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Manejo sanitario de criacao de suinos

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A 10 anos desenvolvendo sistemas de gestão 
para empresas e propriedades em todo o 
Brasil. 
 
 
Manejo sanitário de criação de suínos 
www.cptsoftwares.com.br 
https://www.cptsoftwares.com.br/
2 
Sumário 
 
O Conceito de Biosseguridade ____________________________ 3 
Programa de Vacinação ___________________________________ 8 
Principais Doenças no Rebanho Suíno ____________________ 10 
Fonte __________________________________________________ 12 
 
Manejo sanitário de criação de suínos 
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3 
O Conceito de Biosseguridade 
 
O termo biosseguridade é relativamente novo em nosso vocabulário, sendo encontrado em 
poucos dicionários. Em seu sentido geral, significa o estabelecimento de um nível de segurança 
para seres vivos por intermédio da diminuição do risco de ocorrência de enfermidades agudas e, 
ou, crônicas em uma determinada população. 
 
Para muitos pesquisadores, o termo biossegurança ou biosseguridade é simplesmente o conjunto 
de programas e medidas delineadas com o objetivo fundamental de diminuir, de maneira 
significativa, a inevitável exposição dos animais a agentes infecciosos e predadores naturais. 
 
A biosseguridade abrange um conjunto de medidas que visa: 
 
● Impedir a entrada e saída de agentes de doenças em uma instalação ou estabelecimento; 
● Facilitar o reconhecimento precoce de doenças e infecções; 
● Promover a profilaxia para a eliminação dessas doenças; 
● Promover medidas defensivas para manter os animais livres de doenças endêmicas; e 
● Manter o rebanho livre daquelas que já foram erradicadas. 
 
Essas normas tornam-se necessárias devido ao grande incremento que a indústria de produção 
intensiva obteve, nos últimos anos, para suprir a maior demanda de proteína animal, maximizando 
a produtividade e minimizando perdas decorrentes de doenças e infecções. 
 
Além disso, é importante considerar que o mundo se tornou proporcionalmente menor com o 
encurtamento de distâncias entre as unidades produtoras, havendo, também, o aumento dos 
desafios sanitários, com a alta especificidade animal e o surgimento de novas doenças. 
 
 
Algumas medidas básicas de biosseguridade 
 
Localização do sítio de produção animal 
Essa medida envolve a avaliação do local da futura instalação ou a atual situação do sítio, sua 
distância de outras criações animais, vizinhança e perspectiva de crescimento, visando sempre a 
distância de focos populacionais ou trânsito intenso, e são isoladas com cinturões de árvores. 
 
Controle de tráfego 
O controle de tráfego humano deve ser limitado por meio de cercas, portões, placas de proibição 
de visitas, permitindo-se somente o acesso de pessoas autorizadas na unidade de produção, após 
banho, uso de macacão higienizado e botas, ou, na impossibilidade de banho completo, a 
higienização adequada das mãos e dos braços. Os galpões devem apresentar pedilúvio na 
entrada e saída. 
 
Prédios e galpões abertos devem ser inspecionados para a presença de animais silvestres, 
recorrendo-se à colocação de tela nesses locais, se necessário. 
 
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A jardinagem do sítio de produção deve manter gramados e arbustos aparados, evitando-se 
ocorrência de tocas ou ninhos, além de melhorar a visibilidade da área periférica dos prédios e 
dos arredores. 
 
Restrição de acesso 
Os funcionários de cada sítio de produção são proibidos de criar suínos ou outros suídeos em 
suas propriedades. Devem ser submetidos a banho na entrada, uso de uniformes desinfetados, 
asseio durante o trabalho e banho na saída. Devem realizar exames de saúde periódicos. 
 
Todos os visitantes ao sítio de produção devem ser considerados como um risco potencial de 
contaminação. Deve-se instituir registro de todas as visitas ao sítio de produção, incluindo data, 
nome, endereço, motivo da visita e último contato com suínos, sejam do mesmo sítio de produção 
ou de outro, para possível rastreamento epidemiológico, caso seja necessário. O espaço de tempo 
entre duas visitas sucessivas deve ser superior a 72 horas ou três dias. 
 
