. 
 O modelo de desenvolvimento econômico baseia-se, 
primordialmente, no extrativismo, com destaque para extração de 
madeira por meio de manejo florestal, o que, teoricamente, 
garante o uso econômico sustentável da floresta. 
 
Rodovias 
 
BR-364 - Juntamente com a BR-317 é a principal rodovia do 
Acre. 
BR-317 - Tem extensão de 330 Km, liga a capital ao sul do 
estado, passando pelos municípios de Senador Guiomard, 
Capixaba, Brasiléia na fronteira com a República da Bolívia, a 
partir de Brasiléia a estrada continua por mais 110km até chegar 
na cidade de Assis Brasil, já na fronteira com o Peru. A rodovia 
se tornará um importante eixo de exportação do Brasil, pois 
quando a estrada no lado peruano estiver concluída 
(aproximadamente três anos), o Brasil estará totalmente ligado a 
Cuzco e aos dois principais portos do país vizinho. 
AC-040 - Possui extensão de 100 Km, liga Rio Branco até a 
cidade de Plácido de Castro também fazendo fronteira com a 
Bolívia. 
AC-401 - Também chamada de estrada do agricultor, com 
extensão de 50 Km, liga a cidade de Plácido de Castro à cidade 
de Acrelândia, já próxima da BR-364. 
AC-010 - Tem extensão de 55 Km, Ligando Rio Branco até a 
cidade história de Porto Acre, já na divisa com o Amazonas. 
 
Economia 
 
A economia do estado se baseia na extração da borracha e da 
castanha, na pecuária e na agricultura 
Com relação ao extrativismo, grande impulso na vida econômica 
e na colonização deste estado foi dado com a exploração do 
látex, através do ciclo da borracha. 
 
Histórico 
 
Até o início do século XX o ACRE pertencia à Bolívia. Porém, 
desde o princípio do século XIX, grande parte de sua população 
era de brasileiros que exploravam seringais e que, na prática, 
acabaram criando um território independente. 
Em 1899, os bolivianos tentaram assegurar o controle da área, 
mas os brasileiros se revoltaram e houve confrontos fronteiriços, 
gerando o episódio que ficou conhecido como a Questão do 
Acre. 
Em 17 de novembro de 1903, com a assinatura do Tratado de 
Petrópolis, o Brasil recebeu a posse definitiva da região. O ACRE 
foi então integrado ao Brasil como território, dividido em três 
departamentos. 
O território passou para o domínio brasileiro em troca do 
pagamento de dois milhões de libras esterlinas, de terras de Mato 
Grosso e do acordo de construção da estrada de ferro Madeira-
Mamoré. 
Em 1920 foi unificado e, em 15 de junho de 1962, elevado à 
categoria de estado, sendo o primeiro a ser governado por uma 
brasileira, a professora Iolanda Fleming. 
Durante a segunda guerra mundial, os seringais da Indochina 
foram tomados pelos japoneses, e o ACRE dessa forma 
representou um grande marco na história Ocidental e Mundial, 
mudando o curso da guerra a favor dos Aliados e graças aos 
soldados da borracha oriundos principalmente do sertão do 
Ceará. 
E foi sem dúvida graças ao ACRE e vossa contribuição decisiva 
na vitória dos Aliados, que o Brasil conseguiu recursos 
estadunidensses para construir a Companhia Siderúrgica 
Nacional, e assim alavancar a industrialização até então 
estagnada do Centro-sul, que não possuia ainda indústrias 
pesadas de base. 
 
Chico Mendes 
 
Chico Mendes , nome completo Francisco Alves Mendes Filho 
(Xapuri, Acre, 15 de dezembro de 1944 — Xapuri, Acre, 22 de 
dezembro de 1988) foi um seringueiro, sindicalista e ativista 
ambiental brasileiro. Ele lutou contra a extração madeireira e a 
expansão dos pastos na Amazônia e acabou sendo assassinado 
por isso. 
Biografia 
Fundou um sindicato de seringueiros numa tentativa de preservar 
suas profissões e a floresta amazônica e teve um papel 
importante na fundação do Conselho Nacional dos Seringueiros e 
na formulação da proposta das Reservas Extrativistas para os 
seringueiros. 
Ele organizava muitos dos acima descritos embates e conseguiu 
apoio internacional para a luta dos seringueiros. Em 1987 CHICO 
MENDES foi premiado pela Organização das Nações Unidas 
(ONU) com o prêmio "Global 500" e neste mesmo ano ganhou a 
"Medalha do meio ambiente" da organização "Better World 
Society". 
Após o assassinato de Chico Mendes, juntaram-se mais de trinta 
entidades sindicais, religiosas, políticas, de direitos humanos e 
ambientalistas para formar o "Comitê Chico Mendes". Para 
pressionar os órgãos oficiais, eles exigiram providências através 
de articulação nacional e internacional, para que o crime fosse 
apurado e seus culpados punidos. 
Em 1990 os fazendeiros Darly e Darcy Alves da Silva foram 
considerados culpados do assassinato e condenados a 19 anos 
de reclusão. Em 1993 eles escaparam da prisão e foram 
novamente capturados em 1996. O caso CHICO MENDES 
despertou pela primeira vez a atenção internacional para os 
problemas dos seringueiros. 
 
