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Teoria do Orbital Molecular (TOM) Sumário 4 *Limitações da TLV; *Teoria do Orbital Molecular; *Combinação Linear de Orbitais Atômicos; *Configuração Eletrônica de Moléculas Diatômicas; *O Paramagnetismo do Oxigênio (O2). -Verificou-se experimentalmente que o oxigênio (O2) é uma substância paramagnética, o que não é explicado pela TLV. -Um dos principais triunfos da TOM foi sua capacidade de explicar o paramagnetismo do O2. -A TOM também explica a existência de moléculas deficientes em elétrons e transições eletrônicas. 5 Limitações da TLV Balança de Gouy: Amostra de oxigênio líquido Peso N S 6 Teoria do Orbital Molecular (TOM) -Segundo a TOM, orbitais atômicos (funções de onda) combinam-se para formar orbitais moleculares ligantes e antiligantes. -Orbitais moleculares são formados a partir de uma combinação linear de orbitais atômicos (CLOA). -O número de orbitais moleculares formados é igual ao número de orbitais atômicos envolvidos na combinação linear. -A combinação só é possível quando as simetrias dos orbitais atômicos envolvidos são compatíveis. -Elétrons de valência encontram-se deslocalizados em orbitais moleculares, que podem se estender por dois ou mais átomos. 7 Combinação Linear de Orbitais Atômicos (CLOA) Onde: * é uma função de onda molecular; * e são funções de onda atômicas dos átomos a e b; * e correspondem aos coeficientes dos orbitais atômicos dos átomos a e b. Ψ ψa ψb ca cb Ψ = caψa + cbψb -Para uma molécula diatômica como a molécula de hidrogênio (H2), temos que: -Usamos diagramas de níveis de energia representando os orbitais moleculares formados a partir da combinação de orbitais atômicos. -Quanto maior a proximidade em energia dos orbitais atômicos combinados, mais intensa é a interação entre os mesmos. -Os orbitais moleculares formados pertencem aos átomos cujos orbitais atômicos participaram na combinação. 8 En er gi a Ha HbH2 ϕa ϕb Ψ+ Ψ− Interferência construtiva: Interferência destrutiva: σ * σ z z + ++ + + - 1s 1s 1s 1s Orbital molecular antiligante Combinações de Orbitais s Orbital molecular ligante 9 Combinações de Orbitais s Interferência construtiva Interferência destrutiva -Orbitais moleculares ligantes (a) são formados a partir da interferência construtiva entre orbitais atômicos (funções de onda). -Orbitais moleculares antiligantes (b) são formados a partir da interferência destrutiva entre orbitais atômicos (funções de onda). 10 Combinações de Orbitais s Aumento da densidade eletrônica entre os núcleos Nó, região com densidade eletrônica nula Orbital molecular ligante z z Orbital molecular antiligante Am pl itu de A Configuração Eletrônica Princípios norteadores da distribuição eletrônica: -Elétrons são acomodados em orbitais moleculares em ordem crescente de energia (Princípio de Aufbau). -Cada orbital molecular pode acomodar no máximo dois elétrons, que, em um mesmo orbital, estarão emparelhados (Princípio da Exclusão de Pauli). -Se mais de um orbital molecular de mesma energia estiver disponível, os elétrons ocupam um a um, adotando spins paralelos (Regra de Hund). 