O estabelecimento deve contar com rodolúvio ou outro sistema de desinfecção de veículos, além 
de embarcadouro/desembarcadouro de animais na sua entrada, limitando o transporte de suínos 
recém chegados ou terminados. O tráfego de caminhões de ração deve-se restringir à recepção 
da fábrica de ração e armazenagem, evitando-se contato com galpões e demais prédios. 
 
Introdução de animais no sistema de produção 
É de extrema importância que se adquiram todos os animais de fontes idôneas. O quarentenário 
aliado ao apoio laboratorial minimiza bastante os riscos de introdução de animais portadores de 
doenças, assegurando o status sanitário do rebanho. 
 
Alimento 
O alimento fornecido aos animais pode ser uma fonte de grande contaminação, portanto, a 
garantia de qualidade na origem, aliada aos cuidados durante o carregamento do caminhão, 
transporte até a granja, descarregamento, armazenagem na fábrica de ração, evitando-se 
umidade, fermentação e acesso de roedores são pontos a se observar com bastante rigor. 
 
A limpeza periódica dos silos, onde é armazenada a ração, deve garantir a retirada total de placas 
ou depósitos mofados ou rancificados. Essa limpeza é feita a seco, com a retirada dos resíduos 
por meio de vassoura e pá de cabo longo. 
 
Qualidade da água 
Deve-se inspecionar rotineiramente a qualidade microbiológica da água com objetivo de 
determinar contaminação. Para descontaminação, utiliza-se o cloro ou produtos à base de 
biguanidas (PHMB). A descontaminação deve ser realizada na origem e no sistema de 
armazenamento a cada seis meses. 
 
Controle de dejetos e resíduos 
Os dejetos devem ser recolhidos, evitando-se a atração de insetos ou poluição ambiental com a 
liberação de amônia e gases. Pode-se maximizar o aproveitamento dos dejetos como adubo com 
o tratamento em tanques, esterqueiras, biodigestores e outros sistemas alternativos. 
 
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Resíduos de partos e sujidades devem ser devidamente destinados em sistemas de 
compostagem, lixeiras, fossas ou outros sistemas de descarte. 
 
Controle de roedores e insetos 
Roedores e insetos são vetores mecânicos e reservatórios de micro-organismos produtores de 
doenças. As medidas que visam impedir o acesso de roedores, como proteção nas portas, 
orifícios tapados, forros nos tetos dos locais de armazenamento, rações colocadas sobre estrados, 
devem ser eficazes. 
 
O emprego de rodenticidas/raticidas deve ser feito em locais que não contaminem o alimento 
destinado aos suínos. A desinfecção e higiene das instalações devem ser direcionadas a evitar a 
proliferação de insetos, assim como o uso de telas e ventilação artificial. Inseticidas devem ser 
usados somente na desinfecção. 
 
Sistema de registro de dados 
O registro de dados de saúde e produtividade se torna importante para o cálculo de indicadores 
de saúde (coeficientes, taxas e índices), cuja análise e interpretação favorecem eventual 
diagnóstico precoce de determinadas doenças. 
 
Monitoramento laboratorial 
Através de exames periódicos pode-se avaliar o status sanitário dos animais do sítio deprodução, 
obtendo-se a avaliação da eficiência do procedimento de vacinação; a vigilância de doenças 
indesejadas; o isolamento de agentes bacterianos para antibiograma que auxiliem no 
planejamento da medicação e a construção de um histórico sanitário do sítio de produção e da 
empresa. 
 
Vacinação 
A prevenção de muitas doenças é realizada por meio de vacinação, que deverá causar o mínimo 
de reação com o máximo de imunidade. As vacinas devem ser mantidas livres de contaminação 
durante seu uso e armazenamento. O plano vacinal considerará os aspectos epidemiológicos de 
cada região. 
 
Mais adiante, nesta seção, será apresentado um programa mínimo de vacinação para o rebanho 
suíno. 
 
Destino de cadáveres 
A eliminação das carcaças de suínos que morrem nas condições normais de criação representa 
um problema de difícil solução, pois o volume de material a ser eliminado é significativo. 
 
