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SISTEMA DE ENSINO BIOQUÍMICA Coleta de Sangue e demais Espécimes Clínicos Livro Eletrônico 2 de 53www.grancursosonline.com.br Coleta de Sangue e demais Espécimes Clínicos BIOQUÍMICA Pollyana Lyra Sumário Apresentação ................................................................................................................................... 3 Coleta de Sangue e demais Espécimes Clínicos ....................................................................... 5 1. Coleta de Sangue e Demais Espécimes Clínicos ................................................................... 5 Coleta de Sangue (Flebotomia) .................................................................................................... 5 2. Recebimento de Materiais Biológicos, Manuseio, Triagem, Transporte ........................ 17 3. Processamento, Acondicionamento, Armazenamento, Conservação das Amostras 23 Questões de Concurso .................................................................................................................28 Gabarito ............................................................................................................................................51 Referências ..................................................................................................................................... 52 O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 3 de 53www.grancursosonline.com.br Coleta de Sangue e demais Espécimes Clínicos BIOQUÍMICA Pollyana Lyra ApresentAção Olá, tudo bem? Espero que sim! Eu sou a professora Pollyana Lyra e estudarei com você Análises Clínicas. Pode ser que você já me conheça de aulas em vídeo, trabalhando temas como Farmácia hospitalar, Legisla- ção, Farmacologia e Controle de qualidade de medicamentos... Aí você pensa... ué, ela trabalha Análises Clínicas também? Sim! Para bem dizer a verdade, Análises Clínicas é a minha vivência atual dentro da área farmacêutica, mas a minha afinidade por outras áreas do saber, bem como a minha especialização, me fez optar por trabalhar (em vídeos) com outros conteúdos além de Análises Clínicas. Bom, se você ainda não me conhece, sou farmacêutica industrial e bioquímica, especialista em farmacologia, professora universitária e analista da Fundação Hemocentro de Brasília. Já tive a felicidade de ser aprovada em alguns concursos, todos como Farmacêutica Bioquímica, e é com essa bagagem que pretendo humildemente te ajudar a compreender melhor o conte- údo para que também alcance êxito. Como sei que concurseiro não tem tempo para conversa, vou sempre entrar nas aulas di- reto ao ponto. Vamos começar o universo do laboratório clínico pelo começo? Que tal então falarmos nesta aula sobre o que acontece ANTES do exame propriamente dito. Bora lá? Durante o nosso estudo de Bioquímica Clínica, vamos abordar os seguintes temas: Bioquímica Clínica Coleta de sangue e demais espécimes clínicos, recebimento de materiais biológicos, manuseio, triagem, transporte, processamento, acondicionamento, armazenamento, conservação das amostras. Bioquímica Clínica: conceituação, metodologias, fundamentos e objetivos. Organização, práticas, propósitos, controle de qualidade e instrumentação do laboratório clínico moderno. Exames: avaliação das funções renal, hepática e do trato biliar. Proteínas específicas, lipídeos e lipoproteínas. Carboidratos. Eletrólitos e íons inorgânicos. Avaliação do perfil cardíaco. Equilíbrio ácido-base e gases sanguíneos. Bioquímica dos fluidos biológicos. Enzimologia clínica: dosagens, particularidades, interferências e interpretação dos resultados. Hormônios: biossíntese, mecanismos de ação e dosagem laboratorial. Hormônios da adeno e neuro-hipófise, da tireoide e paratireoide, das suprarrenais, das