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Arras As arras são uma garantia de pagamento para firmar um contrato bilateral e inibir arrependimentos. → São geralmente em dinheiro, mas podem ser em coisas. → Os requisitos para as arras são: contrato bilateral, cláusula de arras e transferência de domínio. Se o contrato for concluído, as arras são devolvidas ou abatidas do preço. (Art. 417) → Se não for concluído por culpa de quem deu as arras, elas são perdidas em favor da parte inocente. → Se quem desistir for quem recebeu as arras, terá que devolvê-las em dobro. (Art. 418). ESPÉCIES CONFIRMATÓRIAS (art. 418/419) As arras confirmatórias são aquelas previstas em contratos que não possuem cláusula de arrependimento. → O Art. 418 estabelece que se a parte que deu as arras não executar o contrato, a outra parte poderá considerá-lo desfeito, retendo as arras. → Já o Art. 419 prevê que, em caso de inadimplemento absoluto, a parte inocente pode pedir indenização suplementar, considerando as arras como taxa mínima. Em caso de inadimplemento relativo, a parte inocente pode exigir a execução do contrato, com as arras sendo consideradas como parte do pagamento. PENITENCIAIS (art. 420) No contrato com cláusula de arrependimento, as arras penitenciais são estabelecidas como pré- fixação de perdas e danos caso o direito de arrependimento seja exercido por qualquer uma das partes. Nesse caso, as arras têm função puramente indenizatória, e quem as deu as perderá em benefício da outra parte. Quem as recebeu deve devolvê-las em dobro, sem direito a indenização suplementar. NULIDADE A nulidade no contrato é uma hipótese que pode ocorrer antes ou durante a celebração, impossibilitando a produção de efeitos válidos. É uma sanção pelo descumprimento dos requisitos legais e tem como objetivo restabelecer a normalidade e segurança das relações jurídicas. REDIBIÇÃO O art. 442 do Código Civil brasileiro permite ao adquirente de coisa defeituosa exigir a extinção do contrato ou a redução do preço. Isso ocorre quando o vício é anterior à celebração do contrato, não podendo ser invocado se for decorrente da utilização posterior pelo adquirente. DIREITO DE ARREPENDIMENTO Em contratos, pode haver um "período de carência" que permite a rescisão sem prejuízos, mas isso só é válido se estiver expressamente previsto no contrato. As partes podem incluir arras penitenciais, de acordo com o art. 420 do CC/2002. Art. 420. Se no contrato for estipulado o direito de arrependimento para qualquer das partes, as arras ou sinal terão função unicamente indenizatória. Neste caso, quem as deu perdê-las- á em benefício da outra parte; e quem as recebeu devolvêlas-á, mais o equivalente. O art. 49 do CDC garante o "direito de arrependimento" ao consumidor por até sete dias, sem necessidade de acordo contratual, para compras feitas fora do estabelecimento. Esse prazo é chamado de "prazo de reflexão". RESILIÇÃO A "resilição" é a extinção de um contrato por uma ou ambas as partes, sem efeito retroativo. Em contratos de trato sucessivo, não há restituição das prestações cumpridas, a menos que acordado pelas partes. Isso está definido no artigo 473 do Código Civil de 2002. RESILIÇÃO BILATERAL (DISTRATO) As partes podem desfazer o contrato e estabelecer um novo acordo para regular as consequências do término do vínculo. Por exemplo, em um contrato de prestação de serviços, as partes podem, de comum acordo, extinguir o contrato e definir as indenizações correspondentes. Art. 472. O distrato faz-se pela mesma forma exigida para o contrato. RESILIÇÃO UNILATERAL Conforme o caput do art. 473 do CC/2002, a resilição unilateral somente é permitida com autorização legal expressa ou implícita, e sempre exige a prévia comunicação à outra parte. Esse dispositivo legal é inédito na codificação anterior. Art. 473. A resilição unilateral, nos casos em que a lei expressa ou implicitamente o permita, opera mediante denúncia notificada à outra parte. → Denúncia = “pedir demissão” “ ser demitido” é rompimento do contrato → Obedece uma cláusula de transição (ex: aviso prévio) a) Limitação temporal Na resilição unilateral de relações civis, não é aceitável terminar o contrato sem comunicação prévia, pois a outra parte pode ter investido no relacionamento. Isso violaria a boa-fé objetiva, um princípio do novo Código Civil. art. 473. Parágrafo único. Se, porém, dada a natureza do contrato, uma das partes houver feito investimentos consideráveis para a sua execução, a denúncia unilateral só produzirá efeito depois de transcorrido prazo compatível com a natureza e o vulto dos investimentos. → Quando uma das partes encerra o contrato antecipadamente, a outra parte que investiu no negócio poderá ficar o tempo necessário para a recuperação do gasto que teve ou deverá ser ressarcido pela parte desistente no valor do prejuízo. → Lei da liberdade econômica • Interferência mínima do judiciário em relações contratuais. • A vontade das partes preponderante em relação ao interesse público, em que não se pode interferir naquilo que as partes quiseram fazer. Contudo, se foi aceito o contrato terá que cumpri-lo, caso contrário, poderá gerar perdas e danos quando não for possível impor o cumprimento daquela obrigação. → Só irá desfazer o contrato se houver um vício formal b) Formas especiais REVOGAÇÃO Desfazer o negócio por iniciativa de uma das partes, que no caso é o sujeito