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AULA 1 ARQUITETURA E PRÁTICAS TCP/IP I E II Profª Cassiana Fagundes da Silva 2 TEMA 1 – REDES DE COMPUTADORES: CONCEITOS BÁSICOS Uma rede de computadores pode ser definida como sendo um conjunto de computadores ou dispositivos interconectados com o intuito de trocar informações e compartilhar recursos. Tanenbaum (2011) define as redes de computadores como um “conjunto de computadores autônomos interconectados por uma única tecnologia”. Enquanto que, para Kurose e Ross (2006), “é uma rede de computadores mundial, isto é, uma rede que interconecta milhões de equipamentos de computação em todo o mundo”. Considerando as definições de Tanenbaum e Kurose, nota-se que uma rede de computadores está diretamente ligada à conexão de dois ou mais computadores ou tecnologias para o compartilhamento de informações. Figura 1 – Redes de Computadores Crédito: Thyago Macson, 2018. As redes de computadores tiveram seu início na década de 1960, para realizar a troca de informações entre dois computadores. Inicialmente, a troca era feita por meio dos dados armazenados em um cartão perfurado, e então transferidos a outro computador. Posteriormente, com a criação da Arpanet (Agência de Pesquisas em Projetos Avançados – Arpa dos EUA), as redes de computadores passaram a ter interligações entre universidades, instituições militares e organizações. 3 Ainda na década de 1970, com a criação da Arpanet, outras iniciativas surgiram, com o intuito de melhorar a comunicação entre as máquinas. Para isso, o primeiro protocolo, denominado de NCP (do inglês, Network Control Protocol), foi criado para a comunicação entre dois hosts, permitindo que as primeiras aplicações começassem a ser desenvolvidas. Já nos anos 1980, com a evolução de computadores e estações de trabalho, as redes de computadores, através de redes locais, iniciaram a aplicação do protocolo Ethernet. O protocolo TCP/IP foi introduzido nessa época e distribuído para diversas universidades. Assim como o DNS (do inglês, Domain Name System), que foi criado para aprimorar o gerenciamento de nomes e endereços da rede. No ano de 1984, a ISO (do inglês, International Organization Standardization) desenvolveu uma recomendação para a conexão de sistemas heterogêneos, denominada de Modelo de Referência para a Interconexão de Sistemas Abertos, também chamada de Modelo OSI. Na década de 1990, a maioria dos fabricantes de computadores e sistemas operacionais já oferecia em seus serviços o protocolo de rede TCP/IP. Nessa época, redes locais com tecnologia Ethernet tornaram-se dominantes e eliminaram todas as iniciativas de outras tecnologias, como Token Ring. Na década de 2000, o protocolo Ethernet continuo evoluindo para atender às demandas das organizações, pois o acesso à Internet para usuários domésticos e pequenas empresas limitava-se a conexões de discagem de baixa velocidade. Porém, com o passar dos anos, essa conexão foi aprimorada, e atualmente pode ser utilizada por fibras ópticas, banda larga, satélite (em algumas localidades), celular, entre outras formas. Nota-se que a evolução das redes de computadores foi motivada por dois princípios básicos: a necessidade de compartilhamento de informações de forma rápida e a um baixo custo, e a necessidade de compartilhamento de hardware e softwares, como impressoras, espaço em disco e conexões a outras redes, economizando recursos e diminuindo os custos de equipamentos. TEMA 2 – REDES DE COMPUTADORES E SUA ABRANGÊNCIA As redes de computadores são definidas e classificadas conforme a abrangência, também conhecida por distância física, entre os dispositivos conectados à rede. Nesse contexto, as redes são divididas conforme sua 4 disposição geográfica, sendo definidas como redes pessoais, redes locais, redes metropolitanas e redes distribuídas, conforme ilustrado na Figura 2. Figura 2 – Abrangência das redes de computadores Fonte: Maia, 2009, p. 7. 2.1 Redes pessoais As redes pessoais, também denominadas PANs (Personal Area Networks), permitem que dispositivos se comuniquem pelo alcance de uma pessoa. Por exemplo, tem-se uma rede comum que conecta periféricos através de uma rede sem fio. Isso é, geralmente todos os computadores são compostos por monitores, teclados, mouse e impressora conectados. A conexão pode ser realizada por tecnologia sem fio ou então por uma tecnologia de cabos, o que de fato normalmente acontece quando compramos e instalamos um computador de uso doméstico. No entanto, com o intuito de auxiliar os usuários que não entendem de tecnologia e que apresentam dificuldades na ligação dos cabos dos periféricos do computador, empresas têm projetado vários dispositivos com tecnologia sem fio de curta distância, conhecida por Bluetooth. Essa tecnologia permite que os dispositivos sejam conectados sem a utilização de fios. A rede Bluetooth adota o paradigma mestre-escravo, apresentado na Figura 3 – onde o computador normalmente é o mestre e faz a comunicação com o mouse, teclado e demais periféricos como escravos. 