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Gerenciamento de um projeto de ergonomia do trabalho
introdução
A melhor forma de avaliar a eficácia das ações em SST é analisando os resultados gerados pelas medidas/soluções propostas. Gerenciar as ações em ergonomia é tão importante quanto elaborar um diagnóstico assertivo ou elaborar um plano de ação que atenda às necessidades da empresa e dos trabalhadores.
Discutiremos como o profissional de ergonomia pode implementar a gestão na empresa, com ações práticas e alinhar suas práticas com a estratégia da empresa.
 
Objetivos da aula
· Elaborar as bases para um projeto de gestão.
· Identificar a importância de indicadores de acompanhamento.
· Entender como implementar na prática um programa de ergonomia.
 
Resumo
Quando ouvimos a palavra projeto, é comum já associarmos com algo complexo, difícil, trabalhoso – historicamente passamos por momentos com esses conceitos que nos remetem essa ideia.
Porém, na prática, o que se observa é que quanto mais simples for um programa de ergonomia maior a chance de sucesso, pois o foco é sempre voltado para a aplicação prática.
Aqui, cabe fazer um recorte didático, pois nós temos dois grandes momentos fundamentais na atuação dos profissionais de ergonomia: o diagnóstico que será elaborado na AEP/AET e a implementação das sugestões de melhoria, normalmente vinculada a um plano de ação.
Quando passamos para a gestão, estamos falando de incluir todas as ações dentro de um planejamento que possa direcionar tudo isso, determinando responsabilidades pelas implementações, quando devemos realizar novos diagnósticos, se as ações têm surtido efeito, entre outros.
Com as mudanças na legislação, é fundamental que as ações de SST estejam cada vez mais integradas, não só entre si (para profissionais da área), mas para além da segurança do trabalho, envolvendo questões estratégicas da empresa.
Existem algumas formas de tornar o programa de ergonomia mais alinhado com as demais estratégias adotadas na empresa, mas uma das mais empregadas nas empresas é utilizar o método PDCA para condução de projetos de melhoria.
O PDCA é uma metodologia que se popularizou a partir de aplicações nos Estados Unidos e Japão, mas que ganhou o mundo todo pela possibilidade de fácil adaptação em qualquer área.
A sigla PDCA é a união de 4 ações (Plan = Planejar, Do = Executar, Check = Checar, Act = Ação corretiva ou de manutenção da melhoria) que formam um ciclo de melhoria, permitindo que cada vez que um giro na roda acontece, alguma ação seja executada, padronizada ou corrigida. Observe a figura 1 abaixo:
Figura 1 - Ciclo PDCA
Fazendo um rápido paralelo com os assuntos tratados na ergonomia teremos a seguinte composição dentro do ciclo PDCA:
· Plan: na etapa de planejamento teremos o desenvolvimento da AEP/AET e a criação do plano de ação. É uma etapa fundamental que será responsável por produzir o diagnóstico e propor as ações de melhoria;
· Do: implementar as medidas. Tão importante quanto elaborar um diagnóstico é colocar em prática as medidas de correção, seja de mudança de layout, treinamentos, mudança de equipamentos, entre outros. Quanto mais envolvidos os trabalhadores, maiores as chances de sucesso na execução;
· Check: validação das ações. Inclusive, esta é uma etapa presente na NR 17, que só poderá ser desenvolvida caso as melhorias tenham sido implementadas. Normalmente é uma dupla avaliação: a empresa avalia os impactos das mudanças com foco na operação e os trabalhadores com base na redução de desconforto, melhoria do posto e outros;
· Act: Caso os resultados tenham sido satisfatórios pode-se padronizar determinado procedimento, layout, ferramenta ou qualquer outra condição que tenha sido implementada. Muitas vezes o resultado não é o esperado. Neste caso, deve-se propor novas ações e iniciar um novo ciclo do PDCA
Contudo, o que de fato podemos/devemos avaliar?
É recomendável criar indicadores conforme a realidade de cada empresa, considerando seu tamanho, área de atuação, complexidade dos problemas, dentre vários outros fatores.
Entretanto, podemos ter alguns indicadores-chave que podem nortear o início do programa:
· Afastamentos / turnover: é sempre importante acompanhar o quantitativo de pessoas que se afastam do trabalho por alguma condição musculoesquelética, cognitiva ou outra que tenha relação direta com a atividade desenvolvida;
· Números ambulatoriais: caso a empresa tenha uma equipe de saúde, vale muito a pena incluir alguns dados no acompanhamento e nas consultas para formar um histórico na empresa, por exemplo, setores/funções que mais procuram ambulatório, mapeamento de dor corporal, casos mais frequentes, entre outros.
· Recomendações x Implementações: talvez o indicador que pode refletir se a empresa de fato quer mudar as condições de trabalho é cruzar o número de ações propostas com o quantitativo que foi de fato implementado. É crucial que as ações sejam implementadas para que o programa tenha sucesso e este indicador pode auxiliar nesse sentido;
· Fragilidade legal: como não podemos nos furtar dos requisitos legais é sempre importante fazer um levantamento das situações de trabalho que ainda podem gerar passivos trabalhistas, que podem gerar nexo com doenças ocupacionais e mapear essas questões;
· Satisfação / desconforto: podemos sempre acompanhar o grau de satisfação / desconforto dos trabalhadores (com foco na ergonomia) para identificar novas situações de melhoria.
E como transformar uma AET (um laudo) em um Programa de Gestão?
O ideal seria que toda AET evoluísse para um programa de gestão, implementando as ações, acompanhando e validando, de forma viva e dinâmica. Na prática nem sempre isso acontece.
Talvez o primeiro passo para o sucesso de um programa seja conseguir apoio de 3 figuras fundamentais na empresa: (1) alta direção, (2) lideranças setoriais e (3) trabalhadores.
É necessário que a alta direção “compre” a ideia de ter um programa de melhoria contínua (e não só de custos) e, posteriormente, seja disseminado por toda empresa, com apoio de supervisores/líderes de setor e principalmente dos trabalhadores.
E aqui, teremos um recorte importante que difere enormemente a implementação em grandes empresas para as pequenas empresas:
· Grandes empresas: provavelmente você trabalhará com equipes, chamadas em ergonomia de Comitês de Ergonomia (Coergos). Essas pessoas precisarão estar alinhadas ao projeto, com liberdade de atuação e com foco nos resultados (investimento x retorno).
· Pequenas empresas: normalmente apenas uma pessoa que conduz o programa, geralmente o profissional de SST. O foco nas pequenas empresas normalmente será direcionado para o atendimento das questões legais e evitar o surgimento das doenças ocupacionais.
De forma geral, cada programa pode e deve ser personalizado de acordo com as necessidades de cada empresa (veja o exemplo prático que apresentamos em aula, de uma montadora).
Quanto mais simples e direto for o programa, melhor tendem a ser os resultados, mais fácil o entendimento de todos os envolvidos e melhor a visibilidade para acompanhamento dos gestores.
 
