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Relações entre Agentes Ambientais e Doença do Trabalho

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Relações entre Agentes Ambientais e Doença do Trabalho
introdução
Os agentes ambientais isoladamente não são prejudiciais à saúde dos trabalhadores, mas quando interagem com os indivíduos, de forma direta, ou indireta, podem desencadear doenças ocupacionais. Por esse motivo torna-se tão importante conhecer como ocorrem essas interações e os conceitos básicos de seus causadores.
Objetivos da aula
O objetivo desse módulo é conhecermos as formas básicas de agentes ambientais e interações com os trabalhadores que possam ocasionar as doenças ocupacionais, demonstrando as relações causais entre o dano, a doença e o trabalho. Finalizando com destaque para as esferas da sociedade com competências para soluções em matéria de saúde e segurança do trabalhador.
 
Resumo
Hipoteticamente, imagine dois copos de vidro idênticos sobre a mesa, ambos com quantidades iguais de líquido translúcido e incolor identificados como água. Porém, ao se aproximar dos recipientes, percebe-se características distintas, que aparentemente não poderiam ser reveladas a distância, como um forte odor perfumado saindo de um dos copos. Poderíamos usar essa observação para destacar as grandes diferenças entre alguns agentes, mesmo que esteticamente semelhantes, um copo de Água Potável é totalmente diferente de um copo de Água Raz, concluindo que o primeiro não é prejudicial à saúde, já o segundo, pode ser considerado como um veneno. Nesse sentido, podemos constatar diversos tipos de agentes na natureza, reservando atenção e cuidados especiais com aqueles que podem ser prejudiciais à nossa saúde.
Para a saúde ocupacional, consideram-se riscos ambientais os elementos e agentes que estão presentes nos ambientes de trabalho e que podem causar danos à saúde do trabalhador, sobretudo por conta da sua natureza, concentração, intensidade ou tempo de exposição.
Os riscos ambientais no trabalho podem ser manifestados de diversas formas, sendo identificados conforme a seguir:
Riscos Físico:
Identificados pela cor verde, consistem nas diferentes formas de manifestações de fenômenos da física que podem ser prejudiciais aos trabalhadores, como: Frio, Calor; Pressões Anormais; Umidade; Ruídos; Radiações ionizantes e não-ionizantes; Vibrações.
 Riscos Químicos:
Identificados pela cor vermelha, são aqueles causados por substâncias, compostos ou produtos que podem penetrar no organismo por via respiratória, pela pele (dermal), ou por ingestão, geralmente sob forma de líquidos, poeiras, fumos, gases, neblinas, névoas ou vapores.
 Riscos Biológicos:
Identificados pela cor marrom, este tipo de risco caracteriza-se por interações com agentes como: vírus, bactérias, fungos, parasitas, protozoários e outros microrganismos que podem ser prejudiciais à saúde.
 Riscos Ergonômico:
Identificados pela cor amarela, são aqueles capazes de interferir nas características psicofisiológicas dos trabalhadores, causando desconforto e em muitos casos, levando ao desenvolvimento de doenças ocupacionais por: levantamento de peso; exigência de esforço físico intenso; jornadas de trabalho prolongadas; controle rígido de produtividade; ritmo excessivo de trabalho; monotonia e repetitividade; manutenção de posturas inadequadas.
 Riscos de Acidentes:
Identificados pela cor azul, são enquadrados em todos os fatores que possam desencadear situações de vulnerabilidade iminente aos trabalhadores, colocando em risco sua integridade e em alguns casos suas vidas, são exemplos: possibilidade de incêndio e explosão; uso de máquinas e equipamentos sem proteção; trabalhos com eletricidade, altura, espaços confinados; situações diversas que contribuem para a ocorrência de acidentes.
 Riscos Psicossociais:
Apesar de algumas literaturas apontarem que percepções cognitivas e de saúde mental dos trabalhadores já estariam contempladas na ergonomia, torna-se cada vez mais necessária uma interpretação exclusiva para estudo das doenças da mente, dada a crescente expansão de adoecimento dos trabalhadores por esse fator. Assim, os Riscos Psicossociais caracterizam por situações de estresse constante, pressão psicológica, volume de trabalho excessivo, desequilíbrio entre a vida profissional e pessoal, falta de pausas para descanso, utilização de drogas (lícitas e ilícitas), fatores esses que podem desencadear diversos distúrbios mentais nos trabalhadores.
 
