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#Carolina R. Dobrotinic AULA 03 HAM V Punho e mão Anatomia do punho O punho é uma região complexa, compreendendo 3 articulações principais: 1. Radiocarpal (parte distal do rádio/“TFCC” até a fileira proximal), 2. Articulação radiulnar distal (ARUD), 3. Mediocarpal (entre as fileiras do carpo) Outras articulações: pisopiramidal e intercarpal “múltipla” (entre 2 ossos adjacentes na mesma fileira) Amplitude de movimento ● Flexão de 65°-80° (40% art. radiocarpal, 60% art. mediocarpal); ● extensão de 55°-75° (65% art. radiocarpal, 35% art. mediocarpal) ● Desvio radial: 15°-25°; desvio ulnar: 30°-45° (55% art. mediocarpal, 45% art. radiocarpal) Tipos de ligamentos ● Extrínsecos: conectam a parte distal do antebraço (rádio e ulna) ao carpo ● Intrínsecos: conectam os ossos do carpo entre si (i. e., origem e inserção do ligamento, ambos dentro do carpo) ● Interósseos: ligamentos que unem os ossos do carpo dentro da mesma fileira (proximal ou distal) Mediocarpais/intercarpais: ligamentos que conectam os ossos carpais entre as fileiras proximal e distal Os ligamentos palmares são mais fortes e mais desenvolvidos; a maioria é intracapsular Anatomia da mão Punho Inspeção Nela devem ser observados postura do membro, deformidades, aumentos de volume (edema, tumores e tumorações, sinovites), coloração da pele, presença de cicatrizes, hematomas, equimoses, flictenas, ferimentos (cortantes, contusos, abrasivos ou esfoliantes) Palpação À palpação, devem-se pesquisar alteração da temperatura, presença de deformidades e tumorações e localização de pontos dolorosos. Movimentos Testes especiais ➔ Tenossinovite de Quervain ❖ Teste de Finkelstein Esse teste consiste em fazer um desvio ulnar do punho do paciente, mantendo o polegar aduzido e fletido. O teste é positivo quando o paciente refere dor na região do processo estiloide do rádio. ➔ Síndrome do túnel do carpo ❖ Teste de Phalen Consiste em manter o(s) punho(s) na flexão máxima durante 1 minuto. É positivo quando a sensação de formigamento ou dormência é relatada no território do nervo mediano, principalmente e com mais frequência no dedo médio. O teste de Phalen invertido é o mesmo, porém com os punhos em extensão máxima ❖ Teste ou sinal de Tinel É a percussão suave nobre de um nervo. Para tal, deve-se percurtir o nervo de distal para proximal. No local correspondente à regeneração, o paciente tem a sensação de choque elétrico que se irradia pela área de distribuição cutânea do nervo. ❖ Teste de durkan Consiste na compressão forte da região inter-tenar por 30 segundos; a manobra será positiva, caso ocorra sintomas tipo adormecimento, formigamento, sensação elétrica etc, nos dedos (um ou mais de um) polegar indicador ou médio. Pode também ser chamado de teste de compressão do nervo mediano. É um teste diagnóstico provocador de parestesia. ➔ Instabilidade do escafoide-semilunar ❖ Teste de Watson Com o polegar, o examinador pressiona a tuberosidade do escafoide de anterior para posterior e com a outra mão movimenta o punho do paciente de ulnar para radial. Isso, quando presente a instabilidade, ocasiona deslocamento dorsal do escafoide seguido de estalido doloroso. Como todo exame do punho, esse teste deve ser feito em ambos os lados, pois pessoas com frouxidão ligamentar constitucional podem ter instabilidade dos ossos do carpo. O teste só é positivo se o estalo vier acompanhado de dor e, às vezes, de crepitação fina ➔ Testes para instabilidade semilunar-piramidal ❖ Teste de cisalhamento (Reagan ou Kleinman) Provoca-se o movimento entre o semilunar e o piramidal para testar instabilidade entre esses dois ossos. O examinar estabiliza com uma mão o lado radial do carpo, englobando o semilunar, enquanto com o outra move o pisiforme e piramidal no sentido volar para radial; ➔ Teste vascular ❖ Teste de Allen Esse teste, realizado no punho, é usado para determinar a patência das artérias que suprem a mão. É feito comprimindo-se as artérias radial e ulnar no punho com ambas as mãos do examinador; em seguida, solicita-se ao paciente para abrir e fechar fortemente os dedos, seguidamente, de modo a retirar o sangue da mão que ficará pálida. Nesse momento, o paciente relaxa os dedos e o examinador libera uma das artérias e observa se houve reperfusão imediata da mão e, se assim for, está confirmada a patência da artéria liberada, em caso contrário, ou seja, ausência de reperfusão, o teste é positivo, indicando alteração do fluxo arterial testado. Em seguida, o teste é repetido e liberada a artéria que permaneceu comprimida Mão Inspeção Cisto sinovial Palpação de partes moles A maioria dos tendões é palpável na região do punho e da mão. Na região dorsal do punho, temos seis compartimentos separados pelos quais passam os tendões. Nesses compartimentos, que funcionam como verdadeiras polias, há revestimento de tecido sinovial. Palpação de partes ósseas Exame neurológico Testes especiais ❖ Teste dos tendões flexores superficiais dos dedos Mantenha os demais dedos em extensão completa, segurando-os firmemente e peça ao paciente para fazer flexão do dedo que está livre. Quando o tendão está íntegro ele é capaz de fletir a articulação metacarpofalangeana e a interfalangeana proximal, sem fletir a interfalangeana distal. ❖ Teste dos tendões flexores profundos dos dedos Mantenha estendidas as articulações metacarpofalangeana e interfalangeana proximal do dedo que se quer testar, segurando-o. Solicite ao paciente que faça flexão da articulação interfalangeana distal. Se isto for possível, o tendão estará íntegro.
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