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Imunologi� II - Introduçã� Imunidade inata: barreira cutânea ÍNTEGRA. A pele produz antibióticos locais, as defensinas e catelicidinas que ajudam a combater o microorganismos, junto com linfócitos intraepiteliais. Imunologi� Clínic� → Diagnóstico/ tratamento de doenças. Testes de Gravidez, Pesquisa de anticorpos (Hepatite B, HIV), Anticorpos importantes em doenças autoimunes (FR)... Sempre teremos um teste de triagem + confirmatório! Amostras: maioria soro do sangue, tubo vermelho/amarelo, centrifugados, que não possui os fatores de coagulação. OBS: o plasma (sangue com anticoagulante) contém fibrinogênio, principal causa para não ser utilizado nestas análises. O fibrinogênio pode interferir em reações imunológicas de aglutinação, gerando falsos-positivos. Soro homólogo: Soro coletado de seres-humanos e utilizado em seres-humanos. Tomando uma vez, estamos protegidos para sempre (temmemória). Soro heterólogo: Soro coletado de animais e utilizado em seres-humanos. Tem que utilizar cada vez que precisar, pois veio do animal e nosso corpo não reconhece (ex: soro com anticorpos contra o veneno da cobra). Aglutinação: teste em que os anticorpos são colocados no sangue e então se ligam aos sítios dos patógenos, formando um aglutinado e mudando de conformação. O IgM é muito utilizado pois é o maior, possuindo 10 sítios de ligação e 5 cadeias. Epítopo: parte do antígeno que é reconhecida pelas regiões variáveis dos Fab. A especificidade é quando o epítopo encaixa perfeitamente no sítio de ligação. Afinidade: força de interação entre a CDR do anticorpo e o epítopo do antígeno. Quanto mais específicos, maior a afinidade e maior tempo ficaram ligados. Valência: Nº de antígenos que podem ser reconhecidos ao mesmo tempo. Avidez: Força total de ligação de cada CDR com seu epítopo correspondente, emmúltiplos locais. → São diretamente proporcionais, quanto maior a valência maior a avidez! Reação cruzada: Quando o anticorpo com menos complementaridade se liga a um antígeno, por meio de ligações fracas com regiões semelhantes. Antígenos diferentes podem possuir epítopos parecidos. Exemplos: 1. Diabetes tipo I: antígenos do vírus rubéola desencadeiam autoimunidade contra ilhotas pancreáticas. Reação cruzada entre anticorpos contra o vírus da Rubéola + células do pâncreas: ATAQUE! 2. Leite de vaca: produção de anticorpos auto reativos contra o pâncreas (albumina bovina: semelhança de aa com proteínas das células β-pancreáticas). 3. Reações cruzadas entre vírus da mesma família (Flavivírus). Infecção precoce por Zika: os anticorpos IgM reconhecem antígenos de Dengue. Anticorpos policlonais: reconhece antígenos variados, não fornece especificidade! Muita possibilidade de ocorrer reações cruzadas. Anticorpos monoclonais (mAb): muito específicos de alta afinidade! Todos os anticorpos são idênticos, o que fornece uma padronização no laboratório, produção ilimitada e especificidade. Servem para: Imunodiagnóstico: podemos retirar esses antígenos/anticorpos de: sangue, urina, tecidos… e utilizar para detectar hormônios, marcadores tumorais, proteínas séricas, ELISA, radioimunoensaio, testes rápidos.. Terapias: cânceres epiteliais, antiangiogênese, artrite reumatóide, leucemias de células B, COVID-19. Preparo de soluções e titulação: → Resultados expressos em forma de título. Titulação: maior diluição que apresenta reação positiva! VDRL, ALSO, PCR, FR→ Quanto maior o título do Ac, maior a quantidade no organismo! Acurácia / Exatidão: Capacidade do teste em entregar resultados corretos. Necessário equipamentos calibrados e reprodutibilidade (refazer o teste para confirmação). Testes podem dar: ● Verdadeiro positivo (VP) ● Verdadeiro negativo (VN) ● Falso positivo (FP) ● Falso negativo (FN) → O que se espera é que sempre se tenha os “verdadeiros”, positivos e negativos. Sensibilidade:% de indivíduos doentes com teste positivo. ex: 90%= 90 doentes e positivos + 10 