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PLANTAS DANINHAS OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM > Descrever o mecanismo de ação de inibidores da Protox, inibidores da bios- síntese de carotenoides e inibidores da ACCase. > Identificar os grupos químicos desses herbicidas. > Definir os usos e aplicações desses mecanismos de ação no controle de plantas daninhas. Introdução Para organizar os herbicidas em grupos, eles são classificados de acordo com os mecanismos de ação na planta. A classificação internacionalmente aceita hoje é aquela proposta pelo Comitê de Ação a Resistência aos Herbicidas (HRAC). Nela, os herbicidas são classificados por ordem alfabética de acordo com seus sítios de atuação e classes químicas. Atuação de herbicidas inibidores da Protox, da biossíntese de carotenoides e da ACCase Camila Peligrinotti Tarouco Os herbicidas possuem locais específicos de ação dentro da planta, denominados sítios de ação, aos quais as moléculas se ligam inibindo funções vitais na planta. O mecanismo de ação de um herbicida se refere ao local primário onde ele irá atuar e diz respeito ao processo bioquímico que é interrompido na presença do herbicida. Já o modo de ação é a sequência de eventos bioquímicos e fisiológicos que ocorrem a partir do contato inicial da aplicação do herbicida, que leva à morte da planta. O conhecimento dos mecanismos de ação dos herbicidas permite classificá-los de acordo com o local de ação. A maioria dos processos bioquímicos interrom- pidos ocorre nas organelas conhecidas como cloroplastos, local onde ocorre a fotossíntese. Entre os mecanismos de ação que atuam nos cloroplastos estão os inibidores da enzima protoporfirinogênio oxidase (Protox), os inibidores da enzima ACCase e os inibidores da biossíntese de carotenoides. Neste capítulo, você estudará esses três mecanismos de ação que inibem alvos celulares que estão dentro dos cloroplastos e que irão afetar a fotossíntese e a produção de ácidos graxos. Mecanismos de ação Herbicidas inibidores da enzima Protox Herbicidas cujo mecanismo de ação atua inibindo a enzima Protox perten- cem ao Grupo E na classificação do HRAC. Conhecidos como destruidores de membranas, são herbicidas de contato, ou seja, não se translocam ou exercem translocação quase nula. São utilizados em pós-emergência para controlar plantas daninhas de folhas largas, e têm efeito em algumas gramí- neas e ciperáceas, sendo que a ação graminicida é encontrada somente em alguns herbicidas e apenas em aplicações em pré-emergência. São utilizados em culturas como feijão, soja, algodão, café, cana-de-açúcar, arroz, milho, pastagens e eucalipto (RODRIGUES; ALMEIDA, 2018). Apresentam algumas vantagens para uso agrícola, como baixa toxicidade a mamíferos, eficácia em baixa concentrações, amplo espectro de controle, ação rápida sobre as plantas daninhas e possibilidade de efeito residual no solo para controle de plantas daninhas em condição de pré-emergência (SALAS et al., 2016). A enzima Protox é encontrada no cloroplastos e é responsável pela conversão do protoporfirinogênio IX em protoporfirina IX, o primeiro precursor da clorofila que absorve a luz. A Protox é a última enzima comum envolvida nas rotas de produção da síntese das clorofilas e dos citocromos. Quando o herbicida inibe Atuação de herbicidas inibidores da Protox, da biossíntese de carotenoides...2 a enzima Protox, isso resulta no acúmulo de protoporfirinogênio IX no cloro- plasto, que extravasa para o citoplasma, onde é rapidamente convertido em protoporfirina IX. Devido à elevada natureza lipofílica da protoporfirina IX, ela não pode entrar novamente no cloroplasto (LEHNEN et al., 1990). A oxidação enzimática ocorre no citoplasma, e a protoporfirina IX formada e acumulada no citoplasma não é utilizada como substrato nesse local pelas enzimas Fe e Mg-quelatases (que são encontradas somente no cloroplasto). Então, a proforfirina IX interage com o oxigênio e na presença de luz forma o oxigênio singleto (1O2), que é um radical livre cuja presença provoca a pe- roxidação lipídica das membranas e a interrupção da síntese de clorofilas e compostos heme, resultando na morte das células atingidas por esse processo metabólico (HESS, 2000; ROMAN et al., 2007), conforme ilustrado na Figura 1. Dessa forma, como não ocorre a reação da protoporfirina IX com as enzimas e Fe e Mg-quelatases localizadas nos cloroplastos, isso resulta na interrupção das rotas de síntese de clorofilas e compostos heme (MATRINGE et al., 1989). Figura 1. Mecanismo de ação dos inibidores da Protox. Fonte: Adaptada de Carvalho (2004). Atuação de herbicidas inibidores da Protox, da biossíntese de carotenoides... 