Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
BIOÉTICA – AULA 1 Prof.ª ANA CASTRO Objetivos gerais Análise de conceitos de ética e bioética, apontando para perspectiva da atuação profissional frente às mudanças proporcionadas pelos avanços científicos relacionadas a questões fundamentais da vida humana. Objetivos específicos Caracterizar a diferença entre Ética, Moral e o Direito; Refletir sobre conflitos e dilemas morais envolvidos na área da saúde; Conhecer a história e os impactos éticos, sociais, políticos e legais das biotecnologias; Justificar a necessidade da bioética; Conhecer os fundamentos, princípios e modelos explicativos da bioética; Refletir sobre conflitos e dilemas morais envolvidos na área da saúde e sobre os limites da bioética; Compreender as influências das novas biotecnologias na área médica; O QUE É BIOÉTICA? ÉTICA DA VIDA ÉTICA DA VIDA Dois campos do conhecimento Melhor uso de novas tecnologias Possibilidade de resposta à ética em geral Caminho de prudência CONCEITO A Bioética tem como objetivo facilitar o enfrentamento de questões éticas/bioéticas que surgirão na vida profissional. Sem esses conceitos básicos, dificilmente alguém consegue enfrentar um dilema, um conflito, e se posicionar diante dele de maneira ética. Assim, esses conceitos (e teorias) devem ficar bem claros para todos nós. Não se pretende impor regras de comportamento (para isso, temos as leis), e sim dar subsídios para que as pessoas possam refletir e saber como se comportar em relação às diversas situações da vida profissional em que surgem os conflitos éticos. “Será que minha conduta profissional está fundamentada em princípios éticos?” “Estou agindo da maneira mais adequada?” CONCEITO Começo da década de 1970 Publicação de duas obras muito importantes de um pesquisador e professor norte-americano da área de oncologia, Van Rensselaer Potter. Avanços da ciência sobre a vida CONCEITO “Nem tudo que é cientificamente possível é eticamente aceitável”. Ponte entre culturas: científica e humanística ÉTICA DA VIDA Tem como objetivo indicar os limites e as finalidades da intervenção do homem sobre a vida, identificar os valores de referência racionalmente proponíveis, denunciar os riscos das possíveis aplicações. Necessita ser estudada por meio de uma metodologia interdisciplinar. Profissionais de diversas áreas devem participar das discussões sobre os temas que envolvem o impacto da tecnologia sobre a vida. CONCEITO O progresso científico não é um mal, mas a “verdade científica” NÃO pode substituir a ética. LEITURA COMPLEMENTAR BIOÉTICA – AULA 2 Prof.ª ANA CASTRO A HISTÓRIA DA BIOÉTICA Influências do ambiente em que vivemos: históricas, culturais ou sociais. Paternalismo hipocrático Hipócrates é considerado o “Pai da Medicina” “Juramento de Hipócrates” Sociedade era formada por diversas castas A HISTÓRIA DA BIOÉTICA Governantes, sacerdotes e médicos Cidadãos (soldados, artesãos, agricultores) Escravos e prisioneiros de guerra A HISTÓRIA DA BIOÉTICA Os médicos eram considerados semideuses, e estavam encarregados de curar as pessoas “segundo seu poder e entendimento” (como consta no juramento de Hipócrates). A HISTÓRIA DA BIOÉTICA A estrutura da sociedade deixou de ser piramidal, porém continua paternalista... Profissionais da saúde são considerados “pais” Quando o profissional se considera superior (em dignidade) a seu paciente, também temos uma postura paternalista Alguns pacientes não percebem que podem questionar o profissional e aceitam tudo o que ele propõe, pois consideram que “o doutor é quem sabe” A HISTÓRIA DA BIOÉTICA Método cartesiano (ou cartesianismo) Estabelecido por René Descartes no século XVII Fragmentação do saber Contribuiu para o desenvolvimento da ciência Superespecialização do saber Estudar apenas aquela parte do corpo humano que vamos tratar (???) O paciente é um todo A HISTÓRIA DA BIOÉTICA Cientistas Louis Pasteur e Robert Koch no século XIX Microscópios: a descoberta e o estudo dos microrganismos Mudança de foco dos profissionais Doença (estudo) Doente (consequências da doença para o doente) Todos esses fatos históricos podem ter contribuído para o processo de “desumanização” da assistência ao paciente, e a tentativa de reverter esse quadro vem sendo foco de estudos de diversos pesquisadores, bem como alvo de políticas do governo federal. A HISTÓRIA DA BIOÉTICA Contexto cultural e social Postura realista = todos os aspectos de uma situação ou realidade O que é esse contexto? Individualismo Hedonismo Utilitarismo A HISTÓRIA DA BIOÉTICA INDIVIDUALISMO Reivindicação da liberdade Independência total (não é possível) Seres sociais, frutos de relações familiares e dependentes de vínculos sociais Responsabilidades diante das consequências dos atos individuais na vida dos outros Todos os nossos atos têm alguma consequência para outras pessoas A HISTÓRIA DA BIOÉTICA HEDONISMO Suprimir a dor e estender o prazer Eficiência econômica, consumismo desenfreado, beleza e prazer da vida física Ficam esquecidas as dimensões mais profundas da existência, como as interpessoais, as espirituais e as religiosas A HISTÓRIA DA BIOÉTICA UTILITARISMO Ações se limitam a uma avaliação de “custos e benefícios” O referencial “ético” para as decisões é ser bem-sucedido “Só o que é útil tem valor” (???) Pessoas com necessidades especiais e aquelas consideradas vulneráveis devem ser consideradas dignas de respeito, são pessoas humanas, e isso é condição suficiente para que sejam respeitadas. FUNDAMENTAÇÃO DA BIOÉTICA FUNDAMENTAÇÃO DA BIOÉTICA O fundamento é a pessoa humana. Quais são os conceitos que existem na realidade da pessoa dos quais devemos nos lembrar por serem importantes no enfrentamento das questões bioéticas? FUNDAMENTAÇÃO DA BIOÉTICA A pessoa é única. A pessoa humana é provida de uma “dignidade”. A pessoa é composta de diversas dimensões: dimensão biológica dimensão psicológica, dimensão social ou moral e dimensão espiritual. Assim, todas as nossas reflexões e ações diante das pessoas (seja em situações de conflitos éticos ou não) devem ser guiadas pelo respeito a esse fundamento, a pessoa humana (entendida como um ser único, que é uma totalidade e dotado de dignidade). Quando conseguimos agir dessa maneira, ou seja, respeitando esse fundamento, podemos estar certos de que estamos agindo de forma ética. FUNDAMENTAÇÃO DA BIOÉTICA É fundamental o respeito à vida humana. Mas o que designamos vida humana? Livros de Embriologia Patrimônio genético próprio BIOÉTICA – AULA 3 Prof.ª ANA CASTRO DEFINIÇÃO DE MORAL, ÉTICA E BIOÉTICA Ética Moral Bioética DEFINIÇÃO DE MORAL, ÉTICA E BIOÉTICA ÉTICA: O termo deriva do grego ethos (caráter, modo de ser de uma pessoa). É um conjunto de valores morais e princípios que norteiam a conduta humana na sociedade. É responsável por definir condutas do nosso dia-a-dia, como no caso dos códigos de ética profissional, que indicam como um indivíduo deve se comportar no âmbito da sua profissão. Para que serve a ÉTICA? Equilíbrio e bom funcionamento social, possibilitando que ninguém saia prejudicado. Primeiro código de ética DEFINIÇÃO DE MORAL, ÉTICA E BIOÉTICA MORAL: o termo deriva do latim “mores”, que significa“costumes”. É definida como o conjunto de normas, princípios, preceitos, costumes e valores que norteiam o comportamento do indivíduo no seu grupo social. Essas regras orientam cada indivíduo, norteando as suas ações e os seus julgamentos sobre o que é moral ou imoral, certo ou errado, bom ou mau. DEFINIÇÃO DE MORAL, ÉTICA E BIOÉTICA ÉTICA Conhecimento ou ciência do comportamento moral Compreender, justificar e criticar a moral de uma sociedade MORAL Costumes e crenças de um povo Normativas da ação humana DEFINIÇÃO DE MORAL, ÉTICA E BIOÉTICA DEFINIÇÃO DE MORAL, ÉTICA E BIOÉTICA BIOÉTICA: Trata-se de um conjunto de conceitos, argumentos e normas que valorizam – e na verdade legitimam – eticamente os atos humanos. Entendendo que estes atos afetam, de maneira real ou potencial, e de forma profunda e na maioria das vezes, irreversível os sistemas vivos. DEFINIÇÃO DE MORAL, ÉTICA E BIOÉTICA Bioética é aplicadas. O estudo argumentos mais desenvolvida das éticas sistemático morais a das dimensões e favor e humanas contra que determinadas práticas interferem e afetam a qualidade de vida de todos os seres vivos e as condições ambientais do Planeta Terra. LEITURA COMPLEMENTAR BIOÉTICA – AULA 4 Prof.