gônadas, pâncreas e dos rins. Os Laboratórios de Análise Clínicas oferecem um serviço essencial de apoio ao diagnósti- co, terapêutico e acompanhamento de múltiplas patologias e condições de saúde, mas, bem O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 4 de 53www.grancursosonline.com.br Coleta de Sangue e demais Espécimes Clínicos BIOQUÍMICA Pollyana Lyra no início, na fase anterior à coleta de amostras para exames, é importante que algumas medi- das sejam tomadas no atendimento aos pacientes, com a finalidade de se prevenir a ocorrên- cia de enganos, que podem comprometer os resultados. É importante, por exemplo, a identificação positiva do paciente e dos tubos nos quais será colocado o sangue. Deve-se estabelecer um vínculo seguro entre paciente e amostra para garantir a rastreabilidade do processo. Além disso, orientar o paciente quanto às formas de coletar o material (quando for necessário que ele mesmo faça a coleta), condições de con- servação, como armazenar e transportar essas amostras, também são fatores que impactam decisivamente nos resultados dos exames, pois uma amostra inadequada gera um dado falso que trará viés ao diagnóstico. Assim, precisamos conhecer detalhes sobre esses processos. E é esse o principal objetivo desta aula, estudar os seguintes pontos: • 1. Coleta de sangue e demais espécimes clínicos; • 2. Recebimento de materiais biológicos, manuseio, triagem, transporte; • 3. Processamento, acondicionamento, armazenamento, conservação das amostras. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 5 de 53www.grancursosonline.com.br Coleta de Sangue e demais Espécimes Clínicos BIOQUÍMICA Pollyana Lyra COLETA DE SANGUE E DEMAIS ESPÉCIMES CLÍNICOS 1. ColetA de sAngue e demAis espéCimes ClíniCos A amostra é a porção do material biológico humano que é usado para análises laborato- riais. A depender do exame a ser realizado, podemos utilizar diversos tipos de amostras: • líquidos (sangue é o mais utilizado); • outros líquidos biológicos; • fragmentos de tecidos. As amostras devem ser obtidas e preservadas com cuidado para garantir a exatidão dos resultados. Sendo que cada tipo de amostra exige uma técnica de coleta específica. Vamos co- meçar com a coleta do sangue, que é o material biológico mais utilizado em análises clínicas. ColetA de sAngue (FlebotomiA) Vamos lembrar que os constituintes do sangue são: Líquido Soro / Plasma Sólido Células e constituintes sólidos Gás Carbônico, oxigênio A seguir, vemos uma imagem do sangue total e dos constituintes do sangue após cen- trifugação. Sangue Após centrifugação Plasma e plaquetas Leucócitos Hemácias Centrifugação Componentes do sangue – Fonte: Brasil Escola O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 6 de 53www.grancursosonline.com.br Coleta de Sangue e demais Espécimes Clínicos BIOQUÍMICA Pollyana Lyra PLASMA apresenta fibrinogênio, que está relacionado com o processo de coagulação SORO essa proteína está ausente. Na realização de exames de sangue, é necessário separar os elementos celulares do plas-ma. Por intermédio da centrifugação, é possível realizar essa separação e obter o soro. Fique atento a essa diferença! É importante que você saiba qual é a porção do seu interesse! Sim, porque, dependendo do que o exame busca, você vai utilizar uma parte específica dele (ou todas) ou ainda você vai coletar um tipo específico. Por exemplo, o sangue arterial é usado para poucas provas, uma delas é a gasometria, um exame que tem por objetivo definir valores de pH sanguíneo; pressão parcial de gás carbônico (PaCO2 ou pCO2) e oxigênio (PaO2), íon Bicarbonato (HCO3) e saturação da oxi-hemoglobina.... Já, para a maioria dos exames, a gente utiliza mesmo é o sangue venoso! Outro ponto importante é como obter a amostra. Isso também pode