Buscar

Geomorfologia Costeira - Resumo para AP2

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

MATÉRIA DA AP2:
AULA 7
RESTINGA: Depósito arenoso subaéreo de baixa altitude produzido pela dinâmica costeira, a qual forma feições alongadas, que se dispõem em geral paralelas, e em alguns casos transversais à linha de costa
PLANÍCIE DE RESTINGA: Área costeira plana formada pela ocorrência de varias feições de restingas, que se sucedem lado a lado (crescimento lateral)
FEIXE DE RESTINGAS: Conjunto de linhas ou cristas de restingas justapostas no qual é possível agrupá-las por suas características ou pelos seus tempos de formação, cada grupo representando etapas ou ciclos evolutivos do processo de deposição.
TERRAÇO MARINHO: Área plana construída por restingas em períodos de nível do mar mais elevados do que o atual, localizada por isso no interior das áreas costeiras, em posições topográficas mais elevadas do que os depósitos de sedimentos marinhos mais recentes	
CONDIÇÃO PARA FORMAÇÃO DE RESTINGA
· fontes de fornecimento de sedimentos; 
· correntes de deriva litorânea; 
· variações relativas do nível do mar; 
· armadilhas para retenção dos sedimentos.
FONTE DE RECEBIMENTO DE SEDIMENTOS PARA FORMAÇÃO DE RESTINGA
· Encostas escarpadas sedimentares próximas às linhas do litoral, contendo material arenoso e submetidas aos processos de erosão (falésias)
· Rios que desembocam no oceano trazendo aportes de sedimentos
· Escarpas cristalinas de serras e de maciços costeiros
· Areias da plataforma continental
(ORIGEM) SEDIMENTOS ALÓCTONES: Material trazido de outro lugar para o local onde foi depositado, isto é, foram transportados de sua área de formação até seu ambiente de depósito
(ORIGEM) SEDIMENTOS AUTÓCTONES: Material formado no próprio ambiente em que se depositam
(COMPOSIÇÃO) SEDIMENTOS CLÁSTICOS: Originados a partir do intemperismo físico das rochas. 
(COMPOSIÇÃO) SEDIMENTOS QUÍMICOS: Produtos da precipitação química.
(COMPOSIÇÃO) SEDIMENTOS BIOGÊNICOS: Gerados pela atividade biológica
(COMPOSIÇÃO) SEDIMENTOS VULCANOCLÁSTICOS: Origem vulcânica
GRANULOMETRIA
GROSSOS (>2mm) >> SEIXOS, CASCALHOS E GRÂNULOS
FINOS (<2mm) >> AREIAS, SILTES E ARGILAS
(VARIAÇÕES DO NÍVEL DO MAR) REGRESSÃO MARINHA: Quando há a queda do nível relativo do mar e a linha de costa se desloca em direção ao oceano. 
(VARIAÇÕES DO NÍVEL DO MAR) TRANSGRESSÃO MARINHA: Quando o nível relativo do mar se eleva e a linha de costa se desloca em direção ao continente. 
(DEPOSIÇÃO) PROGRADAÇÃO: Avanço da acumulação, por processos de deposição, de sedimentos em direção ao mar, criando novos terrenos continentais.
(EROSÃO) RETROGRADAÇÃO: Avanço da ação de processos de erosão, deslocando a linha do litoral para o interior do continente, ampliando os terrenos marinhos. 
- Os termo s progradação e regressão são sinônimos? Explique por quê? 
Não, porque progradação significa o avanço da terra sobre o mar por sedimentação. Já regressão é o recuo do nível do mar ligado a movimentos eustáticos ou epirogênicos
- Por que os sedimentos transitam ao longo da costa?
Porque tanto as marés quanto as ondas geram correntes, que utilizam sua força para mobilizar os sedimentos. A primeira gera correntes para dentro e para fora das reentrâncias do litoral. Já as ondas geram as chamadas correntes longitudinais, uma das principais responsáveis pelo desenho da linha do litoral.
ARMADILHAS NATURAIS PARA RETENÇÃO DE SEDIMENTOS: 
· Pontais (esporões), como cabos e penínsulas, na linha do litoral; 
· Reentrâncias na linha do litoral como baías, enseadas e sacos; 
· Ilhas e áreas de baixa profundidade (altos fundos); 
· Relevos submersos nas áreas costeiras, como bancos arenosos;
· Fortes fluxos de vazão na foz dos rios 
ARMADILHAS ANTRÓPICAS PARA RETENÇÃO DE SEDIMENTOS
Molhe, píer e enrocamento: 
2. Qual é o papel das armadilhas que favorecem o aparecimento de restingas e como funcionam?
O papel das armadilhas é o de frear ou parar as correntes. Com isso, as correntes diminuem sua velocidade, força, perdendo a capacidade de continuar transportando sedimentos, que passam a ser depositados.
 
TEORIAS OU HIPÓTESES SOBRE ORIGEM DAS RESTINGAS 
· Emersão de barras submarinas por crescimento vertical. 
· Crescimento lateral de pontais arenosos
· Migração dos cordões litorâneos com a elevação do nível do mar
LAGUNA: Corpos líquidos salinos localizados próximos aos litorais, em geral rasos que, mesmo de forma precária, mantêm ligação com o mar. 
ILHAS- BARREIRAS: Feição arenosa, alongada e estreita, sem qualquer conexão com o litoral, de baixa topografia, que permanece acima do nível de maré alta, podendo ser vegetada ou não: 
AULA 8
Três condições necessárias para a formação de uma praia: 
· Ação das ondas; 
· Aporte de sedimentos suficientes para formação de depósitos;
· Espaço de acomodação para esses sedimentos.
As praias ficam localizadas:
· Nas bordas das restingas (internas e externas)
· À frente de relevos elevados, como as falésias
· Ao lado das embocaduras dos rios no mar
As praias não estão apenas associadas aos ambientes marinhos. Elas estão presentes também nas margens de rios, lagos, lagoas, lagunas e represas. Todas têm em comum a participação de ondas na sua formação e o fato de serem constituídas de sedimentos inconsolidados, isto é, soltos, não coesos.
Praias Fósseis: Elas são encontradas no interior da zona costeira emersa e são testemunhos de antigas posições da linha da costa. Podem ter deixado de existir como praias por ações tectônicas, recuos do nível do mar ou quando, por progradação, sedimentos foram sendo depositados à sua frente, fazendo com que o mar “recuasse” localmente.