5 Figura 3 – Configuração de uma rede PAN Crédito: Thyago Macson, 2018. Assim, o mestre informa aos escravos quais endereços usar, quando eles podem transmitir, por quanto tempo, quais frequências eles podem usar e assim por diante. 2.2 Redes locais As redes locais, também denominadas de redes LAN (do inglês, Local Area Network), são redes particulares que operam dentro e próximo de um único prédio, como residência, escritório ou fábrica. As LANs geralmente são utilizadas na conexão de computadores pessoais a aparelhos eletrônicos de modo a permitirem o compartilhamento de recursos como impressoras, e trocas de informações entre máquinas. Em uma rede LAN, os dispositivos estão próximos fisicamente, cobrindo pequenas distâncias, como por exemplo, estações em uma mesma sala e andares de um prédio. Entende-se que, como as distâncias são pequenas, as LANs oferecem taxas de transmissão elevadas e baixas taxas de erro. Para Maia (2009), as redes locais podem ser caracterizadas como redes locais sem fio e redes locais com fio. Nas LANs sem fio, muito populares atualmente, são padronizadas internacionalmente pelo IEEE 802.11, também conhecido por Wifi, e o melhor padrão adotado é o Ethernet. Essas redes se caracterizam por oferecer grande escalabilidade, baixo custo, e podem alcançar taxas de transmissão de até 10Gbps. 6 A Figura 4 apresenta uma rede local, em que quase sempre os computadores falam com um dispositivo no teto; esse dispositivo é denominado ponto de acesso (AP – Acess Point), roteador sem fio ou estação base, de modo a repassar os pacotes entre os computadores sem fio e também entre eles e a Internet. Figura 4 – LANs sem fios e cabeadas Crédito: Thyago Macson, 2018. Já as LANs com fios adotam uma série de tecnologias de transmissões diferentes, como cobre, fibra óptica, entre outras, porém são restritivas em tamanho, o que significa que o tempo de transmissão, no pior dos casos, é limitado e conhecido com antecedência. A Figura 5 ilustra uma topologia de Ethernet comutada, em que cada computador troca informações usando o protocolo Ethernet e se conecta a um dispositivo de rede chamado switch, com um enlace ponto a ponto. Figura 5 – Ethernet comutada Crédito: Thyago Macson, 2018. 7 Observa-se que, independentemente das redes locais adotadas, houve a necessidade de interligar redes locais dentro de uma mesma cidade. Para que isso fosse possível, surgiram as redes metropolitanas, conforme descrito na sequência. 2.3 Redes metropolitanas As redes metropolitanas, também conhecidas por MANs (do inglês, Metropolitan Area Network), oferecem altas taxas de transmissão e baixas taxas de erros; além disso, os canais de comunicação, normalmente, pertencem a uma empresa de telecomunicaçõesque aluga o serviço ao mercado. O exemplo mais fácil para o entendimento de uma rede MANs é a rede de televisão à cabo, pois encontra-se disponível em várias cidades (Figura 6). Figura 6 – Rede metropolitana baseada na TV a cabo Crédito: Thyago Macson, 2018. A Figura 5 ilustra os sinais de televisão e de Internet sendo transmitidos à central a cabo, centralizada para a distribuição subsequente às casas das pessoas. No entanto, vale destacar que a TV a cabo não é a única MAN existentes; com o avanço da internet de alta velocidade sem fio, tornou-se possível a padronização de outras MANs, como o IEEE 802.16, conhecida como WiMAX (do inglês, Worldwide Interoperability for Microwave Acc). O uso de WiMax em redes ou áreas metropolitanas propicia conectividade sem fio em banda larga interoperável a diversos tipos de usuários (fixo, nômade 8 e portátil), oferecendo uma interface de serviço de aproximadamente 50 quilômetros, permitindo que os usuários se conectem em banda larga oferecendo taxas de transferência de dados de até 75 Mbit/s 2.4 Redes distribuídas As redes distribuídas, ou WAN (do inglês, Wide Area Network), possibilitam interligar dispositivos geograficamente distantes, isso é, sistemas localizados em diferentes cidades, estados ou países. A Figura 7 demonstra uma rede que conecta escritórios em Perth, Melbourne e Brisbane. Cada um desses escritórios apresenta computadores que executam vários programas de usuários. Pode-se chamar cada uma dessas máquinas de hosts, e o restante da rede que conecta esses hosts de sub-rede de comunicação. A sub-rede tem como tarefa principal transportar mensagem de um host para o outro, exatamente como o sistema de telefonia transposta às palavras do falante ao ouvinte (Tanenbaum, 2011). Figura 7 – Rede WAN para conexão em três escritórios de filiais na Austrália Crédito: Thyago Macson, 2018. 