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Analise do livro (tito canto)

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Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
INSTITUTO DE QUÍMICA
CURSO DE GRADUAÇÃO EM QUÍMICA 
LUIS ALAN DOS SANTOS SILVA
SAMANTHA BONETTE
ANÁLISE DO LIVRO
QUÍMICA NA ABORDAGEM DO COTIDIANO
TITO & CANTO
VOL. 1 CAP.3
Salvador-BA
2022
1. INTRODUÇÃO	
Um tema muito debatido em pesquisas realizadas na área de ensino e educação é a imensa dificuldade de diversos estudantes do Ensino Médio em encontrar no processo de aprendizagem dos conteúdos da disciplina de Química. Devido principalmente aos conceitos complexos necessários e à utilização de fórmulas e equações químicas sem uma fundamentação teórica. crescimento do conjunto de conhecimentos que a envolvem (Lima, 2012). 
No ensino de química os termos contextualização e a correlação do cotidiano com este, vem sendo discutidos em relação as suas concepções epistemológica, filosóficas e metodológicas. Sendo esses termos muito utilizados pelos profissionais da área. O termo cotidiano aparece no Projeto de Ensino de Química para o 2º grau (Proquim, 1982) enquanto o termo contextualização começou a ser utilizado após ao Parâmetros Curriculares Nacionais para o ensino médio -PCNEN (Brasil, 1999) e os PCN+(Brasil, 2002).
Na maioria das vezes, os estudantes não conseguem perceber o significado ou a importância do que estudam. Os conteúdos são trabalhados de forma descontextualizada, tornando-se distantes da realidade e difíceis de compreender, não despertando o interesse e a motivação dos alunos. Além disso, os professores das ciências exatas priorizam a reprodução do conhecimento, a cópia e a memorização, esquecendo, muitas vezes, de associar a teoria com a prática. (Pontes et. al., 2008).
Em geral, a ementa curricular nas escolas é observada uma quantidade gigantesca de conteúdo a serem desenvolvidos, com minuciosidades desnecessárias, na qual os professores se veem obrigados a acelerar o processo de ensino da matéria, amontoando um item após item no dia a dia dos alunos. Muitos educadores no ensino de química consideram que a aprendizagem do conteúdo deve ser a partir dos processos de construção do conhecimento escolar de conceitos cotidianos e químicos, de saberes teóricos e práticos, não na perspectiva da conversão de um no outro, nem da substituição de um pelo outro, mas, sim pelo diálogo capaz de ajudar no estabelecimento de relações entre conhecimentos diversificados (Paz et. al., 2010). 
 Por conseguinte, este trabalho tem como objetivo realizar uma análise referente a como se dá a proposta de abordagem do conteúdo no ensino de Química em relação ao cotidiano, do cap.3, vol.1 do livro intitulado: “Química na abordagem do cotidiano”, que tem como autores Francisco Miragaia Peruzzo e Eduardo Leite do Canto. 
1. Análise
O capítulo três do livro trata-se da introdução ao conceito de Reação Química, sugerindo que o aluno conhecerá as características que um processo deve ter para que seja classificado como reação química.
 Logo na primeira página os autores trazem o que parece uma problematização inicial, com o título “O que vocês pensam a respeito?” chamando de “Sondagem de Concepções Prévias” na qual eles listam alguns termos e conceitos solicitando que o aluno indique em seu caderno aqueles que julgam estar relacionados a imagem de um acidente com o dirigível Hindenburg que ocorreu em Nova Jersey, EUA no ano de 1937, e que justifiquem as suas respostas. Até então, partir de uma problematização de um acontecimento histórico para iniciar o conteúdo é de grade valia, porém o único momento em que os autores dão continuidade é na seção 4.3 que trata sobre a decomposição da água, de forma extremamente vaga, sem explicar ao certo um dos motivos possíveis para que tenha ocorrido a explosão e fazer a conexão deste com o assunto abordado, ou seja, o momento pedagógico de mediação dos conhecimentos para a compreensão da problematização inicial não ocorreram. O que tornou a metodologia incipiente. Além de ter colocado de forma descontextualizado na seção. 
Um breve texto como introdução ao capítulo foi redigido através de situações de descobertas históricas que teriam relações com reações químicas, porém resumidas em parágrafos, como é citado pelo autor:
“Após o ser humano pré-histórico ter aprendido a dominar o fogo, tornou-se capaz de descobrir outras coisas. Foi possível para ele, por exemplo, separar os materiais em duas categorias: os que queimam e os que não queimam.
O fogo possibilitou perceber que alguns materiais se alteram quando aquecidos. Descobriu-se que certos alimentos, se assados, adquiriam gosto mais agradável. Foi assim que surgiu a culinária.”
