Homicidio Doloso

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-> Art. 121, CP
-> Pena: 6 a 20 anos de reclusão
Tipicidade Objetiva
Matar alguém (ser humano)
Tipicidade Subjetiva
Dolo genérico. Basta a vontade, livre e consciente,
de querer tirar a vida da vítima, sem necessidade
de um propósito
específico contido nesse querer.
Sujeito ativo: qualquer pessoa
Sujeito passivo: qualquer pessoa natural (no
feminicídio, a vítima tem que obrigatoriamente
ser do sexo feminino)
Momento consumativo: quando cessam
totalmente as atividades vitais.
Tentativa: o agente inicia a execução do ato, mas
a vítima não morre; sobrevive por circunstância
alheia à vontade do agente.
Forma privilegiada: diminuição de ⅙ a⅓
● Motivo de relevante valor social (para toda
a comunidade);
● Motivo de relevante valor moral (para o
próprio autor do fato);
● Motivo de domínio de violenta emoção
logo após injusta provocação da vítima.
OBS: não confundir com atenuante do art.
65, inc. III, “c”, parte final, do CP. Esta é
mais abrangente e atua na 2ª fase da
dosimetria. A minorante do art. 121, § 1º, é
mais restrita e, por óbvio, atua na 3ª fase
da dosimetria.
Forma qualificada: 12 a 30 anos de reclusão
Motivo Torpe
● Mediante paga;
● Mediante promessa de recompensa;
● Qualquer outro motivo torpe (que causa
repulsa acima da média).
Motivo Fútil
● Motivo fútil (motivo banal, irrisório,
desproporcional, sem importância).
Meio insidioso, cruel ou que cause perigo
comum
● Emprego de veneno;
● Emprego de fogo;
● Emprego de explosivo;
● Emprego de asfixia;
● Emprego de tortura;
● Emprego de outro meio insidioso ou cruel;
● Emprego de outro meio que possa resultar
perigo comum;
Modus Operandi
● Mediante traição;
● Através de emboscada ;
● Através de dissimulação;
● Através de outro recurso que dificulte a
defesa da vítima ou torne impossível a
defesa da vítima;
Conexão delitiva com crime precedente
● Para assegurar-lhe a execução
● Para assegurar-lhe a ocultação
● Para assegurar-lhe a impunidade
● Para assegurar-lhe a vantagem
Em face da vítima
● Membro das Forças Armadas
● Membro da Polícia Federal
● Membro da Polícia Rodoviária Federal
● Membro da Polícia Ferroviária Federal
● Membro das Polícias Civis dos estados e
do DF
● Membro das Polícias Militares dos
estados e do DF
● Membro dos Corpos de Bombeiros
Militares dos estados e do DF
- bombeiros civis ou voluntários não se
encontram na tipicidade
objetiva;
● Membros das Polícias Penais da União,
dos estados e do DF
● Integrantes do sistema prisional
● Integrantes da Força Nacional de
Segurança Pública (força especial, integra
a estrutura do Ministério da Justiça e
Segurança Pública).
OBSERVAÇÕES:
-> A qualificadora se aplica quando as vítimas
● estão em suas funções ou
● mesmo não estando, em razão de suas
funções;
-> Além dos membros, a qualificadora também se
aplica quando a vítima for:
● cônjuge de qualquer das pessoas
mencionadas (casamento);
● companheiro(a) de qualquer das pessoas
mencionadas
● parente consanguíneo até o terceiro grau
das pessoas mencionadas
● em linha reta – pai, avô, bisavô, filho, neto,
bisneto;
● em linha colateral – irmão, tio, sobrinho;
-> Para as hipóteses dos parentes, o fato tem que
envolver vingança contra familiar do agente
público, em razão das funções exercidas por este.
Forma majorada em 1º grau: aumento de ⅓
● Menor de 14 anos
● Maior de 60 anos
Forma majorada em 2º grau: aumento de ⅓ a ½
● Crime praticado por milícia privada, sob
pretexto de prestação de serviço de
segurança;
● Crime praticado por grupo de extermínio;
Crime Hediondo
-> Quando praticado em atividade típica de
extermínio, mesmo que simples;
-> Todas as hipóteses de homicídio qualificado,
exceto se for privilegiado-qualificado.
Homicídio qualificado-privilegiado
-> Possível convívio de privilegiadora com
qualificadora objetiva (incs. III e IV);
-> Não é possível o convívio entre privilegiadora e
qualificadora subjetiva
(incs. I, II, V, VI e VII);
-> A jurisprudência entende que o
privilegiado-qualificado deixa de ser
hediondo
Ação penal: pública incondicionada;
Competência para julgamento: tribunal do júri;