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Avaliação antropométrica e índices de saúde

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DESCRIÇÃO
A utilização da antropometria para o entendimento da morfologia por meio de medidas sistematizadas e do conhecimento de forma,
proporção, constituição e dimensões corporais.
PROPÓSITO
Dados antropométricos possuem uma variedade de aplicações, como descrições, comparações, avaliações de intervenções e identificação
de riscos de saúde em indivíduos e grupos, possibilitando ao profissional de educação física uma prescrição assertiva do exercício físico.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Identificar os conceitos que envolvem a realização de medidas antropométricas
MÓDULO 2
Reconhecer os pontos anatômicos para as medidas dos diâmetros ósseos e da perimetria
MÓDULO 3
Identificar a técnica para obtenção das medidas de dobras cutâneas
INTRODUÇÃO
Cada ser humano é único. Temos semelhanças na forma e no tamanho do corpo, porém jamais igualdade. Ao longo da vida, passamos por
várias transformações que podem ser identificadas por meio do processo de crescimento, desenvolvimento e maturação, que se apresentam
de forma harmônica ou não, mas sempre respeitando a evolução.
Por que algumas pessoas possuem características como estatura e massa corporal tão semelhantes e, após uma avaliação
antropométrica, se mostram tão diferentes? Como podemos verificar diferenças físicas em pessoas com características
morfológicas como massa muscular, estatura e massa corporal por vezes idênticas? Por que atletas de salto em altura possuem
características físicas tão diferentes de atletas de ginástica artística?
Ao observarmos a natureza humana, notamos que não há duas pessoas que apresentem caracteres mensuráveis iguais por toda a vida.
Cedo ou tarde e em vários graus, por condições de saúde ou doença, por diferentes condições de vida ou por união de indivíduos membros
de diferentes grupos étnicos, verificamos uma grande variabilidade de formas e proporções.
Assim, neste conteúdo vamos entender como a avaliação antropométrica, por meio da medida da forma, da proporção, da constituição e das
dimensões corporais, pode contribuir para o entendimento da relação entre as características corpóreas e os aspectos clínicos, nutricionais,
maturacionais, laborativos e epidemiológicos. Veremos como essas medidas devem ser realizadas, os cuidados que devemos tomar para sua
aplicação e os instrumentos utilizados para sua obtenção.
AVISO: orientações sobre unidades de medida.
AVISO: ORIENTAÇÕES SOBRE UNIDADES DE MEDIDA.
Em nosso material, unidades de medida e números são escritos juntos (ex.: 25km) por questões de tecnologia e didáticas. No entanto, o
Inmetro estabelece que deve existir um espaço entre o número e a unidade (ex.: 25 km). Logo, os relatórios técnicos e demais materiais
escritos por você devem seguir o padrão internacional de separação dos números e das unidades.
MÓDULO 1
 Identificar os conceitos que envolvem a realização de medidas antropométricas
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CINEANTROPOME TRIA
Antes de definir o que é cineantropometria, seria interessante saber a diferença entre antropometria e cineantropometria.
ANTROPOMETRIA
Junção dos termos antropo (homem), derivado do grego anthropos, e metria (medida), derivado do grego métron.
CINEANTROPOMETRIA
Termo mais recente derivado dos radicais gregos kinen, anthropos e merein.
antropometria
Área do conhecimento que permite expressar a morfologia humana por intermédio de uma série de medidas sistematizadas que expressam a
forma, a proporção, a constituição e as dimensões corporais.
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
cineantropometria
Área que estuda tamanho, forma, proporcionalidade, composição, maturação biológica e função corporal, buscando compreender o processo
de crescimento e os desempenhos físico, esportivo e nutricional. Não substitui a antropometria.
Podemos dizer que a grande diferença entre os dois termos é que a antropometria se preocupava em estudar as proporções do homem
buscando entender as diferenças que caracterizavam o homem em suas diversas raças e etnias.
Nesse sentido, ela é diferente do que foi proposto pelo professor William D. Ross (1991), quando introduziu o termo “cineantropometria”.
Ross mostrou que os estudos de tamanho, proporção, forma, composição e maturação poderiam contribuir para a compreensão do processo
de crescimento e da influência no exercício, no desempenho e no estado nutricional, que têm implicações relevantes na medicina, na
educação e nas políticas governamentais para a população, acrescentando tal análise ao movimento.
APLICAÇÕES DA ANTROPOMETRIA
Agora que já identificamos o que é antropometria, podemos dizer que a cineantropometria faz uso da antropometria. Sua aplicação pode ser
observada na descrição e comparação de características físicas de indivíduos e grupos, em aplicações clínicas e epidemiológicas e na
avaliação do efeito de intervenções nas características físicas. Além disso, verifica-se sua utilização em vários momentos no nosso cotidiano.
Quando utilizamos um transporte de massa, como ônibus, metrô ou trem, isso é possível porque esses transportes são pensados para
atender a média da população e, para isso, fazem uso de dados antropométricos.
Pensemos em uma roupa, por exemplo: só é possível atender vários tipos físicos porque adotamos o princípio de dimensões por faixas (P, M,
G, GG).
Nos carros ou no trabalho, adotamos o princípio de dimensões reguláveis, o que permite que as pessoas, mesmo com grandes diferenças
em suas medidas corporais, possam dividir um mesmo posto de trabalho ou adquirir veículos idênticos.
No esporte, podemos verificar as características antropométricas aliadas ao sucesso esportivo. A estatura, por exemplo, pode representar
uma grande vantagem para o sucesso em determinados esportes, como o basquete, o vôlei e algumas provas de atletismo como salto em
altura ou lançamento de dardo. No entanto, pode ser uma grande desvantagem para um atleta de ginástica artística, uma vez que a menor
estatura, aliada ao comprimento dos membros, permite um menor momento de inércia, favorecendo a rapidez na realização de movimentos.
É pouco provável que encontremos indivíduos com excelente performance para o basquete ou para o voleibol que apresentem as mesmas
habilidades na ginástica artística.
 ATENÇÃO
Nem todos os esportes possuem essa característica de extremo e um mesmo indivíduo talvez possa se enquadrar em mais de uma
modalidade. Portanto, antropometria não serve como critério para determinar que um indivíduo se torne um atleta de alta performance, mas
essas características vão se somar à capacidade de gerar força ou desenvolver grandes velocidades, mostrando que as variáveis
antropométricas de um indivíduo podem desempenhar um papel determinante num eventual sucesso no esporte escolhido.
Outro aspecto importante da antropometria é sua relação com a saúde, na qual é possível constatar sua larga utilização em estudos
epidemiológicos, identificando indivíduos em risco que necessitam de atenção especial. Nesse contexto, destacam-se os estudos de
obesidade, distribuição regional de gordura, desnutrição, doenças cardiovasculares e metabólicas.
Podemos observar o uso da antropometria para verificar os efeitos do exercício físico sobre o peso corporal e a gordura, os efeitos do
treinamento resistido nas circunferências e no acompanhamento da intervenção dietética na composição corporal. Por fim, a aplicação da
antropometria no processo de crescimento e desenvolvimento permite observar inadequações em relação às idades cronológica e biológica.
CONTROLE DA QUALIDADE DOS DADOS
Alguns erros podem oferecer um risco imediato para a qualidade da medida. Entretanto, raramente são evidenciados no momento da coleta
ou introduzem vieses que comprometem os resultados.
Tais erros podem advir de procedimentos incompletos, da falta de padronização da técnica de medida pelo avaliador ou por distintos
avaliadores e a inadequação instrumental ocorrida pela falta de certificação ou pela não calibração.
Outra fonte de erro está associada à faltade controle sobre características externas que podem influenciar nos dados obtidos, como aspectos
clínicos, nutricionais e ambientais e o horário de coleta de dados.