Área de atuação dos processos:
Zona Sublitorânea (NEARSHORE): 
Parte externa (em direção ao oceano) - OFFSHORE 
Parte interna (em direção ao continente) - INSHORE - que atinge a posição de maré baixa, onde se sente a ação das ondas. 
Zona Supraitorânea (SHORE)
Parte menor (FORESHORE) - Entre os níveis das marés baixa e alta
Parte maior (BACKSHORE) - Entre o nível da maré alta até o limite da incidência das ondas (fim da praia). 
ASPECTOS MORFOLÓGICOS: 
Pós-praia 
Antepraia 
Área Submarina 
1. Por que os sedimentos grosseiros tendem a ficar na praia e os finos
tendem a sair?
Porque o principal processo de seleção do material é realizado pelas
ondas. A energia de uma onda lhe dá condições de transportar e lançar
sobre a praia água e sedimentos, que tendem a subir a face inclinada
da praia. Nesse trajeto vai perdendo energia, pelo atrito, até chegar a
uma posição máxima. Depois de subir, a água tem que descer devido à
gravidade. Porém, nesse trajeto de retorno, sua capacidade de trabalho é
menor, conseguindo apenas transportar os sedimentos mais leves, que,
via de regra, são os menores em tamanho.
2. Por que as areias monazíticas se concentram nas praias e por que não
há concentração dessas areias em todas as praias?
Para uma praia se formar, é preciso que exista uma fonte de sedimentos a ser trabalhada. Portanto, para uma praia ter areia monazítica,
é necessário existir uma área fonte que forneça esses minerais. A concentração desses minerais na praia dependerá da capacidade do trabalho de ondas e de correntes que lhe são associadas, em deixar os sedimentos pesados e levar de volta os finos.
3. O que podemos dizer sobre os biodetritos presentes nas praias e
sua importância?
Os biodetritos encontrados nas praias são sedimentos de natureza
orgânica, que foram trazidos ou produzidos por seres vivos. São constituídos de restos ou pedaços de materiais derivados de animais e plantas, como, por exemplo, os esqueletos e carapaças de animais mortos e,inclusive, seus excrementos. Quando identificados, os seres vivos, aos
quais pertenciam os biodetritos encontrados em depósitos de sedimentos fora do atual litoral, podem servir para reconhecer esses lugares
como praias antigas, datar a época de sua existência e ajudar em reconstituições paleoambientais. Essas reconstituições, além de reconhecerem
a presença de seres vivos que habitavam o local, indiretamente indicam as possíveis condições físico-químicas capazes de mantera vida
naquela época.
4. Como os sedimentos em praias podem ter os seus grãos arredondados e polidos?
O fluxo e o refluxo das ondas na superfície da praia fazem com que exista um constante atrito entre os grãos de areia que rolam uns sobre os outros. O atrito leva-os a perderem as suas arestas e a se arredondarem. É algo similar aos dados que são lançados no jogo sobre um pano de feltro e que rolam sobre ele. Depois de algum tempo, os vértices (bicos) dos dados começam a se arredondar e, em seguida, as arestas.
PRAIAS ABRIGADAS: Praias dentro de baías. Sofrem intervenção maior da marés. Geralmente só sofrem grandes mudanças em eventos naturais raros, como ondas decorrentes de ventanias e temporais, movimentos de massas de relevo próximos e escoamento de água de fortes chuvas que possam mobilizar grande quantidade de sedimentos ou da intervenção antrópica. 
PRAIAS OCEÂNICAS: Mais sujeitas a mudanças repentinas, como em casos de ressacas. 
CLASSIFICAÇÃO DAS PRAIAS
Dois extremos: dissipativo e refletivo + Quatro estados intermediários
ESTADO DISSIPATIVO: 
· Zona de surfe larga
· Arrebentação afastada
· Baixo declive
· Muita areia
	Exemplo: Praia Grande - Arraial do Cabo
	ESTADO REFLETIVO:
· Berma elevada 
· Zona de surfe estreita 
· Alto declive
· Pouco estoque de areia 
Exemplo: Jaconé 
Ao se analisar um perfil de praia, deve ser lembrado que a forma mais recente está localizada junto à área de atuação dos processos. Logo, convém começar a analisar pela forma mais antiga, que está mais para o interior (do passado para o presente). Assim, temos, na posição mais interior, uma ruptura (declive abrupto - cliff), que indica a ocorrência de um evento erosivo (inclusive impedindo o avanço da vegetação, o qual estava ocorrendo). As duas cristas de bermas indicam que ocorreram dois momentos de deposição: um mais antigo e outro recente.
Mais para o interior, a presença de uma crista da berma indica a ocorrência de antigo período de deposição. Em seguida, a presença de um cliff indica a ocorrência de um período de erosão. No presente, está havendo novo período de deposição.
FERRAMENTAS DE ANÁLISE DA MORFODINÂMICA: 
Para acompanhar o comportamento dos processos ambientais hoje, é indispensável o uso de sistemas globais de posicionamento (GPS); sensoriamento remoto, com imagens de satélite e radar; geoprocessamento empregando bancos de dados e Sistema de Informações Geográficas (SIG). 
Novos equipamentos: câmeras Argus 
Medição tradicional do perfil da praia: Baliza de Emery
Com as câmeras Argus, podem-se obter muitos tipos distintos de dados e informações, enquanto com as balizas, apenas os perfis de praia.
As câmeras trazem consigo muitas qualidades, entre elas, o fato de serem automáticas. Não precisam de pessoas ao lado delas para operar e fazer registros e trabalham durante um longo período contínuo de tempo, atendem a múltiplos objetivos e com valores de maior precisão. Entretanto, são caras, precisam ser montadas por técnicos especializados, implicam gastos de manutenção e segurança, necessitam de treinamento para operadores e utilizadores de seus dados e informações. Apesar disso, são muito eficientes e fornecem dados de alta qualidade.
As balizas, por sua vez, são de fácil feitura, baratas, simples de operar, demandam o trabalho direto de pessoas e custos de locomoção ou de permanência em um lugar. Elas permitem perfilar simultaneamente vários lugares e chegam a um bom nível de precisão. Trazem resultados confiáveis e sensíveis à identificação de mudanças.