ª ANA CASTRO PRINCÍPIOS DA BIOÉTICA Fundamento: respeito pela pessoa humana “Ferramentas” para facilitar o nosso processo de estudo e de decisão sobre os diversos temas de bioética = princípios Relatório Belmont (1978): orientar pesquisas com humanos Utilização comum entre os americanos e os brasileiros Os princípios são nossas ferramentas de trabalho PRINCÍPIOS DA BIOÉTICA 1. Beneficência/não maleficência Principal razão do exercício das profissões que envolvem a saúde das pessoas (física ou psicológica) Beneficência significa “fazer o bem” Não maleficência significa “evitar o mal” Propor um tratamento Profissional deve reconhecer a dignidade Considerar a sua totalidade Oferecer o melhor tratamento Reconhecimento de necessidades físicas, psicológicas ou sociais do paciente Desejar o melhor para restabelecer sua saúde, para prevenir um agravo, ou para promover sua saúde PRINCÍPIOS DA BIOÉTICA PRINCÍPIOS DA BIOÉTICA 2. Autonomia As pessoas têm “liberdade de decisão” sobre sua vida Autodeterminação = o quanto ela pode gerenciar sua própria vontade, livre da influência de outras pessoas Declaração Universal dos Direitos Humanos, que foi adotada pela Assembleia Geral das Nações Unidas (1948), manifesta logo no seu início que as pessoas são livres PRINCÍPIOS DA BIOÉTICA 2. Autonomia Código de Defesa do Consumidor: proteção às pessoas que buscam serviços de saúde Duas condições são fundamentais: a liberdade e a informação A pessoa deve ser livre para decidir e ela deve estar livre de pressões externas Dificuldade de expressar sua liberdade: autonomia limitada Criança Dificuldade de decisão Fugir do tratamento que julgar desconfortável Responsáveis pela criança decidem o que deverá ser feito PRINCÍPIOS DA BIOÉTICA 2. Autonomia Limitação de autonomia de uma pessoa Pacientes atendidos em clínicas de instituições de ensino Pesquisas de novos fármacos realizadas em países subdesenvolvidos PRINCÍPIOS DA BIOÉTICA O que possibilita o estabelecimento de uma relação terapêutica ou a realização de uma pesquisa? A correta informação das pessoas! Primeira etapa: reconhecer os indivíduos vulneráveis Estabelecer uma relação adequada com o paciente e maximizar sua satisfação com o tratamento O profissional deverá explicar qual será a proposta de tratamento Respeito da autonomia das pessoas PRINCÍPIOS DA BIOÉTICA PRINCÍPIOS DA BIOÉTICA SEMPRE o profissional deverá renovar as informações sobre o tratamento e é preciso ter certeza de que o paciente entendeu as informações que recebeu! 2. Autonomia A informação não se encerra com as explicações do profissional É necessário a compreensão e a assimilação das informações pelos pacientes Consentimento = processo de informação e compreensão e posterior comprometimento com o tratamento PRINCÍPIOS DA BIOÉTICA 2. Autonomia Exagero na expressão da autonomia de uma pessoa O paciente sempre tem condições de avaliar qual o melhor tratamento para ele? O paciente não tem o conhecimento técnico necessário para isso O profissional por ter o conhecimento técnico que aquele medicamento é necessário deve explicar a importância O princípio da beneficência deve ser respeitado em primeiro lugar PRINCÍPIOS DA BIOÉTICA 2. Autonomia A liberdade (autonomia) de algumas pessoas não é respeitada para que se respeite o benefício de outras. Exemplo 1: proibição de fumar em ambientes fechados Autonomia: pessoas que desejam fumar Não malefício: pessoas que não desejam fumar PRINCÍPIOS DA BIOÉTICA 2. Autonomia Exemplo 2: interdição de restaurantes ou clínicas pela vigilância sanitária quando estes não apresentam condições satisfatórias para atender o público Autonomia: dono da empresa Benefício: sociedade que os frequenta PRINCÍPIOS DA BIOÉTICA 3. Justiça Igualdade de tratamento Justa distribuição das verbas do Estado para a saúde e para a pesquisa Conceito de equidade Dar a cada pessoa o que lhe é devido segundo suas necessidades Pessoas são diferentes e que, portanto, também são diferentes as suas necessidades PRINCÍPIOS DA BIOÉTICA 3. Justiça Respeitar com imparcialidade o direito de cada um Profissional ou paciente se prejudicando não é ético Objeção da consciência = direito de um profissional de se recusar a realizar um procedimento PRINCÍPIOS DA BIOÉTICA Princípios Beneficência/não maleficência Autonomia Justiça PRINCÍPIOS DA BIOÉTICA Questão 1 O princípio da beneficência diz o seguinte: “auxilie, ou não prejudique o paciente”. Certo Errado ATENÇÃO O Princípio da Beneficência é o que estabelece que devemos fazer o bem aos outros, independentemente de desejá-lo ou não É importante distinguir estes conceitos: Beneficência é fazer o bem Benevolência é desejar o bem Benemerência é merecer o bem três Questão 2 Preservar a privacidade do paciente, garantir a confidencialidade de suas informações e encorajá-lo a desenvolver sua autonomia são condutas previstas no princípio da beneficência. Certo Errado Questão 3 De acordo com a bioética, devemos respeitar os princípios maleficência da autonomia, beneficência, não e justiça. Nesse sentido, se um trabalhador se recusa a usar os meios de proteção devemos: a) Respeitar a autonomia deste e aceitar que não use os EPIs. b) A justiça prevalece e o trabalhador deve ser ouvido em suas opiniões. A beneficência no uso dos equipamentos de proteção individual é maior que o princípio da autonomia. Não há maleficência na recusa do trabalhador em usar os EPIs. BIOÉTICA – AULA 5 Prof.ª ANA CASTRO Declaração Universal sobre Bioética e Direitos Humanos UNESCO - 19 de outubro de 2005 Regulação normativa em bioética Princípios gerais de caráter universal Valores comuns Objetivo de orientar os avanços científicos e desenvolvimento tecnológico Guia aos Estados na elaboração de legislações e políticas públicas Guia aos indivíduos, grupos, comunidades e instituições DIREITOS HUMANOS E BIOÉTICA DIREITOS HUMANOS E BIOÉTICA DISPOSIÇÕES GERAIS Artigo 1 – Escopo a) A Declaração trata das questões éticas relacionadas à medicina, às ciências da vida e às tecnologias associadas quando aplicadas aos seres humanos, levando emconta suas dimensões sociais, legais e ambientais. b) A presente Declaração é dirigida aos Estados. Quando apropriado e pertinente, ela também oferece orientação para decisões ou práticas de indivíduos, grupos, comunidades, instituições e empresas públicas e privadas. DIREITOS HUMANOS E BIOÉTICA DISPOSIÇÕES GERAIS Artigo 2 – Objetivos Os objetivos desta Declaração são: (i) prover uma estrutura universal de princípios e procedimentos para orientar os formulação de sua legislação, Estados na políticas ou outros instrumentos no campo da bioética; (ii) orientar as ações de indivíduos, grupos, comunidades, instituições e empresas públicas e privadas; iii. promover o respeito pela dignidade humana e proteger os direitos humanos, assegurando o respeito pela vida dos seres humanos e pelas liberdades fundamentais, de forma consistente com a legislação internacional de direitos humanos; iv. reconhecer a importância da liberdade da pesquisa resultantes científica e os benefícios dos desenvolvimentos científicos e tecnológicos, evidenciando, ao mesmo tempo, a necessidade de que tais pesquisas e desenvolvimentos ocorram conforme os princípios éticos dispostos nesta Declaração e respeitem a dignidade humana, os direitos humanos e as liberdades fundamentais; DIREITOS HUMANOS E BIOÉTICA v. promover o diálogo multidisciplinar e pluralístico sobre questões bioéticas entre todos os interessados e na sociedade como um todo; vi. promover o acesso equitativo aos desenvolvimentos médicos, científicos e tecnológicos, assim como a maior difusão possível e o rápido compartilhamento de particular atenção de países conhecimento relativo a tais desenvolvimentos e a participação nos às em benefícios, com necessidades desenvolvimento; DIREITOS HUMANOS E BIOÉTICA vii. salvaguardar e promover os interesses das gerações presentes e futuras; e viii. ressaltar a importância da biodiversidade e sua conservação como uma preocupação comum da humanidade DIREITOS HUMANOS E BIOÉTICA PRINCÍPIOS Conforme a presente Declaração, nas decisões tomadas ou práticas desenvolvidas por aqueles a quem ela é dirigida, devem ser respeitados os princípios a seguir. Artigo 3 – Dignidade Humana e Direitos Humanos a) A dignidade humana, os direitos humanos e as liberdades fundamentais devem ser respeitados em sua totalidade. b) b) Os interesses e o bem-estar do indivíduo devem ter prioridade sobre o interesse exclusivo da ciência ou da sociedade. DIREITOS HUMANOS E BIOÉTICA DIREITOS HUMANOS E BIOÉTICA Artigo 4 – Benefício e Dano Os benefícios diretos e indiretos a pacientes, sujeitos de pesquisa e outros indivíduos afetados devem ser maximizados e qualquer dano possível a tais indivíduos deve ser minimizado, quando se trate da aplicação e do avanço do conhecimento científico, das práticas médicas e tecnologias associadas. DIREITOS HUMANOS E BIOÉTICA Artigo 5 – Autonomia e Responsabilidade Individual Deve ser respeitada a autonomia dos indivíduos para tomar decisões, quando possam ser responsáveis por essas decisões e respeitem a autonomia dos demais. Devem ser tomadas medidas especiais para proteger direitos e interesses dos indivíduos não capazes de exercer autonomia. DIREITOS HUMANOS E BIOÉTICA Artigo 6 – Consentimento a) Qualquer intervenção médica preventiva, diagnóstica e terapêutica só deve ser realizada com o consentimento prévio, livre e esclarecido do indivíduo envolvido, baseado em informação adequada. O consentimento deve, quando apropriado, ser manifesto e poder ser retirado pelo indivíduo envolvido a qualquer momento e por qualquer razão, sem acarretar desvantagem ou preconceito. DIREITOS HUMANOS E BIOÉTICA Artigo 6 – Consentimento b) A pesquisa científica só deve ser realizada com o prévio, livre, expresso e esclarecido consentimento do indivíduo envolvido. A informação deve ser adequada, fornecida de uma forma compreensível e incluir os procedimentos para a retirada do consentimento. O consentimento pode ser retirado pelo indivíduo envolvido a qualquer hora e por qualquer razão, sem acarretar qualquer desvantagem ou preconceito. Exceções a este princípio somente devem ocorrer quando em conformidade com os padrões éticos e legais adotados pelos Estados, consistentes com as provisões da presente Declaração, particularmente com o Artigo 27 e com os direitos humanos. DIREITOS HUMANOS E BIOÉTICA Artigo 6 – Consentimento c) Em casos específicos de pesquisas desenvolvidas em um grupo de indivíduos ou comunidade, um consentimento adicional dos representantes legais do grupo ou comunidade envolvida pode ser buscado. Em nenhum caso, o consentimento coletivo da comunidade ou o consentimento de um líder da comunidade ou outra autoridade deve substituir o consentimento informado individual. DIREITOS HUMANOS E BIOÉTICA Artigo 7 – Indivíduos sem a Capacidade para Consentir Em conformidade com a legislação, proteção especial deve ser dada a indivíduos sem a capacidade para fornecer consentimento: a) a autorização para pesquisa e prática médica deve ser obtida no melhor interesse do indivíduo envolvido e de acordo com a legislação nacional. Não obstante, o indivíduo afetado deve ser envolvido, na medida do possível, tanto no processo de decisão sobre consentimento assim como sua retirada; DIREITOS HUMANOS E BIOÉTICA Artigo 7 – Indivíduos sem a Capacidade para Consentir b) a pesquisa só deve ser realizada para o benefício direto à saúde do indivíduo envolvido, estando sujeita à autorização e às condições de proteção prescritas pela legislação e caso não haja nenhuma alternativa de pesquisa de eficácia comparável que possa incluir sujeitos de pesquisa com capacidade para fornecer consentimento. Pesquisas sem potencial benefício direto à saúde só devem ser realizadas excepcionalmente, com a maior restrição, expondo o indivíduo apenas a risco e desconforto mínimos e quando se espera que a pesquisa contribua com o benefício à saúde de outros indivíduos na mesma categoria, sendo sujeitas às condições prescritas por lei e compatíveis com a proteção dos direitos humanos do indivíduo. A recusa de tais indivíduos em participar de pesquisas deve ser respeitada. DIREITOS HUMANOS E BIOÉTICA Artigo 8 – Respeito pela Vulnerabilidade Humana e pela Integridade Individual A vulnerabilidade humana deve ser levada em consideração na aplicação e no avanço do conhecimento científico, das práticas médicas e de tecnologias associadas. Indivíduos e grupos de vulnerabilidade específica devem ser protegidos e a integridade individual de cada um deve ser respeitada. DIREITOS HUMANOS E BIOÉTICA Artigo 9 – Privacidade e Confidencialidade A privacidade dos indivíduos envolvidos e a confidencialidade de suas informações devem ser respeitadas. Com esforço máximo possível de proteção, tais informações não devem ser usadas ou reveladas para outros propósitos que não aqueles para os quais foram coletadas ou consentidas, em consonância com o direito internacional, em particular com a legislação internacional sobre direitos humanos. DIREITOS HUMANOS E BIOÉTICA Artigo 10 – Igualdade, Justiça e Equidade A igualdade fundamental entre todos os seres humanos em termos de dignidade e de direitos deve ser respeitada de modo que todos sejam tratados de forma justa e equitativa. DIREITOS HUMANOS E BIOÉTICA Artigo 11 – Não-Discriminação e Não- Estigmatização Nenhum indivíduo ou grupo deve ser discriminado ou estigmatizado por qualquer razão, o que constitui violação à dignidade humana, aos direitos humanos e liberdades fundamentais. DIREITOS HUMANOS E BIOÉTICA Artigo 12 – Respeito pela Diversidade Cultural e pelo PluralismoA importância da diversidade cultural e do pluralismo deve receber a devida consideração. Todavia, tais considerações não devem ser invocadas para violar a dignidade humana, os direitos humanos e as liberdades fundamentais nem os princípios dispostos nesta Declaração, ou para limitar seu escopo. DIREITOS HUMANOS E BIOÉTICA Artigo 13 – Solidariedade e Cooperação A solidariedade entre os seres humanos e cooperação internacional para este fim devem ser estimuladas. DIREITOS HUMANOS E BIOÉTICA Artigo 14 – Responsabilidade Social e Saúde a) A promoção da saúde e do desenvolvimento social para a sua população é objetivo central dos governos, partilhado por todos os setores da sociedade. b) Considerando que usufruir o mais alto padrão de saúde atingível é fundamentais de todo um dos direitos ser humano, sem distinção de raça, religião, convicção política, condição econômica ou social, o progresso da ciência e da tecnologia deve ampliar: DIREITOS HUMANOS E BIOÉTICA Artigo 14 – Responsabilidade Social e Saúde i. o acesso a cuidados de saúde de qualidade e a medicamentos essenciais, incluindo especialmente aqueles para a saúde de mulheres e crianças, uma vez que a saúde é essencial à vida em si e deve ser considerada como um bem social e humano; ii. o acesso a nutrição adequada e água de boa qualidade; DIREITOS HUMANOS E BIOÉTICA Artigo 14 – Responsabilidade Social e Saúde iii. a melhoria das condições de vida e do meio ambiente; a eliminação da marginalização e da exclusão de indivíduos por qualquer que seja o motivo; e a redução da pobreza e do analfabetismo. DIREITOS HUMANOS E BIOÉTICA Artigo 15 – Compartilhamento de Benefícios a) Os benefícios resultantes de qualquer pesquisa científica e suas aplicações devem ser compartilhados com a sociedade como um todo e, no âmbito da comunidade internacional, em especial com países em desenvolvimento. Para dar efeito a esse princípio, os benefícios podem assumir quaisquer das seguintes formas: DIREITOS HUMANOS E BIOÉTICA Artigo 15 – Compartilhamento de Benefícios i. ajuda especial e sustentável e reconhecimento aos indivíduos e grupos que tenham participado de uma pesquisa; acesso a cuidados de saúde de qualidade; oferta de novas modalidades diagnósticas e terapêuticas ou de produtos resultantes da pesquisa; DIREITOS HUMANOS E BIOÉTICA Artigo 15 – Compartilhamento de Benefícios iv. apoio a serviços de saúde; acesso ao conhecimento científico e tecnológico; facilidades para geração de capacidade em pesquisa; e vii. outras formas de benefício coerentes com os princípios dispostos na presente Declaração. DIREITOS HUMANOS E BIOÉTICA Artigo 15 – Compartilhamento de Benefícios b) Os benefícios não devem constituir indução inadequada para estimular a participação em pesquisa. DIREITOS HUMANOS E BIOÉTICA Artigo 16 – Proteção das Gerações Futuras O impacto das ciências da vida sobre gerações futuras, incluindo sobre sua constituição genética, deve ser devidamente considerado. DIREITOS HUMANOS E BIOÉTICA Artigo 17 – Proteção do Meio Ambiente, da Biosfera e da Biodiversidade Devida atenção deve ser dada à inter-relação de seres humanos com outras formas de vida, à importância do acesso e utilização adequada de recursos biológicos e genéticos, ao respeito pelo conhecimento tradicional e ao papel dos seres humanos na proteção do meio ambiente, da biosfera e da biodiversidade DIREITOS HUMANOS E BIOÉTICA APLICAÇÃO DOS PRINCÍPIOS Artigo 18 – Tomada de Decisão e o Tratamento de Questões Bioéticas a) Devem ser promovidos o profissionalismo, a honestidade, a integridade e a transparência na tomada de decisões, em particular na explicitação de todos os conflitos de interesse e no devido compartilhamento do conhecimento. Todo esforço deve ser feito para a utilização do melhor conhecimento científico e metodologia disponíveis no tratamento e constante revisão das questões bioéticas. DIREITOS HUMANOS E BIOÉTICA Artigo 18 – Tomada de Decisão e o Tratamento de Questões Bioéticas b) Os indivíduos e profissionais envolvidos e a sociedade como um todo devem estar incluídos regularmente num processo comum de diálogo. c) Deve-se promover oportunidades para o debate público pluralista, buscando-se a manifestação de todas as opiniões relevantes. DIREITOS HUMANOS E BIOÉTICA Artigo 19 – Comitês de Ética Comitês de ética independentes, multidisciplinares e pluralistas devem ser instituídos, mantidos e apoiados em nível adequado com o fim de: avaliar questões éticas, legais, científicas e sociais relevantes relacionadas a projetos de pesquisa envolvendo seres humanos; prestar aconselhamento sobre problemas éticos em situações clínicas; DIREITOS HUMANOS E BIOÉTICA Artigo 19 – Comitês de Ética iii. avaliar os desenvolvimentos tecnológicos, formular recomendações científicos e e contribuir para a elaboração de diretrizes sobre temas inseridos no âmbito da presente Declaração; e iv. promover o debate, a educação, a conscientização do público e o engajamento com a bioética. DIREITOS HUMANOS E BIOÉTICA CONSIDERAÇÕES FINAIS Artigo 26 – Inter-relação e Complementaridade dos Princípios A presente Declaração deve ser considerada em sua totalidade e seus princípios devem ser compreendidos como complementares e inter- relacionados. Cada princípio deve ser interpretado no contexto dos demais, de forma pertinente e adequada a cada circunstância DIREITOS HUMANOS E BIOÉTICA Artigo 27 – Limitações à Aplicação dos Princípios Se a aplicação dos princípios da presente Declaração tiver que ser limitada, tal limitação deve ocorrer em conformidade com a legislação, incluindo a legislação referente aos interesses de segurança pública para a investigação, constatação e acusação por crimes, para a proteção da saúde pública ou para a proteção dos direitos e liberdades de terceiros. Quaisquer dessas legislações devem ser consistentes com a legislação internacional sobre direitos humanos. DIREITOS HUMANOS E BIOÉTICA Artigo 28 – Recusa a Atos Contrários aos Direitos Humanos, às Liberdades Fundamentais e Dignidade Humana Nada nesta Declaração pode ser interpretado como podendo ser invocado por qualquer Estado, grupo ou indivíduo, para justificar envolvimento em qualquer atividade ou prática de atos contrários aos direitos humanos, às liberdades fundamentais e à dignidade humana. DIREITOS HUMANOS E BIOÉTICA SOLIDARIEDADE E COOPERAÇÃO APROVEITAMENTO PARTILHADO DE BENEFÍCIOS PROTEÇÃO DAS FUTURAS GERAÇÕES RESPEITO DA DIVERSIDADE CULTURAL E PLURALISMO NÃO DISCRIMINAÇÃO E NÃO ESTIGMATIÇÃO IGUALDADE, JUSTIÇA E EQUIDADE PRIVACIDADE E CONFIDENCIALIDADE DIGNIDADE HUMANA AUTONOMIA E RESPONSABILIDADE INDIVIDUAL RESPEITO E INTEGRIDADE PESSOAL DIREITOS HUMANOS E BIOÉTICA BIOÉTICA – AULA 6 Prof.