doentes e negativos (falso-negativos). Especificidade: probabilidade de VN é confundida com FP. ex: 90%= 90 saudáveis e negativos + 10 saudáveis e positivos (falso-positivos). OBS: testes de triagem tem que ser sensíveis, enquanto os confirmatórios tem que ser muito específicos!! OBS2: o IGM é o anticorpo que mais gera reações cruzadas, pois tem menor afinidade por seus epítopos!! Teste� d� Aglutinaçã� → Ligação do anticorpo altera o estado físico do antígeno e forma redes de complexos visíveis, chamados de grumos ou flocos. → Anticorpos devem ter no mínimo 2 sítios de ligação (bivalentes) e antígenos devem ser bivalentes (ter 2+ epítopos para o anticorpo se ligar). Por isso o IGM é mais utilizado, por ser maior e possuir mais sítios de ligação, mas também é o motivo dele causar maior nº de reações cruzadas. Teste Reagente: formação de agregados, o paciente tem anticorpos contra o agente pesquisado, então há presença do antígeno!! Teste não reagente: não ocorre formação de agregados! Podem ser: Qualitativos: + ou - Quantitativos: titulação seriada, fornece quantidade. → O médico utiliza o título para acompanhar a evolução clínica do paciente. Se o tratamento for bem sucedido, o título diminui! O “título” do paciente é a última titulação que testou positivo. ex: 1:2 (+) 1:4 (+) 1:8 (+) 1:16 (+)→ é o título do paciente 1:32 (-) Diluições: varia a quantidade de anticorpos conforme é diluída a amostra. Quanto maior a diluição, maior a quantidade de anticorpos na amostra testada. *Efeito pró-zona: ↑ anticorpos ↓ antígenos Efeito pós-zona: ↓ anticorpos ↑ antígenos Zona de equivalência: anticorpos = antígenos → TODAS as amostras devem passar por titulação antes do teste!! VDRL: muito comum acontecer o efeito pró-zona (excesso de anticorpos causa um falso negativo), por isso deve ser feita titulação até o 1:8, no mínimo! Se deu negativo no 1:8, é negativo. Se der positivo, continuar fazendo até dar negativo. Diluição x Titulação Diluir: antígenos (amostras prontas) Titular: feita com o soro (anticorpos) do paciente Aglutinaçã� Diret�: Ligação direta entre anticorpo total e antígeno. São utilizadas bactérias e fungos (ex: Mycoplasma, Brucella). O kit pode vir com os epítopos da bactéria que se ligarão aos anticorpos, ou vir com os anticorpos específicos para aquela bactéria que irão se ligar ao antígeno do paciente (menos utilizado). Teste de Widal para Salmonelose: diluição seriada. A aglutinação vai diminuindo até chegar no 5. *pc: controle positivo *nc: controle negativo → Hemaglutinação direta: hemáceas são utilizadas como antígeno! Serve para fazer tipagem sanguínea. ● Reagente: hemácias ficam homogêneas. ● Não reagente: formam “botão”. OBS: é possível que o resultado seja falso, em caso de RH “fraco”. Quando a hemácia possui o antígeno do RH (positiva) porém em uma quantidade muito baixa, não conseguimos identificar a aglutinação e parece um RH negativo. Aglutinaçã� Indiret�: Anticorpos do paciente se ligam a um antígeno que está ligado a uma partícula/aglutinina (“suportes”), que reforçam a ligação. Podem ser hemácias, polímeros, látex, etc. Os aglutinados parecem com grumos, flocos, o que os torna mensuráveis!! Proteína C Reativa: aumenta em inflamações ou infecções, é muito inespecífica! São utilizadas partículas de látex com anticorpos anti-PCR + o soro do paciente em uma placa de fundo escuro. ● Aglutinou: positivo ● Não aglutinou: negativo OBS: lipemia no soro pode dar em um falso positivo!! ASLO: são utilizadas partículas de látex revestidas com estreptolisina O + o soro paciente em uma placa de fundo escuro. ● Aglutinou: positivo ● Não aglutinou: negativo Fator Reumatóide: IgM ataca IgGs próprios = Auto-anticorpos! É um indicativo para doença autoimune e atividade inflamatória. São utilizadas partículas de látex revestidas com anticorpos IgG na superfície + o soro paciente em uma placa de fundo escuro. ● Aglutinou: positivo ● Não aglutinou: negativo → Hemaglutinação indireta: Hemácia