AMAZONAS 
 
È o maior estado brasileiro, possui 1,5 milhão de quilômetros 
quadrados. 
Um quarto do total de índios do Brasil vive no Amazonas, e sua 
cultura tem fortes influencias indígenas e nordestinas. 
O principal setor da economia é a indústria, e é o único 
dentre todos os estados brasileiros a ter a indústr ia como o 
foco da economia. 
Para estimular o desenvolvimento da indústria por meio de 
incentivos fiscais, foi criada em 1967 a Zona Franca Manaus. 
Com isso entre os anos de 1965 e 1975, arenda anual do estado 
cresceu 147%. 
A maior parte do transporte de pessoas e cargas é feita pelos rios 
Madeira, Negro e Amazonas. 
Com o Plano de Integração Nacional, no inicio da década de 70, 
começaram a ser construídas estradas e vidas para ocupar a 
região, tão desejada por outros países. 
Mas alguns projetos fracassaram, como a Transamazônica (BR-
230), planejada para cruzar o estado de leste a oeste. 
 
Amapá 
 
Até 1988, o Amapá era território federal, beneficiado com a 
Constituição federal, no mesmo ano tornou-se estado. 
Tal estado se encontra na região Norte do Brasil, ocupando uma 
área de 143.453,7 km, tendo como capital Macapá. 
 
É o mais bem preservado estado brasileiro e mantém intacta 
quase a totalidade da floresta Amazônica, que cobre 90% de seu 
território. 
O estado possui uma população urbana de 89%, ficando atrás 
apenas de São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal. 
 
O Amapá apresenta sérios problemas de infra-estrutura nas 
áreas de energia, comunicação e transportes. 
Não existe ligação rodoviária com o restante do país, tal 
isolamento aproximou o estado de parceiros comerciais no 
exterior, como a Guiana Francesa, e por decorrência a França. 
 
Distrito Federal 
 
É onde se encontra a capital do Brasil, o Distrito Federal é uma 
unidade administrativa. 
Sua população é estimada em cerca de 2.333.108 habitantes 
(IBGE-2005), a área territorial total é de 5.822,1 Km², o que 
representa em termos de densidade populacional mais de 353,53 
hab/Km². 
O Distrito Federal subdivide-se em 29 Regiões Administrativas 
(RAs). Exemplo; Brasília, Gama, Lago Sul e etc. 
É o menor território autônomo do Brasil, por limitação 
constitucional, não pode ser dividido em municípios. 
Não tem capital, mas a Capital Federal da Republica Federativa 
do Brasil (Brasília), está localizada em seu território e é a sede do 
Governo do Distrito federal e a sede Região Administrativa de 
Brasília. 
 
Pará 
 
O estado do Pará é situado no centro da região Norte. 
É o segundo maior estado do Brasil, ficando atrás apenas do 
Amazonas. 
A maioria da população mora nas cidades, sua economia é 
baseada na mineração e na agroindústria, tendo como principais 
produtos de exportação o alumínio e no minério de ferro. 
O estado também lidera a extração de madeira e palmito no país. 
Em 1616, o Pará começou a ser colonizado pelos portugueses. 
Do Forte do Presépio, na baía de Guajará, em frente à ilha de 
Marajó, nasce a cidade de Belém, atual capital do Estado. 
A Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) 
levou incentivos para que grandes empresas investissem em 
agropecuária, extração de minerais e madeira, durante os anos 
de 1960 e 1970. 
O Pará enfrenta graves problemas sociais, sobre tudo a disputa 
da terra e questões ambientais geradas pela devastação florestal. 
 
Roraima 
 
É um estado brasileiro situado na região Norte, ocupação uma 
área de 224.298.98/0 km², com 15 municípios e uma população 
de 391.317 hab (IBGE-2005). 
O estado é o menos populoso dentre os estados brasileiros, sua 
capital é Boa Vista. 
A economia do estado se baseia na agricultura, na pecuária e no 
extrativismo. 
Entre 1991 e 2000, teve o maior crescimento de todo o país. 
O estado enfrenta graves problemas ambientais, decorrentes da 
devastação florestal provocada pela expansão das pastagens, e 
graves problemas sociais, sobre tudo em relação ao tratamento 
das populações indígenas que habitam seu território. 
 
