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APG 24 - Embriologia do sistema digestório

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Embriologia do sistema
digestório
Objetivos
• Estudar a embriologia do sistema
digestório. 
• Entender a formação das fendas
palatinas e seus tipos. 
• Compreender as dificuldades
vivenciadas por pessoas com fendas
palatinas. 
O sistema digestório é formado pelo trato
digestório da boca ao ânus, com glândulas e
órgãos associados.
Intestino primitivo
O intestino primitivo se forma durante a 4°
semana, quando a eminência caudal e a
cabeça se incorporam a vesícula umbilical
(saco vitelínico).
• O intestino primitivo é fechado
inicialmente na sua extremidade cranial
pela membrana orofaríngea e na sua
extremidade caudal pela membrana
cloacal . 
• O endoderma do intestino primitivo dá
origem à maior parte do intestino,
epitélio e glândulas. 
• Fatores mesenquimais, proteínas FoxF,
controlam a proliferação do epitélio
endodérmico que secreta sonic
hedgehog (Shh). 
• Os tecidos muscular e conjuntivo e
outras camadas da parede do trato
digestório são derivados do mesênquima
esplâncnico que circunda o intestino
primitivo. 
• O epitélio das extremidades cranial e
caudal do trato digestório é derivado do
ectoderma do estomodeu e da fosseta
anal (proctodeu). 
Fatores de crescimento de fibroblastos (FGFs)
e os sinais do FGF-4 do ectoderma e o
mesoderma adjacentes induzem o endoderma.
• Activinas e membros da superfamília do
fator β de crescimento transformante,
contribuem para a formação do
endoderma. 
O intestino primitivo é dividido em três
partes:
1. Intestino anterior. 
2. Intestino médio. 
3. Intestino posterior. 
Os genes Hox e ParaHox, e os sinais do Shh,
BMP e Wnt, regulam a diferenciação regional
do intestino primitivo para formar suas três
partes.
Intestino anterior
Seus derivados são:
1. Faringe primitiva. 
2. Sistema respiratório inferior. 
3. Esôfago e estômago. 
4. Duodeno — primeira porção do intestino
delgado. 
5. Fígado e o sistema biliar — ductos
hepáticos, vesícula biliar e ducto biliar, e
o pâncreas. 
Esses derivados (exceto pela faringe, SRI e o
esôfago) são supridos pelo tronco celíaco, a
artéria do intestino anterior.
Desenvolvimento do esôfago
O esôfago desenvolve-se a partir do intestino
anterior, caudal à faringe.
• A traqueia se divide a partir do esôfago
pelo septo traqueoesofágico. 
Inicialmente, o esôfago é curto, mas ele se
alonga rapidamente devido ao crescimento da
faringe em sentido cefálico, e o coração, os
pulmões e o diafragma o fazem em direção
caudal.
O esôfago alcança o seu comprimento final por
volta da sétima semana.
LARA MELO – ITPAC Palmas
• Entretanto, a recanalização
(restauração do fluxo em um vaso ou
duto após ter sido bloqueado de
alguma forma) do esôfago normalmente
ocorre ao final da oitava semana. 
Seu epitélio e suas glândulas são derivados do
endoderma que prolifera e oblitera a luz do
esôfago.
O músculo estriado (músculo externo) do terço
superior do esôfago é derivado do
mesênquima (TC embrionário derivado da
mesoderme) do quarto e do sexto arcos
faríngeos.
O músculo liso, principalmente no terço inferior
do esôfago, desenvolve-se a partir do
mesênquima esplâncnico circundante.
• Ambos os tipos de músculos são
inervados por ramos dos nervos vagos
(nervo craniano X) que suprem os arcos
faríngeos caudais. 
Desenvolvimento do estômago
1. Inicialmente, a parte distal do intestino
anterior é uma estrutura tubular. 
2. Durante a 4° semana, uma ligeira
dilatação indica o local do estômago
primitivo. A dilatação aparece como um
alargamento fusiforme da parte caudal
(distal) do intestino anterior (no plano
mediano). 