é associada a um antígeno, o anticorpo se liga ao antígeno que está na superfície da hemácia. Floculaçã�: Aglutinaçãoem flocos. Os anticorpos do paciente se ligam às micelas do reagente, formando “flocos”. VDRL: triagem para sífilis (Treponema pallidum), identifica anticorpos não-treponêmicos. Deve ser feita uma diluição mínima, pelo menos até 1:8 para ter certeza e evitar o efeito pró-zona. A bactéria, ao romper a célula rompe também sua M.P que libera várias substâncias que haviam na sua bicamada lipídica: ● Colesterol ● Lecitina ● Cardiolipina Os anticorpos do paciente se ligam às micelas (reagentes) que contém em sua superfície células destas substâncias. Utiliza-se a placa de Kline. Exame muito sensível porém não tão específico, necessita de confirmação. Treponêmicos: anticorpos que se ligam direto na bactéria/ microorganismo. Não-treponêmicos: anticorpos que se ligam a substâncias que são liberadas a partir da ação da bactéria. Inibiçã� d� aglutinaçã�: Anticorpos do paciente e anticorpos do reagente (comprado) competem para se ligar ao antígeno (comprado). O resultado se dá pela NÃO aglutinação. Antigamente era muito utilizado para realizar exame de BHCG. ● Aglutinou: negativo ● Não aglutinou: positivo → Um soro anti HCG é colocado junto com a urina/soro, caso a paciente seja positiva, seus antígenos de HCG se ligarão aos anticorpos do soro, então quando acrescentarmos as partículas revestidas de HCG, como já houve uma ligação prévia, não formará aglutinação. → Já em uma paciente negativa, os anticorpos do soro colocado na amostra não terão nada para se ligar, então quando for acrescentado a partícula revestida, eles se ligarão e formarão aglutinação. Teste� d� Precipitaçã� Quantificação de precipitados produzidos pela relação entre antígeno e anticorpo. Ac solúvel + Ag solúvel = Imunoprecipitado!! → O antígeno sofrerá precipitação apenas se tiver vários locais de ligação de anticorpos. Reação pode ser afetada pelo n° de sítios de ligação que cada anticorpo possui para seu antígeno. Curva de precipitação: quantidade de precipitado formado quando se adiciona um antígeno a uma constante de anticorpos. A quantidade depende de fatores físico-químicos e das concentrações de Ag e Ac. ● Precipitação máxima: quantidade de Ag e Ac são equivalentes (região de equivalência). ● Precipitação decresce: quando há excesso ou de Ag ou de Ac. → Reação de precipitação deve ocorrer em um meio que permita a ligação Ag/Ac → pH, força iônica, presença de detergentes, etc. Imunodifusão: fenômeno de deslocamento de moléculas de um soluto em um meio pela diferença de concentração: as moléculas vão do meio de maior concentração do soluto, para o meio de menor concentração. Moléculas livres (solúveis) movimentando-se ao acaso, a difusão para no momento que se formam imunocomplexos de alto peso molecular, que ficam imobilizados no gel! Vantagens Desvantagens Fácil execução Não necessita de aparato sofisticado Boa especificidade Várias amostras ao mesmo tempo Rápido, simples, barato Problemas com reprodutibilidade Tempo de incubação grande Difícil preservação do gel Teste� d� Imunodifusã�: → Podem ser em: Meio sólido: ● Imunodifusão Radial Simples ● Imunodifusão Radial Dupla ● Imunoeletroforese Meio líquido: ● Turbidimetria ● Nefelometria Simples: Acs ou Ags estão fixados no gel, enquanto o outro migra para formar o imunoprecipitado. Dupla: Ambos Acs e Ags estão livres para se moverem em direção um ao outro e precipitar, formando o imunoprecipitado. Imunodifusão Radial Simples: Apenas o Ag ou o Ac vai se movimentar, enquanto o outro fica imobilizado. O halo é diretamente proporcional à concentração de Ag! 2 métodos: Mancini: mede o diâmetro do halo após término da difusão. Fahey: halos de precipitação podem ser medidos antes do término da difusão. Ag/Ac padrão, diluído em série: curva padrão. Equações que descrevem as curvas podem ser utilizadas para determinar concentração de qualquer Ag com qualquer