Mato Grosso 
 
É o terceiro maior estado do país em área, é situado no Centro-
oeste. 
A maior parte de seu território é ocupado pela Amazônia Legal. 
Mato Grosso ocupa uma área de 906.806 km² dentro do Brasil. 
Tem um fuso horário de -4 horas em relação da hora mundial 
GMT, o clima predominante no estado é o tropical superúmido de 
monção. 
Tem uma população de cerca de 2.803.274 hab. (IBGE), Mato 
Grosso é o décimo - nono estado mais populoso do Brasil. 
 
O estado possui 141 municípios, tendo Cuiabá como capital. 
Sua economia se baseia na indústria extrativista, na agricultura, 
na pecuária e criações; na mineração e na indústria. 
O PIB do estado é de R$ 22.615.132 mil (IBGE-2005). 
 
Tocantins 
 
O estado é localizado na região Norte, apresenta características 
climáticas e físicas tanto da zona central do Brasil quanto da 
Amazônia. 
Ocupa uma área de 278.420,7 km², com 139 municípios e a 
capital é Palmas. 
Para protestar contra o abandono da região por parte das 
autoridades do Império, parte da elite goiana, com interesse um 
governo independente na região do atual estado de Tocantins. 
Em 1970 e 1980, o movimento pela independência norte goiano 
começou a ganhar força no Congresso Nacional. 
No ano 1988, pela nova Constituição federal, foi criado o estado 
de Tocantins, com o desmembramento do norte de Goiás. Sua 
economia é baseada no comércio, na agricultura, na pecuária e 
em criações. 
O PIB é de 0,3% do nacional. 
Rondônia 
Está localizado na região Norte, ocupa uma área de 238.512,8 
km², sua capital é Porto Velho. 
O clima do estado é equatorial, possuí52 municípios e uma 
população de 1534.94 hab. (IBGE-2005). 
 A economia de Rondônia é baseada na agricultura e no 
extrativismo, o território de Rondônia só foi elevado à condição 
de estado em 1981. 
 
Goiás 
 
É situado na região Centro-oeste do Brasil, sendo o mais central 
dos estados brasileiros e o mais populoso as região. 
Ocupa uma área de 341.289,5 Km², possui 43% da população da 
região centro-oeste. 
Goiás integra o planalto Central, sendo constituído por terras 
planas cuja altitude varia entre 200 e 1200 metros. 
A capital é Goiânia, a vegetação predominante é o cerrado. 
A economia de Goiás é baseada na agroindústria e na 
exportação de grãos, é um dos maiores produtores de soja e 
milho do país. 
Através de incentivos fiscais e formação de clusters 
(aglomerações de empresas do mesmo ramo para beneficio 
mútuo), o estado vem atraindo investimentos em metarlugia, 
mineração e no setor químico e farmacêutico, o que vem 
mudando seu perfil econômico. 
Já é o segundo maior produtor de medicamentos genéricos do 
pais. 
A capital de Goiás concentra mais de 1 milhão de habitantes e as 
principais indústrias de transformação do estado. 
 
Mato Grosso do Sul 
 
Em 1830, começou de fato o povoamento das terras onde hoje é 
o estado de Mato Grosso do Sul. 
No ano de 1977, o presidente Ernesto Geisel assinou a Lei 
Complementar 31, que criava o Estado de Mato Grosso do Sul, 
em área desmembrada do estado de Mato Grosso. 
O governo acreditava que com a divisão do estado, ficaria mais 
fácil administrar e desenvolver uma região extensa. 
 A economia do estado é baseada na agricultura, pecuária, 
mineração e indústria. 
Sua capital é Campo Grande com 749.768 hab, o estado se 
localiza na região Centro-oeste do Brasil, tendo 78 municípios. 
 
Distrito Federal (Brasil) 
 
O Distrito Federal é uma das 27 unidades federativas do Brasil, 
em que está localizada a capital do país, Brasília. 
 
A capital foi fundada em 21 de Abril de 1960, foi construída em 
três anos e dez meses, através de um projeto de mudança da 
capital nacional liderado pelo presidente Juscelino Kubitschek do 
município do Rio de Janeiro para o centro do país. 
 
Até a criação de Brasília, o Distrito Federal localizava-se na 
cidade do Rio de Janeiro. 
Cidades 
O Distrito Federal é formado pela cidade de Brasília (o 
antigamente denominado "Plano Piloto", que era o projeto original 
da cidade feito por Lúcio Costa) e pelas regiões administrativas, 
tais como Gama, Sobradinho, Guará, Ceilândia e outras, que não 
faziam parte do projeto original de Lúcio Costa, porém surgiram 
de outros planos urbanísticos na mesma época, para inicialmente 
abrigar os trabalhadores encarregados da construção da cidade, 
ou posteriormente à sua construção, para abrigar populações que 
se dirigiam para a nova capital brasileira. 
Até há alguns anos, os núcleos de Taguatinga, Gama, Guará 
etc., eram conhecidos impropriamente pela denominação

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