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O CONTADOR E A ÉTICA 
PROFISSIONAL 
AULA 5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof.ª Daiane Lolatto 
 
 
2 
CONVERSA INICIAL 
Nesta aula, serão abordadas a ética do profissional da contabilidade 
quanto ao gerenciamento de resultados, fraudes e erros, as penalidades ao 
profissional contábil, as condutas irregulares comuns ao Balanço Patrimonial 
(BP) e a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE). 
Depois de estudar as Normas Brasileiras de Contabilidade Profissional 
Geral (NBC PG 01), entende-se que os limites do exercício da profissão 
contábil já estão mais claros, como é o caso do gerenciamento de resultados. 
O assunto também será abordado com mais profundidade. 
Os erros são comuns na realização do trabalho, mas precisam ser 
evitados. Para isso, serão discutidos procedimentos de revisão das 
informações contábeis. A fraude, por sua vez, consiste em um ato ilícito que 
prejudica o meio social, de modo que “todos saem perdendo”. Enquanto o erro 
é involuntário, a fraude é intencional, e, em função disso, os proprietários, 
gestores e contadores são responsáveis solidários pela informação contábil 
prestada, respondendo em todas as instâncias, inclusive criminal e civilmente, 
por ela. 
Sendo assim, existem penalidades em casos de descumprimento do 
código de ética profissional que são observados por condutas irregulares na 
elaboração das demonstrações contábeis. 
CONTEXTUALIZANDO 
No Brasil, a expressão gerenciamento de resultados é mais utilizada que 
contabilidade criativa pelo fato de a maioria dos pesquisadores terem obtido 
sua formação em programas de pós-graduação com influência anglo-saxônica, 
norte-americana e não europeia. De maneira geral, autores brasileiros tendem 
a classificar gerenciamento de resultados não como fraude, mas como 
aproveitamento de desvios ou omissões de uma norma. De qualquer forma, 
tanto a contabilidade criativa como o gerenciamento de resultados se 
enquadram, no mínimo, como manipulação de resultados e, 
consequentemente, de informações aos usuários (Niyama; Rodrigues; 
Rodrigues, 2015, p. 72). 
Nesse sentido, quais seriam os principais motivos para a prática do 
gerenciamento de resultados? 
 
 
3 
Saiba mais 
Leia mais sobre contabilidade criativa no artigo de Niyama, Rodrigues e 
Rodrigues (2015) disponível em 
<https://proxy.furb.br/ojs/index.php/universocontabil/article/view/4775>. 
TEMA 1 – GERENCIAMENTO DE RESULTADOS 
O gerenciamento de resultados consiste na manipulação de informações 
contábeis para fins oportunistas, decorrente de uma ação discricionária, ou 
seja, uma liberdade de agir dos gestores nas informações contábeis e nas 
atividades reais da empresa (Healy; Wahlen, 1999, p. 368). Essa liberdade 
pode ser realizada de forma ética, por exemplo, quando o gestor escolhe o 
método de avaliação dos estoques com o objetivo de apurar lucros maiores. 
Dessa forma, entende-se que o gerenciamento de resultados está 
diretamente relacionado com a prática de julgamento do contador. Por 
exemplo, pode acontecer de os gestores exercerem seu poder sobre o 
profissional da contabilidade para que as perdas sejam manipuladas, pois 
reconhecer perdas em projetos de investimentos pode custar seu cargo na 
organização ou até mesmo sua parcela nos lucros. 
Logo, o gerenciamento de resultados pode estar relacionado ao fato de 
manipular (fraudar) e a um ato lícito (não fraudulento). 
Sugestão de filme 
Para pensar mais sobre fraude, assista ao filme A Lavanderia (2019). 
No Brasil, algumas pesquisas têm apresentado evidências de que as 
empresas gerenciam seus resultados mediante atividades reais e por meio de 
accruals discricionários. As atividades reais ocorrem quando as decisões 
tomadas pelos gestores estão abaixo dos ideais em questão de tempo e 
volume, então há o gerenciamento para apresentação de um melhor resultado, 
isto é, o gerenciamento das atividades de negócios reais da organização 
(Cupertino; Martinez; Costa Junior, 2016, p. 233). Isso acontece, por exemplo, 
quando os gestores suspendem os treinamentos de pessoal para diminuir os 
gastos e, assim, garantir maiores lucros. 
O gerenciamento de resultados por accruals discricionários 
compreende a manipulação dos resultados por meio da diferença entre o lucro 
líquido e o fluxo de caixa operacional líquido. O gestor arbitrariamente aumenta 
 