QUESTIONÁRIO:
As praias:
a. são depósitos somente de sedimentos inorgânicos. ( )
b. oceânicas são mais instáveis do que as que existem em baías. (x)
c. sendo locais de deposição não sofrem erosão pela ação das ondas. 
d. são construídas principalmente pela ação das marés. 
e. Têm relevo.(x)
f. normalmente são delimitadas em sua largura pela vegetação. (x)
g. são ambientes de deposição. (x)
h. são depósitos de rochas sedimentares. (x)
i. se caracterizam pelas suas dimensões. (x)
Entre os processos geomorfológicos que agem sobre as falésias, na linha do litoral, assinale aqueles que sempre estão presentes e atuantes em todos os litorais (é permitido marcar mais de uma resposta certa)
Escolha uma ou mais:
a. glacial ()
b. fluvial ()
c. maré (x)
d. correntes marinhas (x)
e. movimento de massa (x)
f. escoamento superficial
g. intemperismo (x)
h. onda (x)
O volume de sedimentos pode ser tomado como elemento que distingue as praias dissipativas das refletivas.
Escolha uma opção:
Verdadeiro (x)
Falso (x)
Se numa grande extensão do litoral chegarem ondas vindas da mesma direção, ocorrerá uma única direção de transporte dos sedimentos em todas as praias.
Escolha uma opção:
Verdadeiro ()
Falso (x) - A linha do litoral não segue necessariamente uma linha reta. Existem reentrâncias e pontais dispostos em diferentes posições, assim como as praias. A direção das correntes dependerá da direção em que as ondas estão chegando e da direção, no litoral, em que cada praia se posiciona.
Analisando os sedimentos que existem numa praia é possível tentar saber qual foi a área fonte que os forneceu.
Verdadeiro (x)
Falso ()
AULA 9
LAGO: Um confinamento de águas em áreas deprimidas, de formato e dimensões variáveis. A formação dos lagos está ligada a processos continentais, não possuem ligação direta com o mar. 
LAGOAS: Profundidades e tamanhos menores que a dos lagos, em áreas litorâneas são chamadas lagoas costeiras. 
LAGUNA: Possui uma ligação com o mar através de um canal, este podendo ter sido aberto pela ação humana. 
LAGOAS COSTEIRAS: 
· Tempo de existência curto, em relação à escala Geológica. 
· Rica biodiversidade 
· Oferecem atrativos para a ocupação do homem 
· Fonte de recursos naturais, alimentos e substâncias minerais. 
· Prática de esportes e lazer
· Valorização pelo mercado imobiliário devido qualidade dos terrenos
· Também ocorre ocupação humana nas áreas de menor valor, por pessoas carentes, como em brejos e mangues. 
A falta de planejamento ocupacional resulta em degradação ambiental por carência de estruturas de saneamento básico. 
A criação de canais ligando as lagoas costeiras ao mar e a drenagem dos locas embrejados são tentativas comuns de melhorar a qualidade das águas.
FORMAÇÃO DAS LAGOAS COSTEIRAS:
Os principais processos formadores de lagoas, considerados costeiros, estão associados à atuação de correntes litorâneas e aos eventos de transgressão e regressão marinha. Suas ações criam restingas e praias. 
EUSTATISMO: Variação do nível geral dos oceanos (todos os oceanos)
EPIROGENIA: Evento local, que pode causar transgressão / regressão marinha. 
ATIVIDADE:
Na Região dos Lagos, no estado do Rio de Janeiro, apenas a lagoa de Araruama sempre foi uma laguna. As outras principais eram lagunas, viraram lagoas e voltaram a ser lagunas. Explique por que muitas lagoas costeiras deixaram de ser lagunas e outras voltaram a ser.
Os processos marinhos depositam, ao longo do litoral, sedimentos que barram a saída das águas continentais. Essas águas tendem a ficar armazenadas, formando lagoas. Entretanto, ao longo da atuação desses processos, a existência de canais, que permitem a entrada da água do mar, faz com que essas lagoas tenham águas salobras (razão pela qual são chamadas de lagunas). Havendo sedimentos disponíveis, as ondas, marés e correntes litorâneas, continuando seu trabalho, podem tamponar com eles a entrada desses canais, transformando as lagunas e lagoas. Caso haja intervenção humana reabrindo um canal para o mar, a lagoa voltará a ser laguna.
AÇÕES DE PROCESSOS MARINHOS:
Os rios trazem sedimentos para os oceanos. Esses sedimentos são trabalhados pelas correntes costeiras e dão origem às restingas e às praias. 
Novas praias e novas restingas surgem quando há maior disponibilidade de sedimentos e bloqueios que dificultem o seu transporte, podendo dar origem também a novas lagoas. 
CRESCIMENTO DE ESPORÕES: 
Esporões podem surgir de forma semelhante às restingas,através da atuação de ondas e correntes no interior das lagoas e baías, podendo formar novas lagoas dentro dos esporões. 
As lagoas podem ficar compartimentadas devido ao crescimento de sucessivos esporões (compartimentação) - Ex. Lagoa de Araruama. Disponibilidade de sedimentos arenosos é fundamental para o surgimento de esporões 
CARACTERÍSTICAS MORFOMÉTRICAS
As lagoas formadas por restingas geralmente possuem o formato mais alongado.
A dimensão das lagoas normalmente é medida pelas áreas que ocupam seus espelhos d’água e pelo volume de suas águas.
As variações de sua área e do seu volume dependem das condições do clima, que respondem pela chegada da água nas lagoas.
Existem também situações em que o homem controla o volume de águas e, consequentemente, o tamanho de uma lagoa. 
O perímetro é definido pela extensão das margens, considerando a existência de pontões e reentrâncias. 
A profundidade muitas vezes é descrita pelo valor médio. Geralmente as lagoas costeiras possuem pouca profundidade. 
CONSTITUINTES ORGÂNICOS E INORGÂNICOS:
· As águas das lagoas podem ser caracterizadas por:
· composição química
· salinidade
· temperatura
· transparência
· PH
· quantidade de matéria orgânica
· presença e quantidade de oxigênio dissolvido 
· substâncias consideradas poluentes.
Sobre os materiais que constituem suas margens e o fundo das lagoas, quando são constituídas por siltes, argilas e matérias orgânicas, elas se apresentam como terrenos pantanosos e mangues (neste caso, apenas se as águas tiverem salinidade).
Quanto maior a profundidade, mais finos os sedimentos, acumulando principalmente argilas e matérias orgânicas. A produção de matéria orgânica é alta em lagoas. 
DINÂMICA INTERNA
O clima influencia:
· O volume das águas
· Temperatura 
· Condições de evaporação 
· Vento sobre a superfície 
· Disponibilidade de sedimentos oriundos do continente e do oceano
No caso das lagunas, a pressão dos fluxos de maré irá fornecer água salgada.
