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Conceitos e importância da Administração de Recursos Materiais e Patrimoniais

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Conceitos e importância da 
Administração de Recursos Materiais e 
Patrimoniais para as Organizações 
Públicas e Privadas
APRESENTAÇÃO
Você sabia que o conjunto de bens e direitos pertencentes a uma pessoa física ou jurídica 
formam o patrimônio? E não é só isso: os elementos que formam o conjunto patrimonial de uma 
pessoa física ou jurídica, seja ela uma entidade pública ou privada, também deve ser constituído 
por suas obrigações. Desta forma, o patrimônio será composto pelo somatório de seus bens mais 
os seus direitos (ativo), subtraídos por suas obrigações (passivo). 
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai estudar sobre o conceito de patrimônio, identificar o 
que são bens patrimoniais e materiais e, ainda, vai avaliar a importância da gestão de bens 
públicos e privados.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Explicar o conceito de patrimônio.•
Identificar os bens patrimoniais e materiais.•
Avaliar a importância da gestão de bens públicos e privados.•
DESAFIO
Os bens de uma entidade pública ou privada podem ser classificados como materiais, quando 
têm cárater de uso corrente, e patrimoniais, quando seu uso é de caráter permanente. Para 
classificar um bem numa categoria ou outra, deve-se observar a sua vida útil.
A Prefeitura Municipal de Barreirinhas está realizando a aquisição de quatro projetores de 
imagens, com valor unitário aproximado de R$ 2 mil, que serão utilizados pelas escolas do 
Município. Você trabalha no setor de patrimônio da Prefeitura e foi convidado para auxiliar na 
classificação contábil desses equipamentos. A dúvida está na classificação entre os grupos de 
materiais de consumo (despesa da atividade) ou de uso permanente (patrimônio/imobilizado). 
De acordo com seus entendimentos de contabilidade pública, realize a classificação desses 
materiais no grupo correto e explique o porquê de serem assim classificados.
INFOGRÁFICO
Conforme o Código Civil brasileiro, os bens públicos são divididos em três categorias. Veja no 
Infográfico a seguir as principais características de cada uma.
 
CONTEÚDO DO LIVRO
A gestão de bens nas Administrações Pública e Privada exerce influência direta na formação da 
estrutura de uma entidade. Na atividade pública, o conjunto de bens é destinado à satisfação do 
interesse coletivo e à prestação do serviço público. Já na atividade privada, os bens patrimoniais 
são destinados à produção de 
riqueza da entidade.
Acompanhe um trecho da obra Gestão patrimonial e logística do setor público, base teórica para 
esta Unidade de Aprendizagem. Leia o capítulo Conceitos e importância da Administração de 
Recursos Materiais e Patrimoniais para as organizações públicas e privadas, no qual você vai 
conhecer os principais conceitos sobre patrimônio e bens materiais e patrimoniais e, ainda, vai 
avaliar a importância da gestão desses recursos.
Boa leitura.
 
Conceitos e importância da 
administração de recursos 
materiais e patrimoniais 
para as organizações 
públicas e privadas
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Explicar o conceito de patrimônio.
  Identi� car os bens patrimoniais e materiais.
  Avaliar a importância da gestão de bens públicos e privados.
Introdução
Você sabia que o conjunto de bens e direitos pertencentes a uma pessoa 
física ou jurídica são o que compõe um patrimônio? Mas, não é somente 
isso! Os elementos que formam o conjunto patrimonial de uma pessoa 
física ou jurídica, seja ela uma entidade pública ou privada, é constituído 
também por suas obrigações. Dessa forma, você pode considerar que 
o patrimônio de uma determinada pessoa é composto pelo soma-
tório de seus bens mais os seus direitos (ativo), subtraídos por suas 
obrigações (passivo).
Neste texto, você irá estudar o conceito de patrimônio, identificar o 
que são bens patrimoniais e materiais e, ainda, avaliar a importância da 
gestão de bens públicos e privados.
U N I D A D E 1 
Patrimônio: conceito
Patrimônio é o conjunto de objetos administrados que servem para propiciar 
às entidades a obtenção de seus fi ns. Portanto, para serem considerados pa-
trimônio, os objetos devem ser avaliáveis em moeda, e possuírem vinculação 
com a entidade que objetiva alcançar determinados fi ns.