3 Esses herbicidas são aplicados em pré e pós-emergência e podem pe- netrar pelas raízes, caules e folhas de plantas jovens. Como possuem baixa ou nenhuma translocação, necessitam de boa cobertura foliar e de luz para apresentar máxima eficiência, sendo que no escuro apresentam baixa ação. Os sintomas ocorrem poucas horas após a aplicação, ao que as partes tra- tadas passam a apresentar manchas escuras que progridem para necrose. Herbicidas inibidores da biossíntese de carotenoides Os herbicidas inibidores da síntese de carotenoides pertencem ao Grupo F da classificação do HRAC. Esse grupo caracteriza-se principalmente pelo sintoma de despigmentação das folhas, ocasionado pela fotodegradação da clorofila que ocorre após o bloqueio da síntese dos carotenoides. Os carotenoides são pigmentos protetores, responsáveis por dissipar o excesso de energia dos fotossistemas, protegendo as clorofilas da fotodegradação. Esses pigmentos são produzidos por uma rota que envolve várias enzimas, incluindo 1-deoxi-xilulose-5 fosfatase sintase (DOXP), 4-hidroxifenil- -piruvato dioxigenase (HPPD) e fitoeno desaturase (FDS), as quais são inibidas pelos herbicidas inibidores de carotenoides. Com a inibição dessas enzimas, não há síntese de carotenoides nos tecidos, levando à fotodegradação das clorofilas. Os tecidos tornam-se albinos, com geração de estresse oxidativo, que destrói as membranas e leva à necrose e à morte das plantas (OLIVEIRA JÚNIOR, 2011). Esses herbicidas agem na rota da biossíntese de carotenoides, que re- sulta em fitoeno e fitoflueno, que são precursores dos carotenoides. Após a síntese da clorofila, energia é absorvida, passando do estado singleto para o estado de energia excitado tripleto, que é dissipado pelos carotenoides, que absorvem essa energia e impedem que ocorra a formação de oxigênio singleto, que é altamente reativo. Com o uso desses herbicidas, não ocorre a formação dos carotenoides; com isso, as clorofilas acabam sendo degradadas pela luz como resultado da perda de proteção dos carotenoides, adquirindo a coloração branca. Embora esses herbicidas não inibam diretamente a síntese de clorofila, o efeito indireto é esse, já que a energia não é mais dissipada pelos carotenoides. Esse mecanismo de ação é dividido em três conjuntos de herbicidas, que diferem entre si em termos do sítio de atuação no bloqueio dos carotenoides (Figura 2), mas que apresentam em comum o mesmo típico sintoma de injúria nas plantas. Atuação de herbicidas inibidores da Protox, da biossíntese de carotenoides...4 Figura 2. Mecanismo de ação dos inibidores da biossíntese de carotenoides. Fonte: Adaptada de Oliveira Júnior, Constantin e Inoue (2011) e Ferhatoglu e Barrett (2006). Com a inibição da isopentil pirofosfato isomerase (IPP), a síntese de fitoeno também é inibida, e, consequentemente, a produção de carotenoides. A forma 5-ceto inibe a DOXP, um composto importante para a síntese de isoprenoides dos cloroplastos (FERHATOGLU; BARRETT, 2006). Os herbicidas inibidores da FDS bloqueiam a síntese de carotenoides, uma vez que a inibição dessa enzima causa o acúmulo de fitoeno e interrupção na produção dos carotenoides. O herbicida isoxaflutole, por exemplo, atua inibindo a enzima HPPD, que é responsável pela conversão do p-hidroximetil-piruvato em homogentisato, reação-chavepara produção da plastoquinona, que, por sua vez, é um cofator es- sencial para produzir fitoeno, que é o substrato para a enzima fitoeno desaturase (FDS), sendo, portanto, sua atividade necessária para a síntese de carotenoides. Já o clomazone atua na enzima DOXP, enzima-chave para produção de isopentil pirofosfato, um dos precursores responsáveis pela síntese isoprenoides. O isoxaflutole é aplicado na pré-emergência das plantas daninhas da cultura do milho, mandioca, batata e soja. Um aspecto interessante a respeito do isoxaflutole é que sua atuação no controle das plantas daninhas depende da sua conversão à diquetonitrila (Figura 3). Isso faz com que o isoxaflutole Atuação de herbicidas inibidores da Protox, da biossíntese de carotenoides... 