3. O estômago primitivo aumenta e se
alarga ventrodorsalmente. 
4. Nas duas semanas seguintes, a margem
dorsal do estômago cresce mais rapido
do que a margem ventral; isto demarca a
curvatura maior do estômago em
desenvolvimento. 
A rotação do estômago é causada pelo:
1. Alargamento do mesentério e dos
órgãos adjacentes. 
2. Crescimento das paredes do estômago. 
À medida que o estômago aumenta e adquire a
sua forma final, ele gira lentamente 90° no
sentido horário (visto pela extremidade cranial)
em torno do seu eixo longitudinal.
Os efeitos da rotação sobre o estômago
são:
A margem ventral (pequena curvatura) se move
para a direita e a margem dorsal (grande
curvatura) se move para a esquerda.
O lado esquerdo original torna-se a superfície
ventral e o lado direito original torna-se a
superfície dorsal.
1. Antes da rotação, as extremidades
cranial e caudal do estômago estão no
plano mediano. 
2. Durante a rotação e o crescimento do
estômago, sua região cranial se move
para a esquerda e ligeiramente para
baixo, e sua região caudal se move para
a direita e para cima. 
3. Após a rotação, o estômago assume
sua posição final, com seu eixo maior
quase transverso ao maior eixo do
corpo. Essa rotação e crescimento do
estômago explicam por que o nervo
vago esquerdo supre a parede anterior
do estômago do adulto, e o nervo vago
direito inerva a sua parede posterior. 
Mesentérios do estômago:
O estômago está suspenso na parede dorsal
da cavidade abdominal pelo mesentério dorsal,
o mesogástrio dorsal primitivo.
• Durante a rotação do estômago, forma a
bolsa omental ou saco peritoneal
menor. 
O mesentério também contém o baço e a
artéria celíaca. O mesogástrio ventral
primitivo se junta ao estômago; ele também
liga o duodeno ao fígado e à parede abdominal
ventral.
Bolsa Omental
Espaço oco que é formado pelos omentos
maior e menor.
1. Fendas isoladas se desenvolvem no
mesênquima formando o mesogástrio
dorsal. 
LARA MELO – ITPAC Palmas
2. Essas fendas se coalescem e formam
uma cavidade única: a bolsa omental
ou saco peritoneal menor. 
3. A rotação do estômago puxa o
mesogástrio para a esquerda,
aumentando a bolsa, um grande recesso
na cavidade peritoneal. 
4. A bolsa expande-se transversal e
cranialmente e logo fica entre o
estômago e a parede abdominal
posterior. 
A bolsa semelhante a um saco facilita os
movimentos do estômago.
• A parte superior da bolsa omental forma
a bolsa infracardíaca (quando o
diafragma se desenvolve). 
Quando o estômago aumenta, a bolsa omental
se expande e adquire um recesso inferior da
bolsa omental entre as camadas do
mesogástrio dorsal alongado, o grande
omento.
• Esta membrana suspende os
intestinos em desenvolvimento. 
O recesso inferior desaparece quando as
camadas do grande omento se fundem. A bolsa
omental se comunica com a cavidade
peritoneal por uma abertura — o forame
omental.
Desenvolvimento do duodeno
Começa a se desenvolver na 4° semana, a
partir da:
1. Parte caudal do intestino anterior. 
2. Parte cranial do intestino médio. 
3. Mesênquima esplâncnico associado a
essas partes do intestino primitivo. 
A junção das duas porções do duodeno ocorre
imediatamente distal à origem do ducto biliar. O
duodeno forma uma alça em forma de “C” que
se projeta ventralmente.
Com a rotação do estômago, a alça duodenal
fica em uma posição retroperitoneal (externa ao
peritônio).
• O duodeno é provido por ramos das
artérias do troco celíaco e da
mesentérica superior que suprem
essas partes do intestino primordial. 