ª ANA CASTRO DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DO HOMEM DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DO HOMEM Declaração Universal dos Direitos Humanos Assembleia Geral das Nações Unidas em Paris, em 10 de dezembro de 1948 Estabelece proteção aos direitos humanos básicos Base para as constituições das nações Direitos respeitados de forma universal Defesa dos direitos DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DO HOMEM Artigo 1° Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade. DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DO HOMEM Artigo 2° Todos os seres humanos podem invocar os direitos e as liberdades proclamados na presente Declaração, sem distinção alguma, nomeadamente de raça, de cor, de sexo, de língua,de religião, de opinião política ou outra, de origem nacional ou social, de fortuna, de nascimento ou de qualquer outra situação. DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DO HOMEM Artigo 3° Todo indivíduo tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal. DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DO HOMEM Artigo 4° Ninguém será mantido em escravatura ou em servidão; a escravatura e o trato dos escravos, sob todas as formas, são proibidos. DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DO HOMEM Artigo 5° Ninguém será submetido a tortura nem a penas ou tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes. DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DO HOMEM Artigo 6° Todos os indivíduos têm direito ao reconhecimento, em todos os lugares, da sua personalidade jurídica. DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DO HOMEM Artigo 7° Todos são iguais perante a lei e, sem distinção, têm direito a igual proteção da lei. Todos têm direito a proteção igual contra qualquer discriminação que viole a presente Declaração e contra qualquer incitamento a tal discriminação. DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DO HOMEM Artigo 8° Toda a pessoa direito a recurso efetivo para as jurisdições nacionais competentes contra os atos que violem os direitos fundamentais reconhecidos pela Constituição ou pela lei. DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DO HOMEM Artigo 9° Ninguém pode detido ou exilado. ser arbitrariamente preso, DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DO HOMEM Artigo 10° Toda a pessoa tem direito, em plena igualdade, a que a sua causa publicamente julgada seja equitativa e por um tribunal independente e imparcial que decida dos seus direitos e obrigações ou das razões de qualquer acusação em matéria penal que contra ela seja deduzida. DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DO HOMEM Artigo 11° 1. Toda a pessoa acusada de um ato delituoso presume-se inocente até que a sua culpabilidade fique legalmente provada no decurso de um processo público em que todas as garantias necessárias de defesa lhe sejam asseguradas. 2. Ninguém será condenado por ações ou omissões que, no momento da sua prática, não constituíam ato delituoso internacional. à face do direito interno ou Do mesmo modo, não será infligida pena mais grave do que a que era aplicável no momento em que o ato delituoso foi cometido. DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DO HOMEM Artigo 12° Ninguém sofrerá intromissões arbitrárias na sua vida privada, na sua família, no seu domicílio ou na sua correspondência, nem ataques à sua honra e reputação. Contra tais intromissões ou ataques toda a pessoa tem direito a proteção da lei. DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DO HOMEM Artigo 13° 1. Toda a pessoa tem o direito de livremente circular e escolher a sua residência no interior de um Estado. 2. Toda a pessoa tem o direito de abandonar o país em que se encontra, incluindo o seu, e o direito de regressar ao seu país. DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DO HOMEM Artigo 14° 1. Toda a pessoa sujeita a perseguição tem o direito de procurar e de beneficiar de asilo em outros países. 2. Este direito não pode, porém, ser invocado no caso de processo realmente existente por crime de direito comum ou por atividades contrárias aos fins e aos princípios das Nações Unidas. DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DO HOMEM Artigo 15° Todo o indivíduo tem direito a ter uma nacionalidade. Ninguém pode ser arbitrariamente privado da sua nacionalidade nem do direito de mudar de nacionalidade. DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DO HOMEM Artigo 16° 1. A partir da idade núbil, o homem e a mulher têm o direito de casar e de constituir família, sem restrição alguma de raça, nacionalidade ou religião. Durante o casamento e na altura da sua dissolução, ambos têm direitos iguais. O casamento não pode ser celebrado sem o livre e pleno consentimento dos futuros esposos. A família é o elemento natural e fundamental da sociedade e tem direito à proteção desta e do Estado. DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DO HOMEM Artigo 17° Toda a pessoa, individual ou coletiva, tem direito à propriedade. Ninguém pode ser arbitrariamente privado da sua propriedade. DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DO HOMEM Artigo 18° Toda a pessoa tem direito à liberdade de pensamento, de consciência e de religião; este religião ou liberdade de convicção, assim como de manifestar a religião direito implica a liberdade de mudar de a ou convicção, sozinho ou em comum, tanto em público como em privado, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pelos ritos. DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DO HOMEM Artigo 19° Todo o indivíduo tem direito à liberdade de opinião e de expressão, o que implica o direito de não ser inquietado pelas suas opiniões e o de procurar, receber e difundir, sem consideração de fronteiras, informações e ideias por qualquer meio de expressão. DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DO HOMEM Artigo 20° Toda a pessoa tem direito à liberdade de reunião e de associação pacíficas. Ninguém pode ser obrigado a fazer parte de uma associação. DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DO HOMEM Artigo 21° Toda a pessoa tem o direito de tomar parte na direção dos negócios, públicos do seu país, quer diretamente, quer por intermédio de representantes livremente escolhidos. Toda a pessoa tem direito de acesso, em condições de igualdade, às funções públicas do seu país. 3. A vontade autoridade exprimir-se do povo é o fundamento da dos poderes públicos: e deve através de eleições honestas a realizar periodicamente por sufrágio universal e igual, com voto secreto ou segundo processo equivalente que salvaguarde a liberdade de voto. DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DO HOMEM Artigo 22° Toda a pessoa, como membro da sociedade, tem direito à segurança social; e pode legitimamente exigir a satisfação dos direitos econômicos, sociais e culturais indispensáveis, graças ao esforço nacional e à cooperação internacional, de harmonia com a organização e os recursos de cada país. DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DO HOMEM Artigo 23° Toda a pessoa tem direito ao trabalho, à livre escolha do trabalho, a condições equitativas e satisfatórias de trabalho e à proteção contra o desemprego. Todos têm direito, sem discriminação alguma, a salário igual por trabalho igual. Quem trabalha tem direito a uma remuneração equitativa e satisfatória, que lhe permita e à sua família uma existência conforme com a dignidade humana, e completada, se possível, por todos os outros meios de proteção social. Toda a pessoa tem o direito de fundar com outras pessoas sindicatos e de se filiar em sindicatos para defesa dos seus interesses. DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DO HOMEM Artigo 24° Toda a pessoa tem direito ao repouso e aos lazeres, especialmente, a uma limitação razoável da duração do trabalho e as férias periódicas pagas. DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DO HOMEM Artigo 25° 1. Toda a pessoa tem direito a um nível de vida suficiente para lhe assegurar e à sua família a saúde e o bem-estar, principalmente quanto à alimentação, ao vestuário, ao alojamento, à assistência médica e ainda quanto aos serviços sociais necessários, e tem direito à segurança no desemprego, na doença, na invalidez, na viuvez, na velhice ou noutros casos de perda de meios de subsistência por circunstâncias independentes da sua vontade. 