5 seja considerado um pró-herbicida, pois para controlar as plantas daninhas ele é convertido, dentro da planta ou no solo, em um metabólito chamado de diquetonitrila, este sim com ação herbicida. O isoxaflutole é absorvido preferencialmente pelas raízes, embora o seja também pelas sementes. Isso não ocorre com seu derivado dicetonitrila, que é absorvido somente pelas raízes. Uma vez absorvido, tanto o isoxaflutole quanto a dicetonitrila são transportados rapidamente para o ápice da plântula, onde a maior parte do isoxaflutole é então convertida em dicetonitrila. Figura 3. Estrutura química do isoxaflutole e dicetonitrila. Fonte: Adaptada de Mitra, Bhowmik e Xing (2000). Entre os inibidores de carotenoides, temos o clomazone que é um herbicida muito utilizado nas culturas do arroz, algodão, cana-de-açúcar, mandioca, pimentão e soja. Ele é considerado um pré-herbicida — sem atividade tóxica, necessitando ser ativado. Essa ativação é mediada por enzimas oxidativas como citocromos P450 monoxigenases. Para que seja ativado, precisa ser metabolizado na forma 5-ceto do clomazone, que é a forma ativa desse herbicida. Quando está na forma 5-ceto, é capaz de inibir a enzima DOXP. Figura 4. Estrutura química do clomazone, 5-OH clomazone e 5-ceto clomazone. Fonte: Adaptada de Nandula et al. (2019). Atuação de herbicidas inibidores da Protox, da biossíntese de carotenoides...6 Herbicidas inibidores da enzina ACCase Os herbicidas inibidores da ACCase foram introduzidos na agricultura a partir de 1978 (POWLES; YU, 2010). Herbicidas com esse mecanismo de ação per- tencem ao Grupo A de acordo o HRAC. Os inibidores da ACCase controlam exclusivamente gramíneas. São utilizados em pós-emergência e são seletivos para culturas dicotiledôneas e para algumas monocotiledôneas. A enzima por eles inibida, a ACCase, é a responsável pela síntese de lipídeos, afetando a primeira etapa da síntese dos ácidos graxos, que são os principais consti- tuintes das membranas celulares. A ação da ACCase ocorre em três etapas: a primeira consiste na ligação do CO2 na enzima ACCase; a segunda consiste na ligação da acetil-CoA à enzima; e na terceira ocorre a transferência do CO2 para a acetil-CoA (HARWOOD, c2020). O mecanismo de ação se dá pela via da síntese de lipídeos, em que a ACCase é responsável pela carboxilacão (que é a adição de um CO2) da molécula de acetil-CoA em malonil-Coa, que é o precursor dos lipídeos, que serão os cons- tituintes das membranas. Na presença do herbicida, a reação de carboxilacão da acetil-CoA deixa de ocorrer, pois o herbicida se liga ao sítio de ação da ACCase, interrompendo a produção de ácidos graxos e, consequentemente, a produção de membranas e o crescimento das plantas (ROMAN et al., 2007), conforme pode ser observado na Figura 5. Figura 5. Mecanismo de ação dos inibidores da ACCase. Fonte: Adaptada de Carvalho (2004). Atuação de herbicidas inibidores da Protox, da biossíntese de carotenoides... 7 O modo de ação se inicia quando os herbicidas são absorvidos pelas folhas e translocados para os pontos de crescimento através do floema, onde exercem sua função inibindo a atividade meristemática e restrin- gindo o crescimento de novas folhas (KUKORELLI; REISINGER; PINKE, 2013). Sintomas necróticos aparecem nos pontos de crescimento depois de alguns dias, com descoloração inicial e posterior desintegração das folhas (OLIVEIRA JÚNIOR, 2011). O principal sintoma observado é a necrose do ponto de crescimento, em que a folha se desprende facilmente do colmo. A síntese dos ácidos graxos pode ocorrer dentro dos cloroplastos e no citoplasma. As plantas podem apresentar duas isoformas da ACCase dentro das células. A seletividade nas dicotiledôneas é baseada no tipo de ACCase encontrado, que é do tipo procariota, composto por um complexo hete- romérico com três subunidades separadas, que são 100% procariota, nos cloroplastos e 80% procariota, no citoplasma, que é insensível à ação dos herbicidas, sendo capaz de suprir a demanda de produção de malonil-Coa necessário para as células (DELYE, 2005). Já nas monocotiledôneas, a ACCase é do tipo eucariota homomérica em um único peptídeo (uniproteica), sendo 100% do tipo eucariota tanto no citoplasma quanto no cloroplasto, que é sensível aos herbicidas. A se- letividade de algumas culturas monocotiledôneas é restrita