Do ponto de vista contábil, patrimônio é considerado o conjunto de bens, 
direitos e obrigações pertencentes a uma pessoa física ou jurídica. A inter-
pretação desse conceito nos leva a considerar que o patrimônio será formado 
pelo somatório dos bens mais os direitos (ativos), subtraídos pelas obrigações 
(passivo) possuídos por uma pessoa ou entidade. Assim, entende-se que o 
patrimônio é estruturado da seguinte forma:
  Ativo: são os recursos controlados pela entidade como resultado de 
eventos passados e do qual se espera que resultem para a entidade 
benefícios econômicos futuros ou potencial de serviços. 
  Passivo: são as obrigações presentes da entidade, derivadas de even-
tos passados, cujos pagamentos se esperam que resultem em saídas 
de recursos capazes de gerar benefícios econômicos ou potencial de 
serviços para a entidade. 
  Patrimônio líquido: é o valor residual dos ativos da entidade depois 
de deduzidos todos seus passivos.
Kohama (2006) solidificando este conceito, acrescenta que a visão de 
patrimônio, observando apenas a parte ativa (bens e direitos) encaminharia 
a uma visão inteiramente errônea sobre o patrimônio, uma vez que, o lado 
passivo (obrigações e compromissos assumidos pelas pessoas ou entidades) 
também deve compor a análise sobre o patrimônio.
Patrimônio público
O Estado, enquanto organizado politicamente como nação, possui amplos 
poderes para exercer soberania sobre todas as coisas que se encontram em seu 
território. Da mesma forma, tudo o que pertencer a particulares, ou não per-
tencer a ninguém, também fi ca sujeito às limitações administrativas impostas 
pelo Estado. Este poder de soberania é o que chamamos de domínio público, 
contudo, apesar de possuir o domínio público sobre todo que se encontra em 
seu território, o patrimônio público é constituído somente pelos bens dos quais 
o Estado possui o direito de uso pessoal e real.
Conceitos e importância da administração de recursos materiais e patrimoniais...14
As Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público 
(NBCTSP), por meio de seu pronunciamento nº 16.2, aprovado pela Resolu-
ção CFC nº 1.129/2008, em sua colaboração ao esforço para convergência da 
contabilidade pública brasileira às Normas Internacionais de Contabilidade, 
conceitua (CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, 2008):
Patrimônio Público é o conjunto de direitos e bens, tangíveis ou intan-
gíveis, onerados ou não, adquiridos, formados, produzidos, recebidos, 
mantidos ou utilizados pelas entidades do setor público, que seja portador 
ou represente um fluxo de benefícios, presente ou futuro, inerente à 
prestação de serviços públicos ou à exploração econômica por entidades 
do setor público e suas obrigações.
Andrade (2013) transmite que, neste contexto, o patrimônio público difere-
-se do privado somente no tocante ao possuidor do patrimônio, que será, no 
primeiro caso, uma entidade pública de administração direta ou indireta.
Uma observação importante é que o patrimônio público não é somente 
relativo às entidades públicas, mas a todas as entidades que compõem a Ad-
ministração Pública. Dessa forma, temos que, além dos órgãos e entidades 
das Administrações Públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, 
Estados, Distrito Federal e Municípios, o patrimônio pertencente às empresas 
públicas, incluindo a parte do capital estatal nas sociedades de economia mista, 
que também são tratados como patrimônio público.
A contabilidade aplicada ao setor público é estruturada em subsistemas, 
sendo o subsistema patrimonial aquele que irá registrar, processar e evidenciar 
os fatos financeiros e não financeirosrelacionados às variações qualitativas 
e quantitativas do patrimônio público.
Slomski (2003) orienta que o subsistema patrimonial é aquele que irá 
registrar analiticamente todos os bens de caráter permanente das entidades 
públicas, já Andrade (2013) acrescenta que, além disso, este subsistema também 
registrará e demonstrará toda a movimentação dos recursos financeiros das 
entidades da Administração Pública.
A contabilidade aplicada ao setor público é estruturada em subsistemas, além do subsis-
tema patrimonial, também a integram o orçamentário, os custos e o de compensação.
15Conceitos e importância da administração de recursos materiais e patrimoniais...
