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PRO-ODONTO | ESTÉTICA | SESCAD 43
CIMENTAÇÃO ADESIVA:
MATERIAIS E TÉCNICAS
Maria Jacinta Moraes Coelho Santos
Gildo Coelho Santos Jr.
INTRODUÇÃO
Técnicas operatórias com mínima invasão dos tecidos dentários têm sido preconizadas
com o intuito de conservar a estrutura dental e reduzir a possibilidade de danos ao tecido
pulpar. Como conseqüência, os materiais restauradores evoluíram e mudaram o conceito de
macro para microrretenção, permitindo maior conservação da estrutura dental, mediante a
utilização de procedimentos adesivos. Os conceitos conquistados nos procedimentos restaura-
dores diretos foram aplicados para as restaurações indiretas, passando a ser utilizados de
forma rotineira na clínica diária.
O sucesso das restaurações indiretas depende primordialmente dos agentes cimentantes,
que são responsáveis pela efetiva adesão entre a restauração e a estrutura dental e pela
qualidade da adaptação marginal.1
Idealmente, os cimentos devem garantir uma união durável entre a restauração e a
estrutura dental, apresentando boa adaptação marginal, baixa solubilidade, radio-
pacidade e adequada viscosidade, sendo estéticos e biocompatíveis.2
Os cimentos resinosos começaram a ser utilizados na década de 1980, com a introdução
das pontes de Maryland, e tiveram sua indicação ampliada na década de 1990, com o desenvol-
vimento de diferentes sistemas para a fabricação de restaurações em cerâmica pura.3 Em
1995, foi lançada no mercado a resina composta Artglass para a fabricação de restaurações
indiretas, com o objetivo de reduzir a contração de polimerização e obter melhor contorno e
contatos proximais, aumentando a longevidade das restaurações.4 Com o aumento da deman-
da estética, novos materiais têm sido introduzidos no mercado, abrangendo desde sistemas
restauradores até agentes de cimentação.
2_Cimentacao adesiva.p65 18/1/2008, 09:4943
44 CIMENTAÇÃO ADESIVA: MATERIAIS E TÉCNICAS
Devido à habilidade dos cimentos resinosos de se unirem tanto à estrutura dental quanto ao
material restaurador, eles passaram a ser parte dos procedimentos rotineiros para a fixação
de coroas, inlays, onlays, veneers, pinos e próteses fixas de resina ou cerâmica.
Diversos trabalhos têm procurado investigar a resistência de união, o grau de conversão e
desgaste dos cimentos resinosos disponíveis no mercado, com o intuito de verificar as proprie-
dades desses materiais e tentar prever o seu desempenho clínico, uma vez que o agente de
cimentação é uma peça fundamental no sucesso da restauração indireta.
1. Por que são preconizadas, na restauração estética, técnicas operatórias com mínima
invasão dos tecidos dentários?
2. De que depende fundamentalmente o sucesso das restaurações dentárias indiretas?
OBJETIVOS
Após a leitura deste capítulo, espera-se que o leitor seja capaz de:
� descrever os materiais e as técnicas utilizadas na cimentação adesiva;
� identificar as diferenças nos tratamentos pré-cimentação, de acordo com cada tipo de
material restaurador estético utilizado;
� reconhecer os fatores que podem influenciar na durabilidade e na estabilidade de
união desses procedimentos.
2_Cimentacao adesiva.p65 18/1/2008, 09:4944
PRO-ODONTO | ESTÉTICA | SESCAD 45
ESQUEMA CONCEITUAL
REAÇÃO DE PRESA DOS CIMENTOS RESINOSOS
Os cimentos resinosos são divididos em três grupos, de acordo com o modo de ativação:
� quimicamente ativados – para a fixação das pontes de Maryland e de pinos intra-
radiculares;
� fotopolimerizados – para a fixação de facetas;
� de dupla polimerização – para a fixação de inlays, onlays e coroas.
Os cimentos resinosos fotoativados possuem as vantagens clínicas de um maior tempo
de trabalho e melhor estabilidade de cor.1 No entanto, estão limitados à cimentação de
facetas e inlays cerâmicas de pouca espessura e opacidade.
Os cimentos resinosos duais apresentam como vantagens o controle do tempo de trabalho
e a possibilidade de permitir uma adequada polimerização nas áreas não atingidas pela luz.
Possuem os componentes peróxido-amina para a polimerização química e o fotoiniciador,
assim como conforoquinona para a polimerização por luz. Geralmente, eles são compostos
pelo sistema do monômero dimetacrilato, a exemplo do Bis-GMA, do uretano dimetacrilato
2_Cimentacao adesiva.p65 18/1/2008, 09:4945
46 CIMENTAÇÃO ADESIVA: MATERIAIS E TÉCNICAS
(UDMA), do trietileno glicol dimetacrilato (TEGDMA), etc., e contêm partículas inorgânicas
que auxiliam na redução do coeficiente de expansão térmica e na contração de polimerização,
além de aumentarem a resistência ao desgaste.5
A reação de cura dos cimentos resinosos duais tem sido analisada em diversos estudos.
Alguns deles constataram que o potencial de polimerização química e por luz variou segundo
a marca comercial e que a polimerização química foi significantemente menor do que a
polimerização por luz na maioria dos cimentos testados. A fotoativação geralmente aumentou
o grau de conversão e reduziu o desgaste dos cimentos duais.1,6 O bom desempenho da
fotoativação dual, apesar da pequena quantidade de componentes químicos, pode ser atribuí-
do à grande quantidade de partículas de carga, as quais elevam a resistência flexural e a
dureza, além da presença do uretano dimetacrilato (UEDMA), que, por ter menor viscosidade,
facilita a migração de radicais livres e aumenta o grau de ligações cruzadas.3
A maior quantidade de partículas de carga inorgânicas contribui para a redução do
desgaste, sendo este um critério fácil de ser constatado e facilitando a escolha do
cimento pelo clínico.1
Caughman e colaboradores7 verificaram o grau de conversão de seis marcas comerciais de
cimentos resinosos duais sob diferentes condições de polimerização (foto, dual e química):
� Calibra (Dentsply-Caulk);
� Choice (Bisco);
� Insure (Cosmedent);
� Lute-It (Jeneric Pentron);
� Nexus (Kerr);
� Variolink II (Ivoclar-Vivadent).
Todos os grupos, com exceção dos quimicamente polimerizados, sofreram fotoativação sob
uma matriz de poliéster ou sob uma pastilha de cerâmica de 3mm de espessura. Os resultados
mostraram que um alto grau de conversão foi obtido na polimerização dual, que foi superior
à fotopolimerização. No entanto, nenhum dos seis cimentos avaliados mostrou a mesma
taxa de conversão para todos os tipos de polimerização testados. Esse estudo concluiu que
os cimentos testados podem ser utilizados na forma dual com sucesso sob restaurações
cerâmicas com até 3mm de espessura. O cimento Variolink II apresentou alta taxa de conversão
na polimerização dual sob 3mm de cerâmica. Na ausência de luz, porém, apenas 62% de
conversão foi obtida.