9 As redes WANs são compostas de dois componentes: as linhas de transmissão e os elementos de comutação. As linhas de transmissão têm como objetivo transportar bits entre as máquinas, enquanto que os elementos de comutação são computadores especializados que conectam três ou mais linhas de transmissão. 2.5 Redes interligadas (internets) Conforme já descrito, várias são as redes disponíveis no mundo. Para cada uma, diversos são os hardwares e softwares apresentados. Normalmente, existe uma incompatibilidade de redes, pois cada pessoa, ao se conectar a uma rede, utiliza-se de um padrão ou topologia específica. A troca de informações entre as pessoas e suas redes distintas pode se tornar difícil, devido a incompatibilidades. Como alternativa a esse problema, surgiram as redes interligadas, ou Internet, ou seja, um conjunto de redes interligadas. No entanto, quando se refere a redes interligadas, ou Internet, percebe-se que o i é maiúsculo, de modo a diferenciar esta rede da internet mundial. A Internet usa redes ISP para conectar redes empresarias, domésticas, e as demais redes existentes. TEMA 3 – TOPOLOGIAS DE REDES DE COMPUTADORES Para Maia (2009) as várias formas de conexão física entre os dispositivos de uma rede são chamadas de topologias. Ou então, pode-se dizer que a topologia de uma rede é o seu layout lógico. A escolha da topologia adequada para determinada aplicação depende de fatores como velocidade, confiabilidade e custos. Normalmente, este último é o mais importante em um projeto de rede, ainda que a distância entre o nó e o tamanho da rede devam ser levados em consideração. Essas topologias podem ser classificadas como: ponto a ponta, anel, estrela, malha, árvore, híbrida e daisy chain. As redes de computadores que se caracterizam como ponto-a-ponto apresentam uma conexão dedicada ligando dois dispositivos, isso é, não há compartilhamento físico do canal de comunicação. As aplicações que adotam esse tipo de rede são, geralmente, as redes distribuídas, porém as redes locais também fazem uso desse tipo de conexão (Figura 8). 10 Figura 8 – Exemplos de topologias de conexão ponto-a-ponto Fonte: Maia, 2009, p. 9. Já as redes com topologia anel se caracterizam por conter estações de trabalho conectadas por meio de um circuito fechado, em série. Em outras palavras, diz-se que uma topologia em anel é formada por vários computadores, interligados por linhas ponto-a-ponto; cada nó deve passar adiante as mensagens endereçadas aos demais. Um nó, também chamado de nodo, representa cada ponto de interconexão com uma estrutura ou Topologia de Rede de interconexão com uma estrutura ou rede, independentemente da função do equipamento representado por ele. Na topologia estrela, toda informação deve passar obrigatoriamente por uma estação central inteligente, que deve conectar cada estação da rede e distribuir o tráfego para que uma estação não receba, indevidamente, dados destinados a outras, conforme a Figura 9. Outra topologia de rede é a malha; nestas, são adotadas ligações ponto-a- ponto para interconectar os nós. Essa topologia é mais utilizada para interconectar roteadores ou gateways, e para atribuir redundância a links de internet ou de serviços como VPNs (do inglês, Virtual Private Network). 11 Figura 9 – Topologia de rede Estrela Crédito: Tamankung/Shutterstock. A topologia em barramento é quando os computadores são ligados no mesmo barramento físico de dados. Normalmente, essa topologia é adotada na interligação de computadores, que usam cabos coaxiais. Ou seja, para cada barramento existe um único cabo que vai de uma ponta a outra. A comunicação na topologia em barramento é feita por broadcast, pois os dados são enviados para o barramento e todos os computadores visualizam esses dados; no entanto, eles só serão recebidos pelo respectivo destinatário (Figura 10). Figura 10 – Topologia de rede de computadores em barramento Crédito: Bakhtiar Zein/Shutterstock. 