variar, sabia? A imensa maioria das coletas é realizada de sangue periférico venoso, mas, em alguns casos, o sangue pode ser obtido de outras formas, por exemplo, acesso central ou ainda na pele! Isso mesmo, para exames pediátricos, quando é necessário um volume pequeno de sangue, muitas vezes utilizamos a punção da pele para obter o sangue. Vamos estudar essas três formas de coleta: • sangue venoso; • sangue arterial; • sangue obtido por punção na pele. Local de Coleta do Sangue Venoso Nas veias o sangue circula no sentido periferia centro circulatório. Elas variam de calibre e nível (podem ser mais profundas ou periféricas) e isso, claro, influencia a dificuldade de exe- cutar a coleta. Nas veias presentes na derme, normalmente fazemos aplicação de medicação e não co- leta. A grande maioria das coletas ocorre por punção venosa das veias dos braços, sendo as utilizadas mais frequentemente a basílica, a mediana e a cefálica. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 7 de 53www.grancursosonline.com.br Coleta de Sangue e demais Espécimes Clínicos BIOQUÍMICA Pollyana Lyra Veia cefálica Veia Intermédia do cotovelo Veia Intermédia do antebraço Veia basílica Veias utilizadas para punção venosa – Fonte: Anatomiaonline Preste bem atenção porque essa é uma informação importante! Uma coisa que precisa- mos lembrar são as veias que, normalmente, são usadas para coleta de sangue. Bora criar um macete? Fonte: Casa Ferrari Veja a imagem dessa BASÍLICA. Perceba que, bem na região MEDIANA dela, existe uma cúpula que parece uma espécie de cabeça (CEFÁLICA). Pronto, passei a vergonha, mas acre- dito que isso vai te fazer lembrar pra sempre dos principais vasos utilizados para a coleta de sangue venoso. Ótimo, seguimos... O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 8 de 53www.grancursosonline.com.br Coleta de Sangue e demais Espécimes Clínicos BIOQUÍMICA Pollyana Lyra Quando ocorre dificuldade de coleta nas veias dos braços, pode-se optar pela coleta no dorso da mão, no arco venoso dorsal (mais calibroso do local). Nervos digitais dorsais Nervo ulnal, ramo dorsal Nervo radial, ramo superficial Veia cefálica Nervo cutâneo posterior do antebraçoVeia basílica Rede venosa dorsal Veias superficiais do dorso da mão – Fonte: anatomiaonline Local de Coleta do Sangue Arterial Esse é o sangue oxigenado pelos pulmões e bombeado do coração para todos os tecidos. Sua composição é essencialmente uniforme em todo o corpo. Em geral, ele é coletado da ar- téria radial no pulso. Artéria colateral ulnal superior Artéria colateral ulnal inferior Artéria recorrente ulnal ramo anterior e ramo posterior Artéria interóssea comum Artéria ulnal Artéria interóssea anterior Artéria radial Artéria interóssea posterior passando profundamente à membrana interóssea Artéria recorrente interóssea Artéria colateral média Artéria colateral radial Artéria branquial profunda Artéria recorrente radial Fonte: anatomia online O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 9 de 53www.grancursosonline.com.br Coleta de Sangue e demais Espécimes Clínicos BIOQUÍMICA Pollyana Lyra Local de Coleta do Sangue Obtido por Punção de Pele É uma mistura de sangue arterial e venoso, porque vem das arteriolas, veias e capilares. Esse sangue também contém fluidos intersticiais e intracelulares. Poro Epiderme Camada subcutânea Derme Nervos sensitivos Terminações nervosas Fibras musculares Glândulas sudoríparas Artéria Veia Células gorduras Folículo piloso Camada basal Glândula sebácea Camada córnea Pelo Estrutura da pele – Fonte: todamateria Bom, sobre os locais de coleta, é isso aí! Precisamos lembrar de verdade os nomes dos vasos, de preferência para cada local de coleta, tá bem? Isso é realmente importante, porque a banca vai tentar te confundir! Comparando para fixar: Tipo