Os autores finalizam o texto com a ideia de que, apesar da expressão “reação química” ser conhecida por muitas pessoas, e usualmente utilizada, que existe uma maneira cientifica de defini-la, dando a entender que será sobre isso que iram enfatizar neste capítulo. 
Em seguida, o livro sugere um experimento com reagentes de fácil aquisição, para mostrar aos alunos um tipo de reação química. Neste experimento, há liberação de gás carbônico (CO2) em formas de bolhas, portanto ocorre de fato uma transformação química. O objetivo dessa prática é mostrar aos alunos que uma reação química ocorre no momento em que as substâncias reagem e formam novas substâncias. Quando não há formação de novas espécies químicas, não ocorre uma transformação química, outros exemplos utilizados no livro foram: a quebra de um lápis, corte de um cano e uma folha de papel rasgada, fazendo alusão ao que não seria considerado uma reação química.
Exemplos de reação química
Os autores trataram mais detalhadamente exemplos da reação química a combustão completa do etanol e a reação entre o ferro e o enxofre. Neste primeiro caso foi mostrado aos estudantes a equação química dada por: 
CH3CH2OH(l) + O2(g) CO2(g) + H2O(g)
Além da equação, foram mostrados os dados das propriedades físico química de cada espécie química, sendo eles: Ponto de ebulição, estado físico a 20°C, densidade a 20°C e a coloração.
No caso da reação entre o ferro e o enxofre, foi feito uma mistura entre os dois sólidos além disso, mostrou que esses dois reagentes podem ser separação por meio da técnica de imantação, e em seguida aqueceu para formar o sulfeto ferroso e mostrar que também ocorreu uma reação química por formar um produto diferente. Neste exemplo também foram mostradas as propriedades físico químicas, sendo elas: Ponto de fusão, estado físico a 20°C, densidade a 20°C, cor e qual desses são atraídos pelo imã. 
Após tratar desses dois tipos de reação, os autores também mostraram exemplos de reação química no dia-a-dia, como: reação de combustão entre hidrogênio e oxigênio (liberação de calor), descoloração de uma peça de roupa (mudança de cor), comprimido efervescente em água (liberação de gás), fruta apodrecendo sob ação de fungos (mudança de odor) e formação de sólido ao misturar duas soluções diferentes. 
Finalizando essa etapa do capítulo, os autores propõem atividades sobre o conteúdo ensinado, como vimos em muitos livros, os exercícios apresentados são fechados e não explora a escrita dos alunos.	Comment by W10: Você achou que essa sessão abordou o conteúdo em relação ao cotidiano? Faça sua crítica nesse último parágrafo. E pode tirar essa parte das questões porque não é o que nós estamos analisando.
 
Reagentes e produtos
	Nesta etapa do capítulo, inicia-se dando as definições de reagentes e produtos. Os exemplos utilizados são novamente da reação entre etanol e oxigênio formando gás carbônico e água e foi citado novamente a reação entre enxofre e ferro dando origem ao sulfeto ferroso. Essas definições são muito importantes, pois nas etapas seguintes, serão discutidos os tipos de reações químicas de decomposição. Ou seja, os exemplos dados anteriormente estão sendo contextualizados com o conteúdo.	Comment by W10: É esse tipo de conclusão ou crítica que é necessário fazer ao final das sessões. Essa foi no caso a minha, mas você pode tirar e colocar a sua.=)
	Reações de decomposição
	Neste tema, os autores mostraminicialmente a definição das reações de decomposição e em seguida propõe um experimento com água oxigenada, um reagente comum no dia a dia e de fácil acesso, apresentada inicialmente aos alunos um exemplo de uma decomposição de uma espécie química. Nesta prática os estudantes irão visualizar a formação de bolhas decorrente da liberação do gás oxigênio.
	Em seguida, mostram que a reação de decomposição do peróxido de hidrogênio é acelerada por meio da presença de luz este tipo de reação é denominada de fotólise, em que é descrito pela quebra a partir da luz. 	Comment by Luis Alan: Veja se vc concorda com a definição
Outros tipos de reações de decomposição tratada no capitulo são: a decomposição do carbonato de cálcio e a decomposição da água. No primeiro caso chamam-se atenção para que ocorra a decomposição é necessário a presença de calor, este tipo de reação é denominado com pirólise, em que é definido como decomposição pelo calor. Enquanto que no segundo caso, é mostrado um sistema elétrico na qual representa a decomposição da água formando os gases oxigênio e hidrogênio na presença de uma corrente elétrica.	Comment by Luis Alan: Veja se vc concorda com a definição
Substâncias simples x substâncias compostas
Finalizando as etapas de reações de decomposição, o livro apresenta as definições de substâncias simples e compostas e mostrando alguns exemplos dessas espécies químicas e finaliza essa etapa com um fluxograma mostrando o que a matéria pode ser uma substância pura ou mistura. E em seguida há uns exercícios sobre os temas tratados, esse enfim sendo de forma discursiva explorando a escrita dos alunos.