 
4 
ou diminui os accruals com a finalidade de influenciar o lucro (Martinez, 2008, 
p. 8). Um exemplo: a fim de aumentar os accruals, a empresa reconhece um 
valor inferior de depreciação, o que resulta em um lucro líquido maior, 
aumentando a diferença entre o lucro líquido e o fluxo de caixa, uma vez que a 
depreciação ocorre pelo regime de competência. 
De acordo com Cupertino, Martinez e Costa Junior (2016, p. 235), 
independentemente do método escolhido para gerenciar o resultado, seja por 
meio de accruals ou decisões operacionais, a finalidade pode ou não ser a de 
persuadir as partes interessadas a uma falsa situação financeira da empresa. 
Watts e Zimmerman (1986), citados por Murcia et al. (2013), apresentam as 
seguintes motivações para as escolhas contábeis (Figura 1): 
Figura 1 – Motivações das escolhas contábeis 
 
Fonte: Watts e Zimmerman, 1986, citados por Murcia et al., 2013, p. 117. 
Essas motivações podem levar o gestor a agir de forma ética ou 
antiética. Quando, por exemplo, o gestor quer pagar menos impostos, faz-se 
necessário reduzir o lucro. A redução do lucro pode ser realizada por métodos 
legais, como aproveitar as lacunas da legislação. Uma possibilidade seria 
avaliar os estoques pela média ponderada móvel em detrimento do método 
PEPS (Primeiro que Entra, Primeiro que Sai), pois o lucro auferido pela média 
seria menor. 
Motivações 
das escolhas 
contábeis
Diminuir o lucro 
para reduzir 
custo político 
perante a 
sociadade
Aumentar o 
lucro para 
atender 
covenants
estipulados 
pelos credores
Aumentar ou 
diminuir o lucro 
para atingir o 
bônus
Diminuir o lucro 
para evitar 
entradas de 
concorrentes
Diminuir o lucro 
para pagar 
menos 
impostos
Aumentar ou 
diminuir o lucro 
para atingir as 
projeções dos 
analistas
 
 
5 
Nesse sentido, Martinez (2001) apresenta três modalidades de 
gerenciamento de resultados: i. Target Earning; ii. Income Smoothing; e iii. Big 
Bath Accounting (Figura 2): 
Figura 2 – Modalidades de gerenciamento de resultados 
 
Fonte: Martinez, 2001, p. 43. 
Logo, observa-se que o gerenciamento pode ter finalidades distintas, 
como gerenciar para aumentar ou diminuir os resultados contábeis (Target 
Earning), gerenciar para diminuir a variação dos resultados contábeis (Income 
Smoothing) e gerenciar para diminuir o lucro presente, a fim de aumentar o 
lucro futuro (Big Bath Accouting). 
O Target Earning pode ser utilizado no registro da depreciação. A 
empresa pode acelerar a depreciação para diminuir o resultado. No caso do 
Income Smoothing, o reconhecimento das receitas e despesas pode ser 
controlado, ou seja, a empresa pode postergar o faturamento de uma venda 
quando verificar que o resultado do mês foi alcançado, garantindo, assim, que 
a meta do mês seguinte também seja obtida e, consequentemente, que o 
resultado dos dois períodos seja suavizado. Por fim, o gerenciamento por Big 
Bath Accounting pode ser aplicado quando a empresa tem um projeto que irá 
alavancar o faturamento da empresa e espera para desenvolver em um 
momento futuro. 
Earnings 
Management
Target Earning
"Gerenciar" para 
aumentar 
(melhorar) ou 
diminuir (piorar) os 
resultados 
contábeis
Income Smoothing
"Gerenciar" para 
reduzir a 
variabilidade dos 
resultados 
contábeis
Big Bath 
Accounting
"Gerenciar" para 
reduzir o lucro 
corrente, de modo 
a aumentar o lucro 
futuro
 
