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Millena Fernandes l @medmillena Oxidação de ácidos graxos Degradação de triacilglicerol Corpos cetônicos são importantes fontes de combustíveis para alguns tecidos em algumas situações especiais Dieta cetogênica*= tratamento de epilepsia refratária Lipídio= moléculas orgânicas insolúveis em água (hidrofóbicas apolares) e solventes em compostos orgânicos - Baixa solubilidade em água= principal característica Tipos de lipídios= ácidos graxos, TAG (armazenamento), colesterol - Moléculas que possuem diferenças químicas - DIFERENÇA entre os ácidos graxos= presença de insaturações Ácido graxo ômega 3 (primeira insaturação localizada no carbono 3) - Ligação de um ácido com um álcool, gerando uma ligação éster Definição de lipídio leva em consideração a afinidade por água - Fosfolipídeo= possui uma porção polar – fosfato - e outra apolar - Colesterol (álcool)= núcleo esteroide com 4 anéis – ciclo pentano peridoforenteno. Pode receber um éster NÃO É SINONIMO DE LDL/HDL/VLDL/QUILOMÍCRON. São lipoproteínas transportadores de lipídeos pela corrente sanguínea MOBILIZAÇÃO DE TRACILGLICERÓIS DO TECIDO ADIPOSO Jejum intermitente= libera glucagon Exercício= libera adrenalina Adrenalina e glucagon ativam a lipase sensível a esses dois hormônios - São ativadas no tecido adiposo e degradam triacilglicerol armazenados - Lipase é responsável por mobilizar os triacilgliceróis presentes no tecido adiposo Agem sobre o seu receptor – específico para cada hormônio - O mecanismo de sinalização desses dois hormônios é o mesmo - Glucagon e adrenalina ativam a enzima amplificadora adenilato ciclase, ativando o AMPc, que atua ativando uma proteína cinase – fosforila a lipase sensível ao hormônio Receptor acoplado a proteína G Sem o fosfato, essa lipase está inativa, sendo ativada pela fosforilação - LIPASE SENSÍVEL A HORMÔNIO= quebra o triacilglicerol (LIPÓLISE) - Além da PKA ativar a lipase, ela fosforila e ativa a perilipina que fica no adipócito. Essa, remove o primeiro ácido graxo do triacilglicerol e ativa e triacilglicerol lipina, para que aí sim a lipase sensível ao hormônio quebre o diacilglicerol em monoacilglicerol. - A monoacilglicerol lipase libera 3 ácido graxos + glicerol (álcool livre) Os ácidos graxos provenientes do TAG são transportados na corrente sanguínea ligados à ALBUMINA PLASMÁTICA – principal proteína plasmática - Possui vários sítios para receber ácidos graxos, para transportá- lo até o miócito ou hepatócito - Albumina= proteína plasmática - São levados para serem oxidados e produzir ATP - Tanto músculo quanto fígado consumirão os ácidos graxos Destino do glicerol e dos ácidos graxos - Glucagon se liga ao receptor acoplado à proteína G. Ativa a adenilato ciclase, que converte ATP em AMPc, que ativará a PKA, responsável por fosforilar a lipase sensível a hormônio e degradar o triacilglicerol - LIPASE sensível a hormônio= libera ácidos graxos livres a partir do TAG Millena Fernandes l @medmillena Ao chegarem no fígado e no músculos, os ácidos graxos são oxidados e transformados em Acetil-CoA - Tal acetil-CoA entra no ciclo de Krebs (ácido cítrico), que produzirá ATP, NADH e FADH2 Destino do glicerol (ÁLCOOL COM C HIDROXILAS – TRIÁLCOOL) liberado da quebra do TAG - Glicerol é um álcool polar É transportado de “boa” até a célula hepática Hepatócito utiliza o glicerol para produzir gliconeogênese Precursores da gliconeogênese = glicerol, lactato e aminoácidos Glicerol é um precursor gliconeogênico Últimos produtos formam