A evaporação interna também determina o nível de salinidade da água.
A dinâmica das marés também atua no interior das lagoas. 
As águas que vem do mar e do continente aumentam a disponibilidade de matéria orgânica e a presença de animais e vegetais
A movimentação de sedimentos pode fechar a entrada de lagunas, e com o tempo as águas se tornam doces, o tipo de vegetação muda, a sedimentação diminui a profundidade, podendo gerar condições de eutroficação (perda de oxigênio). 
AÇÕES ANTRÓPICAS:
•realização de aterros, até mesmo com lixo e entulhos, reduzindo o espelho d’água; •construções de edificações em margens de lagoas; 
•construção de enrocamentos para intensificar processos de sedimentação e, com isso, aumentar as áreas emersas para apropriação; 
•dragagens para obter material para aterros ou para extração de conchas; •lançamento de esgotos domésticos e industriais; 
•construção de tanques para extração de sal; 
•construção de canais para ligar ou religar as lagoas ao mar
QUESTIONÁRIO:
Complete:
Ao se construir canal artificial entre uma [lagoa] localizada em planície costeira de área tropical úmida e o mar, as seguintes consequências podem ser ocasionadas: O nível do [lençol freático] na planície tenderá a [abaixar], [diminuindo] o [volume] de água do corpo lagunar; permitirá a [entrada] da água salgada tornando o ambiente [salobro]; e haverá variação [diária] do nível da lagoa em função da [maré] propiciando, também, o aparecimento de [correntes de maré].
Relacione:
Chegada de sedimentos de origem orgânica nas lagoas costeiras → Eutrofização
Crescimento de esporões. → Compartimentação das lagoas
Efeito do aumento do volume de águas das lagunas. → Aumento da área das lagunas
Variação diária do nível das águas das lagunas. → Variação do nível de maré
Causa do possível aumento da salinidade em lagunas. → Evaporação 
Variação sazonal do nível das águas em lagunas. → Período de chuvas de verão.
AULA 10
Valores atribuídos ao mangue:
· Propriedades medicinais da lama
· Extração de lenha 
· Coleta de caranguejos 
Riscos:
· Poluição 
· Coleta desordenada de caranguejos 
· Ocupação populacional desordenada (Favelas de palafitas)
O MANGUE é um ambiente de transição entre o mar e a terra, que pode ser considerado um dos principais berçários da vida no planeta
No mangue existe um processo de reciclagem muito importante. É onde se concentra matéria orgânica, morta ou inerte, que, por decomposição, libera grande quantidade de elementos químicos necessários para sustentar novas vidas. 
Os mangues são considerados berçários, pois oferecem condições propícias para o desenvolvimento de muitas espécies marinhas, que irão povoar as áreas costeiras. Esse povoamento é importante para manter as atividades pesqueiras e, com elas, a oferta de alimentos para a população.
O MANGUE: constitui-se em um ambiente de deposição que, para se desenvolver, deve estar em uma área abrigada da ação das ondas, ter água salgada ou salobra e disponibilidade de sedimentos finos e de matéria orgânica.
Os sedimentos dos manguezais têm composição e propriedades bem específicas. Areias finas, siltes e, principalmente, argilas e matérias orgânicas compõem-nos, sendo comumente denominados lamas orgânicas.
Os mangues retém matéria orgânica, e devido às altas temperaturas do clima tropical, sua decomposição é acelerada. Reações químicas e biológicas liberam substâncias que são utilizadas como nutrientes para reprodução e desenvolvimento de microrganismos - base da cadeia alimentar dos manguezais. Quando à lama do mangue é exposta a forte calor por muito tempo, ocorre reação química que libera gás sulfídrico, que possui forte mau cheiro. 
Mangue Apicuns e Marismas
Mangues e apicuns ocorrem nas áreas de clima tropical úmido, entre o Equador e os trópicos, onde, mesmo no inverno, as temperaturas estão sempre acima dos 20ºC. No Brasil, são encontrados desde o Amapá até Santa Catarina. 
Marismas são característicos de litorais localizados em médias e altas latitudes. Parecem com os manguezais mas possuem algumas diferenças quanto ao nível de salinidade e no tempo e frequência da inundação de suas áreas. No Brasil, são encontrados em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul. Vegetação predominantemente herbácea e de pequeno porte. 
ESTUÁRIO: Baixos vales fluviais afogados, formam baías onde águas doces se misturam a águas salgadas, criando ambientes estuarinos. Encontrado em baías, lagunas, canais ou na foz de rios.
PLANÍCIES DE MARÉ: Relevo de topografia relativamente plana, com declividade bastante suave em direção ao mar. Essas áreas são pantanosas, cobertas pela água do mar durante as marés enchentes e descobertas durante as marés vazantes.
CLASSIFICAÇÃO DOS MANGUES:
Lavado: área mais baixa, sem vegetação, sedimentos superficiais menos compactados. É a parte mais coberta pela água do mar. O lavado tende a se expandir em direção ao mar. 
Arvoredo: Onde se desenvolvem os vegetais. Há, localmente, maior produção de sedimentos de origem orgânica e crescimento vertical do terreno.
Salgado ou Apicum: Área mais interior, mais alta, última a ser atingida pela maré alta. Áreas finas, alta concentração de sal.
QUESTIONÁRIO
1. Quais são as condições que limitam o crescimento de muitas espécies de vegetais no mangue?
· o fato de estarem ora recobertos de água e ora expostos ao ar (alagamento)
· de serem compostos por lamas orgânicas que absorvem sal (alta salinidade)
· de serem altamente saturados de água impede seus poros de conter ar (falta de oxigênio) 
2. Por que os apicuns concentram sal?
Os apicuns concentram sal pois são áreas alcançadas somente pelas maiores marés, ficando mais expostas ao calor e aos efeitos da evaporação, o que permite o constante acúmulo de sal no solo.
3. Por que os rios não trazem sempre o mesmo volume de águas e sedimentos?
Tanto o volume de água quanto o de sedimentos, que contém matérias orgânicas, dependerão da vazão dos rios, que varia em períodos de vazantes e de cheias.
4. Qual a diferença entre uma micromaré e uma macromaré? E como elasinfluenciam na mobilização dos sedimentos dos mangues?
A diferença entre micro e macromarés está na amplitude da maré. Com maiores amplitudes, as macromarés ocupam litorais mais largos e mobilizam maior volume de sedimentos do que as micromarés.