 
6 
Para garantir a fidedignidade das demonstrações contábeis, as 
empresas têm utilizado mecanismos de controle robustos, além de contar com 
as boas práticas de governança corporativa.1.1 Exemplo de uso de PECLD como prática de gerenciamento de 
resultado 
Para Nez et al. (2017, p. 64), as Perdas Estimadas em Créditos de 
Liquidação Duvidosa (PECLD) podem ser uma importante ferramenta de 
gerenciamento de resultados para os gestores, visto que sua aplicação pode 
interferir diretamente no resultado da empresa e, por conseguinte, no 
desempenho empresarial. “Em geral, os gestores estão interessados no 
crescimento dos lucros, pois, via de regra, sua remuneração está atrelada aos 
ganhos de sua organização.” (Nez et al., 2017, p. 66). Há, então, um conflito de 
interesses. 
De acordo com o CPC 48 (CPC, 2016), as PECLD devem ser 
reconhecidas com base no risco de inadimplência esperada, e não mais 
fundamentadas na análise histórica de perda. Entretanto, para fins tributários, 
conforme disposto no Regulamento do Imposto de Renda de 2018 – Decreto n. 
9.580, de 22 de novembro de 2018 (Brasil, 2018) –, art. 347, existem limites 
para o registro das perdas: 
Art. 347 [...] 
§ 1º Poderão ser registrados como perda os créditos: 
I - em relação aos quais tenha havido a declaração de insolvência 
do devedor, em sentença emanada do Poder Judiciário; 
II - sem garantia, de valor: 
a) até R$ 15.000,00 (quinze mil reais), por operação, vencidos há 
mais de seis meses, independentemente de iniciados os 
procedimentos judiciais para o seu recebimento; 
b) acima de R$ 15.000,00 (quinze mil reais) até R$ 100.000,00 (cem 
mil reais), por operação, vencidos há mais de um ano, 
independentemente de iniciados os procedimentos judiciais para o 
seu recebimento, mantida a cobrança administrativa; e 
c) superior a R$ 100.000,00 (cem mil reais), vencidos há mais de um 
ano, desde que iniciados e mantidos os procedimentos judiciais para 
o seu recebimento; 
III - com garantia, vencidos há mais de dois anos, de valor: 
a) até R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), independentemente de 
iniciados os procedimentos judiciais para o seu recebimento ou o 
arresto das garantias; e 
b) superior a R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), desde que iniciados 
e mantidos os procedimentos judiciais para o seu recebimento ou o 
arresto das garantias; e 
IV - contra devedor declarado falido ou pessoa jurídica em 
concordata ou recuperação judicial, relativamente à parcela que 
 
 
7 
exceder o valor que esta tenha se comprometido a pagar, observado 
o disposto no § 6º. (grifos nossos) 
Logo, percebe-se que o reconhecimento da perda pode variar, 
dependendo da norma seguida. Outros órgãos reguladores tratam do assunto e 
precisam ser consultados. Se a empresa utilizar os limites estabelecidos no 
Decreto n. 9.580/2018, poderá estar evidenciando de forma inapropriada suas 
perdas, impactando diretamente no resultado. O profissional da contabilidade 
deve, então, utilizar seu julgamento ético para reconhecer as PECLD no 
cumprimento dos princípios fundamentais. 
TEMA 2 – FRAUDES VERSUS ERROS 
Para Wuerges e Borba (2014, p. 466), “Fraudes nas demonstrações 
financeiras (FDF) custam caro para os investidores e podem prejudicar a 
credibilidade dos auditores. Para prevenir e detectar fraudes, é útil conhecer 
suas causas.”. 
De acordo com a NBC TI 01 (CFC, 2003), a diferença entre fraude e erro 
está na intenção do ato. Quando há intenção de omitir ou manipular uma 
informação, tem-se a fraude, como disposto a seguir: 
O termo “fraude” aplica-se a ato intencional de omissão e/ou 
manipulação de transações e operações, adulteração de 
documentos, registros, relatórios, informações e demonstrações 
contábeis, tanto em termos físicos quanto monetários. (CFC, 2003) 
Quando não existe o propósito de omitir uma informação, seja por 
desatenção ou desconhecimento do assunto, tem-se o erro: 
O termo “erro” aplica-se a ato não-intencional de omissão, 
desatenção, desconhecimento ou má interpretação de fatos na 
elaboração de registros, informações e demonstrações contábeis, 
bem como de transações e operações da entidade, tanto em termos 
físicos quanto monetários. (CFC, 2003). 
Crepaldi e Crepaldi (2019, p. 525) relatam que a fraude é um problema 
frequente nas empresas devido ao enfraquecimento dos valores éticos, morais 
e sociais e, sobretudo, da insuficiência dos sistemas de controle interno. 
Segundo os autores, as circunstâncias que induzem ao risco de fraude e erro 
são: 
a. estrutura ou atuação imprópria da administração; 
b. intimidações internas e externas; 
 
