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Universidade do Estado do Rio de Janeiro Centro de Ciências Sociais Faculdade de Administração e Finanças Rebeca Corrêa Gomes Marques Tecnologia da Informação e sua Influência na Contabilidade Gerencial: Uma Revisão Sistemática Rio de Janeiro 2017 Rebeca Corrêa Gomes Marques Tecnologia da Informação e sua Influência na Contabilidade Gerencial: Uma Revisão Sistemática Dissertação apresentada, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre, ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Área de concentração: Controle de Gestão. Orientador: Prof. Dr. Jorge de Abreu Soares Coorientador: Prof. Dr. Dércio Santiago da Silva Júnior Rio de Janeiro 2017 CATALOGAÇÃO NA FONTE UERJ/REDE SIRIUS/BIBLIOTECA CCS/B Autorizo, apenas para fins acadêmicos e científicos, a reprodução total ou parcial desta dissertação. ___________________________ ____________________ Assinatura Data M357 Marques, Rebeca Corrêa Gomes. Tecnologia da informação e sua influência na Contabilidade Gerencial: uma revisão sistemática / Rebeca Corrêa Gomes Marques. – 2017. 110 f. Orientador: Prof. Dr. Jorge de Abreu Soares. Coorientador: Prof. Dr. Dércio Santiago da Silva Júnior. Dissertação (mestrado) – Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Faculdade de Administração e Finanças. Bibliografia: f.101-104. 1. Contabilidade gerencial – Teses. 2. Sistemas de informação gerencial – Teses. 3. Tecnologia da informação – Teses. 4. Processo decisório – Teses. I. Soares, Jorge de Abreu. II. Silva Júnior, Dércio Santiago. III. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Faculdade de Administração e Finanças. III. Título. CDU 657.011.56 Rebeca Corrêa Gomes Marques Tecnologia da Informação e sua Influência na Contabilida Gerencial: uma Revisão Sistemática Dissertação apresentada, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre, ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis da Faculdade de Administração e Finanças, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Área de concentração: Controle de Gestão. Aprovada em 10 de agosto de 2017. Banca Examinadora: _______________________________________________________ Prof. Dr. Jorge de Abreu Soares (Orientador) Departamento de Informática – CEFET/RJ _______________________________________________________ Prof. Dr. Dércio Santiago da Silva Junior (Coorientador) Faculdade de Administração e Finanças – UERJ _______________________________________________________ Profa. Dra. Andréa Paula Osório Duque Faculdade de Administração e Finanças – UERJ _______________________________________________________ Profa. Dra. Elizabeth Freitas Rodrigues Departamento de Educação e Administração – CEFET/RJ _______________________________________________________ Prof. Dr. Gladstone Moisés Arantes Júnior Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES Rio de Janeiro 2017 DEDICATÓRIA Dedico este importante trabalho aos meus queridos pais, Alexandre e Marcia, que sempre me incentivaram a crescer nessa fascinante trajetória do conhecimento. Além de darem suporte e todo apoio que era necessário para eu chegar até esta conquista indescritível. Dedico a eles, pois sem eles eu não teria realizado muitos dos meus sonhos e não teria me tornado a pessoa e profissional que me tornei. Sempre recebi deles o melhor que um filho pode receber dos pais, em todas as áreas, mas principalmente o amor. AGRADECIMENTOS Palavras são pequenas para agradecer a todos e principalmente a Deus, por caminharem junto comigo esse caminho de dedicação e perseverança. Agradeço ao meu querido e dedicado esposo, Caleb Gomes Marques, que nunca mediu esforços para me ajudar e incentivar em todos os momentos. Foi incansável em tantas viagens, tantas horas me esperando nas aulas, tanta paciência em situações complicadas e sempre um doce auxílio ao meu lado. Agradeço por acreditar em mim, sonhar os meus sonhos e ser companheiro de forma inexplicável. Ofereço meus agradecimentos à minha querida tia Heloisa e sua família, por todo carinho e dedicação ao longo da minha vida, assim como a compreensão da minha ausência na elaboração deste estudo. Assim como agradeço às minhas sobrinhas, Mariah e Alexia, meu querido amigo Gustavo por tanto empenho em me ajudar e toda minha família e amigos. Agradeço ao querido Prof. Dr. Jorge Abreu Soares que me direcionou desde o início para a concretização desta inovadora pesquisa e me apoiou como um verdadeiro amigo. Os meus mais sinceros agradecimentos à querida Profa. Dra. Andrea Paula Osório Duque que foi apoio e incentivo nessa trajetória da dissertação. Agradeço por ter sido estímulo e pessoa tão prestativa e amorosa. Acreditou em mim, quando passei por momentos tão difíceis e me mostrou que era possível. Agradeço a disponibilidade e atenção dos queridos Prof. Dr. Dércio Santiago da Silva Júnior, do Prof. Dr. Gladstone Moisés Arantes Júnior e Profa. Dra. Elizabeth Freitas Rodrigues, além dos demais professores e todos funcionários que fazem parte do PPGCC UERJ. Agradeço aos meus queridos superiores da Secretaria Municipal de Fazenda de Cabo Frio, Clésio Guimarães Faria, Paulo César de Souza e Tiago Garcia Fernandes que me forneceram importante compreensão no processo de escrita desta pesquisa, além de todo apoio e incentivo. A vereda do justo é como a luz da aurora, que vai brilhando, brilhando até se tornar dia perfeito. Provérbio Bíblico RESUMO MARQUES, Rebeca Côrrea Gomes. Tecnologia da informação e sua influência na contabilidade gerencial: uma revisão sistemática, 2017. 110 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Contábeis) - Faculdade de Administração e Finanças, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2017. A relação entre a Tecnologia da Informação e a Contabilidade Gerencial tem sido cada vez mais evidenciada, principalmente pelos relevantes benefícios que os Sistemas de Informação (SI) geram para os negócios empresariais. Esta dissertação objetiva evidenciar a importância dos Sistemas de Informação para a Contabilidade Gerencial. Nesta pesquisa utilizou-se de uma Revisão Sistemática (RS) para que fossem selecionados documentos que versem sobre os impactos dos SIs no Planejamento, Controle e Tomada de Decisão de uma entidade. Foram delimitados critérios de inclusão e exclusão que fossem capazes de direcionar esta RS. A partir destas determinações, na última etapa de aplicação do Protocolo de Revisão Sistemática, foram selecionados 19 trabalhos que estavam dentro do período de 2010 a 2016. Através dos estudos selecionados, realizou-se análise criteriosa, capaz de extrair os principais dados que fundamentassem esta dissertação. Concluiu-se que para que os SIs, amplamente representados pelo ERP, gerassem benefícios significantes para as entidades é necessário adequada implementação, adaptação, estrutura e instalações, além de correta atitude pessoal por parte dos usuários da TI. Por fim, entende-se que os impactos causados pela utilização dos SIs nas principais atividades contábeis gerenciais possuem efeito positivo e vital para que a empresa seja bem-sucedida. Palavras-chave:Contabilidade Gerencial. Controle de Gestão. Tecnologia da Informação. Sistemas de Informação. ERP. ABSTRACT MARQUES, Rebeca Côrrea Gomes. Information technology and its influence on management accounting: a sistematic review, 2017. 110 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Contábeis) - Faculdade de Administração e Finanças, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2017. The relationship between Information Technology and Management Accounting has been increasingly highlighted, mainly due to the significant benefits that Information Systems (SI) generate for business. This dissertation aims to highlight the importance of Information Systems, specifically Enterprise Resource Planning (ERP), for Managerial Accounting. In this research, a Systematic Review (SR) was used to select documents that deal with the impacts of ISs on Planning, Control and Decision-making in an entity. Inclusion and exclusion criteria that were able to direct this RS were delimited. From these determinations, in the last step of applying the Systematic Review Protocol, only 19 papers were selected within the period from 2010 to 2016. Through the selected studies, a careful analysis was carried out, capable of extracting the main data that supported this dissertation. It was concluded that in order for ISs, broadly represented as ERPs, to generate broad benefits for entities, adequate implementation, adaptation, structure and facilities, as well as correct personal attitude by IT users are necessary. Finally, it is understood that the impacts caused by the use of ISs in the main accounting activities have a positive and vital effect for the company to be successful. Keywords: Management accounting. Management Control. Information Technology. Information systems. ERP LISTA DE QUADROS Quadro 1 - Tipos de dados............................................................................................ 21 Quadro 2 - Dados, conhecimento e informação............................................................ 21 Quadro 3 - Qualidade de decisões e processos de tomada de decisão.......................... 53 Quadro 4 - Periódicos selecionados.............................................................................. 61 Quadro 5 - Estudos incluídos na análise....................................................................... 65 Quadro 6 - Periódicos selecionados.............................................................................. 69 Quadro 7 - Metodologia utilizada nos estudos.............................................................. 70 Quadro 8 - Impacto de efeito positivo do SI na CG ..................................................... 88 Quadro 9 - Impacto de efeito neutro do SI na CG........................................................ 90 Quadro 10 - Impacto de efeito negativo do SI na CG..................................................... 91 Quadro 11 - Influência do SI na CG............................................................................... 94 Quadro 12 - Fator profissional........................................................................................ 96 Quadro 13 - Protocolo de Revisão Sistemática............................................................... 105 Quadro 14 - Estudos selecionados para análise.............................................................. 106 LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Funções dos Sistemas de Informação ......................................................... 25 Figura 2 - Entrada, processamento, armazenamento e saída ....................................... 26 Figura 3 - Atributos da qualidade da informação ........................................................ 27 Figura 4 - Componentes da Tecnologia da Informação ............................................... 29 Figura 5 - Componentes da infraestrutura de TI .......................................................... 32 Figura 6 - Componentes do Sistema de Informação .................................................... 35 Figura 7 - Sistemas de Informação são mais do que computadores ............................ 37 Figura 8 - Funcionamento dos Sistemas Integrados .................................................... 40 Figura 9 - Análise dos Sistemas de Recursos Empresarias ......................................... 45 Figura 10 - Fluxograma da aplicação do Protocolo de Revisão Sistemática ................. 59 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1 - Distribuição da abordagem das pesquisas .................................................. 72 Gráfico 2 - Distribuição das publicações por ano no período de 2010 a 2016 ............. 73 Gráfico 3 - Distribuição das publicações por país de origem dos autores .................... 75 Gráfico 4 - Efeito dos impactos do SI na CG ................................................................ 91 Gráfico 5 - Influência do SI na CG................................................................................ 95 Gráfico 6 - Evidenciação do Fator Profissional ............................................................ 97 LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Distribuição das publicações por ano no período de 2010 a 2016 ............. 73 Tabela 2 - Distribuição das publicações por país de origem dos autores ..................... 74 Tabela 3 - Efeito dos impactos do SI na CG ................................................................ 92 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS CF Contabilidade Financeira CG Contabilidade Gerencial CRM Customer Relationship Management CVM Comissão de Valores Mobiliários ERP Enterprise Resource Planning FP Fator Profissional ISSN International Standard Serial Number MAIS Management Accounting Information Systems PRS Protocolo de Revisão Sistemática RAM Random Access Memory RS Revisão Sistemática RBV Resource Based View SI Sistemas de Informação SIG Sistemas Integrados de Gestão TI Tecnologia da Informação TIC Tecnologia da Informação para Comunicação SUMÁRIO INTRODUÇÃO......................................................................................... 15 1 REFERENCIAL TEÓRICO.................................................................... 18 1.1 Tecnologia da Informação ....................................................................... 18 1.1.1 Tecnologia .................................................................................................. 18 1.1.2 Informação .................................................................................................. 20 1.1.2.1 Classificação das informações .................................................................... 22 1.1.3 Tecnologia da Informação .......................................................................... 28 1.2 Sistemas de Informação ........................................................................... 33 1.2.1 Sistemas Integrados .................................................................................... 39 1.2.1.1 Sistemas Integrados de Gestão ................................................................... 40 1.2.1.2 Enterprise Resource Planning (ERP) .......................................................... 42 1.3 Contabilidade Gerencial .......................................................................... 46 1.3.1 Planejamento .............................................................................................. 48 1.3.2 Controle ...................................................................................................... 50 1.3.3 Tomada de Decisão .................................................................................... 52 2 METODOLOGIA ....................................................................................55 2.1 Método ....................................................................................................... 55 2.2 Protocolo de Revisão Sistemática ........................................................... 56 2.3 Etapas da Revisão Sistemática ................................................................ 60 2.3.1 Metodologia utilizada nos estudos ............................................................. 69 2.3.2 Distribuição das publicações por ano ......................................................... 73 2.3.3 País de origem dos autores ......................................................................... 74 3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ................................. 76 3.1 Levantamento dos Resultados por Pesquisa .......................................... 76 3.2 Análise e Discussão dos Resultados por Nivelamento ........................... 87 3.2.1 Aspectos Positivos ...................................................................................... 88 3.2.2 Aspectos Neutros ........................................................................................ 89 3.2.3 Aspectos Negativos .................................................................................... 90 3.3 Análise e Discussão dos Resultados por Segmento da Contabilidade Gerencial .................................................................................................... 92 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................... 98 REFERÊNCIAS......................................................................................... 101 APÊNDICE A – Protocolo de Revisão Sistemática .................................. 105 APÊNDICE B – Quadro dos Estudos Selecionados para Análise............. 106 15 INTRODUÇÃO A otimização do desempenho das empresas está diretamente atrelada ao planejamento e controle que se desenvolve a partir de suas atividades operacionais e financeiras. O planejamento protege a organização de inúmeros imprevistos além de proporcionar segurança como diretriz para o controle de todo o fluxograma do desenvolvimento empresarial. A Contabilidade Gerencial é constituída de três pilares: planejamento, controle e tomada de decisão. A informação é o limiar para a Contabilidade Gerencial, pois os Sistemas de Informação (SI) as direcionam para que a alta administração obtenha embasamento real e correto para coordenar e decidir os pressupostos que nortearam toda a atividade da entidade. SIM Segundo Freitas e Lesca (1992, p. 93): “A informação transformou-se em recurso fundamental de qualquer organização. Essa afirmação é feita por diferentes dirigentes ao analisarem profundamente essa questão: a empresa contemporânea fabrica secundariamente produtos e principalmente informação”. A administração de todo e qualquer corpo organizacional necessita que as informações, que estão sendo evidenciadas através dos Sistemas de Informação, sejam capazes de sanar quaisquer pendências e lacunas que existam dentro do panorama empresarial que é levantado para uma correta tomada de decisão. Por consequência dessa característica vital para os mecanismos funcionais das organizações, a Tecnologia da Informação (TI) passou por grande evolução nas últimas décadas, além de ser fortemente atrelada a Contabilidade Gerencial (CG). Segundo Turban e Volonino (2013, p. 11) “A TI desenvolveu-se de um foco pequeno no processamento de dados e relatórios de rotina, nos anos 1970, para uma função que cada vez mais dá apoio aos processos de negócio e gestão [...]”. Em especial entende-se a magnitude da importância da TI, assim como dos Sistemas Integrados de Gestão (SIG), como capazes de assegurar informações confiáveis e tempestivas aos controladores e tomadores de decisão. O Planejamento de Recursos Empresariais (Enterprise Resource Planning - ERP) é uma ferramenta amplamente eficaz e com alta demanda nas organizações, para propiciar instrumentos palpáveis com intuito de alcançar um planejamento coeso e abrangente. Conforme conceituam She e Thuraisingham (2007), o ERP é um Sistema de Informação Integrado que planeja, gerencia, simplifica e incorpora os processos e a utilização de todos os 16 recursos da empresa. Os autores afirmam ainda que este sistema pode automatizar os mecanismos de negócios fundamentais e reduzir a complexidade e custo de suas atividades. O objetivo da Ciência Contábil é fornecer informação aos seus usuários; porém, para que seja atingido este objetivo faz-se necessário o manuseio correto destes Sistemas de Informação e que atendam as prerrogativas que fluem da entidade. Em muitos casos as informações contábeis podem não ser geradas de maneira segura e eficaz, comprometendo assim a base principal para o processo de planejamento, execução e controle de uma entidade. O controle interno, o setor de Tecnologia da Informação, além do pessoal responsável em lançar os dados nos sistemas das organizações podem não desempenhar suas funções junto ao processo de informação, pela ausência de delimitação e organização do percurso que um simples dado percorre até ser transformado em uma informação útil para a tomada de decisão. De acordo com Laundon e Laundon (2014, p. 12) Muitos administradores trabalham às cegas, sem nunca poder contar com a informação, certa na hora certa para tomar uma decisão informada. Também há aqueles que se apoiam em previsões, palpites ou na sorte. O resultado é a produção insuficiente ou excessiva de bens e serviços, a má alocação de recursos e tempos de resposta ineficientes. Essas deficiências elevam os custos e geram perda de clientes. Nos últimos dez anos, as tecnologias e os sistemas de informação têm permitido que, ao tomar uma decisão, os administradores façam uso de dados em tempo real, oriundos do próprio mercado. Dentro deste contexto, percebe-se que as empresas dependem, cada vez mais, da Tecnologia da Informação para obter uma gestão de negócios bem-sucedida. Esta pesquisa será norteada pela seguinte questão: Como os Sistemas de Informação impactam as atividades da Contabilidade Gerencial nas organizações? Em um contexto de mercado cada vez mais competitivo e complexo, a Tecnologia da Informação têm sido um segmento essencial para o desenvolvimento das atividades das organizações. Os gestores necessitam cada vez mais de embasamento consolidado para seus planejamentos e decisões. Desta forma, torna-se imprescindível o estudo e análise das diversas formas que os Sistemas Integrados de Gestão têm impactado as operações e decisões empresariais, bem como identificar os benefícios que esses sistemas geram na realização do controle desempenhado através da tomada de decisão dos gestores. Esta pesquisa levantou artigos e um editorial, através de uma Revisão Sistemática (RS), que evidenciaram dados passíveis de fornecer argumentações para a referida questão. 17 OBJETIVO GERAL Evidenciar a importância dos Sistemas de Informação para o controle e planejamento de uma entidade, principalmente no processo de tomada de decisão. OBJETIVOS ESPECÍFICOS Investigar conceitos atuais da Tecnologia da Informação dentro de um corpo organizacional. Investigar os desdobramentos da contabilidade gerencial face aos facilitadores e dificultadores dos Sistemas de Informação. Identificar o reflexo do impacto do fator profissional mediado pela Tecnologia da Informação nas atividades organizacionais. A estrutura deste estudo está dividida em três seções, além desta introdução, das considerações finais e das referências. O referencial teórico consiste na primeira seção, apontando conceitos e definições acerca dos seguintes itens: Tecnologia da Informação; Sistemas de Informação e Contabilidade Gerencial. Em sequência, a segunda seção apresenta os aspectos metodológicos utilizadosnesta pesquisa, que foram direcionados por uma revisão sistemática de literatura. Já na terceira e última seção foram expostas as análises dos dados e discussão dos resultados obtidos no desenvolvimento deste presente estudo. Posteriormente, as considerações finais são apontadas e nas referências, os autores consultados para a concretização desta dissertação. No apêndice encontra-se o Protocolo de Revisão Sistemática (PRS). 18 1 REFERENCIAL TEÓRICO Esta seção traça as delimitações da fundamentação teórica que dá embasamento ao presente estudo. Divide-se em subseções que destacam o conceito, contextualização, características e outros dos seguintes pontos: Tecnologia da Informação; Sistemas de informação e Contabilidade Gerencial. 1.1 Tecnologia e informação Nesta subseção conceitua-se separadamente os termos tecnologia e informação. Posteriormente, estuda-se o conceito Tecnologia da Informação de forma mais abrangente. 1.1.1 Tecnologia Desde os primórdios a tecnologia está presente na forma de criações, inovações e modificações advindas da inteligência do homem. Conforme afirma Kenski (2015, p. 15): As tecnologias são tão antigas quanto a espécie humana. Na verdade, foi a engenhosidade humana, em todos os tempos, que deu origem às mais diferenciadas tecnologias. O uso do raciocínio tem garantido ao homem um processo crescente de inovações. Os conhecimentos daí derivados, quando colocados em prática, dão origem a diferentes equipamentos, instrumentos, recursos, produtos, processos, ferramentas, enfim, a tecnologias. Desde o início dos tempos, o domínio de determinados tipos de tecnologias, assim como o domínio de certas informações, distingue os seres humanos. Tecnologia é poder. O cotidiano dos seres humanos e principalmente das organizações sofreu modificação drástica a partir de meados do século XX, com a criação do computador. Iniciou-se uma revolução silenciosa, conforme explanação de Eleuterio (2015). Como vertentes da chamada revolução da informação, os ambientes corporativos foram definitivamente transformados através da criação dos novos modelos organizacionais e do novo desenho do cenário de competição das entidades. Muitos autores salientam que atualmente vive-se na “sociedade tecnológica”. Desta forma conceituar e compreender a tecnologia é imprescindível para 19 utilizar essa ferramenta como fonte de benefícios nos mais diversos âmbitos da atualidade. Dentro deste contexto, Kenski (2015, p. 24) define “Ao conjunto de conhecimentos e princípios científicos que se aplicam ao planejamento, à construção e à utilização de um equipamento em um determinado tipo de atividade, chamamos de `tecnologias’”. Segundo Veraszto et al. (2017, p. 75): O conhecimento tecnológico não é algo que pode ser facilmente compilado e categorizado da mesma forma como o conhecimento científico. A tecnologia poderia ser apresentada como uma disciplina, mas sabemos que é mais bem qualificada como uma forma de conhecimento, e por isso adquire formas e elementos específicos da atividade humana. Dessa forma podemos dizer que o caráter da tecnologia pode ser definido pelo seu uso. O conceito de tecnologia para Barreto (2012) vai além do produto, não sendo apenas o hardware, mas consiste na construção e operacionalização do conhecimento. Para o autor, a tecnologia se refere a um conglomerado de conhecimentos científicos, empíricos e intuitivos, no qual o produto pode ser modificado, assim como seu processo de transformação e comercialização. O mercado voltado para a tecnologia obteve crescimento expressivo nas últimas décadas, segundo Davenport (1998 a, p. 15): “A tecnologia - incluindo computadores, redes de comunicação e softwares - tornou-se não apenas uma ferramenta para administrar a informação, mas também um setor vigoroso em si mesmo”. Embasados em uma revisão bibliográfica realizada através de pesquisa, Veraszto et al. (2017, p. 75) consideram a tecnologia “[...] como um corpo sólido de conhecimentos que vai muito além de servir como uma simples aplicação de conceitos e teorias científicas, ou do manejo e reconhecimento de modernos artefatos”. A tecnologia tem gerado inúmeras mudanças no ambiente empresarial, porém a mudança inevitável flui da necessidade de adequação as novas ferramentas de Sistemas de Informações para se manter competitivamente no mercado. Laundon e Laundon (2014, p. 6) afirmaram que “Novos negócios e setores aparecem enquanto os antigos desaparecem, e empresas bem-sucedidas são aquelas que aprendem como usar as novas tecnologias”. O avanço tecnológico nas últimas décadas tem sido caracterizado como um marco na história, de forma que a tecnologia integra o cotidiano dos seres humanos de maneira tão contundente que dificilmente consegue-se delimitá-la. Deve-se considerar que a tecnologia é arquitetada em função de novas demandas e interesses sociais, desta forma é inevitável a modificação das tradições e costumes no que tange a sociedade. Ou seja, a tecnologia agrega- se à cultura (VERASZTO et al., 2017). 