2. A maternidade e a infância têm direito a ajuda e a assistência especiais. Todas as crianças, nascidas dentro ou fora do matrimônio, gozam da mesma proteção social. DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DO HOMEM Artigo 26° 1. Toda a pessoa tem direito à educação. A educação deve ser gratuita,pelo menos a correspondente ao ensino elementar fundamental. O ensino elementar é obrigatório. O ensino técnico e profissional dever ser generalizado; o acesso aos estudos superiores deve estar aberto a todos em plena igualdade, em função do seu mérito. DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DO HOMEM Artigo 26° 2. A educação deve visar à plena expansão da personalidade humana e ao reforço dos direitos do Homem e das liberdades fundamentais e deve favorecer a compreensão, a tolerância e a amizade grupos entre todas as nações e todos os raciais ou religiosos, bem como o desenvolvimento das atividades das Nações Unidas para a manutenção da paz. 3. Aos pais pertence a prioridade do direito de escolher o gênero de educação a dar aos filhos. DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DO HOMEM Artigo 27° 1. Toda a pessoa tem o direito de tomar parte livremente na vida cultural da comunidade, de fruir as artes e de participar no progresso científico e nos benefícios que deste resultam. 2. Todos têm direito à proteção dos interesses morais e materiais ligados a qualquer produção científica, literária ou artística da sua autoria. DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DO HOMEM Artigo 28° Toda a pessoa tem direito a que reine, no plano social e no plano internacional, uma ordem capaz de tornar plenamente efetivos os direitos e as liberdades enunciadas na presente Declaração DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DO HOMEM Artigo 29° 1. O indivíduo tem deveres para com a comunidade, fora da qual não é possível o livre e pleno desenvolvimento da sua personalidade. No exercício deste direito e no gozo destas liberdades ninguém está sujeito senão às limitações estabelecidas pela lei com vista exclusivamente a promover o reconhecimento e o respeito dos direitos e liberdades dos outros e a fim de satisfazer as justas exigências da moral, da ordem pública e do bem-estar numa sociedade democrática. Em caso algum estes direitos e liberdades poderão ser exercidos contrariamente e aos fins e aos princípios das Nações Unidas. DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DO HOMEM Artigo 30° Nenhuma disposição da presente Declaração pode ser interpretada de maneira a envolver para qualquer Estado, agrupamento ou indivíduo o direito de se entregar a alguma atividade ou de praticar algum ato destinado a destruir os direitos e liberdades aqui enunciados. Questão 1 A Declaração Universal sobre Bioética e Direitos Humanos reconhece que “a identidade de um indivíduo inclui dimensões biológicas, psicológicas, sociais, culturais e espirituais”, e que decisões sobre “as questões éticas na medicina, nas ciências da vida e nas tecnologias associadas podem impactar indivíduos, suas famílias e grupos”. Dessa forma, estabelece como um de seus princípios a dignidade humana e os direitos humanos. Com relação a esses princípios, a Declaração tem como um de seus objetivos: Questão 1 a) assegurar que os progressos da ciência e da tecnologia contribuam para a justiça e a equidade na saúde e na qualidade de vida dos indivíduos. b) propor que todos os Estados e comprometam a resolver questões Governos se básicas de saneamento básico de sua população. propor que haja uma cooperação internacional em torno das necessidades específicas dos países ricos e industrializados no desenvolvimento da engenharia genética. garantir que todos os seres vivos sejam responsáveis pela gestão da qualidade da própria saúde. capitalizar as pesquisas científicas para que tragam sempre benefícios à dignidade humana e social. Questão 2 Na Declaração Universal Sobre Bioética e Direitos Humanos, o Artigo 6 que trata do Consentimento: “Qualquer intervenção médica preventiva, diagnostica e terapêutica só deve ser realizada com o consentimento prévio.” O consentimento deve, quando apropriado, ser manifesto e poder ser retirado pelo indivíduo envolvido a qualquer momento e por qualquer razão, sem acarretar desvantagem ou preconceito. Sobre o documento que visa proteger a autonomia dos pacientes, assinale a alternativa correta. Questão 2 Termo de assentimento Livre e esclarecido Termo de autorização para uso compassivo Termo de consentimento livre e esclarecido Termo de responsabilidade Termo de compromisso e responsabilidade em saúde Questão 3 De acordo com a Declaração Universal sobre Bioética e Direitos Humanos qualquer pesquisa científica deve prever que os benefícios dela resultantes sejam compartilhados com a sociedade como um todo e na comunidade internacional, em especial com países em desenvolvimento. O que deve ser feito para aplicação deste princípio? Questão 3 a) Liberar somente para toda a população do país que mais incluiu pacientes na pesquisa os produtos investigacionais, caso os mesmos tenham sua eficácia e segurança comprovados; b) Liberar somente para todos os pacientes que são atendidos em uma determinada instituição que realizou a pesquisa, o produto investigacional, caso ele comprove eficácia e segurança. Liberar para toda a população de todos os países que estão envolvidos com a pesquisa os produtos investigacionais, caso os mesmos tenham sua eficácia e segurança comprovados. Nunca deve haver liberação dos produtos investigacionais, mesmos que eles se mostrem seguros e eficazes. No momento em que um estudo é planejado, é necessário avaliar a população que será estudada em qual país ele será realizado e quais serão as medidas adotadas após o término do estudo a fim de que os sujeitos de pesquisa nele incluídos recebam os benefícios da pesquisa, caso ela tenha resultados favoráveis. Questão 4 A Declaração Universal sobre Bioética e Direitos Humanos define princípios que devem ser seguidos e respeitados. Sobre tais princípios, é correto afirmar que: I. O impacto das ciências da vida nas gerações futuras, incluindo sua constituição genética, deve ser devidamente considerado, pois o escopo da Declaração trata de questões éticas relacionadas à medicina, às ciências da vida e às tecnologias associadas quando aplicadas aos seres humanos. II. A diversidade cultural e o pluralismo devem receber a devida consideração, todavia, tais considerações não devem ser invocadas para violar a dignidade humana, os direitos humanos e as liberdades fundamentais dispostos nesta Declaração. III. O Meio Ambiente, a Biosfera e a Biodiversidade devem ser protegidos. Questão 4 a) Somente a opção I está correta. Somente a opção II está correta. Somente as opções I e II estão corretas. Somente as opções II e III estão corretas. Todas as opções estão corretas. Questão 5 Leia o trecho selecionado da Declaração Universal sobre Bioética e Direitos Humanos da Unesco (DUBDH), de 2005. A Conferência Geral, refletindo sobre os rápidos avanços na ciência e na tecnologia e reconhecendo que questões éticas suscitadas pelos rápidos avanços na ciência e suas aplicações tecnológicas devem ser examinadas com o devido respeito à dignidade da pessoa humana e no cumprimento e respeito universais pelos direitos humanos e liberdades fundamentais. Consciente de que os seres humanos são parte integrante da biosfera, com um papel importante na proteção um do outro e das demais formas de vida, em particular dos animais, reconhece, com base na liberdade da ciência e da pesquisa, que os desenvolvimentos científicos e tecnológicos têm sido e podem ser de grande benefício para toda a humanidade. Considerando que todos os seres humanos, sem distinção, devem se beneficiar dos mesmos elevados padrões éticos na medicina e nas pesquisas em ciências da vida, proclama os princípios a seguir e adota a presente Declaração. Questão 5 Com base no texto, a respeito dos princípios que norteiam a DUBDH assinale a afirmativa incorreta. Valoriza a prática da ciência e da pesquisa voltada parao bem-estar de indivíduos, famílias, grupos e comunidades. Defende a observância da dignidade humana e dos direitos humanos, com base nos valores da solidariedade e da cooperação. Considera a ética um marco fundamental para orientar as políticas da comunidade internacional em relação à saúde e ao bem-estar. necessidade de contribuir para manutenção de d) Reconhece a finitude dos recursos naturais e a um equilíbrio do ecossistema. e) Estabelece a medicina como um bem individual a ser compartilhado, com base em critérios de hierarquia social e geracional. Questão 6 A noção de equidade serve como marco ético na reflexão em temas de Saúde Pública, uma vez que orienta os processos decisórios de alocação de serviços. A respeito da noção de equidade em saúde, analise as afirmativas: III. No campo da saúde pública, a noção de equidade parte do pressuposto de que os indivíduos são diferentes e, que devem ter tratamento diferenciado segundo suas vulnerabilidades. No campo da bioética e dos direitos humanos, a noção de equidade é um instrumento de justiça social, capaz de promover o acesso amplo aos desenvolvimentos médicos e científicos. No campo das políticas sanitárias, a noção de equidade direciona a utilização dos serviços de saúde às regiões menos desenvolvidas, para reduzir as situações de vulnerabilidade. Questão 6 Está correto o que se afirma em: I, somente. I e II, somente. I e III, somente. II e III, somente. I, II e III. Questão 7 No contexto da Ética e Bioética na área da saúde, é CORRETO afirmar: A Ética é um conjunto de princípios morais que regem os direitos e deveres de cada um de nós e que são estabelecidos e aceitos numa época por determinada comunidade humana. A Bioética surgiu nos Estados Unidos na década de 70. A palavra Ética vem do grego (Ethos) e significa caráter, costume, hábito ou modo se ser. Bioética é uma palavra de origem grega e significa ética da vida, é um estudo sistemático das dimensões morais que incluem visão, decisão, conduta e normas morais, das ciências da vida e da saúde. Os princípios da Bioética são: Beneficência, Não- Maleficência, Autonomia e Justiça. Questão 7 a) Apenas I, III e IV estão corretas. b) Apenas III, IV e V estão corretas. Apenas a afirmativa II está incorreta. Todas estão corretas. BIOÉTICA – AULA 7 Prof.