El-Mowafy e colaboradores avaliaram o grau de conversão de algumas marcas comerciais de
cimentos resinosos mediante a incidência de luz sobre espaçadores de cerâmica com espessuras
de 2,5 a 6mm.8 A dureza Knoop foi verificada após os tempos de armazenagem de 1 hora, 1
dia e 1 semana. Os resultados mostraram que houve aumento da dureza para todos os
cimentos com o tempo de armazenagem. Via de regra, a dureza foi menor quando se utili-
zou apenas a polimerização química. A dureza dos espécimes polimerizados sob espaçadores
2_Cimentacao adesiva.p65 18/1/2008, 09:4946
PRO-ODONTO | ESTÉTICA | SESCAD 47
apresentou um decréscimo gradual à medida que se aumentava a espessura dos espaçado-
res. No entanto, esse decréscimo variou de acordo com o cimento testado. Uma significati-
va redução na dureza dos espécimes foi observada quando espaçadores acima de 2 a 3mm
foram utilizados. Os autores salientaram a importância da fotoativação pelas faces proximais,
vestibular e lingual, durante a cimentação de inlays e onlays, com o objetivo de compensar a
redução da intensidade de luz devido à distância entre a parede gengival e a face oclusal.
3. Que tipo de cimento deve ser considerado como primeira opção para a cimentação de
facetas?
A) Cimento resinoso fotopolimerizável.
B) Cimento resinoso de polimerização química.
C) Cimento resinoso de polimerização dual.
D) Cimento de ionômero de vidro.
Resposta no finaldo capítulo
4. Numere a segunda coluna de acordo com a primeira, relacionando os tipos de cimentos
resinosos às suas características.
Tipos de cimentos Características
(1) Quimicamente ativos ( ) Para a fixação de facetas.
(2) Fotopolimerizados ( ) Para a fixação de inlays, onlays e coroas.
(3) De dupla polimerização ativados ( ) Para a fixação das pontes de Maryland e
de pinos intra-radiculares.
Resposta no final do capítulo
5. Que vantagens práticas trouxeram os estudos sobre a reação de cura dos cimentos resino-
sos duais?
2_Cimentacao adesiva.p65 18/1/2008, 09:4947
48 CIMENTAÇÃO ADESIVA: MATERIAIS E TÉCNICAS
TRATAMENTOS PRÉ-CIMENTAÇÃO PARA
RESTAURAÇÕES ESTÉTICAS
CERÂMICA
Para o sucesso do procedimento adesivo, é necessário que as superfícies sejam adequadamente
tratadas para que se estabeleça um forte elo entre as moléculas de ambas as partes. Diferentes
agentes são preconizados para o tratamento das cerâmicas com o vistas a aumentar a energia
de superfície desses materiais e permitir uma efetiva união com o cimento resinoso.
A retenção micromecânica obtida pela penetração de monômeros na dentina desminera-
lizada por ácidos, com a conseqüente formação da camada híbrida, é similar à retenção que
ocorre na interface cimento resinoso/cerâmica, após esta ter sido submetida a diferentes
tratamentos de superfície.
A resistência de união do conjunto cimento/adesivo/cerâmica dependerá do tipo de
tratamento de superfície, o qual será executado de acordo com a microestrutura da
restauração estética. A adesão gerada pela cimentação promove um reforço adicional
ao material cerâmico, através do mecanismo de união entre o agente resinoso e a
cerâmica.9 Uma outra vantagem da utilização da cimentação adesiva é o reforço
promovido ao dente através da técnica de cimentação adesiva.10
CERÂMICAS CONVENCIONAIS
As cerâmicas convencionais têm como constituintes básicos a sílica (SiO2) e o feldspato
(K2O, Al2O3, 6SiO2) e são consideradas pouco resistentes. São ricas em fase vítrea, têm res-
pondido de modo favorável aos tratamentos de superfície usualmente propostos e demons-
trado uma excelente união com os cimentos resinosos.11,12,13 O uso do jateamento com partí-
culas de óxido de alumínio e do condicionamento com ácido fluorídrico tem sido considerado
responsável pela união mecânica, assim como o silano, promotor da união química.12,13
A ação do ácido fluorídrico nas cerâmicas ricas em fase vítrea permite a exposição dos
cristais presentes na estrutura da cerâmica, criando microrretenções. Esse processo ocorre
devido à reação química entre o ácido fluorídrico e a fase vítrea da cerâmica rica em sílica,
formando um sal denominado hexafluorsilicato (6H2F2 + 6SiO2 → 2H2SiF6 + 4H2O), que é
removido por um spray de ar e água.14
A infiltração do cimento nas microporosidades criadas pelo condicionamento ácido
é fator-chave para o mecanismo de união entre a cerâmica e a resina composta.
2_Cimentacao adesiva.p65 18/1/2008, 09:4948
PRO-ODONTO | ESTÉTICA | SESCAD 49
O silano, responsável pela união química, é uma molécula bifuncional capaz de reagir com a
cerâmica através do radical inorgânico (grupo OH) e copolimerizar com o cimento resinoso
por meio do radical orgânico (grupo metacrilato).4 Para que seja efetivo, o silano deve ser
hidrolisado por um ácido fraco.
Os silanos de frasco único, pré-hidrolisados, têm um tempo de vida mais curto, e
sua efetividade é reduzida com o tempo, e as soluções contidas em dois fracos são
as preferidas. A observação atenta da data de expiração do produto deve ser realizada
para a maximização do resultado esperado. É recomendável que os clínicos realizem
o tratamento de superfície das restaurações estéticas imediatamente antes da sua
inserção na cavidade para evitar contaminação, o que pode comprometer a efetivi-
dade de união entre a restauração e o dente.15
CERÂMICAS REFORÇADAS
As cerâmicas com alto conteúdo de alumina (por exemplo, Procera, da Nobel Biocare, e
In-Ceram, da Vita) não têm apresentado uma resposta favorável aos tratamentos usualmente
preconizados para as cerâmicas feldspáticas. A escassez de fase vítrea, a qual é rica em sílica,
dificulta a ligação com o silano e a formação de microrretenções.16
A composição dos diferentes sistemas cerâmicos existentes no mercado tem sido considerada
como o fator determinante na escolha do tipo de tratamento pré-cimentação mais adequado.
As cerâmicas dentais, dependendo do conteúdo de fase vítrea em sua composição, podem
ser classificadas em:17
� acidossensíveis (cerâmica feldspática, reforçada com leucita, reforçada com dissilicato
de lítio);
� acidorresistentes (cerâmicas de alumina ou alumina/zircônia infiltradas por vidro, de
zircônia tetragonal estabilizadas por óxido de ítrio [Y-TZP] e de alumina densamente
sinterizadas).
