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TABELA CIRURGIA CARDÍACA

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CIRURGIA CARDÍACA – MÓDULO 1 
 
TEMA CARACTERÍSTICAS ESTENOSE AÓRTICA INSUFICIÊNCIA AÓRTICA TRATAMENTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CIRURGIA DA 
VÁLVULA AÓRTICA 
- A válvula aorta localiza-se na saída 
do VE. 
- Funciona por mecanismo de pressão. 
- Etiologia das valvopatias aórticas: 
degenerativas (calcificações – 
contraindica a cirurgia convencional), 
inflamatória (doença reumática) ou 
infecciosa (endocardite). 
PRÓTESES VALVARES DE ESCOLHA: 
• Idosos: biológica 
• Meia idade: biológica ou mecânica 
(avaliar fatores socioeconômicos, 
aderência e opção pessoal). 
• Adultos jovens: biológica (feminino), 
mecânica (masculino). 
• Crianças e adolescentes: auto-
enxerto pulmonar e prótese mecânica. 
CUIDADOS PRÉ CIRÚRGICOS: 
• Anticoagulantes: marevan (aórtica: 
IRN = 2,5 e mitral: IRN = 3,5). 
• Focos infecciosos: ATB preventivos e 
tratamento dentário. 
Relacionada com o envelhecimento, é uma 
doença de evolução lenta e gradual 
 
ETIOLOGIA: calcificação, congênita ou 
reumática. 
 
SINAIS E SINTOMAS: tríade (sincope, angina 
e dispneia), sopro sistólico que irradia p/ o 
pescoço. 
 
EXAMES: 
- ECG (aumento do AE e hipertrofia VE) - 
Critério de sokolove: >35mm. 
- Rx de tórax: coração em forma de bota 
- ECO: hipertrofia de VE concêntrica. 
 
INDICAÇÔES CIRÙRGICAS: 
- Paciente sintomático (tríade) – pior 
prognóstico e sobrevida de 2 anos. 
- Gradiente VE/Ao >50 mmHg 
- Hipertrofia severa do VE 
- Área valvar < 1 cm2 
ETIOLOGIA: 
- Aguda: endocardite ou dissecção aórtica. 
- Crônica: ectasia, febre reumática, 
aneurisma de aorta. 
 
SINAIS E SINTOMAS: 
- Assintomático: maioria <50 anos. 
- Pulsação em lugares atípicos (unha, 
úvula), pressão divergente (sistólica alta e 
diastólica baixa), ictus desviado, sopro de 
Austin Flint (associado a gravidade da 
insuficiência e ausculta-se no foco mitral). 
 
EXAMES: 
- Rx de tórax: aumento da área cardíaca e 
da raiz da aorta (Aumento do AE e 
Hipertrofia VE) 
- ECO: hipertrofia de VE excêntrica 
 
INDICAÇÔES CIRÙRGICAS: 
- Pacientes sintomáticos 
- IAo severa, IC, FE <55% 
- Diâmetro sistólico final do VE ≥ 55 mm 
- Diâmetro diastólico final do VE ≥ 75 mm 
ESTENOSE AÓRTICA: 
- O tratamento cirúrgico depende da 
presença de calcificação ou não. 
- Comissurotomia aórtica: tratamento 
conservador feito apenas em crianças. 
 
INSUFICIÊNCIA AÓRTICA: 
- Tratamento conservador: remodelamento 
do anel aórtico (preservação da válvula), 
cirurgia de Tirone-David ou substituição da 
raiz da aorta mantendo-se a válvula. 
 