à capacidade da cultura em metabolizar o herbicida sem sofrer efeito fitotóxico (SASAKI; NAGANO, 2004). A absorção desses herbicidas que têm caráter lipofílico (apolares) se dá através das folhas, nas quais eles penetram pela cutícula e chegam às células rapidamente. A translocação é lenta, devido ao caráter lipofílico (não possuem afinidade com a água), podendo ocorrer retenção na parte lipofílica da cutícula e da membrana celular. Contudo, as a atividade é elevada e a quantidade que atinge o meristema é suficiente para controlar as plantas daninhas. Os principais sintomas são paralização do crescimento, clorose foliar e desintegração dos meristemas. Como principal característica, a necrose do ponto de crescimento destaca-se facilmente da planta. Isso se deve à falta de ácidos graxos e novas membranas e tecidos de crescimento. Atuação de herbicidas inibidores da Protox, da biossíntese de carotenoides...8 Grupos químicos Protox Os herbicidas inibidores da Protox estão divididos em cinco grupos quími- cos: difeniléteres (fen), fenilftalimidas (flu), triazolinonas (one), oxadiazóis e pirimidinadionas, distribuídos em nove ingredientes ativos, conforme pode ser observado no Quadro 1. Quadro 1. Herbicidas inibidores da Protox registrados no Brasil Grupo químico Nome comum Nome comercial Difeniléteres Fomesafen, lactofen, oxyfluorfen Flex, Acillatem, Drible, Naja, Goal, Galigan Fenilftalimidas Flumiclorac, flumioxazin Flumiyzin, sumisoya Triazolinonas Carfentrazone, sulfrentrazone Aurora, Bora, Kicker Oxadiazóis Oxadiazon Ronstar Pirimidinadionas Saflufenacil Heat Fonte: Adaptado de Brasil (2020). Esses herbicidas têm ampla ação sobre as plantas daninhas dicotiledôneas, embora alguns deles também atuem sobre ciperáceas e monocotiledôneas. No Brasil, os principais ingredientes ativos disponibilizados de forma isolada ou em misturas formuladas são: carfentrazone-ethyl, flumiclorac-pentyl, flumioxazin, fomesafen, lactofen, oxadiazon, oxyfluorfen, saflufenacil e sul- fentrazone (RODRIGUES; ALMEIDA, 2018). Os inibidores da Protox são ácidos fracos ou não ionizáveis, e em sua maioria pouco solúveis em água e pós-emergentes de contato. Em geral, apresentam alta adsorção. Já a persistência no solo é variável entre os her- bicidas dessa classe. Atuação de herbicidas inibidores da Protox, da biossíntese de carotenoides... 9 Os difeniléteres apresentam caráter de ácido fraco, como os herbicidas acifluorfen e fomesafen ou não iônicos como o lactofen e oxyfluorfen. Todos são aplicados em pós-emergência, sendo que oxyfluorfen pode ser aplicado em pré-emergência. Acifluorfen e fomesafen apresentam boa solubilidade em água; os demais, muito baixa. Lactofen e oxyfluorfen apresentam maior adsorção ao solo (CARVALHO, 2013). As fenilftalimidas são herbicidas não ionizáveis, pouco solúveis em água e com baixa persistênciano solo. Já os oxadiazois são herbicidas não ionizáveis, pouco solúveis em água, fortemente adsorvidos e com média persistência no solo e recomendados em pré e pós-emergência (CARVALHO, 2013). Por sua vez, as triazolinonas são ácidos fracos. O carfentrazone-ethyl é aplicado em pós-emergência, possui baixa solubilidade em água e baixa persistência no solo. O sulfentrazone é aplicado em pré-emergência, tem maior solubilidade em água e alta persistência no solo (CARVALHO, 2013). Já as pirimidinadionas, representadas pelo saflufenacil, que é um herbicida aplicado em pós-emergência, não volátil e degradado rapidamente no solo, apresen- tam uma persistência que varia de um a 36 dias (RODRIGUES; ALMEIDA, 2018). Como os inibidores da Protox têm ação rápida, causando danos à estrutura foliar em pouco tempo, apresentam baixa translocação às demais partes da planta. Assim sendo, esses herbicidas são absorvidos pelas raízes ou caule e o transporte é predominantemente apoplástico (via xilema). Além disso, a partir do mecanismo de ação desses herbicidas, explica-se a necessidade de aplicá-los sobre plantas em adequado nível de molhamento, permitindo uma boa cobertura foliar para garantir sua efetividade. Para potencializar o controle de plantas daninhas promovido pelas aplicações em pós-emergência, além da boa cobertura foliar recomenda-se, em alguns casos, o uso de adjuvante. Outra providência recomendada é evitar aplicações em áreas com possibilidade de chuva em intervalo inferior a duas horas (OLIVEIRA JÚNIOR, 2011). Ademais, o estádio de desenvolvimento das plantas daninhas também é uma variável fundamental, sendo indicado aplicações sobre plantas com duas a seis folhas. São relatados alguns casos de antagonismo entre os inibidores da Protox, os inibidores de ACCase (graminicidas) e os inibidores de 5-enolpiruvilshikimate-3-fosfato sintase (EPSPs). O uso de glifosato com fomesafen e sulfentrazone, por exemplo, resulta em antagonismo, devido à rápida destruição dos tecidos causada pelos herbicidas de contato, reduzindo a eficiência de ambos (SHAW; ARNOLD, 2002). Atuação de herbicidas inibidores da Protox, da biossíntese de carotenoides...10 Carotenoides Os herbicidas inibidores da biossíntese de carotenoides pertencem ao Grupo F, composto por quatro subgrupos: � F1 — inibidores da enzima (FDS) — norflurazon; � F2 — inibidores da enzima HPPD — mesotrione, tembotrione e isoxaflutole; � F3 — mecanismo ainda desconhecido; � F4 — inibidores da DOXP sintase — clomazone. No Brasil, os herbicidas do Grupo F registrados estão distribuídos em três grupos químicos: tricetonas (mesotrione e tembotrione — F2), isoxazoles (isoxaflutole — F2) e isoxazolidinonas (clomazone — F4), conforme pode ser observado no Quadro 2. Quadro 2. Herbicidas inibidores da biossíntese de carotenoides registrados no Brasil Grupo químico Nome comum Nome comercial Isoxazoles Isoxaflutole Provence Tricetonas Mesotrione, tembotrione Callisto, Soberan Isoxazolidinonas Clomazone Gamit Fonte: Adaptado de Brasil (2020). São herbicidas aplicados no solo, mais efetivos em pré-emergência. São sistêmicos e translocados pelo xilema. As plântulas já emergidas também podem se tornar cloróticas quando expostas a essa classe. O clomazone foi o primeiro herbicida importante desse grupo. Foi des- coberto em 1984 e usado pela primeira vez no estado norte-americano de Iowa em 1986. O clomazone pertence ao grupo químico das isoxazolidinonas e é indicado para o controle em pré-emergência de mono e dicotiledôneas, podendo ainda ser aplicado na cultura do arroz logo após o início da emer- gência (NETTO, CHRISTOFFOLETI; NICOLAI, 2016). A descoberta desse grupo de herbicidas, que inclui compostos como meso- trione, tembotrione e isoxaflutole, é atribuído principalmente à observação de Atuação de herbicidas inibidores da Protox, da biossíntese de carotenoides... 11 propriedades alelopáticas da planta escova-de-garrafa (Calistemon spp.), que causava albinismo em algumas espécies de plantas daninhas (LEE et al., 1997). Como já comentado, outro aspecto interessante relacionado a herbicidas desse grupo diz respeito ao isoxaflutole, cuja atuação no controle das plantas daninhas depende da sua conversão em diquetonitrila. Este fato faz com que o isoxaflutole seja considerado um pró-herbicida (OLIVEIRA JÚNIOR, 2011). No subgrupo F1, os herbicidas bloqueiam a síntese de carotenoides pela inibição da FDS. Sua inibição causa acúmulo de fitoeno, fenômeno já observado para produtos como o norflurazon (SANDMANN; BÖGER, 1989). O subgrupo F2 tem como característica inibir a enzima HPPD, que é a responsável pela conversão do 4-hidroxifenil-piruvato em homogentisato. Essa é uma reação-chave na síntese de plastoquinona e sua inibição dá início a sintomas de branqueamento nas folhas que emergem após a apli- cação. Esses processos resultam de uma inibição indireta da síntese de carotenoides, devido ao envolvimento da plastoquinona como cofator da FDS (SENSEMAN, 2007). O subgrupo F3 ainda não tem seu mecanismo de ação bem conhecido. O subgrupo F4 atua inibindo a enzima DOXP sintase, responsável pela síntese de isoterpenoides, que são precursores básicos dos carotenoides. Um exemplo de herbicida desse grupo é o clomazone. O clomazone é um herbicida pré-emergente com atividade residual amplamente utilizado no arroz irrigado, atuando na inibição da bios- síntese de carotenoides. Ele inibe a DOXP sintase, causando branqueamento das folhas de espécies suscetíveis e posterior morte da planta (OLIVEIRA, 2011). É um herbicida que controla plantas daninhas poáceas e é utilizado na cultura do arroz irrigado em pré-emergência e no sistema aplique e plante (RODRIGUES; ALMEIDA, 2018). No entanto, a seletividade desse herbicida para o arroz irrigado está relacionada ao cultivar utilizado, ao tipo de solo, à dose aplicada e ao uso de protetores químicos, ou safeners, como