A doença ocupacional, também conhecida como doença do trabalho, é aquela adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente. Portanto, concluímos que doenças pré-existentes, ou desencadeadas por hábitos da vida pessoal, como: má alimentação, tabagismo, alcoolismo, entre outros, não podem ser caracterizadas como doenças ocupacionais, para tal classificação, devem estar atreladas aos riscos existentes no trabalho. Assim, faz sentido altas exposições de ruído no trabalho e o surgimento de distúrbios de audição; interações laborais com produtos químicos e possíveis surgimentos de doenças respiratórias e dermatológicas; trabalho em serviços de saúde e possíveis contaminações por vírus e bactérias; altas demandas laborais de esforços físicos com levantamento de peso e movimentos repetitivos e o surgimento de LER/DORT; trabalhos com riscos iminentes de quedas, entorses e outras situações iminentes de danos, com possíveis ocorrências de riscos de acidentes.
Para entender como alguns agentes ambientais causam danos à saúde é preciso entender como ocorrem essas interações e contatos com os trabalhadores. Dessa maneira, precisamos entender alguns conceitos básicos de vias de transmissões, como: Dermal: formas de absorção de agentes patógenos pela pele, membranas mucosas ou olhos; Respiratória: gases, vapores, aerodispersóides, forma de poeiras, fumos, névoas, neblinas e de fibras; Irradiada: independe de meios materiais para transmissão: radiação ionizante, radiação não ionizante, magnetismo, calor.
Outros conceitos que devem ser observados: Probabilidade: chances de ocorrência de um resultado, um evento (cálculo de possibilidades); Intensidade: relacionada com o potencial de dano no qual o agente ambiental, ou situação, podem causar na saúde; Severidade: combinação de fatores que definem as possíveis extensões de danos à saúde, como: nulo, irrelevante, baixo, médio e alto.
Pelas diversas manifestações de adoecimento dos trabalhadores devemos ter ciência do conceito de “causa e efeito”, que é relação entre dois eventos consecutivos, sendo o segundo evento uma consequência do primeiro.
Para correlacionar o dano ao agente causador, o “nexo causal” é a relação entre a causa e efeito, entre uma conduta e um resultado. Juridicamente, é o vínculo fático que liga o efeito à causa, ou seja, é a comprovação de que houve dano efetivo, motivado por ação voluntária, negligência ou imprudência daquele que causou o dano.
As causas de um dano podem ser desencadeadas por: causalidade direta, quando ocorre um dano à saúde em razão de uma atividade do trabalho ou a serviço da empresa; causalidade indireta, quando o fato que gerou o dano à saúde não está ligado à execução de determinada atividade (Exemplo: uma agressão praticada por terceiros contra o funcionário no local de trabalho); concausalidade, quando o trabalhador se acidenta por causa não única, porém, uma das causas deve ser do trabalho (Exemplo: agravamento após o acidente (infecção hospitalar, necrose, choque séptico, etc.).
Atualmente, preocupadas com os elevados índices de doenças do trabalho, diversas partes da sociedade têm se levantado para discutir sobre melhores práticas de prevenção de saúde para os trabalhadores. Da parte governamental podemos destacar entidades como a OMS - Organização Mundial de Saúde; Ministério do Trabalho e Previdência; Fundacentro etc. Da parte da sociedade civil: ANAMT - Associação Nacional de Medicina do Trabalho. ABRASTT - Associação Brasileira de Saúde do Trabalhador e Trabalhadora; Sindicatos, entre outros. Porém mais do que discutir, são necessárias ações práticas e imediatas, visto que atualmente possuímoslegislações e bases metodológicas altamente qualificadas para garantia da integridade e saúde dos trabalhadores, no entanto, muitas vezes negligenciadas de maneira proposital. Agir para a mudança deve ser a maior prioridade de todos envolvidos nesse processo.
Como aplicar na prática o que aprendeu
Relacionando os agentes ambientais e as doenças do trabalho com os fatores essenciais para a sua compreensão, podemos entender as diversas interações que podem ocasionar danos à saúde dos trabalhadores, dessa forma, eliminando ou neutralizando as vias de transmissões de riscos ocupacionais. Através do entendimento da probabilidade e intensidades dos agentes ocupacionais controlar os aspectos de severidades e danos desses agentes. Porém, na eventualidade de eles ocorrerem, conseguir atribuir o tipo de causa que levou ao prejuízo da saúde, colaborando e se unindo a partes da sociedade como: governo, instituições civis e trabalhadores, elaborando estudos e métodos para controle e erradicação das doenças causadas pelo trabalho. 
Conteúdo bônus
Estar aliado com instituições públicas e civis para desenvolvimento de melhores práticas de saúde e segurança para os trabalhadores pode ser um facilitador para os prevencionistas dentro das empresas. Por esse motivo, sempre é importante participar de seminários e workshops desenvolvidos por essas entidades. Isso poderá manter atualizados os profissionais prevencionistas, proporcionando uma melhor compreensão dos desafios e necessidades relacionados à saúde ocupacional dos trabalhadores sob sua responsabilidade.
Referência Bibliográfica
Doenças Relacionadas ao Trabalho| Brasília | Ministério da Saúde do Brasil. Disponível em <https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/doencas_relacionadas_trabalho_manual_procedimentos.pdf >. Acesso em: 4 jul. 2022.
Como prevenir as doenças ocupacionais | São Paulo | ANAMT - Associação Nacional de Medicina do Trabalho. Disponível em: <https://www.anamt.org.br/portal/2017/08/08/ministerio-do-trabalho-como-prevenir-as-doencas-ocupacionais/l>. Acesso em: 4 jul. 2022.
Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho – SMARTLAB | Brasília | MPT – Ministério Público do Trabalho. Disponível em: < https://smartlabbr.org/sst  >. Acesso em: 4 jul. 2022.
Introdução a Higiene Ocupacional | São Paulo | FUNDACENTRO - Fundação Jorge Duprat Figueiredo. Disponível em: < http://antigo.fundacentro.gov.br/biblioteca/normas-de-higiene-ocupacional>. Acesso em: 4 jul. 2022.  
01
Fatores que possam desencadear situações de vulnerabilidade iminente ao trabalhador, colocando em risco sua integridade e vida. Essa afirmativa está relacionada a qual risco ocupacional?
02
Referente às vias de transmissões irradiadas, podemos afirmar que são:
03
Referente a causalidade indireta podemos afirmar:
04
Qual órgão abaixo representa uma entidade do “governo federal” para melhoria da saúde dos trabalhadores?

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