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03 - Padrão de Resposta Peça Prático-Profissional Penal I e II-Memoriais do Juri (1)

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Prévia do material em texto

Estágio Supervisionado de Prática Jurídica Penal- I e II 
ALEGAÇÕES FINAIS POR MEMORIAIS 
 
1) O QUE SÃO AS ALEGAÇÕES FINAIS (MEMORIAIS): É a peça cabível após a instrução processual 
(audiência de instrução e julgamento) e antes da prolação de sentença ao final do processo. Em regra, é a última 
possibilidade formal para que a defesa e a acusação se manifestem, arguindo todas as teses que acharem 
oportunas. A lei prevê que, no procedimento comum ordinário (que pode ser aplicado subsidiariamente a todos 
os outros), a audiência de instrução e julgamento realize a oitiva da vítima e testemunhas, o interrogatório do réu, 
os debates orais e em seguida a prolação da sentença. Contudo, existe a possibilidade de substituição dos debates 
orais pelas alegações finais quando: 
 
a) for conveniente pela complexidade do caso ou pelo número de réus; 
b) as partes, ao término da instrução, requererem diligência que tiver sido deferida pelo juiz. 
 
2) FUNDAMENTAÇÃO LEGAL - Art. 403, §3º e 404, p. único, do CPP – Rito ordinário, sumário, 
sumaríssimo. 
Art. 403. Não havendo requerimento de diligências, ou sendo indeferido, serão oferecidas 
alegações finais orais por 20 (vinte) minutos, respectivamente, pela acusação e pela defesa, 
prorrogáveis por mais 10 (dez), proferindo o juiz, a seguir, sentença. 
§ 3o O juiz poderá, considerada a complexidade do caso ou o número de acusados, conceder 
às partes o prazo de 5 (cinco) dias sucessivamente para a apresentação de memoriais. 
Nesse caso, terá o prazo de 10 (dez) dias para proferir a sentença. 
Art. 404. Ordenado diligência considerada imprescindível, de ofício ou a requerimento da 
parte, a audiência será concluída sem as alegações finais. 
 Parágrafo único. Realizada, em seguida, a diligência determinada, as partes apresentarão, 
no prazo sucessivo de 5 (cinco) dias, suas alegações finais, por memorial, e, no prazo de 
10 (dez) dias, o juiz proferirá a sentença. 
 
 art. 403, §3º e 404, p. único, do CPP c/c 394, §5º, art. 411, §4º, do CPP - Rito do Júri 
Artigos anteriores +: 
Art. 394. O procedimento será comum ou especial. 
 § 5o Aplicam-se subsidiariamente aos procedimentos especial, sumário e sumaríssimo as 
disposições do procedimento ordinário. 
Art. 411. Na audiência de instrução, proceder-se-á à tomada de declarações do ofendido, se 
possível, à inquirição das testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa, nesta ordem, 
bem como aos esclarecimentos dos peritos, às acareações e ao reconhecimento de pessoas e 
coisas, interrogando-se, em seguida, o acusado e procedendo-se o debate. 
 § 4o As alegações serão orais, concedendo-se a palavra, respectivamente, à acusação e à 
defesa, pelo prazo de 20 (vinte) minutos, prorrogáveis por mais 10 (dez). 
 
3) COMPETÊNCIA - Os memoriais, em uma única peça, devem ser dirigidos ao juiz da causa que ordenou 
sua apresentação e que irá proferir a sentença, em virtude do princípio da identidade física do juiz. 
 
4) PRAZO – 5 dias a contar da intimação da parte. 
 
 
2 
Material de apoio 
2020/1 
5) LEGITIMADOS – Primeiramente será apresentado pela acusação: Ministério Público, querelante ou 
assistente da acusação, conforme o caso. Em seguida, será apresentado pela defesa do acusado. 
 