ativo, o contratado. É um direito potestativo, que requer a cumprimento pelo próprio sujeito que praticou o ato que se revoga. → Exemplo: cliente que revogação p contrato RENÚNCIA É a resilição unilateral do contrato por iniciativa do sujeito passivo da relação obrigacional, também aplicável em algumas modalidades contratuais, como no contrato de mandato. O art. 688 do CC estabelece as limitações ao seu exercício. → A quem é conferido os poderes é quem pode fazer renúncia. RESGATE Um exemplo comum e amplamente conhecido de resgate estava presente no antigo Código Civil, que tratava do instituto da enfiteuse, um direito real sobre coisa alheia que não é mais regulado pela legislação brasileira atual. → Específico para enfiteuse: é o direito real sobre coisa alheia, ou seja, quem tem o uso mas não tem a propriedade da coisa. Ex: moro em um local de propriedade da família real, mas não quero mais pagar enfiteuse e por isso peço o resgate para acabar com esse vínculo. Laudêmio: é o imposto sobre o percentual do valor do imóvel. Foro: é a contribuição anual sobre o imóvel, no qual o valor não é ajustável. Relacionado a enfiteuse. Art. 693. Todos os aforamentos, inclusive os constituídos anteriormente a este Código, salvo acordo entre as partes, são resgatáveis 10 (dez) anos depois de constituídos, mediante pagamento de um laudêmio, que será de 2,5% (dois e meio por cento) sobre o valor atual da propriedade plena, e de 10 (dez) pensões anuais pelo foreiro, que não poderá no seu contrato renunciar ao direito de resgate, nem contrariar as disposiçõesimperativas deste Capítulo”. Art. 505. O vendedor de coisa imóvel pode reservar-se o direito de recobrá-la no prazo máximo de decadência de três anos, restituindo o preço recebido e reembolsando as despesas do comprador, inclusive as que, durante o período de resgate, se efetuaram com a sua autorização escrita, ou para a realização de benfeitorias necessárias. Art. 506. Se o comprador se recusar a receber as quantias a que faz jus, o vendedor, para exercer o direito de resgate, as depositará judicialmente → No contrato de compra e venda terá uma cláusula de resgate, ou seja, direito potestativo dedesfazer a compra e venda futuramente. ex: compro uma casa de Flávia e no contrato terá uma cláusula de recompra, em que eu terei até 3 anos para querer recomprar e desfazer a venda. No período determinado no contrato para a recompra, o comprador terá que pedir permissão a quem vendeu para realizar obras no local, pois somente depois do período de possível recompra que não será necessário pedir a permissão. → Se deixar de utilizar o direito de resgate no período determinado, esse direito deixará de existir. Resolução É a extinção contratual decorrente do descumprimento do pactuado, incluindo inadimplemento culposo ou involuntário e inexecução absoluta ou relativa. Embora a legislação utilize a expressão de outras formas, na teoria geral dos contratos, a resolução pode ser provocada pela parte lesada, desde que seja possível e haja interesse na prestação. A tutela específica da obrigação deve ser sempre prestigiada. Voluntariedade da Inexecução A inexecução do contrato, seja voluntária ou involuntária, pode levar à sua resolução, desde que haja interesse da parte lesada. Contudo, é importante verificar se o descumprimento foi razoável e não violou a responsabilidade civil. O não cumprimento por uma parte pode justificar a não realização da prestação correspondente pela outra, por meio da exceção substancial do contrato não cumprido. → Verifica-se se o não cumprimento vai gerar perdas e danos, em caso de culpa. Se não houver culpa, é só a resolução (acabar com o contrato). Cláusula resolutória (expressa ou tácita) As partes podem incluir no contrato uma cláusula resolutiva expressa, que prevê a extinção do contrato em caso de descumprimento. A cláusula resolutiva expressa opera automaticamente, enquanto a tácita requer ação judicial. Isso elimina a necessidade de se imaginar um elemento limitador da eficácia implicitamente contido no contrato. Art. 474. A cláusula resolutiva expressa opera de pleno direito; a tácita depende de interpelação judicial. → A forma expressa é uma precaução contra possíveis inadimplementos decorrentes de situações supervenientes. Art. 475. A parte lesada pelo inadimplemento pode pedir a resolução do contrato, se não preferir exigir-lhe o cumprimento, cabendo, em qualquer dos casos, indenização por perdas e danos. Situações de resolução: a) COM cláusula resolutória expressa: a declaração judicial é meramente declaratória e retroage à data do descumprimento. Pode-se pedir também restituição de parcelas pagas, devolução de bens e indenização pela resolução do contrato. b) SEM cláusula resolutória expressa: interpelação judicial é necessária para desfazer o contrato, pois não é justo obrigar uma parte a cumprir sua obrigação se a outra não cumpre. A interpelação serve para informar a outra parte da intenção de rescindir o contrato, podendo ser feita de outras formas. → Proíbe condutas que já se tem o conhecimento, de que poderá ocorrer. ➔ Ex: cláusula para que não ocorra plágio. (É uma atitude que se pode prever) ➔ No caso do Chat GPT, é algo que não tinha como ser previsto pois foi lançando recentemente então teria o conhecimento desse meio e com isso não é uma cláusula resolutória expressa.
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