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Feito por Kamila Maragno Peruch Medicina UNESC – 192 Trauma Torácico • Mecanismos contusos e penetrantes • Maioria querer intervenções simples • Lesões significativas podem causar hipoxia, hipercapnia, acidose e choque FISIOPATOLOGIA Lesão Penetrante • Rompimento da aderência entre membranas pleurais (pneumotórax) + Penetração do ar → COLABAMENTO • Impedimento da ventilação eficaz = respiração superficial o Estimula o centro respiratório e aumenta o esforço • Entrada de ar sem saída = pneumotórax hipertensivo o Impede a respiração > reduz retorno venoso > choque • Deslocamento mediastinal reduz RV > queda da PA = distensão jugular + desvio de traqueia • Ferimentos penetrantes podem causar hemorragia – hemotórax visível ou não o Choque e redução da capacidade respiratória • Ferimentos pulmonares > sangue nos alvéolos Lesão CONTUSA • Aplicada na parede torácica e seus órgãos (pulmões) > hemorragia > diminuição da ventilação e oxigenação • Lesão de alvéolos e pleura > ar no espaço pleural = pneumotórax hipertensivo • Fratura de costelas > laceração pulmonar = pneumotórax e hemotórax • Acometimento de grandes vasos como aorta > hemorragia grave Feito por Kamila Maragno Peruch Medicina UNESC – 192 AVALIAÇÃO • História e exame físico → sintomas, sinais, ambiente do trauma e mecanismo ❖ INSPEÇÃO • Observar simetria do tórax e lesões • Cianose (hipoxia) • Frequência ventilatória e dificuldade respiratória • Veias jugulares distendidas • Desvio de traqueia • Apreensão ou tontura (choque) • Palidez cutânea e sudorese (choque) ❖ AUSCULTA tórax – RHA? → rotura diafragmática • Diminuição do murmúrio vesicular unilateral = pneumotórax ou hemotórax • Sons respiratórios anormais • Sons cardíacos abafados e sopros ❖ PALPAÇÃO – • Pontos dolorosos, crepitação (óssea, enfisema subcutâneo) • Segmento instável da parede torácica ❖ PERCUSSÃO – • Som abafado – contusão pulmonar ou hemotórax • Som timpânico – pneumotórax • Oximetria de pulso • Capnografia – nível de CO2 no ar expirado, monitora o estado geral e as respostas ao tto FRATURA DE COSTELAS • Comuns – quando grande quantidade de energia • Face lateral das costelas 4 a 8 (finas e menos protegidas) • Lesiona músculo, pulmões (contusão pulmonar e pneumotórax) e vasos (ruptura traumática da aorta) o Costelas inferiores → lesões intra-abdominais (esplênicas e hepáticas) > CHOQUE • AVALIAÇÃO – poucos sintomas – dor torácica e dispneia, sensibilidade da parede torácica, crepitação o Sinais vitais – profundidade da respiração • TRATAMENTO – inicialmente alivio da dor com opiáceos o Manter respiração profunda e tossir • Evitar imobilização de costelas com bandagem firme ou atadura • Se necessário pode adm O2 e fazer assistência ventilatória Feito por Kamila Maragno Peruch Medicina UNESC – 192 TÓRAX INSTÁVEL • Fratura de 2 ou + costelas adjacentes - em pelo menos 2 lugares • Segmento não apresenta mais continuidade • Comprometimento da ventilação → movimento paradoxo do segmento contundido durante a respiração • TRATAMENTO – alívio da dor o Suporte ventilatório e monitoramento o Contraindicado estabilização do segmento CONTUSÃO PULMONAR • Laceração ou rompimento por mec. contusos ou penetrantes • Sangue nos alvéolos = dificuldade na troca gasosa • Os achados são variáveis – pode não haver dificuldade respiratória inicialmente, tosse com sangue • TRATAMENTO – suporte ventilatório • Oximetria de pulso e capnografia • Reanimação volêmica cautelosa, pois pode ↑ edema e comprometer ventilação e oxigenação PNEUMOTÓRAX • 20% das lesões torácicas graves