de sangue Vaso utilizado Venoso Veias basílica, mediana, cefálica Arterial Artéria radial Antes de entrar na técnica de coleta de cada tipo de sangue, vamos estudar quais são os tubos utilizados! Isso porque alguns tubos já são fornecidos com material anticoagulante e, a depender da análise, a amostra deve sofrer esse processo ou não. Vamos seguir? Tubos de Coleta Utilizados para Coleta de Sangue Antes de realizar a colheita do sangue, é necessário que se escolha entre os tubos com os vários anticoagulantes que existem (ou mesmo sem nenhum) disponíveis no laboratório. Essa escolha depende da finalidade da colheita, ou seja, do exame a ser realizado! Olha, esse ponto do conteúdo é MUITO cobrado em provas, então MEMORIZE! Abaixo coloquei uma tabela com informações de cor da tampa, aditivo presente relacio- nando ao mecanismo e aplicação do mesmo. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 10 de 53www.grancursosonline.com.br Coleta de Sangue e demais Espécimes Clínicos BIOQUÍMICA Pollyana Lyra Cor da tampa Anticoagulante/aditivo Tipo de amostra/uso Mecanismo de ação Vermelho (vidro) Nenhum Soro/bioquímica e sorologia Indisponível Vermelho (plástico/ Hemogard) Ativador da coagulação Soro/bioquímica e sorologia Ativador da coagulação de sílica Lavanda (vidro) K3EDTA na forma líquida Plasma/hematologia Quelação (ligação) do cálcio Lavanda (plástico) K2EDTA/seco com spray Plasma/hematologia Quelação (ligação) do cálcio Rosa K2EDTA /seco com spray Plasma/banco de sangue Quelação (ligação) do cálcio Branco EDTA e gel Plasma/biologia molecular Quelação (ligação) do cálcio Azul-claro Citrato de sódio Plasma/coagulação Quelação (ligação) do cálcio Azul-claro Trombina e inibidor da tripsina de soja Plasma/coagulação Bom para produtos da degradação da fibrina Preto Citrato de sódio Plasma/VHS - hematologia Quelação (ligação) do cálcio Verde-claro/preto Heparina lítica e gel Plasma/bioquímica Inibe a formação de trombina Verde Heparina sódica, heparina lítica Plasma/bioquímica Inibe a formação de trombina Azul royal Heparina sódica, Na2EDTA Plasma/bioquímica/ toxicologia A heparina inibe a formação de trombina Cinza Amarelo Fluoreto de sódio e iodoacetato de lítio Plasma/glicemia Na2EDTA ligao cálcio Inibe a glicólise Amarelo Estéril com polianetolesulfonato de sódio (SPS) Soro/cultura de microbiologia Ajuda na recuperação bacteriana inibindo complemento, fagocitos e certos antibióticos Amarelo Ácido dextrose acetato (ACD) Soro/banco de sangue, fenotipagem HLA e teste de paternidade Preservativo de eritrocitos Marrom (vidro) Heparina sódica Plasma/dosagem de chumbo Inibe a formação de trombina Marrom (plástico) K2EDTA Plasma/dosagem de chumbo Quelação (ligação) do cálcio Amarelo cinza e laranja Trombina Soro/bioquímica Ativador da coágulo Vermelho/cinza e dourado Gel separador do ativador da coagulação Soro/bioquímica Ativador de coágulo de sílica Fonte: Henry Resumindo, veja os principais tubos utilizados: COR DA TAMPA DO TUBO CONTEÚDO FINALIDADE ROXAROXA EDTAEDTA HEMOGRAMA AMARELAAMARELA SEM ANTICOAGULANTESEM ANTICOAGULANTE(COM GEL)(COM GEL) BIOQUÍMICO E SOROLÓGICOS VERMELHAVERMELHA SEM ANTICOAGULANTESEM ANTICOAGULANTE(SEM GEL)(SEM GEL) AZULAZUL CITRATO DE SÓDIOCITRATO DE SÓDIO TESTES DE COAGULAÇÃO PRETAPRETA CITRATO TRISSÓDICOCITRATO TRISSÓDICO VHS VERDEVERDE HEPARINAHEPARINA BIOQUÍMICA E GASOMETRIA CINZACINZA FLUORETOFLUORETO GLICÊMICOS O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 11 de 53www.grancursosonline.com.br Coleta de Sangue e demais Espécimes Clínicos BIOQUÍMICA Pollyana Lyra Vale destacar os mecanismos dos principais anticoagulantes usados em hematologia... EDTA BLOQUEIA A FORMAÇÃO DA PROTROMBINA CITRATO DE SÓDIO CAPTA O CÁLCIO E FORMA UM COMPLEXO, IMPEDINDO A COAGULAÇÃO (usado em transfusão) Agora, uma