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16
UNIFAVENI
FABIANA NERY FERREIRA
O USO DA TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
RESUMO. A importância de realizar pesquisas sobre a ludicidade, jogos e brincadeiras em sala de aula de educação infantil utilizando a ferramenta da tecnologia é um amplo campo de conteúdo a ser estudado disponível para facilitar o processo de aprendizagem dos alunos da educação infantil. Compreendendo a relevância de usar a tecnologia em sala de aula, produzindo aulas mais dinâmicas é primordial para o ensino na primeira fase, explorando as diversificadas mídias e recursos visuais disponíveis para o uso do professor. Nessa perspectiva, o uso da tecnologia na educação infantil configura-se como um importante suporte pedagógico que muito pode ser aproveitado na difusão de conhecimentos dentro e fora da sala de aula, permitindo ao professor trabalhar variados assuntos de diversas formas. Fazendo com que assim atraia mais a atenção de todos os alunos, já que nem sempre uma única forma de ensinar é compreendida por todos os alunos da mesma forma.
Palavras-Chave: Recursos visuais. Tecnologia da Educação. Educação infantil.
ABSTRACT. The importance of research on playfulness, and games in the education classroom using a technology tool is a wide field of content to be carried out in children's games available to facilitate the learning process of early childhood education students. With practical classes of use the technology available in classrooms of productive teaching or more dynamic are designed for use in the first phase, exploring how available for use of practical and diversified classes of teachers. From this perspective, the use of technology in early childhood education is configured as a pedagogical support that can be used a lot in the dissemination of knowledge inside and outside the classroom, allowing the teacher to work on different subjects in different ways. Making it so attract the attention of all students, since not a single way of teaching is able to be better understood by all students of the same.
Keywords: Visual Resources. Technology in Education. Child Education. 
INTRODUÇÃO
No contexto social atual as tecnologias estão cada vez mais presentes no cotidiano escolar, familiar e social provocando transformações na sociedade, nas relações humanas e na maneira da criança brincar (COSTA & VEIGA-NETO, 2004). Atualmente o brincar e a brincadeira estão cada vez mais relacionados com as TICs transformando a maneira da criança se expressar e de interagir com esses novos recursos. Segundo Chaves (2004) a inserção das TICs também deve ser levada em consideração no meio pedagógico, em que o educador, a escola e toda comunidade devem estar preparadas para organizar e desenvolver a aprendizagem por meio das tecnologias. Com ação pedagógica é possível valorizar o conhecimento do aluno possibilitando que este construa um elo entre o seu conhecimento, o conteúdo a ser ensinado e suas contribuições em todo processo escolar. Morin (2000) reforça que independente da realidade e procedência (política, social ou religiosa) do aluno, este e deve ser reconhecido e respeitado. 
O educador deve ser o responsável por estimular o pensamento plural, multidimensional, que aproxima, une e distingue cada aluno e as TICs podem facilitar muito neste caminho de integração. Segundo Kenski (2012) as TICs na meio pedagógico proporcionam grandes provocações e probabilidades para a atividade afetiva, cognitiva e social dos educandos e educadores, desde a educação infantil até o ensino superior. As TICs proporcionam o desenvolvimento da educação como forma de interação, articulação e cooperação para educadores, alunos, direção, pais e a comunidade. 
É preciso inovar e mudar a educação, planejar e implantar novas propostas pedagógicas para alargar os horizontes do ensino nos aspectos cognitivo, cultural, ético, político, lúdico e científico. Desta forma, este trabalho apresenta uma análise da influência do uso das TICs na educação infantil e na ludicidade educacional, e a intervenção do educador neste novo desafio aferindo os pontos positivos e negativos desta inserção – por meio de literaturas, depoimento de educadores e experiência pessoal.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O uso de tecnologias na educação infantil, especialmente nos primeiros anos, ainda é pouco usada, visto que a ausência de conhecimentos dos profissionais ou mesmo a falta de recursos atrapalha a sua inclusão significativa, pois muitas vezes se restringi ao uso de televisão e aparelhos de DVD e som.
 A aprendizagem por meio da mídia digital já é uma realidade e está causando diferentes impactos. O professor é o mediador cujo desafio é ajudar o aluno no uso adequado da tecnologia como meio de ampliar seus conhecimentos e conquistar, desenvolvendo diferentes capacidades (GOMES, 2016, p. 155)
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) estimula a modernização dos processos educacionais e das métodos pedagógicos com o objetivo de formar as habilidades e competências necessárias para o século XXI. Duas das dez Competências Gerais determinadas pela BNCC que devem ser desenvolvidas pelos estudantes ao longo de todos os anos da Educação Básica estão relacionadas ao uso da tecnologia. 