Ao longo do tempo, a Administração Pública esteve voltada para os as-
pectos orçamentários e financeiros, dando pouca importância para a questão 
de controle do patrimônio público. Com o advento da Lei Complementar nº 
101, de 4 de maio de 2000, muito conhecida como a Lei de Responsabilidade 
Fiscal (LRF), os entes políticos perceberam a necessidade de se ter um maior 
controle e preservação do patrimônio público.
Atualmente, o sistema de administração financeira, orçamentária, patrimo-
nial e contábil utilizado pela União e pela maioria dos Estados e Municípios, 
já demonstram a sua preocupação com o patrimônio, exigindo dos órgãos um 
detalhamento maior do seu patrimônio.
Bens materiais e patrimoniais
O conjunto de recursos disponíveis por uma entidade, seja ela pública ou pri-
vada, para seu uso e consumo, ou mantidos para produção ou fornecimento de 
bens e serviços, são denominados de bens patrimoniais e materiais. Tratamos 
aqueles que possuem carácter permanente como sendo bens patrimoniais e 
aqueles que possuem carácter de uso corrente como bens materiais. 
Bens materiais (de consumo)
Os bens de consumo são aqueles que por razão de uso corrente, não possuem 
durabilidade, caracterizam-se por serem de custeio da atividade da entidade. 
Dessa forma, você pode concluir que são aqueles consumidos pela Admi-
nistração Pública na execução de suas atividades internas e na prestação de 
serviços públicos.
A classificação contábil de uma despesa em material de consumo ou mate-
rial permanente (imobilizado), de certa forma é simples, mas fundamenta-se 
pela interpretação das leis e normas que tratam do assunto.
A Lei nº 4.320/1964 (BRASIL, 1964), em seu art. 15, § 2º, considera que os 
materiais com vida útil superior a dois anos, classificam-se em material per-
manente. Por conclusão, os materiais com vida útil inferior a esse período são 
classificados como materiais de consumo. O art. 179 da Lei nº 6.404/1976, com 
o texto alterado pela Lei nº 11.638/2007, aprimora o conceito (BRASIL, 1976):
Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo:
IV – no ativo imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens corpó-
reos destinados à manutenção das atividades da companhia ou da empresa 
Conceitos e importância da administração de recursos materiais e patrimoniais...16
ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações 
que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens.
Já a Portaria nº 448/2002 da Secretaria do Tesouro Nacional (STN), apre-
senta em seu art. 3º os parâmetros excludentes, a serem observados em conjunto, 
para classificação de um material permanente (BRASIL, 2002b):
  Durabilidade: quando o material em uso normal perde ou tem reduzidas 
as suas condições de funcionamento, no prazo máximo de dois anos.
  Fragilidade: cuja estrutura esteja sujeita a modificação, por ser que-
bradiço ou deformável, caracterizando-se pela irrecuperabilidade e/ou 
perda de sua identidade.
  Perecibilidade: quando sujeito a modificações (químicas ou físicas) ou 
que se deteriora ou perde sua característica normal de uso.
  Incorporabilidade: quando destinado à incorporação a outro bem, 
não podendo ser retirado sem prejuízo das características do principal.
  Transformabilidade: quando adquirido para fim de transformação.
Pelo Regulamento do Imposto de Renda (RIR/99), em seu art. 301, é con-
siderado que bens materiais são aqueles que possuem expectativa de vida útil 
inferior a 12 meses, e valor inferior a R$ 326,61 (BRASIL, 1999).
Bens públicos patrimoniais
O patrimônio público, segundo Meirelles (2016), é formado por bens de qual-
quer natureza que sejam de interesse para a Administração Pública e para a 
população. Esses bens são todas as coisas corpóreas ou incorpóreas, imóveis, 
móveis e semoventes, créditos, direitos e ações, que pertençam, a qualquer 
título, às entidades estatais, autárquicas, fundacionais e paraestatais. 
Conforme o Código Civil Brasileiro, em seu art. 99, os bens públicos são 
divididos em três categorias (BRASIL, 2002a):
  De uso comum do povo: rios, mares, estradas, ruas e praças.
  De uso especial: edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabe-
lecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, 
inclusive os de suas autarquias.
  Dominicais: constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito 
público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas 
entidades.
17Conceitos e importância da administração de recursos materiais e patrimoniais...