6) TESES E REQUERIMENTOS: 
 
a) Acusação: A acusação (pública ou privada) deve demonstrar a existência de justa causa para condenação. 
Deve demonstrar a comprovação de autoria e materialidade do fato típico, assim como requerer que seja julgada 
procedente a ação e decretada a condenação do réu nas penas do tipo penal imputado na inicial. 
 
obs.: Em ação penal pública, na qual o MP também atua como fiscal da lei, o mesmo também poderá pedir a 
absolvição do réu se achar que é o caso. Na ação penal privada, o querelante só pode pedir pela condenação do 
querelado sob pena de perempção (art. 60, III, CPP). 
 Art. 60. Nos casos em que somente se procede mediante queixa, considerar-se-á perempta a 
ação penal: 
III - quando o querelante deixar de comparecer, sem motivo justificado, a qualquer ato do 
processo a que deva estar presente, ou deixar de formular o pedido de condenação nas 
alegações finais; 
 
 
 
b) Defesa: A defesa deve buscar teses que melhor beneficie o seu cliente. Para provas de prática jurídica, é 
comum que seja apresentado um problema com situações em que o candidato deve pedir a absolvição. Contudo, 
na vida real, é possível tratar apenas de teses subsidiárias quando não se vislumbra a possibilidade de absolvição 
para o caso em concreto. 
Por se tratar da última possibilidade de defesa antes da sentença, então, além de tratar de possíveis preliminares 
e do mérito, deve-se adentrar nas teses subsidiárias de mérito, que é o pedido de concessão de alguns benefícios 
e regime mais benéfico no caso de eventual condenação. 
 
obs.: Artigo do Pedido de Absolvição – Nas alegações finais, a absolvição deve ser fundamentada em alguma 
das hipóteses do art. 386 do CPP. O CPP prevê 3 artigos para que seja pedida a absolvição. O art. 397 é para 
ser utilizado quando pedida absolvição na resposta à acusação, o art. 415, por sua vez, é utilizado no rito do júri 
nas alegações finais. E por fim, temos o art. 386, que pode ser utilizado em todos os outros procedimentos 
previstos para o rito ordinário e os que o utilizam como base, incluindo os memoriais. Não confundir! 
 
obs.: Teses subsidiárias de mérito – Após os memoriais, o juiz vai proferir a sentença. É necessário que o 
advogado entenda que, diante da possibilidade de eventual condenação, deve se adiantar e requerer e expor o que 
seria mais benéfico ao réu. Esses pedidos devem ser arguidos mesmo com a certeza de que o réu deve ser 
absolvido. 
O juiz fará a dosimetria da pena para a fundamentação de sua sentença, caso seja condenatória. A partir da pena 
final é que se fixará o regime prisional e a possibilidade de benefícios penais, como por exemplo: substituição da 
pena privativa de liberdade pela restritiva de direitos. 
 
Critério Trifásico para fixação da pena 
1ª Fase Análise das circunstâncias judiciais previstas no art. 59 do Código 
Penal. Ao final da 1ª fase será fixada a pena-base. 
 
3 
Material de apoio 
2020/1 
2ª Fase Análise das circunstâncias agravantes ou atenuantes previstas nos 
artigos 61 e seguintes do Código Penal. Ao final da 2ª fase será fixada 
a pena provisória. 
3ª Fase Análise das causas de aumento ou diminuição de pena. São 
expressas por frações. Ao final da 3ª fase será fixada a pena final. 
 
As teses subsidiárias de mérito consistem basicamente em: 
 
1ª Fase 
(pena base) 
- Desclassificação para crime mais leve; 
- Exclusão de qualificadora; 
- Reconhecimento de concurso formal (art. 70 CP) ou crime 
continuado (art. 71 CP) 
- Pena no mínimo legal (art. 59, CP) 
2ª Fase Reconhecimento de atenuantes (art. 65, CP) e exclusão de agravantes 
(art. 61, CP). 
3ª Fase Reconhecimento de causas de diminuição de pena e exclusão de causas 
de aumento de pena. 
Benefícios 
Penais 
- Detração Penal (art. 42, CP); 
- Substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos 
(art. 44 CP); 
- Concessão da suspensão condicional do processo (art. 89, L. 
9099/95); 
- Fixação de indenização no mínimo legal (art. 387, IV, CPP); 
- Recorrer em liberdade (art. 387, § 1.º CPP) 
Regime 
Prisional 
Artigo 33 do Código Penal – aberto ou semi-aberto 
 
7) IDENTIFICAÇÃO DA PEÇA – O problema dirá que já ocorreu a audiência de instrução e 
julgamento, mas não fará menção à sentença. 
 
