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➤ Perfil bioquímico: composto por várias ferramentas/analitos que, em conjunto, auxiliam no diagnóstico clínico. O perfil bioquímico hepático é utilizado na avaliação das lesões e disfunções renais. ➤ Biomarcadores: ferramentas utilizadas dentro do perfil bioquímico. Um bom biomarcador precisa possuir pelo menos uma das seguintes características: ↬ Especificidade: substância produzida unicamente pelo tecido/órgão de análise; ↬ Sensibilidade: substância apresenta uma variação rápida de nível em caso de alterações. Importante para detecção precoce. ↬ Meia-vida: substância é detectável por um tempo considerável após a lesão/disfunção. ≠ Unidades funcionais do fígado: hepatócitos e canalículos biliares. Funções hepáticas: síntese, metabolismo, excreção e detoxificação. ➤ Lesão: consiste em um insulto/injúria celular, que não necessariamente caracteriza uma disfunção. • Normalmente analisada através do exame de enzimas. ➤ Disfunção: significa a diminuição ou perda de qualquer uma das funções hepáticas. • Normalmente analisada através do exame de produtos/substratos. OBS.: o fígado possui uma reserva funcional, isto é, em condições normais, ele opera em níveis basais. Diante de um estímulo externo, ele pode aumentar proporcionalmente seu nível de atividade. Os indicadores de lesão hepática são as enzimas, que podem indicar lesão hepatocelular ou canalicular. ➤ Lesão hepatocelular Para que haja um aumento no nível dessas enzimas, é necessário um aumento na permeabilidade da membrana → indica lesão ativa! ♯ AST (aspartato aminotransferase): transaminase cujo substrato é o aspartato e o produto é o oxalato. ↬ Predominante em herbívoros! ↬ Citoplasma e mitocôndrias do hepatócito. ↬ Meia vida: 12h ↬ Isoenzima: músculo estriado, eritrócitos. Diferenciação feita pela mensuração da CK (creatina fosfoquinase). ↑ AST ⁂ Hemólise ⁂ Lesão hepatocelular @pads.vet ♯ ALT (alanina aminotransferase): transaminase cujo substrato é a alanina e o produto é o piruvato. ↬ Predominante em carnívoros! ↬ Citoplasma dos hepatócitos ↬ Meia vida: 48h em cães ↬ Hepatoespecífica! ↑ ALT ⁂ Lesão hepatocelular ♯ LDH (lactato desidrogenase): ↬ Citoplasma dos hepatócitos ↬ Meia vida: 24h ↬ Isoenzimas: músculo estriado esquelético e cardíaco. ↑ ALT ⁂ Lesão hepatocelular ⁂ Lesão muscular ⁂ Cardiomiopatia ♯ SDH (sorbitol desidrogenase): ↬ Citoplasma dos hepatócitos ↬ Meia vida: 6h ↬ Hepatoespecífica! ↑ SDH ⁂ Lesão hepatocelular ➤ Lesão canalicular As enzimas que indicam lesão canalicular são denominadas enzimas de indução, ou seja, qualquer estímulo na membrana irá causar aumento nos níveis enzimáticos (ex. cavalos em jejum, medicamentos, etc.) ♯ FA (fosfatase alcalina/ALP): ↬ Membrana dos canalículos biliares ↬ Meia vida: até 3 dias em cães a até 8h em gatos ↬ Isoenzimas: óssea, placentária, corticoinduzida. ↑ FA ⁂ Lesão hepatobiliar ⁂ Colestase ⁂ Drogas e medicamentos ⁂ Hiperadrenocorticismo ⁂ Estresse e doenças crônicas ♯ GGT (gama glutamil transferase): ↬ Membrana dos canalículos biliares ↬ Meia vida: 7-10 dias em humanos. ↬ Isoenzimas: as isoenzimas da GGT estão presentes apenas em órgãos de excreção, ou seja, estarão presentes nas excretas. OBS.: possui um aumento menos drástico e mais crônico em