diâmetro. . Princípio: Ag no poço + Ac no gel (ou vice-versa), difusão do Ag no gel, com a formação de imunocomplexos que precipitam e formam um halo ao redor do orifício. Utilizado para determinação de concentrações séricas de imunoglobulinas, proteínas do complemento (C3, C4), PCR, etc. → Pesquisa de Imunoglobulinas: utilizada para diagnósticos de infecção intra uterina como rubéola (pesquisa de IgM no feto/recém-nascido)., diagnósticos de câncer, alergias e imunodeficiências. Imunodifusão Radial Dupla: Precipitação ocorre na região de equivalência, entre os orifícios. Antígenos e anticorpos difundidos no ágar. No lugar de halos, temos linhas de precipitação. → Velocidade da difusão de cada substância depende da concentração e tamanho da molécula, tamanho dos poros do gel, temperatura, concentração do ágar, pureza, etc. → Permite comparar vários sistemas antigênicos e colocá-los em orifícios adjacentes contra um mesmo sistema de anticorpos. → Semiquantitativo, de baixa sensibilidade, requer muitos antígenos. Soros policlonais de alta avidez. Imunoeletroforese: O pH do gel é escolhido de forma que partículas negativas migrem para o polo positivo! Combinação de eletroforese e difusão dupla emmeio gelificado. Princípio: Amostra de soro é colocada em um poço em gel ou lâmina de vidro, a corrente elétrica é passada através do gel e as proteínas movem-se no campo elétrico de acordo com carga e tamanho. A canaleta é cortada no ágar e preenchida com anticorpos, que se difundem com os antígenos em direção um do outro formando arcos de precipitados! → Proteínas são identificadas baseando-se na intensidade, forma e posição das linhas de precipitação. Nefelometria e Turbidimetria: Inversos, mas utilizados juntos. ● Nefelometria:mede luz dispersa ● Turbidimetria:mede luz transmitida Vantagens: rápido, seguro, menos custos. Turbidimetria: Indica a turbidez em uma amostra provocada pela presença maior ou menor de imunocomplexos. Turbidez: redução da transparência de uma amostra devido a presença de partículas em suspensão que interferem na passagem de luz pelo fluido. Mais turva = mais concentrada! NTU: unidade de turbidez nefelométrica. NTU <5: água clara NTU <30: água ligeiramente turva NTU >30: água turva → Detecta partículas grandes pela redução da transmissão da luz (absorbância) devido à presença de partículas em suspensão. Quantidade de dispersão é proporcional à concentração de imunocomplexos! → Muito utilizada para dosar hemoglobina glicada, análises ambientais e químicas, PCR, ASLO, C3 e C4… Nefelometria: Efeito “Tyndall”. Feixe luminoso sobre uma solução contendo partículas que interferem na passagem da luz, levando à dispersão da luz em todas as direções! É bemmais sensível. → Quantidade de imunocomplexos formados é comparada com uma curva-padrão. Fácil, rápida e precisa. Mesma utilização da turbidimetria. É mais utilizada para detectar antígenos do que anticorpos!! Interferências: é comum se congelar e descongelar para realizar a avaliação no outro dia, o que pode interferir. Digitais, fibras, poeira, amostras lipêmicas, hemólise e bolhas são outros fatores interferentes. → Ambas as técnicas podem se utilizar de qualquer fluido corporal, necessitando de pouca quantidade de amostra. Ensai�� Conjugad�� Conjugado: anticorpo ligado a um substrato. A ligação antígeno-anticorpo é MUITO forte! → Identificação de cada tipo de ensaio conjugado é feita pela pesquisa do que se quer encontrar: Infecções por HIV: ELISA! Detecção de bactérias específicas: Imunofluorescência! Teste de alergia: Radioimunoensaio! ELISA : Enzyme Linked Imuno Sorbent Assay → Ensaio de ligação entre o anticorpo e o antígeno, com intuito de mensurar os níveis de anticorpos contra um determinado antígeno, detectar vírus, mensurar hormônios, mensurar citocinas, proteínas inflamatórias, etc. → Não requer marcação radioativa ou equipamento especial. A reação colorimétrica da enzima é estimada por um espectrofotômetro. → Os anticorpos