o dietholate. O uso de proteto- res químicos é realizado junto ao tratamento de sementes, que confere à planta maior tolerância ao herbicida, que, dessa forma, pode ter sua dose aumentada, proporcionando um controle mais efetivo das plantas daninhas (ROSINGER, 2014). Atuação de herbicidas inibidores da Protox, da biossíntese de carotenoides...12 ACCase Cada mecanismo de ação é dividido em diferentes grupos químicos. Os graminicidas inibidores de ACCase são divididos em três grupos químicos: ariloxifenoxipropionatos (FOPs), ciclohexanodionas (DIMs) e fenilpirazolinas (DENs), que contemplam os ingredientes ativos que podemos verificar no Quadro 3. As moléculas pertencentes a esses grupos controlam com eficiência plantas daninhas poáceas em culturas dicotiledôneas e algumas culturas monocotiledôneas. Quadro 3. Herbicidas inibidores da ACCase registrados no Brasil Grupo químico Nome comum Nome comercial FOPs Cyalofop, diclofop-methyl, fenoxaprop-p-ethyl, fluazifop, haloxyfop, propaquizafop, quizalofop, clodinafop Clincher, Iloxan, Furore, Podium, Starice, Fusilade, Verdict R, Gallant R, Shogum, Acert, Targa, Truco, Panther, Topik DIMs Butroxydim, clethodim, sethoxydim, profoxydim, tepraloxydim Falcon, Select, Poast, Aura, Aramo DENs Pinoxaden Axial Fonte: Adaptado de Brasil (2020). O grupo químico dos é formulado como ésteres para facilitar a absorção foliar, tendo baixa solubilidade em água. A forma éster é absorvida oito vezes mais depressa que a forma ácida, mas a forma ácida é dez vezes mais ativa. Já as DIMs, em geral, apresentam maior solubilidade em água que os FOPs, isso porque as DIMs são formuladas na forma ácida. De todo modo, ambos grupos químicos, FOPs e DIMs, possuem baixa solubilidade em água, por isso têm sua mobilidade limitada no floema. Atuação de herbicidas inibidores da Protox, da biossíntese de carotenoides... 13 Usos e aplicações Inibidores da Protox As principais características dos inibidores da Protox são: � podem ser absorvidos pelas raízes, caules ou folhasde plantas novas; � podem ser aplicados em pré ou pós-emergência; � controlam principalmente folhas largas, mas têm ação sobre algu- mas gramíneas (oxyfluorfen, oxadiazon) e ciperáceas (sulfrentrazone, saflufenacil); � costumam apresentar pouca ou nenhuma translocação nas plantas; � têm ação rápida sobre as plantas daninhas e possível efeito residual no solo para controle de plantas daninhas em condição de pré-emergência; � requerem luz para serem ativados; � costumam levar rapidamente à morte partes das plantas expostas aos produtos e à luz, apresentando sintomas de 1 a 2 dias; � causam necrose foliar; � têm o formato e a intensidade das gotículas de pulverização; � exigem boa cobertura sobre as plantas. São herbicidas utilizados em diversas culturas em dessecação, pré- -emergência, pós-emergência, aplicação dirigida e como desfolhante de culturas. O carfentrazone é um herbicida recomendado para algodão, arroz irrigado, batata, café, cana-de-açúcar, cítrus, mandioca, milho, soja, eucalipto e pastagem. No algodão, além do controle de plantas daninhas, também é utilizado como desfolhante da cultura. Em café e cítrus, é utilizado no manejo de dessecação e em aplicação em jato dirigido. Em soja e milho, é utilizado na dessecação e em pós-emergência das plantas daninhas (RODRIGUES; ALMEIDA, 2018). Por sua vez, o flumiclorac é recomendado em pós-emergência para a cultura de soja e para a desfolha no algodão. Já o fomesafen é utilizado em pré-emergência no algodão e em pós-emergência para soja e feijão. O lactofen é utilizado na soja em pós-emergência. O oxadiazon é um herbicida utilizado em pré e pós-emergência das plantas daninhas e controla gramíneas Atuação de herbicidas inibidores da Protox, da biossíntese de carotenoides...14 e dicotiledôneas. No arroz irrigado e na cana-de-açúcar, pode ser utilizado em pós-semeadura e em pré ou pós-emergência da cultura e das plantas daninhas. Também pode ser utilizado em alho e cebola em pós-semeadura e em pré-emergência das plantas daninhas. O oxyfluorfen é utilizado para controlar gramíneas e folhas largas, em aplicação em pré-emergência ou pós-emergência inicial no algodão, arroz irrigado, café, cana-de-açúcar, cítrus, pínus e eucalipto. O saflufenacil é um herbicida utilizado em dessecação de plantas da- ninhas, na forma de jato dirigido, sem que ocorra