Os bens de uso comum do povo são conhecidos como bens de domínio 
público, e estão colocados à disposição em locais abertos à população de forma 
gratuita ou remunerada, conforme legislação específica, de forma direta e 
imediata, em virtude de uma destinação formal, ou por resultado de fatos 
naturais. A disposição de forma direta e imediata ocorre por eles estarem 
disponíveis sem intermediários, em caráter de comunidade, de uso coletivo, 
de fruição própria do povo. Esses tipos de bens, embora sejam propriedades 
da Administração Pública, não constituem o patrimônio público, uma vez 
que, o Estado não possui a propriedade exclusiva sobre eles. 
Os bens de uso especial são os bens exclusivamente destinados à prestação 
de serviço público, possuem finalidade pública permanente e integram o apare-
lhamento da Administração Pública. São colocados à disposição da população 
com a intermediação de pessoas que administram o serviço público. Esses tipos 
de bens são declarados inalienáveis, isto é, não podem ter a sua propriedade 
transferida por qualquer forma de alienação. Do ponto de vista jurídico e con-
tábil, assim como os bens de uso comum do povo, esses bens não constituem 
o patrimônio do órgão ou entidade pública que domina a sua administração.
Bens dominicais são os que constituem o patrimônio de pessoas jurídicas 
de direito público e são considerados para efeito de escrituração e registro 
contábil. São aqueles que estão disponíveis para a Administração Pública 
para serem utilizados para qualquer fim, podendo, inclusive, serem objetos 
de alienação pela Administração, se assim o desejar. Podem ser identificados 
nas seguintes formas: disponível (caixa, numerário); e bens móveis, imóveis 
e de natureza industrial.
Do ponto de vista da destinação pública, podemos dizer que os bens, sob 
o aspecto jurídico, são divididos em duas modalidades:
  Domínio público do Estado: abrangem os de uso comum do povo e 
os de uso especial.
  Domínio privado do Estado: abrangem os bens dominicais.
O eminente jurista Celso Antônio Bandeira de Mello, em sua obra “Curso de 
direito administrativo”, traz sua definição quanto aos bens públicos (MELLO, 
2009, p. 903):
Bens públicos são todos os bens que pertencem às pessoas jurídicas de 
Direito Público, isto é, União, Estados, Distrito Federal, Municípios, respec-
tivas autarquias e fundações de Direito Público (estas últimas, aliás, não 
passam de autarquias designadas pela base estrutural que possuem), bem 
Conceitos e importância da administração de recursos materiais e patrimoniais...18
como os que, embora não pertencentes a tais pessoas, estejam afetados 
à prestação de um serviço público. O conjunto de bens públicos forma 
o “domínio público”, que inclui tanto bens imóveis e móveis.
Comovocê viu no início deste texto, a visão de domínio público é mais 
ampla que a de patrimônio, pois nele se incluem bens que não pertencem ao 
Estado, mas estão sujeitos aos seus mandamentos administrativos. 
Importância da gestão de bens públicos e 
privados
A gestão de bens na administração pública e privada é de grande importância, 
pois exerce infl uência direta na formação da estrutura de uma entidade. Na 
atividade pública, o conjunto de bens são destinados a satisfação do interesse 
coletivo e na prestação do serviço público, por sua vez, na atividade privada 
os bens patrimoniais são destinados a produção de riqueza da entidade.
A gestão patrimonial compreende diversas atividades, entre elas a de 
tombamento, registro, guarda, controle, movimentação, preservação, baixa, 
incorporação e inventário dos bens que integram o acervo patrimonial da 
entidade pública ou privada, além da designação de pessoas responsáveis pela 
condução dessa atividade. 
A gestão patrimonial, além de prover informações para a tomada de de-
cisão, também é transparente o suficiente para atender a outros interessados, 
como auditores internos e independentes, bancos, exigências licitatórias, 
entre outros. Em processos de auditoria, por exemplo, costuma-se realizar 
diversas análises e conferências para certificação dos saldos constantes nas 
demonstrações financeiras da entidade. Como, geralmente, a conta de ativo 
imobilizado é bem expressiva em termos de valores e importância operacional, 
um grande esforço é envidado para certificar a coesão do controle patrimonial.