pergunta: Para coletar, será que eu posso ir pegando os tubos na ordem de preferência ou existe uma ordem? Lembre-se sempre: a ordem importa!!! Tabela 3.6. Ordem de coleta: tubo evacuado e seringa 1. Tubos de sangue-cultura (amarelo) 2. Tubos de sódio-citrato (tampa azul) 3. Tubos de soro com ou sem ativador de coágulo ou gel separador 4. Tubos com heparina com ou sem gel (tampa verde) 5. Tubos com EDTA (tampa lavanda) 6. Tubos com inibidor glicolítico (tampa cinza) Fonte: Henry É importante obedecer a essa ordem para que as mudanças que ocorrem no sangue com os aditivos não influenciem a qualidade das amostras seguintes. Materiais utilizados na coleta de sangue O sistema de coleta de sangue mais utilizado é um dispositivo a vácuo. Esse sistema nada mais é do que um tubo de coleta a vácuo com um código de cores, uma agulha com duas pon- tas e um adaptador/mandril. Existem ainda outros materiais e, como uma imagem fala mais do que mil palavras, abaixo eu te mostro várias opções de dispositivos e listo os materiais que normalmente estão envol- vidos na coleta. tubo extensor adaptador luer agulha asas de empunhadura protetor Scalp – Fonte: maconequi O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 12 de 53www.grancursosonline.com.br Coleta de Sangue e demais Espécimes Clínicos BIOQUÍMICA Pollyana Lyra Seringa e agulha – Fonte: Mobiloc Coleta a vácuo – Fonte: Mobiloc Outros materiais envolvidos na coleta: • luvas; • agulha e seringa descartáveis; • adaptador e seringa descartáveis; • tubo a vácuo; • algodão e álcool 70%; • interruptor adesivo com algodão • garrote. Técnica de Coleta de Sangue Sangue venoso (com agulha e seringa): • 1. Confira se tem todos os materiais que precisa; • 2. Higienize as mãos; • 3. Organize os materiais conforme a ordem de uso; • 4. Explique ao paciente como será feita a coleta; • 5. Confirme com ele os dados e cole as etiquetas nos tubos; • 6. Coloque a luva e mostre ao paciente as seringas e agulhas (ou o material que irá utili- zar) nas embalagens antes de abrir; O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 13 de 53www.grancursosonline.com.br Coleta de Sangue e demais Espécimes Clínicos BIOQUÍMICA Pollyana Lyra • 7. Veja onde pode fazer a punção venosa; • 8. Faça assepsia do local e garroteie o braço do paciente, pedindo para que ele feche a mão; • 9. Tire a capa da agulha, faça a punção, solte o garrote e peça para o paciente abrir a mão; • 10. Colete a quantidade de sangue necessária para a realização dos exames solicitados; • 11. Quando terminar, retire a agulha, peça para que o paciente faça pressão por três minutos, em média; • 12. Descarte a agulha e coloque o sangue em tubo de coleta fazendo a homogeneização de 3 a 4 vezes, delicadamente; • 13. Faça um curativo no paciente e oriente para que continue pressionando o local; • 14. Descarte a seringa e as luvas. Técnica de coleta de sangue arterial: • 1. Posicionar o paciente em posição dorsal ou sentada (preferencialmente); • 2. Elevar o pulso com um pequeno travesseiro e pedir que estenda os dedos para baixo (isso dobra o pulso e coloca a artéria radial mais perto da superfície); • 3. Calçar luvas de procedimento; • 4. Realizar o Teste de Allen, se possível (não preocupa, logo abaixo eu explico o que é isso); • 5. Heparinizar a seringa, caso não seja a seringa própria para gasometria; • 6. Fazer a antissepsia do local a ser puncionado com algodão embebido em solução alcoólica a 70%, em movimentos circulares, do centro para as extremidades; • 7. Palpar a artéria usando os dedos indicador e médio de uma das mãos; • 8. Segurar a seringa com agulha (25x7.0) com o bisel para cima, inclinado num ângulo de 30º a 45º para artérias periféricas e 90º para as profundas; • 9. Perfurar a pele e a parede arterial com apenas um movimento, obedecendo