8) MEMORIAIS NO RITO DO JÚRI 
a. O Tribunal do Júri, com competência para processar e julgar os crimes dolosos contra a vida, tentados 
ou consumados, possui procedimento próprio definido nos artigos 406 a 497 do CPP. São crimes contra a vida: 
homicídio (art. 121 CP); induzimento, instigação ou auxílio a suicídio (art. 122 CP); infanticídio (art.123 CP) e 
aborto (art. 124, 125 e 126 do CP). 
 
b. O Tribunal do Júri é dividido em duas fases: 
• 1ª fase: Denominada “juízo de admissibilidade”, “sumário de culpa” ou de “juízo de acusação”, será 
inaugurada com a denúncia ou queixa subsidiária. O procedimento é parecido com o do rito ordinário até a 
audiência de instrução e julgamento. A diferença ocorre a partir da sentença – que ao invés de o juiz condenar ou 
absolver como nos outros ritos – terá que proferir sentença adotando uma das seguintes condutas: 
- absolver sumariamente; 
- pronunciar; 
- impronunciar; ou 
- desclassificar a infração dolosa contra a vida. 
 
 
4 
Material de apoio 
2020/1 
• 2ª fase: terá início se o juiz da primeira fase decidir por PRONUNCIAR o réu. Também conhecida por 
“judicium causae”, consiste no julgamento realizado no Plenário pelo conselho de sentença, composto por 7 
jurados. São os jurados que decidirão pela condenação, desclassificação ou absolvição do réu, cabendo ao juiz 
presidente da sessão o dever de elaborar a sentença de acordo com a votação efetuada pelos jurados. 
 
c. No rito do Júri, na primeira fase, não há previsão expressa da possibilidade de substituição das alegações 
finais orais por memoriais, mas a doutrina majoritária entende pela possibilidade, uma vez que o Rito Ordinário 
se aplica ao Rito do Júri quando este for omisso. 
d. Fundamentação: art. 403, §3º e 404, p. único, do CPP c/c 394, §5º e art. 411, §4º do CPP 
e. Aqui, no entanto, não há que se falar em absolvição pelo art. 386 do CPP, nem pelo art. 397 do CPP, e 
sim pelo o de Absolvição Sumária previsto no artigo 415, CPP. 
 
TESES: 
 
Acusação: deve alegar a existência do crime e de indícios de autoria e pleitear a pronúncia do acusado 
 
Defesa: 
- Absolvição Sumária (art. 415 CPP): A sentença pela absolvição sumária é de mérito, pois analisa provas 
e declara a inocência do acusado. Por essa razão, somente poderá ser proferida em caráter excepcional, quando a 
prova for indiscutível e o juiz não tiver nenhuma dúvida. 
Art. 415. O juiz, fundamentadamente, absolverá desde logo o acusado, 
quando: 
 I – provada a inexistência do fato; 
 II – provado não ser ele autor ou partícipe do fato; 
 III – o fato não constituir infração penal; 
 IV – demonstrada causa de isenção de pena ou de exclusão do crime. 
 Parágrafo único. Não se aplica o disposto no inciso IV do caput deste artigo ao 
caso de inimputabilidade prevista no caput do art. 26 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 
de dezembro de 1940 – Código Penal, salvo quando esta for a única tese 
defensiva. 
 
 
- Impronúncia (art. 414 CPP): É a decisão que rejeita a imputação para julgamento perante o Tribunal 
Popular, ou porque o juiz não se convenceu da existência do fato (crime) ou porque não há indícios suficientes 
de autoria ou participação. Acontece quando a acusação não reúne elementos mínimos para serem discutidos. 
 
Na impronúncia o juiz não diz que o acusado é inocente, mas que, por ora, não há indícios suficientes para a 
questão ser debatida pelo Júri. A decisão pela impronúncia do acusado não analisa o mérito da causa. Se surgirem 
novas provas, poderá ser oferecida nova denúncia ou queixa a qualquer tempo, até a extinção da punibilidade – 
que significa o fim da possibilidade do Estado impor sanção ao indivíduo. 
 
5 
Material de apoio 
2020/1 
 
Art. 414. Não se convencendo da materialidade do fato ou da existência de indícios 
suficientes de autoria ou de participação, o juiz, fundamentadamente, impronunciará o 
acusado 
 Parágrafo único. Enquanto não ocorrer a extinção da punibilidade, poderá ser 
formulada nova denúncia ou queixa se houver prova nova. 
 