As instituições, tanto privadas como as públicas, cada vez mais tem revisado 
sua forma de gerenciar seus patrimônios. Considerando que, os recursos para 
a aquisição e manutenção das entidades têm sido escassos, faz-se necessário 
um aprimorando constante de suas formas de controle, para que reflitam 
em uma maior eficiência e eficácia nos resultados obtidos, demonstrando 
responsabilidade com a gestão dos recursos públicos e diretamente com a 
população, que é sua principal financiadora.
O controle patrimonial das entidades públicas, para que seja utilizado de 
maneira eficiente, demanda esforços para o desenvolvimento de ferramentas 
19Conceitos e importância da administração de recursos materiais e patrimoniais...
para monitoramento, como o cadastramento, a identificação física, a emissão 
do termo de responsabilidade e de movimentação desse bem assinados pelo 
gestor direto do patrimônio, além da realização de inventários.
Lei de Responsabilidade Fiscal
Com o advento da promulgação da Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Com-
plementar nº 101, de 04 de maio de 2000), os agentes públicos perceberam a 
necessidade de um maior controle sobre a gestão do patrimônio público, uma 
vez que ele pertence a todos os cidadãos, dispondo de um capítulo inteiro 
para tratar do assunto.
A LRF (BRASIL, 2000) apresenta medidas destinadas à preservação do 
patrimônio público. A mais evidente é a que trata sobre o resultado da venda 
de bens móveis e imóveis e de direitos que integram o patrimônio público 
não poderem mais ser aplicado em despesas correntes, com exceção se a 
lei autorizativa destiná-la aos financiamentos dos regimes de previdência 
social, geral e própria dos servidores. Dessa forma, os recursos decorrentes 
da desincorporação de ativos por venda, que é receita de capital, devem ser 
aplicados em despesa de capital, provocando a desincorporação de dívidas 
(passivo), por meio da despesa de amortização da dívida ou o incremento de 
outro ativo, com a realização de despesas de investimento, de forma a manter 
preservado o valor do patrimônio público.
Outra medida importante oferecida por essa lei (BRASIL, 2000) estabelece 
que a lei orçamentária poderá receber novos projetos (investimentos) somente 
após serem atendidas adequadamente os projetos em andamento e contemplada 
as despesas de conservação do patrimônio público.
Nova contabilidade aplicada ao setor público
A introdução do Brasil nos padrões internacionais de contabilidade aplicados 
ao setor público, sugere que os órgãos e entidades da Administração Pública 
despendam esforços para o controle patrimonial, uma vez que, o foco principal 
da nova contabilidade é o patrimônio.
O início da transformação da contabilidade pública brasileira ocorreu em 2008, 
com a publicação da edição da NBCTSP pelo Conselho Federal de Contabilidade 
(CFC) e pela Portaria nº 184/MF, que trata sobre as diretrizes a serem observadas 
na implantação da convergência das demonstrações contábeis do Brasil às Normas 
Internacionais de Contabilidade (Ifac). Posteriormente, o Decreto nº 6.976/2009, 
atualizou as atribuições do Sistema de Contabilidade Federal.
Conceitos e importância da administração de recursos materiais e patrimoniais...20
A introdução desses novos padrões de contabilidade no Brasil, criam 
na atividade pública práticas essenciais de controle patrimonial, que já são 
utilizadas pelas entidades privadas, como a implantação de um sistema de 
custos no Setor Público que possibilitará a apuração dos custos de programas 
governamentais, como depreciação, amortização, reconhecimento integral 
dos ativos e passivos, a partir do princípio da competência, avaliação a valor 
justo, entre outros. Além disso, a inserção desses novos padrões permite à 
sociedade organizada e aos organismos internacionais, a comparabilidade 
dos demonstrativos contábeis publicados entre os órgãos e as entidades da 
Administração Pública do país e do exterior.
Outra colocação importante a partir das NBCTSP foi a inclusão da re-
avaliação e redução ao valor recuperável (impairment) dos elementos do 
Balanço Patrimonial das entidades. Isso significa que os bens patrimoniais 
deverão refletir o seu valor justo (valor de mercado) na data de encerramento 
do balanço, ou poderão sofrer acréscimos ou decréscimos em decorrência de 
reavaliação do seu valor recuperável (impairment).
21Conceitos e importância da administração de recursos materiais e patrimoniais...