As padronizações que envolvam as técnicas de medidas devem ser bem-estabelecidas, pois diferentes padronizações influenciam os
resultados, independentemente da técnica do avaliador. Posteriormente, deve haver treinamento e, se possível, estabelecer os erros intra e
interavaliadores.
Quanto aos instrumentos, embora alguns sejam similares, podem apresentar características distintas no tocante à fidedignidade. Assim,
deve-se optar pela utilização de equipamentos que possuam aceitação no meio científico e boa qualidade na aferição, além de observar a
manutenção periódica do instrumental.
A periodicidade de calibração será determinada em função do tipo de instrumento e de sua qualidade, bem como da constância de utilização.
Os instrumentos de antropometria, em sua maioria, não precisam ser calibrados constantemente, e aqueles mais robustos tendem a
apresentar uma vida útil mais longa, mas o cuidado na utilização é fundamental, pois, instrumentos de antropometria, em sua maioria, não
precisam ser calibrados constantemente.
Um paquímetro para diâmetros ósseos, por exemplo, dificilmente vai perder sua precisão, a não ser que leve um tombo. Nesse caso, isso
pode afetar o instrumento como um todo, sendo necessária a aquisição de outro equipamento.
Condições clínicas e nutricionais também podem influenciar as medidas antropométricas. Por isso, devem ser conhecidos os aspectos que
possam influir no estado de saúde do avaliado.
ESTADOS PATOLÓGICOS E CONDIÇÃO NUTRICIONAL
Medidas de massa corporal são afetadas por estados patológicos e condições nutricionais. Indivíduos com problemas renais, insuficiência
cardíaca ou hipotireoidismo, por exemplo, podem apresentar retenção hídrica, o que afeta a massa corporal, apesar de não representar uma
modificação na massa muscular ou na quantidade de gordura corporal.
HORÁRIO DA COLETA
A respeito do horário de coleta, variáveis como a massa corporal e a estatura podem ser influenciadas. Sendo assim, sugere-se que essas
medidas sejam coletas sempre no mesmo período.
ALTA TEMPERATURA
Altas temperaturas podem dificultar a realização de algumas medidas, devido à sudorese e a dificuldades para demarcar pontos de medidas.
Algumas condutas podem ser utilizadas para reduzir a margem de erro nas medidas antropométricas.
Uma sequência sugerida consiste nos seguintes procedimentos:
Localizar os pontos anatômicos inerentes às medidas.
Marcar os locais de medida utilizando um lápis dermográfico.
Medir sempre sobre um ponto fixo e preciso.
Medir sempre sobre a pele nua.
 DICA
Aconselha-se ainda que o ambiente onde serão realizadas as medições seja adequadamente iluminado e arejado, fornecendo privacidade
para o avaliado.
Outro aspecto associado ao controle da qualidade dos dados diz respeito ao hemisfério corporal a ser utilizado para as medidas
antropométricas. Podemos dizer que algumas dimensões são influenciadas pela dominância lateral. Dessa forma, deve-se ter cuidado ao
utilizar técnicas que sofram influência da massa muscular, como as medidas de perímetros. Medidas de diâmetros e de comprimento de
segmento, quando realizadas em crianças e adolescentes, podem apresentar variações em função do estágio maturacional.
Martorell et al. (1988) relata que muitas dessas diferenças não apresentam relevância, não sendo a escolha do hemisfério corporal o principal
fator de erro para as medidas antropométricas, uma vez que esse erro, em geral, é menor que o erro da medida. Assim, o treinamento
adequado dos avaliadores torna-se relevante, contribuindo para minimizar tais erros.
 VOCÊ SABIA
No Brasil, os estudos antropométricos voltados para as ciências da atividade física sofreram forte influência das escolas norte-americana e
canadense, que optam pelo lado direito do corpo. Assim, tornou-se habitual a tomada das medidas no dimídio corporal direito.
CATEGORIAS BÁSICAS DE ERRO DE MEDIDA
Agora que já você sabe que vários fatores podem oferecer uma fonte de erro para a medida, vamos qualificá-los.
ERROS REFERENTES À TÉCNICA DOS AVALIADORES
Nesse caso, existem os erros intra e interavaliadores. Os erros intra-avaliadores estão associados às deficiências do avaliador em obter
resultados idênticos, em repetidas medidas, no mesmo sujeito. Os erros interavaliadores representam as diferenças nos resultados das
mesmas medidas realizadas por dois ou mais avaliadores.
ERROS INERENTES AOS EQUIPAMENTOS
Nesta categoria, estão inseridos o tipo e a característica técnica do equipamento e da calibragem.
ERROS SISTEMÁTICOS DE MEDIDAS
São erros de característica constante. Podem estar associados aos vícios inerentes à técnica do avaliador ou a fatores externos não
controlados, como a medida da estatura realizada no período da noite. A ação da gravidade sobre os discos intervertebrais produz
achatamento ao longo do dia. Logo, ao medir a estatura à noite, a medida tenderá a ser menor do que aquela obtida pela manhã em um
mesmo indivíduo.
CONCEITOS BÁSICOS EM ANTROPOMETRIA
Assista ao vídeo que explica os conceitos que envolvem a realização de medidas antropométricas.
VEM QUE EU TE EXPLICO!
Controle da qualidade dos dados
Categorias básicas de erro de medida
VERIFICANDO O APRENDIZADO
MÓDULO 2
 Reconhecer os pontos anatômicos para as medidas dos diâmetros ósseos e da perimetria
PONTOS ANATÔMICOS
Os pontos anatômicos são pontos de referência localizados na maioria das vezes na superfície do corpo e servem de base para a
demarcação dos locais utilizados para uma medida de dobra cutânea ou de uma circunferência.
As localizações anatômicas são caracterizadas por protuberâncias, acidentes e projeções utilizadas como referência para a tomada de
medidas antropométricas. A correta identificação e marcação desses pontos constitui o primeiro passo para a precisão da medida.
Os locais descritos representam apenas uma parte dos pontos que podemos demarcar, mas são fundamentais para utilização no esporte, na
saúde e no acompanhamento do crescimento.
Vértex: Ponto mais alto da caixa craniana no plano sagital mediano, com o plano de Frankfurt posicionado.
Acromial: Ponto mais lateral e superior do bordo acromial com o membro superior relaxado.
Mesoesternal: Ponto médio do esterno a nível central na articulação da quarta costela com o esterno.
Xifoidal: Ponto mais distal do processo xifoide.
Radial: Ponto localizado na borda superior e lateral do rádio.
Iliocristal: Ponto mais lateral da crista ilíaca.
Ilioespinal: Ponto mais pronunciado da espinha ilíaca anterossuperior.
Trocantéreo: Ponto mais superior do trocânter maior do fêmur.
Estiloideo: Ponto mais lateral do processo estiloide do rádio
Dactiloideo: Ponto mais distal do dedo médio da mão.
Tibial medial: Ponto mais superior da tuberosidade medial da tíbia.
Tibial lateral: Ponto mais superior da tuberosidade lateral da tíbia.
Maleolar tibial: Ponto mais lateral do maléolo da tíbia
ESTATURA E MASSA CORPORAL
A estatura ou altura do vértex é o indicador mais utilizado no acompanhamento do crescimento ósseo, com grande aplicação na triagem de
doenças ou má nutrição, bem como na interpretação do peso.
A estatura também é utilizada na observação dos estágios de desenvolvimento em crianças e adolescentes. Isso porque a estatura não se
processa de forma constante, mas sim diferencialmente em função do estágio de desenvolvimento.