20 1.1.2 Informação Dentro da revolução das ferramentas utilizadas para se trabalhar, na era do avanço e do fascínio tecnológico, esqueceu-se o objetivo primordial da informação: informar. Todo o aparato tecnológico não será eficiente se os usuários não estiverem atentos na informação que esses hardwares podem gerar (DAVENPORT, 1998a). A importância da informação se estabelece no seu próprio conceito, tendo em vista que nenhum sistema consegue ser mantido sem que haja sua contribuição. De acordo com Cassarro (2011, p. 34) “Informação é ao mesmo tempo matéria-prima e produto acabado das atividades de sistemas. E sabe-se também que a informação -adequadamente estruturada – contribui para que a empresa se torne mais e mais dinâmica”. Para Laundon e Laundon (2014), a informação se refere a um dado que sofreu conversões e desempenha utilidade substancial para os seres humanos. Desta forma, a informação exerce função de volumosa valorização em todos os âmbitos sociais, não está limitada ao ambiente empresarial, uma vez que possui tal amplitude nos sistemas como um todo. Conforme Cassarro (2011, p. 34) “Informação é um fato, um evento, comunicado”. Porém, segundo Stair e Reynolds (2015), a informação possui uma valorização adicional, perante um simples fato, pois ela é estabelecida conforme um conjunto de fatos categorizados com expressiva relevância. A informação é o pressuposto primordial em todo e qualquer sistema sua definição comumente é distorcida por ser substituída pela definição de um dado. Segundo Laundon e Laundon (2014, p. 12), dado consiste em sequências de fatos que não sofreram transformações nem passaram por análise. Anteriormente esses acontecimentos não foram organizados nem classificados de maneira que se possa obter entendimento e utilidade no que tange estes fatos. Conforme Caiçara (2012, p. 24) conceitua: A informação pode ser entendida como a medida da redução da incerteza sobre um determinado estado de coisas por intermédio de uma mensagem. Muitas vezes, os conceitos de dado e informação são confundidos. Dado é o fato bruto e, por si só, pode ou não ser relevante. Informação vem do latim informare, que significa “dar forma”. Podemos concluir, então, que a informação usa como matéria-prima os dados. Para O´Brien (2004), as definições de informação e dado estão diretamente interligadas, pois para o autor a informação consiste em dados que foram modificados de 21 forma que são capazes de oferecer ampla utilidade para os usuários. Ao passo que Cassarro (2011, p. 35) conceitua “tecnicamente, dados são os itens básicos da informação, antes de serem processados por um sistema, enquanto informações são os relatórios, os resultados do processamento de dados”. Conforme Stair e Reynolds (2015, p. 5) os dados, de formaisolada, fora de seus contextos, sem sofrerem as modificações necessária, englobam baixo valor adicional, além de sua simples existência. Os fatos do mundo real são representados pelos dados, eles podem ser de diversos tipos, descritos no Quadro 1: Quadro 1 – Tipos de dados Fonte: STAIR; REYNOLDS, 2015, p. 5. O Quadro 2 esclarece as definições de dados, informação e conhecimento, porém como Davenport (1998a) afirma, há grande dificuldade em se fazer essas conceituações. Ainda de acordo com ponderações feitas pelo autor, tais distinções são estabelecidas há muitos anos, apesar de considerá-las imprecisas. A informação desenvolve associação entre os dados brutos e o conhecimento, ou seja, é um termo que faz referência aos dois outros termos. Quadro 2 – Dados, informação e conhecimento Dados Informação Conhecimento Simples observações sobre o estado do mundo facilmente estruturado Dados dotados de relevância e propósito Informação valiosa da mente humana, inclui reflexão, síntese, contexto Facilmente obtido por máquinas Requer unidade de análise De difícil estruturação Frequentimente quantificado Exige consenso em relação ao significado De difícil captura em máquinas Facilmente transferível Exige necessariamente a mediação humana Freqüentemente tácito Fonte: DAVENPORT, 1998a, p. 18. 22 O conhecimento é resultado de certa compreensão da informação que percorre um dado Sistema de Informação alimentado por registros de fatos. Conforme afirma Barreto (2012, p. 5) “À toda tecnologia se associa urna considerável quantidade de informação. Esta informação, quando assimilada pelo indivíduo, grupo ou sociedade, gera um conhecimento que permite a adoção ou a rejeição de uma determinada técnica”. Para Rezende e Abreu (2003, p. 59) a associação desses conceitos acontece dessa forma: Os dados, as informações e os conhecimentos permitem que os gestores tomem as decisões, que são atos mentais. As decisões permitem que os gestores possam executar as ações, que são os atos físicos. Todas essas atividades geram novos dados, informações e conhecimentos num ciclo retroalimentado, a fim de contribuir com a inteligência empresarial das organizações. A diferenciação dos termos dado, informação e conhecimento é primordial para a correta compreensão das funções dos Sistemas de Informações e suas características que posteriormente irão ser detalhadas nesta seção. 1.1.1.1 Classificação das Informações Dentro das definições que cercam os Sistemas de Informações existem diversas classificações sobre os mais variados pressupostos. Dessa forma, expõe-se algumas das divisões do termo informação de acordo com a perspectiva de Eleuterio (2015) e Cassarro (2011) respectivamente: Eleuterio (2015, p. 33, grifo nosso) afirma que as informações são divididas em dois grandes grupos: Informações quantitativas - são dados que foram analisados e interpretados, ganharam relevância e posteriormente podem ser mensurados e expressos em números. Informações qualitativas - têm natureza subjetiva e são representadas de forma descritiva, normalmente expressando julgamentos de valor ou opiniões. Elas são especialmente úteis para expressar opiniões sobre produtos ou serviços. Cassarro (2011, p. 41, grifo nosso) classifica as informações como operacionais e gerenciais: Informação operacional ou operativa - é necessária para realização de uma função, de uma operação. Informação gerencial – consiste em todo resumo de informações operativas que chega até um gerente, pondo-o a par de algo de sua competência, de sua responsabilidade e permitindo-lhe tomar uma decisão. 23 Atualmente as informações representam expressivo volume nas organizações e de maneira geral podem ser expostas através de diversos meios de comunicação. Se faz necessário alto grau de comprometimento com a seleção, organização e planejamento das informações, para que elas de fato alcancem sua plena utilidade (REZENDE; ABREU, 2003). De acordo com Eleuterio (2015, p. 21): [...] as informações são úteis apenas quando chegam, até as pessoas e são utilizadas por elas. Por isso, o segundo avanço importante da revolução da informação foi a criação das redes de comunicação digitais. Com elas, os computadores e os softwares se interconectam, o que faz com que as informações circulem com rapidez e segurança, percorrendo grandes distâncias quase instantaneamente. Agora, temos os três pilares tecnológicos da revolução da informação: computadores, softwares e redes de comunicação. A identificação das informações que permeiam as atividades empresarias é de suma importância para cada entidade, sejam essas informações internas ou externas (CAIÇARA JUNIOR, 2012). Percebe-se que a referida identificação deve ser realizada anteriormente a fase que consiste no tratamento das informações nas organizações. As informações devem ser tratadas da mesma maneira que as empresas tratam outros produtos que são disponibilizados para o consumo. As informações possuem atributos que consistem em uma sequência de pressupostos, de forma que o resultado informacional deve ser desejado para que seja necessário. Porém para que seja necessário primeiramente deve conter utilidade significativa (PADOVEZE, 2010). A devida seleção, organização, tratamento e gerenciamento das informações possui capacidade de proporcionar agilidade e efetividade para que as empresas sejam bem- sucedidas em seus negócios e decisões. Caso os dados não obtenham os adequados processamentos e não se tornem informações úteis e efetivas, o desempenho organizacional pode ser drasticamente afetado. Desta forma, não é suficiente que as entidades zelem por seu patrimônio tangível. É necessário que elas zelem também pelo seu capital intelectual (ELEUTERIO, 2015). Segundo Cassarro (2011, p. 34) “Tanto mais dinâmica será uma empresa quanto melhores e mais adequadas forem as informações de que os gerentes dispõem para suas tomadas de decisões”. Dado que a parcela de intervenção pessoal dos gestores e colaboradores em todo o percurso percorrido pelos dados é de elevada significância, o crescimento das organizações tem associação direta com o conjunto de efetividade dos Sistemas de Informações e a atitude mental e pessoal dos administradores. 24 De acordo com Rezende e Abreu (2003, p. 97): À medida que se sedimenta uma informação, qualquer atividade pode ser elaborada com um custo menor, com menos recursos, em reduzido tempo e com um resultado melhor. Atualmente, existem mais computadores, periféricos e tecnologias gerando informações úteis, precisas, oportunas, a um custo menor, em menos tempo, usando menos recursos e gerando riquezas. A informação para ser útil e valiosa para o embasamento nas decisões tomadas pelos gestores das entidades, necessita passar por um processo de modificação. Este processamento pode ser feito mental, manualmente ou com a utilização de um computador. Porém a procedência e o caminho que percorrem os dados, é menos relevante do que o resultado em si. Ou seja, no final do processo o resultado é significativo somente se o dado foi transformado em uma informação de valor para os tomadores de decisões alcançarem os objetivos organizacionais. Uma vez que este referido valor informacional está diretamente ligado com o auxílio e aparato que o resultado do processamento de dados gera (STAIR; REYNOLDS, 2015). As informações assim como todos os processos que as permeiam estão presentes em todo e qualquer pressupostos da vida humana. Desta forma, torna-se imprescindível estudá-las e compreendê-las. Diversas informações são recolhidas e apreendidas, durante todo o período de vida de uma pessoa ou de uma organização. Tais informações após sofrerem um processo sistemático, podem adquirir elevado valor (REZENDE; ABREU, 2003). Um Sistema de Informação é capaz de gerarinformações valiosas para as empresas no que tange principalmente seu processo decisório. Dentro do SI, três atividades consistem no processamento das informações que auxiliam os gestores a controlarem as operações, solucionar problemas e criar novos produtos ou serviços. Essas atividades básicas consistem em entrada, processamento e saída, como corroboram Laudon e Laundon (2014, p. 12): A entrada captura ou coleta dados brutos de dentro da organização ou de seu ambiente externo. O processamento converte esses dados brutos em uma forma mais significativa. A saída transfere as informações processadas às pessoas que as utilizarão ou às atividades nas quais serão empregadas. Os sistemas de informações também requerem um feedback, que é uma resposta à ação adotada à determinados membros da organização para ajudá-los a avaliar ou corrigir o estágio de entrada. A Figura 1 expõe o processamento da informação nas funções de um Sistema de Informação: 25 Figura 1 – Funções dos Sistemas de Informação Fonte: LAUDON; LAUDON, 2014, p. 14. Conforme conceituam Turban e Volonino (2013, p. 8), a coleta, o processamento, o armazenamento, a análise e a disseminação das informações a fim de alcançar objetivos específicos dentro de uma organização são vertentes que direcionam as funções básicas do SI, as quais são listadas a seguir: Entrada: dados e informações sobre as transações de negócios são capturados ou coletados por escâneres em pontos de venda e sites, os quais são recebidos por dispositivos de entrada; Processamento: os dados são transformados, convertidos e analisados para o armazenamento ou transferência para um dispositivo de saída; Saída: dados, informações, relatórios e outros elementos são disseminados para telas digitais ou em papel, enviados como áudio ou transferidos para outros SIs por redes de comunicação; Feedback: um mecanismo de retorno monitora e controla essas operações. O feedback pode ser evidenciado como parte integrante do processamento de dados, porém se trata de uma fase de retorno importante no processo das funções de um SI em transformar o dado em uma informação relevante para a organização. A interação entre fatores dos ambientes externos é realizada através do feedback, que propicia comunicação com clientes, fornecedores, empresas rivais, acionistas entre outros. O ciclo que a informação percorre dentro dos Sistemas de Informações é detalhado na Figura 2. 26 Figura 2 – Entrada, processamento, armazenamento e saída Fonte: TURBAN; VOLONINO, 2013, p. 8. Conforme Laundon e Laundon (2014, p. 14) “Feedback é a saída retornada de determinadas pessoas e atividades da organização para análise e refinamento da entrada”. A relevância do processo que as informações percorrem dentro de um SI, são explicitadas por Turban e Volonino (2013, p. 36): O processamento melhora a qualidade dos dados, o que é importante porque relatórios e decisões são tão bons quanto os dados em que se baseiam. Conforme os dados são coletados ou capturados, vão sendo validados a fim de se detectar e corrigir erros mais óbvios e omissões. A importância da informação no processo de planejamento, controle e tomada de decisão de toda e qualquer organização é inegável. O sucesso da empresa e, consequentemente, de seus administradores está diretamente associado com a utilização de informações oportunas, que sejam fornecidas pelos Sistemas de Informação que auxiliam e embasam as empresas em suas atividades operacionais e gerenciais (CASSARRO, 2011). Segundo Caiçara Júnior (2012, p. 28), “É de fundamental importância para uma organização a qualidade da informação adquirida e/ou processada, pois esse aspecto reflete na efetividade do processo de tomar decisões em uma empresa”. Os usuários finais das informações necessitam que as mesmas sejam relevantes, para que seja propiciado um embasamento seguro e tempestivo para as atividades e decisões mais significantes da empresa. Para Eleuterio (2015, p. 35) “Em relação ao nível de relevância ou importância, as informações podem ser classificadas em quatro categorias: irrelevantes, potenciais, mínimas e críticas”. Para que a informação seja relevante na tomada de decisão, ela não pode ser inexata, antiquada, nem de difícil compreensão. Os gestores desejam informações de alta qualidade, ou seja, informações que possuam características e atributos que as tornem valiosas. 27 Para O´Brien (2004, p. 15), a informação é dotada de três dimensões: tempo, conteúdo e forma. E destaca a Figura 3 que resume os atributos importantes da informação e os agrupa nessas três dimensões: Figura 3 – Atributos da qualidade da informação Fonte: O´BRIEN, 2004, p. 15. Nos dias atuais a informação tem um valor elevado e tem a possibilidade de representar abrangente poder para a pessoa ou organização que a possui. O valor das informações consiste na sua ampla abrangência que envolve pessoas, processos, sistemas, recursos financeiros, tecnologia e outros (REZENDE; ABREU, 2003). As informações valiosas, conforme afirmam Stair e Reynolds (2015), podem auxiliar os gerentes e organizações a desempenhar suas atividades de forma eficaz e eficiente. Para Eleuterio (2015, p. 34) o valor da informação está atrelado à afetação nos negócios da empresa: Embora se trate de um recurso intangível, podemos afirmar que maior será o valor de uma informação quanto maior for seu potencial em afetar o negócio da empresa. Esse valor potencial de uma informação pode ser estimado pelo nível de atenção que ela provoca nas pessoas e pelo quanto as empresas estão dispostas a pagar pra ela. Conforme Stair e Reynolds (2015, p. 7) existem características que tornam a informação mais valiosa para a organização. Contudo, caso o processamento de dados realizado pelos Sistemas de Informação não produzam informações precisas e completas, os administradores podem ser levados ao erro. Problemas desta amplitude no contexto de uma empresa podem custar milhões de dólares. A seguir, são elencadas tais características: Acessível: a informação deve ser facilmente acessada pelos usuários autorizados; Precisa: livre de erros; Completa: contém todos os fatos importantes; Econômica: relação do custo de produção com o valor da informação; 28 Flexível: pode ser usada para diversas finalidades; Relevante: consiste em uma informação importante para o tomador de decisões; Confiável: capaz de fornecer confiança ao usuário; Segura: informação que usuários não autorizados tenham acesso; Simples: não complexa; Atualizada: fornecida quando necessária; Verificável: passível de averiguações por meio de outras fontes. A informação exerce extensa importância no que diz respeito a todos os mecanismos de operacionalização de uma organização e suas diretrizes orçamentárias, além de ser o principal objeto da TI e suas ramificações. Contudo, para oferecer tamanho aparato e consolidar suas funções, necessita estar de acordo com os atributos e pressupostos listados nesta subseção. 1.1.3 Tecnologia da Informação Nos dias atuais, a TI exerce um papel significativo dentro de todo corpo organizacional, de forma que para que uma entidade seja bem-sucedida em suas atividades, operações e tomadas de decisões necessita ter sua infraestrutura baseada na TI. Conforme Laundon e Laudon (2014, p. 13) definem “Por Tecnologia da Informação, entenda-se todo hardware e todo software de que uma empresa necessita para atingir seus objetivos organizacionais”. A Tecnologia da Informação pode ser estudada como um conjunto de sistemas computacionais, os quais comumente são chamados de Sistema de Informação, segundo conceituam Turban e Volonino (2013). Ainda de acordo comos referidos autores, define-se como TI basicamente a parte tecnológica de um Sistema de Informação. A Tecnologia da Informação é definida como computadores e tecnologias que são usados para criação, processamento e utilização da informação. Ou seja, pode-se conceituar a TI como todo e qualquer dispositivo que realize tratamento de dados e informações (REZENDE; ABREU, 2003). Stair e Reynolds (2015, p. 12) esclarecem: “A Tecnologia da Informação (TI) refere-se a hardware, software, bancos de dados e telecomunicações”. Para os autores, a infraestrutura da TI também possui embasamento nas pessoas e procedimentos que coletam, manipulam, armazenam e transformam dados em informações. Desta forma, entende-se que o fundamento de um Sistema de Informação consiste no conjunto de recursos compartilhados. 29 A definição de Tecnologia da Informação é constituída dos seus principais componentes, dentro dos quais são destacados e delimitados a seguir por Laundon e Laundon (2014, p. 16): Hardware é o equipamento físico usado para atividades de entrada, processamento e saída de um Sistema Informação. Consiste em computadores de vários tipos e formatos; diversos dispositivos de entrada, saída e armazenamento; e os dispositivos de telecomunicações que interligam todos esses elementos. Software consiste em instruções detalhadas e pré-programadas que controlam e coordenam os componentes de hardware de um Sistema de Informação. Tecnologia de comunicações e de redes, composta por dispositivos físicos e software, interliga os diversos equipamentos de computação e transfere dados de uma localização física para outra. Para Rezende e Abreu (2003, p. 76), além dos componentes da Tecnologia da Informação elencados abaixo, existe um outro componente que possui elevada relevância para a eficácia e utilização da tecnologia, o chamado recurso humano; Hardware e seus dispositivos e periféricos; Software e seus recursos; Sistemas de telecomunicações; Gestão de dados e informações. Na Figura 4 pode-se observar como os componentes da TI interagem entre si: Figura 4 - Componentes de Tecnologia da Informação Fonte: ALBERTIN, 2003, p. 23. 30 De acordo com Albertin (2003, p. 23) os componentes de TI são conceituados da seguinte forma: Pessoas: se refere a um “direcionador de indivíduo e os procedimentos na administração de TI”; Hardware: atualmente é caracterizado por sua praticidade, custo menor e aumento da capacidade; Software: também é caracterizado por sua praticidade e elevado aumento de capacidade. A importante ascensão e evolução da TI traz consigo a utilização intensa desses três componentes listados a cima, fenômeno que se denomina computação universal. A compreensão da computação universal se dá basicamente através do acesso abrangente a toda infraestrutura da Tecnologia da Informação. A interação entre a empresa e o indivíduo consolida este termo, assim como a camada de informação e comunicação. O arcabouço tecnológico que se refere nessa subseção não se trata apenas de equipamentos e sistemas de informática. Refere-se, também, a uma poderosa fonte de benefícios no desenvolvimento empresarial e na estruturação do controle gerencial. Segundo Caiçara Júnior (2012, p. 35): A TI abrange, sim, a informática e seus conceitos mais usuais como hardware e software, no entanto sua amplitude é bem maior. Com o advento da telemática (a união das telecomunicações à informática), esse conceito se amplificou e hoje tem papel estratégico em muitas empresas, pois inclui, além da telemática, os componentes de hardware, software, banco de dados e rede de computadores. Para O´Brien (2004) a Tecnologia da Informação não é evidenciada de forma isolada, mas sim de maneira ampla e através de utilização de uma multiplicidade de componentes de hardware, software, processamento de dados e tecnologias de redes de telecomunicações. Segundo Atkinson et al. (2015, p. 27) a importância que a TI obtém nas atividades de negócios e na disponibilidade de informação estratégia, é explícita no conceito de processamento informacional: “Os Sistemas de Informação e as aplicações de conhecimento da empresa contribuem para a execução da estratégia ao facilitar melhorias dos processos e melhorar os vínculos com fornecedores e clientes”. Atualmente, vários profissionais que atuam em diversas áreas, utilizam a Tecnologia da Informação como um termo que possui elevada abrangência para o tratamento de soluções tecnológicas é considerado como um componente forte e consistente para o desenvolvimento de toda e qualquer atividade empresarial. O conceito de TI é tão amplo que comumente é confundido com o conceito de Sistemas de Informação (CAIÇARA JÚNIOR, 2012). 31 Conforme evidenciado, a TI tem sido difundida amplamente nas empresas, de forma que os processos informacionais não alcançam eficácia se não estiverem fundamentados nos elementos que a compõem. A Tecnologia da Informação consiste no componente empresarial de elevada significância em todas as organizações e está diretamente associado às diversas ações das entidades, quer sejam elas internas ou externas (ALBERTIN, 2005). De acordo com Rezende e Abreu (2006, p. 164), “A Tecnologia da Informação deve desempenhar um papel estratégico e agregar valores a seus produtos e/ou serviços, promovendo vantagem competitiva sobre seus concorrentes”. A relevância da Tecnologia da Informação dentro das organizações também está atrelada às decisões tomadas pelos administradores. Conforme Laundon e Laundon (2014, p. 16) “A Tecnologia da Informação é uma das muitas ferramentas que os gerentes utilizam para enfrentar mudanças e complexidade”. Para se atender as exigências de um mercado cada vez mais competitivo, as organizações necessitam obter a Tecnologia da Informação como um aliado importante nas estratégias empresariais, Albertin (2003, p. 27) afirma: O papel da TI tornou-se imprescindível para os objetivos e aplicações de uma organização, e conseqüentemente como forma de atuação e vantagem competitiva. As organizações começaram a alinhar seus esforços em TI de acordo com as estratégias de negócio, buscando uma utilização cada vez mais adequada às suas necessidades e uma relação de custo e benefício mais satisfatória. A vantagem competitiva da organização crescerá à medida que a mesma invista na implementação e na correta utilização da Tecnologia da Informação em diversas áreas, principalmente nas atividades geridas pelos mecanismos dos Sistemas de Informação. Porém, caso a informação não seja utilizada de forma correta ou as atividades que estão em torno dela não forem desempenhadas corretamente, a entidade será amplamente afetada de forma negativa (REZENDE; ABREU, 2003). O contexto em que as entidades estão inseridas possui grande importância na definição de utilização da Tecnologia da Informação. O correto uso da TI é guiado pelos chamados direcionadores, que permitem a identificação adequada desta utilização, levando em consideração as particularidades e tipo de aplicação deste importante componente. O desempenho das organizações é amplamente afetado pelo uso da TI, entretanto é necessário que a relação entre a entidade e a TI esteja fundamentada de forma adequada, ou seja a empresa pode considerar a Tecnologia da Informação como uma ferramenta de grande valor para estratégia de inovação e negócios da empresa ou pode considerar simplesmente como um mecanismo decorrente de diretrizes organizacionais. A utilização da TI nas empresas se 32 relaciona diretamente com as necessidades estratégicas e operacionais da organização (ALBERTIN, 2003, 2005). A infraestrutura de TI que a organização utiliza para alcançar seus objetivos de desempenho é constituída de tecnologias e de pessoas que se fazem necessárias para acionar essastecnologias. As organizações devem administrar e zelar detalhadamente cada vertente da infraestrutura de TI, pois a mesma pode ser a base em que a empresa fundamenta os Sistemas de Informação. Esta infraestrutura deve ser capaz de disponibilizar o conjunto de operações tecnológicas de que a empresa necessita para realizar corretamente a utilização de diversos benefícios que a TI pode gerar para as entidades (LAUNDON; LAUNDON, 2014). Para Albertin (2003, p. 12): O uso de TI por si só não determina o sucesso e o bom desempenho de uma organização. As características do mercado em que as organizações atuam devem ser consideradas para a definição do uso de TI como parte de suas estratégias e operacionalização. Os modelos, cultura, políticas, estruturas, processos organizacionais, incluindo suas evoluções, devem ser considerados na utilização de TI, seja por que são afetados ou afetam esse uso. As habilidades, capacitações e comportamento, entre outros fatores, dos indivíduos, como colaboradores das organizações, influenciam no valor que a TI agrega aos negócios. Finalmente, as características da própria TI influenciam as decisões sobre o seu uso pelas organizações. Na Figura 5, Laundon e Laundon (2014) esclarecem os elementos que compõem o conjunto que fundamenta a TI e viabiliza a utilização dos mecanismos tecnológicos gerados por ela. Figura 5 - Componentes da infraestrutura de TI Fonte: LAUDON; LAUNDON, 2014, p. 147. Os profissionais que utilizam a TI determinam o valor do mesmo nos negócios da empresa, assim como as atividades operacionais e a cultura da organização. Ou seja, o valor da Tecnologia da Informação, dos Sistemas de Informação e a da própria informação é 33 definido pela relação entre eles, as pessoas e os processos de negócios (TURBAN; VOLONINO, 2013). Segundo Laurindo (2001, p. 161), o valor da TI está implícito no fato de a Tecnologia da Informação ter evoluído ao ponto de não ser considerada mais como uma simples orientação tradicional de suporte administrativo para um importante papel estratégico nos negócios das entidades. O autor afirma ainda que “a visão da TI como arma estratégica competitiva tem sido discutida e enfatizada, pois não só sustenta as operações de negócios existentes, mas também permite que se viabilizem novas estratégias empresariais”. 