Especificamente para a educação infantil, a BNCC (2017) ressalta as interações e brincadeiras como eixos estruturantes para estimular o desenvolvimento das crianças em todos os aspectos, físico, cognitivo e social. A constante transformação sociocultural e o advento das tecnologias em quase todos os setores possibilitam conciliar o uso das TICs também como recurso para aprendizagem (GOMES, 2016).
KENSKI diz que a tecnologia digital e educação são indissociáveis, pois as tecnologias atuais são também um recurso que pode ser usado para aprender, e a educação deve ensinar como utilizar os recursos de um jeito que as informações que ela transmiti sejam aproveitadas de maneira correta. Atualizando os meios tradicionais para complementar com a tecnologia, fazendo com que as duas andem juntas para um melhor resultado de aprendizado para o aluno.
Enquanto vemos muitos cursos tradicionais sustentando-se única e exclusivamente na proximidade natural de suas aulas presenciais, a educação mediada pelas tecnologias não para de evoluir e de criar condições para a efetiva redução de distâncias. Esse avanço tecnológico pode ser utilizado não apenas em curso a distância, mas em cursos presenciais (TORI, 2002 apud KENSKI, 2012, p.89)
As tecnologias digitais proporcionam uma variação na educação, tanto na forma do aluno aprender quanto no intermédio do professor. Antigamente o professor para dar uma aula sobre as estações do ano ele tinha que fazer um cartaz com fotos ilustrativas, mas hoje ele pode mostrar um vídeos com todas as estações mudando com apenas um clique, agora imagina como é para a educação infantil, quando utilizamos recursos tecnológicos digitais, possibilitamos as crianças a ter contato com imagens, sons e movimentos muito mais próximos do real, sabendo que a aprendizagem da criança só se torna significativa se ela identificar isso em seu mundo em seu contexto. As tecnologias digitais permitem um empenho e envolvimento maior dos alunos nas aulas.
O docente contemporâneo não deve ter receio em utilizar as tecnologias, mas está aberto ao aprimoramento de sua formação educativa e continuar aprendendo para proporcionar práticas educativas motivadoras e estimulantes para a aprendizagem dos discentes em especial da educação infantil. Como bem menciona Demo (1998) “um bom educador deve interferir no processo educativo de forma inovadora, desenvolvendo a competência do saber pensar, sempre buscando novas formas de aprender”. Também questionamos: nesse contexto, na escola haverá lugar para o professor? Sem dúvida. Não só o professor tem o seu lugar, como sua presença torna-se indispensável para a criação das condições cognitivas e afetivas que ajudarão o aluno a atribuir às mensagens e informações recebidas das mídias, das multimídias e formas variadas de intervenção educativa principalmente na educaçãoinfantil (LIBÂNEO, 2011).
Sendo assim, a utilização da tecnologia em sala de aula, além de permitir uma leitura de mundo, se harmoniza com ele e com os anseios de aprendizagem dos nossos alunos, pois como afirma Vilatte (2005) cada ano os nossos alunos estão mais motivados para as tecnologias informáticas e menos motivados para os métodos tradicionais de ensino. Para conseguir cumprir a nossa missão de formar os alunos, temos a obrigação de adaptar os nossos métodos de ensino às novas tecnologias.
Portanto, entende-se que o recurso visual facilita bastante a aprendizagem, por conta da ludicidade e praticidade presente nos mesmos. O uso da televisão e de outras formas de recursos visuais possuem potencialidades educativas enormes quando feito de maneira crítica e direcionada. Essa criticidade deve ser desenvolvida pela escola, mas claro com o acompanhamento desde cedo da família dos alunos, pois essa interação com os diversos meios de comunicação exigem o desenvolvimento de um senso crítico pautado em um direcionamento partilhado entre família, escola e sociedade, pois os recursos visuais transmitem conhecimentos explícitos e simbólicos que interferem, também, nas práticas sociais e suas relações com o educando.
A intencionalidade e o modo de fazer a educação ajuda o professor a conseguir novos elementos (inclusive até mais atrativos para o aluno) com base na filtração, intencionalidade e criticidade do professor, pois a forma de transmissão e como é trabalhado o conteúdo interfere e muito no processo de aprendizagem.