Um grande problema a ser considerado é o fato de que as carcaças de animais mortos por 
infecção geralmente possuírem altos títulos do agente patogênico causador da doença, 
aumentando, enormemente, o risco de difusão do mesmo e a possibilidade de contaminação 
humana durante a sua movimentação e eliminação. 
 
 
 
 
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Os principais métodos para destinação de animais mortos são: 
 
● Enterramento; 
● Poços cobertos (fossas sépticas); 
● Incineração; e 
● Compostagem. 
 
Procedimento de limpeza 
O programa de limpeza e desinfecção é uma das peças fundamentais dentro do conjunto de 
práticas de manejo presentes nas granjas com suinocultura eficiente e lucrativa. Em condições 
confinadas, a frequência e severidade das doenças estão diretamente relacionadas ao nível de 
contaminação ambiental, e este, por sua vez, está relacionado ao sistema de manejo das 
instalações e ao programa de limpeza e desinfecção. 
 
Um programa adequado de limpeza e desinfecção requer, para seu efetivo sucesso, produtos de 
comprovada eficácia, adequado às características próprias de cada instalação e equipamentos, 
mão de obra qualificada e treinada, conhecedora da necessidade de uma perfeita atuação nas 
atividades de limpeza e desinfecção e, ainda, com conhecimento dos agentes etiológicos 
instalados na propriedade. 
 
A realização rotineira de um processo de higienização detalhado é a condição indispensável para 
a manutenção de um alto nível de saúde do rebanho, pois, através da redução da carga 
microbiana nas instalações, equipamentos e, consequentemente, no ambiente do sistema de 
produção, seguramente se reduzirá o risco de ocorrência de doenças, bem como será possível o 
controle ou a erradicação de enfermidades presentes. 
 
É importante considerar que o desinfetante ideal seria aquele capaz de eliminar, na mesma 
concentração e no mesmo espaço de tempo, todas as bactérias, os vírus, fungos, protozoários, 
parasitas e suas formas intermediárias. Porém, produto como esse não existe. 
 
A eficácia de um desinfetante depende de uma variedade de fatores, incluindo a superfície de 
contato, qualidade da água (dureza, pH, íons orgânicos) e material orgânico (alimentação, dejetos, 
secreções). 
 
A presença de matéria orgânica residual pode proteger os organismos infecciosos e interferir na 
atividade dos desinfetantes ou bloquear as superfícies de contato. O excesso de matéria orgânica 
sobre a superfície dificulta ou até mesmo torna impossível a penetração do desinfetante em todas 
as “frestas”, nas quais podem se alojar micro-organismos. 
 
As operações de limpeza se dividem em limpeza seca e limpeza úmida. Quando se limpa uma 
instalação, deve-se iniciar pela limpeza seca, que consiste na retirada de toda matéria orgânica, 
restos de ração e da sujeira impregnada no piso e nas paredes. 
 
Também devem ser limpos os silos externos e as caixas de ração das linhas de comedouros 
(remover todo conteúdo restante de ração). Os arredores das instalações devem ser varridos e a 
grama aparada. 
 
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Já na limpeza úmida, deve-se utilizar água sob pressão, podendo ser fria ou quente. Melhores 
resultados são obtidos com água quente, pois fica mais fácil remover as gorduras impregnadas 
nas instalações. Deve-se utilizar água em abundância, e a pressão do jato de água é importante, 
pois dá mais impacto contra o objeto a ser lavado. 
 
É muito comum se confundir limpeza com desinfecção. O fato de ser passada a vassoura e água 
em uma instalação não significa que esta esteja livre de agentes microbianos indesejáveis. Da 
mesma forma, o uso de um desinfetante sem uma limpeza prévia do local não tem significado 
algum, a não ser o de desperdício de mão de obra e de desinfetante. 
 
Uma limpeza prévia tem por finalidade a obtenção de superfícies limpas, uma vez que a maioria 
dos desinfetantes perde parte de sua eficácia quando em contato com a matéria orgânica. Dessa 
maneira, a limpeza prévia permite uma ação direta do produto sobre os agentes causadores de 
doenças. Um aumento da dose do produto não irá compensar a falta de uma limpeza prévia. A 
limpeza e a desinfecção são duas operações distintas que se completam. 
 