Nagai e colaboradores18 e Pisani-Proenca e colaboradores19 enfatizaram em seus estudos a
importância do uso do jateamento com partículas de óxido de alumínio e do condicionamento
com ácido fluorídrico na resistência de união dos cimentos resinosos com as cerâmicas en-
riquecidas com dissilicato de lítio (Empress 2). No entanto, devido à diferença na composição
entre os sistemas Empress 1 (cerâmica feldspática reforçada com leucita) e Empress 2 (cerâmica
reforçada com cristais de dissilicato de lítio), são preconizados diferentes tempos de aplicação
do ácido fluorídrico (10%), sendo o tempo de 20 segundos considerado suficiente para criar
uma superfície retentiva para o sistema Empress 2 (Quadro 1).
2_Cimentacao adesiva.p65 18/1/2008, 09:4949
50 CIMENTAÇÃO ADESIVA: MATERIAIS E TÉCNICAS
Ozcan e colaboradores verificaram a influência de diferentes tratamentos de superfície para
a cerâmica de vidro infiltrada por alumina (In-Ceram, Vita) na resistência de união com o
cimento resinoso.20 Consideraram que o ácido fluorídrico é capaz de atacar o vidro ou os
componentes cristalinos de uma cerâmica feldspática, mas não é capaz de criar uma superfície
retentiva na cerâmica In-Ceram devido ao alto conteúdo de alumina. Entretanto, quando a
superfície interna da cerâmica era tratada com uma cobertura de sílica (Sistema Rocatec, 3M/
Espe) previamente ao uso do cimento resinoso, obtinham-se valores de resistência de união
ao cisalhamento acima de 20Mpa.
O sistema Rocatec visa a criar uma camada de sílica na superfície interna da cerâmica. Esse
tratamento é realizado em três passos:21
� o primeiro passo consiste no jateamento com partículas de óxido de alumínio de
110µm (Rocatec-Prepower) com o objetivo de limpar a superfície;
� o segundo passo consiste na formação de uma camada de sílica através do jateamento
com partículas de óxido de alumínio modificadas por sílica (Rocatec-Plus);
Quadro 1
TRATAMENTOS DE SUPERFÍCIE PRÉ-CIMENTAÇÃO SUGERIDOS CONFORME O TIPO DE
MATERIAL RESTAURADOR
Material Tratamento
Cerâmica (feldspática, 1. Jateamento com partículas de Al2O3 (30 a 50µm,
reforçada com leucita) 80psi).
2. Condicionamento com ácido fluorídrico a
8 a 10 % (60 segundos lavar e secar).
3. Silano (60 segundos e secar).
4. Sistema adesivo dual (não fotoativar).
Cerâmica (reforçada com 1. Jateamento com partículas de Al2O3 (30 a 50µm,
dissilicato de lítio) 80psi).
2. Condicionamento com ácido fluorídrico a 8 a 10%
(20 segundos lavar e secar).
3. Silano (60 segundos e secar).
4. Sistema adesivo dual (não fotoativar).
Cerâmica (reforçada com 1. Jateamento com partículas de Al2O3 (30 a 50µm,
alumina, reforçada com 80psi) ou Rocatec.
zircônia) 2. Sistema adesivo dual.
Resina composta 1. Jateamento com partículas de Al2O3 (30 a 50µm,
laboratorial 80psi).
2. Silano (60 seg. e secar).
3. Sistema adesivo dual (não fotoativar).
2_Cimentacao adesiva.p65 18/1/2008, 09:4950
PRO-ODONTO | ESTÉTICA | SESCAD 51
� o terceiro passo consiste na aplicação do silano (Rocatec-Sil) na superfície da cerâmica
modificada pelo tratamento com sílica.
Valandro e colaboradores verificaram que o uso do Cojet (3M/Espe), o qual consiste no
jateamento com partículas de óxido de alumíniode 30µm, seguido pelo uso do silano (Espe-
Sil, 3M/Espe), não evidenciou diferença estatística na resistência de união de uma cerâmica
densamente enriquecida por alumina (Procera All Ceram) unida ao cimento resinoso Panavia
F (Kuraray, Japan) quando comparado ao sistema Rocatec. 22
Recentemente, um estudo conduzido por Wolfart e colaboradores avaliou a durabilidade e a
resistência de união do cimento resinoso a uma cerâmica enriquecida com zircônia quando
submetida a diferentes tratamentos de superfície.23 O uso do jateamento com partículas de
óxido de alumínio promoveu um aumento significativo na resistência de união, especialmente
quando este foi associado ao cimento resinoso Panavia F. Os autores sugeriram que o grupo
ester-fosfato presente nesse cimento é capaz de promover uma união química com os óxidos
metálicos, como os óxidos de alumínio e de zircônia presentes nas cerâmicas reforçadas.
As cerâmicas reforçadas com alumina ou zircônia, por apresentarem resistência ele-
vada, podem ser cimentadas de modo convencional com os cimentos de ionômero
de vidro ou de fosfato de zinco.17
RESINA COMPOSTA INDIRETA
Desde o lançamento no mercado odontológico das primeiras resinas compostas
diretas, na década de 1960, elas vêm sendo constantemente aprimoradas. A maior
parte dos sistemas atuais é composta por monômeros resinosos, tais como Bis-
GMA, UDMA e TEGMA, um iniciador (diquetona ou amina), partículas inorgânicas
e silano para promover a ligação química entre as partículas inorgânicas e a matrix
orgânica.4 A maioria dos compósitos atuais é fotoativada e alcança um grau de
conversão em torno de 60 a 70%.24
As resinas compostas laboratoriais utilizadas na fabricação de restaurações indiretas apre-
sentam composição similar às resinas compostas utilizadas nas restaurações diretas. No en-
tanto, as laboratoriais são processadas com técnicas sofisticadas que associam calor, pressão,
vácuo e maior intensidade de luz para aumentar o grau de polimerização e melhorar as suas
propriedades – resistência ao desgaste, estabilidade de cor e biocompatibilidade.4
Alguns estudos têm verificado uma influência positiva no grau de conversão das resinas
compostas com o uso das técnicas adicionais de polimerização.25,26 Como resultado dessa
polimerização adicional, as resinas indiretas alcançam um grau de polimerização elevado e
não sobram pontes duplas de carbono disponíveis para copolimerizarem com os monômeros
2_Cimentacao adesiva.p65 18/1/2008, 09:4951
52 CIMENTAÇÃO ADESIVA: MATERIAIS E TÉCNICAS
do cimento resinoso, sendo necessário um tratamento adicional na superfície interna desses
compósitos para que se estabeleça a união.4
Vários estudos4,27 têm investigado o efeito de diferentes tratamentos na superfície interna de
restaurações indiretas de resina composta com o intuito de melhorar a adesão desta com o
cimento resinoso e têm verificado um resultado favorável com a utilização do jateamento
com partículas de óxido de alumínio (50µ).
O uso do ácido fluorídrico a 10% também foi sugerido para o pré-tratamento das restaura-
ções de resina composta, uma vez que este tem sido usado com sucesso para a criação de
microrretenções na superfície interna da cerâmica. No entanto, este tratamento foi considerado
muito agressivo para os compósitos devido à ação seletiva do ácido fluorídrico sobre as
partículas inorgânicas, resultando em uma superfície caracterizada pela presença de matriz
orgânica, expondo uma interface (restauração-cimento) menos resistente, sendo, por isso,
contra-indicado.4,28 Em contrapartida, a ação do jateamento promove uma degradação não
seletiva, com a formação de retenções micromecânicas, resultando no aumento da energia
de superfície e melhor adesão com o cimento resinoso.27
A ação do silano para melhorar a adesão do cimento resinoso às restaurações de resina
composta também foi investigada e demonstrou um efeito positivo na resistência de união.27
A presença de partículas inorgânicas nas resinas compostas possibilita a adesão com o silano.