O mesmo ocorre com a massa corporal que, assim como a estatura, é uma importante medida antropométrica. Há uma série de fatores que
exercem influência no seu comportamento. Por exemplo, diferenças entre os sexos repercutem de forma distinta na evolução e estabilização
em crianças, adultos e idosos. Estados de obesidade e desnutrição também produzem efeitos adversos na massa corporal. Além disso, o
treinamento físico influencia de forma marcante o seu comportamento. Daí a importânciado seu monitoramento como uma forma de controle
dos efeitos das dietas, dos problemas de saúde e dos programas de exercícios.
Em conformidade com a estatura, a massa corporal é medida facilmente e com baixo custo. Também apresenta grande aplicabilidade, sendo
utilizada em diversas técnicas antropométricas, como o índice de massa corporal (IMC) e o somatótipo de Heath-Carter. Tem uma grande
utilização em estudos científicos com seres humanos, o que permite estabelecer padrões populacionais de grande aplicabilidade.
ESTATURA
A estatura corresponde à distância entre o vértex e a região plantar. É a distância vertical em linha reta entre dois planos, um tangente à
planta dos pés e o outro tangente ao vértex, estando o avaliado na posição ortostática (de pé).
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SOMATÓTIPO DE HEATH-CARTER
Método de classificação da morfologia por meio de seus três componentes: endomorfia, mesomorfia e ectomorfia.
 RESUMINDO
Podemos dizer que a estatura e a massa corporal compõem as medidas antropométricas mais utilizadas na quantificação da morfologia
corporal. Associadas entre si, isoladamente, ou mesmo relacionadas a outras medidas antropométricas, fornecem dados relevantes com
aplicações em diversas áreas do conhecimento.
EQUIPAMENTOS UTILIZADOS PARA MEDIDA DA ESTATURA
O avanço tecnológico tem colocado à nossa disposição equipamentos de alta precisão que podem ser fixados na parede.
O estadiômetro de parede possui uma haste metálica graduada que é fixada a 80cm do solo, podendo fornecer medidas de até 2,20m. O
grande problema desse tipo de equipamento reside nas variações que podem ocorrer pelo processo de fixação. No entanto, ele possui um
sistema de ajuste dimensional que garante a correta fixação do equipamento e, consequentemente, a precisão das medidas.
 Estadiômetro de parede.
 SAIBA MAIS
A trena do estadiômetro de parede sai de dentro do equipamento, garantindo a realização da medida sem prejuízo da precisão. Como o
equipamento não necessita ser fixado com parafuso, isso facilita sua fixação e garante menor erro em sua colocação.
Apesar de seu alto custo, o antropômetro GPM Siber-Hegner é o preferido para os estudos científicos por conta de sua precisão.
Confeccionado em alumínio, ele é portátil, apresenta encaixes perfeitos e possibilita leitura com precisão milimétrica de até 2,10m. Fixado na
base, permite a realização da medida de estatura, além de medir altura e diâmetros de ossos grandes.
 Estadiômetro portátil.
REALIZAÇÃO DA MEDIDA DA ESTATURA
Localização: Do vértex à região plantar.
Postura: O avaliado deverá se encontrar em posição ortostática, calcanhares unidos com o peso distribuído igualmente sobre os dois pés,
com os braços ao longo do corpo e cabeça posicionada no plano de Frankfurt. De acordo com De Rose et al. (1981), o plano de Frankfurt
pode ser descrito como uma linha imaginária que passa pelo ponto mais baixo do bordo inferior da órbita direita e pelo ponto mais alto do
bordo superior do meato auditivo externo correspondente.
 Plano de Frankfurt.
 Plano de Frankfurt.
Técnica: O avaliador deve se posicionar na frente ou na lateral do avaliado, dependendo do aparelho utilizado. O avaliador deverá
movimentar o cursor até o ponto mais alto da cabeça (vértex), com pressão suficiente para comprimir o cabelo, realizando a leitura em
seguida.
 Posição do avaliador.
 RECOMENDAÇÃO
É importante padronizar o horário de medida. Isso porque a influência da ação da gravidade sobre os discos intervertebrais gera um
achatamento deles ao longo do dia. Assim, ao verificarmos a estatura à noite, obtemos um valor menor do que aquele obtido pela manhã.
Essa diferença pode causar erros na interpretação dos resultados. Sempre que possível, a medida deve ser realizada pela manhã. Outra
conduta que pode ser utilizada na padronização da medida é a realização de uma inspiração na qual o avaliado deve alongar o corpo o
máximo possível.
PESO CORPORAL
Antes de conceituar o peso corporal, é importante conhecer alguns aspectos básicos que regem sua definição.
Peso é definido como a quantidade de força gravitacional exercida sobre um corpo. Algebricamente, sua definição pode ser dada por P=m×g,
em que m corresponde à massa do corpo e g corresponde à aceleração da gravidade sobre ele.
A aceleração da gravidade é exercida de cima para baixo, em direção ao centro da Terra, empurrando o nosso corpo. Isso implica dizer que
em qualquer planeta com gravidade diferente da Terra a massa do nosso corpo será a mesma, mas seu peso, diferente.
 VOCÊ SABIA
A expressão peso corporal é frequentemente utilizada para expressar uma medida de massa que, no Sistema Internacional de Medida, é
expressa em quilograma. Entretanto, o peso corporal corresponde a uma medida de força que deveria, pelo mesmo sistema, ser expressa
em Newtons. Como a expressão peso corporal se popularizou, ela tem sido utilizada para designar uma medida de massa em antropometria,
como podemos observar há algum tempo, sendo descrita em quilograma.
EQUIPAMENTOS UTILIZADOS PARA MEDIDA DA MASSA CORPORAL
O equipamento utilizado para medir a massa corporal é a balança.
Na balança, o indivíduo posiciona-se numa plataforma que possui um transdutor que registra a força com que somos atraídos pela Terra.
Esse registro é transmitido para uma escala que permite a realização da leitura.
 SAIBA MAIS
Os principais tipos de balança são a mecânica e a eletrônica. A precisão da medida geralmente é da ordem de 100g, embora existam
equipamentos que possuem sistema digital com precisão de até 5g. Em função da variação normal do peso no decorrer de um dia, a precisão
de 100g é suficiente.
PESO CORPORAL: ASPECTOS METODOLÓGICOS
Postura: O avaliado deverá encontrar-se de pé, posicionado no centro da superfície da balança.
Técnica: Quando for utilizado equipamento de característica mecânica, aconselha-se que o avaliador fique atrás da balança para fazer os
ajustes do cilindro que indicará a massa corporal (imagem ao lado). No caso de uma balança eletrônica, que geralmente emite valores
digitais, o avaliador deverá ficar posicionado do lado do equipamento para efetuar a leitura.
 Posição para realização da medida do peso corporal.
 RECOMENDAÇÃO
Para evitar a descalibragem do equipamento mecânico, é importante perguntar ao avaliado o peso dele, ajustando posteriormente o cilindro
no respectivo ponto. Esse procedimento tende a evitar o tranco da balança quando o avaliado subir na plataforma e a trava do aparelho for
retirada. A padronização do horário de medida constitui outro fator importante a ser considerado. Preferencialmente, deve-se realizar a
pesagem pela manhã, antes da primeira refeição. Como isso muitas vezes não é possível, deve ser padronizado um horário para a medida,
bem como as condições de alimentação do avaliado no dia da pesagem.
Sequência sugerida para a realização da medida:
APÓS A CALIBRAGEM, TRAVE A BALANÇA.
PERGUNTE AO AVALIADO SEU PESO APROXIMADO. EM SEGUIDA, AJUSTE O
CILINDRO CORRESPONDENTE À CARGA NO LOCAL CITADO.
PEÇA PARA O AVALIADO SUBIR NA BALANÇA E POSICIONE-O NO CENTRO DA
PLATAFORMA.
RETIRE A TRAVA DA BALANÇA.