 
- Desclassificação (art. 418/419 CPP): A desclassificação acontece quando o juiz se convence da existência 
de um crime diverso ao que foi imputado ao réu. Esse outro crime pode ser da competência do júri ou não. Ex.: 
Homicídio simples desclassificado para homicídio qualificado ou vice-versa. 
 
 Na decisão pela desclassificação, o juiz apenas diz que aquele crime não é da competência do Tribunal do 
Júri, pois o Júri só pode julgar os crimes dolosos contra a vida. Assim o juiz desclassifica o crime e encaminha o 
processo para o juízo competente. Ex.: Tentativa de homicídio que seja desclassificado para lesão corporal. 
 
Art. 418. O juiz poderá dar ao fato definição jurídica diversa da constante da acusação, 
embora o acusado fique sujeito a pena mais grave. 
 Art. 419. Quando o juiz se convencer, em discordância com a acusação, da existência de 
crime diverso dos referidos no § 1o do art. 74 deste Código e não for competente para o 
julgamento, remeterá os autos ao juiz que o seja. 
 Parágrafo único. Remetidos os autos do processo a outro juiz, à disposição deste 
ficará o acusado preso. 
 
 
Retirada da qualificadora: Os jurados somente poderão ser questionados sobre as qualificadoras contidas na 
decisão de pronúncia, dessa feita, poderá ser requerida a retirada da qualificadora, demonstrando-se que ela é 
incabível no caso em tese. 
 
obs.: NÃO HÁ TESES SUBSIDIÁRIAS DE MÉRITO NAS ALEGAÇÕES FINAIS DO JÚRI. Isto porque, 
como não haverá condenação na primeira fase, não há razão para adentrar em questões relativas a uma eventual 
condenação. 
 
 
6 
Material de apoio 
2020/1 
ESTRUTURA DA PEÇA - RITO COMUM 
 
AO JUIZO DA ... VARA .... DA COMARCA (OU CIRCUNSCRIÇÃO JUDICIÁRIA) DE... 
 
 
Nº do processo: ... 
 
 
NOME DO ACUSADO, já devidamente qualificado nos autos do processo em epígrafe, vem, à presença de 
Vossa Excelência, por intermédio de advogado subscrito (procuração anexa), com fulcro no art. 403, §3º e 
404, p. único, do CPP, apresentar 
 
MEMORIAIS 
 
Pelos fundamentos de fato e de direito a seguir expostos. 
 
1 – DOS FATOS – Resumo dos fatos e breve relatório processual. 
 
2 – DO DIREITO 
 
a) PRELIMINARES – processuais (art. 564 CPP) e de mérito (art. 107. CP) 
 
b) DO MÉRITO – teses de defesa + fundamentação no art. 386 CPP 
 
c) DAS TESES SUBSIDIÁRIAS DE MÉRITO 
 
3 – DOS PEDIDOS 
Ante o exposto, requer: 
a) Que seja reconhecida a preliminar prevista no art. X (se tiver); 
b) Absolvição nos termos do art. 386 , inciso, do CPP ; 
(alguns exemplos de teses subsidiárias nos tópicos seguintes) 
c) Subsidiariamente, a desclassificação do crime de roubo para o crime de furto; 
d) que seja fixada pena no mínimo legal, nos termos do art. 59 do CP; 
e) que seja reconhecida a atenuante X, prevista no art. 65, inciso X, do CP; 
f) que seja excluída a agravante X, prevista no art. 61, inciso X, do CP; 
g) que seja fixado o regime semiaberto nos termos do art. 33, p. 2º, alínea “b”, do Código Penal. 
 
Nesses termos, pede deferimento. 
Local..., data..., 
Advogado... 
OAB nº... 
 
7 
Material de apoio 
2020/1 
ESTRUTURA DA PEÇA - RITO DO JÚRI: 
AO JUIZO DA ... VARA DO TRIBUNAL DO JÚRI DA... COMARCA (OU CIRCUNSCRIÇÃO 
JUDICIARIA) DE... 
 
Nº do processo: .... 
 