 
8 
c. operações que apresentem alguma anormalidade; 
d. problemas internos na execução dos trabalhos de auditoria; 
e. aspectos característicos de sistemas de informação computadorizados. 
Quanto ao exercício da profissão contábil e de seus auxiliares, o art. 
1.177 do Código Civil – Lei n. 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Brasil, 2002) – 
estabelece que “[...] No exercício de suas funções, os prepostos são 
pessoalmente responsáveis, perante os preponentes, pelos atos culposos; e, 
perante terceiros, solidariamente com o preponente, pelos atos dolosos.”. 
O preposto é aquele que representa o titular, realiza o serviço e exerce 
a tarefa mediante delegação da pessoa do proponente (o contador, por 
exemplo). O proponente, por sua vez, é aquele que atribui as tarefas ao 
preposto (por exemplo, a empresa cliente). 
Nesse sentido, qualquer inconsistência que exista na contabilidade é 
responsabilidade do contador, que deve responder por todo erro ou fraude. 
Goto (2019, p. 74) menciona que o profissional responderá pelo dano causado 
ao titular do negócio, erro de má-fé ou omissão proposital do erro, por exemplo, 
quando houver lançamentos inapropriados ou ajustes em desacordo com o 
negócio. A responsabilidade do contador é solidária à do titular do negócio. 
Segundo Pereira e Nascimento (2005), fraudes e erros causam impactos 
na sociedade de forma geral. As fraudes praticadas por uma empresa 
estabelecida nos Estados Unidos, por exemplo, refletirão nos demais países 
em que a organização tiver aplicações. 
Nos Estados Unidos, a Comissão de Valores Mobiliários (em inglês, 
SEC) não consegue denunciar todos os casos de fraude por meio dos 
Comunicados de Execução Contábil e de Auditoria (AAERs, em inglês). As 
empresas envolvidas em fraudes nas demonstrações financeiras têm, a 
princípio, uma probabilidade de 1,43% de serem pegas (Wuerges; Borba, 2014, 
p. 478). 
No relatório apresentado pela Associação de Examinadores Certificados 
de Fraudes (em inglês, ACFE), foram detectados 112 casos de fraude na 
América Latina em 2016, 18 deles ocorridos no Brasil. 
 
 
9 
2.1 Aplicação prática 
Suponha que o cliente do profissional contábil tenha realizado compras 
sem notas fiscais. Ele relata ao contador que forneceu todos os documentos 
pertinentes para o registro contábil. O profissional realmente recebeu todos os 
documentos, pois algumas operações foram realizadas sem a emissão de 
notas fiscais, mas não tinha conhecimento do fato. 
Nesse caso, o contador estaria cometendo um erro ou uma fraude diante 
das normas contábeis? O profissional foi induzido a um erro por má-fé do 
cliente, devendo, então, responder dentro do âmbito de sua responsabilidade. 
Presume-se que nessa relação entre cliente e contador haja confiança e o 
princípio da boa-fé, por isso o erro é considerado grave, podendo até ser 
classificado como fraude. O profissional contábil, mesmo não sendo informado 
das operações fraudulentas, poderia detectar por meio do levantamento do 
estoque físico, confrontando com as informações das demonstrações 
contábeis. 
O julgamento profissional mais uma vez é de suma importância no 
exercício da profissão, assim como a competência para a realização da análise 
das demonstrações e a detecção de fraudes. 
TEMA 3 – PENALIDADES AO PROFISSIONAL CONTÁBIL 
É importante pontuar que existem deveres e vedações do profissional 
contábil, assim como penalidades previstas no Código de Ética Profissional do 
Contador – NBC PG 01 (CFC, 2019). Algumas das condutas contabilistasque, 
ao serem praticadas, configuram infrações são: 
• descumprir os princípios de ética da contabilidade – princípio de 
integridade, objetividade, competência profissional e devido zelo, 
confidencialidade e comportamento profissional adequado; 
• atuar sem o devido registro no conselho; 
• manter conduta inapropriada na execução das tarefas; 
• incorrer sempre nos mesmos erros, o que demonstra incapacidade 
técnica; 
• apropriar-se de documentos dos clientes; 
• perder documentos que foram confiados ao profissional; 
 