5. O que acontece com a chegada de mais sedimentos no estuário e para onde eles vão?
Os sedimentos, principalmente os mais finos, tendem a se espalhar nas águas por toda a área estuarina. Isso aumenta sua deposição, fazendo crescer a superfície dos mangues, vertical e horizontalmente, e acelerando o entulhamento do estuário, o que vai diminuindo a sua profundidade.
Mais sedimentos no estuário >> Aumento da deposição >> Crescimento dos mangues >> Assoreamento do estuário. 
1. Por que os fluxos superficiais de água no mangue, que correm para o mar, podem aumentar de velocidade?
Conforme a maré vai baixando, aumenta-se a diferença entre o nível das águas que estão no continente e o nível do mar. Quanto maior for esse desnível, mais forte será o efeito da gravidade, acelerando o fluxo das águas. 
Efeito causado pela baixa da maré. 
2. Por que a cunha salina pode ser importante na mobilização de sedimentos?
A cunha salina existe em função da diferença de densidade entre duas massas d’água. Quando a maré sobe, a água salgada, mais densa, avança mais rapidamente pelo fundo, levando os sedimentos para o interior dos mangues, principalmente pelos canais existentes.
CUNHA SALINA: Diferença de densidade >> Água salgada mais densa avança pelo fundo levando sedimentos para os mangues. 
3. Atualmente, fala-se muito em criar barreiras nas desembocaduras dos rios para reter materiais flutuantes (como madeiras, sacos de lixo e garrafas plásticas) e, assim, reduzir a poluição das baías. Se não existirem barreiras, o que a maré, nesse ambiente estuarino, poderá fazer?
Qualquer material flutuante em um ambiente dominado pelo processo de maré poderá ser levado para fora do ambiente estuarino quando a maré baixar, e ser levado e depositado em praias e mangues quando ela encher. A vegetação do mangue, com seus troncos e raízes, facilitará a retenção desses materiais.
4. Por que a subida ou descida do nível do mar pode matar a vegetação de mangue?
Com a subida ou a descida do nível do mar, mangues existentes poderão, respectivamente, ficar permanentemente submersos ou emersos, o que determinará a morte de sua vegetação.
AULA 11
EROSÃO: O vento pode causar erosão, transportar sedimentos e depositá-los, quando perder velocidade. A capacidade de atrito do ar e da água é pequena, mas se estiver transportando sedimentos, essa capacidade aumenta. Esse tipo de ação erosiva é chamada de abrasão. 
Deflação: Remoção de partículas de silte, areia e argila de uma superfície causada por erosão eólica. Ocorre mais facilmente onde não possui cobertura vegetal. Outra condição é a umidade. Partículas secas tendem a ser mais fáceis de serem erodidas. Regiões com clima seco estão mais propensas à ação eólica e formação de dunas. 
Em áreas tropicais úmidas também ocorrem trabalho eólico. As formações arenosas formam depósitos topograficamente mais altos, de características porosas e permeáveis, que tendem a permanecer secas, pois a chuva penetra rapidamente e as fortes insolações favorecem a evaporação. Logo, nas restingas, as dunas existem devido às características de seu terreno e não devido ao clima. 
TRANSPORTE: A quantidade de material que o vento pode carregar depende de sua velocidade, do tamanho das partículas de sedimentos, das condições de cobertura vegetal do solo e da umidade da superfície da área onde ele está atuando.
DEPOSIÇÃO: A acumulação de materiais ocorre quando o vento perde velocidade, preferencialmente em locais onde existam obstáculos ou barreiras fixas a sua passagem. Os primeiros sedimentos a serem depositados são os mais pesados. 
Os ventos formadores de dunas são os chamados PREDOMINANTES, apresentam comportamento constante. 
FORMA: Dunas são assimétricas. A parte frontal tem inclinação mais baixa. Já seu reverso, protegido do vento, tem face mais íngreme. 
Quando para receber novos sedimentos, a duna começa a erodir e se depositar à frente, efeito de movimentação da duna. 
	ATIVIDADE:
1. Que condições existem na área costeira que facilitam o aparecimento de dunas e quais as que restringem esse trabalho?
Para existirem dunas, destacam-se: 
(a) a necessidade da presença no local de ventos predominantes, ou seja, aqueles que tenham características mais constantes de ocorrência, definidas principalmente por sua direção, intensidade e frequência; 
(b) a existência de depósitos sedimentares, principalmente com materiais secos e soltos, como os encontrados nos ambientes de praias e restingas. 
Quanto às restrições, relacionam-se: 
(a) a presença de água e vegetação que permaneçam agregando principalmente os materiais, grãos de areia e silte, por exemplo, que constituem os depósitos sedimentares na zona costeira; 
(b) a existência de obstáculos, como vegetação e edificações, que impeçam o vento de obter sedimentos para retirar e transportar.
2. Por que se formam depressões em áreas de deflação?
As depressões são formadas porque as áreas de deflação são locais de retirada de sedimentos, ou seja, são áreas de erosão. Nessas áreas, o trabalho do vento consegue retirar tanto o material solto quanto os que estão agregados a uma rocha. Nas áreas costeiras, as zonas de deflação se estabelecem em praias, restingas e no interior da própria área onde existem dunas.
INTERAÇÃO DOS PROCESSOS MARINHOS E EÓLICOS
As praias são consideradas lugares importantes na disponibilização de sedimentos a serem utilizados na construção de feições eólicas. Há troca de sedimentos nos dois sentidos entre a praia e as dunas. 
As ondas trazem areias para as praias, os ventos vindos do mar levam os grãos mais finos para o continente. A partir do pós praia, a vegetação pioneira pode colonizar as dunas, que serão chamadas DUNAS FRONTAIS ESTABILIZADAS. A vegetação ajuda a reter os grãos de areia. Quando as dunas não conseguem se fixar, migram para o continente, formando DUNAS TRANSGRESSIVAS. 
As Dunas servem como proteção para o litoral, contra erosão provocada pelas ondas e permitem que a praia seja reconstruída após ser erodida.
Nem todas as praias oferecem condições para a formação das dunas. Os principais fatores são a declividade da praia, a granulometria dos sedimentos e a largura da praia. 
Declividade da praia: Quando mais “reta” for a praia, melhor será a circulação dos ventos e consequentemente o transporte de sedimentos. 
Granulometria: Grãos finos e muito finos são ideais para a formação de dunas.
Largura da Praia: Quanto maior for a largura da praia, maior será a disponibilidade de sedimentos para a formação de dunas.
