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ATIVIDADE 29-09 SILVANA GARCIA

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UNESPAR - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ – CAMPUS PARANAGUÁ 
SILVANA GARCIA DE MACEDO 
CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO EMPRESARIAL 
PROFESSORA: RAISSA CALLIARI 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PARANAGUÁ 29 DE SETEMBRO DE 2021 
 
 
 
 
 
 
 
REGISTRO DO EMPRESÁRIO 
É obrigação legal imposta a todo e qualquer empresário (empresário individual ou sociedade 
empresária) se inscreverem na Junta Comercial antes de iniciar a atividade, sob pena de 
começar a exercer a empresa irregularmente. Saliente-se, porém, que o registro na Junta 
Comercial, embora seja uma formalidade legal imposta pela lei a todo e qualquer empresário 
individual ou sociedade empresária. Não é requisito para a caracterização do empresário e sua 
consequente submissão ao regime jurídico empresarial. 
Para fazer a inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis, realizado pela Junta 
Comercial, o empresário individual terá de obedecer às formalidades legais previstas no art. 968 
do Código Civil, ou seja, fazer requerimentos. 
“I – o seu nome, nacionalidade, domicílio, estado civil e, se casado, o regime de bens; 
II – a firma, com a respectiva assinatura autografa; 
“III – o capital; IV – o objeto e a sede da empresa”. 
Pode-se definir filial, juridicamente, como a sociedade empresária que atua sob a direção e 
administração de outra, chamada de matriz, mas mantém sua personalidade jurídica e o seu 
patrimônio, bem como preserva sua autonomia diante da lei e do público. 
4.1. A Lei de Registro Público de empresas mercantis (Lei 8.934/1994) 
O registro dos empresários, no Brasil, está disciplinado em legislação especial. Trata-se da 
Lei 8.934/1994, que “dispõe sobre o Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins 
e dá outras providências”. 
As Juntas Comerciais são responsáveis pela execução e administração dos atos de registro. São 
órgãos locais, que integram estrutura administrativa dos Estados-membros. 
No plano técnico, as Juntas se submetem ao DNRC, enquanto, no âmbito administrativo, elas se 
submetem à administração estadual: “as juntas comerciais subordinam-se administrativamente 
ao governo da unidade federativa de sua jurisdição e, tecnicamente, ao DNRC, nos termos desta 
lei” (art. 6.° da Lei 8.934/1994). 
As juntas comerciais estão, administrativamente, subordinadas aos Estados, mas as funções por 
elas exercidas são de natureza federal. 
Os serviços prestados pelas juntas comerciais, apesar de criadas e mantidas pelos estados são 
de natureza federal. 
A competência só será da Justiça Federal quando a Junta Comercial estiver agindo no exercício 
de delegação de função pública federal, referente aos atos de registro previstos na Lei 
9.934/1994. 
4.2. Os atos de registro 
As Juntas Comerciais exercem função executiva no âmbito do SINREM, ou seja, são elas que 
executam os atos de registro dos empresários individuais, das sociedades empresárias e dos 
seus auxiliares. 
Matrícula é um ato de registro praticado pela Junta que se refere a alguns profissionais 
específicos. 
Arquivamento é o ato de registro que diz respeito, basicamente, aos atos constitutivos da 
sociedade empresária ou do empresário individual. 
Autenticação é ato de registro que se refere aos instrumentos de escrituração contábil do 
empresário (livros empresariais) e dos agentes auxiliares do comércio. 
4.3. A estrutura organizacional das Juntas Comerciais 
A Junta Comercial se organiza da seguinte forma: 
I – a Presidência, como órgão diretivo e representativo; 
II – o Plenário, como órgão deliberativo superior; 
III – as Turmas, como órgãos deliberativos inferiores; 
IV – a Secretária-geral, como órgão administrativo; 
V – a Procuradoria, como órgão de fiscalização e de consulta jurídica”. 
As Turmas são compostas de 03 (três) vogais, não participando o Presidente e o Vice-Presidente 
da Junta Comercial, que possuem atribuições específicas. 
Há ainda a Secretária-geral, cujo titular, o Secretário-Geral, “será nomeado, em comissão, no 
Distrito Federal, pelo Ministro de Estado da Indústria, do Comércio e do Turismo [atual 
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior], e, nos Estados, pelos respectivos 
governadores, dentre brasileiros de notória idoneidade moral e especializados em direito 