AJUSTE OS CILINDROS CONFORME O PESO DO AVALIADO.
EFETUE A LEITURA E TRAVE A BALANÇA.
PEÇA AO AVALIADO PARA RETIRAR-SE DA PLATAFORMA.
RETORNE OS CILINDROS AO PONTO ZERO.
Cuidados básicos para a realização da medida:
Checar a calibragem da balança periodicamente. Alguns equipamentos, normalmente de características mecânicas, apresentam fácil ajuste
de calibragem. Já as balanças com dispositivos eletrônicos podem não ser tão fáceis de calibrar. Nesse caso, recomenda-se seguir as
especificações do fabricante e, quando necessário, solicitar o suporte de um técnico.
Realizar a medida com o avaliado vestindo a menor quantidade de roupa possível. Preferencialmente, o homem deve trajar sunga ou short, e
mulheres, biquini ou top e short.
Pedir para que o avaliado fique posicionado de costas paraa escala graduada do equipamento. Esse procedimento tem como objetivo
facilitar o trabalho do avaliador, pois impossibilita ao avaliado tentar realizar a leitura, provocando oscilações na balança.
Em uma reavaliação, quando não for possível utilizar o mesmo equipamento, deve-se optar por outro com características técnicas similares.
Padronizar algumas condições, minimizando sua influência no peso corporal obtido. Entre os principais aspectos, podemos citar a hora do
dia, a prática de atividade física e a ingestão alimentar.
ENVERGADURA
A medida de envergadura é a distância máxima entre os dactilions (ponta do terceiro dedo da mão) direito e esquerdo, estando o indivíduo na
posição ereta, com os pés unidos e o corpo apoiado contra um anteparo, tendo os braços estendidos em abdução de 90°. (MALINA et al.,
1989)
A aplicação da medida de envergadura apresenta utilidade na parte clínica e desportiva. Tem alta correlação com a estatura, demonstrando
com isso uma grande utilidade clínica quando há uma impossibilidade de se obter a estatura ou o comprimento deitado do corpo. Apresenta
grande importância na predição da estatura de idosos portadores de altos graus de cifose, exibindo maior precisão do que a própria medida
da estatura.
 SAIBA MAIS
Vários autores relatam que a envergadura e a estatura são aproximadamente iguais em jovens adultos. Nos esportes, a medida da
envergadura assume papel de destaque quando grandes amplitudes de movimento aliados à performance podem representar a vitória, como
na natação.
MEDIDA DE ENVERGADURA: ASPECTOS METODOLÓGICOS
Localização: Distância máxima entre os dactilions direito e esquerdo, estando o indivíduo de pé, tendo os braços estendidos em abdução de
90°.
Postura: O avaliado deve estar na posição ortostática, tendo os pés unidos e o corpo apoiado contra um anteparo, estando os ombros em
abdução a 90°, com as palmas das mãos voltadas para fora.
 Posição para medida da envergadura.
Técnica: O avaliador deve ficar na frente do avaliado. Após verificar se o indivíduo está na posição correta, deve posicionar um dos pontos
pré-determinados para a medida sobre o zero (0) do instrumento utilizado. Então, deve deslizar o cursor do equipamento até que este
tangencie o outro ponto de referência para a realização da medida. Logo após, é realizada a leitura.
Instrumentação: Um anteparo graduado em centímetros na horizontal ou uma trena antropométrica, além de um cursor que permita o
deslocamento lateral dele.
 RECOMENDAÇÃO
É importante que a postura do avaliado durante a medida seja mantida corretamente, em virtude de erros oriundos de uma postura incorreta,
principalmente em crianças e idosos. Não é aconselhado esse tipo de avaliação em indivíduos que apresentem deformidades nos membros
superiores ou contraturas que venham a causar limitações no movimento, invalidando a medida.
ALTURA TRONCO-CEFÁLICA
A altura tronco-cefálica é definida como a distância entre o vértex e o ponto de apoio das nádegas sobre os ísquios, estando o indivíduo
sentado com o tronco ereto e a cabeça posicionada no plano de Frankfurt. É uma medida caracteristicamente projetada, como na estatura.
 DICA
Em casos de impossibilidade da manutenção da coluna na posição ereta, a avaliação pode ser realizada com o sujeito deitado em decúbito
dorsal.
A aplicabilidade altura tronco-cefálica se reflete na criação de índices que podem ser úteis nas análises de desproporções entre os membros
e no acompanhamento do crescimento em intervalos curtos, além de fornecer informações individuais sobre o desenvolvimento dos membros
inferiores e do tronco, que podem ser utilizadas no aprimoramento de máquinas e equipamentos de trabalho (MALINA, 1995).
Entre as razões que associam a medida tronco-cefálica à estatura, para avaliar tanto o crescimento do tronco quanto o desenvolvimento dos
membros inferiores, podemos destacar o índice córmico.
O índice córmico permite avaliar o desenvolvimento do tronco, classificando os indivíduos em três tipos.
BRAQUICÓRMICOS
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Menos de 51cm (tronco pouco desenvolvido)
METRIOCÓRMICOS
51 a 53cm (tronco médio)
MACROCÓRMICOS
Acima de 53cm (tronco muito desenvolvido)
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Essa relação é comumente utilizada em levantamentos nutricionais como um indicador indireto do efeito de circunstâncias adversas e sua
influência no tamanho dos membros inferiores. De acordo com Malina (1995), altos valores para esse índice tendem a caracterizar
populações cronicamente subnutridas.
Além disso, essas relações apresentam grande utilidade em estudos populacionais que buscam verificar as variações na relação entre
membro inferior e estatura. Quando utilizado no desporto, parece mostrar que indivíduos classificados como braquicórmicos são mais
indicados para esportes de velocidade, enquanto os macrocórmicos possuem mais resistência e força.
ALTURA TRONCO-CEFÁLICA: ASPECTOS METODOLÓGICOS
Localização: É a distância entre o vértex e o ponto de apoio das nádegas sobre os ísquios.
Índice Córmico = altura tronco-cefálica (cm) × 100 
estatura (cm)
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Postura: O indivíduo deve estar sentado, tendo o tronco em posição ereta, com a cabeça orientada no plano de Frankfurt, com as nádegas e
o dorso apoiados contra o plano vertical do antropômetro. As pernas devem pender ou estar apoiadas formando um ângulo de 90°.
Técnica: O avaliador deve se posicionar na frente ou atrás do avaliado, dependendo de onde este estiver sentado. Após verificar se o
indivíduo está na posição correta, deve solicitar que ele faça uma inspiração profunda, sempre atento para que a posição correta seja
mantida. Em seguida, o avaliador deve deslizar o cursor do equipamento utilizado, descendo até que este tangencie o vértex. Após isso, é
realizada a leitura.
Instrumentação: Antropômetro ou estadiômetro.
 Posição para a medida de altura sentada.
 RECOMENDAÇÃO
Essa medida pode ser realizada com o avaliado em cima de uma mesa. Outra observação importante é evitar que, ao toque do cursor do
equipamento sobre a cabeça, o indivíduo se encurte, podendo com isso embutir erros à medida.
DIÂMETROS ÓSSEOS
Os diâmetros ósseos são utilizados para a mensuração das estruturas corporais. Eles caracterizam a distância entre duas estruturas de um
mesmo osso ou de ossos diferentes, no sentido transverso ou anteroposterior, simétricos ou não.
Os diâmetros ósseos apresentam grande aplicação nos estudos relativos às proporções do corpo, aos processos de crescimento e
desenvolvimento e ao fracionamento da composição corporal por meio de estimativas, bem como em técnicas antropométricas, por exemplo,
o somatótipo de Heath-Carter. Alguns diâmetros são utilizados na confecção de vestuário, encontrando também aplicações ergonômicas
associadas aos postos de trabalho.