12 Na topologia em árvore, a caracterização física de um objeto (ou seus componentes) se assemelha a uma árvore, no sentido de que as suas ramificações tendem a convergir para uma raiz. A topologia de árvore apresenta similaridade com a topologia estrela, pois utiliza-se de comutadores para interligar os dispositivos; o que as diferencia é que na árvore a interligação é realizada pela raiz para os demais nós. As estações ou equipamentos terminais são conhecidos como “folhas” se um pacote é enviado para mais de uma subárvore; quando este chega ao nó filho, precisa ser duplicado, sendo que um deles será transferido mais lentamente. Por sua vez, na topologia híbrida, o desenho final da rede resulta da combinação de duas ou mais topologias de rede. A topologia hibrida é mais utilizada para grandes redes, pois se adéqua à topologia de rede em função do ambiente, diminuindo custos, expansibilidade, flexibilidade e funcionalidade de cada segmento de rede. Já a topologia daisy chain, ou encadeamento, é a forma mais fácil de adicionar mais computadores em uma rede, pois permite que os novos computadores sejam ligados em série com os próximos. TEMA 4 – SERVIÇOS OFERECIDOS PELAS REDES DE COMPUTADORES Conforme já descrito anteriormente, as redes de computadores surgiram com o objetivo de compartilhar recursos e trocar informações entre hardware e software das máquinas. Sendo assim, as redes de computadores permitem a realização de vários serviços, como por exemplo serviços web, correio eletrônico, transferência de arquivos, terminal remoto, gerência remota, serviços de áudio e videoconferência, serviços de nomes, serviços de arquivos e impressão, entre outros. O serviço de web trata de um conjunto de documentos ou páginas que contêm imagens, textos, vídeos e áudio inter-relacionados. As páginas são interligadas por meio de links que fazem com que o usuário navegue entre os diversos documentos através de browsers. O principalprotocolo responsável pelo serviço web é o HTTP, que tem como funcionalidade transportar uma página armazenada em um servidor web até o browser. Já os serviços de correio eletrônico são semelhantes a uma carta enviada pelo correio: uma mensagem de correio eletrônico deve conter, basicamente, o 13 endereço do destinatário, o endereço do remetente e a mensagem a ser encaminhada. Quando se utiliza a internet, vários são os protocolos relacionados ao envio e recebimento de e-mail, como SMTP, POP, MINE e IMAPI. Independentemente do protocolo, o serviço utiliza um software cliente, que possibilita escrita, envio, recebimento e leitura de e-mails, em um servidor que permite armazenar e encaminhar as mensagens dos usuários. A cópia de um ou mais arquivos pela rede é dada através da transferência de arquivos. Inicialmente, o usuário poderia apenas transferir arquivos textos e executáveis, porém, com os avanços tecnológicos, arquivos de vídeo, áudio, entre outros, também podem ser transferidos. Na internet, o protocolo responsável pela transferência de arquivos é o FTP. Todos os sistemas operacionais que suportam o TCP/IP apresentam um utilitário chamado de FTP, que funciona como cliente, e permite a utilização do serviço. Para Maia (2009), outro serviço que pode ser realizado pelas redes de computadores é o terminal remoto, que permite que um usuário conectado a um sistema tenha acesso a outro sistema utilizando a rede. O terminal remoto serve para que o usuário remoto possa submeter comandos e receber respostas como se estivesse conectado localmente ao sistema. No modelo de internet, o protocolo responsável pelo serviço de terminal remoto é o Telnet. Já nos serviços de gerência remota, os administradores da rede podem consultar informações de um dispositivo de rede, alterar sua configuração remotamente e corrigir possíveis problemas. Além da correção de erros, a gerência remota possibilita analisar o desempenho da rede a partir dos dados coletados. Os serviços de áudio e vídeo são utilizados em aplicações como telefonia, conferência, TV, educação a distância, entre outras, desde que utilizem rede para a transmissão de áudio e/ou vídeo. Os serviços de nomes são utilizados porque cada dispositivo em uma rede tem um nome e um número que o identifica unicamente. Por sua vez, os serviços de arquivos permitem que um usuário tenha acesso a arquivos e diretórios que estão fisicamente armazenados em computadores conectados à rede. Embora seja similar ao serviço de transferência de arquivos, apresenta um grau de transparência maior ao usuário. 