ª ANA CASTRO ABUSOS COMETIDOS Violações a direitos humanos: Cometidos por órgãos ou pessoas agindo em nome ou por parte do Estado, por exemplo, pelo Governo, pelo Legislativo, pelo Judiciário, poder por promotores, policiais e outras pessoas envolvidas com a aplicação da lei. Atos podem constituir violações a direitos fundamentais e liberdades protegidas por regras internacionais de direitos humanos e/ou por legislação constitucional. ABUSOS COMETIDOS Crimes comuns Crimes contra os direitos humanos DIREITOS INDIVIDUAIS E LIBERDADES REGRAS SOBRE A RESPONSABILIDADE DO ESTADO ABUSOS COMETIDOS Como assegurar direitos humanos? a efetiva proteção dos O dever de prevenir violações aos direitos humanos; O dever de promover soluções domésticas; O dever de investigar aos direitos os acusados alegações de humanos, de e punir os violações processar condenados; O dever de prover restituição e ou reparação para as vítimas, enquanto a impunidade será analisada ABUSOS COMETIDOS A “vitima” é a pessoa que cuja violação aos direitos humanos ou liberdades tenham sido consequências de atos ou omissões de Governos e reconhecidas como tal no plano nacional e internacional. ABUSOS COMETIDOS A vítima pode ser alguém da família. Exemplo: mães de vítimas de violação aos direitos humanos Parentes próximos de vítimas de desaparecimento, tortura e assassinato podem ser consideradas vítimas de violações de seus próprios direitos sem mesmo sem ter sofrido mau tratamento. ABUSOS COMETIDOS São cometidos por pessoas ou autoridades que deveriam proteger o individuo e seus direitos. Violações ao direito à vida, segurança e liberdade. Exemplos: rapto, desaparecimentos sem causa e torturas. ABUSOS COMETIDOS Vítimas humanos de violações têm o direito aos direitos de reparação pelos males sofridos. Sempre que possível tal reparação deve ocorrer pela restituição de direitos. Se tal restituição não é possível, reparação correta por danos morais ou patrimoniais deve ser fornecida. Reparação em forma de reabilitação deve ocorrer, sempre que necessário, para vítimas de violência, tortura, maus tratos e discriminação racial ou por conta do sexo da pessoa. ABUSOS COMETIDOS O dever de prevenir violações aos direitos humanos é tão importante quanto o dever legal de assegurar sua proteção. O dever de prevenir violações aos direitos humanos determina que não se deve colocar uma pessoa em circunstâncias onde ela tenha risco de desaparecer, mesmo que tais ações sejam cometidas por outras pessoas. ABUSOS COMETIDOS Conquista dos direitos humanos = lutas e reivindicações populares que ocorreram ao longo da história Século XX = Estado abusivo e ditatorial Graves violações de todos os tipos de direitos = não havia respeito algum na questão da dignidade da pessoa humana ABUSOS COMETIDOS Desrespeito às garantias fundamentais Indivíduos contrários aos regimes autoritários Defender os direitos humanos contra a violência arbitrária do Estado Comissões precursoras de direitos humanos foram fundadas Processo de democratização do país Brasil assinou tratados internacionais referentes aos direitos humanos ABUSOS COMETIDOS Brasil: Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos (ONDH) Mulher, da Família do Ministério da e dos Direitos Humanos – DISQUE 100 Tem o papel de assegurar o funcionamento permanente de canais de comunicação e mantê-los acessíveis ao conhecimento das denúncias acerca de violação de direitos humanos. ABUSOS COMETIDOS Notícias de Abril/2023 ABUSOS COMETIDOS ABUSOS COMETIDOS ABUSOS COMETIDOS ABUSOS COMETIDOS ABUSOS COMETIDOS ABUSOS COMETIDOS ABUSOS COMETIDOS ABUSOS COMETIDOS ABUSOS COMETIDOS ABUSOS COMETIDOS ABUSOS COMETIDOS ABUSOS COMETIDOS BIOÉTICA – AULA 8 Prof.ª ANA CASTRO BIOÉTICA E LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL Conselhos de classe profissional: regulamentação das profissões Código de ética: estabelecer princípios para a atuação profissional BIOÉTICA E LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL A Lei nº3.820 de 11 de novembro de 1960 cria o Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Farmácia, e dá outras Providências. Suas principais funções são: Registrar os farmacêuticos, expedindo sua carteira profissional; Fiscalizar o exercício profissional e punir infrações à lei; Sugerir medidas para a regulamentação dos serviços profissionais. BIOÉTICA E LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL O Conselho Federal de Biomedicina foi instituído pela Lei 6.684, de 3 de setembro de 1979, que regulamenta a profissão do Biomédico. Suas principais funções são: Orientar, disciplinar e zelar pelo exercício do biomédico; Criar resoluções que normatizam a área de atuação, habilitação profissional, responsabilidade técnica, pagamento de anuidade, documentação pertinente à inscrição da pessoa jurídica e conduta profissional de acordo com o código de ética. BIOÉTICA ELEGISLAÇÃO PROFISSIONAL RESOLUÇÃO Nº 596 DE 21 DE FEVEREIRO DE 2014 - Dispõe sobre o Código de Ética Farmacêutica, o Código de Processo Ético e estabelece as infrações e as regras de aplicação das sanções disciplinares. RESOLUÇÃO Nº 330, DE 5 DE NOVEMBRO DE 2020 - Regulamenta o novo Código de Ética do Profissional Biomédico. BIOÉTICA E LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL Objetivos: 1. consolidação e interesse sobre a proteção daqueles que utilizam dos serviços prestados pelos profissionais da saúde; 2. consolidação das normas de prevenção e práticas de profissionais, visando unicamente serem fiéis aos princípios éticos, e no domínio da ciência, servindo com lealdade ao usuário e a sociedade. BIOÉTICA E LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL Questão 1 De acordo com o farmacêutica: a) é direito do Código de Ética da profissão farmacêutico prestar orientação farmacêutica, com vista a esclarecer aos pacientes os benefícios esperados dos tratamentos farmacológicos e o risco de efeitos adversos, interações entre medicamentos e entre estes e alimentos, álcool e tabaco, bem como orientar a respeito de aspectos relacionados ao preparo, conservação e uso seguro dos medicamentos. b) é dever do farmacêutico negar-se a ser filmado, fotografado e exposto em mídias sociais, durante o desempenho de suas atividades profissionais. Questão 1 c) é permitido, ao farmacêutico, em situações de urgência, receber estagiário do curso de graduação em Farmácia e/ou de pós-graduação sem o Termo de Compromisso de Estágio, ou outro documento que vier a substituí-lo, para a instituição na qual trabalha. o profissional portador de doença que o incapacite ao exercício da profissão farmacêutica, atestada em instância administrativa, judicial ou médica, e certificada pelo CRF, não terá o seu registro e as suas atividades profissionais suspensas de ofício, enquanto perdurar sua incapacidade. todos profissionais inscritos em um CRF devem dispor seus serviços profissionais às autoridades constituídas, ainda que sem remuneração ou qualquer outra vantagem pessoal, em caso de conflito social interno, catástrofe, epidemia, pandemia ou qualquer tipo de desastre natural decretado por autoridades legalmente competentes. Questão 2 Segundo o Código de Ética do Farmacêutico, publicado em 11/08/2021, no capítulo sobre publicidade dos trabalhos científicos, o Art. 20 veda ao profissional inscrito no CRF, divulgar assunto ou descoberta de conteúdo inverídico, ou que não possua a devida comprovação. publicar, em seu nome, trabalho científico do qual não tenha participado. promover publicidade enganosa ou abusiva da boa-fé do usuário. anunciar produtos farmacêuticos por quaisquer meios capazes de induzir ao seu uso indevido. utilizar-se, sem a autorização expressa do autor, de dados ou informações, a não ser que seja de interesse público. Questão 2 Em relação ao Código de Ética Farmacêutica, assinale a opção correta. Se somente uma afirmativa estiver correta. Se somente duas afirmativas estiverem corretas. Se somente três afirmativas estiverem corretas. Se somente quatro afirmativas estiverem corretas. Se todas as afirmativas estiverem corretas. Questão 3 Em relação ao Código de Ética do Farmacêutico, assinale a afirmativa correta. I. O farmacêutico deve respeitar o direito de decisão do usuário sobre o tratamento, sua saúde e bem- estar, mesmo se for considerado incapaz para decidir a melhor opção de tratamento. O farmacêutico deve negar-se a realizar atos que sejam contrários aos ditames da ética, da ciência e da técnica, comunicando o fato, se necessário, ao Conselho Regional de Farmácia. O farmacêutico não pode ser limitado na escolha dos meios científicos a serem utilizados no exercício profissional por disposição estatuária ou regimental de instituição pública ou privada. Questão 3 Está correto o que se afirma em: I, somente. I e III, somente. II, somente. I e II, somente. II e III, somente. Questão 3 I. O farmacêutico deve respeitar o direito de decisão do usuário sobre o tratamento, sua saúde e bem-estar, mesmo se for considerado incapaz para decidir a melhor opção de tratamento. Obs.: Exceto se for considerado incapaz de discernir sobre opções de tratamento ou decidir sobre sua própria saúde e bem- estar (Art. 15, Inciso IV da Resolução nº 711, de 30 julho de 2021) O farmacêutico deve negar-se a realizar atos que sejam contrários aos ditames da ética, da ciência e da técnica, comunicando o fato, se necessário, ao Conselho Regional de Farmácia. Obs.: Art. 12, Inciso IV da Resolução nº 711, de 30 julho de 2021 O farmacêutico não pode ser limitado na escolha dos meios científicos a serem utilizados no exercício profissional por disposição estatuária ou regimental de instituição pública ou privada. Obs.: Art. 13, Inciso V da Resolução nº 711, de 30 julho de 2021 Questão 4 Conforme a Resolução CFF N.