1.2 Sistemas de Informação Para operacionalizar o processamento informacional ou qualquer outro processo que exista é necessário um sistema que organize a “matéria-prima” e os transforme em um produto acabado. Sistema pode ser definido como um complexo de elementos em interação ou um todo organizado ou partes que interagem formando um todo unitário e complexo (PADOVEZE, 2010). Um sistema também pode ser definido como uma formação organizada de funções, que têm como finalidade o atendimento de objetivos específicos (CASSARRO, 2011). Para O´Brien (2004, p. 7) ”Um sistema é um grupo de componentes inter-relacionados que trabalham rumo a uma meta comum, recebendo insumos e produzindo resultados em um processo organizado de transformação”. Os sistemas podem ser divididos em: sistemas abertos - executam interação com o ambiente externo e sistemas fechados - não interagem com o ambiente externo (PADOVEZE, 2010). Segundo Laundon e Laundon (2014, p. 13), os sistemas possuem informações sobre indivíduos, locais e elementos relevantes para a organização ou para o ambiente que está em seu redor. Os autores definem Sistemas de Informação tecnicamente como: Um conjunto de componentes inter-relacionados que coletam (ou recuperam), processam, armazenam e distribuem informações destinadas a apoiar a tomada de decisão, a coordenação e o controle de uma organização. Além de dar apoio a tomada de decisão, à coordenação e ao controle, esses sistemas também auxiliam os gerentes e trabalhadores a analisar problemas, visualizar assuntos complexos e criar novos produtos. 34 Para Ulukan e Ucuncuoglu (2010, p. 233), a origem dos estudos de Sistemas de Informações consiste em uma subdisciplina da ciência da computação como uma racionalização da gestão das tecnologias nos processos e atividades organizacionais. O Sistema de Informação pode englobar sistemas de pessoas, dados, registros que percorrem todo o trajeto de processos dos dados até serem transformados em informações. Os SIs ocuparam um espaço significativo nas atividades operacionais, financeiras e administrativas, além de serem considerados vitais nos processos decisórios vivenciados pelos administradores e na gestão empresarial. O processo de modificação de dados em informações que compõem os relatórios que são utilizados na estrutura decisória da entidade e que fornecem sustentação nos processos administrativos, são considerados Sistemas de Informação. Estes proporcionam a otimização dos resultados esperados dos negócios da empresa (REZENDE; ABREU, 2003). Conforme evidenciam Stair e Reynolds (2015, p. 9), os Sistemas de Informações consistem em “um conjunto de elementos ou componentes inter-relacionados que coleta (entrada), armazena e dissemina dados (saída) e informações, e fornece reação corretiva (mecanismo de realimentação) para alcançar um objetivo. ” Segundo O´Brien (2004, p. 6) : Sistema de Informação é um conjunto organizado de pessoas, hardware, software, redes de comunicações e recursos de dados que coleta, transforma e dissemina informações em uma organização. As pessoas têm recorrido aos Sistemas de Informação para se comunicarem, utilizando, desde a alvorada da civilização, uma diversidade de dispositivos físicos (hardware), instruções e procedimentos de processamentos de informação (software), canais de comunicações (redes) e dados armazenados (recursos de dados). Segundo Padoveze (2010, p. 48), pode-se definir Sistemas de Informações como um conjunto de: “recursos humanos, materiais, tecnológicos e financeiros agregados segundo uma sequência lógica”. Esses sistemas são capazes de gerar informações, que inicialmente eram simples dados e com seus resultados fornecem às empresas direcionamentos para cumprir os principais objetivos organizacionais. A integração de dois subsistemas básicos pode ser vista como um Sistema de Informação. Os subsistemas consistem em produtores de informação, os quais operam, administram, controlam, armazenam e recuperam as informações que são utilizadas imediatamente ou futuramente, dependendo das necessidades organizacionais (BARRETO, 2012). Consoante à Caiçara Júnior (2012) um sistema pode ser fracionado em pequenas partes que continuam com as mesmas particularidades do todo, que são definidos com subsistemas, ou seja, um conjunto de subsistemas pode compor um Sistema de Informação. 35 Os componentes e dispositivos de tecnologia de rede que são utilizados para desempenhar algumas ou até mesmo todas as atividades dos Sistemas de Informação segundo Turban e Volonino (2013, p. 9) são definidos da seguinte forma: Hardware é um conjunto de dispositivos com processador, monitor, teclado e impressora. Software é um conjunto de aplicativos ou programas que instruem o hardware a processar os dados ou outros insumos. Dados são uma parte essencial processada pelo sistema e, se necessário, armazenados em um banco de dados. Rede é um sistema de telecomunicação que conecta o hardware por fio, sem fio ou por uma combinação dos dois. Procedimentos são uma série de instruções sobre como combinar os componentes citados de modo a processar informação e gerar a saída desejada. Pessoas são os indivíduos que trabalham com o sistema, interagem com ele ou utilizam sua saída. Observa-se a constituição da divisão e organização dos componentes do Sistema de Informação e a maneira que eles interagem entre si, através da Figura 6. Segundo Turban e Volonino(2013, p. 10), a interação dos componentes do Sistema de Informação acontece da seguinte forma: Os blocos de construção de SI que suportam processos de negócio são dispositivos de alto desempenho (hardware); seus aplicativos (software e processamento); conectividade (redes) com dados; conteúdo compartilhado, listas de contato e assim por diante (informação); e usuários (pessoas). Muitos dos SI de hoje funcionam em redes sem fio, mídias sociais e dispositivos de alto desempenho, tornando mais rápido e mais fácil alcançar os outros e fazer o trabalho usando pouco tempo e esforço. Um sistema de informação pode ser dividido em componentes, conforme Figura 6. Figura 6 - Componentes dos Sistemas de Informação Fonte: TURBAN; VOLONINO, 2013, p. 9. 36 Um questionamento frequente no ambiente empresarial que Laundon e Laundon (2014, p. 9) responderam consiste em “Porque as empresas estão investindo tanto em tecnologias e Sistemas de Informação? ”. As entidades, através da utilização dos Sistemas de Informação, desejam alcançar seis objetivos importantes no desempenho organizacional: “excelência operacional; novos produtos, serviços e modelos de negócio; relacionamento mais estreito com clientes e fornecedores; melhor tomada de decisões; vantagem competitiva; sobrevivência”. Conforme Rezende e Abreu (2003, p. 114) “O papel que os Sistemas de Informação exercem nas empresas é fundamental, e sua relação é inexorável. Eles exercem impactos na estrutura organizacional, influenciando a cultura, as filosofias, as políticas, os processos e os modelos de gestão”. Os Sistemas de Informações são de elevada importância para todas atividades e resultados empresariais. Para isso, eles devem propiciar o alcance de objetivos organizacionais. Para Barreto (2012, p. 5) a finalidade básica de um Sistema de Informação é “produzir conhecimento e assim alterar para melhor a realidade, promovendo o desenvolvimento desta realidade, levando-a a um melhor estágio de bem-estar de seus membros”. Dentre as principais finalidades dos SIs se destaca a eliminação de pontos cegos, ou seja, o sistema em tempo real propicia acesso tempestivo e satisfatório aos seus usuários, não dando margem para grandes intervalos entre a identificação do problema e a obtenção da solução empresarial (TURBAN; VOLONINO, 2013). Pode-se observar na Figura 7 que Sistemas de Informações possuem abrangência maior do que simples dispositivos tecnológicos. De acordo com Laundon e Laundon (2014) para usar os Sistemas de Informação com eficiência e clareza é necessário o entendimento das dimensões organizacional, humana e tecnológica que formam os SIs e os seus mecanismos. E a propiciação de solução para problemas significativos e desafios no ambiente organizacional. 37 Figura 7 – Sistemas de Informação são mais do que computadores Fonte: LAUNDON; LAUNDON, 2014, p. 15. Em conformidade com Caiçara Júnior (2012) existe uma função principal que norteia o Sistema de Informação, a qual é definida como o processo de modificação dos dados até que se tornem informações completas, desejáveis e úteis para os gestores das organizações e para o desempenho das mais diversas atividades empresariais. Para o referido autor o Sistema de Informação tem como conceito e vertente primordial este processo de transformação. O´Brien (2004, p. 07) define as três funções básicas que estão em interação são listadas a seguir: Entrada: envolve a captação e reunião de elementos que ingressam no sistema para serem processados. Processamento: envolve processos de transformação que convertem insumo (entrada) em produto. Saída: envolve a transferência de elementos produzidos por um processo de transformação até seu destino final. Porém, para Turban e Volonino (2013, p. 8), “as funções básicas de um SI que coleta, processa, armazena, analisa e dissemina informações para resultados específicos, consistem em quatro mecanismos: entrada, processamento, saída e feedback”. Este último obtém a capacidade de retroalimentar os Sistemas de Informações, fornecendo auxílio para que as empresas alcancem satisfatório desempenho (STAIR; REYNOLDS, 2015). Os Sistemas de Informação são um importante campo de estudo em administração e gerenciamento de organizações. Desta forma, torna-se imprescindível que os gerentes e administradores obtenham uma compreensão básica deste campo de atuação. Da mesma forma, para que uma empresa alcance um ótimo desempenho e sucesso em suas atividades, ela necessita atribuir aos SIs relevância vital para o funcionamento dos seus mecanismos (O´BRIEN, 2004). 38 De acordo com Cassarro (2011, p. 26): [...] os Sistemas de Informação compõem um dos maiores e mais valiosos ativos da empresa. Podemos afirmar que uma empresa será mais dinâmica, mais agressiva, mais inovadora e mais atuante no mercado do que suas concorrentes, na medida em que possua melhores Sistemas de Informações e, evidentemente, conte com pessoas na alta e média administração capacitadas e motivadas a se utilizar destas informações para as suas tomadas de decisões. A relação entre os Sistemas de Informação e a cultura das empresas é o pressuposto que define o valor da Tecnologia da Informação, as condições de utilização e o seu desempenho em meio as mais diversas atividades e operações organizacionais. Para que uma entidade obtenha um crescimento satisfatório em seus resultados, é necessário a observação da capacidade dos funcionários e gestores, ou seja, uma empresa é tão eficaz quanto as pessoas que trabalham e a administram. Da mesma forma acontece com os Sistemas de Informação, que são considerados inúteis sem funcionários e gestores qualificados para alimentá-los e conservá-los. Esses gestores devem ser capazes também de gerarem uma base para tomar as decisões de maneira correta e eficaz, através das informações obtidas nos SIs (LAUNDON; LAUNDON, 2014). Observa-se a significância da análise do contexto e de todos os fatores dos ambientes que interagem com os Sistemas de Informação. Para que os SIs sejam plenamente úteis, deve- se considerar a estrutura e história do corpo organizacional. De acordo com Rezende e Abreu (2003, p. 62) os Sistemas de Informação devem ser analisados e/ou desenvolvidos dentro da perspectiva: “sócio técnica, em que tecnologia e organização (ou empresa) devem ser ajustadas entre si, até que se obtenha uma harmonização perfeita entre os dois domínios, gerando um terceiro estado organizacional conjunto”. Para Padoveze (2010, p. 498), a Gestão Baseada em Recursos (Resource Based View- RBV) integra os mecanismos de Sistemas de Informação dentro de uma entidade, conforme afirma abaixo: A RBV tem como referência a abordagem sistêmica. A empresa é um sistema que processa os recursos (entradas) que são introduzidos na etapa do processamento. Os recursos são processados e as saídas correspondem aos produtos e serviços que as empresas entregam aos consumidores no ambiente externo do sistema. Os Sistemas de Informação disponibilizam para a gestão empresarial informações (feedback) sobre as operações do sistema para sua direção e manutenção (controle), enquanto ele troca entradas e saídas com seu ambiente. Conforme O´Brien (2004), esses mecanismos perpassam os fundamentos dos Sistemas de Informações. 39 Padoveze (2010, p. 48) classifica os Sistemas de Informação da seguinte forma: Os Sistemas de Apoio às Operações têm como objetivo auxiliar os departamentos e atividades e executarem suas funções operacionais; Os Sistemas de Apoio à Gestão preocupam-se basicamente com as informações necessárias para gestão econômico-financeira da empresa.Segundo Ulukan e Ucuncuoglu (2010, p. 234), os Sistemas de Informação estão associados a diferentes áreas de trabalho dentre elas estão a estratégia de SI, o gerenciamento de SI e o desenvolvimento de SI. Tais campos de atuação possuem ramificações em várias subdisciplinas, conforme pesquisas anteriores e experiências obtidas nas práticas do uso da TI os Sistemas de Informação estão classificados como: • Sistemas de Processamento de Transações • Sistemas de Gerenciamento de Informação • Sistemas de Suporte à Decisão • Sistemas Especializados Dentro do contexto da Tecnologia da Informação e seus mecanismos, os Sistemas de Informações são alocados em quatro grandes grupos de aplicativos. Os quais consistem em: sistemas integrados, sistemas de gestão da cadeia de suprimentos, sistemas de gestão do relacionamento com o cliente e sistemas de gestão do conhecimento. Com a finalidade de obter um desempenho satisfatório dentro das empresas, esses aplicativos formam um conjunto que mantém relação com os processos e funções dos negócios das entidades (LAUNDON; LAUNDON, 2014). 1.2.1 Sistemas Integrados Conforme Laundon e Laundon (2014, p. 296), os Sistemas Integrados funcionam da seguinte forma: “Os Sistemas Integrados apresentam um conjunto de módulos de software integrados e um banco de dados central; este permite que os dados sejam compartilhados pelos diferentes processos de negócios e áreas funcionais de toda a empresa”. A integração de Sistemas de Informação e banco de dados é fundamental para o embasamento das decisões tomadas pelos gestores. Milhares de informações que não sofreram consolidação não são capazes de propiciar fundamento necessário para que as empresas alcancem seus objetivos e sejam bem-sucedidas na correta utilização das 40 informações. Relatórios gerados isoladamente tornam-se obsoletos, pois a todo instante as informações nos mais diversos setores das empresas são atualizadas e necessitam de integração entre si. Desta forma torna-se imprescindível que os diversos sistemas que compõem a empresa se comuniquem e propiciem relatórios consolidados oportunamente. Essa integração é concretizada através dos Sistemas Integrados (LAUNDON; LAUNDON, 2014). Na Figura 8, Laundon e Laundon (2014) mostram a forma do funcionamento dos Sistemas Integrados. Figura 8 - Funcionamento dos Sistemas Integrados Fonte: LAUNDON ; LAUNDON, 2014, p. 296. O funcionamento dos Sistemas Integrados é direcionado pelo banco de dados central, o qual divide as quatro principais atividades de uma organização. 1.2.1.1 Sistemas Integrados de Gestão Os sistemas que unem as informações contidas nos diversos subsistemas sejam eles operacionais ou de apoio à gestão, são chamados de Sistemas de Informações Gerenciais (SIG). Os referidos sistemas têm como objetivo principal a aglomeração e consolidação de todas as informações necessárias para a segura análise dos relatórios demonstrativos e gestão 41 eficiente. A Tecnologia de Informação é o mecanismo utilizado pelas empresas para a realização dessa importante integração dos subsistemas empresariais, desta maneira todos os processos e negócios organizacionais podem ser visualizados como um todo, constituindo um fluxo dinâmico de todas as informações da empresa (PADOVEZE, 2010). Define-se como Sistemas de Informações Gerenciais, os sistemas que proporcionam aos gerentes e à administração da empresa relatórios sobre o desenvolvimento organizacional. Por meio das informações obtidas nos SIGs, os administradores podem planejar, organizar, monitorar e controlar as atividades empresariais, assim como fazer previsões acerca das operações e resultados futuros da entidade (LAUNDON; LAUNDON, 2014). Segundo Caiçara Júnior (2012), um Sistema de Informação Gerencial proporciona aos administradores embasamento necessários para suas decisões através de relatórios que demonstrem o desempenho passado e atual da organização. A previsão do desempenho futuro da empresa também pode ser evidenciada através dos Sistemas de Informações Gerenciais. Dentro das características dos SIGs, Cassarro (2011, p. 41) destaca: “Os Sitemas de Informações Gerenciais são, portanto, muito pessoais, enquanto os operativos não”. Com suas várias particularidades, a que se destaca é o fato de os SIGs dependerem da intuição de cada gerente para a tomada de decisão, o que os torna sistemas associados diretamente com o valor de pessoal. O sistema que fornece informações para a tomada de decisões e planejamento das organizações, através de um conjunto organizado de banco de dados, equipamentos, pessoas e procedimentos é chamado de Sistema de Informação Gerencial. Os SIGs têm como pressuposto primordial a eficiência nas operações das empresas. Todas áreas das entidades são apoiadas pelo Sistema de Informação Gerencial que são interligados por meio de um único banco de dados (STAIR; REYNOLDS, 2015). Para Cassarro (2011, p. 40): “Sistemas Gerenciais de Informações são aqueles sistemas que permitem adequado planejamento, organização, realização, coordenação e controle do ciclo gerencial”. Laundon e Laundon (2014, p. 15) salientam sobre o contexto que envolve os Sistemas de Informações Gerenciais: O campo dos Sistemas de Informação Gerenciais tenta proporcionar aquela capacitação mais ampla em Sistemas de Informação. Os SIG lidam com as questões tanto comportamentais quanto técnicas que cercam o desenvolvimento, o uso e o impacto dos Sistemas de Informação adotados por administradores e funcionários em uma empresa. 42 A importância dos Sistemas Informações Gerencias são dieratemente associados ao comportamento e decisão dos gestores que administram os negócios da empresa, os quais se embasam nas informações geradas pelos SIGs. 1.2.1.2 Enterprise Resource Planning (ERP) O ERP consiste em um sistema de planejamento dos recursos da empresa e pode substituir outros sistemas, como aplicativos. Seu desempenho integrativo está relacionado com o fato de ser composto por um aglomerado de programas, permitindo que haja facilidade e eficiência em sua utilização organizacional. Os relatórios disponibilizados através do ERP são gerados de forma eficaz e tempestiva. Nos dias atuais, os gestores têm acesso às informações relevantes imediatamente e por meio até mesmo de smarthphones e dispositivos móveis (STAIR; REYNOLDS, 2015). Ao longo dos últimos anos os Sistemas de Planejamento de Recursos Empresariais têm sido amplamente difundidos nas organizações. Tais sistemas possuem características vitais para os negócios da empresa e sua evolução tem obtido grandes proporções no meio tecnológico devido a importante integração das informações. Para Caiçara Júnior (2012) o advento tecnológico do ERP foi expandido a partir da década de 1990, com o principal precursor o bug do milênio. Laundon e Laundon (2014, p. 50) conceituam a respeito dos Sistemas de Planejamento de Recursos Empresariais da seguinte forma: [...] são utilizados para integrar processos de negócio nas áreas de manufatura e produção, finanças e contabilidade, vendas e marketing e recursos humanos em um único sistema de software. Com isto, a informação, anteriormente fragmentada em sistemas distintos, é armazenada em um único repositório de dados abrangente, a partir do qual pode ser utilizada por muitas partes diferentes da empresa. Os Sistemas Integrados de Gestão Empresarial são comumente chamados de Enterprise Resource Planning (ERP), além de serem associados com a total integração de rede e outras tecnologias aqui listadas (PADOVEZE, 2010): - Customer Relationship Management - CRM (Gerenciamento de Relações com Clientes); - Cadeia de Suprimentos; 43 - Workflow; - Data Warehousing. Define-se ERP como “um conjunto de programas integrados que gerencia as operações vitais de negóciospara todos os múltiplos sites da organização global” (STAIR; REYNOLDS, 2015, p. 23). Para Laundon e Laundon (2014) o ERP é fundamentado em um conjunto de módulos de software integrados e um banco de dados central. Essa central de dados comuns é responsável pela coleta dos dados dos diversos setores e departamentos da entidade e, posteriormente, pelo tratamento e modificação desses dados em informações e disponibilização de relatórios que envolvem aplicações possivelmente em todas as atividades organizacionais. As informações contidas no banco de dados central proporcionam embasamento em tempo hábil e real de acordo com a necessidade gerencial da empresa, ou seja, quando um processo é atualizado com novos dados, esses dados automaticamente são modificados em informações úteis e imediatamente disponíveis para outros processos de negócios. De acordo com Caiçara Júnior (2012), o ERP funciona como um sistema pronto que as organizações adquirem através de fornecedores especializados, organizado em pacotes comerciais de software que promovem a interligação dos dados dos Sistemas de Informações transacionais das mais diversas áreas da empresa. Porém muitas empresas optam por sistemas similares que visam cumprir os mesmos objetivos do ERP, normalmente implementados por uma equipe da própria empresa que desenvolve mecanismos na tentativa de que promovam a integração dos dados empresariais. A utilização do sistema ERP requer diversas modificações na estrutura física, cultural e de pessoal dentro das empresas, pois o sistema deve ser amparado de forma plena em todos os vieses de sua estruturação para que seu objetivo seja alcançado. Com o intuito de que a empresa consiga atender a todas as demandas do mercado exigente e imediatista, ela necessita desenvolver tais mudanças para que as modificações do mercado não sejam mais contundentes e de certa forma tornem as soluções da empresa obsoletas. Diante dessa consideração a respeito da fundamentação que uma empresa necessita ter para usufruir dos benefícios advindos do ERP, entende-se, de forma mais facilitada, o conceito abrangente que Junior, Granzoto e Roland (2012, p. 89) explicitaram “O ERP pode ser definido como um software que facilita o fluxo de informações entre os diversos setores da empresa que precisa estar preparada para enfrentar os desafios do mercado, cada dia mais competitivo”. 44 Conforme Caiçara Júnior (2012, p. 93) a arquitetura dos sistemas ERP são direcionadas pelo modelo cliente-servidor e são divididas em três importantes esferas, descritas a seguir: • CAMADA DE APRESENTAÇÃO – é composta por um software que permite a interação com o usuário; normalmente apresenta interface gráfica, portanto amigável e intuitiva. É através destas camadas que os usuários inserem, consultam e excluem os dados no sistema. É utilizada pelo cliente. • CAMADA DE APLICAÇÃO – é a responsável pelo funcionamento do sistema, integração dos módulos e processamento das informações. • BASE DE DADOS – é a mais interna das camadas e a responsável pelo gerenciamento dos dados. É armazenada no servidor. Para Caiçara Júnior (2012, p. 89) as características do Sistema de Planejamento dos Recursos Empresariais são elencadas a seguir: É um pacote comercial de software; É construído com base nas melhores práticas de mercado ou best practices; Utiliza banco de dados único e corporativo; É composto por módulos; Não é desenvolvido para um cliente específico. O ERP tem como finalidade primordial a integração das informações empresariais e a disponibilização dessas informações em tempo hábil a ponto de propiciar embasamento consolidado e seguro para as decisões dos gestores das entidades. Para se chegar nesta finalidade, o sistema ERP atua por meio de um banco de dados comum, que é partilhado em todas as divisões organizacionais autorizadas ao acesso e manuseio (CAIÇARA JÚNIOR, 2012). Os benefícios alcançados pelas empresas através da implantação do ERP são principalmente a visão do futuro disponibilizada através da integração das informações gerenciais e a sobrevivência da empresa no mercado altamente competitivo (BORELLI, 2013). Stair e Reynolds (2015, p. 23) afirmam “Os principais benefícios da implementação de um sistema ERP incluem a facilidade da adoção de processos trabalhistas aprimorados e aumento do acesso aos dados para a tomada de decisão”. Davenport (1998b) esclarece a forma de como os mecanismos do ERP se relacionam entre si na Figura 9: As diretrizes para a metodologia da implementação do ERP são sintetizadas a seguir Borelli (2013, p. 120): 1ª Etapa - sensibilização - (Alto nível de gestão): aspectos estratégicos e aspectos comportamentais; 45 2ª Etapa (Operações): customização da planta e aspectos culturais; 3ª Etapa (Sistemas e áreas envolvidas): usuários chave e consultoria. Figura 9 - Análise dos Sistemas de Recursos Empresarias Fonte: DAVENPORT, 1998 b, p. 4. Conforme Borelli (2013), as entidades quando implementam Sistemas de Planejamento de Recursos Empresariais desejam crescimento na competitividade empresarial devido ao fato de obter integração dos dados, melhorando a tomada de decisão. Pois para se atender as exigências do mercado, os gestores dependem de agilidade no processamento e integração dos dados. Os ERPs têm como objetivo a disponibilidade da consolidação das informações em tempo real, oriundas de todos os setores e departamentos da empresa, o que faz desse sistema estratégico. Quando a administração decide implantar o ERP, o nível estratégico da organização deve ser parametrizado com as necessidades advindas da estrutura do referido sistema. Para isso, os funcionários em conjunto com os gestores precisam se empenhar neste processo de implementação e adaptação nas atividades da empresa, ao ponto de se desfrutar dos mais diversos benefícios que fluem da adequada utilização e manutenção do ERP. Para que uma organização implemente um Sistema de Planejamento de Recursos Empresariais, é imprescindível que haja a realização de uma análise econômica e estrutural das condições da empresa para receber este sistema que demanda grande dispêndio. Essa análise precisa levantar um estudo completo e seguro das reais necessidades e ferramentas que a empresa possui, assim como análise de imprevistos que possam ocorrer no momento de 46 implementação, adaptação, manutenção ou até mesmo supervisão (ULUKAN; UCUNCUOGLU, 2010). Caiçara Júnior (2012, p. 89) corrobora que a implementação do Sistema de Planejamento de Recursos Empresariais requer atenção específica “Em virtude de o ERP ser um pacote de software adquirido pronto, a empresa que implanta um sistema desse tipo tem que se adaptar às funcionalidades do produto e adequar seus processos de negócios à modelagem imposta pelo novo sistema”. 