Durante a quinta e sexta semanas, a luz do
duodeno diminui e fica temporariamente
obstruída devido à proliferação de células
epiteliais.
Ocorre a vacuolização (formação de vacúolos)
à medida que as células epiteliais se
degeneram e o duodeno se torna recanalizado
ao final do período embrionário.
• Nesse momento, a maior parte do
mesentério ventral do duodeno terá
desaparecido. 
Desenvolvimento do Fígado e do
Aparelho Biliar
O fígado, a vesícula biliar e o sistema de
ductos biliares surgem como um crescimento
ventral – o divertículo hepático– a partir do
intestino anterior.
• Via de sinalização Wnt/β-catenina
Inclui a proliferação e a diferenciação
das células progenitoras hepáticas para
formar hepatócitos.
O divertículo hepático e o broto ventral
do pâncreas se desenvolvem a partir do
endoderma embrionário.
• Fatores de crescimento de
fibroblastos (FGFs) secretados
pelo coração em desenvolvimento
interagem com as células
bipotenciais e induzem a
formação do divertículo
hepático. 
1. O divertículo hepático se estende para
o septo transverso — massa de
mesoderma esplâncnico que separa as
cavidades pericárdica e peritoneal. 
2. O septo forma o mesogástrio ventral
nessa região. 
3. O divertículo hepático aumenta de
tamanho e se divide em duas partes
LARA MELO – ITPAC Palmas
enquanto cresce entre as camadas do
mesogástrio ventral (mesentério da
porção dilatada do intestino anterior). 
A porção cranial maior do divertículo hepático
é o primórdio do fígado.
A porção caudal menor torna-se o primórdio
da vesícula biliar.
O pedúnculo do divertículo hepático forma o
ducto cístico.
O pedúnculo do divertículo, que liga os ductos
hepático e cístico ao duodeno se torna o ducto
biliar.
1. As células endodérmicas em
proliferação dão origem a cordões
entrelaçados de hepatócitos e ao epitélio
que reveste a porção intra-hepática do
sistema biliar. 
2. Os cordões hepáticos se anastomosam
ao redor dos espaços revestidos por
endotélio, os primórdios dos sinusoides
hepáticos. 
A sinalização do fator de crescimento endotelial
vascular Flk-1 parece ser importante para a
morfogênese inicial dos sinusoides hepáticos
(sistema vascular primitivo).
• Os tecidos fibroso e hematopoético e as
células de Kupffer do fígado são
derivadas do mesênquima no septo
transverso. 
O fígado cresce rapidamente da quinta até a
décima semanas e preenche uma grande parte
da cavidade abdominal superior.
A quantidade de sangue oxigenado que flui da
veia umbilical para o fígado determina o
desenvolvimento e a segmentação funcional do
fígado.
Inicialmente, os lobos direito e esquerdo têm
aproximadamente o mesmo tamanho, mas logo
o direito se torna maior.
A hematopoiese (formação e desenvolvimento
de vários tipos de células sanguíneas) começa
no fígado durante a sexta semana, conferindo
a ele um aspecto avermelhado brilhante.
Por volta da nona semana, o fígado é
responsável por aproximadamente 10% do
peso total do feto. A formação de bile pelas
células hepáticas começa durante a 12°
semana.
• Inicialmente, o sistema biliar extra-
hepático está obstruído por células
epiteliais, porém mais tarde se torna
canalizado por causa da vacuolização
resultante da degeneração dessas
células. 
A entrada da bile no duodeno através do ducto
biliar após a 13° semana confere uma cor
verde-escura ao mecônio (conteúdo intestinal
do feto).
Mesentério Ventral
É uma fina membrana de camada dupla,
derivado do mesogástrio, que dá origem a:
1. O omento menor, que vai do fígado à
pequena curvatura do estômago
(ligamento hepatogástrico) e do fígado
ao duodeno (ligamento hepatoduodenal).
2. O ligamento falciforme, que se estende
do fígado à parede abdominal ventral. 