Os equipamentos utilizados para esse tipo de medida são os paquímetros ou compassos, conhecidos como antropômetros de barras e de
pontas rombas ou toque.
Os antropômetros mais utilizados são os das marcas Siber-Hegner, Fisher, GPM Instruments e Mitutoyo.
 Instrumentos para a medida de diâmetro ósseo.
Os instrumentos devem ser calibrados regularmente. Objetos com espessuras conhecidas, como blocos de madeira, geralmente são
utilizados como referencial para verificar periodicamente a acurácia do instrumento.
 ATENÇÃO
Ao utilizar antropômetros de braços curvos, deve-se atentar para a pressão do parafuso no qual se articulam as duas hastes metálicas. Caso
haja uma pressão inadequada, poderão ocorrer erros de medida.
Para uma adequada acurácia das medidas de diâmetros, são preconizados na literatura limites de erro aceitáveis, descritos a seguir.
Tolerâncias antropométricas para medidas de diâmetrosTolerâncias antropométricas para medidas de diâmetros
DIÂMETROS
LIMITES DE TOLERÂNCIA
1mm 1 a 2mm 2 a 3mm
Transverso do tórax ***
Anteroposterior do tórax ***
Bideltóideo ***
Biepicondilianodo fêmur ***
Biepicondiliano do úmero ***
Biestiloidal ***
Bimaleolar ***
Biacromial ***
Tolerâncias antropométricas para medidas de diâmetros
Bicrista ilíaca ***
Bitrocanteriano ***
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Adaptado de Ross e Marfell-Jones, 1991.
A técnica indicada para a realização das medidas de diâmetros consiste em segurar a haste móvel do antropômetro com a mão direita,
mantendo as pontas do equipamento seguras pelo índex e pelo polegar, identificando com o dedo médio os pontos anatômicos a serem
mensurados. Uma certa pressão deve ser realizada nas extremidades do antropômetro no momento da medida, na tentativa de minimizar a
contribuição de outros tecidos na leitura.
 RECOMENDAÇÃO
Para assegurar a fidedignidade intra-avaliador, sugere-se realizar três medidas de cada diâmetro, respeitando-se as tolerâncias
antropométricas permitidas. Além disso, quando da realização de mais de um diâmetro, aconselha-se a mensuração em rodízio. Tal
procedimento tem como objetivo evitar possíveis vícios de medida.
Vários são os diâmetros ósseos que podemos mensurar, mas na prática, até por uma questão de otimização da rotina de avaliação, é
importante verificarmos os que realmente serão utilizados.
Dentre as dez medidas apresentadas, dois diâmetros se destacam: o biepicondiliano de úmero e de fêmur, pois fazem parte do somatótipo de
Heath-Carter, técnica muito utilizada que possibilita avaliar a forma e a composição atual do corpo humano.
DIÂMETRO BIEPICONDILIANO DO ÚMERO
Localização: É a distância entre os epicôndilos lateral e medial do úmero.
Postura: O avaliado deve estar sentado com o braço posicionado horizontalmente (flexão do ombro a 90°), e cotovelo flexionado, estando o
braço e o antebraço formando um ângulo de 90°.
Técnica: O antropômetro deve estar horizontalizado para a realização da medida, que é feita pela frente do avaliado. Essa medida muitas
vezes tende a ficar oblíqua, visto que o epicôndilo medial é mais baixo que o lateral.
Instrumentação: Antropômetro de pontas rombas.
 Diâmetro biepicondiliano de úmero.
 RECOMENDAÇÃO
Essa medida não apresenta maiores dificuldades para sua realização. Contudo, caso haja dificuldade em localizar os pontos considerados,
recomenda-se que o avaliado realize movimentos de extensão e flexão da articulação do cotovelo, acompanhado da palpação dos
epicôndilos pelo avaliador.
DIÂMETRO BIEPICONDILIANO DO FÊMUR
Localização: É a distância entre os côndilos lateral e medial do fêmur.
Postura: O avaliado deve estar sentado com o joelho flexionado, estando a coxa e a perna formando um ângulo de 90°.
Técnica: Essa medida é realizada pela frente do avaliado. O avaliador deve localizar os côndilos com os dedos médios e, posteriormente,
ajustar as extremidades do equipamento na área correspondente. Para facilitar a medida, pode-se manter os dedos médios como apoio das
hastes do antropômetro, que deve estar horizontalizado.
Instrumentação: Antropômetro de pontas rombas.
 Diâmetro biepicondiliano de fêmur.
 RECOMENDAÇÃO
Caso haja dificuldade em localizar os pontos considerados, recomenda-se que o avaliado realize movimentos de extensão e flexão da
articulação do joelho, acompanhado da palpação dos côndilos pelo avaliador.
PERÍMETROS
A perimetria é uma técnica bastante utilizada em estudos antropométricos, fundamentalmente por conta do baixo custo, da grande
aplicabilidade e da funcionalidade.
As medidas dos perímetros são aplicadas na avaliação do grau de simetria dos segmentos corporais, na fragmentação e distribuição das
estruturas da composição corporal e na avaliação do estado nutricional, bem como no acompanhamento dos efeitos das diversas formas de
treinamento sobre a morfologia corpórea.
O equipamento utilizado para a realização dos perímetros é a trena antropométrica, de preferência metálica, estreita e flexível. Ao ser
dobrada, a trena não deve apresentar ângulos, permitindo um perfeito ajustamento no segmento a ser medido.
PERÍMETROS
Os perímetros, também chamados de circunferências, correspondem à medida de um segmento corporal quando observado em ângulo reto
em relação ao seu maior eixo, num ponto anatômico previamente determinado.
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 Modelos de trena para medidas de perímetro
Para a medição dos perímetros, é necessário que a trena seja ajustada no ponto anatômico adequado, evitando pressioná-lo
demasiadamente para não comprimir o tecido mole subjacente. Da mesma forma, folgas entre o instrumento e a pele devem ser evitadas,
pois, assim como uma pressão excessiva, podem causar erro de medida. Atualmente, é possível dispor de trenas com um espaço livre antes
da escala de medida, permitindo um melhor manuseio ao transpassar o equipamento pelo segmento a ser medido.
 DICA
Uma dica que pode facilitar a realização dos perímetros é utilizar um espelho como instrumento complementar. Ele possibilita verificar o
posicionamento da trena ao redor do segmento, aumentando assim o grau de acurácia da medida.
Sempre que possível, as medidas de perímetro devem ser feitas em dupla. Idealmente, um avaliador deve realizar as medidas enquanto
outro faz as anotações necessárias, além de auxiliar nas possíveis correções nos posicionamentos do avaliado ou do instrumento utilizado.
Para uma adequada acurácia das medidas de perímetros, são preconizados na literatura limites de erros aceitáveis, descritos a seguir. Além
disso, quando da realização de mais de um perímetro, aconselha-se a mensuração em rodízio. Esse procedimento tende a evitar possíveis
vícios de medida.
Tolerâncias antropométricas para medidas de perímetros
PERÍMETROS
TOLERÂNCIAS ANTROPOMÉTRICAS
1mm 1 a 2mm 2 a 3mm 1 a 2 % 2 a 3 %
Braço relaxado ***
Braço contraído ***
Antebraço ***
Tórax ***
Tolerâncias antropométricas para medidas de perímetros
Cintura ***
Abdômen ***
Quadril ***
Coxa ***
Panturrilha ***
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Adaptado de Ross e Marfell-Jones, 1991.
PERÍMETRO DE BRAÇO RELAXADO
Localização: Para a medida desse perímetro, considera-se a área de maior circunferência.
Postura: : O avaliado deve estar com o braço abduzido a 90°, com o cotovelo em extensão e a mão em posição supina. Outro padrão
utilizado é com o braço junto ao corpo.