1. De acordo com o seu conceito, 
patrimônio é o conjunto de objetos 
administrados que servem para 
propiciar às entidades a obtenção 
de seus fins. Por isso, para serem 
considerados no patrimônio, 
os objetos devem: 
a) Ser destinados ao uso 
comum do povo.
b) Não ser avaliáveis 
em moeda.
c) Ser avaliáveis em moeda 
e possuir vinculação 
com a entidade.
d) Possuir expectativa de vida 
útil superior a dois anos.
e) Ser registrados no ativo 
imobilizado das entidades.
2. Em relação ao patrimônio público, é 
correto afirmar que: 
a) São todas as coisas que se 
encontram no território da nação.
b) Será constituído somente pelos 
bens que o Estado possuir o 
direito de uso pessoal e real.
c) O subsistema orçamentário 
é aquele que registra 
analiticamente todos os bens de 
caráter permanente da entidade.
d) É o mesmo que domínio público.
e) Os bens das empresas 
públicas não são considerados 
patrimônio público.
3. Os bens de consumo são aqueles 
que, por razão de uso corrente, 
não possuem durabilidade, 
caracterizam-se por serem de custeio 
da atividade da entidade. Diante dessa 
afirmação, assinale a alternativa correta.
a) Classificam-se neste grupo os 
equipamentos de informática.
b) Classificam-se neste grupo os 
investimentos destinados à 
prestação do serviço público.
c) Podem sofrer redução de valor 
por depreciação e amortização.
d) São aqueles que são consumidos 
pela Administração Pública na 
execução de suas atividades 
internas e na prestação 
de serviços públicos.
e) Sua estrutura não está sujeita 
a modificação, por não ser 
quebradiço ou deformável.
4. Sobre os bens patrimoniais 
é correto afirmar que:
a) São todas as coisas corpóreas 
ou incorpóreas, imóveis, 
móveis e semoventes, 
créditos, direitos e ações, que 
pertençam, a qualquer título, às 
entidades estatais, autárquicas, 
fundacionais e paraestatais.
b) São divididos em dois grupos: 
de uso comum e dominicais.
c) Os bens de uso comum 
são colocados à disposiçãoda população em locais 
abertos de forma indireta, 
ou seja, são disponibilizados 
com a intermediação de 
servidores públicos.
d) Os bens dominicais são 
aqueles destinados à prestação
dos serviços públicos.
e) Os bens dominicais não 
integram o patrimônio 
das pessoas jurídicas 
de direito público.
5. Assinale a alternativa que 
justifica a importância da 
gestão de bens públicos.
Conceitos e importância da administração de recursos materiais e patrimoniais...22
a) Atende exclusivamente 
para cumprimento da Lei de 
Responsabilidade Fiscal.
b) Cumpre as exigências 
das Normas Brasileiras de 
Contabilidade Aplicadas 
ao Setor Público.
c) Demonstra responsabilidade
com a gestão dos recursos 
públicos e diretamente 
com a população, que é sua 
principal financiadora.
d) A Lei de Responsabilidade Fiscal 
admite que a lei orçamentária 
admita novos projetos de 
investimentos, desde que os atuais 
estejam controlados pela entidade.
e) A reavaliação dos bens a valor 
recuperável, considera que um 
bem possa ser depreciado.
23Conceitos e importância da administração de recursos materiais e patrimoniais...
ANDRADE, N. A. Contabilidade pública na gestão municipal. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2013.
BEZERRA FILHO, J. E.; FEIJÓ, P. H. A nova contabilidade aplicada ao setor público: o 
futuro chegou! Revista TCE-PE, Recife, v. 19, n. 19, p. 28-61, dez. 2012.
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Setor_P%c3%bablico.pdf>. Acesso em: 15 ago. 2017.
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Resolução CFC nº 1.129/08. Brasília, DF: 
CFC, 2008. Disponível em: <http://internet.sefaz.es.gov.br/contas/contabilidade/
orientacaoContabil/arquivos/normasbrasileirasdecontabilidadeaplicadasaosetor-
publicoealteracoes.pdf>. Acesso em: 16 ago. 2017.
KOHAMA, H. Contabilidade pública. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2006.
MEIRELLES, H. L. Direito administrativo brasileiro. 42. ed. São Paulo: Malheiros, 2016.
MELLO, C. A. B. Curso de direito administrativo. 26. ed. São Paulo: Malheiros, 2009.
SLOMSKI, V. Manual de contabilidade pública. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2003.
