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GEF106 – Componentes Químicos e Anatômicos da Madeira Prof. Fábio Akira Mori Literatura: - Livro Anatomia da Madeira. Burger e Richter (Biblioteca central) - Notas de aula (a ser postado no Campus Virtual: Tópico 1) Componentes Químicos e Anatômicos da Madeira Química da Madeira: Composição química da parede celular e extra parede Anatomia da Madeira: Células constituintes da madeira e formação da parede celular Anatomia da Madeira Anatomia: grego anatomé: dissecação, sufixo latino: ia É o estudo dos diversos tipos de células que constituem o lenho (xilema secundário), suas funções, organização e peculiaridades estruturais Importância do conhecimento anatômico da madeira: - Identificação das madeiras, - Utilização correta da madeira, - Prever e compreender o comportamento da madeira quanto a sua utilização, - Conhecimento das suas células e relação com as propriedades da madeira Importância da Madeira Características da Madeira Estrutura à base de material ligno-celulósico Natureza anisotrópica Higroscópica Biodegradável Combustibilidade Isolante Boa trabalhabilidade Grupos vegetais que produzem madeiras Taxonicamente duas categorias: MADEIRAS DE GIMNOSPERMAS E MADEIRAS DE ANGIOSPERMAS Madeiras de gimnospermas: denominações: CONÍFERAS, RESINOSAS, NÃO-POROSAS, SOFTWOODS, MFL. Principal ordem: coniferales BRASIL: três espécies de coníferas nativas 1.Pinheiro-do-paraná Duas espécies de pinheiro-bravo 2.Podocarpus lamberttii e 3.Podocarpus sellowii Introdução de espécie exótica cultivadas principalmente no Sul do país Pinus: Pinus taeda, Pinus elliotti, P. patula, P. oocarpa, P. caribaeae Madeira de angiospermas Eudicotiledôneas Denominações: madeira de folhosas, porosas, hardwoods, MFC Ex. peroba-rosa, canela, jatobá, mogno, cerejeira, cedro, aroeira etc. Importância em reflorestamentos: Eucalyptus Dúvidas ?????? 14 COMPONENTES MACROSCÓPICOS DO TRONCO Madeira Conjunto heterogêneo de diferentes tipos de células com propriedades específicas que desempenham funções vitais: Condução de líquido Transformação, armazenamento e transporte de substâncias nutritivas Sustentação do vegetal. ÁRVORES DE SEQUOIA PODEM ATINGIR ATÉ 100 m DE ALTURA !!! Componentes do Tronco Componentes do Tronco Casca externa – Ritidoma Proteger Casca interna – Floema Condução da seiva elaborada Câmbio Origem aos tecidos Alburno Transporte da seiva bruta Cerne Sustentação Casca externa Situado entre o xilema e o floema e é um tecido meristemático que forma xilema secundário para dentro e floema secundário para fora É a casca interna que transporta a seiva elaborada Identificação pelas cascas Eucaliptos Angico-vermelho Fonte de componentes químicos Ex.: barbatimão: extração de polifenóis (taninos) até 40% em suas cascas Fonte de inúmeros produtos: ex. cortiça Aproveitamento comercial do súber Retirada de cortiça da árvore de sobreiro (Quercus suber) Súber Rolhas e placa de cortiça Alburno e cerne Xilema secundário: Alburno + cerne Alburno: Xilema ativo no transporte de água e sais minerais Cerne: Xilema inativo com função de sustentação Alburno se transforma em cerne com a idade da árvore, processo chamado de cernificação. Consequências: Tilos ou tiloses em folhosas e formação de pontoações aspiradas em gimnospermas Condução de líquidos Seiva bruta (água e sais minerais) Seiva elaborada Condução de líquidos no tronco. Traqueídes Vasos Gimnospermas Angiospermas cerne de pau-brasil cerne de pau roxo cerne de Eucalyptus grandis Cerne x Alburno Cerne – Em geral apresenta cor mais escura em relação ao albuno – Menor teor de umidade – Mais resistente ao ataque de agentes xilófagos – Menos permeável Alburno –Cor mais clara –Maior teor de umidade em função da atividade fisiológica mais intensa –Menos resistente ao ataque de agentes xilófagos –Mais permeável Dúvidas ???? Anéis de crescimento Quando as árvores crescem em regiões de clima com estações definidas sempre produzem madeira com anéis anuais de crescimento. Assim, um anel de crescimento representa o acúmulo de células de xilema produzidas durante uma estação de crescimento. Anéis de crescimento Conífera Folhosa Embora todas as árvores produzam camadas concêntricas e superpostas de lenho, os anéis de crescimento podem não ser visíveis ou, também, podem não estar associados a um período de crescimento de um ano. A madeira formada no inicio do período de crescimento é chamado de lenho inicial ou primaveril, e a madeira formada ao final do período de crescimento é o lenho tardio ou outonal. Lenho inicial Lenho tardio As células do lenho tardio são mais estreitas e de paredes mais espessas que as de lenho inicial. Visualização dos anéis de crescimento Gimnospermas: visualização bem demarcada por alternância de tonalidade entre LI e LT 34 Angiospermas eudicotiledôneas Presença de uma faixa de parênquima no limite do anel de crescimento(parênquima marginal) Concentração ou maior dimensão dos poros no lenho inicial (início do período vegetativo) – Porosidade em anel circular ou semi-circular LI LT LI LT LT LI Alargamento dos raios Alteração do espaçamento do parênquima marginal LT LI 38 Espessamento das paredes das fibras TIPOS DE ANÉIS DE CRESCIMENTO Aa: Falsos anéis Ab: Anéis descontínuos Anéis excêntricos Anéis indistintos ou pouco evidentes DENDROCRONOLOGIA Densitometria de raio-x Anéis de crescimento anuais: LI e LT formados em um ano Falsos anéis: forma mais de um anel por período vegetativo (dificulta a determinação exata da idade da árvore) 42 Anéis de crescimento indistintos Situação: Direção da medula à marca X e do X até a direção da casca, o que acontece com os anéis de crescimento ? Em que condição esta árvore de gimnosperma pode estar crescendo ? Parênquima radial (raios) Função: armazenamento, transporte radial, armazenamento de substâncias nutritivas Parênquima medular: medula Início do crescimento da planta: condução Função: armazenamento Medula Células parenquimáticas Crescimento primário
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