Para tanto é necessário que o professor possua uma formação continuada e de qualidade para que o mesmo se adeque, contemporaneamente, às novas necessidades educacionais e compreenda como utilizar as TICS como forma de unir educação e interatividade, promovendo com isso uma formação contextualizada e sistêmica aos seus alunos de modo que além das aulas expositivas e tradicionais seja agregadas as mídias visuais no que se refere à mediação do conteúdo, ainda mais pelo fato que o elevado desenvolvimento tecnológico e o crescimento da educação à distância no Brasil embasada de novos instrumentos educacionais, sobretudo os tecnológicos, ampliam o acesso educacional a um público, em sua maioria, carentes de tempo e com dificuldades de mobilidade ao ensino presencial, ou seja, o uso adequado dessas tecnologias desperta o interesse no educando e para o conteúdo.
O PROFESSOR NA ERA DIGITAL
	A sociedade é dinâmica, as mudanças são constantes e diariamente são feitas novas descobertas, mediante este cenário, é impossível não refletir sobre a formação do professor. Uma vez que se torna um desafio para os profissionais da área de educação na contemporaneidade estar preparado para essas novas mudanças sociais e principalmente para a inserção do uso da tecnologia na educação, entendendo esta como aliada no método pedagógico atual e que seu papel nesse processo se estende de transmissor de conhecimento a mediador no ensino/ aprendizagem. Conforme Martins:
O papel de um mediador é importante para a criação de situações onde o encontro com a arte, como objeto de conhecimento, possa ampliar a leitura e a compreensão do mundo e da cultura. Capaz também de abrir diálogos internos, enriquecidos pela socialização dos saberes e das perspectivas pessoais e culturais de cada produtor/fruidor/aprendiz. Pois, o objetivo maior não é propiciar contato para que todos os aprendizes conheçam este ou aquele artista, mas sim que eles possam perceber como o homem e a mulher, em tempos e lugares diferentes, puderam falar de seus sonhos e seus desejos, de sua cultura, de sua realidade, da natureza à sua volta e de suas esperanças e desesperanças, de seu modo singular de pesquisar a materialidade através da linguagem da arte. (2005, p. 17)
O novo modelo de sociedade vigente, pautado em constantes mudanças, requer também uma nova postura no que tange à atuação profissional e respectivamente, implica em novos saberes pedagógicos. Hoje, mais do que nunca, os professores precisam estar bem informados, “conectados”, para acompanhar o ritmo dos alunos. Para tanto, não basta mais recorrer somente às fontes tradicionais (livros, materiais didáticos, jornais, revistas, etc.), há que ser usuário sistemático da rede (ABREU, 2006, p.177).
Logo, os uso das TICs no contexto social contemporâneo é um dos principais meios de expansão educacional. A educação mediada pela Internet, além de proporcionar a expansão de saberes fortalece “a expansão dos vínculos sociais numa sociedade que parece estar passando por uma rápida individualização e ruptura cívica.’’ (Castells, 2005). 
Nesse contexto, as diversas mídias quando utilizadas de maneira planejada e contextualizadas são elementos agregadores e interativos no ambiente de ensino, no entanto é necessário que o professor direcione como exemplo o recurso tecnológico a ser trabalhado de forma contextualizada, embasada e explicativa. Não apenas como um elemento a mais na sala de aula, é preciso antes de tudo, saber o porquê e saber transmitir esse porquê para os discentes de maneira a promover um raciocínio lógico e especializado do conteúdo.
Segundo afirma Batista (2006, p. 69): “A docência mediadora é uma prática que vai sendo construída no processo ensino-aprendizagem, ancorando-se no pensar do professor sobre ‘o que fiz o que estou fazendo, por que estou fazendo e o que posso fazer’ no campo do trabalho educativo.” 
É preciso que o professor auxilie o aluno a unir e entender a linguagem de explanação do assunto e a linguagem e contexto do recurso trabalhado a fim do aluno saber criticar, entender os usos das diversas formas de linguagem e interagir com o mundo que o cerca da melhor forma possível. Um mundo que vive a hegemonia da imagem, ou em outras palavras, a imagem produzida e difundida por meio de tecnologia cada vez mais evoluída, tornando essa forma de apreensão do mundo preponderante sobre qualquer outra.