6. Quais as vantagens do emprego da cimentação adesiva na restauração estética?
7. As características a seguir podem ser atribuídas às cerâmicas convencionais utilizadas em
restaurações estéticas, EXCETO:
A) Têm como constituintes básicos a sílica (SiO2) e o feldspato (K2O, Al2O3, 6SiO2).
B) São consideradas resistentes.
C) Têm respondido favoravelmente aos tratamentos de superfície usualmente propostos.
D) Têm mostrado uma excelente união com os cimentos resinosos.
Resposta no final do capítulo
2_Cimentacao adesiva.p65 18/1/2008, 09:4952
PRO-ODONTO | ESTÉTICA | SESCAD 53
8. Com relação ao condicionamento com ácido fluorídrico, é correto afirmar que:
A) a cerâmica reforçada com silicato de lítio (Empress 2) deve ser condicionada pelo
tempo de 60 segundos.
B) as cerâmicas feldspáticas reforçadas com leucita necessitam de um período de apenas
20 segundos para a obtenção de uma superfície ideal para adesão.
C) as cerâmicas reforçadas com alumina e zircônia não respondem favoravelmente à
ação do condicionamento ácido.
D) as restaurações de resina composta requerem um tempo de condicionamento ácido
de 1 minuto.
Resposta no final do capítulo
9. Qual é o tratamento indicado para as restaurações de cerâmicas feldspáticas reforçadas
com leucita ou com dissilicato de lítio?
A) Jateamento com partículas de óxido de alumínio e silanização.
B) Condicionamento com ácido fluorídrico e silanização.
C) Jateamento com partículas de óxido de alumínio, condicionamento com ácido
fluorídrico e silanização.
D) Uso do sistema Rocatec.
Resposta no final do capítulo
10. Qual é o tratamento preconizado para as restaurações indiretas confeccionadas em resina
composta?
A) Jateamento com partículas de óxido de alumínio e silanização.
B) Condicionamento com ácido fluorídrico e silanização.
C) Jateamento com partículas de óxido de alumínio, condicionamento com ácido
fluorídrico e silanização.
D) Uso do sistema Rocatec.
Resposta no final do capítulo
11. Quais são as características das resinas compostas laboratoriais utilizadas na fabricação
de restaurações dentárias indiretas?
2_Cimentacao adesiva.p65 18/1/2008, 09:4953
54 CIMENTAÇÃO ADESIVA: MATERIAIS E TÉCNICAS
12. Analise as seguintes afirmativas em relação à cimentação das restaurações indiretas de
resina composta.
I – Não há necessidade de tratamentos pré-cimentação, uma vez que essas restaura-
ções têm composição similar aos cimentos resinosos.
II – O elevado grau de polimerização obtido com técnicas complementares impede que
radicais livres estejam disponíveis para copolimerizarem com o cimento resinoso.
III – O jateamento com partículas de óxido de alumínio, seguido pelo condicionamento
com ácido fluorídrico, e a aplicação do silano são os tratamentos indicados.
Estão corretas as afirmativas:
A) III.
B) I e III.
C) II.
D) I, II e III.
Resposta no final do capítulo
TRATAMENTOS PRECONIZADOS PARA A DENTINA
Desde que foram introduzidos na Odontologia, os sistemas adesivos têm evoluído e vêm
passando por significativas modificações em sua formulação, tornando-se mais simples com
relação à técnica de aplicação. Entretanto, a grande variedade de agentes adesivos disponíveis
no mercado odontológico tem deixado o profissional com a difícil missão de escolher o
sistema mais adequado para atender às suas necessidades clínicas.
Os sistemas adesivos são materiais indispensáveis na cimentação adesiva. O condicio-
namento ácido associado ao uso dos sistemas adesivos tem permitido valores elevados
de resistência de união de materiais resinosos à dentina com resultados previsíveis e
confiáveis.
Os sistemas adesivos atuam mediante a retenção micromecânica ao esmalte e à dentina,
pela hibridização desses substratos.29 Porém, o mecanismo de união de materiais resinosos à
dentina é diferente do que ocorre no esmalte, pois a dentina é mais úmida e possui maior
número de componentes orgânicos.30 A arquitetura tubular do complexo dentinário promove
o aumento da permeabilidade dentinária, apresentandouma quantidade de canalículos
dentinários de aproximadamente 20.000/mm2 na região da junção amelodentinária para até
45.000/mm2 na região próxima à polpa.31
Durante o preparo cavitário, a ação de brocas sobre a superfície da dentina produz uma
lama dentinária – ou smear layer – que cobre os túbulos dentinários e reduz a permeabilidade
da dentina.30 A ação do ácido fosfórico visa a aumentar a energia de superfície da dentina
2_Cimentacao adesiva.p65 18/1/2008, 09:4954
PRO-ODONTO | ESTÉTICA | SESCAD 55
mediante a remoção da smear layer e a desmineralização parcial dos cristais de hidroxiapatita,
com conseqüente exposição de colágeno. A infiltração de monômeros resinosos (primer/
adesivo) entre as fibras de colágeno forma a camada híbrida, descrita primeiramente por
Nakabayashi e colaboradores em 1982.32
O uso do condicionamento ácido na superfície dentinária para a remoção total da
smear layer como primeiro passo do procedimento adesivo é preconizado nos siste-
mas convencionais de dois e de três passos.30
Uma classificação mais atual caracteriza os sistemas adesivos de acordo com o número de
passos clínicos utilizados durante sua aplicação (como condicionamento ácido, aplicação do
primer e aplicação do agente adesivo), sendo considerado o número de etapas envolvidas
(sistema de um, dois ou três passos). Também considera a necessidade ou não do condiciona-
mento dental prévio.29
Com a intenção de reduzir o número de passos operatórios e simplificar os procedimentos
clínicos, surgiram os sistemas adesivos simplificados, que não requerem o condicionamento
ácido em passo separado. Eles atuam graças à ação de um primer ácido que dissolve parcial-
mente a smear layer e os cristais de hidroxiapatita, criando uma camada híbrida que incorpora
esses elementos.30 Os sistemas autocondicionantes podem ser classificados em dois tipos:
aqueles em que a aplicação de um primer ácido é seguida da aplicação do adesivo (dois
passos), ou aqueles chamados All-in-one (passo único) que, embora sejam acondicionados
em frascos ou compartimentos separados, são misturados e imediatamente aplicados em
um passo operatório único.29,33
Os sistemas adesivos simplificados apresentam menor acidez do que o ácido fosfórico
e, por isso, têm mostrado resistência de união inferior ao esmalte intacto e à dentina
esclerosada.34
13. Como os sistemas adesivos atuam em tratamentos preconizados para a dentina?
2_Cimentacao adesiva.p65 18/1/2008, 09:4955
56 CIMENTAÇÃO ADESIVA: MATERIAIS E TÉCNICAS
14. O que é produzido pela ação de brocas sobre a superfície da dentina durante o preparo
cavitário e qual a relação desse produto com o ácido fosfórico?