AS PRAIAS DISSIPATIVAS OFERECEM MELHORES CONDIÇÕES PARA FORMAÇÃO DE DUNAS. 
ATIVIDADE:
1. Como as areias das dunas podem voltar para áreas submersas?
Pela erosão provocada pelas ondas, o mar avança sobre as dunas retirando areia para a parte submersa da praia. Isso pode ocorrer durante períodos em que chegam à praia ondas de maior porte, normalmente associadas às situações de tempestades. No sul e sudeste do Brasil, essas ocorrências (as ressacas) se associam ao avanço das frentes frias.
2. Em que tipo de praia se encontram as melhores condições para o aparecimento e o desenvolvimento de dunas? Justifique sua resposta.
As melhores condições ocorrem nas praias dissipativas porque elas apresentam características favoráveis ao trabalho do vento para a formação de dunas. Esse tipo de praia recebe mais sedimentos finos trazidos pelas ondas, por isso tem declividades pequenas, é mais rasa e larga, portanto, com maiores superfícies expostas ao trabalho eólico.
DUNAS COSTEIRAS:
Podem ser:
Primárias >> Recebem fornecimento direto de sedimentos oriundos da praia, são mais próximas à linha da costa e são diretamente influenciadas pela ação das ondas.
Secundárias >> Resultado da subsequente modificação das dunas primárias pelo contínuo processo eólico.DUNA FRONTAL (Primária): São acumulações paralelas à linha da costa desenvolvidas no setor de pós-praia. Podem ser de três tipos:
Duna frontal incipiente: Nessa fase, os sedimentos são gradualmente depositados no pós-praia, acima da linha de maré alta, a partir da presença da vegetação que reduz a velocidade do vento. Nesse momento, elas são caracterizadas com uma topografia bem suave, com altura e largura bem reduzidas e vegetação rasteira. 
Duna frontal estabilizada: Mais alta e larga, geralmente colonizada por vegetação mais densa, o que contribui para sua estabilização. Os sedimentos são depositados na crista da duna e à barlavento. 
Com o constante fornecimento de sedimentos, as dunas incipientes vão se tornando dunas estabilizadas. Com a progradação (aumento da praia) vão se formando um campo de dunas frontais. 
Duna frontal reliquiares: Dunas que ficam em posição geográfica mais interiorizada, isolada da fonte direta de sedimentos (a praia). Dunas mais antigas do campo de dunas. 
DUNAS PARABÓLICAS: Possuem uma geometria que ganha uma forma de U ou V, com os pés fixados em direção ao mar (costas para o continente). Sua face de avalanche tende a migrar pela ação eólica, deixando rastros residuais. São tipicamente formadas a partir de cortes eólicos. 
DUNAS BARCANAS: Formato de meia-lua, com pés fixados em direção ao continente (costas para o mar), conhecidas como barcanoides. 
DUNAS TRANSGRESSIVAS: São extensas feições eólicas formadas por ventos de mar para terra, que migram em direção ao continente, normalmente sem ou com pouca vegetação. Dunas Móveis. (CABO FRIO). 
CORTES EÓLICOS (blowouts) : 
Os cortes eólicos geralmente são iniciados a partir de eventos que causam a supressão da vegetação nas dunas, o que facilita a ação erosiva causada pelo vento.
As atividades antrópicas também podem ser responsáveis pelo desenvolvimento dos cortes eólicos. Por exemplo, atividades recreacionais, como passeios com automóveis ou motocicletas. 
AULA 12
ESTUÁRIO: Ambiente de transição entre um rio e o mar. Água salgada e doce. Tendem a ser entulhados pela deposição de sedimentos.
DELTA: Localizado na foz (deságua) de um rio. Alta deposição de sedimentos (progradação). Ocorre nos contatos dos rios com o mar, lagos, lagoas e represas.
A CONTRIBUIÇÃO FLUVIAL PARA AS ÁREAS COSTEIRAS
O tipo e quantidade de sedimentos que os rios fornecem aos mares depende do volume de água disponível na bacia hidrográfica, o clima que atua sobre ela, as características do relevo, o tipo de rocha e solo e das ações do homem. 
Tamanho da bacia: Quanto maiores elas forem, maior será a possibilidade de receberem precipitações (chuva ou neve) e, consequentemente, de gerarem níveis maiores de vazão. Quanto maior o rio, maior é a influência, tanto na diluição da salinidade local quanto na mobilização de sedimentos. 
Porém pequenos rios também possuem importantes contribuições. Mobilização de sedimentos, criação de ambientes estuarinos, criação de terrenos embrejados, baías, lagoas etc. 
O Clima: Define o ritmo (a sequência), a frequência (a quantidade de vezes) e a intensidade (o volume) com que as precipitações, principalmente as chuvas, fornecem água para as bacias fluviais.O regime dos rios é definido principalmente pela chuva. 
A vegetação: O clima, ao definir a umidade, também determina o tipo de vegetação a se desenvolver. A vegetação contribui em relação ao escoamento e à infiltração das águas, à produção de matéria orgânica e à erosão. A falta de vegetação aumenta a erosão do solo, logo mobiliza mais sedimentos para os rios. 
O relevo, as rochas e o solo: A erosão e o transporte de sedimentos atuam das partes mais elevadas para as mais baixas, sendo estes sedimentos carcterísticos das rochas e solo de sua origem. O clima também determina que tipo de intemperismo será mais atuante, assim como a resistência das rochas determinará o tipo e volume de materia a ser erodido	
Ações antrópicas: 
•o desmatamento e a ocupação do solo, ampliando o escoamento superficial e o transporte de sedimentos; 
•as atividades de agropecuária sem práticas de conservação, ampliando o escoamento superficial e o transporte de sedimentos; 
•a construção de barragens, promovendo o armazenando de águas, o controle dos níveis de vazão, a retenção de sedimentos, a transposição de águas para outras bacias e a retirada de água para irrigação, abastecimento e atividades industriais; •obras que interferem na dinâmica fluvial, ampliando drenagens, executando dragagens, aterrando brejos, controlando cheias com lagoas de contenção, retificação e canalização do curso dos rios; 
•lançamentos, nos rios, de lixo, resíduos, esgotos domiciliares e industriais, ampliando o transporte de carga sedimentar.
•contaminação das águas. Poluição sobre os ecossistemas aquáticos etc. 