casos de lesão (menos sensível, porém mais específica). ↑ GGT ⁂ Lesão hepatobiliar ⁂ Colestase ⁂ Drogas A análise da função hepática é feita a partir de pelo menos um parâmetro para cada funcionalidade do fígado: síntese, metabolismo, excreção e detoxificação. Os indicadores de disfunção hepática são os produtos e substratos. ➤ Síntese ♯ Albumina ↬ Proteína sintetizada pelo fígado, com função de regulação osmótica importante. ↬ É importante usar equipamentos de alta sensibilidade, normalmente a eletroforese. ↓ Albumina ⁂ Falha na ingestão ⁂ Falha na absorção intestinal ⁂ Queimaduras ⁂ Processo inflamatório (hipoalbuminemia discreta) ⁂ Falha de síntese (observar também fatores de coagulação) ⁂ Perda exagerada (lesões renais) OBS.: Disproteinemias ↬ Seletivas: sugestivas de neoplasia ↬ Não seletivas: alterações nos níveis de globulinas e albumina ♯ Fatores de coagulação ↬ Costuma ser mais sensível à alteração da função hepática do que a albumina ↬ Fibrinogênio é uma proteína inflamatória aguda em grandes animais/herbívoros. ↓ FC ⁂ Falha na síntese ⁂ Consumo exagerado ➤ Metabolismo ♯ Ureia/ácido úrico ↬ Produto do metabolismo da amônia, que ocorre no fígado. Sempre associar ao perfil renal! ↬ O ácido úrico é usado principalmente em aves, répteis e dálmatas. ↓ Ureia ⁂ Hepatopatia crônica (falha na transformação de amônia em ureia) ⁂ Excreção na urina (falha renal) ♯ Glicose (CHO – glicogênio) ↬ O fígado estoca glicose na forma de glicogênio, ou seja, ele deve ser capaz de mobilizar glicogênio e realizar a gliconeogênese. OBS.: a alteração na glicemia também pode ser advinda de glicogênio muscular, logo, deve-se fazer a análise da glicemia com cuidado. Hipoglicemia ⁂ Insuficiência no armazenamento e metabolismo hepático ⁂ Sepse ⁂ Infecção bacteriana ♯ Colesterol (AG – TG) ↬ Componente da membrana celular ↬ O fígado é responsável pela transformação dos ácidos graxos advindos da dieta em triglicerídeos e colesterol, além da produção das enzimas de transporte (apolipoproteínas) ↬ Hepatopatias costumam apresentar concentrações reduzidas desses analitos. ↓ Colesterol ⁂ Falha na ingestão/absorção de ácidos graxos ⁂ Falha no metabolismo dos ácidos graxos ⁂ Falha na excreção via bile ➤ Transporte e excreção ♯ Sais/ácidos biliares ↬ A excreção é feita através da bile. ♯ Bilirrubina indireta ↬ A bilirrubina indireta/não conjugada advém do metabolismo do grupamento heme advindo das hemácias. ♯ Bilirrubina direta ↬ A bilirrubina direta/conjugada é advinda da glicuronidação que acontece no hepatócito, para que seja então excretada nas vias biliares. Fonte: Sanar Med https://www.sanarmed.com/metabolismo-da-bilirrubina-e- ictericia-colunistas Icterícia pré-hepática (hemólise) ⁂ ↑↑ BI ⁂ ↑ BD Icterícia hepática (insuficiência hepática) ⁂ ↑↑ BI ⁂ ↓ BD ou BD normal (resquício da bilirrubina já conjugada) Icterícia pós-hepática (obstrução intestinal/biliar) ⁂ ↑ BI ⁂ ↑↑ BD OBS.: Equinos Os equinos em jejum ou desidratados podem apresentar maior concentração de bilirrubina e certa icterícia fisiológica, pois não possuem vesícula biliar. https://www.sanarmed.com/metabolismo-da-bilirrubina-e-ictericia-colunistas https://www.sanarmed.com/metabolismo-da-bilirrubina-e-ictericia-colunistas
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