15. Os sistemas adesivos simplificados foram desenvolvidos para que finalidade nos tratamen-
tos dentários?
INCOMPATIBILIDADE QUÍMICA E
PERMEABILIDADE DOS ADESIVOS
Os adesivos simplificados estão tornando-se mais populares devido à facilidade e rapidez
na técnica de aplicação. Contudo, para a simplificação desses adesivos, houve a necessidade
de significativas modificações em sua formulação, a qual se destaca pela notável presença de
monômeros ácidos, diluentes e água.
Com a nova formulação, os agentes adesivos tornaram-se mais hidrofílicos e, por-
tanto, mais suscetíveis à absorção de água, com conseqüente degradação ao longo
do tempo.29
A simplificação dos passos clínicos conduziu ao uso aumentado dos sistemas adesivos de
passo simplificado. No entanto, tem sido demonstrado que os cimentos resinosos de presa
dual ou quimicamente ativados podem desenvolver uma reação química adversa e um
aumento da permeabilidade quando utilizados em associação com adesivos simplificados
(adesivos de frasco único: convencionais e autocondicionantes), resultando em uma zona de
fragilidade entre o sistema adesivo e o cimento resinoso.33
Quando se utilizam sistemas adesivos simplificados, os grupos ácidos da camada não-poli-
merizada, devido à presença do oxigênio, competirão com os peróxidos pelas aminas terciárias
2_Cimentacao adesiva.p65 18/1/2008, 09:4956
PRO-ODONTO | ESTÉTICA | SESCAD 57
do agente cimentante, resultando em uma reação acidobásica entre o sistema adesivo e o
cimento resinoso, impedindo uma apropriada copolimerização entre ambos.15 Adicionalmente,
as características hidrofílicas desses sistemas simplificados aumentam a suscetibilidade aos
efeitos da água, fazendo com que estes atuem como membranas permeáveis após a polime-
rização.29,33,35
Na interface de união adesivo/dentina, o movimento da água através da camada do
adesivo polimerizado pode ocorrer devido à presença de uma camada hipertônica, na qual
há uma maior concentração de eletrólitos como cálcio e íons fosfóricos, presentes na cama-
da adesiva que tem sua polimerização inibida pelo oxigênio. Essa concentração diferente
pode estabelecer um gradiente de pressão osmótica, causando movimentação da água de
uma região de alta concentração de água (túbulos dentinários do substrato dental hidratado)
para a região de menor concentração de água (interface adesivo/compósito).29,33,35
Quando os cimentos de presa química ou dual têm sua cura prolongada pela ausência
de luz, haverá tempo para que as reações químicas adversas e a transudação de água
da dentina ocorram e acumulem-se na interface, enfraquecendo o elo.
Os efeitos adversos podem, entretanto, ser minimizados com o uso de sistemas adesivos
convencionais de três passos ou autocondicionantes de dois passos. A vantagem no uso desses
sistemas adesivos deve-se à presença de uma camada adicional de uma resina não-ácida e
relativamente hidrofóbica que é usada como terceiro ou segundo passo do sistema. Essa cama-
da adicional não é permeável nem quimicamente incompatível com as resinas químicas ou de
polimerização dual; portanto, não causará reação adversa com as aminas terciárias do agente
cimentante e reduzirá a permeabilidade do adesivo à água proveniente da dentina.33
16. Em que situação os cimentos resinosos de presa dual ou quimicamente ativados utilizados
em restaurações estéticas podem desenvolver uma reação química adversa?
2_Cimentacao adesiva.p65 18/1/2008, 09:4957
58 CIMENTAÇÃO ADESIVA: MATERIAIS E TÉCNICAS
CUIDADOS PRÉ, PER E PÓS-CIMENTAÇÃO
Os cimentos resinosos apresentam baixa solubilidade e boa adesão à estrutura dental.36 O
seu mecanismo de retenção envolve procedimentos químicos, mecânicos e micromecânicos.
A técnica de cimentação, que é um procedimento simples, pode tornar-se complicada,
desde a escolha dos materiais adequados para serem utilizados com cada tipo de material
restaurador até a técnica propriamente dita, devido à riqueza de passos operatórios. O Quadro
2 descreve o protocolo de cimentação adesiva, passo a passo.
Quadro 2
PROTOCOLO CLÍNICO PARA CIMENTAÇÃO DE RESTAURAÇÕES ESTÉTICAS
� checar no modelo a adaptação marginal e os contatos proximais da restauração executa-
da no laboratório;
� remover a restauração provisória e provar a inlay/onlay; checar primeiro os contatos
proximais e depois a adaptação marginal; não testar os contatos oclusais devido ao
risco de fratura;
� aplicar solução anestésica, se necessário, e instalar o isolamento com lençol de borracha
e grampos;
� limpar a cavidade com curetas e escova de Robinson para remoção do cimento provisório
remanescente;
� tratar a superfície interna da inlay/onlay ou coroa de acordo com o tipo do material
restaurador (ver Tabela 1);
� condicionar a cavidade com ácido fosfórico a 35 ou 37% por 15 segundos na dentina
e 30 segundos no esmalte; lavar e secar gentilmente para não desidratar a dentina
exposta;
� aplicar uma camada fina do sistema adesivo dual na cavidade e na restauração; não
fotoativar;
� manipular pastas base e catalisadora do cimento resinoso e aplicar sobre a face interna
da restauração já previamente tratada (ver Quadro 1);
� inserir a restauração na cavidade e remover os excessos grosseiros, mantendo a restaura-
ção no local com um instrumento rombo e pressão manual;
� fotoativar por um período de 10 segundos (com o objetivo de fixara restauração no
local) e remover os demais excessos com o auxílio de fio dental;
� fotoativar por 40 a 60 segundos em cada face e evitar o aquecimento do dente mediante
o uso de spray ar/água durante a fotoativação;
� remover o isolamento absoluto e checar a oclusão.
2_Cimentacao adesiva.p65 18/1/2008, 09:4958
PRO-ODONTO | ESTÉTICA | SESCAD 59
Adicionalmente, algumas marcas comerciais de cimentos resinosos estão listadas na Quadro 3.