ao sentido da artéria; não puxar o êmbolo para trás, porque o sangue arterial deve entrar automati- camente na seringa; • 10. Coletar 1 a 3 ml de sangue; • 11. Retirar a agulha; • 12. Realizar firme compressão da artéria puncionada por 5 minutos, até a hemostasia, com auxílio do algodão seco e fazer curativo; • 13. Retirar a bolha de ar da seringa; • 14. Retirar luvas de procedimento. Tá, entendi, mas... Teste de Allen?... O que é isso, professora? O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 14 de 53www.grancursosonline.com.br Coleta de Sangue e demais Espécimes Clínicos BIOQUÍMICA Pollyana Lyra Vamos lá! O Teste de Allen é um teste usado para avaliar o suprimento sanguíneo da mão. Ele avalia a circulação colateral da mão através da avaliação das artérias ulnar e radial. Veja na imagem a seguir: Teste de Allen POSITIVO: • Cor retomada em <10s • Circulação ulnar adequada • Punção na artéria radial pode ser efetuada Ulnar artery Radial artery Allen’s Test(Wilkins, Robert L., et al, 2010) Fonte: Ebserh Técnica de coleta de punção na pele: • 1. Selecionar o material de coleta (lanceta descartável, tubos capilares ou recipientes apropriados para armazenar amostras obtidas na coleta). • 2. Aquecer o local da punção; • 3. Fazer assepsia do local da punção e permitir secagem natural (isopropanol a 70%); • 4. Preparar a lanceta de punção; • 5. Puncionar a pele (falange distal ou calcanhar)e descartar a lanceta; • 6. Ver locais de punção; • 7. Limpar a primeira gota de sangue com gaze seca e coletar o sangue em recipiente apropriado, fazendo a mistura correta com os aditivos indicados (anticoagulantes e/ou estabilizadores); • 8. Selar o recipiente quando indicado; • 9. Pressionar o local da punção com algodão ou gaze e elevar ligeiramente a extremida- de puncionada acima do nível do coração para interromper a saída de sangue; • Bom, de sangue é isso aí... Agora vamos partir para outras amostras biológicas? Coleta de Urina Algumas substâncias não são reabsorvidas normalmente pelo organismo e aparecem na urina. São elas: água, ureia, creatinina, fosfatos, sulfatos, amônia, magnésio, ácido úrico, clo- reto, potássio e algumas outras. Isso acontece naturalmente, então são achados esperados e que nos dão informações sobre o funcionamento do sistema urinário! Porém, outras substâncias que O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 15 de 53www.grancursosonline.com.br Coleta de Sangue e demais Espécimes Clínicos BIOQUÍMICA Pollyana Lyra aparecem na urina podem indicar alguma patologia (a presença glicose, por exemplo, pode significar suposta diabetes) e por isso elas serão pesquisadas nos exames que veremos nas aulas de urinálise. Para exame de urina, além do método em si de coleta poder afetar os resultados da análise, um volume padronizado de urina deve ser obtido para possibilitar uma comparação do sedi- mento urinário com as subsequentes amostras. Por exemplo, alguns exames não exigem requisitos específicos para serem executados, mas outros exigem um volume de 24 horas, por exemplo, para que se faça uma análise do funcionamento renal baseado nos padrões definidos de eliminação urinária normal nesse pe- ríodo de 24 horas. Outra exigência que existe (e você que já passou por isso e sabe bem) é a necessidade de jejum para certas análises. Então, para cada tipo de suspeita clínica, um exa- me diferente é exigido e, para cada exame, um método de coleta diferente se faz necessário. Vejamos, de forma bem direta, os tipos de coleta urinária rotineiras em análises clínicas. Tipo de coleta Descrição Aleatória Amostra imediata ( em qualquer período do dia), sem volume fixo Primeira Urina da manhã Após higienização, despreza o primeiro jato de urina do dia e colhe-se o jato médio. É uma urina mais representativa Urina de 24 