contato com as culturas, quer em pós-emergência das plantas daninhas e da cultura do arroz, quer em pré-emergência das plantas daninhas. No algodão, ele pode ser utilizado na dessecação da cultura para antecipação e uniformização da colheita, que pode ocorrer a partir de 10 dias após a aplicação. É um herbicida utilizado na dessecação em pré-plantio de soja, na dessecação da cultura para anteci- pação da colheita e controle das plantas daninhas na pré-colheita. Também é utilizado para o manejo da soja guaxa ou tiguera após a colheita de soja, visando o vazio sanitário, e é um herbicida alternativo para controlar a soja tiguera RR, que é tolerante ao glifosato (RODRIGUES; ALMEIDA, 2018). A seletividade dos herbicidas com esse mecanismo de ação se dá por sua metabolização pelas plantas. Os principais sintomas em pós-emergência são manchas verde-escuro e necrose em torno de dois a três dias após a aplicação. Em pré-emergência, os sintomas de necrose surgem no momento da emergência das plantas. Resistência de plantas daninhas aos inibidores da Protox no mundo e no Brasil De acordo com a International Survey of Herbicide Resistant Weeds (HEAP, 2020, tradução nossa), no mundo existem 13 espécies resistentes aos inibidores da Protox. No Brasil, temos quatro casos de resistência envolvendo três espécies: Euphorbia heterophylla, que apresenta resistência múltipla aos inibidores da Protox e aos inibidores da acetolactato sintase (ALS); Amaranthus retro- flexus, resistente ao herbicida fomesafen; e Conyza sumatrensis, resistente ao saflufenacil e que ainda apresenta resistência múltipla aos inibidores do fotossistema I e II (FSI e FSII), EPSPs e mimetizadores de auxinas (Figura 6). Atuação de herbicidas inibidores da Protox, da biossíntese de carotenoides... 15 Figura 6. Casos resistência a inibidores da Protox pelo mundo (número de plantas por país). Fonte: Heap (2020). Inibidores da síntese de carotenoides Principais características dos herbicidas inibidores da biossíntese de carotenoides: � promovem inibição da síntese de pigmentos (carotenoides) da planta; � resultam na perda de praticamente todos os pigmentos das folhas — albinismo ou branqueamento; � não inibem a síntese de clorofila; � controlam plantas daninhas gramíneas e dicotiledôneas; � são herbicidas seletivos para determinadas culturas; � são translocados por via apoplástica (xilema), sendo acumulados nos cloroplastos; � são herbicidas de solo — pré-emergentes e pós-emergência inicial; � têm sua absorção no solo influenciada principalmente pela matéria orgânica; � são considerados herbicidas de média a longa persistência no solo; � podem ter problemas com deriva em culturas sensíveis, com destaque para o herbicida clomazone, que apresenta solubilidade muito elevada, e sua pressão de vapor o torna relativamente volátil. Atuação de herbicidas inibidores da Protox, da biossíntese de carotenoides...16 O clomazone é bastante utilizado em pré-emergência das culturas de algodão e arroz. Tanto no algodão quanto no arroz irrigado, as sementes das culturas devem ser tratadas com um protetor de sementes como o die- tholate (Permit), que confere seletividade do herbicida, pois os protetores são responsáveis pela diminuição da atividade do citocromo, evitando que o clomazone seja transformado na forma ativa (5-ceto clomazone). O herbicida deve ser aplicado imediatamente após a semeadura da cultura (aplique e plante). É um produto também encontrado com misturas formuladas com outros herbicidas. O isoxaflutole é utilizado em pré-emergência das culturas de milho, cana- -de-açúcar, mandioca e batata e também na pré-emergência das plantas daninhas. No algodão, é utilizado na pós-emergência da cultura, com apli- cação com jato dirigido. Em soja tolerante ao isoxaflutole, é preciso realizar a aplicação do herbicida logo após o plantio na pré-emergência da cultura e das plantas daninhas. O mesotrione é utilizado em pós-emergência das culturas de milho (sendo recomendado, antes de aplicar, verificar quais híbridos são recomendados para o tratamento com esse herbicida), de cana-de-açúcar e também das plantas daninhas. O milho e a cana-de-açúcar são tolerantes ao mesotrione, devido à sua capacidade de metabolizar rapidamente o herbicida, transformando-o em compostos sem atividade. No milho, pode ocorrer um branqueamento inicial nas folhas e uma redução