 
NOME DO ACUSADO, já devidamente qualificado nos autos do processo em epígrafe, vem, à presença de 
Vossa Excelência, por intermédio de advogado subscrito (procuração anexa), com fulcro no art. 403, §3º e 404, 
p. único, do CPP c/c 394, §5º e art. 411, §4º do CPP, apresentar 
 
MEMORIAIS 
 
Pelos fundamentos de fato e de direito a seguir expostos. 
 
1 – DOS FATOS 
 
2 – DO DIREITO 
 
a) PRELIMINARES – processuais (art. 564 CPP) e de mérito (art. 107. CP) 
 
b) DO MÉRITO 
 
 - ABSOLVIÇÃO (art. 415 CPP) 
 - IMPRONÚNCIA (art. 414 CPP) 
 
 - DESCLASSIFICAÇÃO (art. 418/419 CPP) 
 
 - RETIRADA DA QUALIFICADORA 
 
3 – DOS PEDIDOS 
 
Ante o exposto, requer: .... 
 
 
Nesses termos, pede deferimento. 
 
Local..., data..., 
Advogado... 
nº da OAB... 
 
8 
Material de apoio 
2020/1PEÇA PRATICA-PROFISSIONAL (CASO HIPOTÉTICO) 
LEIA COM ATENÇÃO AS INSTRUÇÕES ABAIXO. 
1) A peça deverá ser manuscrita, em letra legível, com caneta esferográfica de tinta azul ou preta, não sendo 
permitida a interferência e/ou a participação de outras pessoas. 
2) No caso de erro, risque, com um traço simples, a palavra, a frase, o trecho ou o sinal gráfico e escreva 
o respectivo substituto. Não utilize corretivo, sob pena de perda de pontuação. 
3) Caso a peça profissional exija identificação, utilize apenas a palavra ADVOGADO, anotando seu nome tão 
somente no cabeçalho da folha de respostas. 
4) Na elaboração da peça profissional inclua todos os dados que se façam necessários, sem, contudo, produzir 
qualquer identificação além daquelas fornecidas no enunciado da questão. Para tanto utilize o nome do dado 
seguido de reticências ou “xxx”, conforme o seguinte exemplo: “Município... ou Cidade xxx”, “Data... ou Data 
xxx”. Não omita nenhum dado legalmente exigido, utilizando sempre o modelo exemplificado. 
5) Não acrescente/invente qualquer dado/fato não incluído no enunciado para o desenvolvimento da tese 
pretendida. 
6) Será permitida somente a utilização da legislação “seca”, não sendo permitido o uso de modelo de 
internet quando da confecção da peça. 
7) A mera transcrição de artigo não confere pontuação. Necessário se faz concatenar as ideias de modo 
a realizar a subsunção do fato a norma, ou seja, fundamentar correlacionando o caso hipotético com o 
artigo pretendido. 
8) Sob nenhuma hipótese, a peça prático-profissional deverá ultrapassar as 150 linhas. O texto que supera-las 
será desconsiderado para fins de correção. 
 
→ Peça prático-profissional 
 
Em 24 de março de 2014, na cidade de Varginha/MG, JOÃO CLÁUDIO VAN DAME jantava com 
sua esposa JÚLIA ROBERTA por volta das 19h30min, quando iniciaram uma discussão por conta de ciúmes 
com relação a um colega de trabalho de JÚLIA. Após muito bate e boca e depois da discussão tomar contornos 
mais sérios, JOÃO, cego pela raiva, pega uma faca de cozinha que se encontrava ao seu alcance e começa a 
desferir diversas facadas na região do tórax de JÚLIA, intencionando causar sua morte. Ressalta-se que na casa 
somente se encontravam os dois. 
Depois de ter dados as facadas e parado voluntariamente, JOÃO, ao observar JÚLIA ao chão, ainda 
com vida, começa a se arrepender do ato que acabou de cometer e a coloca dentro de seu veículo levando-a até o 
hospital mais próximo. Após ficar cerca de 8 dias internada, JÚLIA recebe alta do hospital não tendo ficado com 
qualquer sequela do ocorrido. 
 