SIMPLES • Ar no espaço pleural = colabamento • AVALIAÇÃO - dor torácica e sinais de disfunção respiratória. o EXAME FÍSICO com ↓MV e timpanismo na percussão. • TRATAMENTO - O2 suplementar, acesso IV (caso CHOQUE) • Oximetria de pulso e capnografia • Decúbito semissentado (conforto) • Transporte rápido e tto precoce (Simples > Hipertensivo). ABERTO • Pneumotórax + defeito na parede torácica • Comunicação entre ar ambiente e espaço pleural • Inspiração = entrada de ar (pressão negativa) à medida que os músculos se contraem • Quanto maior lesão, menor resistência ao fluxo o Ventilação eficaz inibida = colapso do pulmão e fluxo de ar preferencial • AVALIAÇÃO - insuficiência respiratória evidente o Ansioso e taquipneico o Pulso radial fino e rápido o Ferimento na parede torácica com ruídos audíveis de aspiração e borbulhamento n • TRATAMENTO - bandagem oclusiva EM 3 PONTAS o Adm de O2 suplementar o Drenagem pleural o IOT e VPP se necessário Feito por Kamila Maragno Peruch Medicina UNESC – 192 HIPERTENSIVO • Emergência com risco de morte • Ar continua a entrar e é aprisionado no espaço pleural o ↑ pressão intratorácica = desvio do mediastino, ↓ retorno venoso, ↓ troca gasosa o Compromete função circulatória com ↓ DC e choque • AVALIAÇÃO - apreensão e desconforto o Dor torácica e dificuldade na respiração o Piora = agitação crescente e sofrimento respiratório o Casos graves = cianose e apneia ❖ DIAGNOSTICO é clínico • Achados clássicos = desvio traqueal, ↓ M.V, percussão timpânica; • Outros – turgência venosa jugular, crepitação da parede torácica e cianose o Taquicardia e taquipneia culminando em hipotensão e choque descompensado. • TRATAMENTO – prioridade é a descompressão → punção com agulha • Piora do desconforto resp ou dificuldade da ventilação o Ausência ou redução unilateral dos sonos respiratórios o Choque descompensado (pressão arterial sistólica < 90 mmHg). • Drenagem pleural • Transporte rápido + adm de O2 o VPP apenas em hipóxia e se não responder a suplementação de O2 HEMOTÓRAX • Presença de sangue no espaço pleural o Fonte de perda sanguínea importante • Mesmos mecanismos do pneumotórax • Origem → parede da musculatura torácica, vasos intercostais, parênquima pulmonar, vasos pulmonares ou grandes vasos do tórax • AVALIAÇÃO – desconforto, dor torácica e dispneia Feito por Kamila Maragno Peruch Medicina UNESC – 192 o Sinais de choque - taquicardia, taquipneia, confusão, palidez e hipotensão. • Sons respiratórios são diminuídos ou ausentes - percussão é abafada • Pneumotórax + hemotórax = probabilidade de comprometimento cardiorrespiratório • TRATAMENTO - observação constante, com drenagem Pleural se piora o Adm de O2 com máscara ou IOT o Acesso IV para reposição volêmica o Transporte rápido (intervenção cirúrgica) CONTUSÃO CARDÍACA • Causa mais frequente de lesão cardíaca • Comuns em casos de desaceleração, incidente automobilístico com impacto frontal o ↑Pressão dentro dos ventrículos - contusão cardíaca, lesão valvular e ruptura cardíaca ❖ A contusão cardíaca é o mecanismo mais comum de lesão • Causa arritmias • Lesão no miocárdio pode prejudicar contratilidade o Cai o DC e pode causar choque cardiogênico ❖ Ruptura valvular - presença de graus variáveis de choque com sinais e sintomas de ICC (taquipneia, estertores e sopro). ❖ Ruptura cardíaca contusa - menos de 1% • Maioria morre no local (exsanguinação e tamponamento cardíaco). • TRATAMENTO → adm O2 em ↑ concentração • Acesso venoso com reposição volêmica branda o Monitor cardíaco - detectar arritmias e elevaçõesde ST o Arritmia - amiodarona o Suporte