Lei de Boyle, Lavoisier e Proust 
Finalizando o capítulo do livro, os alunos terão o conhecimento de três importantes cientistas na química. O primeiro é Robert Boyle em que definiu o elemento químico como qualquer substância pura que não sofra decomposição, esta definição não é mais utilizada atualmente, porém os autores não atualizaram neste capítulo. O segundo é Antoine Lavoiser em que definiu a Lei da conservação das massas como a massa final de uma reação química é igual a massa inicial. E o ultimo é Joseph Proust responsável pela Lei das proporções constantes. 
Essas leis foram fatos muitos importantes da história da química, porém no livro eles não apresentam exemplos novos para essas definições, os exemplos utilizados são equações químicas já utilizados em momentos anteriores com o auxilio das operações matemáticas. 	Comment by W10: Massa! E você achou que eles contextualizaram de forma coerente com o contexto histórico da época ou com o que eles já estavam tratando do capítulo?
 
CONCLUSÃO
O cotidiano como proposta de abordagem no ensino de química aparece de maneira enfática no material didático Química na abordagem do cotidiano, dos autores Francisco Miragaia Peruzzo e Eduardo Leite do Canto, conhecidos como Tito & Canto. Esse material foi largamente divulgado e consequentemente conhecido pelos professores nas salas de aula e teve sua primeira edição em 1993, passando a difundir a abordagem do cotidiano nas aulas de química. Há de se elogiar a iniciativa dos autores, contudo, análises minuciosas por pesquisadores e educadores, ao longo de uma década, apontaram que a visão de cotidiano desse material não é adequada, pois no máximo tece relações superficiais entre contextos e conhecimentos científicos. A fim de justificar nossa afirmação sobre a forma que o livro didático de Tito e Canto faz uso da abordagem do cotidiano, destacamos um recorte do Guia de Livros Didáticos PNLD 2012 (Brasil, 2011, p. 17):
Na coleção, são várias as situações nas quais o conhecimento químico é vinculado ao cotidiano do aluno; contudo, para permitir uma construção mais crítica da cidadania, há a necessidade de problematizações mais profundas dos temas sociais. A manifestação de que o diálogo com outras áreas do conhecimento é importante e todo conhecimento faz uso dele está explicitada de forma mais clara na seção informe-se sobre a Química, que aparece apenas no final de cada capítulo, o que torna tal diálogo incipiente.
Procurou-se demonstrar que as possibilidades de mediações didáticas que o professor poderá encontrar a partir das diferentes perspectivas para o termo cotidiano e contextualização podem ser muitas. O importante é o professor estar atento a elas, para que ele possa assumir, de fato, o seu papel de mediador (ativo) dos processos de ensino e aprendizagem. Do ponto de vista das pesquisas que se utilizam dessas perspectivas de cotidiano e contextualização, precisa-se avançar a um patamar em que a comunidade tenha um entendimento mais homogêneo e uma formulação mais elaborada do que é ensino de química fundamentado no cotidiano e ensino de química contextualizado.
REFERÊNCIAS
Cotidiano e Contextualização no Ensino de Química. Revista Nova na Escola - Vol. 35, N° 2, p. 84-91, MAIO 2013 http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc35_2/04-CCD-151-12.pdf Acessado em:17/03/2022
Lima, J. O. G. Perspectivas de novas metodologias no Ensino de Química. Revista Espaço Acadêmico – N° 136. Setembro/2012. Acessado em:
Paz, G. L., Pacheco, H. F. Dificuldades no ensino-aprendizagem de química no ensino médio em algumas escolas públicas da região sudeste de Teresina. 8° Simpósio Brasileiro de Educação química – Natal, 2010. Acessado em:
Peruzzo, F. M., Canto, E. L., Química na abordagem do cotidiano. Volume 1. 4ª edição – São Paulo 2006, ed. Moderna. 
Pontes, A. N., Serrão, C. R. G., Freitas, C. K. A., Santos, D. C. P., Batalha, S. S. A. O Ensino de Química no Nível Médio: Um Olhar a Respeito da Motivação. XIV Encontro Nacional de Ensino de Química (XIV ENEQ). UFPR, 21 a 24 de julho de 2008. Curitiba/PR.
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