1.3 Contabilidade Gerencial A Contabilidade está presente desde os primórdios da vida humana, a partir do momento que houve a necessidade de se trocar, vender e emprestar mercadorias em geral. No século XIX a Contabilidade Gerencial já vinha se desenvolvendo através de um sistema que possibilitasse a medição dos custos dos produtos. No início do século XX as empresas começaram a desempenhar as atividades que são os pilares da Contabilidade Gerencial, que consistem em planejamento, controle e tomada de decisão. Ao longo dos anos a Ciência vem evoluindo de forma abrangente e cada vez mais demonstrando sua relevância no mundo dos negócios.A Contabilidade Gerencial é um ramo da Ciência Contábil voltado para suprir as necessidades informacionais da administração empresarial, para que esta seja bemsucedida em seu processo decisório. De acordo com a definição exposta na Deliberação nº 29 de 05 de fevereiro de 1986 pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM): A Contabilidade é objetivamente, um Sistema de Informação (conjunto articuladode dados, técnicas de acumulação, ajustes e editagens de relatórios) e Avaliação destinado a prover seus usuários com demonstrações e análises de natureza econômica, financeira, física e de produtividade, com relação à entidade objeto de contabilização. Com a finalidade de propiciar embasamento útil e eficaz na tomada de decisão, a Contabilidade Gerencial é o Sistema de Informação que enfatiza as decisões e diretrizes a serem estabelecidas dentro do corpo organizacional. Tais pressupostos impactam diretamente o futuro, a relevância, a tempestividades e o desempenho das atividades da entidade. Segundo Padoveze (2010), a Ciência Contábil é um exemplo fidedigno de um Sistema de Informação, de forma que fazer um Sistema de Informação Contábil seria redundante, já 47 que a referida Ciência pode ser considerada também como um sistema. Porém a Contabilidade Gerencial não apenas fornece dados, ela gera todo um arcabouço informacional de forma que as decisões tomadas a partir de seus relatórios sejam tomadas em tempo hábil, com segurança e consolidação diante do contexto que cerca a entidade em questão. Atkinson et al. (2015, p. 3) apresentam um apanhado geral a respeito do referido histórico: Em resumo, a história da contabilidade gerencial ilustra que as inovações na prática da Contabilidade Gerencial foram -e continuam a ser orientadas pelas necessidades de informação de novas estratégias, a medida que as empresas se tornaram mais complexas, as tecnologias mudaram e novos concorrentes apareceram. Quando controlar e reduzir custos era importante, inovações nos sistemas de custeio ocorreram. Quando as organizações ganharam vantagem da escala e da diversificação, executivos inovadores desenvolveram novos sistemas de controle gerencial. A definição de Contabilidade Gerencial consiste no fornecimento de informações gerenciais e operacionais aos gestores dentro da empresa. A utilização dessas informações é estabelecida no ambiente interno da própria organização, com destaque para as decisões que são tomadas a partir dessas informações e que possuem grande poder de influência nas atividades, processos e negócios da entidade (GARRISON; NORREN; BREWER, 2013). Para Atkinson et al. (2015, p. 2), a Contabilidade Gerencial é definida como um: “processo de fornecer a gerentes e funcionários de uma organização informação relevante, financeiras e não financeiras, para tomada de decisões, alocação de recursos, monitoramento, avaliação e recompensa por desempenho”. Os objetivos da Contabilidade Gerencial além de fornecer informações necessárias para todo o processo gerencial das organizações devem ser norteados por elementos considerados significantes pelos usuários finais das informações, usuários esses que tomam as decisões que irão determinar a rotina organizacional. Padoveze (2010, p. 38) expõe que “facilitar o planejamento, controle, avaliação de desempenho e tomada de decisão internamente”. A informação contábil-gerencial deve ser relevante para os gestores além de sofrer personalização a fim de ser disponível para múltiplos propósitos. De acordo com Atkinson et al. (2015, p. 2) a informação contábil-gerencial deve possuir os seguintes atributos: 1. É retrospectiva ao fornecer feedback sobre operações anteriores e também prospectiva, ao incorporar previsões e estimativas sobre eventos futuros. Para o relatório retrospectivo e planejamento prospectivo, a Contabilidade Gerencial utiliza medidas financeiras e não financeiras. 2. Está orientada para atender às necessidades de tomada de decisão de funcionários e gerentes das organizações. Idealmente, um bom Sistema de Contabilidade Gerencial pode tornar-se uma fonte de vantagem competitiva para uma empresa. 48 3. Não tem formas ou normas prescritivas sobre seu conteúdo, como o conteúdo deve ser desenvolvido e como o conteúdo deve ser apresentado. Todos esses obtêm julgamentos e decisões dos gerentes sobre o que melhor atende a suas necessidades por informação acionável e é definido totalmente pelas necessidades de os gerentes usarem a informação. Conforme Padoveze (2010, p. 48) o Sistema de Informação Contábil é definido como “um Sistema de Apoio à Gestão, juntamente com os demais sistemas de controladoria e finanças. Os Sistemas de Apoio à Gestão têm como base de apoio informacional as informações de processo e quantitativas geradas pelos sistemas operacionais”. E os principais relatórios que são emitidos por esses sistemas contábeis são o Balanço Patrimonial e a Demonstração dos Resultados, como é evidente que um Sistema de Informação possua características operacionais, a coleta das informações deverá ser realizada diretamente desses relatórios. Garrison, Noreen e Brewer (2013, p. 3) afirmam que a Contabilidade Gerencial fornece ajuda aos gestores na realização de três atividades vitais para o funcionamento da organização: Planejamento – processo de estabelecer objetivos e especificar como alcançá-los; Controle - envolve feedback para garantir que o plano seja adequadamente executado ou modificado à medida que as circunstâncias mudem; Tomada de decisões – seleciona uma ação dentre alternativas concorrentes. Para que a organização seja bem-sucedida, os administradores necessitam observar com atenção os três pilares que fundamentam a Contabilidade Gerencial. De forma que esses pilares estejam bem firmados, e desenvolvam suas atividades eficientemente. 1.3.1 Planejamento O planejamento deve estar presente em todas atividades e negócios das empresas, sem que haja um estudo e programação antes da execução de tudo quanto a empresa pretende concretizar e alcançar, a possibilidade de que ocorram imprevistos e frustações é severamente aumentada. Para Cassarro (2011, p. 13), “planejar significa estabelecer, com antecipação, a linha de conduta a ser trilhada, os recursos a empregar e as etapas a vencer para atender a um dado objetivo”. O planejamento consiste em uma vertente vital para o bom desempenho organizacional, além de propiciar direcionadores estratégicos. 49 O planejamento também pode ser considerado como uma integração dos planos e objetivos da empresa, quer sejam eles comerciais, operacionais, administrativos, financeiros ou gerenciais. Esta integração possibilita uma visão generalizada das necessidades e metas da empresa, fornecendo um panorama organizacional completo para que as prioridades sejam estabelecidas de maneira que alcancem todas as áreas da empresa e assim a administração atinja um desempenho amplamente satisfatório. Padoveze (2010, p. 606) afirma que “É nesta etapa que as estratégias e iniciativas da empresa são transformadas em indicadores para os planos dos gestores divisionais, bem como formar uma base para alocar recursos e estabelecer prioridades”. A relevância da atividade de planejar dentro das organizações se deve também ao fato de que o planejamento não consiste apenas em apresentação de um conjunto de dados quantitativos ou tendências e tradições seguidas anteriormente. O planejamento requer muito mais dos sistemas empresariais. Tal atividade exige o desenvolvimento do intelecto dos profissionais, exige criatividade e pró atividade para que se obtenha previsão adequada das circunstâncias e problemas que a empresa pode enfrentar. Os colaboradores precisam obter agilidade e visão apurada para oferecer um planejamento empresarial eficiente. Davenport (1998a, p. 20) contextualiza e expõe tal necessidade: Nas últimas décadas, os executivos das empresas satisfaziam-se com a simples distribuição de informação quantitativa relacionada ao desempenho de categorias uniformes definidos pela gerência sênior. Hoje, no entanto, eles estão cada vez mais interessados em capturar ideias - explicações ou contextualizações de resultados financeiros, melhores práticas, mercado e inteligência competitiva, soluções para os problemasdos clientes, aprendizado de uma conferência, e até mesmo atitudes e valores. Para Caiçara Júnior (2012) a empresa necessita do sistema gerencial para desempenhar suas atividades de forma que atinja seus objetivos e metas. Através desses sistemas de nível tático são desenvolvidas atividades de planejamento, acompanhamento e controle. Tais atividades são empregadas com a finalidade de fornecer suporte aos gestores que são responsáveis em direcionar o processo de tomada de decisões. O referido autor cita como exemplo desses Sistemas Gerenciais: “Sistemas de Planejamento de Recursos da Produção; Sistemas de Gerenciamento Financeiro”. Os Sistemas Gerenciais possuem a latente necessidade de investir no planejamento das operações que os cercam. Evidentemente as operações que cercam toda e qualquer atividade estratégica e de negócios da empresa também necessitam priorizar e desenvolver o planejamento. 50 A atividade de planejar interfere diretamente nos resultados que a entidade obtém no final de todos os processos empresariais, com a forte tendência de garantir bons resultados, livres de distorções e problemas. Deve-se compreender a elevada significância de iniciar os processos empresariais contando com informações e decisões advindas de estudos, análises, previsões, identificações e avaliações que são geradas por uma junta de colaboradores a fim de produzir um planejamento útil e eficaz, mas que principalmente acolha as necessidades do usuário final. Conforme Padoveze (2010, p. 51) afirma “O Sistema de Informação Gerencial exige planejamento para produção dos relatórios, para atender plenamente aos usuários”. 1.3.2 Controle O controle é uma das principais vertentes dentro das atividades empresariais, pois as organizações possuem a real necessidade de supervisionar, analisar e avaliar as atividades da empresa, com o objetivo de ajustar os erros e melhorar os resultados. Segundo Cassarro (2011, p. 16) o conceito de controle é definido da seguinte forma: “Controlar é avaliar o desempenho real diante do previsto no planejamento, possibilitando a adoção de ações corretivas”. Conforme O´Brien (2004), a utilidade dos Sistemas de Informação possui relação direta com o feedback e o controle nas operações gerenciais da empresa. O autor conceitua os dois componentes de forma conjunta, ou seja, o desenvolvimento do controle depende da realização do feedback, que por sua vez consiste em dados que expõem o desempenho de um determinado sistema. Já o controle é conceituado como a supervisão e avaliação do feedback para verificar se um sistema está realmente sendo direcionado para alcançar a sua finalidade primordial. Para o autor o controle exerce papel importante também no que tange aos ajustes necessários aos componentes de entrada, processamento e saída de um sistema a fim de determinar a eficiência da produção sistemática. Conforme Atkinson et al. (2015, p. 272), o controle é “um conjunto de procedimentos, ferramentas, medidas de desempenho, sistemas e incentivos que as organizações usam para orientar e motivar todos os funcionários a atingir os objetivos organizacionais”. Este conceito está diretamente relacionado com o conceito de Sistemas de Contabilidade Gerencial, pois esses dois componentes juntos são capazes de criar e utilizar as 51 informações que propiciam embasamento para os tomadores de decisões identificarem os resultados da organização e assim avaliar se as metas empresariais estão sendo alcançadas. A execução do controle nas entidades depende do posicionamento da administração quanto a cultura e estrutura organizacional. Para que o controle seja de fato realizado nas atividades e negócios das empresas, é necessário preparo e qualificação por parte dos profissionais, além de amparo tecnológico para desempenho de tal função. Avalia-se a eficaz realização do controle, através da identificação de indícios de que o sistema esteja atingindo os resultados estratégicos esperados ou não. Uma organização é considerada sob controle, caso seus sistemas estejam sendo direcionados adequadamente pelos objetivos estabelecidos anteriormente pela alta administração. De acordo com Atkinson et al. (2015, p. 272, grifo nosso) o processo de manter uma organização sob controle consiste nos quatro estágios seguintes: 1. Planejar - Desenvolver os objetivos de uma organização, escolher atividades para realizar os objetivos e selecionar medidas para determinar se os objetivos foram atendidos; 2. Fazer - Implementar o plano; 3. Conferir - Monitorar pela mensuração e avaliar o nível atual do sistema de desempenho; comparar o feedback sobre o nível de desempenho atual do sistema com o nível planejado para identificar discrepâncias e prescrever ação corretiva; 4. Agir - Adotar ações apropriadas para retornar o sistema a uma situação sob controle. Após executar os estágios acima a fim de realizar a manutenção do controle sobre as atividades empresariais, é necessário os gestores e colaboradores priorizarem a análise da retroalimentação dos dados nos Sistemas de Informações, o que ocorre no feedback. Sem o feedback todas avaliações que os controladores possam executar serão nulas, tendo em vista que nenhum sistema é capaz de desempenhar seu papel sem que haja este retorno. Conforme O´Brien (2004, p. 16): Um Sistema de Informação deve produzir feedback sobre suas atividades de entrada, processamento, saída e armazenamento. Esse feedback deve ser monitorado e avaliado para determinar se está atendendo aos padrões de desempenho estabelecidas. Em seguida, as atividades do sistema devem ser ajustadas da forma que os produtos de informação sejam devidamente produzidos para usuários finais. A eficiência da atividade de controlar faz associação com a tempestividade, clareza e segurança das análises organizacionais a respeito dos sistemas. A supervisão do caminho que está sendo percorrido para atingir as metas empresariais deve ser contínua e minuciosa. Pois caso seja necessário intervir com ajustes nos direcionadores das atividades dos sistemas e até mesmo da empresa, os profissionais encarregados de exercer controle sobre tais atividades 52 devem estar preparados para o estabelecimento de novas diretrizes, a fim de se galgar os resultados almejados. Cassarro (2011, p. 16) afirma que “O controle para ser eficaz, deve se realizar em tempo útil e oportuno e, quando necessário, ser seguido de sanções”. Para Atkinson et al. (2015, p. 280): O controle de resultado é mais efetivo nas seguintes situações Quando os membros da organização entendem seus objetivos e sua contribuição para esses objetivos;Quando os membros da organização têm o conhecimento e a habilidade de responder às situações de mudança ao adotar ações corretivas e tomar decisões importantes;Quando o sistema de medição do desempenho for projetado para avaliar as contribuições individuais, de modo que um indivíduo possa ser motivado a adotar uma ação e tomar decisões que refletem seu interesse e os interesses da organização. Pode-se observar a significância do controle por meio de seus próprios conceitos e mecanismos. Através dessa atividade a organização é capaz de obter um processo de tomada de decisão seguro e consolidado, além do fornecimento de clareza e monitoração sobre as vertentes que direcionam os sistemas da empresa. Para Cassarro (2011, p. 17), a relevância do controle se dá da seguinte forma: “O resultado da ação de controlar deve permitir uma tomada de decisão gerencial que, às vezes, poderá acarretar alterações profundas no planejamento e em todas as demais funções gerenciais”. 1.3.2 Tomada de decisão Decidir qual vertente irá direcionar os negócios empresariais é o maior desafio das empresas e suas administrações. Tamanha importância e sensibilidade neste aspecto diz respeito a relação direta com a posição pessoal dos gestorese tomadores de decisão não se pode contar simplesmente com os dados processados pelos dispositivos tecnológicos. Faz-se necessário um posicionamento particular de cada administrador, fato que abre espaço para intuição e, algumas vezes, enganos. Cassarro (2011, p. 40) define este processo da seguinte forma: “Tomar decisões implica escolher entre várias alternativas”. A melhora da qualidade das decisões tomadas pela administração empresarial está associada diretamente a utilização dos Sistemas de Informações, o que se caracteriza como uma das principais contribuições dos SIs. Para Laundon e Laundon (2014), a tomada de decisão nas empresas, no passado, era restrita somente à diretoria. Nos dias atuais, os mais diversos funcionários possuem acesso aos dados e informações da empresa, ou seja, grande 53 parte do corpo funcional da empresa é capaz de participar da construção do embasamento das decisões empresariais. De acordo com Davenport (1998a, p. 17): [...] decisões baseadas em dados inúteis tem custado bilhões de dólares em produtos encalhados, em aquisições que não acrescentam lucratividade ao conjunto, em processos redefinidos que não funcionam, em investimentos em instalações ou equipamentos que não produzem. A história também está repleta de exemplos de tomadores de decisão que ignoraram informações essenciais. Existem diversas dimensões de qualidade das decisões e processos de tomada de decisões que são capazes de melhorar a tomada de decisão empresarial. Para que uma decisão seja tomada adequadamente os gestores necessitam ter acesso a relatórios úteis e seguros. Espera-se que as decisões tomadas no ambiente organizacional sejam rápidas e precisas, uma vez que os Sistemas de Informações Gerenciais desempenham suas funções com esse objetivo primordial. As prioridades e particularidades das entidades interferem diretamente no direcionamento que as decisões vão seguir (LAUNDON; LAUNDON, 2014, p. 367). Algumas das dimensões de qualidade são listadas no Quadro 3. Quadro 3 - Qualidade de decisões e processos de tomada de decisão Fonte: LAUNDON; LAUNDON, 2014, p. 367. Garrison, Noreen e Brewer (2013, p. 4) visam uma grande possibilidade de que a capacidade de tomar decisões inteligentes baseadas em dados seja a habilidade gerencial mais básicas de todas as existentes. Os autores elencam três perguntas importantes para serem feitas pelos gestores das empresas, para que os direcione a uma melhor e mais consciente tomada de decisões: - O que devemos vender? 54 - A quem devemos atender? - Como devemos proceder? Entende-se que a tomada de decisão deve estabelecer direcionadores para que seja guiada de acordo com as metas empresariais. E questões podem representar ótimas formas de se alcançar o referido direcionamento. 55 2 METODOLOGIA Esta seção apresenta o método utilizado e expõe as vertentes que direcionaram a presente pesquisa. Divide-se em três subseções, a primeira trata o método escolhido para ser utilizado, em seguida apresenta-se o Protocolo de Revisão Sistemática (PRS); e a terceira subseção é destinada para exposição das etapas percorridas para aplicação do PRS e concretização da Revisão Sistemática. 2.1 Método Estabeleceu-se a Revisão Sistemática (RS) como método que norteará este presente estudo, com objetivo de propiciar um consolidado e atualizado levantamento de estudos primários relacionados ao tema em questão. De acordo com Karino (2012, p. 55) “ a Revisão Sistemática tem sido reconhecida pela sua eficácia. Apesar de também constituir uma revisão bibliográfica, não é simples e exige critérios rigorosos e sistematizados”. Keele (2007) define a Revisão Sistemática como uma forma de identificar, analisar e interpretar todos os estudos relevantes norteados por uma pergunta e área de interesse. Tal levantamento é capaz de estruturar um arcabouço de pesquisas atualizadas, no período dos últimos sete anos (2010 a 2016), publicados por periódicos reconhecidos mundialmente. A metodologia utilizada consiste em um método incomum na área de Ciências Sociais Aplicadas, tendo em vista que o maior vulto de pesquisas que utilizam um levantamento de literatura em determinado período de tempo valendo-se desta abordagem é a área de Ciências da Saúde. A relevância de uma RS é salientada por vários autores, entre eles Rosa (2009, p. 49) que sintetiza a Revisão Sistemática e destaca os três passos básicos para a sua concretização: [...] é uma revisão esquematizada da literatura científica, que utiliza procedimentos sistemáticos para identificar, selecionar e avaliar criticamente estudos relevantes sobre uma questão claramente formulada. Tem como objetivo sistematizar e reduzir possíveis vieses que ocorreriam em uma revisão não sistemática. A Revisão Sistemática a que se refere esta dissertação primeiramente identificou pesquisas relevantes que versam sobre Tecnologia da Informação, Controle de Gestão e suas grandes áreas. Posteriormente analisou a significância dos estudos e realizou uma seleção 56 criteriosa, através de uma metodologia bem definida, com a finalidade de se elencar os trabalhos mais significantes que possivelmente possuíssem capacidade de fornecer discussão em relação a questão que direciona este estudo. Em seguida fez-se uma extração dos dados e foi executada uma interpretação a respeito dos impactos causados pela utilização da TI nos níveis de planejamento e controle empresarial. Conforme Rosa (2009, p. 49), a Revisão Sistemática pode ser dividida em dois tipos de abordagens: Qualitativa ou metassíntese - os resultados dos estudos primários são sintetizados, não ocorrendo à necessidade de serem combinados estatisticamente; Quantitativa ou meta-análise - utiliza métodos estatísticos para combinar os resultados de dois ou mais estudos. Neste presente estudo, optou-se pela Revisão Sistemática com abordagem quantitativa de natureza descritiva. A abordagem escolhida permite uma síntese estatística dos resultados numéricos da Revisão Sistemática de forma ampla e eficaz. Para Rosa (2009, p. 49), esta revisão permite ao leitor extrair conclusões sobre o conhecimento já existente de determinado assunto, sempre de forma criteriosa, minuciosa e coerente, pelos dados estatisticamente referentes aos resultados”. 2.2 Protocolo de Revisão Sistemática (PRS) Nesta subseção aborda-se o Protocolo de Revisão Sistemática que foi elaborado com a finalidade de se formalizar o percurso percorrido para a realização da referida pesquisa. Foram estabelecidos nove pressupostos, que proporcionaram direcionamento da busca, seleção, análise e interpretação dos trabalhos estudados. O quadro explicativo do PRS consta no apêndice A desta dissertação, logo após a seção Referências. a) Pergunta de pesquisa O problema de pesquisa (Como os Sistemas de Informação impactam as atividades da Contabilidade Gerencial nas organizações?) foi formulado a partir da observação da necessidade de um estudo atual que fornecesse arcabouço teórico e sistêmico na área da Tecnologia da Informação com direcionamento para o Controle de Gestão, além da 57 necessidade de evidenciação da relevância destes componentes nas atividades e negócios empresariais. b) Intervalo de tempo O período (2010 a 2016) utilizado nas buscas dos trabalhos que foram estudados na Revisão Sistemática foi dos últimos sete anos. Entende-se que para conter pesquisas atuais e ao mesmo tempo possuir delimitação abrangente, o estabelecimento do referido intervalo de tempo é suficiente para suprir as necessidades literárias que regem esta dissertação. c) Base de dados A busca (Periódicos Capes e Google Acadêmico) pelos trabalhos que seriamselecionados para integrar esta dissertação, iniciou-se com indicação de 14 periódicos, os quais são detalhados na segunda etapa que está inserida na subseção 2.3. A partir destes periódicos as fontes de buscas para acesso completo e gratuito aos documentos foram realizadas através da catalogação de Periódicos fornecida pelo Periódicos Capes e do Google Acadêmico. d) Idiomas A língua inglesa foi escolhida pelo fato de existir elevado vulto de documentos neste idioma, o qual dominou a maioria das escolhas de estudos selecionados. Foi estabelecida também a língua portuguesa pelo motivo evidente de ser o idioma no qual este estudo foi escrito. e) Descritores As palavras-chave selecionadas para este estudo foram: tecnologia da Informação; sistemas de informação; ERP; controle gerencial; contabilidade gerencial; controle; information technology; information systems; enterprise resource planning; management control; management accounting; control. A escolha por estes descritores ocorreu pelo fato de descreverem a temática estabelecida por esta dissertação, além de delimitarem, de forma específica, a área de interesse em questão. Como explicitado no item “d” do PRS, houve a aplicação dos termos em português e em inglês. 