3. Peritônio visceral do fígado. O fígado
é coberto pelo peritônio, exceto pela
área descoberta, que está em contato
direto com o diafragma. 
Desenvolvimento do pancrêas
Se desenvolve entre as camadas do
mesentério a partir dos brotos pancreáticos
dorsal e ventral de células endodérmicas (do
intestino anterior).
• A maior parte do pâncreas deriva do
broto pancreático dorsal maior, que
aparece primeiro. 
• O broto pancreático ventral menor
desenvolve-se próximo à entrada do
ducto biliar e cresce entre as camadas
do mesentério ventral. Ele se posiciona
posteriormente ao broto pancreático
dorsal e se funde com ele. 
LARA MELO – ITPAC Palmas
• O broto pancreático ventral forma
o processo uncinado e parte da
cabeça do pâncreas. 
O pâncreas se posiciona em uma posição
retroperitoneal.
À medida que os brotos pancreáticos se
fundem, seus ductos se abrem dentro um do
outro, formando o ducto pancreático.
Histogênese do Pâncreas
O parênquima (tecido celular básico) do
pâncreas é derivado do endoderma dos
brotos pancreáticos que forma uma rede de
túbulos.
No início do período fetal, ácinos
pancreáticos (porções secretoras de uma
glândula acinosa) começam a se desenvolver a
partir de aglomerados de células ao redor das
extremidades desses túbulos (ductos
pancreáticos primitivos).
As ilhotas pancreáticas se desenvolvem a
partir de grupos de células que se separam dos
túbulos e se localizam entre os ácinos.
• A secreção de insulina começa durante
o período fetal inicial (10° semana). 
As células contendo glucagon e somatostatina
se desenvolvem antes da diferenciação das
células beta secretoras de insulina. O glucagon
foi detectado no plasma fetal com 15 semanas.
A bainha de tecido conjuntivo e os
septos interlobulares do pâncreas se
desenvolvem a partir do mesênquima
esplâncnico circundante. Quando há
diabetes mellitus materno, as células
beta que secretam insulina no pâncreas
fetal estão cronicamente expostas a
altos níveis de glicose. Como resultado,
essas células sofrem hipertrofia para
aumentar a taxa de secreção de insulina.
Desenvolvimento do baço
É derivado de células mesenquimais
localizadas entre as camadas do mesogástrio
dorsal.
O baço, um órgão linfático vascular, começa a
se desenvolver durante a quinta semana, mas
não adquire seu formato característico até o
início do período fetal.
• O baço fetal é lobulado, mas os lóbulos
normalmente desaparecem antes do
nascimento. As depressões na margem
superior do baço do adulto são
remanescentes de sulcos que
separavam os lóbulos fetais. 
As células mesenquimais no baço primitivo
diferenciam-se para formar a cápsula, a
estrutura de tecido conjuntivo e o parênquima
do baço.
O baço funciona como um centro
hematopoético até a vida fetal tardia;
entretanto, ele retém o seu potencial para a
formação de células sanguíneas mesmo
durante a vida adulta.
Intestino Médio
Os derivados do intestino médio são:
1. O intestino delgado, incluindo o duodeno
distal à abertura do ducto biliar. 
2. O ceco, o apêndice, o colo ascendente e
a metade direita a dois terços do colo
transverso. 
Esses derivados são supridos pela artéria
mesentérica superior.
Herniação da Alça do Intestino Médio
O intestino médio se alonga e forma a alça do
intestino médio, que se projeta para dentro dos
remanescentes do celoma extraembrionário na
parte proximal do cordão umbilical.
• A alça é uma herniação umbilical
fisiológica que ocorre no início da sexta
semana, que se comunica com a
vesícula umbilical (saco vitelínico)
através do estreito ducto onfaloentérico
até a 10° semana. 
A herniação ocorre porque não há espaço
suficiente na cavidade abdominal para o
intestino médio em rápido crescimento. A
LARA MELO – ITPAC Palmas
escassez de espaço é causada pelo fígado
volumoso e pelos rins.