º 596/2014, que dispõe sobre o Código de Ética Farmacêutica e o Código de Processo Ético, julgue o item. As sanções disciplinares consistem em advertência ou advertência com emprego da palavra “censura”, multa ou eliminação. Certo Errado Questão 4 Art. 24 - As sanções disciplinares, definidas nos termos da seção III desta resolução e conforme previstas na Lei Federal nº 3.820/60, consistem em: I. advertência, com ou sem o uso da palavra "censura", sem publicidade, mas com registro no prontuário; II. multa no valor de 1 (um) salário mínimo a 3 (três) salários mínimos regionais, que elevada ao dobro em caso de reincidência; suspensão de 3 (três) meses a 1 (um) ano; eliminação. será Questão 5 Analise as afirmativas a seguir sobre o Código de Ética Farmacêutica (Resolução nº 596/2014 do Conselho Federal de Farmácia): A dimensão ética farmacêutica é determinada em todos os seus atos, sem qualquer discriminação, pelo benefício ao ser humano, ao meio ambiente e pela responsabilidade social. O farmacêutico responde individual ou solidariamente, ainda que por omissão, pelos atos que praticar, autorizar ou delegar no exercício da profissão. III. O trabalho do farmacêutico deve ser exercido com autonomia técnica e sem a inadequada interferência de terceiros, tampouco com objetivo meramente de lucro, finalidade política, religiosa ou outra forma de exploração em desfavor da sociedade. Questão 5 É correto o que se afirma: em I, II e III. apenas em I. apenas em I e III. apenas em II e III. Questão 6 O Conselho Federal de Biomedicina (CFBM) é o órgão que regulamenta a profissão do Biomédico. Suas principais funções são orientar, disciplinar e zelar pelo exercício do biomédico, criar resoluções que normatizam a área de atuação, habilitação profissional, responsabilidade técnica, pagamento de anuidade, documentação pertinente à inscrição da pessoa jurídica e conduta profissional de acordo com o código de ética. A partir dessas informações, profissional analise as atribuições do Biomédico reconhecidos pelo CFBM, desde que devidamente habilitado, quando necessário. Questão 6 I. Ser Responsável Técnico por empresas especializadas na prestação de serviço de controle de vetores e pragas urbanas, desde que tenha conhecimento didático, prático e treinamento específico na área. II. Atuar na área de imagenologia, radiologia, biofísica, instrumentação médica que compõe o diagnóstico por imagem e terapia, operando equipamentos, criando e definindo protocolos de exames, no processamento de imagens e na emissão dos respectivos laudos. III. Atuar como auditor em procedimentos técnicos, científicos, contábeis, financeiros e patrimoniais praticados por pessoas físicas e jurídicas no âmbito do SUS, por meio da realização de auditorias analíticas, operativas, de gestão e especiais.Questão 6 Quais estão corretas? a) Apenas I. b) Apenas II. Apenas III. Apenas I e III. I, II e III. Questão 7 No código de Ética da profissão do Biomédico, estão descritos os Limites para Divulgação e Propaganda da Atividade Biomédica, da seguinte forma: pode-se oferecer serviços profissionais por meio de qualquer mídia para se promover profissionalmente. pode-se divulgar nome, endereço, laudos ou qualquer outro elemento que identifique o paciente. pode-se utilizar dos meios de comunicação para conceder entrevistas ou palestras sobre assuntos da Biomedicina, com finalidade educativa científica e de interesse social. pode-se anunciar títulos científicos dos quais não se possam comprovar, ou habilitação e/ou especialidade para a qual não esteja qualificado. e) pode-se atribuir, como autoria exclusiva, trabalho realizado por seus subordinados ou outros profissionais, mesmo quando executado sob sua orientação e supervisão. Questão 8 O código de ética profissional é um documento que estabelece os direitos e deveres de uma categoria profissional, regula as normas de conduta e estabelece as punições no caso de desobediência 198/CFBM, de ao código. A Resolução Nº 21 de fevereiro de 2011, regulamentou o Código de Ética da Profissão de Biomédico. O artigo 30º desse código descreve 28 atos de infração ética e disciplinar e aponta as respectivas penas para cada infração. Considere as infrações e penas apresentadas. Questão 8 Aceitar remuneração superior à média salarial estabelecida por acordos ou dissídios da categoria, para exercício profissional, assunção de direção e responsabilidade técnica. Pena: advertência e/ou multa. Deixar de informar, por escrito, ao CRBM sobre todos os vínculos profissionais, com dados completos da empresa; deixar de manter atualizado o endereço III. residencial, telefones e e-mail. Pena: advertência e/ou multa. Observar as resoluções, portarias, atos administrativos e normatizações do CFBM e CRBM. Pena: repreensão com o emprego da palavra “censura”, multa e/ou suspensão de 3 a 12 meses. IV. Pleitear para si ou para outrem, emprego, cargo ou função que esteja sendo exercido por outro profissional, bem como praticar atos de concorrência. Pena: multa e/ou suspensão de 3 a 12 meses. Questão 8 Dentre essas infrações éticas ou disciplinares, as que constam no artigo 30º do código de ética do biomédico são: a) II e IV. b) I e IV. I e III. II e III. Questão 9 De acordo com o Código de Ética Profissional, é direito do Biomédico: a) selecionar, com critério e escrúpulo, os auxiliares para o exercício de sua atividade, e realizar os exames postos sob sua responsabilidade utilizando materiais e meios adequados aos respectivos exames. b) exigir justa remuneração por seu trabalho, a qual deverá corresponder às responsabilidades assumidas e aos valores de remuneração e honorários fixados pela entidade competente da classe. recusar-se a exercer sua profissão em instituição pública ou privada onde as condições de trabalho sejam indignas ou possam prejudicar pessoas e mesmo a coletividade. aceitar remuneração inferior à reivindicada por colega sem o seu prévio consentimento ou autorização do órgão de fiscalização profissional. Questão 10 A profissão de biomédico é regulamentada pelo Código de Ética definido pela Resolução n. 198, de 21 de fevereiro de 2011. Assim, em relação aos seus direitos descritos no capítulo IV, o profissional biomédico deve: a) suspender suas atividades, individual ou coletivamente, quando a instituição pública ou privada para a qual labore deixar de oferecer condições mínimas para o exercício da profissão ou não o remunerar condignamente, ressalvadas as situações de urgência e emergência, devendo comunicar incontinente sua decisão aos órgãos estaduais fiscalizadores. b) indicar falhas nos regulamentos e nas normas das instituições em que trabalhe, quando as julgar indignas do exercício da profissão ou prejudiciais à coletividade, devendo dirigir-se, nesses casos, aos órgãos competentes e, obrigatoriamente, ao Conselho Federal de Biomedicina e informar por escrito os fatos ocorridos. Questão 10 c) impor o seu respeito, salvo grave ameaça ao direito à vida e à honra ou quando o biomédico se veja afrontado pelo próprio cliente e, em defesa própria, tenha de revelar segredo aos órgãos competentes, como os conselhos regionais e conselho federal, mesmo sem interesse da Justiça. d) ter respeitada, em profissão e do nome da liberdade de sigilo profissional, a inviolabilidade de seu laboratório, ou local de trabalho, de seus arquivos e dados, de sua correspondência e de suas comunicações, inclusive telefônicas ou afins, salvo caso de requisição judicial. BIOÉTICA – AULA 9 Prof.