ventilatório. TAMPONAMENTO CARDÍACO • Ferimento cardíaco permitindo acumulo agudo de fluído entre o saco pericárdico e o coração • Saco pericárdico - tecido fibroso inelástico • Ferimento cardíaco = extravasamento e acúmulo de líquido no pericárdio o ↑ Pressão no interior = impede o retorno venoso e ↓ DC e PA o Progride ate causar uma atividade elétrica sem pulso (AESP) TRIADE DE BECK – bulhas hipofoneticas, turgência jugular e hipotensão • Pulso paradoxal pode ocorrer Feito por Kamila Maragno Peruch Medicina UNESC – 192 • TRATAMENTO - adm. O2 em alta concentração o Acesso venoso e reposição volêmica o Pcte hipotenso – IOT e ventilação + o Tto imediato - PERICARDIOCENTESE ▪ Tto definitivo - liberação do tamponamento e reparo da lesão cardíaca COMOÇÃO CARDÍACA • AVALIAÇÃO - parada cardiorrespiratória o Contusões sobre o esterno o Fibrilação ventricular é o ritmo mais comum • TRATAMENTO → RCP o Tto similar às paradas cardíacas (infarto do miocárdio) o Desfibrilação rápida (FV) o Controle de via aérea e acesso venoso o Epinefrina e antiarrítmicos (protocolo). • Prognóstico ruim (sobrevida de 15% ou menos); • Controle da via aérea e acesso venoso; RUPTURA TRAUMÁTICA DE AORTA • Resulta de mecanismos de desaceleração/aceleração c/ força significativa o Colisões automobilísticas em alta velocidade com impacto frontal o Quedas de grandes alturas nas quais o doente cai na horizontal • Clássica localização = imediatamente distal à saída da artéria subclávia esquerda ❖ AVALIAÇÃO – alto índice de suspeita, sem muitas evidências externas o Avaliar condições da via aérea e da ventilação o Ausculta e palpação cuidadosas o Pulso mais forte direito/pulso mais forte MS) • DIAGNÓSTICO – RX tórax (alargamento do mediastino) o Aortografia; TC; ecocardiografia transesofágica. • TRATAMENTO -- adm. O2 ↑ [ ], acesso venoso o Informar o hospital o Reposição volêmica?? (paradoxo). o Controle da PA (betabloqueadores) - bom prognóstico da lesão o Balão intra-aórtico Feito por Kamila Maragno Peruch Medicina UNESC – 192 RUPTURA TRAQUEOBRÔNQUICA • Incomum e alto potencial letal; • Trauma penetrante e trauma fechado (lesão contusa de alta energia); • AVALIAÇÃO - insuficiência respiratória, pálido e sudoreico • Utilização dos ms. acessórios da respiração, roncos e batimentos de asa do nariz o Presença de enfisema subcutâneo extenso (tórax e pescoço), desvio da traqueia. o ↑ ventilação, ↓saturação O2 o Hipotensão e hemoptise • TRATAMENTO - adm. O2 suplementar e assistência ventilatória criteriosa • Descompressão com agulha e drenagem pleural o Cuidar com IOT seletiva ASFIXIA TRAUMÁTICA • Comprometimento do retorno venoso da cabeça e pescoço → coloração azulada • ↑ acentuado e abrupto da pressão torácica por esmagamento do tronco = sangue expulso pelo coração entrando nas veias pela direção retrógada • Vênulas subcutâneas e pequenos capilares se rompem o Cor arroxeada • AVALIAÇÃO - pletora e lesões adicionais (pneumotórax, hemotórax, contusão cardíaca e pulmonar, etc) • TRATAMENTO - adm. O2 ↑, acesso venoso o Suporte ventilatório criterioso • Coloração desaparece em uma semana. RUPTURA DE DIAFRAGMA • Devem ser reparadas pelo risco de herniação e estrangulamento do conteúdo abdominal. • AVALIAÇÃO - esforço respiratório agudo, ansioso, taquipneico, pálido. o M.V. diminuído ou RHA auscultados sobre o tórax. • TRATAMENTO - reconhecimento imediato e transporte rápido para Cx; o O2 suplementar e suporte ventilatório. ***RESUMO FEITO COM BASE EM AULA MINISTRADA NO CURSO DE MEDICINA – LITERATURA UTILIZADA: ATLS 10ª EDIÇÃO
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