comercial”, e possuirá a atribuição de executar os serviços de registro e administração da Junta 
Por fim, há a Procuradoria, composta de um ou mais procuradores e chefiada pelo procurador 
que for designado pelo governador do Estado. 
4.4. O processo decisório nas Juntas Comerciais 
Os documentos referidos no inciso II do art. 32 deverão ser apresentados a arquivamento na 
junta, dentro de 30 (trinta) dias contados de sua assinatura, a cuja data retroagirão os efeitos do 
arquivamento; fora desse prazo, o arquivamento só terá eficácia a partir do despacho que o 
conceder. 
É importante, pois, que uma alteração do contrato social, por exemplo, seja levada a registro na 
Junta Comercial dentro de 30 (trinta) contados da sua efetiva realização, uma vez que, se isso 
não for feito, a referida alteração contratual só será considerada eficaz perante terceiros após o 
deferimento do registro. 
Em regra, as decisões sobre os atos de registro submetidos à apreciação da Junta Comercial são 
proferidas pelo Presidente, pelos vogais ou por servidores que possuam comprovados 
conhecimentos de Direito Comercial e de Registro de Empresas Mercantis. 
A matéria está disciplinada no art. 41 da lei, o qual determina que estão sujeitos ao regime de 
decisão colegiada pelas juntas comerciais, na forma desta lei: 
I – o arquivamento: 
II – o julgamento do recurso previsto nesta lei 
Os pedidos de arquivamento submetidos a regime de decisão colegiada devem ser decididos no 
prazo máximo de 05 (cinco) dias úteis, 
As Juntas Comerciais, na análise dos atos de registro a ela submetidos, devem ater-se ao exame 
do cumprimento das formalidades legais. 
Fazendo essa análise das formalidades e verificando a existência de vício insanável, a Junta 
deverá indeferir o requerimento. 
Assim, como a exigência de apresentação de certidão de regularidade fiscal geralmente está 
prevista em meros decretos estaduais, que sequer possuem leis estaduais respectivas, não há 
dúvidas de que ela é ilegal. 
4.4.1. Recursos cabíveis 
As decisões da Junta são recorríveis, embora os instrumentos recursais não possuam efeito 
suspensivo. 
O pedido de reconsideração terá por objeto obter a revisão de despachos singulares ou de 
turmas que formulem exigências para o deferimento do arquivamento, e será apresentado no 
prazo para cumprimento da exigência, para apreciação pela autoridade recorrida em 3 (três) 
dias úteis, no caso de decisão singular, e de 5 (cinco) dias úteis, no caso de decisão colegiada 
O recurso ao plenário, por sua vez, tem por objeto as decisões definitivas. 
Por fim, o recurso ao Ministro de Estado do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, 
última instância administrativa, é cabível contra as decisões proferidas pelo plenário da Junta 
(art. 47). Todos os recursos previstos na lei deverão ser interpostos no prazo de 10 (dez) dias 
úteis. 
4.5. A publicidade dos atos de registro 
As Juntas Comerciais, como órgãos públicos de registro dos empresários e das sociedades 
empresárias, possuem justamente a função de tornar público os atos relativos a esses agentes 
econômicos. 
O Código Civil, por sua vez, também trouxe regra acerca da publicação dos atos da Junta 
Comercial, dispondo, em seu art. 1.152: “cabe ao órgão incumbido do registro verificar a 
regularidade das publicações determinadas em lei, de acordo com o disposto nos parágrafos 
deste artigo”. 
5. ESCRITURAÇÃO DO EMPRESÁRIO 
Os empresários devem manter um sistema de escrituração contábil periódico, além de levantar, 
todo ano, dois balanços financeiros: o patrimonial e o de resultado econômico. 
A escrituraçãodo empresário é tarefa que a lei incumbe a profissional específico: o contabilista, 
o qual deve ser legalmente habilitado, ou seja, estar devidamente inscrito no seu órgão 
regulamentador da profissão (art. 1.182 do Código Civil). 
O único livro obrigatório comum a todo e qualquer empresário é o Diário, são facultativos os 
livros Caixa, no qual se controlam as entradas e saídas de dinheiro, Estoque, Razão, que 
classifica o movimento das mercadorias, Borrador, que funciona como um rascunho do diário, e 
o Conta corrente, que é usado para as contas individualizadas de fornecedores ou clientes. 
Alguns livros específicos, todavia, são exigidos a certos empresários, o livro de Registro de 
duplicatas, o livro de Registro de atas da assembleia, o livro de Registro de transferência de 
ações nominativas, entre outros.

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