A alça do intestino médio possui uma:
1. Porção cranial (proximal): forma as
alças do intestino delgado. 
2. Porção caudal (distal): forma o
divertículo (dilatação cecal), que é o
primórdio do ceco e do apêndice. É
suspensa a partir da parede abdominal
dorsal pelo mesogástrio dorsal. 
O ducto onfaloentérico está ligado ao ápice da
alça do intestino médio onde as duas porções
se juntam.
Rotação da Alça do Intestino Médio
Essa rotação em sentido anti-horário traz a
porção cranial (intestino delgado) da alça para
a direita e a porção caudal (intestino grosso)
para a esquerda. Durante a rotação, a porção
cranial se alonga e forma as alças intestinais
(p. ex., o jejuno e o íleo primitivos).
Retração das Alças Intestinais
Durantea 10° semana, os intestinos retornam
ao abdome.
O alargamento da cavidade abdominal e a
relativa diminuição no tamanho do fígado e dos
rins são fatores importantes. O intestino
delgado (formado a partir da porção cranial)
retorna primeiro, passando posteriormente à
artéria mesentérica superior, e ocupa a parte
central do abdome.
Quando o intestino grosso retorna, ele sofre
uma rotação adicional de 180° no sentido anti-
horário. O colo descendente e o colo sigmoide
se movem para o lado direito do abdome. O
colo ascendente torna-se reconhecível com o
alongamento da parede abdominal posterior.
Fixação dos Intestinos
A rotação do estômago e do duodeno faz com
o duodeno e o pâncreas se posicionem à
direita. O colo aumentado pressiona o duodeno
e o pâncreas contra a parede abdominal
posterior. Como resultado, a maior parte do
mesentério duodenal é absorvida.
Consequentemente, o duodeno, exceto a sua
primeira parte (derivada do intestino anterior),
não possui nenhum mesentério e encontra-se
retroperitonialmente (externo ou posterior ao
peritônio). Da mesma forma, a cabeça do
pâncreas torna-se retroperitoneal.
Resumo do s. digestório
• O intestino primitivo se forma a partir da
porção dorsal da vesícula umbilical, que
é incorporada ao interior do embrião. O
endoderma do intestino primitivo dá
origem ao revestimento epitelial do trato
digestório, exceto nas porções cranial e
caudal, que são derivadas do ectoderma
do estomodeu e da membrana cloacal,
respectivamente. Os componentes de
tecido muscular e conjuntivo do trato
digestório são derivados do mesênquima
esplâncnico que circunda o intestino
primitivo. 
• O intestino anterior dá origem à faringe,
ao sistema respiratório inferior, ao
esôfago, ao estômago, à porção
proximal do duodeno, ao fígado,
pâncreas e sistema biliar. Como a
traqueia e o esôfago possuem uma
origem comum, a partir do intestino
anterior, a divisão incompleta pelo septo
traqueoesofágico resulta em estenoses
ou atresias, com ou sem fístulas entre
elas. 
• O divertículo hepático, o primórdio do
fígado, da vesícula biliar e do sistema de
ductos biliares, é um crescimento do
revestimento epitelial endodérmico do
intestino anterior. Cordões epiteliais
hepáticos se desenvolvem a partir do
divertículo hepático e crescem no septo
transverso. Entre as camadas do
mesentério ventral, derivadas do septo
transverso, células primordiais se
diferenciam em tecidos hepáticos e nos
revestimentos dos ductos do sistema
biliar. 
LARA MELO – ITPAC Palmas
• A atresia duodenal congênita resulta da
falha do processo de vacuolização e
recanalização que ocorre após a fase
sólida normal de desenvolvimento do
duodeno. Normalmente, as células
epiteliais se degeneram e o lúmen do
duodeno é restaurada. A obstrução do
duodeno também pode ser causada por
um pâncreas anular ou estenose pilórica.