OS IMPACTOS DAS MÍDIAS ELETRÔNICAS NA SAÚDE DA CRIANÇA
A criança necessita das brincadeiras e dos brinquedos para os eu desenvolvimento, o que possibilita o exercício de pensar, criar, do sonho e das tomadas de decisão e a relação coletiva. Para Silva (2012), os novos brinquedos tecnológicos dificultam a construção do conhecimento e das relações coletivas, pois a forma como as redes virtuais circulam é rápida, sendo necessário para o desenvolvimento um tempo mínimo. 
Em contrapartida, Lira (2014) e Grifitths (2002) afirmam que o videogame se trata de um tipo de tecnologia que, quando usado de forma moderada, pode contribuir para o desenvolvimento cognitivo da criança. Para estes autores, quando os jogos são educativos promovem aprendizado, estimulam habilidades espaciais, matemáticas e de resolução do problemas. Também se observa que a criança é motivada a ter habilidade de superação. Rodrigues (et al., 2011) ressalta que o videogame pode promover um meio ambiente facilitador do aprendizado por estimular mudanças no desempenho e na organização cerebral. 
Conforme Silva (2012) ressalta, o vídeo game e os jogos virtuais não têm a mesma dimensão simbólica que a brincadeira com carrinho, boneca ou outros objetos que atraem tanto as crianças, pois não exigem a presença do outro ou mesmo a materialidade do objeto de brincar. Entretanto, não significa que haja prejuízo na sua saúde.
Rodrigues e Kafure (2013) afirmam que os jogos de simulação são benéficos, pois estimulam a capacidade cognitiva que produz melhoria e faz com que a criança exercite a capacidade de solução de problemas e crie estratégias, acarretando um aumento na criatividade. Podem-se adquirir competências como: inferir, comparar e relacionar, além de melhorar a persistência e demais habilidades para lidar com soluções de problemas que exija certo grau de cognição.
De acordo com Gomes (2013), alguns aplicativos podem ajudar no desenvolvimento das capacidades cognitivas, auxiliando no aprendizado de cores, formas, na coordenação motora e no processo de alfabetização.No ambiente escolar o conteúdo tem um poder influenciador de comunicação, pois chama a atenção da criança promovendo que ela retenha a informação necessária (CANAAN; RIBEIRO; PAOLLA, 2017). 
Segundo Canaan (et al., 2017), com a exposição à tecnologia feita de forma acentuada, a criança se distrai das tarefas cotidianas, como tomar banho, dormir e se alimentar no momento certo, desenvolvendo problemas de socialização e afetando o seu desenvolvimento. Esta nova geração passa muito tempo conectada às redes sociais, mantendo amizades virtuais e pouco contato com interação social com o real. Rudige (2002) parte da ideia de que este uso constante e prolongado pode desenvolver no sujeito ao logo do tempo problemas de socialização, passando assim a criança ater comportamentos excludentes, com dificuldades de interagir com as crianças na escola e nos ambientes recreativos, podendo também ocasionar dificuldades no aprendizado.
Rodrigues (et al., 2011 apud Silva 2008), por sua vez, relatam que podem ocasionar disfunções neurológicas mediante o uso constante das tecnologias. Tais como, a dor de cabeça que pode ser ocasionada por fadiga ocular em decorrência do uso prolongado, síndrome do túnel do carpo - que é uma forte dor muscular nos punhos e no pulso, dificuldade de concentração, déficit de atenção induzido por utilizar vários meios eletrônicos simultaneamente e queda no rendimento escolar.
Alguns estudos inferem também sobre o prejuízo dos jogos para o sono. Cabe destacar que o sono é essencial para que a criança descanse e, quando ela passa muito tempo em frente às telas luminosas, a luz incide na sua visão, fazendo com que ela fique em estado de alerta. Eisenstein (2011) refere aos transtornos do sono com alterações significativas do humor, a criança não tem um descanso significativo e consequentemente provoca nela irritabilidade, redução da capacidade intelectual e produtiva, dificuldade de atenção, concentração ou o déficit de atenção induzido por multitarefas tecnológicas. Segundo Louzada (2007, p.55), “As novas tecnologias de entretenimento, como a televisão, o computador e o videogame, estimulam o cérebro de forma muito, eficiente, prolongando a duração da vigília e reforçando a tendência já existente de atrasar o sono”. 