inicial no crescimento, mas a cultura retoma seu crescimento normal em cerca de duas a três semanas, não havendo redução da sua produtividade. O tembotrione é um herbicida utilizado em pós-emergência no milho para controle de plantas daninhas mono e dicotiledôneas. A seletividade na cultura se dá pela rápida metabolização. Como possui efeito residual no solo, em áreas onde foi aplicado deve-se esperar 30 dias para semear culturas como girassol, algodão e feijão, para não ocasionar fitotoxicidade nessas culturas. Resistência de plantas daninhas aos inibidores da biossíntese de carotenoides no mundo e no Brasil No mundo, existem 14 espécies resistentes aos três grupos químicos. No Brasil, ainda não foram registradas espécies resistentes a esse mecanismo de ação (HEAP, 2020). Atuação de herbicidas inibidores da Protox, da biossíntese de carotenoides... 17 Inibidores da ACCase As principais características dos inibidores da ACCase são: � inibem a enzima acetil coenzima-A carboxilase; � destroem meristemas de gramíneas; � utilizados somente em pós-emergência para controlar gramíneas em culturas dicotiledôneas; � seletivos a folhas largas e ciperáceas; � são herbicidas pós-emergência sistêmicos;� não deixam residual; � podem ser utilizados em culturas monocotiledôneas que tenham ca- pacidade de metabolização do herbicida. Esses herbicidas são muito utilizados para controle em culturas como soja, algodão, batata, café, feijão, fumo, girassol e mandioca, e também podem ser aplicados em algumas culturas monocotiledôneas como o trigo (clodinafope) e o arroz (profoxidim), que toleram esses herbicidas por sua capacidade metabolizá-los (RODRIGUES; ALMEIDA, 2018). Além disso, devido ao aparecimento de plantas daninhas resistentes ao glifosato, como o azevém, o capim-amargoso e o capim-pé-de-galinha, esses herbicidas passaram a ser uma importante ferramenta no manejo dessas plantas, utilizados como mecanismo de ação alternativo ao uso do glifosato, que é um inibidor da EPSPs. O capim-amargoso, por exemplo, pode ser controlado antes da emergência da soja pela aplicação de herbicidas pré-emergentes, como a trifluralina e o metolachlor. Já na pós-emergência, essa planta é mais bem controlada quando estiver com até três ou quatro perfilhos. Nessa situação, o controle pode ser feito com uso dos graminicidas inibidores da ACCase pós-emergentes nas doses normais de bula (EMBRAPA, [2020]). Os inibidores da ACCase também passaram a ser uma alternativa para o controle do milho voluntário tolerante ao glifosato na cultura da soja e no algodão. O mecanismo de ação dos herbicidas inibidores da ACCase é muito im- portante para o manejo dos cultivos, para controlar plantas daninhas gramíneas em geral e para as que não são mais controladas pelo glifosato, por exemplo. No futuro, também teremos disponível a tecnologia transgênica Milho Enlist, que possuirá tolerância aos herbicidas 2,4-D, glifosato, glufosinato de amônio e haloxifope (inibidor da ACCase). O haloxifope é uma importante ferramenta para o manejo de gramíneas resistentes ao glifosato no cultivo do milho, entre elas o capim-amargoso. Atuação de herbicidas inibidores da Protox, da biossíntese de carotenoides...18 Resistência de plantas daninhas aos inibidores da ACCase no mundo e no Brasil No mundo, temos hoje a presença de 49 casos de resistência a esse mecanismo de ação (Figura 7). No Brasil, existem nove casos de resistência, envolvendo as espécies Urochloa plantaginea (braquiária), Lolium multifl orum (azevém), Eleusine indica (capim-pé-de-galinha), Echinochloa crus-galli (capim arroz), Avena fatua (aveia selvagem), Digitaria ciliares (capim colchão) e Digitaria insularis (capim-amargoso) (HEAP, 2020). Figura 7. Casos resistência a inibidores da ACCase pelo mundo (número de plantas por país). Fonte: Heap (2020). Referências BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. AGROFIT, [2020]. Dis- ponível em: http://agrofit.agricultura.gov.br/agrofit_cons/principal_agrofit_cons. Acesso em: 20 nov. 2020. CARVALHO, S. J. P. Resistência de plantas daninhas aos herbicidas inibidores da PROTOX (Grupo E). In: CHRISTOFFOLETI, P. J. (coord.). Aspectos de resistência de plantas daninhas a herbicidas. 2. ed. Piracicaba: HRAC-BR, 2004. CARVALHO, L. B. Herbicidas. Lages, SC: Do autor, 2013. E-book. 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