ª ANA CASTRO PESQUISAS EM HUMANOS PESQUISAS EM HUMANOS Aumento significativo das pesquisas com seres humanos Pesquisas de novas drogas para doenças que afetam países desenvolvidos Países em desenvolvimento são locais dessas pesquisas Estudos mostram que cerca de 1% das inovações farmacológicas são para doenças que afetam países pobres PESQUISAS EM HUMANOS Vulnerabilidade social Baixa capacidade de pesquisa no país; Disparidades socioeconômicas na população; Baixo nível de instrução das pessoas; Inacessibilidade a serviços de saúde Vulnerabilidades específicas relacionadas com o sexo feminino e com questões raciais e étnicas, entre outras. PESQUISAS EM HUMANOS PESQUISAS EM HUMANOS Comissão Humanos Nacional para Proteção de nas Pesquisas Sujeitos Biomédicas e Comportamentais – 1974 Relatório Belmont - relatório referente aos trabalhos realizados nos últimos anos Princípios éticos e as diretrizes para a proteção de sujeitos humanos nas pesquisas Princípios: beneficência, não maleficência, autonomia e justiça PESQUISAS EM HUMANOS Termo de Consentimento Livre e Esclarecido Principal documento para voluntário Direitos bioéticos principialistas proteção do Deve conter todas as informações sobre a pesquisa Linguagem acessível, clara e objetiva para ser facilmente compreendida Proteção legal e moral do pesquisador e do pesquisado É fundamental para análise ética do projeto PESQUISAS EM HUMANOS Função do TCLE: Proteção dos participantes legais; Expressão do voluntariado; e termos Respeito ao voluntário que tem a autonomia de decidir participar ou não da pesquisa; Para o voluntário, pode representar esperança de ajuda e/ou de cura. PESQUISAS EM HUMANOS Aspectos essenciais ao TCLE: máximo de informações; formato acessível; fácil leitura; tempo suficiente para leitura; informação clara sobre o objetivo da pesquisa; PESQUISAS EM HUMANOS 6. informação clara sobre quais os procedimentos previstos na pesquisa; 7. informação clara sobre a ação dos medicamentos utilizados na pesquisa; 8. informação clara sobre todos os efeitos colaterais que estão previstos tanto no caso de medicamentos quanto no caso dos procedimentos; estar de acordo com a regulamentação; PESQUISAS EM HUMANOS 9. mostrar que o estudo envolve todo um histórico científico; 10. esclarecimento sobre o tempo de participação do voluntário; 11.esclarecimento sobre os possíveis riscos e/ou desconfortos que podem aparecer; 12.esclarecimento sobre os benefícios que podem resultar dessa pesquisa; PESQUISAS EM HUMANOS 13.informação clara sobre procedimentos e/ou tratamentos alternativos; 14.esclarecimento sobre o fato de que a identidade do participante da pesquisa será preservada; 15.informação sobre a possibilidade do aparecimento de efeitos indesejáveis não previstos; 16.indicar o contato para quem o participante pode ligar em caso de dúvidas ou evento adverso.PESQUISAS EM HUMANOS Aspectos éticos do TCLE Declaração de Helsinki – 1964: o participante e seus direitos passaram a ser o foco central das pesquisas Significa que o voluntário aceita participar do estudo após ter lido e ter sido esclarecido sobre a pesquisa e os benefícios inclusos PESQUISAS EM HUMANOS Resolução 466/12 afirma, no que concerne ao TCLE, que: O respeito devido à dignidade humana exige que toda pesquisa se processe após consentimento livre e esclarecido dos participantes, indivíduos ou grupos que por si e/ou por seus representantes legais manifestem a sua anuência à participação na pesquisa. PESQUISAS EM HUMANOS Normas do TCLE: deve ser aprovado pelo Conep (nos casos CEP e pela de envolver procedimentos invasivos do decorrer das pesquisas); deve ser obtido antes do início do estudo; deve ser disponibilizado ao participante separado do projeto de pesquisa (deve ser apresentado como um anexo ao projeto); PESQUISAS EM HUMANOS 4. deve ser assinado em duas vias a fim de que uma das cópias permaneça com o participante da pesquisa; deve ser elaborado com conhecimento, verdades e bom senso; deve ser obtido por todos os indivíduos envolvidos em qualquer tipo de pesquisa; deve ser assinado pela pessoa correta; PESQUISAS EM HUMANOS Não são aceitos pelo CEP: informação insuficiente; indução do pesquisado à participação; linguagem inacessível. PESQUISAS EM HUMANOS Itens obrigatórios do TCLE: 1. explicações sobre o porquê dos experimentos; objetivo do estudo; aviso de que o tratamento que está sendo proposto é experimental e que a distribuição dos pacientes nos grupos de tratamentos é aleatória; PESQUISAS EM HUMANOS 4. comunicado procedimentos de que todos os devem ser seguidos pelos propostos no tratamento pacientes, inclusive os procedimentos invasivos; informação sobre a responsabilidade dos participantes de pesquisa; aviso de que todos os aspectos da pesquisa têm caráter experimental; 7. uma previsão razoável dos riscos e/ou inconvenientes a que o sujeito de pesquisa está se expondo, inclusive quando se trata de um embrião, feto ou lactante; PESQUISAS EM HUMANOS 8. os benefícios clínicos que podem ser ou mesmo esperados informação pelo tratamento de que não são esperados quaisquer benefícios ou riscos; 9. a compensação e/ou tratamento disponível para o sujeito, caso ocorra algum evento adverso com relação ao estudo; 10. pagamento antecipado proporcional, se houver, para o participante da pesquisa. PESQUISAS EM HUMANOS 11.destaque de que qualquer participação na pesquisa é totalmente voluntária e que o sujeito da pesquisa pode recusar e se retirar da pesquisa em qualquer momento sem que haja qualquer prejuízo com relação aos benefícios diretos que o estudo propunha; 12.comunicado de que, com a intenção de verificar o andamento das pesquisas clínicas, os monitores, auditores e membros do CEP local têm acesso direto tanto aos sujeitos da pesquisa quanto a seus prontuários médicos, desde que os termos do TCLE sejam respeitados; PESQUISAS EM HUMANOS segurança de que o registro e a identificação do sujeito serão mantidos em sigilo; aviso de que o sujeito ou seu representante legal serão informados com tempo suficiente sobre qualquer dado que seja relevante diante da voluntariedade do sujeito de pesquisa continuar no estudo; 15. dados sobre quais as pessoas que o sujeito de pesquisa deve contatar no caso de requerer alguma informação sobre seus direitos ou de qualquer evento adverso relacionado ao estudo; PESQUISAS EM HUMANOS 16.as circunstâncias previsíveis e/ou razões de o sujeito encerrar sua participação no estudo; 17.a duração prevista da participação na pesquisa; 18.o número aproximado de voluntários que serão necessários para a pesquisa. ATIVIDADE PRÁTICA BIOÉTICA – AULA 10 Prof.ª ANA CASTRO PESQUISAS EM ANIMAIS Diretriz brasileira para o cuidado e a utilização de animais em atividades de ensino ou de pesquisa científica – DBCA A finalidade é apresentar os princípios e as condutas que permitem garantir o cuidado e o manejo eticamente correto de animais produzidos, mantidos ou utilizados em atividades de ensino ou de pesquisa científica. Orientações para pesquisadores, professores, estudantes, técnicos, instituições, Comissões de Ética no Uso de Animais – CEUAs e todos os demais envolvidos no cuidado ou no manejo de animais produzidos, mantidos ou utilizados em atividades de ensino ou de pesquisa científica. PESQUISAS EM ANIMAIS Responsabilidades de todos que produzem, mantém ou utilizam animais para: a) garantir que a utilização de animais seja justificada, levando em consideração os benefícios científicos ou educacionais e os potenciais efeitos sobre o bem-estar dos animais; b) garantir que o bem-estar dos animais seja sempre considerado; c) promover o desenvolvimento e o uso de métodos alternativos que substituam o uso ou reduzam o número de animais em atividades de ensino ou de pesquisa científica; d) minimizar o número de animais utilizados em projetos ou protocolos sem comprometer a qualidade dos resultados a serem obtidos; refinar métodos e procedimentos a fim de evitar a dor ou o distresse de animais utilizados em atividades de ensino ou de pesquisa científica. assegurar que as condições estruturais, procedimentos operacionais e os padrões ambientais permitam que os resultados das pesquisas sejam válidos. PESQUISAS EM ANIMAIS Esta Diretriz, assim como a legislação brasileira, estabelece a responsabilidade primária das CEUAs em determinar se a utilização justificada de animais e garante é devidamente a adesão aos princípios de: substituição (replacement) redução (reduction) refinamento (refinement) PESQUISAS EM ANIMAIS Esta Diretriz abrange os aspectos de: produção, cuidados atividades científica; com os animais envolvidos manutenção, utilização e dos em de ensino ou de pesquisa específica as responsabilidades de usuários e instituições; detalha os descreve o procedimentos operacionais; quadro de membros e as atividades das CEUAs; e orienta sobre os procedimentos para aquisição de animais para atividades de ensino ou de pesquisa científica; PESQUISAS EM ANIMAIS DEFINIÇÕES DE TERMOS UTILIZADOS NO CONTEXTO DA DBCA PESQUISAS EM ANIMAIS Alojamento: É o local de uma instalação de produção, manutenção ou utilização de animais onde eles permanecem dentro de recintos primários. Animal: Qualquer vertebrado vivo não humano, das espécies classificadas no filo Chordata, subfilo Vertebrata. PESQUISAS EM ANIMAIS Aprovação pela CEUA: Resultado da avaliação pela CEUA em que a proposta submetida atende aos requisitos éticos, técnicos e regulatórios. Autorização pela CEUA: Documento expedido pela CEUA informando ao proponente que o projeto foi aprovado por ela. PESQUISAS EM ANIMAIS Atividade científica: Atividade que, usando método científico, visa o avanço de conhecimento ou inovações tecnológicas. Atividade de ensino: Atividade praticada sob orientação educacional, com a finalidade de proporcionar a formação necessária ao desenvolvimento de habilidades e competências de discentes, sua preparação para o mercado de trabalho e para o exercício profissional. PESQUISAS EM ANIMAIS Bem-estar animal: A condição fisiológica e psicológica na qual o animal é capaz de adaptar-se ao entorno, podendo satisfazer suas necessidades básicas e desenvolver suas capacidades conforme sua natureza. Biotério: É a instalação na qual são produzidos, mantidos ou utilizados animais para atividades de ensino ou de pesquisa científica PESQUISAS EM ANIMAIS CEUA: Comissão de Ética Animais
Compartilhar