Rodrigues (et al., 2011 apud Silva 2008), alerta para o fato de que existem casos em que as crianças apresentam quadro clínico de epilepsia, e o uso das tecnologias pode agravar e acarretar convulsão, além de outras consequências em relação ao uso constante. Podem acarretar também fadiga física, emoções fortes, dependendo do jogo e privação de sono, a depender da quantidade de tempo que se joga online.
Além disso, os aparelhos eletrônicos são estimulantes, instigando as crianças a brincarem e se entreter em de forma que o tempo seja prolongado, fazendo com que fiquem horas sem piscar diante da tela. Com isso, o sistema ocular da criança pode ser prejudicado. Segundo Eisenstein (2011, p.48), “Pode acarretar fadiga ocular, ressecamento da conjuntiva ou síndrome do olho seco, com as manifestações dos olhos vermelhos, sensação do corpo estranho ou areia, conjuntivites e as infecções de córnea, ou ceratites”.
Segundo Paiva e Costa (2015), podemos ter também quadro de sedentarismo, que está associado à doença da obesidade mediante o tempo prolongado do uso de aparelhos eletrônicos. As crianças que não se movimentam têm maior probabilidade de adquirir diabetes, hipertensão e problemas cardíacos. Sem o incentivo das práticas de atividades físicas, as crianças passam mais tempo utilizando as tecnologias e no quarto. 
METODOLOGIA
Este artigo irá apresentar um pensamento sobre a inclusão de tecnologia no cotidiano escolar na educação infantil. Incluir atividades que envolvam a tecnologia no processo de educação inicial hoje em dia ainda é bem pouco trabalhando e explorado na sala de aula, pois grande parte das escolas ainda trabalham com a forma “tradicional” de ensino por ter um apoio dos pais que não compreendem os vários benefícios de se adotar um novo método para ensinar as crianças. 
Pensando então no tema a tecnologia na educação infantil, é fundamental pensar no brincar e como as tecnologias digitais fazem parte do mundo das crianças desde muito cedo, utilizando seus recursos como uma brinquedo, trocando muitas vezes os brinquedos “antigos” para usar exclusivamente a tela da televisão ou celular.
Sendo assim elas já vivem em um mundo digitalizado e a escola tem que se adaptar a esses novos alunos de uma nova geração, não se prendendo somente a técnicas antigas de ensino, levando em conta as tecnologias já utilizadas pelas crianças.
Essas tecnologias devem ser usadas como uma forma de complementar o processo de ensino nas escolas, os métodos lúdicos e a tecnologia não precisam excluir totalmente as formas tradicionais de ensino, aproximando a escola da realidade dos seus alunos, combinando a proposta pedagógica da escola as atuais tecnologias, que devem ser utilizadas visando os objetivos educativos para que a aprendizagem seja significativa.
Por meio delas, o professor consegue prender a atenção da criança e deixá-la mais interessada no conteúdo. As brincadeiras propostas pelo ensino lúdico podem conter o auxílio a televisão, da música, de um jogo no computador dentre outras formas onde são capazes de estimular as capacidades dos alunos, fazendo com que todos participem da aula interativa, levando em conta que cada criança tem uma forma e tempo de aprender diferente, conseguimos alcançar todos os alunos, ensinando de várias formas diferentes o mesmo assunto.
Mas para que haja uma inclusão de tecnologias digitais na educação infantil de forma realmente significativa para os alunos, os professores precisam buscar se aperfeiçoar nos seus conhecimentos, pois vários destes educadores ativos hoje em dia, vieram de uma década mais tradicional, então a probabilidade é que estes professores trabalhem repetindo a forma com que foram educados. Por esse motivo a uma necessidade de formação continuada para esses docentes, entenderem e se adaptarem as novas formas de ensino.
A formação pedagógica voltada para as tecnologias digitais hoje em dia está cada vez mais presentes na sociedade e é indispensável à todos os profissionais da educação portanto haverá um momento em que será impossível obter educação sem a utilização delas. Principalmente com todo o cenário vivido com a pandemia COVID-19, onde todas as escolas tiveram que se adaptar aos meios tecnológicos para dar continuidade ao ano letivo com seus alunos. Sendo assim houve professores que não tinha experiência para dar aulas remotas e não sabia utilizar as tecnologias digitais, o cenário foi bastante preocupante e por isso se faz importante a formação continuada para que caso ocorra alguma outra interrupção os professores estejam capacitados a utilizar a tecnologia a seu favor dentro e fora da sala de aula.