Como aplicar na prática o que aprendeu
Uma das formas mais fáceis de criar um plano de ação é utilizar a metodologia 5W2H, de forma a estruturar todos os requisitos de cada setor/posto, definir responsabilidades, investimentos, entre outros.
Elabore seus primeiros planos de ação com base em uma análise que você tenha realizado (ou mesmo que ainda não tenha), baseado também nesta metodologia e comece a entender como devemos estruturar a ferramenta.
Vou dar uma colher de chá e deixar uma aula abordando a aplicação da metodologia nas ações de ergonomia:
· Plano de ação: https://www.youtube.com/watch?v=76mRK0rO8n0 
 
Conteúdo bônus
Tópicos avançados
Como citado no texto, uma das estratégias que se mostram mais efetivas na implementação e condução de um programa de ergonomia são os Coergos.
Em nossa prática profissional percebemos que existem muitos detalhes que podem ser pilares fundamentais para o sucesso ou insucesso dos programas.
Sendo assim, vou deixar dois links que podem auxiliarnesta jornada como profissional de ergonomia: um falando tudo sobre os Coergos e o outro é uma playlist sensacional com aulas práticas para o seu dia a dia.
 
Coergos: https://www.youtube.com/watch?v=76mRK0rO8n0 
Playlist: https://www.youtube.com/playlist?list=PLy192OSgBGREX_bjCheTq0jksMrvEVfko 
 
 
Referência Bibliográfica
BRASIL. Norma Regulamentadora Nº. 01 – Disposições gerais e gerenciamento de riscos ocupacionais. Brasília, 2020. Disponível em: < https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-01-atualizada-2020.pdf >. Acesso em 23/09/2022
BRASIL. Norma Regulamentadora Nº. 17 – Ergonomia. Brasília, 2021. Disponível em: https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-17-atualizada-2021.pdf.  Acesso em 23/09/2022
GUÉRIN, F. et al. Compreender o trabalho para transformá-lo: a prática da ergonomia. São Paulo: Edgar Blucher, 2001.
01
Ao observarmos o ciclo PDCA como estratégia de gestão, podemos dizer que ele é adequado para todas as ações abaixo, EXCETO:
02
A validação é uma etapa obrigatória na AET de acordo com a NR 17. Entretanto, nem sempre ela é aplicada, pois muitas vezes o documento não é implementado e muito menos revisado. Se a empresa adotar uma estratégia de gestão baseada no PDCA, essa etapa de validação poderá ser empregada em que etapa do ciclo:
03
O profissional de ergonomia está argumentando com a alta direção a necessidade de um programa de gestão ao invés de produzir “laudos” anuais para diagnóstico das situações de trabalho. Dentre os argumentos abaixo, qual provavelmente não será fator decisivo para convencer o gestor?
04
O desenvolvimento da AEP/AET talvez seja o ponto principal da atuação do profissional de ergonomia, pois a partir deste documento várias outras ações serão desenvolvidas. Na estratégia de gestão PDCA, que etapa do ciclo será destinada à elaboração do relatório e em que momento será definida a revisão do documento?

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