Quadro 3
MARCAS COMERCIAIS DE CIMENTOS RESINOSOS DUAIS DISPONÍVEIS NO MERCADO
Produto Fabricante Adesivo Características
Bistite II DC Yokuyama Primer 1A + 1B + Várias cores
(Tokyo, Japan) Primer 2 Primer para metal
BisCem Bisco (Schaumburg, Auto-adesivo Seringa de automistura
Illinois) Liberação de flúor
Calibra Dentsply/Caulk Prime & Bond NT Várias cores
(Milford/Maine) Liberação de flúor
Choice Bisco (Schaumburg, All-Bond One-Step Várias cores
Illinois) Pasta Try-in
Duo-Link Bisco (Schaumburg, All-Bond 2
Illinois) One-Step Plus
Illusion Bisco (Schaumburg, One-Step Pasta Try-in
Illinois) Pasta mudança de cor
Monocem Shofu (Tokyo, Japan) Auto-adesivo Seringa para automistura
Liberação de flúor
Nexus 2 Kerr (Orange, OptiBond Solo Plus Várias cores
California) Liberação de flúor
Pasta Try-in
Panavia F 2.0 Kuraray (Okayama, ED Primer Várias cores
Japan) Liberação de flúor
Rely X ARC 3M Espe (St. Paul, Adapter Single Bond Dispensa pastas base e
Minnesota) catalisadora em iguais
proporções
Rely X Unicem 3M Espe (St. Paul, Auto-adesivo Cápsulas para ativação
Minnesota) e mistura
Variolink II Ivoclar Vivadent Excite DSC Várias cores
(Schaan, Diferentes viscosidades
Liechtenstein) Pasta Try-in
2_Cimentacao adesiva.p65 18/1/2008, 09:4959
60 CIMENTAÇÃO ADESIVA: MATERIAIS E TÉCNICAS
O cimento resinoso tem sido utilizado com freqüência para a fixação de restaurações em
cerâmica pura.9,37 Devido à sua menor solubilidade, acreditou-se que poderia ser utilizado
indiscriminadamente a fim de compensar a discrepância marginal das restaurações e, por
conseguinte, permitir a cimentação de restaurações com pobre adaptação marginal. Contudo,
tal crença merece cautela, uma vez que trabalhos de avaliação logitudinal têm mostrado que
o manchamento e a degradação marginal são comuns nas restaurações estéticas e estão
associados ao desgaste do cimento resinoso.9,38
Alguns autores37,38 têm mostrado que há um aumento do desgaste do cimento resinoso à
medida que a extensão da fenda marginal é ampliada. Trabalhos de avaliação longitudinal
têm evidenciado que, com o passar dos anos, há um aumento significativo do manchamento
e da deterioração na interface dente-restauração devido ao desgaste do cimento resinoso.39,40
Outro detalhe relevante refere-se à remoção do excesso de cimento resinoso previamente
à sua polimerização total, devido à dificuldade de remoção dos excessos após o seu completo
endurecimento.
Recomenda-se um tempo de fotoativação inicial de, no máximo, 10 segundos sobre
a face oclusal para que a restauração fique estabilizada em posição e permita a
remoção dos excessos antes de se proceder à fotoativação final, por um tempo
mínimo de 40 segundos em cada face.6
A instalação do isolamento absoluto deve ser executada sempre que possível, uma vez
que:
� é o meio mais efetivo para evitar a contaminação do campo operatório por saliva e/ou
sangue;
� melhora a capacidade de visão do operador devido ao contraste de cores entre o
dente e o lençol de borracha;
� permite melhor acesso ao campo operatório pelo afastamento dos tecidos moles (gengi-
va, língua, bochechas).
Em caso de impossibilidade de instalação do isolamento absoluto, como, por exemplo, na
cimentação de coroas com preparos subgengivais, recomenda-se o uso do fio de retração
gengival e solução adstringente com o objetivo de reduzir a umidade na região sulcular.
Outra opção é utilizar a cimentação convencional com o cimento de ionômero de vidro
reforçado com resina em associação com sistemas cerâmicos mais resistentes, a exemplo dos
sistemas Empress 2 (Ivoclar-Vivadent), In-Ceram (Vita) e Procera (Nobel Biocare).17
Sistemas adesivos com ativação foto e dual estão disponíveis no mercado para serem
utilizados no procedimento de cimentação adesiva. Não há um consenso na literatura sobre
qual sistema seria ideal, já que se tem especulado sobre a possibilidade de que a fotoativação,
realizada previamente à inserção da restauração indireta, gere uma película de adesivo que
interfira na adaptação da restauração. Um estudo41 foi realizado com vistas a avaliar a influência
da fotoativação prévia do sistema adesivo na espessura de película e na resistência de união
2_Cimentacao adesiva.p65 18/1/2008, 09:4960
PRO-ODONTO | ESTÉTICA | SESCAD 61
do cimento resinoso ao dente. Os autores verificaram através de microscopia eletrônica de
varredura que não houve formação de película do agente adesivo para os sistemas que não
foram fotoativados. Os sistemas que foram fotoativados previamente a inserção da restauração
apresentaram diferentes espessuras da camada de adesivo, dependendo da região avaliada.
Não houve correlação direta entre a fotoativação dos sete sistemas adesivos testados com a
resistência de união destes à dentina.
A checagem da oclusão só deve ser feita depois de finalizada a cimentação, devido
à fragilidade das restaurações pré-cimentação.37 Após a cimentação adesiva, faz-se
um reforço adicional à restauração devido à ligação íntima entre cimento/material
restaurador e cimento/tecidos dentais, formando um corpo único que permite a
transferência das forças oclusais da restauração para a estrutura dental.37
Os ajustes oclusais devem ser idealmente mínimos para evitar a remoção do glaze das
restaurações cerâmicas, devendo-se dar preferência aos laboratórios especializados. A remoção
do glaze deixa a superfície rugosa, propiciando tanto o acúmulo de placa quanto o mancha-
mento, comprometendo a aparência estética e favorecendo a abrasão dos dentes antagonis-
tas.42
Entretanto, alguns estudos43,44 têm mostrado que o polimento com taças de borracha
pode promover uma lisura de superfície semelhante à obtida com o glaze. Goldstein e colabo-
radores, através de avaliação por microscopia eletrônica de varredura e rugosidade, verificaram
que diversas marcas comerciais de pontas de borracha para polimento do material cerâmico
apresentaram um aceitável padrão de polimento, podendo ser aceitas como substitutas do
glaze.43 Diversos kits de polimento para cerâmica estão disponíveis no mercado. Jung constatou
que a utilização de pastas diamantadas com discos de feltro também têm demonstrado
uma ação efetiva no polimento das restaurações cerâmicas, com o aumento da lisura super-
ficial.44
Radiografias interproximais devem ser tiradas após a cimentação da peça defini-
tiva para servir de comparação com futuras avaliações e permitir a verificação de
excessos de cimento, os quais podem gerar abscessos gengivais.
Outros estudos têm indicado que, devido ao fato de a cor dos cimentos resinosos ser semelhan-
te à da restauração estética, torna-se difícil a remoção total dos excessos.45 Por isso, sugerem
não só a utilização de fios e fitas dentais, previamente à polimerização total do cimento,
como também a utilização de lixas interproximais para a remoção dos excessos que perma-
necerem após a fotoativação. Visitas de retorno semestrais ou anuais são indicadas para o
controle dessas restaurações. A aplicação de selante de superfície nas margens supragengivais
de inlays e onlays pode minimizar o desgaste do cimento e reduzir a degradação e o mancha-
mento marginal.46
2_Cimentacao adesiva.p65 18/1/2008, 09:4961
62 CIMENTAÇÃO ADESIVA: MATERIAIS E TÉCNICAS
17. Ordene as ações que devem ser tomadas no protocolo clínico para a cimentação de
restaurações estéticas.