9 
Material de apoio 
2020/1 
Durante a entrada de JÚLIA ao hospital a polícia foi acionada e se instaurou inquérito policial para 
apurar a prática dos atos de JOÃO. Terminada a investigação, o Ministério Público ofereceu denúncia em 
desfavor de JOÃO, no dia 25 de julho de 2015, pela conduta tipificada no artigo 121, §2º, inciso VI, c/c artigo 
14, inciso II, ambos do Código Penal. 
A denúncia foi recebida pela Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Varginha/MG, tendo JOÃO 
sido citado regularmente e apresentado resposta à acusação. 
Na audiência de instrução e julgamento, o magistrado que conduzia a audiência insistiu para que o 
acusado fosse o primeiro a ser ouvido, argumento que ele seria a pessoa com maior interesse no processo e que, 
portanto, era razoável apresentar sua versão sobre os fatos, o que ocorreu, mesmo a Defesa técnica tendo se 
manifestado de forma contrária. 
Devido a complexidade do feito, o juiz encerrou a audiência e encaminhou os autos para o Ministério 
Público que apresentou manifestação requerendo a pronúncia do acusado nos termos da denúncia. 
Em seguida, a defesa técnica de JOÃO foi intimada, em 05 de fevereiro de 2016, segunda, sendo 
terça-feira dia útil em todo o país, para a apresentação da medida cabível. 
Considerando apenas as informações narradas, na condição de advogado(a) de JOÃO, redija a 
peça jurídica cabível, diferente de habeas corpus, apresentando todas as teses jurídicas pertinentes. A peça 
deverá ser datada do último dia do prazo para interposição. 
 
Quesito avaliado Ponto 
Endereçamento: Ao Juízo da Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Varginha/MG. OBS.: 
Se indicar juízo materialmente ou territorialmente incompetente, não pontua. (0,5) 
0,50 
Indicação correta da peça cabível: Alegações Finais por Memoriais ou Memoriais (0,3) e 
fundamentação correta da peça: art. 403, §3º, c/c 394, §5º, art. 411, §4º, do CPP. (0,5). 
0,80 
Fatos devidamente parafraseados (0,1) 0,10 
Do Direito: 
Tese jurídica 01: Demonstrar que houve nulidade no caso, pois o interrogatório do acusado 
foi o primeiro ato da instrução processual, indo de encontro a sequencia prevista no artigo 
400, do CPP, não respeitando formalidade que constituia elemento essencial do ato, conforme 
artigo 564, IV, do CPP; OU fundamentar a nulidade com base no desrespeito a Ampla Defesa 
e Contraditório, conforme artigo 5º, LV, da CF (1,0). Informar posicionamento 
jurisprudêncial pacificado do STF sobre o fato do interrogatório ser o úlitmo ato da instrução, 
HC 127.900/AM (Rel. Min. Dias Toffoli, DJe 3/8/2016) (0,5). 
1,50 
Tese jurídica 02: Fundamentar a desclassificação para crime não doloso contra a vida, na 
medida em que o acusado se arrependeu, de forma eficaz e levou a vítima para o hospital, 
somente respondendo pelos atos já praticados, conforme artigo 15, do CP (1,75). 
1,75 
 
10 
Material de apoio 
2020/1 
Tese jurídica 03: Demonstrar que o fato ocorreu em 24 de março de 2014, ou seja, antes da 
inclusão da qualificadora prevista no §2º, inciso VI, do artigo 121 (feminicídio), que somente 
se deu em março de 2015, ou seja, em respeito ao princípio da anterioridade da Lei Penal, não 
poderia ter sido incluída na denúncia, conforme artigo 1º, do CP ou artigo 5º, XXXIX, da CF 
(1,75). 
1,75 
Dos Pedidos e Requerimentos: 
Decretação de nulidade com fundamento no artigo 564, inciso IV, do CPP; OU art. 5º, inciso 
LV, da CF (0,8) 
0,80 
Desclassificação da conduta praticada pelo acusado com a remessa dos autos ao juízo 
competente, conforme artigo 419, do CPP (0,85). 
0,85 
Retirada da qualificadora de feminicídio, em respeito ao princípio da anterioridade, conforme 
artigo 1º, do CP; OU artigo 5º, inciso XXXIX, da CF (0,85). 
0,85 
Fechamento (Local, Data, Assinatura) (0,1). 0,10 
Domínio do raciocínio jurídico (adequação da resposta ao problema, técnica profissional 
demonstrada, capacidade de raciocínio jurídico, argumentação, técnica de interpretação e 
exposição – 1,0). 
1,00 
Nome: Nota: 10,00

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