Desinfecção 
Desinfecção é o conjunto de medidas empregadas para impedir a penetração e o crescimento de 
germes em um determinado ambiente ou estrutura, tornando-os livres de agentes infectantes, com 
o uso de substâncias desinfetantes ou outras formas físicas de desinfecção. 
 
Desinfetantes são substâncias químicas que destroem as formas vegetativas de 
micro-organismos, mas não necessariamente sua forma esporulada. No passado, era prática 
comum a realização de desinfecções apenas nos casos de ocorrência de surtos de doenças. Hoje, 
através do desenvolvimento de programas de limpeza e desinfecção, como parte dos esquemas 
de profilaxia, a desinfecção preventiva representa uma prática comum e extremamente necessária 
na cadeia produtiva de suínos. 
 
Uma desinfecção completa e eficiente somente pode ser executada após a retirada dos 
animais das instalações. 
 
Somente assim, obtém-se o máximo de ação do desinfetante, uma vez que a ausência de animais 
e de equipamentos permite que o produto tenha um contato direto com os micro-organismos e 
tempo suficiente para agir. 
 
Passos para a realização da limpeza e desinfecção 
A seguir, são apresentados alguns passos para realização da limpeza e desinfecção das salas 
após a saída dos animais: 
 
1. Iniciar a limpeza seca, com pá e vassoura, imediatamente após a retirada dos animais; 
2. Esvaziar as calhas ou fossas existentes; 
3. Desmontar e lavar todos os equipamentos da sala; 
4. Iniciar a limpeza úmida no máximo três horas após a saída dos animais; 
5. Umedecer previamente a instalação com água contendo um detergente para facilitar a 
remoção de toda a matéria orgânica aderida nas paredes e nos pisos; 
6. Fazer a limpeza úmida com lava jato de alta pressão (1.000 a 2.000 libras); 
7. Aplicar o desinfetante no dia seguinte ao da lavagem, com a instalação totalmente seca, 
usando cerca de 400 mL da solução/m2 de superfície; 
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8. Observar, com cuidado, a correta diluição do desinfetante, seguindo sempre a 
recomendação do fabricante; 
9. Desinfetar todas as superfícies da sala e todos os equipamentos; 
10. Nos meses de inverno, usar água pré-aquecida a 37 °C para diluir o desinfetante; 
 
Opcionalmente, pode ser feita uma segunda desinfecção, usando pulverização ou nebulização, 
cerca de duas horas antes do alojamento do próximo lote de animais; 
 
No caso de sala de maternidade, fazer essa segunda desinfecção com vassoura de fogo (lança 
chamas), como forma de auxiliar no controle da coccidiose; 
 
Aguardar vazio sanitário mínimo de cinco dias, deixando, nesse período, a sala fechada; 
 
Montar os equipamentos e alojar os animais na sala limpa e desinfetada; 
 
Vazio sanitário 
É o período em que a instalação permanece vazia após ser realizada a limpeza seguida de 
desinfecção. A prática é um complemento à desinfecção e permite a destruição de 
micro-organismos não atingidos pela mesma, mas que se tornam sensíveis à ação das pressões 
físicas naturais. 
 
Além disso, o vazio sanitário permite a secagem das instalações. Sua eficiência somente será 
possível se o local permanecer fechado, não permitindo a passagem de animais ou pessoas. 
 
O período de vazio sanitário para uma sala de maternidade deve ser, no mínimo, de três a cinco 
dias. Já para um prédio de maternidade composta por diversas salas, esse período deve ser 
estendido para sete dias. Para recrias e terminações, o tempo de vazio preconizado é, em média, 
de sete dias. 
 
Nos casos de despovoamento total de granjas, o vazio sanitário recomendado varia de 30 a 120 
dias, dependendo dos tipos de agentes patogênicos presentes no ambiente que se pretendam 
eliminar e do grau de segurança com que se pretenda trabalhar. 
 