11 En er gi a Ha HbH2 ϕa ϕb Ψ+ Ψ−σ * σ OL = 1 2 (n∘e−ligantes − n∘e−antiligantes) 12 z 2pz2pz Combinação de orbitais pz (ligação σ): Aumento da densidade eletrônica entre os núcleos Nó, região com densidade eletrônica nula z z Combinações de Orbitais p Orbital molecular sigma ligante Orbital molecular sigma antiligante 13 Orbitais Moleculares Sigma -A partir da combinação de orbitais atômicos pz são formados orbitais moleculares sigma. -A denominação sigma é dada a orbitais que são simétricos em relação à rotação em torno do eixo da ligação: Orbital molecular sigma ligante z z Orbital molecular sigma antiligante Combinação de orbitais s e orbital px ou py: 14 Não ocorre formação de ligação z 1s z Cancelamento de fase nesta orientação! 2px Combinações de Orbitais s e p 15 -A partir da combinação de orbitais atômicos px e py, são formados orbitais moleculares pi. -A denominação pi é dada a orbitais nos quais ocorre uma mudança de fase quando submetidos a uma rotação de 180°. -A ligação pi não é simétrica em relação ao giro em torno do próprio eixo da ligação. zLigação π 2px 2px Orbitais Moleculares Pi 16 z Aumento da densidade eletrônica entre os núcleos Nó, região com densidade eletrônica nula Orbital antiliganteOrbital ligante z Orbitais Moleculares Pi Combinações de Orbitais d Fonte: MIESSLER, G. L. Et al, 5th Edition, São Paulo: Pearson Education, 2014. Orbitais dz2 Orbitais dxy ou dyz no mesmo plano Orbitais dx2-y2 ou dxz em planos paralelos Possíveis 17 dyz dxz dxy dyz dz2 dx2-y2 Impossíveis Exercício 1 -A partir da configuração eletrônica, podemos calcular a ordem de ligação em uma molécula. -Fórmula: Exercício: Construa um diagrama de orbitais, faça a distribuição eletrônica e calcule a ordem de ligação em cada um dos casos a seguir: (a) H2; (b) He2; (c) H2+; (d) He2+. OL = 1 2 (n∘e−ligantes − n∘e−antiligantes) 18 En er gi a ϕa ϕb Ψ+ Ψ− 19 19 a) H2 b) He2 c) H2+ d) He2+ OL = 1 OL = 0 OL = 1/2 OL = 1/2 En er gi a ϕa ϕb Ψ+ Ψ− ϕa ϕb Ψ+ Ψ− ϕa ϕb Ψ+ Ψ− ϕa ϕb Ψ+ Ψ− Exercício 1 Construa um diagrama de orbitais, faça a distribuição eletrônica e calcule a ordem de ligação em cada um dos casos a seguir: (a) H2; (b) He2; (c) H2+; (d) He2+. 20 2s 2s 2p 2p En er gi a σ*2s σ2s π2p σ2p σ*2p π*2p Orbitais Moleculares a Partir de Orbitais Atômicos 2p Os Diagramas de Níveis de Energia são diferentes nestes casos: a) N2 b) O2 c) F2 21 En er gi a OL = ? OL = ? OL = ? σ*2s σ2s π2p σ2p σ*2p π*2p σ*2s σ2s π2p σ2p σ*2p π*2p σ*2s σ2s σ*2p π*2p 2s 2p 2s 2p 2s 2p 2s 2p 2s 2p 2s 2p Orbitais Moleculares a Partir de Orbitais Atômicos 2p Há ainda uma outra diferença: σ2p π2p 22 -Orbi ta is molecu lares de mesma simetria e energias próximas interagem. -Ocorre redução na energia do orbital de menor energia e aumento no de maior. -σg(2s) e σg(2p) interagem e ocorre: *redução na energia de σg(2s); *aumento na energia de σg(2p). Com mistura de orbitais (b) Sem mistura de orbitais (a) E σ*2s σ2s σ*2p π*2p 2s 2p 2s 2p σ*2s σ2s π2p σ2p σ*2p π*2p 2s 2p 2s 2p Orbitais Moleculares a Partir de Orbitais Atômicos 2p σ2p π2p 23 OL e- desemparelhados σ*2s σ2s σ*2p