58 f) Tipos de documentos O aspecto mais relevante na seleção dos trabalhos foi a temática desenvolvida nos mesmos, pois a Revisão Sistemática nesta área de conhecimento é incomum e promissora. Delimitou-se a escolha a apenas artigos e editoriais, ou seja, livros, recursos textuais, atas de congresso e resenhas não foram utilizados . g) Critérios de inclusão dos artigos Os critérios de inclusão foram estabelecidos de maneira que não houvesse possíveis vertentes que fossem capazes de trazer distorção dos objetivos centrais da pesquisa. Os critérios foram: relação com o tema de pesquisa explicitados no título e/ou resumo e os descritores delimitados no item “e” deste PRS. h) Critérios de exclusão de artigos Documentos que não contenham relação com a pergunta de pesquisa; Arquivos que não possuem acesso completo e gratuito; Trabalhos em outro idioma que não fosse o português e o inglês; Trabalhos em que os descritores não estão delimitados no item “d” deste PRS; Documentos que não fossem artigos ou editoriais, ou seja, foram excluídos livros, recursos textuais, atas de congresso e resenhas; Artigos e editoriais que não foram abrangidos pelos critérios de inclusão. Os critérios de exclusão foram determinados com a finalidade de não se dispender manuseio e tratamento com trabalhos que não pertencem ao grupo de documentos que possivelmente irão contribuir significativamente com a questão de pesquisa. i) Extração e tratamento dos dados Elaboração de quadros que salientam as características de cada artigo que foi selecionado após a aplicação dos itens deste Protocolo de Revisão Sistemática no período de elaboração da presente dissertação; Os dados extraídos através dos formulários e quadros preenchidos com as informações obtidas pelos trabalhos selecionados e analisados foram consolidados e sofreram análise estatística e qualitativa. Apresenta-se, através da Figura 10, o Fluxograma de Aplicação deste Protocolo de Revisão Sistemática, que é capaz de sintetizar e evidenciar as etapas e seleções delimitadas. 59 Figura 10 - Fluxograma da Aplicação do Protocolo de Revisão Sistemática: Fonte: A autora, 2017. Através desta referida subseção e de todos os outros que o antecederam, se obtêm fundamentação teórica rigorosamente construída, a qual fornece, aos pesquisadores, compreensão generalizada a respeito dos impactos causados pelos Sistemas de Informação no controle de gestão, além de propiciar, através dos quadros e gráficos, contextualização das particularidades de cada trabalho. 4ª Etapa: Aplicação dos descritores 5ª Etapa: Análise de 38 artigos selecionados pela 4ª etapa Seleção Final com 19 estudos Execução da 6ª etapa Excluídos 192 estudos que não continham os descritores delimitados no item "e" do PRS. Excluídos 19 estudos que não possuíam relação com o item "a" do PRS 3ª Etapa: Seleção dos estudos conforme título, resumo e/ou palavra-chave através dos 14 periódicos selecionados Selecionados 230 estudos 1ª Etapa: Validação do tema 2ª Etapa: Busca de periódicos (Área: TI, TIC, SI, CG) Como os Sistemas de Informação impactam as atividades da Contabilidade Gerencial nas organizações Excluídos periódicos com estrato inferior a B2; 14 Periódicos previamente selecionados. 60 2.3 Etapas da Revisão Sistemática Apresenta-se as etapas delimitadas nesta dissertação, a fim de fornecerem organização e norteamento aos objetivos da Revisão Sistemática. O mapeamento em questão foi uma adaptação feita pela autora a partir das etapas propostas pelo Roteiro Para Revisão Bibliográfica Sistemática (CONFORTO; AMARAL; SILVA, 2011). Primeira Etapa: Validação do tema, juntamente com a elaboração do Protocolo de Revisão Sistemática (PRS), o qual foi detalhado na subseção anterior e será aplicado nas próximas etapas. A validação do tema consiste na determinação da questão que orientará a pesquisa, assim como a contextualização da fundamentação teórica que a envolve e a justificativa de sua execução. A elaboração do protocolo de RS levou em consideração elementos que são considerados vertentes durante a realização da Revisão Sistemática como: definição da pergunta de pesquisa, período a ser pesquisado, fonte de busca dos dados, idiomas selecionados, descritores utilizados, tipos de documentos, critérios de inclusão e exclusão determinados, além da extração e tratamento dos dados. Segunda Etapa: Listagem dos periódicos relevantes nas áreas de interesse do estudo e que possuem os conceitos mais elevados dentro da avaliação feita pela Capes. As grandes áreas relacionadas para determinação dos artigos foram Tecnologia da Informação (TI), Tecnologia da Informação para Comunicação (TIC), Sistemas de Informação (SI) e suas versões em inglês, como sendo uma única unidade conceitual, associada ao conceito de Controle Gerencial (ou Controle de Gestão) nas organizações. Os níveis considerados para designação dos periódicos foram os seguintes: A1, A2, B1 e B2, segundo a classificação divulgada no estrato Qualis pela grande área de Administração Pública e de Empresas, Ciências Contábeis e Turismo no ano de 2015. Com a utilização dos elementos citados acima, foram selecionados os periódicos expostos no Quadro 4: 61 61 Quadro 4 – Periódicos selecionados (Continua) ISSN TÍTULO DO PERIÓDICO Estrato Administração Estrato Computação LINHA EDITORIAL PERIODICIDADE 0360-8352 Computers & Industrial Engineering A1 A1 Publica contribuições originais para o desenvolvimento de novas metodologias informatizados para resolver problemas de engenharia industrial, e aplicações desses metodologias para os problemas de interesse para a ampla engenharia industrial e comunidades associadas. Mensal 0957-4174 Expert Systems with Applications A1 A1 Publica trabalhos relacionados com a concepção, desenvolvimento, testes, implementação e / ou gestão de sistemas especialistas e inteligentes, e também para fornecer orientações práticas no desenvolvimento e na gestão destes sistemas. Anual 0263-5577 Industrial Management + Data Systems A1 - Área Temática: Informação e Gestão do Conhecimento. Mensal 0268-1102 InformationTechnology for Development B1 - Publica pesquisa social e técnica sobre os efeitos da Tecnologia da Informação (TI) sobre o desenvolvimento econômico, social e humano. Trimestral 1993-5250 International Business Management B1 - Os escopos da revista incluem, mas não estão limitados aos seguintes campos: Contabilidade; Sistemas de InformaçãoEmpresarial; Sistemas Econômicos Comparados; Comportamento do Consumidor; Corporate Finance e Governança; Governança Corporativa, entre vários outros. Bimestral 1467-0895 International Journal of Accounting Information Systems A1 - Controle e auditabilidade dos sistemas de informação; gestão da tecnologia da informação; pesquisa da inteligência artificial em contabilidade; questões de desenvolvimento nos sistemas de contabilidade e de informação; questões de fatores humanos relacionados à tecnologia da informação; desenvolvimento de teorias relacionadas à tecnologia da informação; questões metodológicas na pesquisa em tecnologia da informação; sistemas de informação de validação; humano-computador interação pesquisa em sistemas de informação contábil. Trimestral 0268-4012 International Journal of Information Management A1 - Aspectos da gestão da informação em organizações de aprendizagem, cuidados de saúde (pacientes como trabalhadores bem de saúde e gestores), inteligência de negócios, segurança nas organizações, interações sociais e de desenvolvimento comunitário, gestão do conhecimento, design de informação e entrega, informações de cuidados de saúde, a informação para a criação de conhecimento , questões legais e regulatórias, inovações em informação, conteúdo e gestão do conhecimento, abordagens filosóficas e metodológicas à investigação de gerenciamento de informações. Bimestral 1062-7375 Journal of Global Information Management A1 B1 A revista enfatiza os aspectos gerenciais e organizacionais de gestão de recursos de tecnologia da informação. Quadrimestral 1047-8310 Journal of HighTechnology Management Research A1 - Pesquisas sobre alta tecnologia de gestão, tanto a nível micro e macro de análise. Semestral 62 62 Quadro 4 – Periódicos selecionados (Conclusão) ISSN TÍTULO DO PERIÓDICO Estrato Administração Estrato Computação LINHA EDITORIAL PERIODICIDADE 0963-8687 Journal of Strategic Information Systems A1 A2 O Jornal de Sistemas de Informação Estratégicos centra-se na gestão estratégica, negócios e questões organizacionais associadas à introdução e utilização de sistemas de informação, e considera essas questões em um contexto global. A ênfase é sobre a incorporação de TI em pensamento estratégico das organizações, alinhamento estratégico, as modalidades de organização e gestão de questões de mudança. Trimestral 0268-1072 New Technology, Work and Employment (Print) A1 - Nova Tecnologia, Trabalho e Emprego apresenta análise dos contornos cambiantes de sistemas e processos tecnológicos e organizacionais, para incentivar uma melhor compreensão das muitas dimensões da mudança tecnológica no ambiente de trabalho. A revista é eclética e multidisciplinar, convidando contribuições de todas as ciências sociais aplicadas. Seu objetivo é promover a compreensão através do debate conceitual firmemente enraizada na análise da prática atual. Trimestral 1807-1775 Journal of Information Systems and Technology Management B1 B5 A JISTEM tem como missão publicar pesquisas relevantes para a gestão da tecnologia e sistemas de informação e ciência da informação nas organizações e na sociedade em uma perspectiva multidisciplinar. Anual 1055-4181 Technology and Disability A2 - Tecnologia e Deficiência comunica o conhecimento sobre o domínio dos dispositivos e serviços de tecnologia assistiva, dentro do contexto da vida dos usuários finais - pessoas com deficiência e seus familiares. Embora os temas são de natureza técnica, os artigos são escritos para a compreensão ampla, apesar de educação ou formação do leitor. Tecnologia e conteúdo de Deficiência cobrir os esforços de pesquisa e desenvolvimento, programas de educação e de formação, actividades de serviços e de políticas e experiências de consumo. Quadrimestral 0164-1212 The Journal of Systems and Software A2 A2 O Jornal de Sistemas e Software publica artigos que cobrem todos os aspectos da engenharia de software e questões-software-sistemas de hardware relacionados. Todos os artigos devem incluir uma validação da ideia apresentada, por exemplo, através de estudos de caso, experiências, ou comparações sistemáticas com outras abordagens já em prática. Mensal Fonte: A autora, 2017 63 Terceira Etapa: Leitura dos documentos encontrados nos periódicos selecionados na etapa anterior, os quais a data de publicação pertencesse ao intervalo de tempo (2010 a 2016) estabelecido no protocolo de revisão. Esta etapa foi executada pela autora e mais três revisores, que efetuaram o primeiro filtro de documentos. O referido filtro consiste em uma leitura mais superficial, analisando se os títulos, palavras-chaves e resumos estabeleciam relação com as grandes áreas de TI, TIC, SI e Controle de Gestão. Após a realização desta etapa foram selecionados 230 documentos, os quais foram listados em um quadro que elencou as seguintes características de cada documento: - Periódico - Autores - Ano de publicação - Volume - Título - Palavra-chave Quarta Etapa: Os 230 documentos selecionados e listados na terceira etapa sofreram aplicação dos descritores e critérios delimitados no PRS. Posteriormente, com o estabelecimento deste segundo filtro, a amostra de documentos foi simplificada para apenas 36 artigos, os quais foram separados através dos descritores. Efetuou-se a leitura completa destes artigos selecionados pelo segundo filtro da RS, além da escrita de uma resenha completa sobre cada estudo. Quinta Etapa: Análise e seleção dos artigos e suas respectivas resenhas. Esta etapa é dividida em duas fases: 1ª fase - Apresenta os 36 estudos selecionados para análise através da quarta etapa, os quais foram detalhados no Apêndice B. 2ª fase - Apresenta os artigos incluídos na análise através do confronto entre a questão da pesquisa e a temática desenvolvida nos estudos. Nesta fase, analisou-se os artigos que de fato possuíam o desenvolvimento que se relacionava direta ou indiretamente com o problema proposto, ou seja, os estudos que atendiam aos critérios de inclusão e não se encaixaram nos critérios de exclusão listados no Protocolo de Revisão Sistemática. Dentro da seleção feita através dos filtros propostos pelo PRS os documentos que foram escolhidos possuíam relação com o tema. A referida questão será atendida através do conjunto de análise e interpretação advindas das pesquisas selecionadas, e não simplesmente 64 por suas conclusões e considerações finais. Estas, por sua vez, propiciam a fundamentação capaz de atender o problema da dissertação. Apresenta-se também o quadro dos periódicos atualizado que foram selecionados após a aplicação deste último filtro, através da escolha dos artigos que os representam. 65 65 Quadro 5 – Estudos incluídos na análise (Continua) Nº PESQUISA ISSN TIPO DE DOCUMENTO PERIÓDICO TÍTULO TRADUÇÃO AUTORES ANO VOLUME/ PÁGINAS PALAVRA-CHAVE 1 1807- 1775 Artigo Journal of Information Systems and Technology Management A Comparison of ERP- Sucess Measurement Aproaches Uma comparação de aproximações de mediação ERP-Sucesso Stephan A. Kronbichler, Herwig Ostermann, Roland Staudinger 2010 Vol. 7, No.2, 2010, p.281-310 ERP, success, measurement, information system, review 2 1807- 1775 Artigo Journal of Information Systems and Technology Management The Significance of Management Information Systems for Enhancing Strategic and Tatical Planning O significado da informação de gestão de sistemas e da estratégia de tática de planejamento Akram Jalal Karim 2011 Vol. 8, No. 2, 2011, p. 459-470 Management Information Systems, Strategic Planning, Tactical Planning, Decision Making Process 3 1467- 0895 Artigo International Journal of Accounting Information Systems On the convergence of management accounting and financial accounting– the role of information technology in accounting change Sobre a convergência de contabilidade de gestão e contabilidade financeira - o papel da tecnologia da informação na mudança contábil TaipaleenmäkiJani e Ikäheimo, Seppo 2013 Vol.14(4), pp.321-348 Accounting Convergence Information technology 4 1807- 1775 Artigo Journal of Information Systems and Technology Management Antecedents of end-user Satisfaction with an ERP System in a Trasnational Bank: Evaluation of User Satisfaction with Information Systems Antecedentes da Satisfação do usuário final com um ERP Sistema em um Banco Transnacional: Avaliação do Usuário e Satisfação com Sistemas de Informação Luís Kalb Roses 2011 Vol. 8, No. 2, 2011, p. 389-406 ERP system, information system success, end-user s atisfaction, system quality, information quality 5 1807- 1775 Artigo Journal of Information Systems and Technology Management Undertanding Organizational Memory From the Integrated Management Systems (ERP) Compreendendo a Memória Organizacional, a partir dos Sistemas Integrados de Gestão (ERP) Gilberto Perez e Isabel Ramos 2013 Vol. 10th, p.1-22 Human Memory, Memory Organizational, Information System, ERP. 66 66 Quadro 5 – Estudos incluídos na análise (Continuação) Nº PESQUISA ISSN TIPO DE DOCUMENTO PERIÓDICO TÍTULO TRADUÇÃO AUTORES ANO VOLUME/ PÁGINAS PALAVRA-CHAVE 6 0268- 1072 Artigo New Technology, Work and Employment Information technology change, workcomplexity and service jobs: a contingent perspective Mudança na tecnologia da informação, trabalho, complexidade e serviços: uma perspectiva de contingente Janet H. Marler e Xiaoya Liang 2012 2012, p.133- 146 technological change, work complexity, enterpriseresource planning, technological determinism, sociomateriality,service work, technology use, management of technology 7 1807- 1775 Artigo Journal of Information Systems and Technology Management Information Technology Management System: Na Analysis on Computational Model Failures for Fleet Management Sistema de Informação e Gestão da Tecnologia: Uma Análise sobre Falhas do Modelo Computacional para Gestão de Frotas Jayr Figueiredo de Oliveira, Marcelo Eloy Fernandes e Carlos Roberto Camello Lima 2013 Vol. 10, No. 3, Sept/Dec., 2013 pp.577-59 Computer System, Control System, Information Management, Information Technology, Maintenance Management. 8 0268- 1072 Artigo New Technology, Work and Employment Differential effects of ERP systems on user outcomes-a longitudinal investigation Efeitos diferenciais de sistemas ERP no usuário resultados- uma investigação longitudinal Glen D. Murphy, Artemis Chang e Kerrie Unsworth 2012 2012, p.147- 162 job enrichment, enterprise resource planning systems, organisational change. 9 1467- 0895 Artigo International Journal of Accounting Information Systems IT internal control weaknesses and firm performance: An organizational liability lens Deficiências do controle interno de TI e desempenho da empresa: Uma lente de responsabilidade organizacional M. Dale Stoel e Waleed A. Muhanna 2011 Vol. 12, 2011, p. 280–304 Internal controls, Economics of IS, Business value of IT, Sarbanes–Oxley Act (SOX), Market valuation 10 1467- 0895 Editorial International Journal of Accounting Information Systems On the relations between modern information technology, decision making and management control Sobre as relações entre a formação tecnologia, tomada de decisão e gestão de controle Markus Granlund, Jan Mouritsen e Eddy H. J. Vaassen 2013 Vol. 14, 2013, p.275– 277 management control; decision making 67 67 Quadro 5 – Estudos incluídos na análise (Continuação) Nº PESQUISA ISSN TIPO DE DOCUMENTO PERIÓDICO TÍTULO TRADUÇÃO AUTORES ANO VOLUME/ PÁGINAS PALAVRA-CHAVE 11 1467- 0895 Artigo International Journal of Accounting Information Systems The effect of auditor IT expertise on internal controls O efeito da perícia de TI do auditor nos controles internos Jacob Z. Haislipa, Gary F. Petersb e Vernon J. Richardsonb 2016 Vol. 20, 2016, p.1-15 Internal control material weaknessAudit qualityInformation technology 12 1467- 0895 Artigo International Journal of Accounting Information Systems The use of technology- structured management controls: changes in senior management’s decision- making behaviours O uso de controles de gestão estruturados por tecnologia: mudanças nos comportamentos de tomada de decisão da alta gerência Angela Liew 2015 Vol. 17, 2015, p.37- 64 Case study Information technology Management control New product development 13 1993- 5250 Artigo International Business Management The Critical Success Factors for the Use of Information Systems and its Impact on the Organizational Performance Fatores Críticos de Sucesso para o Uso de Sistemas de Informação e seu Impacto no Desempenho Organizacional Sri Mulyani, Rohail Hassan e Fajar Anugrah 2016 Vol.10(4), pp.552-560 Auto-eficácia, atitude pessoal, normas subjetivas, sistema de informação contábil, organização 14 1993- 5250 Artigo International Business Management Influence of User Involvement and Management of Accounting Information Systems on User Satisfaction Influência do Envolvimento do Usuário e da Gestão de Sistemas de Informação Contábil sobre a Satisfação dos Usuários Ilham Hidayah Napitpulo e Abdul Rahman Dalimunthe 2016 Vol.10(9), pp.1701- 1707 Management accouting information systems, user satisfaction and user involvement, information, organization's, explanatory 15 1993- 5250 Artigo International Business Management Improving quality of accounting information through transformational leadership: a review Melhorar a qualidade da informação contábil através da liderança transformacional: uma revisão Nelsi Wisna 2016 Vol.10(12), pp.2406- 2012 Leadership, transformational leadership, quality, accouting information system, accouting information 68 68 Quadro 5 – Estudos incluídos na análise (Conclusão) Nº PESQUISA ISSN TIPO DE DOCUMENTO PERIÓDICO TÍTULO TRADUÇÃO AUTORES ANO VOLUME/ PÁGINAS PALAVRA-CHAVE 16 1467- 0895 Artigo International Journal of Accounting Information Systems Extent of managerial IT use, learning routines, and firmperformance: A structural equation modeling of their relationship Extensão do uso gerencial de TI, rotinas de aprendizado e empresaDesempenho: uma modelagem de equações estruturais de sua relação Adam S. Maiga;Anders Nilsson e Fred A. Jacobs 2013 Vol.14(4), pp.297-320 Managerial IT use,Control,Learning routines,Product quality,Cost improvement,Customer satisfaction,Firm profitability,Structural equation modeling 17 1807- 1775 Artigo Journal of Information Systems and Technology Management A Theoretical Analysis of Key Points When Choosing Open Source ERP Systems Uma Análise Teórica dos Principais Tópicos para a Escolha de Sistemas ERP Open Source Fernando Gustavo Dos Santos Gripe e Ildeberto Aparecido Rodello 2011 Vol. 8, No. 2, 2011, p. 441-458 Management Integrated Systems, Open Source ERP Systems, Information Systems, Information Technology, Business Managemen 18 1467- 0895 Artigo International Journal of Accounting Information Systems ERP in action — Challenges and benefits for management control in SME context ERP em ação - Desafios e benefícios para o controle de gestão no contexto das PME Henri Teittinen, Jukka Pellinen e Marko Järvenpää 2013 Vol.14(4), pp.278 -296 ERP system Managementcontrol Challenges Benefits 19 1807- 1775 Artigo Journal of Information Systems and Technology Management The Development of Value Systems in the Portuguese insurance sector and the Role of Information Systems O Desenvolvimento dos sistemas de valor do setor segurador português e o papel dos sistemas de informação Bruno Alexandre Ribeiro Marques 2013 Vol. 10, No. 3, Sept/Dec., 2013 pp. 463-482 Relacionamentos interorganizacionais; níveis de colaboração; Gestão de Parcerias; Impactos dos Sistemas de Informação; IT Governance. Fonte: A autora, 2017. 69 Apresenta-se também o Quadro 6 que mostra os periódicos utilizados Quadro 6 – Periódicos selecionados Fonte: A autora, 2017. Através da leitura, elaboração de resenhas e posterior seleção dos estudos, chegou-se aos periódicos elencados no Quadro 6. Sexta Etapa: Extração e interpretação dos dados contidos nos artigos selecionados. Após aplicação rigorosa e sistemática das vertentes levantadas pelo protocolo de Revisão Sistemática esta pesquisa elencou 18 artigos e 01 editorial, os quais foram julgados pelos revisores e pela aplicação do PRS como aptos a colaborarem com a presente pesquisa. Para a compilação dos dados contidos nos trabalhos escolhidos formou-se uma evidenciação das características principais através dos quadros de extração dos dados. Foram preenchidos cinco formulários que foram capazes de elencar as particularidades dos artigos, ao mesmo tempo que forneceram consolidação eficaz e clara dessas informações. A interpretação dos dados coletados foi realizada na forma de gráficos que demonstram de forma compilada a extração dos dados e propiciam melhor compreensão, consequentemente interpretação e análise das informações mais relevantes. Nesta etapa, pode- se observar as considerações importantes feitas sobre os artigos selecionados e, assim, se alcançar os objetivos estabelecidos por essa revisão sistemática. 2.3.1 Metodologia utilizada nos estudos A metodologia utilizada nos estudos selecionados é exposta no Quadro 7, evidenciando os objetivos, abordagem e procedimentos técnicos das pesquisas em questão. ISSN Título do Periódico Estrato Periodicidade 1993-5250 International Business Management B1 Bimestral 1467-0895 International Journal of Accounting Information Systems A1 Trimestral 0268-1072 NewTechnology, Work and Employment (Print) A1 Trimestral 1807-1775 Journal of Information Systems and Technology Management B1 Anual 70 Esta evidenciação se torna necessária para identificarmos as particularidades quanto aos caminhos adotados pelos autores no que tange à temática proposta. Quadro 7 - Metodologia utilizada nos estudos (Continua) N◦ Pesquisa Título Objetivos de Pesquisa Abordagem da Pesquisa Procedimentos Técnicos 1 Uma comparação de aproximações de mediação ERP-Sucesso Descritiva Qualitativa Pesquisa bibliográfica/ Levantamento 2 O significado da informação de gestão de sistemas e da estratégia de tática de planejamento Exploratória/ Descritiva Quantitativa Estudo de Caso 3 Sobre a convergência de contabilidade de gestão e contabilidade financeira - o papel da tecnologia da informação na mudança contábil Descritiva Qualitativa Pesquisa bibliográfica/ Levantamento 4 Antecedentes da Satisfação do usuário final com um ERP Sistema em um Banco Transnacional: Avaliação do Usuário e Satisfação com Sistemas de Informação Descritiva/ Exploratória Quantitativa Estudo de Caso 5 Compreendendo a Memória Organizacional, a partir dos Sistemas Integrados de Gestão (ERP) Ensaio Qualitativa Pesquisa bibliográfica 6 Mudança na tecnologia da informação, trabalho, complexidade e serviços: uma perspectiva de contingente Exploratória Quantitativa Estudo de Caso 7 Sistema de Informação e Gestão da Tecnologia: Uma Análise sobre Falhas do Modelo Computacional para Gestão de Frotas Descritiva Qualitativa Estudo de Caso 8 Efeitos diferenciais de sistemas ERP no usuário resultados-uma investigação longitudinal Descritiva Quantitativa Estudo de Caso 9 Deficiências do controle interno de TI e desempenho da empresa: Uma lente de responsabilidade organizacional Exploratória Quatitativa Pesquisa bibliográfica/ Levantamento 10 Sobre as relações entre a formação tecnologia, tomada de decisão e gestão de controle Descritiva Qualitativa Pesquisa bibliográfica 11 O efeito da perícia de TI do auditor nos controles internos Exploratótia Quantitativa/ Qualitativa Pesquisa bibliográfica/ Levantamento 12 O uso de controles de gestão estruturados por tecnologia: mudanças nos comportamentos de tomada de decisão da alta gerência Explicativa/ Descritiva Qualitativa Estudo de Caso 71 Quadro 7 - Metodologia utilizada nos estudos (Conclusão) N◦ Pesquisa Título Objetivos de Pesquisa Abordagem da Pesquisa Procedimentos Técnicos 13 Fatores Críticos de Sucesso para o Uso de Sistemas de Informação e seu Impacto no Desempenho Organizacional Descritiva Quantitativa Pesquisa bibliográfica/ Levantamento 14 Influência do Envolvimento do Usuário e da Gestão de Sistemas de Informação Contábil sobre a Satisfação dos Usuários Explicativa Quantitativa Pesquisa bibliográfica/ Levantamento 15 Melhorar a qualidade da informação contábil através da liderança transformacional: uma revisão Descritiva Qualitativa Pesquisa bibliográfica 16 Extensão do uso gerencial de TI, rotinas de aprendizado e empresaDesempenho: uma modelagem de equações estruturais de sua relação Descritiva/ Exploratória Quantitativa Pesquisa bibliográfica/ Levantamento 17 Uma Análise Teórica dos Principais Tópicos para a Escolha de Sistemas ERP Open Source Explicativa Qualitativa Pesquisa bibliográfica 18 ERP em ação - Desafios e benefícios para o controle de gestão no contexto das PME Descritiva/ Exploratória Qualitativa Estudo de Caso 19 O Desenvolvimento dos sistemas de valor do setor segurador português e o papel dos sistemas de informação Exploratória Quantitativa/ Qualitativa Pesquisa bibliográfica/ Levantamento Fonte: A autora, 2017. Como exposto no Quadro 7 os objetivos quanto às pesquisas foram divididos em: pesquisa descritiva, explicativa e/ou exploratória. Conforme Gil (2002) as pesquisas descritivas são a maioria das pesquisas elaboradas, tem como principal objetivo descrever particularidades de certa população ou fenômeno. As pesquisas explicativas estabelecem como principal vertente a identificação de fatores que determinam o acontecimento de fenômenos e possuem elevado aprofundamento do conhecimento da realidade. São considerados os estudos mais complexos e delicados; pesquisas exploratórias têm como primordial finalidade aprimorar ideias, realizar descobertas, além de tornar o problema mais explícito possível e/ou construir hipóteses. As ponderações de Gil (2002) expostas são pertinentes quanto a suas aplicações nos trabalhos selecionados pela Revisão Sistemática, pois o maior número de pesquisas quanto aos objetivos são descritivas, a quantidade de pesquisas exploratórias é mediana e o número de pesquisas explicativas é reduzido, tendo em vista o nível de complexidade e detalhamento. A abordagem da pesquisa pode ser qualitativa, quantitativa ou pode conter tanto a abordagem qualitativa quanto a quantitativa. Os autores que optam por estudos com abordagem quantitativa entendem que podem quantificar e expressar em números seus resultados e conclusões. As pesquisas que são de natureza qualitativa destacam as vertentes, 72 comentários e observações de forma teórica. Os estudos analisados por esta RS obtiveram percentual maior na abordagem qualitativa, embora o número de trabalhos feitos a partir de uma abordagem quantitativa também foi considerável,além dos estudos que optaram pelas duas abordagens. Gráfico 1 - Distribuição da abordagem das pesquisas Fonte: A autora, 2017. Em relação aos procedimentos técnicos foram encontrados nos artigos presentes nessa RS: estudos de caso, levantamentos e pesquisas bibliográficas. Conforme Gil (2002, p. 54) os estudos de casos podem ser definidos como um “estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos, de maneira que permita seu amplo e detalhado conhecimento”. Já os levantamentos são caracterizados por entrevistas diretas e solicitação de informações a grandes grupos de pessoas. As pesquisas com procedimentos técnicos bibliográficos são sintetizadas por Gil (2002, p. 44) da seguinte maneira: [...] é desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos. Embora em quase todos os estudos seja exigido algum tipo de trabalho dessa natureza, há pesquisas desenvolvidas exclusivamente a partir de fontes bibliográficas. As pesquisas sobre ideologias, bem como aquelas que se propõem à análise das diversas posições acerca de um problema, também costumam ser desenvolvidas quase exclusivamente mediante fontes bibliográficas. Nos procedimentos técnicos utilizados nos estudos selecionados destacam-se as pesquisas que optaram pelo levantamento de informações através de contato direto com as pessoas, além do levantamento de referências bibliográficas de forma contundente. Por sua vez, os estudos de casos também foram estratégias de pesquisa, com alto nível de utilização. 