TRATAMENTO RADICAL PARA AMBAS: 
- Consiste na substituição da válvula 
aórtica ou da válvula aórtica e aorta 
ascendente (cirurgia de Bentall - De Bono). 
- Técnica convencional: Toracotomia com 
esternotomia mediana + CEC + aortotomia 
+ cardioplegia nos ostios coronários. 
- Técnica transcateter: TAVI (percutâneo 
transarterial) → indicada quando não é 
possível realizar a técnica convencional 
devido ao alto risco operatório ou por 
impossibilidade de instalação da CEC. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CIRURGIA DA 
VÁLVULA MIRAL 
CARACTERÍSTICAS ESTENOSE MITRAL INSUFICIÊNCIA MITRAL TRATAMENTO 
- Localizada entre o AE e o VE. 
- Etiologia das valvopatias mitrais: 
estenose mitral (febre reumática) ou 
insuficiência mitral (metade dos casos 
são causados por febre reumática, 
podendo também ser decorrente de 
egeneração mixomatosa, doenca do 
colageno e miocardiopatia) 
PRÓTESES VALVARES DE ESCOLHA: 
• Idosos: biológica 
• Meia idade: biológica ou mecânica 
(avaliar fatores socioeconômicos, 
aderência e opção pessoal). 
• Adultos jovens: biológica (feminino), 
mecânica (masculino). 
• Crianças e adolescentes: auto-
enxerto pulmonar e prótese mecânica. 
- Mais comum em mulher jovem 
- Valva não abre adequadamente 
- O sangue fica retido no átrio esquerdo, 
gerando aumento da pressão hidrostática 
atrial esquerdo, podendo evoluir para 
hipertensão pulmonar. 
- Pode causar fibrilação atrial e formação de 
trombos (tromboembolismo pulmonar) 
 
SINAIS E SINTOMAS: 
- Sintomas compressivos devido a dilatação 
do AE: intolerância à exercício físico 
(dispneia aos esforços), dor torácica, 
disfagia, hemoptise e rouquidão. 
- Pode haver sopro ruflar diastólico e 
hiperfonese de B1 (em casos graves de 
estenose há presença de hipofonese de B1). 
 
EXAMES: ECG (ritmo sinusal ou FA) e rx de 
tórax com presença de duplo contorno. 
- Pode ser aguda (endocardite, prolapso de 
valva mitral ou infarto) ou crônica (febre 
reumática, prolapso de valva ou dilatação 
do anel mitral). 
- Pode causar aumento do AE, dilatação do 
anel mitral, dilatação ventricular e 
hipertensão pulmonar, podendo estar 
associada a insuficiência mitral. 
 
SINAIS E SINTOMAS: 
- Aguda: edema agudo de pulmão 
- Crônica: poucos sintomas (da tempo de 
desenvolver mecanismos de compensação). 
- EF: ictus deslocado p/ esquerda e P/ baixo, 
frêmito holossistólico, presença de B3, sopro 
em foco mitral que irradia p/ axila e p/ 
regiões interescapular e infraescapular. 
 
EXAMES: ECG (sobrecarga de AE e VE) e rx de 
tórax apresentando aumento da área 
cardíaca. 
TRATAMENTO CONSERVADOR: 
- Tenta salvar a válvula; a boa plastia tem 
um resultado a longo prazo melhor do que 
a troca valvar. Paciente não toma remédio, 
não calcifica, não rompe. 
- Estenose: comissurotomia (refazer a 
abertura da válvula mitral, com bisturi, 
desfazendo a aderência) ou papilarotomia 
(se o papilar estiver envolvido ao ficar com 
fibrose, abre para melhorar a mobilidade 
das cúspides) 
- Insuficiência: plastia da valva mitral 
(restauração da valva). 
 
TRATAMENTO CIRÚRGICO: 
- CEC é obrigatório, pois vai expor o 
coração; proteção miocárdica com 
cardioplegia (mais utilizada) e pinçamento 
intermitente (menos usada - risco de embolia). 
- Em ambas, o tratamento radical é feito 
substituindo a valva por prótese artificial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REVASCULARIZAÇÃO 
MIOCÁRDICA 
CARACTERÍSTICAS VEIA SAFENA ARTÉRIA MAMÁRIA OBSERVAÇÕES 
- Consiste na cirurgia popularmente 
chamada de cirurgia de ponte de 
safena, que tem como objetivo criar 
novos caminhos (pontes) para levar 
sangue às áreas isquêmicas do 
miocárdio através de condutos 
biológicos ou sintéticos (enxertos) 
transpondo as estenoses das artérias 
acometidas. 
- Intervenção coronária percutânea: 
consiste em desobstruir as estenoses 
com balão de alta pressão (angioplastia), 
esmagando a placa e aplicando “stent” 
para prevenir a reobstrução. 
TIPOS DE ENXERTOS (PONTES): 
VENOSOS: mis comum, utiliza-se a veia 
safena magna autógena (ponte de 
safena). 
ARTERIAIS: utiliza a ATIE (mamária), 
ATID, radial ou gastroepiplóicas 
 