MARÉS ONDAS E CORRENTES: Fora o processo fluvial, os demais processos que atuam nos deltas e estuários são os marinhos, através da interação entre ondas, marés e correntes. 
AULA 13
Recifes (ou arrecifes): Barreiras naturais, ou construídas, que protegem as costas das ações erosivas marinhas, principalmente promovidas pelas ondas. Os recifes naturais são formados por arenitos ou pelos corpos de calcário de corais. Os artificiais são os construídos pelo homem.
Recifes de arenito: Barreiras que aparecem paralelas ao litoral, de forma nem sempre contínua. No Brasil, são encontradas principalmente no nordeste. 
O arenito é uma rocha sedimentar, com consistência dura, constituída por areia, cujos grãos foram agregados por substâncias que funcionam como um cimento. Normalmente, nos arenitos que afloram nas áreas costeiras, essa substância é o calcário. No interior desses arenitos, é possível encontrar fragmentos de conchas, que atestam sua origem em ambiente marinho.
Os arenitos se formam a partir de depósitos de areias não consolidadas, soltas, como as praias e as restingas. Para a sua formação, é necessária a presença de uma fonte que forneça o cálcio.
O cálcio é elemento presente na água do mar e é absorvido por vários seres vivos para constituir seus esqueletos e carapaças.
Quando esses animais morrem, suas conchas acumulam-se e formam concheiros. 
Esses sedimentos podem ser transportados para locais de deposição, como praias. 
Os sedimentos mais grossos tendem a se manter nas praias. Os refluxos das ondas levam os sedimentos mais finos. Dessa forma, os sedimentos maiores, como conchas, acumulam-se na base das praias.
A água atua como solvente, dissolvendo o cálcio. Dessa forma, porções de água saturada de cálcio entram em contato com areia. Considerando as altas temperaturas nas regiões tropicais, quando a areia esquenta, o cálcio se precipita, solidificando-se e cimentando os grãos de areia entre si, dando início ao processo de formação de arenitos de praia. 
Água (solvente) + Cálcio das conchas (soluto) em contato com areia quente = Precipitação do cálcio cimentando os grãos de areia (arenito de praia) 
O arenito vai se acumulando de tal forma que passa a existir uma praia com sedimentos soltos e, abaixo dela, uma praia de pedras > beach rocks 
Nos ambientes marinhos, encontram-se também carbonatos em que o cálcio foi substituído pelo magnésio, constituindo os chamados dolomitos.
Nos recifes de arenito, os organismos vivos se agregam a ele, já nos recifes de coral, o próprio recife é feito por uma forma de vida, que se associa a outras.
Recifes de corais: Os recifes de corais são barreiras criadas por colônias de corais chamados hermatípicos. Neles existem indivíduos chamados pólipos, que assimilam cálcio e constroem o esqueleto dos seus corpos. Vivem, alimentam-se, reproduzem-se e morrem. Sobre seus corpos mortos novas gerações de corais se fixam, e assim, sucessivamente, os novos corais vão se superpondo, crescendo verticalmente uns sobre os outros.
características ambientais que apresentem condições ótimas para o desenvolvimento da vida dos corais hermatípicos: 
· temperaturas sempre superiores a 18º C, sendo o intervalo melhor entre 25º C e 30º C;
·águas limpas, com alta transparência, que permitam alta luminosidade no recife;
· profundidade de ocorrência de corais vivos, do nível de maré mais baixa local até 25 m. A tolerância para mais profundidade depende da transparência da água;
· salinidade aceitável entre 27 e 40 ppm e ideal de 33 a 37 ppm;
· movimentação constante da água. 
Caso alguma dessas condições não seja atendida, a colônia de coral não se desenvolve e, consequentemente, o recife também não. 
Eles podem ser classificados como recifes em franjas, em barreiras ou atóis. 
Os recifes como franja se localizam encostados à linha do litoral
Os recifes de barreira se formam paralelamente à linha do litoral, mantendo certo afastamento dela 
Sobre o atol, a explicação mais difundida de sua forma está relacionada à presença de uma montanha vulcânica, que sofre um processo de subsidência; ou seja, por forças internas, esse relevo está sendo rebaixado.
Os três tipos, remetem a três momentos do recife de coral. Primeiro se estabelece um recife em franja. Segundo, o continente vai afundando, mas os corais continuam crescendo, tornando-se um recife em barreira. Terceiro, o continente se “desaparece” restando o recife no formato de uma ilha circular. (anel) que vai sendo preenchido por seus próprios sedimentos biodetríticos. 
Dessa forma, os recifes de corais são importantes indicadores de variação do nível do mar. Se o nível do mar sobe, os corais crescem verticalmente, buscando se manterem vivos.
1. Qual a principal diferença entre os recifes de arenito e o de corais? 
O de arenito é formado por areias que se consolidam com um cimento de calcário e o de coral é formado por organismos vivos, principalmente corais.
2. O cálcio tem papel importante nos recifes de arenito e de coral. Por que e como?
O cálcio agrega os grãos de areia que irão formar o arenito. O cálcio, ao ser absorvido pelos organismos vivos do recife de coral, transforma-se nos seus esqueletos e carapaças.
3. Se o nível do mar subir, o que irá acontecer com os recifes de arenito e de coral?
O recife de arenito poderá deixar de funcionar como uma barreira. 
O coral no recife irá crescer verticalmente para acompanhar a subida do nível do mar.
4. Como e por que o recife de arenito tende a perder menos cálcio do que o de coral?
Os seres vivos e mortos do recife de coral tendem a ser menos resistentes à erosão pelo impacto das ondas do que o de arenito, consequentemente poderão perder mais cálcio.
5. O recife de coral possui corais o de arenito não. Certo ou errado? Por quê?
Errado. O recife de coral é todo construído pelo coral. No recife de arenito, o coral se estabelece sobre ele.
Sambaquis
Os sambaquis são encontrados em diversos terrenos costeiros, como restingas, praias, dunas, beira de lagoas, estuários e margens de rios próximas à área costeira. São concheiros artificiais, construídos por povos pré-históricos que habitavam as regiões costeiras.
Eles ocorrem em todo o litoral brasileiro, sendo que a maior parte se encontra nas regiões Sul e Sudeste.
1. Por que existem tantas conchas nos sambaquis? 
Porque faziam parte da alimentação de grupos numerosos de pessoas que estiveram no local durante um longo período de tempo.
2. Por que o material no interior do sambaqui está em camadas? 
Porque os materiais ali existentes foram sendo depositados uns sobre os outros.	