 
10 
• adulterar os documentos; 
• envolver-se em fraudes aos cofres públicos; 
• produzir materiais de contabilidade divergentes dos fatos ocorridos. 
Sá (2009) aponta que a corrupção faz parte da história desde tempos 
antigos, mas que, nas últimas décadas do século XX, parece ser mais 
constante. Também registra que “[...] fraudes oferecem um quadro de 
deterioração universal, movida pela ambição do poder e da constituição da 
riqueza ilícita.” (Sá, 2009, p. 172). 
A fim de nortear a conduta dos contadores é que há o Código de Ética 
Profissional do Contador (CFC, 2019), prevendo penalidades aos profissionais 
que eventualmente venham a agir de má-fé na realização de suas atividades. 
Também se aplicam alguns artigos do Novo Código Civil (Brasil, 2002), 
especialmente o art. 1.177. 
Conforme o item 20 da NBC PG 01 (CFC, 2019), a aplicação das 
penalidades quanto à infração ética (descumprimento do Código de Ética 
Profissional do Contador) consiste em “(a) advertência reservada; (b) censura 
reservada; ou (c) censura pública”: 
a. Advertência reservada: ocorre quando o profissional é advertido por 
alguma imprudência cometida. Ele é comunicado de forma reservada, 
por exemplo, se deixar de escriturar nos livros de diário e razão 
documentos contábeis hábeis. 
b. Censura reservada: a advertência é realizada pelo conselho ao 
contador infrator, alertando-o do ato antiético e censurando-o 
reservadamente, por exemplo, se deixar de cumprir os serviços 
contábeis expressamente contratados. 
c. Censura pública: é uma forma de punição mais grave, sendo levada a 
público com a identificação do objeto, o nome do censurado e o motivo 
da censura. Acontece, por exemplo, quando há manipulação de 
informações para alcançar o resultado almejado. 
A advertência reservada, a censura reservada e a censura pública 
ocorrem nos casos previstos no Código de Ética Profissional do Contador. 
Entretanto, existem outras penalidades quanto a infrações disciplinares 
(descumprimentos da legislação que tratam das normas técnicas), que 
resultam em multa, suspensão do exercício da profissão e extinção do registro. 
 