HETERÓLOGOS (artéria bovina) ou 
SINTÉTICOS (PTFE). 
Observação: deve-se realizar o teste de 
Allen, que consiste em um teste clinico 
para ver qual artéria está boa, para a 
retirada com segurança da artéria na 
cirurgia de revascularização 
miocárdica. 
- Tipo mais comum de ponte. 
- Utiliza-se 15 cm de veia safena para a 
realização de uma ponte, geralmente retirado 
da parte média da coxa. 
- Para melhor resultado, deve-se realizar a 
dissecção em bloco pela técnica no touch (não 
lesar o endotélio da veia), prevenir 
hiperdistensão da veia, preservar endotélio, 
garantir a ausência de dilatações varicosas e 
fazer o uso de aspirina e estatinas. 
 
- Garante melhor perviabilidadea longo 
prazo, menor incidência de eventos 
cardiológicos e menor mortalidade. 
- Artéria mamária esquerda: é um ramo da 
artéria subclávia E com grande resistência a 
aterosclerose. 
- A AMIE-DA (artéria mamária interna 
esquerda para descendente anterior) é o 
padrão ouro da cirurgia de revascularização 
do miocárdio. 
 
ENXERTOS ARTERIAIS ALTERNATIVOS: 
- Artéria radial, gastroepiplóica direita, 
epigástrica inferior e circunflexa femoral. 
 
INDICAÇÕES DOS ENXERTOS ARTERIAIS: 
- Obstrução proximal > 70%; 
- Coronária alvo de bom calibre; 
- Bom leito distal; 
- Ausência de placas no local da anastomose 
- Pacientes que realizarão uso de fármacos 
vasodilatadores e bloqueadores de canal 
cálcio pós-operatório; 
 
ESCOLHA DA ARTÉRIA: 
- AMIE e AMID: fluxo normal pela artéria 
subclávia esquerda ou direita; 
- Artéria Radial: teste de Allen negativo; 
- Artéria Gatroepipóica: ausência de cirurgia 
gástrica ou cirurgia abdominal prévia; 
- Enxertos exclusivos: pacientes jovens. 
 
- Feita em pacientes que possuem doença 
da artéria coronária (isquemia). 
- A cirurgia de RM pode ser feita com CEC 
(coração parado, com proteção 
miocárdica) ou sem CEC (coração batendo 
em normotermia – causa dificuldades 
técnicas e instabilidade). 
- Uso de CEC é obrigatório em casos com 
calcificação da aorta ascendente. 
 
RM SEM CEC (OFF PUMP): 20% dos casos. 
- Evitar efeitos lesivos da CEC; 
- Reduzir resposta inflamatória- 
- Reduzir morbimortalidade; 
- Alta precoce da UTI e Hospital; 
- Reduzir custos; 
- Necessidade de estabilizadores de sutura 
- Resultados indefinidos a longo prazo; 
- Instabilidade hemodinâmica nos ramos 
posteriores; 
- Não necessita proteção miocárdica 
 
IMPORTANTE: 
- A RM é o tratamento de escolha para 
pacientes com lesão proximal da artéria 
descendente anterior, DAC intermediária e 
severa, multi-arterial e em pacientes 
diabéticos. 
- O uso da AMIE ou de ambas as AMI 
propicia ótimos resultados a longo prazo. 
- O uso de enxertos arteriais deve ser 
estimulado em pacientes jovens, com boa 
expectativa de vida. 
- A RM c/ CEC mostrou melhores resultados 
tardios em relação a RM sem CEC. 
- O uso da veia safena ainda não pode ser 
descartado.

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