no soro são proporcionais a atividade enzimática, reação colorimétrica positiva se dará pela maior diluição do soro desse paciente. Reação positiva: aparece cor!! Forma-seo complexo antígeno-anticorpo, onde se fixou o conjugado. Reação negativa: não aparece cor!! O conjugado não teve onde se fixar pois não teve a ligação. ELISA direto: Adiciona-se uma amostra com antígeno na placa de teste, um anticorpo específico conjugado, um substrato cromogênico. O substrato é degradado e aparece a cor. ex: testes de gravidez. Qualitativo: utiliza o soro do paciente para ver se encontra o antígeno, é positivo ou negativo. Quantitativo: precisa de concentrações já conhecidas do antígeno, é mais rápido e precisa de apenas um anticorpo, porém tem baixa amplificação de sinal, sem flexibilidade na escolha, cara e demorada. OBS: A intensidade da cor é diretamente proporcional à concentração de Ag da amostra pesquisada! Quanto mais antígeno, mais cor!! ELISA indireto: Utiliza-se uma placa sensibilizada com o antígeno, a amostra que será testada com anticorpos. O anticorpo específico conjugado (anti-Ig humana) reage com o anticorpo da amostra, adiciona-se o substrato cromogênico que vai dar a intensidade da cor (diretamente proporcional à concentração de Ac da amostra pesquisada). ex: doença de chagas, HIV, Leishmaniose. Vantagens: variedade de anticorpos, versátil, máxima imunoreatividade, maior sensibilidade, vários marcadores. Desvantagens: reações cruzadas, mais etapas. OBS: não nos diz se ele está doente agora, apenas se já teve contato com aquele agente! ELISA sanduíche: O antígeno fica entre 2 anticorpos (um de captura e um de detecção). É sensível, específico e eficaz! A utilização de um anticorpo de captura aumenta a especificidade da ligação com a amostra, ou seja, ela não precisará ser purificada, evitando a competição de outros antígenos! ex: para mensurar citocinas, proteínas inflamatórias, etc. OBS: Utilizado normalmente contra FP, devido a alta especificidade! ELISA de competição: Quanto menos cor, mais positiva é a amostra! 1 antígeno e 2 anticorpos: 1 conjugado (pronto) e 1 do soro do paciente (caso houver). Os anticorpos do paciente são muito mais atraídos pelo antígeno do que os conjugados, portanto se for positivo os anticorpos do paciente se ligam ao antígeno e não sobra espaço para os conjugados, depois de feita a lavagem, o substrato não terá anticorpos conjugados para reagir com ele, deixando sem cor. Imunofluorescênci�: Fluorocromos: incidência de luz UV no conjugado anticorpo-fluorocromo, já ligado com o antígeno que se quer localizar, causa sua excitação, que gera emissão de luz visível (fluorescência). → Verificação por microscópio de fluorescência. Anticorpos são marcados com corantes fluorescentes para identificar antígenos na superfície de bactérias e células. Lâmina de fluorescência: antígeno comercial ou pesquisa-se o antígeno em um material coletado do paciente. ex: imunocruzi (Trypanosoma cruzi). → Antissoro (anti IgG ou IgM) é obtido a partir de uma espécie heteróloga, normalmente carneiros ou cabras, purificada e marcada com fluorocromo. 1. Reação de imunofluorescência direta (RIFD): Pesquisa antígenos em células ou tecidos, muito sensível e específico! Possui um conjugado para cada sistema. Anticorpos conhecidos e marcados se ligam aos antígenos desconhecidos, o corante conjugado ao anticorpo interage na superfície da célula. 2. Reação de imunofluorescência indireta (RIFI): Mais sensível que o direto, pesquisa anticorpos contra agentes infecciosos. O antígeno do agente infeccioso é colocado na lâmina junto com o soro do paciente, passando por uma lavagem. O antígeno ligado ao anticorpo é incubado junto com o conjugado de anti-IgG ou IgM de espécie heteróloga. → É utilizado para detecção de anticorpos de Treponema pallidum (FTA-ABS), Toxoplasma gondii, vírus da rubéola, vírus herpes simples 1 e 2, citomegalovírus, Trypanosoma cruzi, Plasmodium falciparum, Leishmania, etc.