73 2.3.2 Distribuição das Publicações por Ano O ordenamento das publicações dos trabalhos escolhidos para esta RS ao longo dos últimos sete anos é exposto na Tabela 1. Tabela 1 - Distribuição das publicações por ano no período de 2010 a 2016 Ano Quantidades % 2010 1 5,26 2011 4 21,06 2012 2 10,52 2013 7 36,83 2015 1 5,26 2016 4 21,06 Total 19 100,00 Fonte: A autora, 2017. Pode-se perceber que os anos que mais contiveram publicações na temática estudada foram os anos de 2011, 2013 e 2016, porém destaca-se especificamente o ano de 2013 com 36,83% do total de publicações por ano. Gráfico 2 - Distribuição das publicações por ano no período de 2010 a 2016 Fonte: A autora, 2017. Percebe-se que no ano de 2014 não houve nenhuma publicação que atendesse os critérios do PRS utilizado nesse trabalho, demonstrando um fenômeno atípico no intervalo de tempo observado. Os anos de 2010, 2012 e 2015 também apresentam índices baixos de publicações. 74 2.3.3 País de origem dos autores Percebe-se a distribuição dos países de origem dos autores dos 19 trabalhos selecionados pela Revisão Sistemática, através da Tabela 2. Tabela 2 - Distribuição das publicações por país de origem dos autores País Quantidade % Brasil 8 21.05 EUA 8 21.05 Finlândia 5 13,16 Austrália 3 7,80 Áustria 3 7,80 Indonésia 3 7,80 China 2 5,26 Holanda 2 5,26 Bahrein 1 2,63 Dinamarca 1 2,63 Malásia 1 2,63 Nova Zelândia 1 2,63 Total: 38 100,00 Fonte: A autora, 2017. No levantamento dos dados da Tabela 2 observa-se grande gama de países de origem dos autores, fato que revela significativo interesse mundial a respeito do tema proposto. Além da vasta diversidade de realidades, estratégias, negócios e consequentemente a caracterização de contextos diferenciados. Este fato, torna a presente dissertação um estudo singular em termos de sua abrangência. 75 Gráfico 3 - Distribuição das publicações por país de origem dos autores Fonte: A autora, 2017 Destaca-se o Brasil, país no qual este presente estudo foi elaborado, pela representatividade na quantidade de publicações relacionadas com a questão de pesquisa. É importante salientar que as circunstâncias em que este estudo foi elaborado não influenciou este resultado, tendo em vista que a seleção dos artigos foi totalmente imparcial e organizada de forma sistêmica a partir da aplicação do Protocolo de Revisão Sistemática. Apesar de o Brasil possuir o maior percentual de publicações (21,5%), a maior parte dos artigos foram publicados na língua inglesa e não na língua portuguesa. A partir destes dados, entende-se que o país possui grande relevância no que tange às grandes áreas de Tecnologia da Informação e Controle Gerencial, até mesmo nos Estados Unidos, que obtiveram o mesmo nível de percentual (21,5%). 76 3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS Nesta seção aborda-se a discussão dos resultados e efetua-se a análise dos referidos resultados com a utilização de quadros, tabelas e gráficos. Após a seleção de documentos, norteadas pela execução da Revisão Sistemática e aplicação do Protocolo de RS, analisou-se, criteriosamente, os dezenove trabalhos escolhidos, com a finalidade de extrair e avaliar as informações, descobertas, comprovações e evidenciações realizadas pelos autores através da escrita dos seus trabalhos. Utilizando formulários de extração de dados para elaborar os quadros apresentados e, a partir destes, construir as tabelas e gráficos que expõem informações extraídas de maneira suficiente para a posterior análise e discussão. A presente seção está dividida em três importantes subseções. A primeira salienta particularidades através das conclusões e considerações finais de cada estudo. A seguinte subseção relata a categorização dos dados, no que tange o impacto na Contabilidade Gerencial nas organizações. Finalmente a terceira subseção trata dos pressupostos impactados pela utilização da TI, os quais compõem a Contabilidade Gerencial (Planejamento, Controle e Tomada de Decisões), além de expor a significância do fator profissional nas atividades executadas a partir da utlilização dos SIs. 3.1 Levantamento dos Resultados por Pesquisa O título, a tradução, os autores, o resumo e os pontos relevantes e resultados obtidos pelos estudos selecionados através da RS são apresentados nesta subseção. Apesar de ter sido efetuado filtro com o descritor ERP foram selecionados estudos que não evidenciaram diretamente o ERP, mas salientaram a Tecnologia da Informação de uma forma geral e suas ferramentas. Entende-se os Sistemas de Informação de Gestão, Sistema de Informação Contábil, Tecnologia da Informação e Sistemas Integrados de Gestão como um único segmento, de forma que o ERP esteja englobado neste segmento, assim como foi estudado na primeira seção desta pesquisa. Esta subseção também tem a finalidade de expor a importância de cada trabalho, além de demonstrar as diversas formas, sugestões e opiniões que cercam um mesmo tema, evidenciando assim, a relevância da interpretação dos dados e as ferramentas de apresentação e consolidação dos mesmos. 77 1) Título: A Comparison of ERP-Sucess Measurement Aproaches Tradução: Uma comparação de aproximações de mediação ERP-Sucesso Autores: Stephan A. Kronbichler, Herwig Ostermann e Roland Staudinger Resumo: Os projetos de ERP são objetos complexos que influenciam as principais operações internas e externas das empresas. Este trabalho de pesquisa mostra alguns dos modelos mais importantes desenvolvidos na literatura que medem o sucesso do ERP e uma visão geral das diferentes abordagens dos modelos. Uma análise que mostra as forças, fraquezas e os casos em que o modelo específico poderia ser usado. Pontos a serem destacados: Qualidade do sistema, qualidade da informação, utilização, satisfação do usuário, impacto individual e impacto organizacional são as principais dimensões de medição de sucesso do SI, o modelo mais usual é DeLone & McLean. 2) Título: The Significance of Management Information Systems for Enhancing Strategic and Tatical Planning Tradução: O significado dos Sistemas de Informações Gerenciais e da melhoria noplanejamento estratégico e tático Autor: Akram Jalal Karim Resumo: Sistemas de Informação de Gestão (SIG) é o fator chave para facilitar e alcançar a tomada de decisão em uma organização. Esta pesquisa explora até que ponto os sistemas de informação que foram implementados colaboram para tomar decisões bem-sucedidas em duas organizações internacionais. O SIG é considerado um sistema integrado de máquina-usuário que fornece informações, operações de apoio, gestão e tomada de decisões a vários níveis de uma organização. As literaturas apresentadas neste estudo demonstram um papel significativo do SIG no processo de tomada de decisão em uma organização. Pontos a serem destacados: Os resultados das estatísticas descritivas revelam que o SIG foi melhor utilizado no Planejamento estratégico (longo prazo) no banco. Também revelou que o SIG é o implemento no planejamento tático. O estudo destacou que o SIG deveria ser acessível e deveria fornecer informações apropriadas e de alta qualidade de sua geração para seus usuários. O estudo desenvolveu duas variáveis independentes (planejamento estratégico e planejamento tático) e uma variável dependente (eficácia da tomada de decisão bancária). Com os resultados deste estudo esperam ajudar especificamente a alta administração do banco e organizações em geral para desenvolver o design, manutenção e implementação do SIG para melhorar o processo de tomada de decisão. 3) Título: On the convergence of management accounting and financial accounting – the role of information technology in accounting change Tradução: Sobre a convergência de contabilidade de gestão e contabilidade financeira - o papel da tecnologia da informação na mudança contábil Autores: Taipaleenmäki Jani e Ikäheimo Seppo Resumo: Baseando-se no modelo analítico de Hemmer e Labro (2008), em que a perspectiva prospectiva da FA leva ao MA orientado para o futuro, construímos um enquadramento conceitual para analisar essa convergência. De acordo com esse enquadramento, a tecnologia da informação (TI) serve como facilitadora, catalisadora, motivadora ou mesmo facilitadora da convergência de MA e FA. Nós argumentamos ainda que a convergência é um fenômeno muito mais amplo do que o reivindicado por Hemmer e Labro. Em primeiro lugar, abrange o domínio técnico e tecnológico, incluindo a integração intencional de sistemas de informação e software, bem como a combinação intencional de métodos ou padrões, que se prolonga posteriormente para o domínio comportamental e organizacional com o alinhamento (não) intencional em relação a 78 funções e processos Bem como a convergência (não) intencional em relação ao trabalho e aos papéis. A aplicabilidade deste enquadramento conceitual é ilustrada com um conjunto de exemplos. Apresentamos ilustrações das manifestações e resultados da convergência no domínio técnico e tecnológico (relacionados a padrões contábeis, relatórios discricionários, medição de desempenho, preços de transferência, análise de concorrentes, clientes e empreiteiros, due diligence em M & A) e comportamental e organizacional Domínio da manifestação (relacionado aos processos contábeis, ao trabalho e ao papel dos contadores, sistemas de incentivo, contabilidade e controle em empresas multinacionais, controle de redes comerciais, conselho de administração e capitalistas de risco). Com base em nossas observações, concluímos que os elementos de FA com visão de futuro são muitas vezes interligados com MA e vice-versa e que a convergência no domínio técnico e tecnológico parece preceder a convergência no domínio comportamental e organizacional. Na maioria de nossas observações, a TI desempenha um papel importante ou mesmo crucial neste processo de convergência. À luz dessas observações de convergência, abrimos várias vias para novas pesquisas. Pontos a serem destacados: O fato da convergência não ter sido uma direção clara anteriormente pode ser explicado pela falta anterior de um elemento-chave, ou seja, tecnologia da informação que poderia facilitar, catalisar, motivar, ou mesmo permitir a convergência. As manifestações e resultados da convergência apresentadas neste estudo indicam que a TI tem um papel dominante como facilitador desse processo. Embora a integração de SI tem sido amplamente adotada pelas empresas, uma tendência geral de convergência tem se tornado mais evidente, através das plataformas tecnológicas cada vez mais avançadas. 4) Título: Antecedents of end-user Satisfaction with an ERP System in a Trasnational Bank: Evaluation of User Satisfaction with Information Systems Tradução: Antecedentes da Satisfação do usuário final com um ERP Sistema em um Banco Transnacional: Avaliação do Satisfação do Usuário com Sistemas de Informação Autor: Luís Kalb Roses Resumo: O principal objetivo deste estudo é identificar os antecedentes de satisfação do usuário final com Enterprise Resource Planning (ERP), no contexto de um Banco transnacional. A teoria do sucesso do Sistema de Informação (SI) é aplicada para a satisfação da computação do usuário final (EUCS). Os dados quantitativos são analisados através de técnicas estatísticas multivariadas enquanto que os dados qualitativos são analisados através da técnica de análise de conteúdo. Os resultados indicam queo modelo EUCS é pertinente para o contexto dos sistemas ERP para uma rápida coleta de dados e percepção da satisfação do usuário; contudo, sugere-se a continuidade da sua avaliação em outros contextos de pesquisa e categorias adicionais devem ser considerados como antecedentes do IS. Pontos a serem destacados: Como um modelo de avaliação, a satisfação do usuário final ajuda na gestão do cliente-fornecedor ERP. Além disso, a melhora sugerida das categorias antecedentes, suas construções respectivas, tem um efeito prático nas atitudes diárias de gestão de uma perspectiva de satisfação do usuário final. As dimensões que determinam a percepção do usuário foram destacadas em conjunto com as categorias definidas pela qualidade do SI e da informação como segue abaixo. As categorias definidas pela qualidade do sistema foram: A) a oportunidade de o sistema oferecer respostas oportunas aos pedidos de informação ou ação ("O sistema é as vezes muito lento [...] "); B) flexibilidade ou a versatilidade do sistema para ser adaptada às novas ou novas exigências do usuário final ("Como os requisitos para os bancos centrais e para a 79 administração do ramo mudam muito, o sistema não é flexível para atender a esses novos requisitos [...]"); C) facilidade de uso ou quão fácil o sistema é operar para acessar ou extrair informações ("eu acho difícil conseguir o que eu quero [...]"); D) integração ou a forma como o sistema permite a integração de dados de várias fontes ou áreas diferentes da empresa ("Outros sistemas são necessários para encontrar e alimentar informações de entrada [...]"); E) confiabilidade ou a confiabilidade da operação do sistema ou confiabilidade de seu desempenho contínuo ("Seria útil ter uma opção que poderia nos impedir de pagar a mesma fatura duas vezes [...]"). As categorias definidas pela qualidade da informação foram: A) precisão ou a percepção do usuário de que as informações estão corretas ("Os números de lucro produzidos pelo sistema em 2000 foram completamente incorretos [...]"); B) moeda ou percepção do usuário do grau em que a informação está atualizada ("O razão geral [transações monetárias sob a forma de débitos e créditos] não é em tempo real [...]"); C) Conteúdo ou o grau em que o sistema fornece todas as informações necessárias ("O sistema não nos fornece todas as informações que precisamos para o nosso controle [...]", "A informação disponível não atende aos nossos requisitos [...]"); D) formato ou percepção do usuário de quão bem a informação é apresentada ("Há muitos relatórios para cada módulo [do sistema], mas nenhum para uma visão geral [...]"). 5) Título:Undertanding Organizational Memory From the Integrated Management Systems (ERP) Tradução: Compreendendo a Memória Organizacional, a partir dos Sistemas Integrados de Gestão (ERP) Autores: Gilberto Perez e Isabel Ramos Resumo: Com esta pesquisa, no formato de ensaio teórico abordou-se o tema da Memória Organizacional e os Sistemas Integrados de Gestão (ERP), buscando apresentar alguns indícios de como este tipo de sistema pode colaborar para a consolidação de algumas funcionalidades da Memória Organizacional. A partir de uma revisão teórica sobre os conceitos da Memória Humana, com extensão à Memória Organizacional e Sistemas de Informação, com ênfase nos Sistemas Integrados de Gestão (ERP), procurou-se estabelecer um paralelo entre as funcionalidades e estruturas da Memória Organizacional e as funcionalidades e características dos ERPs. A escolha do sistema ERP para este estudo deveu-se à complexidade e escopo abrangente deste sistema. Pôde-se constatar que os ERPs suportam de forma adequada algumas funções da Memória Organizacional, com destaque à implementação das lógicas, processos, práticas e regras vigentes de negócio. Pontos a serem destacados: A má implantação do ERP, falhas na customização e até mesmo, em seu uso indevido, podem implicar em dificuldades na aquisição de informação, na recuperação de informação sob a forma de representações de conhecimentos, no armazenamento nos arquivos, nos ajustes efetuados na informação recuperada e as diversas necessidades na tomada de decisão. Pôde-se constatar que os ERPs suportam de forma adequada algumas funções da Memória Organizacional, com destaque à implementação das lógicas, processos, práticas e regras vigentes de negócio. Porém algumas vertentes da Contabilidade Gerencial não foram atendidas pelo software 80 6) Título: Information technology change, work complexity and service jobs: a contingent perspective Tradução: Mudança na tecnologia da informação, trabalho, complexidade e serviços: uma perspectiva de contingente Autores: Janet H. Marler e Xiaoya Liang Resumo: Examinamos o impacto contingente da implementação de um sistema de tecnologia de informação empresarial (Enterprise Planejamento de Recursos) sobre as percepções de complexidade do trabalho em questões clericais, técnicos e gerenciais. Usando amostras de controle de dados de pesquisa de funcionários, comparar as percepções pré e pós-intervenção sobre a complexidade do trabalho e importância das habilidades analíticas em três níveis hierárquicos níveis de trabalho: administrativo, técnico e gerencial. Nós achamos que os empregados em cargos clericais, no nível mais baixo da hierarquia, um aumento significativo da complexidade do trabalho e necessidade de habilidades analíticas, enquanto que os empregos do serviço gerencial não. Implicações para a teoria, gestão da tecnologia e da política de emprego. Pontos a serem destacados: O software afeta os trabalhos de serviço administrativo, o estudo de campo de uma implementação de ERP em uma organização de serviços sugere que grandes mudanças de TI afetam a natureza do trabalho, as alterações não ocorrem uniformemente em todos os trabalhos. Os resultados sugerem empregos de nível na experiência da organização a maioria de mudança com a demanda para a análise de habilidades para funcionários de nível inferior. Enquanto os resultados mostram que o uso de tecnologia cliente-servidor e ERP aumenta percepções individuais de complexidade em todos os tipos de trabalho, aqueles em trabalhos de escritório são mais visíveis. 7) Título: Information Technology Management System: Na Analysis on Computational Model Failures for Fleet Management Tradução: Sistema de Informação e Gestão da Tecnologia: Uma Análise sobre Falhas do Modelo Computacional para Gestão de Frotas Autores: Jayr Figueiredo de Oliveira, Marcelo Eloy Fernandes e Carlos Roberto Camello Lima Resumo: Este artigo propõe um modelo de tecnologia de informação para avaliação de falhas na gestão de frotas. A pesquisa qualitativa realizada por um estudo de caso numa empresa de Transporte Rodoviário Interestadual no Estado de São Paulo, propôs estabelecer relações entre as ferramentas computacionais e a necessidade de informações, fidedignas e em intervalos de tempo aceitáveis como válidas, para as tomadas de decisão, confiabilidade, disponibilidade e gestão de sistemas. Adicionalmente, o estudo visou fornecer informações relevantes e precisas, de forma a minimizar e mitigar ações de falhas que possam ocorrer, comprometendo o funcionamento de toda a base operacional da organização. Pontos a serem destacados: Dentro dos benefícios advindos da utilização do modelo computacional proposto se evidencia o estabelecimento de relações entre as ferramentas computacionais e a necessidade de informações, fidedignas e em intervalos de tempo aceitáveis como válidas, para as tomadas de decisão, confiabilidade, disponibilidade e gestão de sistemas. Outro aspecto importante que merece ser destacado é o tempo significativo para a tomada de decisões. Tempo de afrouxamento para retirada de informação, dados unificação em um repositório único e confiável, redução do fluxo de papel para tomada de decisão da divulgação de informação a outros domínios da organização. Em meio a esse cenário estratégico, um novo modelo computacional propicia mobilidade à empresa para simular resultados, visualizar tendências de falhas e modelar novos ambientes. Além de fortalecer a vantagem competitiva da entidade. 81 Com o resultado da adoção do novo modelo computacional se recuperou em torno de 40% "velocidade de resposta ao fracasso". Através deste novo modelo computacional, a informação é atualizada com velocidade, pois, os profissionais envolvidos tornaram-se alertas e conscientes de como interpretar o que está acontecendo, assim o funcionário sabe como proceder e monitorar cada acontecimento. 8) Título: Differential effects of ERP systems on user outcomes-a longitudinal investigation Tradução: Efeitos diferenciais de sistemas ERP no usuário resultados-uma investigação longitudinal Autores: Glen D. Murphy, Artemis Chang e Kerrie Unsworth Resumo: Adotando um modelo de enriquecimento de trabalho, apresentamos uma investigação sobre o impacto percebido de uma Empresa de Sistema de Planejamento de Recursos (ERP) nas características de design do trabalho do usuário. Nossos resultados indicaram que, no contexto de um centralização e normalização, a medida em que os usuários perceberam um aumento ou diminuição no enriquecimento de trabalho foi associado a aspectos como a autoridade formal e a natureza do seu papel de trabalho. Experiência operacional empregados proficientes no sistema legado original percebido protocolos do sistema ERP para restringir suas ações, limitar o treinamento e aumentar a dependência de outros no fluxo de trabalho. Por outro lado, utilizadores gerenciais reportaram uma série de benefícios disponibilidade de relatórios, maior transparência organizacional e enriquecimento de trabalho global. Esses resultados tem argumento relativo à relação entre os ERPs com uma intenção de padronização e resultados positivos de enriquecimento de trabalho para usuários gerenciais e resultados negativos relacionados às operacionais. Pontos a serem destacados: Através do ERP os utilizadores gerenciais reportaram uma série de benefícios, entre eles, a disponibilidade de relatórios, maior transparência organizacional e enriquecimento de trabalho global. Por outro lado, argumenta-se que o ERP com uma intenção de padronização provavelmente resultaria em uma redução no enriquecimento do trabalho para os usuários operacionais, resultando em um aumento no enriquecimento do trabalho para usuários gerenciais. Vale a pena salientar que o enriquecimento da capacidade de tecnologia ERP é moderada pela intenção e tipo de ERP que está sendo implementado. 9)Título: IT internal control weaknesses and firm performance: Na organizational liability lens Tradução: Deficiências do controle interno de TI e desempenho da empresa: Uma lente de responsabilidade organizacional Autores: M. Dale Stoel e Waleed A. Muhanna Resumo: Neste artigo, (a) avançamos uma perspectiva de responsabilidade organizacional a questão do valor de controle interno de TI; E (b) usar a configuração única prevista pela promulgação da Lei Sarbanes-Oxley de 2002 (SOX) .O valor comercial da TI investiga a relação entre as fraquezas de controle interno de TI Sarbanes-Oxley Act (SOX) (ICWs) e ambos os lucros contábeis (uma medida contemporânea de desempenho de mercado) e valor de mercado (uma medida prospectiva, ajustada pelo risco do desempenho da empresa). Usando um conjunto de dados que fornece avaliações anuais auditadas da efetividade de controles internos de TI e não-TI para a totalidade de empresas que são negociadas pela SOX, concluímos que as empresas que relatam ICW TI têm ganhos contábeis menores em comparação com firmas com controles internos de TI fortes. Em geral, nossos resultados fornecem evidência empírica que sugere que os controles internos de TI são uma necessidade estratégica e que o risco dos sistemas de informação é 82 determinado pelo mercado de capitais. As implicações destes resultados para a teoria e prática são discutidas. Pontos a serem destacados: Concluiu-se que as empresas que relatam fraqueza de controle interno de TI, têm ganhos contábeis menores em comparação com firmas com controles internos de TI fortes. Em geral, os resultados fornecem evidência empírica que sugere que os controles internos de TI são uma necessidade estratégica e acredita-se que este estudo é o primeiro a documentar a ligação fundamental entre fraqueza de controle interno de TI e desempenho atual, oferecendo uma explicação de como (e evidência do mecanismo através do qual) fraqueza de controle interno de TI geram impactos dos investidores avaliação do desempenho futuro da empresa. 10) Título: On the relations between modern information technology, decision making and management control Tradução: Sobre as relações entre a formação tecnologia, tomada de decisão e gestão de controle Autores: Markus Granlund, Jan Mouritsen e Eddy H. J. Vaassen Resumo: Não é de estranhar que as modernas tecnologias de informação (TI) sejam importantes para a forma como é possível mobilizar o controle contabilístico e de gestão (MC). As duas últimas décadas de pesquisa desenvolveram compreensão das várias maneiras pelas quais a TI abriu o MC para um conjunto de novos mecanismos para organizar, calcular e facilitar a tomada de decisões e o controle. Esta pesquisa cresceu a partir de um interesse curioso em como a TI poderia ser um recurso para MC para contas mais nuançadas de TI sendo não apenas um facilitador, mas também uma fonte de restrição (Hald e Mouritsen, 2013). Pontos a serem destacados: Relatou-se evidência que aponta para toda uma variedade de efeitos heterogêneos da TI em práticas de cálculo, reorganização societária e, de fato, no papel de contabilistas. Há uma necessidade urgente de seguir as pistas e estudar mais as relações entre a TI moderna, Tomada de Decisão e o Controle de Gestão. 