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Síndrome do X frágil

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GENÉTICA CLÍNICA BRENDA RODRIGUES 7° SEMESTRE 
SÍNDROME DO X FRÁGIL 
• A Síndrome do X Frágil é uma condição genética hereditária que é a causa mais comum de déficit 
cognitivo hereditário. 
 
• É ligada ao cromossomo X e é caracterizada por uma 
constrição na extremidade do braço longo do cromossomo X, 
resultando em uma mutação no gene FMR1 (Fragile X Messenger 
Ribonucleoprotein 1), localizado na região Xq27.3 
 
o Gene FMR1: responsável pela produção da proteína FMRP, que é 
necessária para o desenvolvimento cerebral adequado – na 
Síndrome do X Frágil, ocorre uma variação no número de cópias de 
uma repetição de CGG (citosina-guanina-guanina) no gene FMR1, e 
os indivíduos afetados pela síndrome ou por desordens associadas ao 
X frágil possuem uma produção insuficiente ou ausente da proteína 
FMRP 
 
o O tamanho das repetições de CGG tende a aumentar a cada geração: 
 
▪ Repetições CGG na faixa de 6 a 55: 
fenótipo normal; transmissão estável; não 
metilada; há transcrição 
 
▪ Repetições CGG na faixa de 55 a 
200: pré-mutação; fenótipo amplamente 
normal; transmissão instável (propensa à 
expansão); não metilada; há transcrição 
 
▪ Repetições CGG > 200: fenótipo 
afetado; transmissão instável; metilação 
(ligação de um grupo metil (CH3) ao 
carbono 5 da citosina → supressão da transcrição gênica → alteração na estrutura da cromatina → 
condensação → silenciamento da expressão genica) → mutação completa → manifestação da 
síndrome 
 
 As mutações totais surgem de alelos pré-mutados (não de alelos normais) – a mutação NÃO está 
no gene, mas no n° de repetições CGG 
 
 As repetições excessivas de citosina – guanina são chamadas de Ilhas CpG, que atraem a enzima 
metil-transferase (realiza a metilação) 
 
 Se a mutação for transmitida pela mulher → maior o n° de afetados nas últimas gerações da prole 
 
 
• Transmissão: homens e mulheres podem ser afetados, porém, as mulheres geralmente apresentam 
sintomas mais leves 
 
o Estimativa: 1:7.000 homens – 1:11.000 mulheres 
 
o A herança segue um padrão específico: 
 
▪ Pais portadores da pré-mutação irão transmiti-la somente para suas filhas, enquanto os filhos serão 
normais 
 Suas filhas, mesmo sem alterações físicas, intelectuais e emocionais, poderão ter filhos, netos e 
bisnetos com problemas, pois são portadoras 
 
▪ Mães portadoras da mutação ou pré-mutação podem transmiti-la tanto para filhos quanto para 
filhas (50% de chance de herdar o gene – sempre recebem o cromossomo X da mãe) 
 
GENÉTICA CLÍNICA BRENDA RODRIGUES 7° SEMESTRE 
 Antecipação: risco de gerar filhos afetados mesmo que a mulher seja portadora e clinicamente 
normal (devido ao n° de cópias CGG tender a aumentar de geração a geração) 
 
• Características físicas: orelhas grandes, face alongada, prognatismo mandibular (mandíbula 
proeminente), macrorquidia (aumento do tamanho dos testículos), hipotonia muscular (diminuição do 
tônus muscular) e pés planos 
 
• Sintomas: atrasos no 
desenvolvimento (atrasos na fala, sentar-
se e andar), dificuldades de aprendizado, 
problemas sociais e comportamentais 
(falta de contato visual, ansiedade, 
atenção reduzida, hiperatividade), maior 
predisposição ao autismo; menopausa 
precoce (mulheres) 
 
o Em homens, as desordens 
intelectuais costumam ser moderadas a 
severas, enquanto em mulheres são 
geralmente leves 
 
• Diagnóstico: 
o Testes moleculares que detectam a repetição do trinucleotídeo CGG 
no gene FMR1 
 
o Cariotipagem. 
 
▪ O aconselhamento genético é importante para orientar os indivíduos 
afetados e suas famílias sobre os riscos de transmissão da síndrome 
 
• Tratamento: 
o Atualmente, não há cura para a Síndrome do X Frágil 
 
o Terapias multidisciplinares (fonoaudiologia, pedagogia, psicologia e terapia ocupacional) – visa 
melhorar as habilidades de comunicação, aprendizado e desenvolvimento social dos indivíduos 
afetados

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