Técnica: O avaliador deve posicionar-se ao lado do indivíduo a ser medido.
 Perímetro de braço relaxado.
 RECOMENDAÇÃO
Deve-se deslizar a trena ao redor do segmento medido, em busca da maior área de circunferência.
PERÍMETRO DE BRAÇO CONTRAÍDO
Localização: Para a medida desse perímetro, considera-se a área de maior circunferência.
Postura: O avaliado deve estar em posição ereta, com o braço à frente do tronco, posicionado no plano horizontal, com o antebraço
flexionado em supino num ângulo de 90°, em contração voluntária máxima.
Técnica: O avaliador deve se posicionar ao lado do segmento a ser medido.
 RECOMENDAÇÃO
Para manter a posição correta entre braço e antebraço na realização da medida, pode-se utilizar o segmento oposto para fazer oposição à
contração.
Outra forma muito utilizada para medir a maior circunferência do braço contraído consiste na realização de uma flexão total do cotovelo, que
habitualmente é utilizada para o acompanhamento do grau de hipertrofia muscular em indivíduos que realizam trabalhos de força de alta
intensidade.
 Perímetro de braço contraído.
PERÍMETRO DE ANTEBRAÇO
Localização: Essa medida deve ser realizada na maior circunferência do segmento, que habitualmente encontra-se próxima ao ponto radial.
Postura: O avaliado deve estar em posição ereta, com os braços abduzidos a 45°, cotovelos em extensão e mãos em posição supina.
Técnica: O avaliador deve se posicionar ao lado do segmento a ser medido e procurar, deslizando a trena, a maior circunferência.
 Perímetro de antebraço.
PERÍMETRO DO TÓRAX
Localização: O perímetro torácico pode ser medido ao nível do quarto espaço intercostal(frontal). Como referência posterior do tórax, utiliza-
se o ângulo inferior das escápulas passando por sua extremidade distal.
Postura: O avaliado deve estar em posição ereta, com os braços abduzidos a 90°, de forma a permitir a passagem da trena ao redor do
tórax. Ao se acomodar a trena nos pontos predeterminados, o indivíduo deve retornar os braços à posição original para a realização da
leitura.
Técnica: O avaliador deve se posicionar à frente, ligeiramente ao lado do indivíduo a ser medido, para facilitar a correção da trena na face
posterior do tórax.
Como alternativa, encontramos na literatura a inclusão da medida ao nível do processo xifoide. Outra forma de realizar essa medida é
tomando o mamilo como o ponto que corresponde aproximadamente ao quarto espaço intercostal.
Ross e Marfell-Jones (1991) recomendam a medida ao nível mesoesternal num plano horizontal. Em função da dificuldade em realizar a
medida no ponto mesoesternal e por conta do desenvolvimento mamário, aconselha-se que, em pessoas do sexo feminino, esse perímetro
seja realizado passando a trena logo abaixo da axila, ao nível da prega axilar. Na realidade, esse procedimento pode ser aplicado em ambos
os sexos, pois tende a minimizar os erros intra e interavaliadores.
 Perímetro do tórax.
 Perímetro de abdômen.
PERÍMETRO DE ABDÔMEN
Localização: A trena deve ser passada num plano horizontal ao nível da extensão anterior do abdômen, que, usualmente, encontra-se ao
nível da cicatriz umbilical.
Postura: O avaliado deve estar em posição ereta, com os braços abduzidos a 90°, de forma a permitir a passagem da trena ao redor do
abdômen. Essa posição pode ser mantida no momento da medida, uma vez que não causa nenhuma modificação na estrutura que está
sendo avaliada.
Técnica: O avaliador deve se posicionar à frente, ligeiramente ao lado do indivíduo a ser medido, para facilitar a correção da trena na face
posterior do abdômen.
 RECOMENDAÇÃO
É interessante a utilização de um espelho para a correção da trena no momento da medida. Isso evita um erro de medida por paralaxe, que
ocorre por uma observação incorreta. Nesse caso, maior atenção deve ser dada à medida em indivíduos obesos, nos quais a probabilidade
de ocorrência de paralaxe pode aumentar.
É importante lembrar que a medida de abdômen é utilizada para obtermos a relação cintura-quadril. No entanto, esse procedimento não foi
padronizado universalmente. A organização Mundial da Saúde recomenda medir o perímetro de cintura, também denominado abdômen 1,
no ponto médio entre a última costela e a crista ilíaca.
Já as normas para proporção entre circunferência de cintura e quadril (RCQ) de Bray e Gray (1988) utilizaram como referência de cintura a
recomendação do Anthropometric Standartization Reference Manual, na qual a medida de cintura se situa no ponto mais estreito do tronco.
Dessa forma, se o nosso intuito é avaliar o acúmulo de gordura central e sua consequência de saúde adversa, é importante que a medida de
cintura respeite a descrição utilizada pelos autores, para melhor utilização dos valores normatizados.
Risco
Idade Baixo Moderado Alto Muito Alto
Risco
Homens
20-29 
30-39 
40-49 
50-59 
60-69
< 0,83 
< 0,84 
< 0,88 
< 0,90 
< 0,91
0,83 - 0,88 
0,84 - 0,91 
0,88 - 0,95 
0,90 - 0,96 
0,91 - 0,98
0,89 - 0,94 
0,92 - 0,96 
0,96 - 1,00 
0,97 - 1,02 
0,99 - 1,03
> 0,94 
> 0,96 
> 1,00 
> 1,02 
> 1,03
Mulheres
20-29 
30-39 
40-49 
50-59 
60-69
< 0,71 
< 0,72 
< 0,73 
< 0,74 
< 0,76
0,71 - 0,77 
0,72 - 0,78 
0,73 - 0,79 
0,74 - 0,81 
0,76 - 0,83
0,78 - 0,82 
0,79 - 0,84 
0,80 - 0,87 
0,82 - 0,88 
0,84 - 0,90
> 0,82 
> 0,84 
> 0,87 
> 0,88 
> 0,90
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Extraído de Heyward e Stolarczyk, 2000, p. 91.
PERÍMETRO DE QUADRIL
Localização: Perímetro tomado no nível de maior área na região glútea.
Postura: O avaliado deve estar em posição ereta, com braços abduzidos a 90°, com os pés unidos.
Técnica: O avaliador deve se posicionar à frente, ligeiramente ao lado do indivíduo a ser medido, para facilitar a correção da trena na face
posterior do quadril.
 RECOMENDAÇÃO
A utilização de um espelho se mostra muito útil para evitar erros na realização dessa medida.
 Perímetro de quadril.
PERÍMETRO DE COXA
Localização: Ponto médio entre a prega inguinal e o bordo superior da patela.
Postura: O avaliado deve estar em posição ereta, com os tornozelos ligeiramente afastados e a massa corpórea distribuída igualmente pelos
membros inferiores.
Técnica: O avaliador deve se posicionar ao lado do segmento a ser medido e passar a trena ao redor do ponto considerado, realizando a
leitura sobre o ponto fixo da trena quando a extremidade oposta superior cruzá-lo.
 RECOMENDAÇÃO
Uma variação habitualmente utilizada para a realização dessa medida consiste na sua tomada logo abaixo da prega glútea. Esse ponto
geralmente representa a área de maior circunferência do segmento, além de apresentar grande facilidade para a realização da medida.
 Perímetro de quadril.
PERÍMETRO DE PERNA OU PANTURRILHA
Localização: Área de maior circunferência do segmento.
Postura: O avaliado deve estar em posição ereta, com os pés ligeiramente afastados e a massa corpórea distribuída igualmente sobre os
membros inferiores.