Com isso, a pesquisa bibliográfica proporciona, conforme Marcone e Lakatos (2007, in GONALVES) “o exame de um tema sobre um novo enfoque ou abordagem, chegando a conclusões inovadoras.’’
Gil (2012), por sua vez, observa que “a principal vantagem da pesquisa bibliográfica reside no fato de permitir ao investigador a cobertura de uma gama de fenômenos muito mais ampla do que aquela que poderia pesquisar diretamente.’’ 
O USO DA TECNOLOGIA PELAS CRIANÇAS É BENÉFICO OU MALÉFICO?
Na literatura, os pontos de vista e os argumentos variam entre positivos, negativos e neutros. Uma parte dos autores revelou pontos negativos em relação ao uso excessivo da tecnologia. Entretanto um outra parte argumenta que o uso de forma moderada e acompanhado de um adulto poderá contribuir ao desenvolvimento da criança.
Nos artigos estudados apresentam os efeitos que as tecnologias podem provocar no desenvolvimento e no aprendizado da criança. Assim como foi dito por Pereira e Arrais (2015) dizem quem os jogos de vídeos e outras mídias de tela podem aumentar a capacidade de atenção da criança. No entanto, Magalhães (2013) que o tempo deexposição ás mídias eletrônicas acima de 2-3 horas apresentou uma relação com o desenvolvimento do transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, dentre outros problemas.
Os autores Magalhaes (2013) e Santos e Souza (2016) se dirigem em seus artigos que o uso mais prolongado de tecnologia, pode interferir no sono. O uso da tecnologia em excesso durante a noite reduz o sono e pode acarretar em consequências futuras para o desenvolvimento e formação da criança. 
O uso do tablet e celulares no quarto das crianças, afeta o período de descanso, deixando as crianças sempre em estado de alerta para as notificações. O simples fato de usar o aparelho celular antes de dormir para brincar com um jogo faz com que a criança, por exemplo, atrase sua hora de ir para cama e durma menos. Isso a longo prazo só traz prejuízo para esta criança, como por exemplo insônia. 
No entanto, é importante ressaltar que as tecnologias podem ser aliadas para gerar a aprendizagem informal das crianças em suas casas, desde que o conteúdo e horário sejam apropriados à idade e que o tempo de uso siga as indicações vigentes, sem excessos. Como por exemplo, os aplicativos de desenho, de livro para colorir e de jogos podem ser usados para nutrir criatividade em crianças ou reforçar assuntos estudados em sala de aula juntamente com o professor.
A Figura 1 representa quais são os riscos que o mal uso do celular pode trazer para as crianças antes de dormir.
Figura 1- Os riscos para crianças do uso de celular antes de dormir
Fonte: BBC BRASIL, 2022.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A inclusão da tecnologia em sala vem com seus desafios e possibilidades para a aprendizagem na educação infantil. As crianças possuem uma curiosidade e facilidade para aprendizagem de novas tecnologias e é nesse momento que os professores devem aproveitar para utilizar os conhecimentos desta área para abordar outros temas importantes.
Nessa perspectiva, o professor precisa ser preparado para dominar e trabalhar com as tecnologias disponíveis para educação, tendo em vista a necessidade de trabalhar com as diversas formas de linguagens que os alunos estão inseridos de forma pluri-transdisciplinar. É importante que a tecnologia seja utilizada como ferramenta de ensino aprendizagem de maneira crítica e direcionada à proposta de ensino. Professores preparados com educação continuada terão maior positividade no que diz respeito aos resultados propostos.
Com base nos artigos que foram estudados, foi possível verificar que há um grande falta de pesquisas relacionadas sobre o uso da tecnologia na infância, voltada para a educação e seus impactos no futuro.
Desta forma, depois da análise de todos os argumentos trazidos neste artigo, pode-se afirmar que o uso da tecnologia em sala de aula, pode ser uma prática extremamente positiva e benéfica, pois traz para todos os envolvidos no processo de ensino aprendizagem (alunos e professores principalmente), de uma forma muito didática e eficiente, o trabalho com o imagético, com o verbal e com o conhecimento prévio de cada aluno. 
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¹ Aluna do curso de Licenciatura em Pedagogia do Centro Universitário Internacional UNINTER. Relatório apresentado como Trabalho de Conclusão de Curso. 06 - 2022. 
² Professor orientador no Centro Universitário Internacional UNINTER.

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