π*2p σ2p π2p 2p E 2p 2s 2s σ*2s σ2s σ*2p π*2p σ2p π2p 2p E 2p 2s 2s Orbitais Moleculares a Partir de Orbitais Atômicos 2p Exercício 2 Exemplo: Faça o mesmo para: (a) N2; (b) O2; (c) F2. a) N2 b) O2 c) F2 24 En er gi a OL = ? OL = ? OL = ? σ*2s σ2s π2p σ2p σ*2p π*2p σ*2s σ2s π2p σ2p σ*2p π*2p σ*2s σ2s σ*2p π*2p σ2p π2p 2s 2p 2s 2p 2s 2p 2s 2p 2s 2p 2s 2p Exemplo: Faça o mesmo para: (a) N2; (b) O2; (c) F2. a) N2 b) O2 c) F2 25 En er gi a OL = 3 OL = 2 OL = 1 σ*2s σ2s σ*2p π*2p σ2p π2p σ*2s σ2s π2p σ2p σ*2p π*2p σ*2s σ2s π2p σ2p σ*2p π*2p 2s 2p 2s 2p 2s 2p 2s 2p 2s 2p 2s 2p Exercício 2 Paramagnetismo do Oxigênio -Compostos paramagnéticos são atraídos por campos magnéticos, devido à presença de um ou mais elétrons desemparelhados. -Compostos diamagnéticos não possuem elétrons desemparelhados e são levemente repelidos por campos magnéticos. (b) Fora de um campo magnéticoS ub st ân ci as p ar am ag né tic as 26 (a) Em um campo magnético Elétrons desemparelhados O2 2s 2p 2s 2p σ*2s σ2s π2p σ2p σ*2p π*2p E *Em uma ligação covalente apolar (cA = cB), temos átomos com mesma eletronegatividade, contribuindo igualmente para os orbitais moleculares (I); *Em uma ligação covalente polar, o orbital atômico do átomo mais eletronegativo contribui mais para o orbital molecular de energia menor (II); *Em uma ligação iônica os coeficientes dos íons são muito diferentes (III). Diagramas de Orbitais para Moléculas Polares27 (I) En er gi a ϕa ϕb Ψ+ Ψ− (II) ϕa ϕb Ψ+ Ψ− (III) ϕa ϕbΨ+ Ψ− -O orbital 1s do hidrogênio tem maior contribuição na formação do orbital molecular antiligante. -A formação do orbital molecular l i g a n t e σ ( 2 p ) t e m m a i o r contribuição de orbital 2p do F. -Dois pares de elétrons que não participam da ligação ocupam orbitais não ligantes π. Diagrama de Orbitais Moleculares - HF 28 En er gi a OLHF = 1 HFH F 1s 2p 2s σ σ* Elétrons não ligantes Orbitais Moleculares de Fronteira 29 -Dois orbitais são especialmente importantes no estudo de propriedades e reatividade de sistemas químicos. São eles: Highest Occupied Molecular Orbital (HOMO); Lowest Unoccupied Molecular Orbital (LUMO). -Estes orbitais são chamados orbitais moleculares de fronteira. -Conseguimos identificá-los a partir de diagramas de orbitais moleculares em um estudo aprofundado. -O orbital HOMO na molécula de CO é o orbital 3σ. -O orbital LUMO é π*. -Os orbitais 1σ e 3σ são essencialmente não ligantes. -Fótons da luz visível possuem energia suficiente para excitar elétrons do HOMO para o LUMO de alguns compostos. Diagrama de Orbitais Moleculares - CO En er gi a OLCO = 3 30 2s 2s 2p COC O 2p 1σ 2σ 3σ 4σ π π* Orbitais ligantes Referências Bibliográficas 31 ATKINS, Peter; JONES, Loretta. Princípios de química: questionando a vida moderna e o meio ambiente. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2012. 922 p. BRADY, James E.; HUMISTON, Gerard E. Química geral. 2. ed. Rio de Janeiro: LTC, 1986. 2 v. BROWN, Theodore L. Química: a ciência central. 9. ed. São Paulo: Pearson, 2005. 972 p. RUSSELL, John Blair. Química geral. 2. ed. São Paulo: Pearson Makron Books, 1994. 2 v.