a frutose-1,6-biP, até gerar glicose livre, levando-a para a corrente sanguínea aumentar a glicemia (ação da glicose-6-fosfatase) Visão geral do metabolismo de ácidos graxos ACIL- sinônimo de ácido graxo Ácido graxo ativado precisa ser levado até a matriz mitocondrial para ocorrer a beta-oxidação É necessário a ligação do ácido graxo à camitina BETAOXIDAÇÃO do ácido graxo= libera ácido graxo em menores fragmentos, na forma da acetil (2C), além de FADH2 e NADH Acetil-CoA pode ser direcionado para o ciclo de Krebs e posteriormente gerar ATP para a fibra muscular (situação de exercício) O fígado sintetiza corpos cetônicos a partir de Acetil-Coa, mas também pode realizar o desvio do Acetil-Coa para o ciclo de Krebs ATIVAÇÃO E TRANSPORTE DE ÁCIDOS GRAXOS PARA A MATRIZ Ácido graxo ao chegar no citosol precisa ser ativado ATIVAÇÃO= ligação do ácido graxo a uma coenzima A Enzima que adiciona a CoA (formando um AG ativado)= acil-CoA grax- sintetase - Para formar esse AG-CoA são gastos 2 ATPs - Tal ácido graxo precisa chegar na matriz mitocondrial para ocorrer a beta-oxidação Membrana mitocondrial interna= impermeável à CoA Enzima CPT (carnitina palmatoil transferase) localizada na membrana mitocondrial externa - Retira a CoA do ácido graxo e coloca no lugar dela uma molécula de CARNITINA (AG-CARNITINA), permeável à membrana interna - O AG ligado à carnitina que estava no espaço intermembrana vai para a matriz mitocondrial Porém, precisa trocar a carnitina por CoA - Enzima CPT2 coloca de volta a CoA no ácido graxo retirando a carnitina (gera uma carnitina livre) - Regenera o ácido graxo ativado (AG-CoA) - Ao fazer isso, coloca a carnitina novamente para o espaço intermembrana CoA já estava lá presente para realizar outras reações - Ácido graxo ativado sofrerá a beta oxidação Millena Fernandes l @medmillena Carnitina é produzida a partir de dois aminoácidos presentes no organismo= lisina e metionina. Lá no fígado e nos rins ela é produzida. Não há necessidade de suplementação em pessoas saudáveis Para o AG ser transportado do citoso l para a matr iz da mitocôndr ia, acontecem os segu intes passos: 1) AG é at ivado: Recebe uma CoA: produto = aci l -CoA. Enzima responsáve l: aci l -CoA graxo sintetase . Processo gasta 2 ATPs. 2) Aci l -Coa (AG at ivado) é translocado para o espaço intermembranas pe la CPT-I (carnit ina aci l -transferase I ) , que troca a CoA por carnit ina. Produto: Aci l -carnitina . 3) Uma translocase transloca a Aci l -carnit ina do espaço intermembranas para a matr iz mitocondr ia l . 4) Aci l -carnit ina na matr iz da mitocôndr ia: sai carnit ina e entra novamente CoA formando aci l -CoA. Enzima responsáve l: CPT-I I (carnit ina aci l -transferase I I ) . Essa enzima é muito importante e pode estar def iciente . https://ods.od.nih.gov/factsheets/Carnitine- HealthProfessional/ Beta-oxidação de um ácido graxo de 16C (palmitato) Ciclo de Lynen Acil-CoA ativado de 16C Após entrar na célula, o ácido graxo de cadeia longa é convertido no citosol em um derivado ligado à CoA pela acetil-CoA-sintetase dos ácidos graxos de cadeia longa. Como a beta-oxidação ocorre na matriz mitocondrial, essa molécula precisa atravessar a membrana mitocondrial. Esse processo é feito pela lançadeira de carnitina, a qual é inibida pelo Malonil-CoA. Essa é a etapa limitante da obtenção energética a partir da beta-oxidação de ácidos graxos. 