 
 
Programa de Vacinação 
 
O objetivo da utilização de vacinas em suinocultura é o de melhorar as condições de defesa dos 
animais contra os agentes patogênicos. Além da imunidade, outros fatores podem interferir com 
essa resistência às doenças, tais como o estado nutricional dos animais, microbismo ambiental, 
qualidade do manejo em uso, bem como diversas variáveis relacionadas com o ambiente e com 
situações estressantes. 
 
As vacinas são usadas, principalmente, de maneira preventiva. Eventualmente, são administradas 
durante o curso de uma infecção com a finalidade de proteger aqueles animais do rebanho que 
estejam expostos ao risco de infecção e para fins terapêuticos para aqueles já infectados. 
Existem muitas vacinas disponíveis no mercado para atender a suinocultura. 
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A decisão de quais vacinas serão utilizadas dependerá de uma avaliação individual da 
granja, dos riscos e perdas econômicas que representam as doenças a que se deseja 
prevenir. 
 
Um programa básico de vacinação inclui as vacinas contra parvovirose, colibacilose, rinite atrófica 
e pneumonia enzoótica, conforme apresentado na Tabela 1. Para um programa de vacinação 
mais completo, consulte Barcellos et al. (1996). 
 
Tabela 1 - Sugestão de um programa mínimo de vacinação para um rebanho suíno 
 
 
Atualmente, vem sendo utilizado em suinocultura o programa de vacinação conhecido como 
vacinação autógena. 
 
Resumidamente, o programa consiste no processo em que o veterinário recolhe amostras de 
fezes, resíduos de ração etc., e as encaminha a um laboratório que fará a identificação e a 
contagem dos micro-organismos potencialmente infectantes presentes no rebanho e 
potencialmente causadores de doenças. 
 
De posse desses resultados, é proposto um programa de vacinação específico para aquele 
sistema de produção de suínos. 
 
A vacinação autógena, inicialmente mais dispendiosa economicamente, torna-se mais econômica 
em médio e longo prazos desde que respeitado o processo sanitário de introdução de animais na 
granja. 
 
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Principais Doenças no Rebanho Suíno 
 
Na suinocultura moderna, as doenças que afetam os animais podem ser alocadas em dois 
grandes grupos: 
● Doenças epizoóticas: causadas por agentes infecciosos específicos que se caracterizam 
por apresentar alto contágio e altas taxas de morbidade e mortalidade; 
● Doenças multifatoriais: de etiologia complexa, em que um ou mais agentes infecciosos 
exercem seu efeito patogênico em animais ou rebanhos submetidos a situações de risco 
(doenças de rebanho). 
 
Na Tabela 2 estão apresentadas algumas das principais doenças na suinocultura e suas 
etiologias. 
 
Para detalhes de doenças dos suínos, consultar Sobestiansky et al. (1999), que traz em sua obra 
excelente material com sintomas, modo de ação e muitas ilustrações sobre o tema. Sem dúvida, 
uma das melhores literaturas disponíveis no Brasil. 
 
Tabela 2 - Principais doenças na suinocultura e suas etiologias 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Tabela 3 - Tempo de sobrevivência e distâncias de transmissão de alguns agentes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Fonte 
 
FERREIRA, Rony Antonio. Suinocultura: manual prático de criação. Viçosa: Aprenda Fácil, 2017, 
442p. 
 
Bibliografias consultadas: 
BARCELLOS, D. E. S. N.; SOBESTIANSKY, J.; PIFFER, I. Utilização de vacinas em produção de 
suínos. In: Suinocultura Dinâmica, Concórdia/SC, n.19, p.1-10, 1996. 
 
FÁVERO , J. A. Produção de suínos. Embrapa Suínos e Aves, Sistemas de Produção 2, 2003. 
Disponível em: http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/#suino . Acesso em 27 maio 2009. 
 
SOBESTIANSKY, J.; BARCELLOS, D.; MORES, N. Clínica e Patologia Suína. Goiânia, 1999, 
464p. 
 
SOBESTIANSKY, J.; WENTZ, I; SILVEIRA P. R. S. Suinocultura intensiva. Concórdia: Embrapa 
Suínos e Aves, 1998, 388p. 
 
 
 
 
 
 
 
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