11) Título: The effect of auditor IT expertise on internal controls Tradução: O efeito da perícia de TI do auditor nos controles internos Autores: Jacob Z. Haislipa, Gary F. Petersb e Vernon J. Richardsonb Resumo: As deficiências materiais nos controles internos relacionados à tecnologia da informação (TI) representam ameaças ás organizações. Utilizando o auditor externo como exemplo de uma governança observável externamente mecanismo, investigamos se as empresas com deficiências de controle interno de TI desvinculação com seu auditor atual. Nossos testes mostram que a evidência prévia das estratégias de em ambos os contextos de TI e não-TI. De particular interesse para o nosso estudo, documentamos uma associação positiva entre empresas que reportam material de TI fraquezas e subsequentes demissões ou comutação de auditores. Em seguida investigaremos o potencial controle interno benefícios de mudar para auditores com maior experiência em ambientes que enfatizam a importância da TI. Argumentamos que uma maior expertise em TI de auditoria promove controles internos aprimorados para seus clientes, Controles dependentes da TI. Encontramos que os clientes que mudam para auditores com maior experiência em TI, em relação ao seu ex-auditor, têm maior probabilidade de remediação de fraqueza material dentro debilidades de controlo. Complementando essas descobertas, descobrimos que a auditoria de TI é negativamente associadas a deficiências de material não informático e de TI numa definição de relatórios ex ante. A literatura anterior um interesse de longa data tanto no incentivo para desenvolver perícia de auditoria quanto 83 nos efeitos dessa perícia. Contribuímos para este fluxo de literatura fornecendo evidências adicionais relacionadas a um tipo específico de especialização. Pontos a serem destacados: A melhoria do treinamento em TI pode melhorar a qualidade das auditorias e os resultados dos relatórios financeiros dos clientes, além do controle, consequentemente tomada de decisão. 12) Título: The use of technology-structured management controls: changes in senior management’s decision-making behaviours Tradução: O uso de controles de gestão estruturados por tecnologia: mudanças nos comportamentos de tomada de decisão da alta gerência Autor: Angela Liew Resumo: Este artigo analisa as mudanças comportamentais percebidas na alta administração como resultado da adoção da tecnologia da informação para implementar e reforçar os controles de gestão. Foi utilizada uma abordagem de estudo de caso para explicar a associação entre indivíduos e controles de gestão estruturados pela tecnologia. Os dados foram coletados através de observações, entrevistas e análise de documentos. A tecnologia de informação ajudou a gerência sênior a aprender mais sobre as operações internas e as questões enfrentadas por outras divisões na produção de novos produtos potenciais. A alta administração tinha a intenção de usar a tecnologia da informação para controlar seus subordinados e influenciar o trabalho de desenvolvimento de novos produtos que está sendo realizado. No entanto, eles receberam mais do que isso. Não só a tecnologia da informação permitia que a alta gerência monitorasse seus subordinados, mas o diretor-executivo, que foi removido do processo formal de decisão, foi inadvertidamente capaz de observá-los calmamente. Eles também foram abertos a mais escrutínio por seus pares e subordinados. Pontos a serem destacados: Os resultados apontam que a tecnologia de informação ajudou a gerência sênior a aprender mais sobre as operações internas e as questões enfrentadas por outras divisões na produção de novos produtos potenciais. A alta administração tinha a intenção de usar a tecnologia da informação para controlar seus subordinados e influenciar o trabalho de desenvolvimento de novos produtos que estavam sendo realizados. No entanto, eles receberam mais do que isso, não só a tecnologia da informação permitia que a alta gerência monitorasse seus subordinados, mas o diretor- executivo, que foi removido do processo formal de decisão, foi surpreendentemente capaz de observá-los calmamente. 13) Título: The Critical Success Factors for the Use of Information Systems and its Impact on the Organizational Performance Tradução: Fatores Críticos de Sucesso para o Uso de Sistemas de Informação e seu Impacto no Desempenho Organizacional Autores: Sri Mulyani, Rohail Hassan e Fajar Anugrah Resumo: Este estudo examina quanto a influência da auto-eficácia, atitude pessoal e normas subjetivas parcialmente para o desempenho da organização. Este estudoutiliza pesquisa descritiva analítica met e SEM-PLS método estatístico. Os resultados indicam uma influência positiva da auto-eficácia, para atitude e normas subjetivas para o sistema de informação e uma influência positiva do sistema de informação Pontos a serem destacados: Este estudo destaca a influência das atitudes pessoais em relação ao uso de sistemas de informação. O desempenho da organização é influenciado positivamente pela auto-eficácia, atitude pessoal e normas subjetivas sobre o uso de sistemas de informação um impacto positivo também para o efeito do uso de IS no desempenho organizacional. 84 14) Título: Influence of User Involvement and Management of Accounting Information Systems on User Satisfaction Tradução: Influência do Envolvimento do Usuário e da Gestão de Sistemas de Informação Contábil sobre a Satisfação dos Usuários Autores: Ilham Hidayah Napitpulo e Abdul Rahman Dalimunthe Resumo: O MAIS está positivamente relacionado com mudanças na estratégia da organização para atender objetivos de gestão em particular, de modo que o gerente está satisfeito quando se utilizam os serviços MAIS para a tomada de decisão econômica, tanto a curto como a longo prazo. O envolvimento do usuário (o gerente) no sistema de informação também pode aumentar a satisfação do uso de sistemas de informação. A contribuição deste estudo é introduzir o conceito de envolvimento do usuário na satisfação do usuário do sistema de informação de contabilidade de gestão. Esta pesquisa foi conduzida nos gerentes operacionais de empresas de manufatura na Indonésia usando uma abordagem de levantamento explicativo. O teste de dados com análise de caminho pelo SPSS. Os resultados mostraram o efeito do envolvimento do usuário sobre a qualidade de vida. Também se verificou que a qualidade do MAIS se torna interveniente entre o envolvimento do usuário na satisfação do usuário. Mas, o efeito do envolvimento do usuário na satisfação do usuário não mostrou nenhum efeito significativo. Pontos a serem destacados: O MAIS (Management Accounting Information Systems - Sistemas de Informações de Contabilidade Gerencial) está positivamente relacionado com mudanças na estratégia da organização para atender objetivos de gestão em particular, de modo que o gerente está satisfeito quando se utilizam os serviços MAIS para a tomada de decisão econômica, tanto a curto como a longo prazo. 15) Título: Improving quality of accounting information through transformational leadership: a review Tradução: Melhorar a qualidade da informação contábil através da liderança transformacional: uma revisão Autor: Nelsi Wisna Resumo: A qualidade da informação é muito importante para os usuários. Quanto mais informações de qualidade recebem também a decisão mais qualificada a ser tomada. Este estudo mostra uma revisão dos fatores que afetam a qualidade da informação contábil, nomeadamente liderança transformacional e sistemas de informação contábil. A liderança transformacional afeta muito a qualidade dos sistemas de informação contábil através do carisma dimensional, estimulação intelectual, consideração individualizada, motivação inspiradora e outros. Foi descrito em estudos que mostram um efeito positivo entre a liderança transformacional na qualidade dos sistemas de informação contábil. Influenciar a qualidade da informação contábil também é influenciada pela qualidade dos sistemas de informação contábil. Sistema de informação de contabilidade de qualidade, pode ser visto a partir das características possuídas pelo sistema de informação, tais como flexibilidade, realibilidade, usabilidade, integração, disponibilidade e outros. Quanto mais sistema de informação de qualidade, a informação gerada também é mais qualificada. Em conclusão, é inegável que a qualidade dos sistemas de informação contábil afeta muito a qualidade das informações contábeis, enquanto a qualidade das informações contábeis o próprio sistema é influenciado por vários fatores, incluindo a liderança transformacional. Pontos a serem destacados: De acordo com os resultados este estudo salienta que a liderança transformacional afeta de forma positiva a qualidade dos sistemas de informação contábil através do carisma dimensional, estimulação intelectual, consideração individualizada, motivação inspiradora e outros. É inegável que a qualidade dos sistemas de informação contábil afeta muito a qualidade das informações contábeis, 85 enquanto a qualidade das informações contábeis o próprio sistema é influenciado por vários fatores, incluindo a liderança transformacional. 16) Título: Extent of managerial IT use, learning routines, and firm performance: A structural equation modeling of their relationship Tradução: Extensão do uso gerencial de TI, rotinas de aprendizado e empresa Desempenho: uma modelagem de equações estruturais de sua relação Autores: Adam S. Maiga, Anders Nilsson e Fred A. Jacobs Resumo: As organizações dependem cada vez mais da tecnologia da informação (TI) para melhorar o desempenho. No entanto, há um debate sobre o pagamento da revolução da TI, e evidências empíricas sugerem que os investimentos em TI não garantem um desempenho aprimorado. Com base na literatura de contabilidade, marketing, gestão e tecnologia da informação, este estudo utiliza modelagem de equações estruturais para avaliar até que ponto o uso gerencial da TI está interligado com questões de controle, incluindo rotinas de aprendizado (interna e externa), qualidade do produto, melhoria de custos, satisfação do cliente E rentabilidade firme. A estrutura conceitual baseia-se em visões baseadas em conhecimento e recursos e retorna em perspectivas de qualidade. Os resultados indicam suporte para o quadro teórico. A extensão do uso gerencial de TI influencia as rotinas de aprendizagem interna e externa que influenciam a melhoria da qualidade e dos custos. A melhoria da qualidade afeta significativamente a satisfação do cliente e a melhoria de custos que afetam significativamente a rentabilidade da empresa. Os caminhos não hipotetizados não são significativos, o que indica que rotinas de aprendizado, melhoria de qualidade, melhoria de custos e satisfação do cliente são variáveis intervenientes entre a extensão do uso gerencial de TI e a rentabilidade da empresa. Além disso, a amostra é dividida em dois subgrupos da indústria, subunidades de bens duráveis e não duráveis, e a análise de dois grupos revela que a indústria modera a relação entre as variáveis estudadas. Os efeitos são, em geral, mais pronunciados para as empresas de bens duráveis. Pontos a serem destacados: Os resultados revelam que a extensão do uso de TI gerencial influencia as rotinas de aprendizagem que influenciam a qualidade e a melhoria dos custos que afetam a rentabilidade da empresa. Este estudo mostra que a alavancagem da TI afeta as rotinas de aprendizagem interna e externa. 17) Título: A Theoretical Analysis of Key Points When Choosing Open Source ERP Systems Tradução: Uma Análise Teórica dos Principais Tópicos para a Escolha de Sistemas ERP Open Source Autores: Fernando Gustavo Dos Santos Gripe e Ildeberto Aparecido Rodello Resumo: O artigo apresenta uma análise teórica, baseada em uma revisão da literatura das principais características presentes em sistemas ERP Open Source a fim de contribuir com a análise de parâmetros que possam ser utilizados para a tomada de decisão na escolha pelo sistema mais adequado às necessidades da Organização. Para isso, contextualiza-se o ciclo de vida dos sistemas ERP, destacando as características dos sistemas ERPs Open Source. Como resultado, constatou-se que ERPs Open Source, quando analisados com cuidado, carecem de especial atenção às questões ligadas à continuidade e maturidade do projeto, estrutura, transparência, frequência de atualizações e suporte oferecido, sendo fatores exclusivos tangentes à realidade destessoftwares. Não obstante, vantagens com relação à flexibilidade, custos e a não descontinuidade do projeto são benefícios percebidos pelos mesmos. O principal objetivo deste artigo é ampliar a discussão sobre a adoção de sistemas ERP Open Source. 86 Pontos a serem destacados: Concluiu-se que, em geral, para empresas de médio e pequeno porte ou cenários em que existe a necessidade de atualização de software freqüente ou profunda e customização, a decisão para um sistema Open Source ERP é altamente aceitável. Portanto, após um método detalhado de implementação e uma escolha focada e adaptada, até mesmo esta outra opção de acesso ao ERP é capaz de trazer sucesso aos negócios das organizações. 18) Título: ERP in action - Challenges and benefits for management control in SME context Tradução: ERP em ação - Desafios e benefícios para o controle de gestão no contexto das SME Autores: Henri Teittinen, Jukka Pellinen e Marko Järvenpää Resumo: Os sistemas ERP reformularam fundamentalmente a forma como os dados comerciais são coletados, armazenados, disseminados e usados em todo o mundo. No entanto, a pesquisa existente em contabilidade forneceu apenas poucas descobertas empíricas sobre as implicações para o controle de gestão quando as empresas implementam os sistemas ERP como a plataforma tecnológica. Especialmente escasso são as descobertas relativas à fase de produção, após a implementação, quando os processos de informação, as práticas de trabalho relacionadas e os novos conteúdos da informação podem ser vistos como estabelecidos. Neste trabalho, exploramos e teorizamos os benefícios, desafios e problemas de controle de gerenciamento quando um sistema ERP está em uso, quatro anos após a implementação. Nossas descobertas também ilustram por que e em que circunstâncias esses desafios e benefícios podem existir. Para uma visão holística da organização, nossas descobertas, com base em um estudo de caso qualitativo, são construídas a partir dos pontos de vista de pessoas em diferentes níveis e funções da organização. A alta gerência esperava um novo sistema de controle estratégico, mas devido aos muitos desafios que acabou com um simples controle baseado em contabilidade financeira. No nível operacional, sérios desafios levam ao uso inadequado do sistema ERP. O controle de gestão produz os dados básicos financeiros e deve lidar com muitos problemas práticos causados pela implementação do ERP. Pontos a serem destacados: Em vez de supostamente contribuir para a integração, o ERP pode obter efeitos opostos. O ERP tornou as tecnologias da informação mais integradas, simultaneamente fez o controle estratégico de longo prazo e o controle operacional de curto prazo dentro da organização se desintegrarem. Nesse sentido, o estudo apoia pesquisas anteriores que mostram que um sistema ERP pode levar a barreiras e contradições funcionais no controle e podem ter efeitos desmoralizadores sobre a cultura do negócio das organizações. Pode-se concluir que, no exame do uso diário de um sistema ERP, existem desafios aparentemente enormes em empresas de pequeno porte. Mostram ainda, que as pessoas as quais introduziram os dados no sistema tem um papel fundamental na usabilidade do sistema ERP para gerenciamento e controle. Apesar de tais contradições, pessoas experientes e qualificadas sempre são capazes de minimizar certos problemas, trazendo soluções tempestivas e eficientes. Finalmente, argumenta-se que houve certa conexão entre o benefícios e desafios da utilização do ERP. 19) Título: The Development of Value Systems in the Portuguese insurance sector and the Role of Information Systems Tradução: O Desenvolvimento dos sistemas de valor do setor segurador português e o papel dos sistemas de informação Autor: Bruno Alexandre Ribeiro Marques 87 Resumo: Foi pretendido estudar o atual estado das parcerias interorganizacionais do setor segurador português e projetar uma estratégia de desenvolvimento, onde se inclui a dimensão dos Sistemas de Informação (SI). Nesta comunicação é analisado o atual papel dos SI nas parcerias dos seguros (ex: funcionalidades essenciais, alinhamento com os decisores), assim como a sua importância futura. Sendo a actividade seguradora informacional e conhecimento-intensiva, foi seguida uma abordagem relacional e orientada à aprendizagem. O impacto dos SI na colaboração e as implicações ao nível do perfil dos CIOs (responsáveis pelos SI) são apresentados. Foi verificada a existência de uma boa exploração dos SI para a automatização e integração de sistemas heterogênos. Todavia, funcionalidades colaborativas (ex: Web 2.0) e indicadores de gestão de parcerias são insuficientes. Os CIOs podem ser agentes de mudança, destacando-se a visão de IT Governance e a abordagem sociotécnica como chaves para incrementar a maturidade e o valor dos SI para os seguros. Pontos a serem destacados: Os resultados desta pesquisa e da análise do preenchimento dos questionários apresentou o impacto dos SI na colaboração e as implicações ao nível do perfil dos CIOs (responsáveis pelos SI). Uma das questões abordou o papel dos SI nas Parcerias e verificou-se que 83% dos inquiridos destacam o papel vital dos SI e apenas 17% assumem um papel parcial neste contexto, nenhum inquirido respondeu que esta dimensão não era importante. A seguir explana-se a análise e discussão dos resultados obtidos através dos trabalhos listados nesta subseção. 3.2 Análise e Discussão dos Resultados por Nivelamento Esta subseção trata dos efeitos dos SIs na Contabilidade Gerencial das empresas, os quais foram evidenciados pelos trabalhados estudados através de pesquisas nas rotinas organizacionais. Esta análise foi efetuada através da leitura, observação e escrita de resenha acerca de cada documento selecionado pela RS. Percebe-se que os trabalhos em questão possuem diferentes formas de expor as informações que foram pesquisadas, o que torna a extração dos dados mais complexa e pendente de avaliação criteriosa para que a interpretação dos dados aconteça de maneira suficiente para o alcance dos objetivos desta pesquisa. Diante do exposto, entende-se que os pressupostos que atendem a esta análise estão envoltos pela temática proposta, não necessariamente estão presos a simplesmente responder à questão de pesquisa: os trabalhos não falam diretamente sobre os impactos dos SIs na CG; foi preciso uma interpretação a respeito dos resultados e conclusões. Para o entendimento dos efeitos dos SIs na CG estabeleceu-se três aspectos: positivo, negativo e razoável. Esses aspectos determinam o impacto causado pela utilização dos 88 Sistemas de Informações em geral nas atividades de planejamento, controle e tomada de decisão. 3.2.1 Aspectos Positivos Os resultados das pesquisas concluíram que os Sistemas de Informação, em sua maioria os ERP´s, acarretaram em benefícios para as atividades operacionais, financeiras, administrativas e gerenciais das organizações. Embora, existam desafios e problemas a serem superados e solucionados, as vantagens da utilização dos SIs foram maiores do que as possíveis desvantagens. Vale ressaltar que a determinação do impacto das organizações ter sido positivo não significa dizer que os sistemas não necessitem ser melhorados e adaptados de forma mais efetiva à rotina organizacional. O impacto positivo na CG trata de efetividade, qualidade da informação, transparência, precisão, segurança, satisfação dos usuários e principalmente tempestividades nas informações e relatórios encaminhados para alta administração empresarial; ou seja, os Sistemas de Informação desempenham papel vital nas atividades aqui citadas. O ERP é capaz de integrar os dados da organização e fornecer um panorama geral para o controle e, consequentemente, exerce papel fundamental para a tomada de decisão, o que caracteriza mais um dos pontos para que os efeitossejam considerados positivos dentro de uma entidade. Quadro 8 - Impacto de efeito positivo do SI na CG (Continua) Nº PESQUISA PESQUISA ASPECTO POSITIVO 1 Uma comparação de aproximações de mediação ERP-Sucesso X 3 Sobre a convergência de contabilidade de gestão e contabilidade financeira - o papel da tecnologia da informação na mudança contábil X 6 Mudança na tecnologia da informação, trabalho, complexidade e serviços: uma perspectiva de contingente X 7 Sistema de Informação e Gestão da Tecnologia: Uma Análise sobre Falhas do Modelo Computacional para Gestão de Frotas X 8 Efeitos diferenciais de sistemas ERP no usuário resultados-uma investigação longitudinal X gerenciais* 11 O efeito da perícia de TI do auditor nos controles internos X 89 Quadro 8 - Impacto de efeito positivo do SI na CG (Conclusão) Nº PESQUISA PESQUISA ASPECTO POSITIVO 12 O uso de controles de gestão estruturados por tecnologia: mudanças nos comportamentos de tomada de decisão da alta gerência X 13 Fatores Críticos de Sucesso para o Uso de Sistemas de Informação e seu Impacto no Desempenho Organizacional X 14 Influência do Envolvimento do Usuário e da Gestão de Sistemas de Informação Contábil sobre a Satisfação dos Usuários X 15 Melhorar a qualidade da informação contábil através da liderança transformacional: uma revisão X 16 Extensão do uso gerencial de TI, rotinas de aprendizado e empresaDesempenho: uma modelagem de equações estruturais de sua relação X 17 Uma Análise Teórica dos Principais Tópicos para a Escolha de Sistemas ERP Open Source X 18 ERP em ação - Desafios e benefícios para o controle de gestão no contexto das PME X fator relacionado ** 19 O Desenvolvimento dos sistemas de valor do setor segurador português e o papel dos sistemas de informação X * O efeito positivo está relacionado apenas aos usuários gerenciais, pois os usuários operacionais foram caracterizados de forma negativa para com a utilização dos SIs; ** O efeito positivo da utlização do SI está diretamente relacionado com seu tipo e as condições de sua implementação. Fonte: A autora, 2017. Através da influência positiva que os Sistemas de Informação exercem sobre a Contabilidade Gerencial, percebe-se o quanto esses sistemas são importantes para as atividades empresariais. 3.2.2 Aspectos Neutros Neste nível de impacto nas atividades da Contabilidade Gerencial, os Sistemas de Informação geraram benefícios, porém também geraram problemas consideráveis. As vantagens de utilização dos SIs foram evidenciadas e consideradas, porém os usuários não categorizaram a utilização dos sistemas de forma vital para o sucesso das atividades empresariais. 90 As expectativas da administração quanto aos benefícios dos SIs e ao possível retorno de altos investimentos financeiros não corresponderam a realidade da utilização dos mecanismos da TI. Diversas situações podem exemplificar um impacto razoável dos SIs na Contabilidade Gerencial, como uma informação que possivelmente foi gerada de forma clara, porém intempestiva, ou até mesmo um relatório que obteve a integração dos dados de diversos setores, que por sua vez exigiu caminhos enfadonhos ao usuário. Quadro 9 - Impacto de efeito neutro do SI na CG Nº PESQUISA PESQUISA ASPECTO NEUTRO 2 O significado da informação de gestão de sistemas e da estratégia de tática de planejamento X 4 Antecedentes da Satisfação do usuário final com um ERP Sistema em um Banco Transnacional: Avaliação do Usuário e Satisfação com Sistemas de Informação X 5 Compreendendo a Memória Organizacional, a partir dos Sistemas Integrados de Gestão (ERP) X 6 Mudança na tecnologia da informação, trabalho, complexidade e serviços: uma perspectiva de contingente X 9 Deficiências do controle interno de TI e desempenho da empresa: Uma lente de responsabilidade organizacional X 10 Sobre as relações entre a formação tecnologia, tomada de decisão e gestão de controle X Fonte: A autora, 2017. A influência de dimensão neutra dos SIs na Contabilidade Gerencial obteve baixo percentual a partir dos dados extraídos das pesquisas estudadas, o que reforça o fato de que o grande vulto de impactos na CG é considerado positivo. 3.2.3 Aspectos Negativos As conclusões dos pesquisadores convergiram para que o impacto da adoção e utilização do ERP revelou-se inversamente proporcional em relação aos usuários operacionais e gerenciais. Ou seja, argumenta-se que um ERP com uma intenção de padronização provavelmente resultaria em uma redução no enriquecimento do trabalho para os usuários 91 operacionais, porém resultaria em um aumento no enriquecimento do trabalho para usuários gerenciais. Relata-se burocracia exacerbada nos mecanismos do ERP para a execução dos processos diários da empresa, vários caminhos a serem percorridos, possivelmente atalhos repetitivos que poderiam ser evitados. Neste nível de categorização dos efeitos do SI na CG evidencia-se que os problemas e atrasos sejam maiores que os benefícios e vantagens adivindos da utilização da TI. Quadro 10 - Impacto de efeito negativo do SI na CG Nº PESQUISA PESQUISA ASPECTO NEGATIVO 8 Efeitos diferenciais de sistemas ERP no usuário resultados-uma investigação longitudinal X (operacionais) Fonte: A autora, 2017. No Gráfico 4 pode-se analisar os efeitos causados pela adoção, implementação e utilização dos Sistemas de Informação nos negócios organizacionais regidos pelo planejamento, controle e tomada de decisões. Gráfico 4 - Efeito dos impactos do SI na CG Fonte: A autora, 2017. Examina-se que o efeito positivo nos resultados empresariais através dos Sistemas de Informação foi salientado por grande parte dos estudos selecionados. Entende-se que a TI possui desempenho imprescindível para que os objetivos e metas organizacionais sejam alcançados. Como os efeitos considerados razoáveis e negativos obtiveram valores reduzidos, na observação da significância dos SIs, obtêm-se a conclusão de que executar investimento financeiro, estrutural e temporal nos ERP, rende grandes benefícios para as empresas. 92 Tabela 3 - Efeito dos impactos do SI na CG EFEITO PERCENTUAL POSITIVO 59,15 NEUTRO 36,36 NEGATIVO 4,55 100,00 Fonte: A autora, 2017. Através da Tabela 3 verifica-se o expressivo percentual de impacto com efeito positivo que os SIs proporcionaram para as entidades de acordo com os resultados obtidos pelas pesquisas selecionadas. O efeito negativo representou baixo vulto no contexto dos referidos impactos, tendo em vista que obtiveram percentual de 4,55%. 3.3 Análise e Discussão dos Resultados por Segmento da Contabilidade Gerencial O objetivo dessa subseção é analisar como o uso dos Sistemas de Informação afetam a Contabilidade Gerencial. Como estudado na primeira seção deste trabalho, a Contabilidade Gerencial é dividida em três grandes segmentos: Planejamento, Controle e Tomada de Decisão. Nesta subseção serão detalhados a CG com estes três segmentos, com a finalidade de salientar as características e resultados de cada documento selecionado pela RS, na repercussão direta de cada um destes referidos segmentos. Planejamento Observou-se que possivelmente os SIs poderiam afetar as previsões, orçamentos, relatórios para ações futuras e fundamentos baseados em informações anteriores que possibilitariam a elaboração de relatórios seguros e atuais. Os benefícios ou problemas que os Sistemas de Informação poderiam gerar para o planejamento empresarial também foram analisados nesta vertente. 