1. Enzima Acil-CoA desidrogenada - Retira hidrogênio do Acil-CoA (oxidar) e os transfere para o FAD - Produção de FADH2 (reduzido) 2. Enzima Enoil-CoA-hidratase - Insere uma molécula de água no carbono beta 3. Enzima beta-hidroxiacial-CoA-desidrogenase - Transfere prótons e elétrons para o NAD - Produção de NADH (reduzido) 4. Beta ceto acil coA - Ácido graxo ainda tem 16C ligados a uma CoA 5. Enzima tiolase - Quebra a ligação entre o carbono alfa e o carbono alfa - Libera um fragmento de 2C ligado a CoA e outro pedaço com 14C - Produto= Acetil-CoA A tiolase, ao fazer a quebra insere uma nova CoA livre nos 14C, restando um grupo Acil-CoA com 2C a menos Para fazer a volta no ciclo, é necessário CoA livre para que a tiolase pendure ele no fragmento de 16C PRODUTOS da volta beta-oxidação= 1FADH2, 1NADH, 1Acetil-CoA e Acil=CoA (C-2) NA 7ª volta libera 2Acetil=CoA NÚMERO DE VOLTAS= nC/2-1 NÚMERODE ACETIL COA PRODUZIDOS=nC/2 Quantas moléculas de Acetil-Coa um ácido graxo de 20C produz= 10 O Acetil-CoA produzido é enviado para o ciclo de Krebs https://ods.od.nih.gov/factsheets/Carnitine-HealthProfessional/ https://ods.od.nih.gov/factsheets/Carnitine-HealthProfessional/ Millena Fernandes l @medmillena Calcule o rendimento energético (ATP) da oxidação completa de um ácido graxo de 16C 1. Beta-oxidação - Se o ácido graxo possui 16C, é produzido 8Acetil-CoA e dada 7 voltas - 8Acetil-CoA, 7NADH e 7FADH2 2. Ciclo do ácido cítrico -1 volta produz 3NADH, 1FADH2 e 1GTP - 8 voltas (já que tem 8Acetil-CoA)= 24NADH, 8FADH2 e 8GTP 3. Cadeia respiratória e fosforilação oxidativa - NADH= 7 + 24= 31 NADH x 2,5= 77,5ATP - FADH2= 7 + 8= FADH2 x 1,5 = 22,5ATP Total= 100ATP + 8ATP - 2ATPs= 106ATP Ácido graxos são apo lares e não atraem água, faci l itando o armazenamento – vantagem evolut iva Beta-oxidação de ácidos graxos com número ímpar de C A última volta do ciclo de Lynen produz propinoil-CoA (3C), o qual pode ser convertido a succinil-CoA (um intermediário do ciclo de Krebs). ÁCIDO GRAXO NÃO VIRA GLICOSE, mas a beta-oxidação de ácidos graxos com número ímpar produzir Succinil-CoA, um intermediário do ciclo de Krebs Beta-oxidação de ácidos graxos insaturados Beta-oxidação de ácidos graxos poli-insaturados Millena Fernandes l @medmillena Beta-oxidação de ácidos graxos de cadeias muito longas Para que o Acetil-CoA chegue ao citosol a partir da matriz mitocondrial, ele é condensado ao OAA, formando citrato, em uma reação catalisada pela enzima citrato-sintetase. Após chegar ao citosol, o citrato é reconvertido em OAA e Acetil-CoA por meio da enzima ATP-citrato-liase. Metabolismo de corpos cetônicos A síntese hepática de corpos cetônicos a partir do excesso de acetil-CoA Os corpos cetônicos produzidos pelo fígado= acetona, d- beta-hidroxibutirato e acetato A partir de quem o fígado produz o acetoacetato= Acetil-CoA que pode estar em excesso no fígado Se começar a ter muita acetil-coa na matriz mitocondrial da célula hepática, o fígado libera as coenzimas CoA livres São jogados para o sangue e de lá são destinados a outros tecidos (extra-hepáticos= músculo, coração, rins e cérebro) Nos tecidos os corpos cetônicos são utilizados para regenerar o acetil-CoA Acetil-CoA sendo produzida a partir desses corpos cetônicos segue para o Krebs A acetona não é aproveitada pelos tecidos. Ela cai no sangue e é exalada na expiração (eliminada nos pulmões, por ser volátil), gerando o hálito cetônico (cetoacidose diabética) Dieta cetogênica= lipídios e proteínas-> força o fígado a produzir muitos corpos cetônicos, para que o cérebro aprenda a usar os corpos cetônicos como rendimento de ATP
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