3. Por que existem ossos de animais e espinhas de peixe? 
Porque caçavam e pescavam para se alimentar
4. Qual a importância de existirem corpos sepultados no interior do sambaqui? 
Através dos corpos, muitas coisas acerca das características físicas das pessoas podem ser avaliadas, assim como aspectos das suas condições de vida e saúde.
5. O que pode ter estabelecido a relação entre o sambaqui e a linha do litoral?
Os locais onde existiam e se desenvolviam as bivalves (mariscos).
AULA 14
Os primeiros a levar em conta a questão da estabilidade do litoral: 
Eduardo Suess, em 1906 >> com relação à tectônica, classificando o litoral leste da América do Sul como geologicamente estável e contrastando-o com a instabilidade do lado oeste
Douglas Johnson, em 1919 >> debruçou-se sobre as variações da posição do litoral, com as subidas e descidas do nível do mar
H. Valentim, em 1952 >> criou um modelo mais dinâmico, destacando também as ações da erosão e da deposição. Classificou os tipos de costa sob os seguintes critérios: 
· as que avançam por deposição ou por emersão; 
· as que recuam por erosão ou submersão; 
· as estáveis, cujos efeitos das ações de erosão e de deposição, ao se alternarem, se compensam; 
· as estáticas, cuja posição da linha do litoral não se modifica durante um certo período de tempo.
Arthur Bloom, em 1965, incluiu no modelo de Valentim uma nova variável: o tempo.
Abordagens geográficas e escalas
•Escala menor: coloca a área de estudo inserida em um espaço mais amplo (Figura 14.3A); 
•Escala maior: permite ampliar o espaço da área de estudo, detalhando o seu interior 
(Figura 14.3B); 
•Escala de interesse: é relativa ao objetivo do trabalho e é para onde convergem os resultados obtidos nas outras duas escalas (Figura 14.3C).
 A) Escala menor: identifica-se que a cidade foi construída sobre terrenos de restinga. B) Escala maior: identificam-se os tipos de imóveis da área central da cidade. C) Escala de interesse: identifica-se a dimensão do objeto de estudo, ou seja, a cidade de São João da Barra (RJ).
Os mapas permitem visualizar de uma só vez a posição, a identificação e a distribuição de cada uma e de todas as categorias classificadas em um trabalho geográfico.
Escalas pequenas (1:1.000.000, por exemplo) representam grandes áreas reduzidas, em tamanho pequeno. 
Escalas grandes (1:5.000, por exemplo) representam pequenas áreas ampliadas, em tamanho grande.
Mapas de relevo 
O primeiro a classificar o relevo brasileiro foi Aroldo de Azevedo em 1949. Foi um passo Os principais critérios foram estabelecidos levando em conta a altimetria e a estrutura geológica. No seu mapa de relevo do Brasil, a área costeira é classificada em quatro categorias. 
Ab'Saber acrescentou ao mapa de Azevedo outras características. Publicou a sua classificação dos Domínios morfoclimáticos brasileiros. Nela, são indicadas e delimitadas, nas áreas costeiras, as influências do clima. 
Em 1996, Jurandyr Ross apresentou uma nova proposta. Ela foi atualizada com os conteúdos advindos do Radambrasil, buscando levá-la ao nível do Ensino Médio. Mesmo assim, ela ainda se colocava com bastante detalhamento, com seus três táxons (níveis de hierarquia) e suas 28 categorias. 
O Manual Técnico de Geomorfologia, produzido e publicado pelo IBGE. O detalhamento das classificações do relevo do IBGE dificulta a divulgação para estudantes de Ensino Médio. Para atender às publicações didáticas desse nível, as soluções passaram pela redução de escalas, o que acabou por diminuir o detalhamento das classificações.
Dieter Muehe (1998), que foi responsável pelo tópico de Geomorfologia no Macrodiagnóstico, publicou um trabalho de classificação do litoral brasileiro acrescentando revisões e descrevendo cada tipo identificado de costa. Sua classificação levou em conta, como referência, as classes estabelecidas anteriormente por Silveira.
Muehe valeu-se do que chamou de variáveis indutoras da compartimentação, relacionadas a dois condicionantes:
Condicionantes geológicos e geomorfológicos: 
Condicionantes oceanográficos:
TEORIAS:
William Morris Davis foi o primeiro a teorizar sobre a evolução do relevo. Sua teoria se baseava na existência de um ciclo, iniciado pelo soerguimento rápido de uma superfície por forças internas. A partir desse momento, o trabalho da água, que ele chamou de erosão normal, passa a ter energia (devido ao desnivelamento do terreno) para desgastar todo o relevo, até rebaixá-lo formando uma superfície de erosão, um peneplano. Um novo soerguimento reiniciaria o processo, daí a ideia de ciclo. (Adotando as ideias evolucionistas)
1) Quais processos marinhos atuam diretamentesobre a Geomorfologia Costeira construindo e destruindo seus ambientes? (0,5) 
Marés, ondas e correntes 
2) Como são formadas áreas de convergência e de divergência da energia da onda ao longo de uma praia? (1,0) 
Resultantes do efeito de refração, quando as ondas mudam de direção. Quando há afastamento na direção das ondas, a energia está dispersando, ocorre divergência entre as ondas. Quando ocorre o oposto, as ondas estão se aproximando, ocorre convergência.
3) A quem se credita a existência de áre as desérticas como Atacama, Kalahari e Deserto Australiano, localizados nu ma mesma faixa de latitude no Hemisfério Sul, no lado oriental dos oceanos Pacífico, Atlântico e Indico, respectivamente? (1,0) 
4) Como os processos continentais contribuem para o recuo de uma falésia viva? (1,0) 
O intemperismo, o escoamento superficial e subsuperficial de águas, os movimentos de massa e o processo fluvial.
5) Os termos retrogradação e transgressão são sinônimos no âmbito da Geomorfologia Costeira? Explique: (1,0) 
6) Por que muitos corpos lagunares costeiros apresentam formas alongadas com seus eixos maiores paralelos à linha do litoral? (1,0) 
7) Qual o efeito do sur gimento de restingas para a drenagem continental? (1,0) 
8) O que é Apicum? (0,5) 
9) Há relação entre o clima e a existência de dunas? Explique: (0,5) 
10) O que são estuários? (1,0) 
11) Como são formados os recifes de arenito e qual sua importância? (0,5) 
12) Qual a diferença entre as classificações simples e complexas utilizadas em classificações geográficas? Exemplifique: (1,0)

Outros materiais