93 Controle Foram examinadas em que condições os Sistemas de Informação, principalmente o ERP, seriam capazes de alterar o Controle de Gestão da entidade emquestão. Para a observação desse efeito foram elaboradas questões que pudessem nortear esta análise: 1 - Os facilitadores de supervisão e monitoramento dos negócios, das atividades e dos funcionários foram gerados pela utilização e manuseio dos SIs? 2 - Os relatórios gerenciais foram produzidos de forma abrangente, segura e tempestiva através do uso da TI? 3 - A avaliação das atividades está sendo beneficiada pelos mecanismos pertencentes aos Sistemas de Informação? 4 - A qualidade da informação foi mantida pelo SI? 5 - A ação de controlar está sendo amparada pelos SIs de forma que a tomada de decisão seja adequada? O controle consiste em uma das vertentes mais significativas das operações e funções da empresa. Com essas questões buscou-se identificar se os estudos obtiveram resultados que demonstrassem o impacto da Tecnologia da Informação nas atitudes de supervisão, análise e avaliação das empresas. Tomada de Decisão Investigou-se as vertentes que foram evidenciadas através dos resultados dos trabalhos selecionados que mostrassem os impactos positivos, negativos ou razoáveis, especificamente na tomada de decisão das organizações. O citado processo decisório consiste na fase posterior ao planejamento e controle. Ou seja, se a entidade possui um adequado controle, consequentemente a mesma pode possuir uma tomada de decisão bem-sucedida. Na investigação deste segmento, atrelado à análise das pesquisas estudadas por esta dissertação, foram observados os pontos que influenciam as decisões gerenciais no que tange os SIs. A integração que geralmente é propiciada pelo ERP é de importância fundamental para o bom desempenho da tomada de decisão organizacional, a qual foi apresentada nas pesquisas escolhidas de forma contundente por representar relevância considerável. A qualidade das informações geradas pelos Sistemas de Informação consiste também em um dos pressupostos fundamentais para as decisões serem corretamente baseadas. Desta forma, 94 examinaram-se estes pontos detalhadamente para identificar e determinar os impactos dos SIs nas organizações. No Quadro 11 é exposto quais segmentos especificamente (Planejamento, Controle e Tomada de Decisão) sofreram impacto positivo, negativo ou neutro com a utilização e manutenção dos Sistemas de Informação, relatados pelos trabalhos escolhidos pela RS. Quadro 11 - Influência do SI na CG (Continua) Nº PESQUISA PESQUISA INFLUÊNCIA DO SI NA CONTABILIDADE GERENCIAL PLANEJAMENTO CONTROLE TOMADA DE DECISÃO 1 Uma comparação de aproximações de mediação ERP-Sucesso POSITIVO POSITIVO POSITIVO 2 O significado da informação de gestão de sistemas e da estratégia de tática de planejamento NEUTRO NÃO HOUVE EVIDENCIAÇÃO NÃO HOUVE EVIDENCIAÇÃO 3 Sobre a convergência de contabilidade de gestão e contabilidade financeira - o papel da tecnologia da informação na mudança contábil POSITIVO POSITIVO POSITIVO 4 Antecedentes da Satisfação do usuário final com um ERP Sistema em um Banco Transnacional: Avaliação do Usuário e Satisfação com Sistemas de Informação NEUTRO NEUTRO NEUTRO 5 Compreendendo a Memória Organizacional, a partir dos Sistemas Integrados de Gestão (ERP) NÃO HOUVE EVIDENCIAÇÃO NEUTRO NEUTRO 6 Mudança na tecnologia da informação, trabalho, complexidade e serviços: uma perspectiva de contingente NEUTRO NEUTRO NEUTRO 7 Sistema de Informação e Gestão da Tecnologia: Uma Análise sobre Falhas do Modelo Computacional para Gestão de Frotas POSITIVO POSITIVO POSITIVO 8 Efeitos diferenciais de sistemas ERP no usuário resultados-uma investigação longitudinal NEGATICO POSITIVO POSITIVO 9 Deficiências do controle interno de TI e desempenho da empresa: Uma lente de responsabilidade organizacional NÃO HOUVE EVIDENCIAÇÃO NEUTRO NÃO HOUVE EVIDENCIAÇÃO 10 Sobre as relações entre a formação tecnologia, tomada de decisão e gestão de controle NEUTRO NEUTRO NEUTRO 11 O efeito da perícia de TI do auditor nos controles internos NÃO HOUVE EVIDENCIAÇÃO POSITIVO POSITIVO 95 Quadro 11 - Influência do SI na CG (Conclusão) Nº PESQUISA PESQUISA INFLUÊNCIA DO SI NA CONTABILIDADE GERENCIAL PLANEJAMENTO CONTROLE TOMADA DE DECISÃO 12 O uso de controles de gestão estruturados por tecnologia: mudanças nos comportamentos de tomada de decisão da alta gerência NÃO HOUVE EVIDENCIAÇÃO POSITIVO POSITIVO 13 Fatores Críticos de Sucesso para o Uso de Sistemas de Informação e seu Impacto no Desempenho Organizacional POSITIVO POSITIVO POSITIVO 14 Influência do Envolvimento do Usuário e da Gestão de Sistemas de Informação Contábil sobre a Satisfação dos Usuários NÃO HOUVE EVIDENCIAÇÃO POSITIVO POSITIVO 15 Melhorar a qualidade da informação contábil através da liderança transformacional: uma revisão NÃO HOUVE EVIDENCIAÇÃO POSITIVO POSITIVO 16 Extensão do uso gerencial de TI, rotinas de aprendizado e empresaDesempenho: uma modelagem de equações estruturais de sua relação NÃO HOUVE EVIDENCIAÇÃO POSITIVO POSITIVO 17 Uma Análise Teórica dos Principais Tópicos para a Escolha de Sistemas ERP Open Source NÃO HOUVE EVIDENCIAÇÃO NÃO HOUVE EVIDENCIAÇÃO POSITIVO 18 ERP em ação - Desafios e benefícios para o controle de gestão no contexto das PME POSITIVO NEUTRO POSITIVO 19 O Desenvolvimento dos sistemas de valor do setor segurador português e o papel dos sistemas de informação NÃO HOUVE EVIDENCIAÇÃO POSITIVO POSITIVO Fonte: A autora, 2017. O Gráfico 5 evidencia o efeito da Tecnologia da Informação especificamente em cada segmento da Contabilidade Gerencial, os quais são responsáveis em direcionar e gerir todas as operações das entidades. Gráfico 5 - Influência do SI na CG Fonte: A autora, 2017. 96 Percebe-se que o Gráfico 5 mostra evidenciação mais baixa do planejamento. Porém acredita-se que esta evidência demonstra que esta vertente não foi salientada pelos trabalhos estudados, o que não significa dizer que o planejemento não tem grandes repecurssões advindas do SI. O controle e a tomada de decisão representam o mesmo nível de relevância no que tange o efeito do SI na organização como um todo. Isto é explicado pelo fato de que quando o controle é bem estruturado e adequado, ele é capaz de proporcionar uma segura tomada de decisão. Entendendo assim, que o controle e a tomada de decisão estão diretamente associados. Nos resultados avaliados através das pesquisas selecionadas pela RS em questão, percebe-se que a correta utilização dos Sistemas de Informações gera consolidado fundamento e estruturação para que os gestores possam tomar decisões bem-sucedidas em todas as divisões da empresa. As tomadas de decisão consistem na última fase do ciclo gerencial de uma entidade, em conjunto com o retorno dos resultados dos direcionamentos escolhidos. Por esse fato essa tarefa se torna mais evidenciada entre as organizações. Um fator amplamente significativo em grande parte das pesquisas estudadas está na influência da atitude pessoal dos funcionários, gerentes e administradores nas atividades da empresa e na utilização dos Sistemas de Informações. Independentemente de ser adotado um ERP, com ótimas condições de implementação, estruturação empresarial e manutenção do sistema, a gestão de mudança continua sendo imprescindível para que o ERP seja bem- sucedido em todas as suas operações. Este fator depende da experiência que os usuários possuem a respeito do sistema em questão, familiaridade de todos os funcionários com a execução do mesmo, além da boa vontade e competência destes usuários. O Quadro 12 mostra as pesquisas que evidenciaram a relevância do Fator Profissional na utilização dos Sistemas de Informação. Quadro 12 – Fator Profissional (Continua) Nº PESQUISA PESQUISA FATOR PROFISSIONALEVIDENCIADO 2 O significado da informação de gestão de sistemas e da estratégia de tática de planejamento X 4 Antecedentes da Satisfação do usuário final com um ERP Sistema em um Banco Transnacional: Avaliação do Usuário e Satisfação com Sistemas de Informação X 6 Mudança na tecnologia da informação, trabalho, complexidade e serviços: uma perspectiva de contingente X 97 Quadro 12 – Fator Profissional (Conclusão) Nº PESQUISA PESQUISA FATOR PROFISSIONAL EVIDENCIADO 7 Sistema de Informação e Gestão da Tecnologia: Uma Análise sobre Falhas do Modelo Computacional para Gestão de Frotas X 10 Sobre as relações entre a formação tecnologia, tomada de decisão e gestão de controle X 13 Fatores Críticos de Sucesso para o Uso de Sistemas de Informação e seu Impacto no Desempenho Organizacional X 14 Influência do Envolvimento do Usuário e da Gestão de Sistemas de Informação Contábil sobre a Satisfação dos Usuários X 16 Extensão do uso gerencial de TI, rotinas de aprendizado e empresa Desempenho: uma modelagem de equações estruturais de sua relação X Fonte: A autora, 2017. Analisa-se que os autores dos trabalhos acima discriminados, entenderam como é importante a postura profissional dos colaboradores em face dos Sistemas de Informação. No Gráfico 6 obtêm-se uma visão geral da representação do número das pesquisas que citaram e estudaram a atitide pesssoal como ponto relevante na análise da afetação dos SIs no planejamento, controle e tomada de decisão de uma organização. Gráfico 6 - Evidenciação do Fator Profissional Fonte: A autora, 2017. Observa-se a relevante parcela de pesquisas que citaram o fator profissional como um forte ponto a ser estudado e cuidado pelas organizações. Nesta Revisão Sistemática o número de trabalhos que evidenciou este referido fator equivale a 42,10% do número total dos trabalhos selecionados. 98 CONSIDERAÇÕES FINAIS A Contabilidade Gerencial (CG) desempenha suas funções de maneira relevante para as entidades, estudando, organizando e avaliando o patrimônio organizacional. Porém a CG conta com o auxílio importante e, até mesmo, essencial da Tecnologia da Informação. Principalmente nos dias atuais, esses dois ramos de atividade necessitam andar em conjunto para que qualquer empresa seja bem-sucedida em seus objetivos e metas de resultados. A partir da referida significância dos Sistemas de Informação, nesta dissertação objetivou-se estudar os efeitos de sua utilização na Contabilidade Gerencial, especificamente nos seus três segmentos que consistem em planejamento, controle e tomada de decisão. Com a finalidade de contextualizar, exemplificar e nortear fundamentos que contribuam com a discussão da questão de pesquisa executou-se uma Revisão Sistemática de forma que propiciasse estudos que evidenciassem os impactos dos Sistemas de Informação, principalmente o ERP, nas atividades e decisões contábeis. A questão de pesquisa (Como os Sistemas de Informação impactam as atividades da Contabilidade Gerencial nas organizações?) foi devidamente argumentada através dos resultados obtidos na extração dos dados e posterior análise e interpretação. Os Sistemas de Informação foram elencados como mecanismo essencial para as atividades das organizações, alcançando o objetivo geral desta dissertação. Verificou-se através da leitura, confecção de resenhas e análise que 59,15% dos trabalhos estudados consideram que a TI tem desenvolvido suas funções de forma adequada e que tem atendido às expectativas da administração empresarial. Destacou-se que, para que os efeitos da utilização dos SIs sejam satisfatórios e consequentemente positivos, é necessário que a empresa disponibilize infra-estrura para a implementação dos softwares, adaptação e manuseio correto das ferramentas disponíveis, além da atitude pessoal adequada de todos os colaboradores envolvidos nos processos tanto tecnológicos, operacionais, administrativos, quanto gerenciais. Os estudos que evidenciaram efeitos razoáveis em relação a TI para a CG totalizaram o percentual de 36,36%. Foi observado a partir destes estudos que uma possível justificativa 99 para os efeitos da utlização dos SIs na CG ser razoável, consiste no fato da empresa eventualmente não propiciar estrutura ou mão de obra suficiente e de boa qualidade. Através dos resultados, avaliou-se que o ERP, em algumas situações, ocasionou dificuldades no que tange a integração dos dados advindos de diversos setores da empresa, além de possuir implementação dispendiosa e que exige grande estrutura de instalações para sua adaptação. Alguns usuários destacaram o fato de os mecanismos do ERP serem rígidos e exigirem caminhos muitas vezes burocráticos. Estes pontos negativos relativos aos SIs não foram capazes de cancelar os benefícios da utlização do ERP, na facilitação da rotina diária de uma empresa, promovendo integração, informação com qualidade e, sobre tudo, fundamentos consolidados para que os gestores possam tomar suas decisões com segurança e embasamento teórico e prático. Levantou-se um balanceamento no qual ficou salientado que os benefícios causados pelos Sistemas de Informação são importantes, porém existem problemas consideráveis na utilização destes SIs. Delimitando esses impactos como de níveis razoáveis para a empresa. Vale ressaltar que apenas um estudo considerou que de uma forma geral, os SIs obtiveram resultados negativos em relação às atividades empresariais, representando 4,55% do total de efeitos avaliados por esta presente pesquisa. Evidenciou-se que, através de uma visão sistêmica, a Tecnologia da Informação possui funções vitais nas organizações e que, quando há correta estrutura, implementação e adaptação os Sistemas de Informação são capazes de gerar relevantes benefícios de execução e facilitação nos negócios da empresa. Observou-se que, dentro da gama de trabalhos estudados, pouco se tratou sobre a influência da TI no planejamento empresarial. Entretanto, em alguns casos, foi salientado como os SIs podem facilitar as previsões e fundamentar orçamentos. Por outro lado, o controle e a tomada de decisão foram evidenciados como dois grandes segmentos que sofrem impactos amplamente positivos e que propiciam efetividade nas atividades das organizações. A presente pesquisa possivelmente enfretou limitações no que tange à seleção dos trabalhos para análise. Para concretizar essa etapa, foi necessário o censo crítico de três revisores além da autora. Fato que torna a seleção passível de interpretações pessoais a respeito da inclusão e exclusão de um trabalho,apesar de terem sidos estebelecidos os critérios de inclusão e exclusão com a finalidade de minimizar os efeitos desta limitação. Para estudos futuros, indicam-se pesquisas que elaborem estudos de caso em empresas que evidenciem impactos negativos dos SIs na Contabilidade Gerencial, para que seja possível identificar quais são os problemas que ocorrem na utilização dos SIs, já que são 100 considerados pressupostos vitais para que a empresa seja bem-sucedida. Sugere-se também a elaboração de pesquisas que tracem os aspectos mais relevantes no comportamento da administração da empresa para que os SIs possam desempenhar todos os benefícios que são capazes de fornecer, através de sua utilização. 101 REFERÊNCIAS ALBERTIN, Alberto Luiz. Benefício do Uso de Tecnologia de Informação no desempenho empresarial. 2005. Disponível em: <http://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/bitstream/handle/ 10438/3089/P00319_1.pdf? sequence=>. Acesso em: 03 jan. 2017. ALBERTIN, Alberto Luiz. Enfoque gerencial dos benefícios e desafios da tecnologia de informação para o desempenho empresarial. 2003. Disponível em: <http://gvpesquisa.fgv.br/sites/gvpesquisa.fgv.br/files/publicacoes/P00262_1.pdf>. Acesso em: 07mar. 2017. ATKINSON, Anthony A; Kaplan, R. S; Matsumura, E. M., Young, S. M. Contabilidade gerencial: informação para tomada de decisão e execução da estratégia. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2015. 419 p. ISBN 9788522493883 (broch.). BARRETO, Aldo de Albuquerque. 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Fonte: A autora, 2017. 106 106 APÊNDICE B – Estudos Selecionados para Análise Quadro 14 – Estudos selecionados para análise (Continua) N◦ ISSN PERIÓDICO TÍTULO TRADUÇÃO AUTORES ANO DE PUBLICAÇÃO 1 1807- 1775 Journal of Information Systems and Technology Management A Comparison of ERP-Sucess Measurement Aproaches Uma comparação de aproximações de mediação ERP-Sucesso Stephan A. Kronbichler, Herwig Ostermann, Roland Staudinger 2010 2 1807- 1775 Journal of Information Systems and Technology Management The Significance of Management Information Systems for Enhancing Strategic and Tatical Planning O significado da informação de gestão de sistemas e da estratégia de tática de planejamento Akram Jalal Karim 2011 3 0963- 8687 Journal of Strategic Information Systems Rethinking IS project boundaries in practice: A multiple-projects perspective Repensando os limites do projeto IS na prática: Perspectiva de múltiplos projetos Amany Elbanna 2010 4 1807- 1775 Journal of Information Systems and Technology Management Antecedents of end-user Satisfaction with na ERP System in a Trasnational Bank: Evaluation of User Satisfaction with Information Systems Antecedentes da Satisfação do usuário final com um ERP Sistema em um Banco Transnacional: Avaliação do Usuário e Satisfação com Sistemas de Informação Luís Kalb Roses 2011 5 1807- 1775 Journal of Information Systems and Technology Management Undertanding Organizational Memory From the Integrated Management Systems (ERP) Compreendendo a Memória Organizacional, a partir dos Sistemas Integrados de Gestão (ERP) Gilberto Perez e Isabel Ramos 2013 6 0268- 1072 New Technology, Work and Employment Information technology change, work complexity and service jobs: a contingent perspective Mudança na tecnologia da informação, trabalho, complexidade e serviços: uma perspectiva de contingente Janet H. Marler e Xiaoya Liang 2012 7 1807- 1775 Journal of Information Systems and Technology Management Information Technology Management System: Na Analysis on Computational Model Failures for Fleet Management Sistema de Informação e Gestão da Tecnologia: Uma Análise sobre Falhas do Modelo Computacional para Gestão de Frotas Jayr Figueiredo de Oliveira, Marcelo Eloy Fernandes e Carlos Roberto Camello Lima 2013 107 107 Quadro 14 – Estudos selecionados para análise (Continuação) N◦ ISSN PERIÓDICO TÍTULO TRADUÇÃO AUTORES ANO DE PUBLICAÇÃO 8 0268- 1072 New Technology, Work and Employment Differential effects of ERP systems on user outcomes-a longitudinal investigation Efeitos diferenciais de sistemas ERP no usuário resultados-uma investigação longitudinal Glen D. Murphy, Artemis Chang e Kerrie Unsworth 2012 9 1467- 0895 International Journal of Accounting Information Systems IT internal control weaknesses and firm performance: An organizational liability lens Deficiências do controle interno de TI e desempenho da empresa: Uma lente de responsabilidade organizacional M. Dale Stoel e Waleed A. Muhanna 2011 10 1467- 0895 International Journal of Accounting Information Systems On the relations between modern information technology, decision making and management control Sobre as relações entre a formação tecnologia, tomada de decisão e gestão de controle Markus Granlund, Jan Mouritsen e Eddy H. J. Vaassen 2013 11 1467- 0895 International Journal of Accounting Information Systems The effect of auditor IT expertise on internal controls O efeito da perícia de TI do auditor nos controles internos Jacob Z. Haislipa, Gary F. Petersb e Vernon J. Richardsonb 2016 12 1467- 0895 International Journal of Accounting Information Systems The use of technology-structured management controls: changes in senior management’s decision-making behaviours O uso de controles de gestão estruturados por tecnologia: mudanças nos comportamentos de tomada de decisão da alta gerência Angela Liew 2015 13 1993- 5250 International Business Management The Critical Success Factors for the Use of Information Systems and its Impact on the Organizational Performance Fatores Críticos de Sucesso para o Uso de Sistemas de Informação e seu Impacto no Desempenho Organizacional Sri Mulyani, Rohail Hassan e Fajar Anugrah 2016 14 1993- 5250 International Business Management Influence of User Involvement and Management of Accounting Information Systems on User Satisfaction Influência do Envolvimento do Usuário e da Gestão de Sistemas de Informação Contábil sobre a Satisfação dos Usuários Ilham Hidayah Napitpulo e Abdul Rahman Dalimunthe 2016 15 1993- 5250 International Business Management Improving quality of accounting information through transformational leadership: a review Melhorar a qualidade da informação contábil através da liderança transformacional: uma revisão Nelsi Wisna 2016 108 108 Quadro 14 – Estudos selecionados para análise (Continuação) N◦ ISSN PERIÓDICO TÍTULO TRADUÇÃO AUTORES ANO DE PUBLICAÇÃO 16 1993- 5250 International Business Management Aproaches to the performance of economic agent internal control Abordagens para o Desempenho do Controle Interno do Agente Econômico Irina A. Slabinsakaya, Iullia A. Tkachenko, Denis V. e Aleksandr A.Mitokhin 2015 17 1807- 1775 Journal of Information Systems and Technology Management A Theoretical Analysis of Key Points When Choosing Open Source ERP Systems Uma Análise Teórica dos Principais Tópicos para a Escolha de Sistemas ERP Open Source Fernando Gustavo Dos Santos Gripe e Ildeberto Aparecido Rodello 2011 18 0963- 8687 Journal of Strategic Information Systems Information systems use as strategy practice: A multi-dimensional view of strategic information system implementation and use Uso de sistemas de informação como prática estratégica: A visão multidimensional das informações estratégicas, Implementação e uso do sistema Viktor Arvidsson, Jonny Holmström e Kalle Lyytinen 2014 19 1807- 1775 Journal of Information Systems and Technology Management The Development of Value Systems in the Portuguese insurance sector and the Role of Information Systems O Desenvolvimento dos sistemas de valor do setor segurador português e o papel dos sistemas de informação Bruno Alexandre Ribeiro Marques 2013 20 1807- 1775 Journal of Information Systems and Technology Management Strategic Partnership Building in it Offshore Outsourcing: Institutional Elements for a Banking ERP System Licensing Parceria Estratégica Construindo-o Outsourcing Offshore: Elementos Institucionais para Licenciamento do Sistema ERP Bancário Luís Kalb Roses 2013 21 1807- 1775 Journal of Information Systems and Technology Management Economic Analyses for the Evaluation of is Projects Análises Econômicas para a Avaliação dos Projetos Ziya Ulukany e Can Ucuncuoglu 2010 22 0963- 8687 Journal of Strategic Information Systems Strategizing information systems- enabled organizational transformation: A transdisciplinary review and new directions Estratégia de transformação organizacional habilitada para sistemas de informação: uma revisão transdisciplinar e novas direções Patrick Besson e Frantz Rowe 2012 23 0360- 8352 Computers & Industrial Engineering An FCM–FAHP approach for managing readiness-relevant activities for ERP implementation Uma abordagem FCM-FAHP para gerenciar atividades relevantes para a implementação do ERP Sadra Ahmadi, Chung- Hsing Yeh , Elpiniki I. Papageorgiou e Rodney Martin 2015 109 109 Quadro 14 – Estudos selecionados para análise (Continuação) N◦ ISSN PERIÓDICO TÍTULO TRADUÇÃO AUTORES ANO DE PUBLICAÇÃO 24 1467- 0895 International Journal of Accounting Information Systems An information security control assesment methodology for organizations financial information Uma metodologia de avaliação de controle de segurança de informação para organizações de informação financeira Angel R. Otero 2015 25 1467- 0895 International Journal of Accounting Information Systems Estimation of deficiency risk and prioritization of information security controls: A data-centric approach Estimativa do risco de deficiência e priorização dos controles de segurança da informação: Uma abordagem centrada em dados Firoozeh Rahimian, Akhilesh Bajaj e Wray Bradley 2016 26 0263- 5577 Industrial Management & Data Systems Evaluating alternative industrial network organizations and information systems Avaliação de alternativas industriais organizações de rede e sistemas de informação Herwig Mittermayer e Carlos Rodrıguez- Monroy 2013 27 0263- 5577 Industrial Management & Data Systems Information systems integration after merger and acquisition Integração de sistemas de informação após fusão e aquisição She-I Chang, I-Cheng Chang e Tawei Wang 2014 28 0963- 8687 Journal of Strategic Information Systems Information systems strategy: Quo vadis? Estratégia de sistemas de informação: Quo vadis? John M. Ward 2012 29 0963- 8687 Journal of Strategic Information Systems Information systems strategy: Past, present, future? Estratégia de sistemas de informação: Passado, presente, futuro? Yasmin Merali , Thanos Papadopoulos e Tanvee Nadkarni 2012 30 0963- 8687 Journal of Strategic Information Systems Where’s the competitive advantage in strategic information systems research? Making the case for boundary-spanning research based on the German business and information systems engineering tradition Onde está a vantagem competitiva na pesquisa de sistemas de informação estratégica? Abordagem para a pesquisa de fronteira baseada na tradição alemã de engenharia de negócios e sistemas de informação Hans Ulrich Buhl , Gilbert Fridgen, Wolfgang König, Maximilian Röglinger e Christian Wagner 2012 110 110 Quadro 14 – Estudos selecionados para análise (Conclusão) N◦ ISSN PERIÓDICO TÍTULO TRADUÇÃO AUTORES ANO DE PUBLICAÇÃO 31 1807- 1775 Journal of Information Systems and Technology Management Data information System to Promote the Organization Data of Collections - Modeling considerations by the unified Modeling Language (UML) Sistema de Informação de dados para promover dados da organização das Coleções - Modelagem considerações pela linguagem modificada unificada (UML) Eduardo Batista de Moraes Barbosa e Galeno José de Sena 2011 32 1807- 1775 Journal of Information Systems and Technology Management Expading the Open Innovation Concept: The case of TotvsS/A Expandindo o conceito aberto da Inovação: O caso da Totvs S/A Leonel Cezar Rodrigues, Emerson Antonio Maccari e Milton de Abreu Campanario 2010 33 0164- 1212 The Journal of Systems and Software Medical image security and EPR hiding using Shamir’s secret sharing scheme Segurança de imagem médica e EPR escondendo usando Shamir esquema de compartilhamento secreto Mustafa Ulutas, Güzin Ulutas e Vasif V. Nabiyev 2011 34 0957- 4174 Expert Systems with Applications Customizable hardware design of fuzzy controllers applied to autonomous car driving Projeto de hardware customizável de controladores fuzzy aplicados a condução de carro autônomo Nadia Nedjah, Paulo Renato S.S. Sandres e Luiza de Macedo Mourelle 2014 35 0963- 8687 Journal of Strategic Information Systems How does social software change knowledge management? Toward a strategic research agenda Como o software social muda a gestão do conhecimento? Rumo a uma agenda de pesquisa estratégica Georg von Krogh 2012 36 0360- 8352 Computers & Industrial Engineering Perspectives of inventory control models in the Physical Internet: A simulation study Perspectivas de modelos de controle de estoque na Internet Física: um estudo de simulação Shenle Pan, Michele Nigrelli, Eric Ballot, Rochdi Sarraj eYanyan Yang 2014 Fonte: A autora, 2017.