Técnica: O avaliador deve se posicionar ao lado do segmento a ser medido e passar a trena ao redor do ponto considerado, realizando a
leitura sobre o ponto fixo quando a extremidade oposta superior cruzá-lo.
 Perímetro de perna.
 RECOMENDAÇÃO
Para facilitar a realização da medida, o avaliado poderá se posicionar sobre uma plataforma.
MEDIDA DOS DIÂMETROS ÓSSEOS E PERIMETRIA
Assista ao vídeo que explica os principais conceitos relacionados ao módulo.
VEM QUE EU TE EXPLICO!
Diâmetros ósseos
Perímetros
Medidas de perímetro: aspectos metodológicos – parte 1
Medidas de perímetro: aspectos metodológicos – parte 2
VERIFICANDO O APRENDIZADO
MÓDULO 3
MEDIDAS DE DOBRAS CUTÂNEAS
As dobras cutâneas são formadas por uma dupla camada de pele e pelo tecido adiposo subcutâneo, em sítios específicos do corpo.
Na avaliação da composição corporal, as dobras cutâneas têm grande aplicabilidade e podem ser mensuradas de forma isolada, mediante
valores correspondentes ao somatório em determinados pontos de medida, e, principalmente, na estimativa de densidade corporal e
percentual de gordura por meio de equações de regressão.
Diversas variáveis associadas ao estado nutricional podem ser acompanhadas a partir dos valores das medidas de dobras cutâneas. Outra
importante aplicação reside no acompanhamento dos efeitos do treinamento sobre o percentual de gordura e demais estruturas da
composição corporal.
As medidas de dobras cutâneas são muito utilizadas em estudos antropométricos, principalmente pelo baixo custo e pela grande
aplicabilidade e funcionalidade.
Ao contrário das outras técnicas antropométricas, como os perímetros, as dobras cutâneas apresentam maior dificuldade para sua
realização. Sendo assim, essa medição requer treinamento do avaliador, pois as margens de erro intra-avaliador (erro relacionado à medida
 Identificar a técnica para obtenção das medidas de dobras cutâneas
do próprio avaliador) e interavaliador (erro relacionado à medida entre avaliadores distintos) são os fatores que mais influenciam nas
imprecisões dos resultados.
O equipamento utilizado para a realização das medidas de dobras cutâneas é o espessímetro.
Na realização das medidas de dobras cutâneas, há determinados procedimentos que, ordenados, podem contribuir para a obtenção de
resultados consistentes. A seguir, sugerimos uma sequência com algumas normas básicas que podem ser adotadas para a realização das
medidas.
ESPESSÍMETRO
É também chamado de adipômetro, plicômetro ou simplesmente compasso de dobras cutâneas. A característica básica desse equipamento é
a manutenção de uma pressão constante de 10g/mm2 em qualquerângulo de abertura.
Os modelos mais citados na literatura científica são os LANGE, fabricados pela Cambridge Scientific Instruments (EUA), e os HARPENDEN,
produzidos pela John Bull British Indicators (Inglaterra). A diferença básica entre os dois modelos consiste na precisão da leitura, sendo que o
primeiro permite precisão de 1mm e o segundo, de 0,2mm, além do ajuste do ponto zero. Atualmente, já possuímos modelos fabricados no
Brasil, como é o caso do CESCORF e do SANNY, baseados no modelo HARPENDEN.
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Para a precisão das medidas de dobras cutâneas, são preconizados limites de erros da ordem de 10% entre duas medidas no mesmo local
de avaliação.
DOBRA CUTÂNEA DE TRÍCEPS
Localização: Medida realizada na distância média entre o acrômio e o olecrânio, na face posterior do braço.
Postura: O avaliado deve estar de pé, com os membros superiores relaxados e com as palmas das mãos voltadas para a lateral do corpo.
Técnica: O avaliador deve se posicionar atrás do avaliado. A dobra é destacada no eixo longitudinal paralelo ao plano sagital, e o compasso
é aplicado perpendicularmente à dobra.
 Dobra cutânea de tríceps.
Para evitar que outras estruturas sejam destacadas além da gordura, recomenda-se, após o pinçamento da dobra, que o avaliado realize
uma extensão do cotovelo, contraindo o tríceps. Esse procedimento facilita o destaque da gordura do tecido muscular subjacente,
minimizando a margem de erro.
Como é possível observar na figura ao lado, é possível medir a dobra de tríceps pela distância média entre os pontos radial e acromial.
Assim, é importante, antes de padronizar qual das duas irá utilizar, verificar qual delas é descrita na equação de determinação da densidade
corporal.
 Dobra cutânea de tríceps.
DOBRA CUTÂNEA DE BÍCEPS
Localização: Medida realizada na face anterior do braço, entre os pontos acromial e radial ou 1cm acima do ponto marcado para medida do
tríceps.
Postura: O avaliado deve estar em pé, com o braço relaxado e a palma da mão em posição supina.
Técnica: O avaliador deve se posicionar à frente do avaliado. A dobra a ser medida é destacada no eixo longitudinal e o compasso é
aplicado perpendicularmente à mesma.
 Dobra cutânea de bíceps.
 ATENÇÃO
Deve-se atentar que, ao pinçar essa dobra, a pele pode se destacar do tecido adiposo, ocasionando erro de medida.
DOBRA CUTÂNEA SUBESCAPULAR
Localização: Medida realizada dois centímetros abaixo do ângulo inferior da escápula.
Postura: O avaliado deve estar em pé, com os membros superiores relaxados e com as palmas das mãos voltadas para o corpo.
Técnica: O avaliador deve se posicionar atrás do avaliado. A dobra a ser medida é destacada em sentido oblíquo e paralelo à porção lateral
da escápula, formando um ângulo de 45° com o plano horizontal, e o compasso é aplicado perpendicularmente à dobra.
 Dobra cutânea subescapular.
Para facilitar a identificação do local de medida, aconselha-se que o avaliador apalpe com o polegar a porção inferior da escápula, em busca
do ângulo inferior.
 RECOMENDAÇÃO
Caso a dificuldade na localização do ponto anatômico adequado persista, sugere-se que o avaliado realize uma flexão do cotovelo direito, por
trás do tronco, em busca da escápula esquerda. Essa conduta proporciona uma projeção da escápula, facilitando a identificação de seu
ângulo inferior.
DOBRA CUTÂNEA PEITORAL
Localização: Para homens, medida realizada na distância média entre a linha axilar anterior e o mamilo; para mulheres, o terço da mesma
distância.
Postura: O avaliado deve estar em pé, com os membros superiores relaxados e as palmas das mãos voltadas para a lateral do corpo.
Técnica: O avaliador deve se posicionar ao lado do avaliado. A dobra a ser medida é destacada no sentido oblíquo, formando um ângulo de
45° com o plano horizontal, e o compasso é aplicado perpendicularmente à dobra.
 Dobra cutânea peitoral.
 RECOMENDAÇÃO
Para evitar que qualquer estrutura além da gordura seja destacada no momento da realização da medida, recomenda-se que, antes de
destacar a dobra, seja pedido ao avaliado que apoie a mão no ombro do avaliador, que estará ao seu lado. Esse procedimento relaxa a
musculatura peitoral e facilita o destacar e pinçar da dobra. Essa medida é empregada no sexo masculino. Sua realização no sexo feminino
pode ser influenciada pelo grau de desenvolvimento mamário, além de gerar constrangimentos inerentes à sua localização. Sendo assim,
essa é uma dobra cuja realização costuma ser evitada em mulheres.
DOBRA CUTÂNEA AXILAR MÉDIA
Localização: Medida realizada à altura do processo xifoide, sobre a linha axilar média.
Postura: O avaliado deve estar em pé, com a palma da mão direita apoiada no ombro esquerdo. Isso facilita o acesso à dobra pelo avaliador
e evita que haja mudança nas estruturas adjacentes, o que pode interferir no resultado.