• O pâncreas se desenvolve a partir de
brotos pancreáticos que se formam do
revestimento endodérmico do intestino
anterior. Quando o duodeno gira para a
direita, o broto pancreático ventral se
move dorsalmente e se funde com o
broto pancreático dorsal. O broto
pancreático ventral forma a maior parte
da cabeça do pâncreas, incluindo o
processo uncinado. O broto pancreático
dorsal forma o restante do pâncreas. Em
alguns fetos, os sistemas de ducto dos
dois brotos não se fundem, e se forma
um ducto pancreático acessório. 
• O intestino médio dá origem ao duodeno
(a porção distal à entrada do ducto
biliar), jejuno, íleo, ceco, apêndice, colo
ascendente e à metade direita dois
terços do colo transverso. O intestino
médio forma uma alça intestinal umbilical
em forma de U que hernia-se no cordão
umbilical durante a sexta semana porque
não há espaço suficiente para ele no
abdome. Enquanto no cordão umbilical,
a alça do intestino médio gira 90° em
sentido anti-horário. Durante a 10a
semana, o intestino retorna ao abdome,
girando mais 180°. 
• As onfaloceles, má rotações e fixações
anormais do intestino resultam de falha
no retorno ou rotação anormal do
intestino. Como o intestino é
normalmente ocluído durante a quinta e
a sexta semanas, resulta em estenose
(obstrução parcial), atresia (obstrução
completa) e duplicações se a
recanalização não ocorrer ou ocorrer de
modo anormal. Remanescentes do ducto
onfaloentérico podem persistir.
Divertículos ileais são comuns; no
entanto, poucos deles se tornam
inflamados e produzem dor. 
• O intestino posterior dá origem ao terço
esquerdo da metade do colo transverso,
ao colo descente e ao colo sigmoide, o
reto e a porção superior do canal anal. A
porção inferior do canal anal se
desenvolve a partir da fosseta anal. A
porção caudal do intestino posterior
divide a cloaca no seio urogenital e reto.
O seio urogenital dá origem à bexiga
urinária e à uretra. O reto e a porção
superior do canal anal são separados do
exterior pelo tampão epitelial. Essa
massa de células epiteliais se decompõe
ao final da oitava semana. 
• A maior parte das anomalias anorretais
resulta da septação anormal da cloaca
no reto e no canal anal posteriormente e
da bexiga urinária e uretra
anteriormente. O crescimento detido
e/ou o desvio do septo urorretal causam
a maior parte as anomalias anorretais,
como a atresia retal e fístulas entre o
reto e a uretra, a bexiga urinária ou a
vagina. 
Fendas labiopalatinas
Se desenvolvem a partir dos palatos.
Primários
Surge do seguimento intermaxilar da maxila.
Secundários
Projeções mesenquimais, que forma o palato
duro e mole.
Pode ser:
1. Fenda labial. 
2. Fenda palatina. 
3. Fenda labiopalatina. 
Complicações
• Má formação da dentição. 
• Distúrbios respiratórios. 
LARA MELO – ITPAC Palmas
• Alteração na deglutição. 
• Má desenvolvimento da fala e da
dentição. 
• Má nutrição. 
• Impactos sociais. 
LARA MELO – ITPAC Palmas
	Embriologia do sistema digestório
	Objetivos
	Intestino primitivo
	Intestino anterior
	Desenvolvimento do esôfago
	Desenvolvimento do estômago
	Bolsa Omental
	Desenvolvimento do duodeno
	Desenvolvimento do Fígado e do Aparelho Biliar
	Mesentério Ventral
	Desenvolvimento do pancrêas
	Desenvolvimento do baço
	Intestino Médio
	Herniação da Alça do Intestino Médio
	Rotação da Alça do Intestino Médio
	Retração das Alças Intestinais
	Fixação dos Intestinos
	Resumo do s. digestório
	Fendas labiopalatinas
	Primários
	Secundários
	Complicações

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