( ) checar no modelo a adaptação marginal e os contatos proximais da restauração
executada no laboratório;
( ) fotoativar por um período de 10 segundos (com o objetivo de fixar a restauração no
local) e remover os demaisexcessos com o auxilio de fio dental;
( ) aplicar uma camada fina do sistema adesivo dual na cavidade e na restauração; não
fotoativar;
( ) remover a restauração provisória e provar a inlay/onlay; checar primeiro os contatos
proximais e depois a adaptação marginal; não testar os contatos oclusais devido ao
risco de fratura;
( ) inserir a restauração na cavidade e remover os excessos grosseiros, mantendo a
restauração no local com um instrumento rombo e pressão manual;
( ) aplicar solução anestésica, se necessário, e instalar o isolamento com lençol de bor-
racha e grampos;
( ) remover o isolamento absoluto e checar a oclusão;
( ) tratar a superfície interna da inlay/onlay ou coroa de acordo com o tipo do material
restaurador;
( ) condicionar a cavidade com ácido fosfórico a 35 ou 37% por 15 segundos na dentina
e 30 segundos no esmalte; lavar e secar gentilmente para não desidratar a dentina
exposta;
( ) manipular pastas base e catalisadora do cimento resinoso e aplicar sobre a face
interna da restauração (já previamente tratada);
( ) fotoativar por 40 a 60 segundos em cada face e evitar o aquecimento do dente
mediante o uso de spray ar/água durante a fotoativação;
( ) limpar a cavidade com curetas e escova de Robinson para remoção do cimento
provisório remanescente.
Resposta no final do capítulo
2_Cimentacao adesiva.p65 18/1/2008, 09:4962
PRO-ODONTO | ESTÉTICA | SESCAD 63
18. Qual é o protocolo de cimentação adesiva adequado para as restaurações indiretas con-
feccionadas em resina ou cerâmica?
A) Prova da peça para verificação da adaptação marginal, ajuste oclusal, tratamento da
superfície interna da restauração, tratamento da superfície dentária e cimentação
propriamente dita.
B) Tratamento da superfície interna da restauração, prova da peça para verificação da
adaptação marginal, tratamento da superfície dentária, cimentação propriamente
dita e ajuste oclusal.
C) Prova da peça para verificação da adaptação marginal, tratamento da superfície
interna da restauração, tratamento da superfície dentária, cimentação propriamente
dita e ajuste oclusal.
D) Tratamento da superfície dentária, prova da peça para verificação da adaptação
marginal, tratamento da superfície interna da restauração, cimentação propriamente
dita e ajuste oclusal.
Resposta no final do capítulo
19. De acordo com os trabalhos de avaliação longitudinal das restaurações indiretas, a degra-
dação e o manchamento marginal são conseqüências de quais situações?
A) Acúmulo de restos de alimentos e bactérias na interface restauração-cimento.
B) Exposição e desgaste do cimento resinoso, especialmente nas fendas de pequeno
tamanho.
C) Desgaste do cimento resinoso, sendo indicada a proteção das áreas expostas com
selante de superfície para evitar a deterioração deste.
D) As situações apresentadas em A e C.
Resposta no final do capítulo
2_Cimentacao adesiva.p65 18/1/2008, 09:4963
64 CIMENTAÇÃO ADESIVA: MATERIAIS E TÉCNICAS
RELATOS DE CASO
Figura 2 – Vista vestibular do preparo concluído.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Figura 1 – Vista inicial da unidade 11.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Figura 3 – Dentes sob isolamento absoluto.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Figura 4 – Jateamento da superfície interna da
faceta de cerâmica (Empress 1).
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
2_Cimentacao adesiva.p65 18/1/2008, 09:4964
PRO-ODONTO | ESTÉTICA | SESCAD 65
Figura 5 – Condicionamento com ácido fluorídrico
a 10% por 60 segundos.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Figura 6 – Aplicação do silano e secagem por 1
minuto.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Figura 7 – Profilaxia com escova de Robinson.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Figura 8 – Condicionamento com ácido fosfórico
a 37%.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
2_Cimentacao adesiva.p65 18/1/2008, 09:4965
66 CIMENTAÇÃO ADESIVA: MATERIAIS E TÉCNICAS
Figura 9 – Aplicação do agente adesivo.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Figura 10 – Vista da faceta cerâmica IPS Empress
cimentada.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Figura 11 – Vista da faceta imediatamente após
a cimentação.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Figura 12 – Vista do sorriso do paciente.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
2_Cimentacao adesiva.p65 18/1/2008, 09:4966
PRO-ODONTO | ESTÉTICA | SESCAD 67
Figura 13 – Vista inicial das unidades 45 e 46.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Figura 14 – Vista oclusal dos preparos sob isola-
mento absoluto.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Figura 15 – Inlay da unidade 45 cimentada.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Figura 16 – Imagem da inlay em cerâmica da
unidade 46 (Duceram).
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Figura 17 – Prova da inlay na cavidade com car-
bono liquido para ajuste interno.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Figura 18 – Jateamento da superfície interna da
inlay de cerâmica.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
2_Cimentacao adesiva.p65 18/1/2008, 09:4967
68 CIMENTAÇÃO ADESIVA: MATERIAIS E TÉCNICAS
Figura 19 – Condicionamento com ácido fluorí-
drico a 10% por 60 segundos.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Figura 20 – Aplicação do silano e secagem por 1
minuto.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Figura 21 – Profilaxia com escova de Robinson.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Figura 22 – Condicionamento com ácido fosfórico
a 37% no esmalte (30 segundos) e dentina (15
segundos).
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
2_Cimentacao adesiva.p65 18/1/2008, 09:4968
PRO-ODONTO | ESTÉTICA | SESCAD 69
Figura 23 – Aplicação do agente adesivo.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Figura 24 – Aplicação do cimento resinoso na
superfície interna da inlay.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Figura 25 – Inserção da inlay na cavidade com a
ajuda de um instrumento rombo para exercer pres-
são e favorecer tanto o assentamento da peça
quanto a extrusão dos excessos de cimento.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Figura 26 – Vista da inlay em posição imediata-
mente após a cimentação.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
2_Cimentacao adesiva.p65 18/1/2008, 09:4969
70 CIMENTAÇÃO ADESIVA: MATERIAIS E TÉCNICAS
Figura 27 – Vista dos contatos oclusais.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Figura 28 – Imagem radiográfica para comprova-
ção da adaptação na área interproximal e verifica-
ção da ausência de excessos de cimento.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Figura 29 – Vista inicial da unidade 11.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Figura 30 – Vista do núcleo estético.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
2_Cimentacao adesiva.p65 18/1/2008, 09:4970
PRO-ODONTO | ESTÉTICA | SESCAD 71
Figura 31 – Unidade 11 sob isolamento absoluto
sendo preparada para cimentação do núcleo.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Figura 32 – Imagem da unidade 11 com núcleo
em posição.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Figura 33 – Colocação do fio de retração gengival
na sessão de cimentação, em razão da impossibili-
dade do isolamento absoluto (preparo subgengival
na região vestibular devido ao requisito estético).