Técnica: O avaliador deve se posicionar ao lado do avaliado. A dobra a ser medida é destacada no sentido longitudinal e o compasso é
aplicado perpendicularmente a ela.
 Dobra cutânea axilar média.
 ATENÇÃO
Alguns autores preconizam que essa dobra seja tomada na horizontal. Contudo, a diferença entre a medida no sentido vertical e horizontal é
mínima. Essa dobra geralmente necessita de uma maior pressão para que seja destacada adequadamente.
DOBRA CUTÂNEA SUPRA ILÍACA ANTERIOR OU CRISTA ILÍACA
Localização: Dobra diagonal, medida acima da crista ilíaca, no ponto de interseção imaginário com o prolongamento da linha axilar média.
Medida realizada 2 a 3cm acima do ponto supracristal, na direção da linha axilar média
Postura: O avaliado deve estar em pé, com o cotovelo direito flexionado e a mão direita apoiada no ombro esquerdo, facilitando o acesso ao
sítio de medida.
Técnica: O avaliador deve se posicionar ao lado do avaliado. A dobra a ser medida é destacada em sentido oblíquo, formando um ângulo de
45° com a horizontal. Alguns autores recomendam a medida na horizontal.
Em indivíduos com elevada quantidade de gordura corporal (o que pode dificultar na localização do ponto considerado), sugere-se a
apalpação do ilíaco em busca de sua porção anterossuperior.
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 Dobra cutânea supra ilíaca anterior e supra ilíaca padrão/Crista ilíaca.
CRISTA ILÍACA
É possível encontrar na literatura a dobra supra ilíaca denominada como supra ilíaca padrão ou crista ilíaca. Sua localização se dá na linha
média axilar imediatamente superior à crista ilíaca.
 ATENÇÃO
Assim como atentamos para o detalhe da marcação na dobra de tríceps, aqui é importante saber se a equação de densidade corporal que
você usará utiliza essa dobra cutânea e qual foi a metodologia de coleta, para que o valor obtido de percentual de gordura não seja
influenciado por qualquer erro na medida da dobra.
DOBRA CUTÂNEA SUPRA ESPINAL
Localização: Dobra medida na linha imaginária que vai do ponto ilioespinal, no sentido da linha axilar anterior, até a interseção com a linha
imaginária, no sentido horizontal, advinda do bordo superior da crista ilíaca. É destacada no sentido oblíquo com aproximadamente 45° de
inclinação em relação ao eixo longitudinal do corpo.
Postura: O avaliado deve estar em pé, com o cotovelo direito flexionado e a mão direita apoiada no ombro esquerdo, facilitando o acesso ao
sítio de medida.
Técnica: O avaliador deve se posicionar ao lado do avaliado. A dobra a ser medida é destacada em sentido oblíquo, formando um ângulo de
45° em relação ao eixo longitudinal do corpo, e o compasso é aplicado perpendicularmente a ela.
 Dobra cutânea supra espinal.
 ATENÇÃO
Essa dobra cutânea é utilizada exclusivamente no cálculo do somatótipo de Heath-Carter.
DOBRA CUTÂNEA ABDOMINAL
Localização: Medida realizada 2, 3 ou 5cm à direita da cicatriz umbilical. Essa variação se dá de acordo com o autor a ser consultado.
Postura: O avaliado deve estar em pé, com os membros superiores relaxados e as palmas das mãos voltadas para a lateral do corpo.
Técnica: O avaliador deve se posicionarà frente do avaliado. A dobra é destacada no sentido longitudinal e o compasso é aplicado
perpendicularmente a ela.
 Dobra cutânea abdominal.
 RECOMENDAÇÃO
Em alguns indivíduos, essa dobra é difícil de ser destacada. Nesse caso, sugere-se que o avaliador imprima uma maior pressão com os
dedos para destacar a dobra. Caso isso não seja suficiente, recomenda-se que o avaliado se posicione em decúbito dorsal, a fim de facilitar a
realização da medida mediante relaxamento da musculatura abdominal e redução da pressão dos órgãos internos sob a parede abdominal.
DOBRA CUTÂNEA DE COXA
Localização: Medida realizada no ponto médio entre a prega inguinal e o bordo superior da patela.
Postura: O avaliado deve estar em pé, com o peso do corpo sobre o membro inferior esquerdo. As articulações do quadril e joelho do dimídio
direito devem estar ligeiramente flexionadas.
Técnica: O avaliador deve se posicionar à frente do avaliado. A dobra a ser medida é destacada no sentido longitudinal sobre o músculo reto
femoral, e o compasso é aplicado perpendicularmente a ela.
 Dobra cutânea de coxa.
 RECOMENDAÇÃO
Em alguns indivíduos, essa dobra é difícil de ser destacada. Nesse caso, sugere-se que o avaliador imprima uma maior pressão com os
dedos para destacar a dobra. Caso isso não seja suficiente, recomenda-se que o avaliado fique sentado com o joelho flexionado a 90° ou em
decúbito dorsal, a fim de facilitar a realização da medida mediante relaxamento do quadríceps.
DOBRA CUTÂNEA DE PERNA MEDIAL OU PANTURRILHA
Localização: Medida realizada na face medial da perna, em sua maior circunferência.
Postura: O avaliado deve estar sentado, de forma que o joelho direito proporcione um ângulo de 90° entre a coxa e a perna.
Técnica: O avaliador deve se posicionar à frente do avaliado. A dobra a ser medida é destacada em sentido longitudinal, e o compasso é
aplicado perpendicularmente a ela.
 Dobra cutânea de perna medial ou panturrilha.
 RECOMENDAÇÃO
Para facilitar o posicionamento do avaliador na tomada da medida, o avaliado poderá sentar-se sobre uma mesa. Outra forma de se realizar
essa dobra é apoiando o pé sobre um banco, desde que seja mantida a angulação correta para a realização da medida.
MEDIDAS DE DOBRAS CUTÂNEAS
Assista ao vídeo que apresenta a técnica de medida das dobras cutâneas.
VEM QUE EU TE EXPLICO!
Medidas de dobras cutâneas
Sequência de procedimentos e normas básicas para medidas de dobras cutâneas
Medidas de dobras cutâneas: aspectos metodológicos – parte 1
Medidas de dobras cutâneas: aspectos metodológicos – parte 2
VERIFICANDO O APRENDIZADO
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
As medidas antropométricas nos possibilitam entender a relação existente entre a forma do homem e suas proporções em diversos aspectos,
influenciando o rendimento na execução de tarefas e na utilização de serviços compartilhados, como um determinante na sua saúde ou na
caracterização de uma determinada população.
A padronização dos métodos para obtenção dessas informações nos garante qualidade, além de permitir comparar indivíduos diferentes. Isso
nos ajuda a compreender por que alguns padrões caracterizam uma melhor performance para um determinado esporte ou por que um
equipamento, para atender a grande maioria da população, precisa ter determinadas características.
Por fim, medidas antropométricas aplicadas de maneira correta nos possibilitam intervir na qualidade de vida do ser humano, planejando
melhor os espaços por ele utilizados e interferindo positivamente no controle da sua saúde.
 PODCAST
Agora você poderá ouvir um resumo de todos os assuntos discutidos.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
BRAY, G. A.; GRAY, T. S. Anthropometric measurements in obese. In: LOHMAN, T. G.; ROCHE, A. F.; MARTORELL, R. (Eds.)
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EXPLORE+
Pesquise os Padrões Internacionais para Avaliação Antropométrica, disponível na Internet.
Procure o site da International Society for The Advancement of Kinanthropometry - ISAK (Sociedade Internacional para o Avanço
da Cineantropometria).
CONTEUDISTA
Sidney Cavalcante da Silva

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