Leitura recomendada
DI PIETRO, M. S. Z. Direito administrativo. 27. ed. São Paulo: Atlas, 2014.
Conceitos e importância da administração de recursos materiais e patrimoniais...24
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da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
Conteúdo:
 
DICA DO PROFESSOR
Bens públicos têm um conjunto de direitos, deveres, garantias, vantagens, proibições e 
penalidades estabelecidos em lei, que constituem o seu regime jurídico. O vídeo a seguir aborda 
as principais características do regime jurídico dos bens públicos.
Assista!
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EXERCÍCIOS
1) Para serem considerados no patrimônio, os objetos devem:
A) Ser destinados ao uso comum do povo.
B) Não ser avaliáveis em moeda.
C) Ser avaliáveis em moeda e ter vinculação com a entidade.
D) Ter expectativa de vida útil superior a dois anos.
E) Ser registrados no ativo imobilizado das entidades.
2) Em relação ao patrimônio público, é correto afirmar que:
A) São todas as coisas que se encontram no território da nação.
O patrimônio público será constituído somente pelos bens sobre os quais o Estado tenha B) 
direito de uso pessoal e real.
C) O subsistema orçamentário é aquele que registra analiticamente todos os bens de caráter 
permanente da entidade.
D) Patrimônio público é o mesmo que domínio público.
E) Os bens das empresas públicas não são considerados patrimônio público.
3) Sobre os bens de consumo, é correto afirmar que:
A) Classificam-se neste grupo os equipamentos de informática.
B) Classificam-se neste grupo os investimentos destinados à prestação do serviço público.
C) Podem sofrer redução de valor por depreciação e amortização.
D) São aqueles consumidos pela Administração Pública na execução de suas atividades 
internas e na prestação de serviços públicos.
E) Sua estrutura não está sujeita à modificação, por não ser quebradiço ou deformável.
4) Sobre os bens patrimoniais, é correto afirmar que:
A) São todas as coisas corpóreas ou incorpóreas, imóveis, móveis e semoventes, créditos, 
direitos e ações, que pertençam, a qualquer título, às entidades estatais, autárquicas, 
fundacionais e paraestatais.
B) São divididos em dois grupos: de uso comum e dominicais.
C) Os bens de uso comum são colocados à disposição da população em locais abertos de 
forma indireta, ou seja, são disponibilizados com a intermediação de servidores públicos.
D) Os bens dominicais são aqueles destinados à prestação dos serviços públicos.
E) Os bens dominicais não integram o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público.
5) A gestão de bens públicos é importante, pois:
A) Atende exclusivamente ao cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal.
B) Cumpre as exigências das Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor 
Público.
C) Demonstra responsabilidade com a gestão dos recursos públicos e diretamente com a 
população, que é sua principal financiadora.
D) A Lei de Responsabilidade Fiscal permite que a Lei Orçamentária admita novos projetos 
de investimentos, desde que os atuais estejam controlados pela entidade.
E) A reavaliação dos bens a valor recuperável considera que um bem possa ser depreciado.
NA PRÁTICA
Uma das atribuições do setor ou do departamento de controle patrimonial é a realização dos 
desfazimentos (baixas) patrimoniais. O desfazimento consiste no processo de exclusão de um 
bem do acervo patrimonial da entidade, de acordo com a legislação vigente e expressamente 
autorizada pela diretoria ou autoridade máxima do órgão ou da entidade da Administração 
Pública.
Confira a seguir as principais situações de baixas (desfazimento) dos bens e um exemplo de 
procedimento de baixa.
 
SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
No vídeo Bens públicos, uma professora explica quais são as classificações de bens 
públicos. Também explica o que é afetação e desafetação e sugere a leitura de artigos da 
Constituição Federal.
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No vídeo Conceito de bens públicos, o advogado da União Marcus Bittencourt explica o 
que é um bem público e quais bens podem ser considerados públicos.
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O Manual de Gestão Patrimonial na Administração Pública Municipal, produzido pela 
Controladoria-Geral do Município de Santa Maria Madalena traz quatro capítulo 
relacionados ao tema desta unidade: "Conceito de patrimônio";"Conceito de patrimônio 
aplicado à Administração Pública"; "Bens públicos" e "Gestão patrimonial e a Lei de 
Responsabilidade Fiscal".
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