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Figura 34 – Proteção das unidades vizinhas com
película de filme branco.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Figura 35 – Vista da coroa em cerâmica (Empress
2).
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Figura 36 – Condicionamento com ácido fluorí-
drico a 10% por 20 segundos, após o jateamento
com partículas de óxido de alumínio.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
2_Cimentacao adesiva.p65 18/1/2008, 09:4971
72 CIMENTAÇÃO ADESIVA: MATERIAIS E TÉCNICAS
Figura 37 – Vista da superfície interna da coroa
após a ação do ácido fluorídrico (imagem branco
opaco).
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Figura 38 – Aplicação do silano e secagem por 1
minuto.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Figura 39 – Aplicação do agente adesivo.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Figura 40 – Condicionamentocom ácido fosfórico
a 37%.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
2_Cimentacao adesiva.p65 18/1/2008, 09:4972
PRO-ODONTO | ESTÉTICA | SESCAD 73
Figura 41 – Aplicação do agente adesivo.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Figura 42 – Remoção do fio de retração gengival
e dos excessos de cimento após inserção da coroa
e fotoativação.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Figura 43 – Vista final da coroa em posição.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Figura 44 – Vista do sorriso do paciente.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
2_Cimentacao adesiva.p65 18/1/2008, 09:4973
74 CIMENTAÇÃO ADESIVA: MATERIAIS E TÉCNICAS
Figura 45 – Vista oclusal da arcada superior com
ausência da unidade 16.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Figura 46 – Vista lateral da área evidenciando
espaço para a colocação da prótese.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Figura 47 – Vista oclusal aproximada da área mos-
trando a presença de pequenas restaurações.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Figura 48 – Imagem dos preparos nas unidades
14 e 17 sob isolamento absoluto.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
2_Cimentacao adesiva.p65 18/1/2008, 09:4974
PRO-ODONTO | ESTÉTICA | SESCAD 75
Figura 49 – Vista da ponte em resina composta
já tratada com o jateamento de óxido de alumíno
e silano.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Figura 51 – Condicionamento com ácido fosfó-
rico a 37% no esmalte (30 segundos) e na dentina
(15 segundos).
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Figura 52 – Aplicação do agente adesivo na peça.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Figura 50 – Profilaxia do preparo antes do condi-
cionamento ácido.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
2_Cimentacao adesiva.p65 18/1/2008, 09:4975
76 CIMENTAÇÃO ADESIVA: MATERIAIS E TÉCNICAS
Figura 56 – Vista lateral após a checagem e o
ajuste dos contatos oclusais.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Figura 55 – Vista oclusal após remoção do isola-
mento absoluto.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
CONCLUSÃO
A cimentação adesiva para restaurações indiretas é um procedimento complexo, o qual envolve
o conhecimento dos princípios de adesão à estrutura dentária e materiais restauradores.
Cuidados devem ser tomados durante a execução dos passos operatórios, visando à durabili-
dade e à estabilidade desse procedimento. O aprimoramento obtido pelos materiais adesivos,
associado à execução primorosa da técnica, permite um resultado previsível, com sucesso
constatado por diversos estudos de avaliação longitudinal.
Figura 53 – Aplicação do agente adesivo no dente.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Figura 54 – Vista da ponte em posição imediata-
mente após a cimentação.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
2_Cimentacao adesiva.p65 18/1/2008, 09:4976
PRO-ODONTO | ESTÉTICA | SESCAD 77
RESPOSTAS ÀS ATIVIDADES E COMENTÁRIOS
Atividade 3
Resposta: A
Comentário: O cimento resinoso fotopolimerizável é considerado como a primeira opção
devido à pequena espessura da faceta de cerâmica, em torno de 0,5mm, que permite a
passagem da luz para a fotoativação. A segunda opção é o cimento resinoso de polimerização
dual, que também pode ser utilizado, porém, devido à sobra de componentes químicos
utilizados na polimerização redox, estes podem gerar manchamento nas margens. A opção B
(cimento resinoso de polimerização química) não é adequada, pois não permite que o operador
tenha controle sobre o tempo de polimerização. O cimento de ionômero de vidro também
não é ideal, uma vez que, apesar da boa adesão ao dente, não tem ligação química com a
cerâmica.
Atividade 4
Resposta: 2; 3; 1
Atividade 7
Resposta: B
Comentário: Entre as características que podem ser atribuídas às cerâmicas convencionais
utilizadas em restaurações estéticas, está a baixa resistência.
Atividade 8
Resposta: C
Comentário: O procedimento correto para a opção A seria 20 segundos e para a opção B
seria 60 segundos. A opção D está incorreta, porque o condicionamento com ácido fluorídrico
não é preconizado para o tratamento da superfície interna das restaurações de resina com-
posta devido à sua ação seletiva sobre as partículas inorgânicas, o que enfraquece a interface
de união entre a restauração e o cimento resinoso.
Atividade 9
Resposta: C
Comentário: O tratamento considerado ideal, de acordo com a literatura, para as cerâmicas
ricas em fase vítrea, envolve esses três passos, tendo o jateamento com partículas de óxido
de alumínio e o condicionamento com ácido fluorídrico a função de promover a retenção
micromecânica e o silano, a ligação química da cerâmica com o cimento resinoso.
2_Cimentacao adesiva.p65 18/1/2008, 09:4977
78 CIMENTAÇÃO ADESIVA: MATERIAIS E TÉCNICAS
Atividade 10
Resposta: A
Comentário: O tratamento considerado ideal, de acordo com a literatura, para as restaura-
ções indiretas confeccionadas em resina composta envolve o jateamento com partículas de
óxido de alumínio, responsável pela retenção micromecânica e o silano, pela ligação química
da resina composta com o cimento resinoso. O condicionamento com ácido fluorídrico não é
preconizado para o tratamento de superfície das resinas compostas devido à sua ação seleti-
va sobre as partículas inorgânicas, o que enfraquece a interface de união entre a restauração
e o cimento resinoso.
Atividade 12
Resposta: C
Comentário: Como as resinas compostas laboratoriais são processadas com técnicas sofisti-
cadas de polimerização, alguns estudos têm verificado um grau de conversão elevado para
esses sistemas. Como conseqüência, não sobram pontes duplas de carbono disponíveis para
copolimerizarem com os monômeros do cimento resinoso.
Atividade 17
Resposta: 1; 10; 7; 2; 9; 3; 12; 5; 6; 8; 11; 4
Atividade 18
Resposta: C
Comentário: Primeiro, verifica-se a adaptação da restauração para que não haja contamina-
ção da estrutura dental ou da restauração. O ajuste oclusal é a última etapa do procedimento
de cimentação adesiva, devido à fragilidade dessas restaurações antes da cimentação.
Atividade 19
Resposta: D
Comentário: A opção B está incorreta, pois, quanto maior a fenda marginal, maior é o des-
gaste do cimento e a deterioração das margens.
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