14 Já os serviços de arquivos e impressão possibilitam aos usuários o acesso a documentos e diretórios que se encontram fisicamente armazenados em computadores conectados à rede. A Figura 11 ilustra um serviço de impressão que permite ao usuário a utilização de impressoras remotas, isso é, conectadas a outros computadores ou conectadas diretamente à rede. Figura 11 – Exemplo de um serviço de impressão Crédito: Thyago Macson, 2018. Os serviços de impressão são encontrados em todos os sistemas operacionais dos computadores e são muito implementados em redes locais, para o melhor compartilhamento dos recursos e para a diminuição do custo com os referidos dispositivos. TEMA 5 – PARÂMETROS DE AVALIAÇÃO DE REDES DE COMPUTADORES Vários são os tipos de redes de computadores existentes, cada uma com vantagens e desvantagens. Para que se possa, dentre os modelos existentes, escolher a melhor abrangência ou topologia a ser adotada, faz-se necessário comparar critérios de avaliação, como: custo, desempenho, escalabilidade, disponibilidade, segurança e padronização (Kurose; Ross, 2006). O custo, para Maia (2009), é um dos parâmetros mais importantes a serem analisados na elaboração de uma rede de computadores. Afinal, envolve projeto, aquisição de equipamentos, instalação, operação e também manutenção. 15 No caso da manutenção de uma rede, os custos devem abranger, além dos equipamentos da rede, os canais de comunicação e da equipe de suporte. Lembramos aqui que uma rede é composta não apenas de hardware, mas também de softwares de monitoração, gerenciamento e segurança, por exemplo. Já o critério de desempenho pode ser medido de várias formas, com diferentes métricas. A taxa de transmissão é considerada o critério mais simples para se mensurar o desempenho de uma rede de computadores, pois especifica o número de bits por segundo (bps) ou o número de bytes por segundo (Bps) transmitidos pelo canal de comunicação. Cabe ressaltar que as unidades de medidas adotadas na medição da taxa de transmissão não são as mesmas utilizadas para medir a capacidade de armazenamento de arquivos e a memória, apesar de serem semelhantes. Com a taxa de transmissão, é possível calcular o tempo necessário para a transferência de um arquivo para a rede (Maia, 2009). A forma mais precisa para medir o desempenho de uma rede de computadores é através da adoção de parâmetros que permitam controlar a qualidade do serviço, ou seja, o QoS (do inglês, Quality of Service). Através desse parâmetro, é possível averiguar e garantir ao usuário a qualidade dos serviços prestados pela rede. A escalabilidade tem como objetivo verificar a capacidade de novos dispositivos a serem adicionados à rede, sem causar qualquer impacto – ou que este seja o menor possível. Como exemplo de escalabilidade, tem-se a Internet, que inicialmente era formada por uma quantidade pequena de hosts, mas que hoje apresenta milhões de usuários conectados. No caso da disponibilidade, destina-se ao tempo em que uma rede permanece em funcionamento de forma ininterrupta, incluindo possíveis falhas de hardware ou software e manutenções preventivas e corretivas (Maia, 2009, p. 6). Os sistemas de trafego aéreo e o comércio eletrônico na internet são exemplos de redes que operam com larga disponibilidade. Os custos de tais redes estão relacionados à disponibilidade de que os sistemas necessitam; isto é, quanto maior a disponibilidade exigida, maior o custo da rede. Em relação à segurança, visa preservar autenticidade, controle de acesso, integridade e disponibilidade de informações. Atualmente, os níveis de segurança de uma rede são mensurados em relação ao valor dos bens e informações que 16 circulam nela; ou seja, quanto maior o valor das informações trafegadas, maior será o nível de segurança aplicado – e, automaticamente, maior o custo. Por fim, porém não menos importante, tem-se o critério de padronização, que estabelece um padrão de produto considerando a variedade de tecnologias disponíveis. Um exemplo de padronização é o protocolo TCP/IP, utilizado por todos no modelo da Internet e também no mercado de trabalho. 17 REFERÊNCIAS KUROSE, J.; ROSS, K. Redes de computadores e internet. São Paulo: Pearson, 2006. MAIA, L. P. Arquitetura de redes de computadores. Rio de Janeiro: LTC, 2009. TANENBAUM, A. Redes de computadores. São Paulo: Pearson, 2011.
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