 
11 
3.1 Penalidades disciplinares e éticas 
O Decreto-Lei n. 9.295, de 27 de maio de 1946 (Brasil, 1946), alterado 
pela Lei n. 12.249, de 11 de junho de 2010 (Brasil, 2010), art. 27, estabelece as 
seguintes penalidades disciplinares aos contadores (Quadro 1): 
Quadro 1 – Infrações e penalidades 
Infração Penalidade 
• Exercer a profissão sem concluir o curso de Bacharelado 
em Ciências Contábeis, reconhecido pelo Ministério da 
Educação, aprovação em Exame de Suficiência e registro no 
Conselho Regional de Contabilidade a que estiver sujeito. 
• Atuar como perito sem ser diplomado em contador. 
Multa de 1 (uma) a 10 (dez) 
vezes o valor da anuidade do 
exercício em curso. 
• Executar os respectivos serviços sem provar aos 
Conselhos de Contabilidade que os encarregados da parte 
técnica são exclusivamente profissionais habilitados e 
registrados na forma da lei. 
• Todo aquele que se propuser, seja por meio de 
anúncios, placas, cartões comerciais ou outros meios, a 
exercer o serviço sem ser habilitado ao exercício da 
profissão. 
Multa de 1 (uma) a 10 (dez) 
vezes aos profissionais e de 
2 (duas) a 20 (vinte) vezes o 
valor da anuidade do 
exercício em curso às 
empresas ou a quaisquer 
organizações contábeis. 
• Aos infratores de dispositivos não mencionados 
anteriormente ou para os quais não haja indicação de 
penalidade especial. 
Multa de 1 (uma) a 5 (cinco) 
vezes o valor da anuidade do 
exercício em curso. 
• Falsidade de documentos e erros de escrituração 
praticados com objetivo de fraudar as rendas públicas. 
Suspensão do exercício da 
profissão pelo período de até 
2 (dois) anos. 
• Incapacidade técnica no exercício de suas funções, a 
critério do CRC a que estiver submetido, concedida a mais 
ampla defesa. 
Suspensão do exercício da 
profissão pelo prazo de 6 
(seis) meses a 1 (um) ano. 
• Incapacidade técnica de natureza grave, crime contra a 
ordem econômica e tributária, produção de falsa prova de 
quaisquer dos requisitos para registro profissional e 
apropriação indevida de valores de clientes confiados a sua 
guarda, desde que homologada por 2/3 (dois terços) do 
Plenário do Tribunal Superior de Ética e Disciplina. 
Cassação do exercício 
profissional. 
• Casos previstos no Código de Ética Profissional dos 
Contabilistas. 
Advertência reservada, 
censura reservada e censura 
pública. 
Fonte: Adaptado de Brasil, 2010. 
TEMA 4 – CONDUTAS IRREGULARES COMUNS À DEMONSTRAÇÃO DO 
RESULTADO DO EXERCÍCIO 
As condutas irregulares comuns à Demonstração do Resultado do 
Exercício (DRE) dependem dos objetivos que se quer atingir. Entre os vários 
métodos utilizados pelos fraudadores na elaboração da DRE, tem-se: 
• Manipular gastos: empresas podem ocultar gastos para divulgar uma 
lucratividade maior e, assim, aumentar os preços de suas ações. 
 
 
12 
• Inflar receitas: empresas podem gerenciar os ganhos com o objetivo de 
apresentar uma imagem melhor do que realmente têm. Com as receitas 
maiores do que são, pode haver maior interesse dos investidores, os 
acionistas ficam felizes, os gestores atendem aos orçamentos e até 
ganham bonificações. 
Essas condutas irregulares ou fraudentas são as mais comuns 
relacionadas à DRE. 
4.1 Caso prático 
Imagine que a empresa Delta esteja apurando resultados desfavoráveis. 
Em uma reunião com os gestores da empresa, essa situação foi discutida e se 
decidiu que era de extrema necessidade reverter o resultado, pois havia uma 
probabilidade alta de perder investidores. Chegou-se à conclusão de que os 
gastos com manutenção deveriam ser ocultados e lançados em momento 
oportuno. 
A decisão tomada se refere a uma conduta regular ou irregular? A 
ocultação de gastos faz com que o resultado da empresa fique maior e garanta 
os investimentos, mas é uma conduta irregular, pois a ocultação de 
informações é uma atitude antiética prevista no Código de Ética Profissional do 
Contador. 
Agora, suponha que a empresa tenha realizado a venda de um terreno 
para obter recursos. Em negociação com o comprador, propõe a emissão do 
documento de venda por um valor superior, pois precisa aumentar seu lucro a 
qualquer custo para transparecer aos investidores que a situação financeira é 
favorável. O comprador, incialmente, não concorda com essa operação, mas a 
empresa garante que assume os custos que excederem o valor real negociado. 
Assim, o negócio é fechado. 
Nesse caso, pode-se dizer que o gerenciamento foi lícito? Novamente, a 
conduta da empresa é irregular, ilícita, pois está aumentando o resultado por 
meio de uma prática fraudulenta, simulando uma situação que não aconteceu. 
Vale dizer que é possível gerenciar o resultado sem que a conduta seja 
considerada irregular, conforme apontam autores como Favoretto et al. (2017, 
p. 119). Em caso de medidas conservadoras, tem-se o reconhecimento maior 
de provisões e a aceleração da depreciação, por exemplo. Em casos de 
 
 
13 
medidas mais agressivas, pode-se evitar ou diminuir o montante de provisões, 
reduzir as cotas de depreciação e reconhecer as receitas durante o processo 
produtivo. 
TEMA 5 – CONDUTAS IRREGULARES COMUNS AO BALANÇO 
PATRIMONIAL 
As condutas irregulares comuns ao Balanço Patrimonial também 
dependem dos objetivos que se quer atingir. Entre as váriaspráticas usadas 
por fraudadores que podem ser citadas como exemplos, estão: 
• Falsificação de contratos, lançamentos e outros documentos: 
reconhecimento de ativos e passivos sem documento comprobatório. 
Nesse caso, há exemplos como a reavaliação de ativos e o 
reconhecimento de perdas com crédito de liquidação duvidosa de forma 
subjetiva. Quando há a reavaliação de ativos no Balanço Patrimonial por 
um valor maior, o interesse pode estar em demonstrar aos usuários que 
a empresa tem bens e direitos suficientes para cumprir com suas 
obrigações. Quando o fraudador subestima o valor das perdas com 
crédito de liquidação duvidosa, o índice de liquidez tende a ser maior, 
pois o saldo de direitos aumenta a liquidez da empresa e o interesse 
pode estar em apresentar condições suficientes para a obtenção de 
novos empréstimos. 
• Falta de reconhecimento de contas patrimoniais: empresas deixam 
de reconhecer ativos e passivos, como é o caso daquelas que têm risco 
eminente e não reconhecem provisões contingenciais. A empresa, por 
exemplo, desenvolve atividades com alto risco de contaminação do solo 
e não reconhece a provável saída de recursos para a recuperação do 
meio ambiente. A falta de reconhecimento dessa informação distorce as 
informações contábeis, pois, se não há uma obrigação reconhecida no 
passivo, entende-se que a empresa tem um índice de endividamento 
menor. Logo, é considerada uma conduta irregular. 
Existem ainda outras condutas irregulares que podem afetar o Balanço 
Patrimonial, mas essas são as mais comuns. 
 
 
14 
TROCANDO IDEIAS 
Santos e Grateron (2003, p. 11) afirmam que “[...] qualquer manipulação 
da informação contábil que contenha uma distorção na conformação correta 
desta deve ser entendida como uma espécie de fraude”. Entretanto, Martinez 
(2001, p. 13) considera que o gerenciamento dos resultados não é fraude 
contábil, pois as normas contábeis facultam certa discricionariedade para o 
gestor que realiza suas escolhas. Sendo assim, pode-se afirmar que o 
gerenciamento é uma fraude contábil? 
NA PRÁTICA 
O gerenciamento de resultados é uma prática comum nas empresas e 
tem sido objeto de estudo de várias pesquisas científicas. Pergunta-se: o 
gerenciamento é uma prática legal ou fraudulenta? * 
* A resolução dessa proposição está disponível na seção Respostas. 
FINALIZANDO 
O gerenciamento de resultados tem sido utilizado devido à existência de 
diversas estimativas permitidas por lei, subjetividade na aplicação das normas, 
valores éticos e culturais relativos a cada indivíduo, entre outros motivos. 
Entretanto, as práticas de gerenciamento devem ser cuidadosamente 
aplicadas. A Figura 3 resume os limites estabelecidos para o gerenciamento de 
resultados: 
Figura 3 – Limite entre gerenciamento de resultados e fraude contábil 
 
Fonte: Zendersky, 2005, p. 31. 
 
 
15 
Observa-se que há limites estabelecidos quanto ao gerenciamento de 
resultados. Se esse gerenciamento estiver de acordo com as normas éticas e 
disciplinares, não é considerado uma fraude contábil. As atitudes fraudulentas, 
por sua vez, são penalizadas. 
A fraude, portanto, é um ato intencional ilegal. O erro pode ocorrer, mas 
não é intencional e deve ser corrigido e justificado assim que identificado. As 
condutas irregulares resultam em penalidades. 
 
 
16 
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20 
RESPOSTAS 
Resposta esperada 
A fraude, segundo a NBC TI 01 (CFC, 2003), consiste na intenção de 
omitir ou manipular uma informação. Dessa forma, dependendo do 
gerenciamento realizado, pode-se ter uma prática ilícita – por exemplo, quando 
a empresa registra vendas fictícias, antecipa documentalmente a data de 
realização da venda sem que a mercadoria tenha saído do estabelecimento, 
superestima ou subestima o valor dos estoques etc. Entretanto, algumas 
práticas de gerenciamento são legais, como postergar vendas, aumentar 
gastos com propaganda ou com despesas não operacionais (doações).

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