horas Despreza a primeira urina e coleta todas as outras nas próximas 24 horas (manter refrigerada nesse intervalo). Essa análise é quantitativa. Aspira supra púbica Coleta invasiva feita diretamente na bexiga (urina estéril) Sondagem vesical Coleta invasiva com o uso de sonda diretamente na bexiga (urina estéril) Coleta de Amostras de outros Líquidos Corporais Aqui vamos abordar a coleta de: líquido cerebrospinal, líquido Sinovial, líquido pleural, líqui- do pericárdico e líquido peritoneal. São amostras utilizadas nos laboratórios, mas que normal- mente são coletadas em hospitais ou centros clínicos, pois são para procedimentos médicos. Líquido Cerebrospinal O líquido cefalorraquidiano, também conhecido como líquor ou LCR, auxilia no diagnóstico de diversas doenças. Por meio dele, é possível diagnosticar infecções do sistema nervoso cen- tral, aumentos da pressão intracraniana que podem cursar dor de cabeça, além de constatar a eventual presença de células cancerígenas em seu conteúdo. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 16 de 53www.grancursosonline.com.br Coleta de Sangue e demais Espécimes Clínicos BIOQUÍMICA Pollyana Lyra A coleta é realizada com o paciente deitado e em posição fetal. Em alguns casos, pode ser optada pela coleta com o paciente sentado, na região da coluna lombar. Ela é executada por um médico com treinamento nesse tipo de procedimento. Quando não é possível coletar na região lombar, pode ser indicada a coleta na região suboccipital (pescoço). Líquido Sinovial O líquido sinovial é um dialisado do plasma viscoso, produzido pela membrana sinovial, com função de lubrificação, nutrição, auxiliando no suporte mecânico e na absorção de impac- to. Ele é livre de material floculento ou fragmentos, possui coloração de clara à palha amare- lada e contém hialuronato, eletrólitos, glicose, proteínas e enzimas. A glicose encontra-se di- minuída nas artrites bacterianas. As proteínas encontram-se elevadas em caso de gota, artrite reumatoide e artrite séptica. LDH aparece elevado na artrite reumatoide, na gota e nas artrites infecciosas. A amostra é coletada através de procedimento médico, por aspiração do líquido articular (artrocentese). Líquido Pleural, Líquido Pericárdico e Líquido Peritoneal Os derrames pleurais são sistematicamente classificados como transudatos ou exsuda- tos, de acordo com sua composição bioquímica. Essa classificação é fundamental para se definir quais derrames necessitam de investiga- ção laboratorial. Se o derrame é um transudato, normalmente não precisa ser realizado exame adicional, ao contrário dos exsudatos, que requerem a continuidade da investigação para esta- belecimento do diagnóstico etiológico. A coleta é realizada por procedimento médico. Agora, “para não dizer que não falei das flores”, vou abordar uma técnica de coleta muito utilizada durante a pandemia de COVID-19. Técnica de Coleta de Secreção Nasofaríngea em Swab Utilize o swab fornecido no Kit de coleta. Incline a cabeça do paciente um pouco para trás. Insira o swab, inclinando um pouco para cima (não no sentido horizontal), cerca de 2 a 3 cm, fazendo movimentos suaves de rotação contra toda a parede nasal por diversas vezes. Repita o procedimento na outra narina, usando o mesmo swab. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 17 de 53www.grancursosonline.com.br Coleta de Sangue e demais Espécimes Clínicos BIOQUÍMICA Pollyana Lyra Cavidade nasal Cavidade nasal Cavidade oral Glândulas salivares Glândulas salivares Técnica de coleta por swab de nasofaringe – Fonte: Instruções de coleta COVID-10 UFRJ Após coletado, o swab é inserido no tubo contendo meio de transporte viral e poderá ser armazenado por até 72 horas em geladeira (entre 4º e 8 °C). Materiais utilizados na coleta de amostras SWAB de orofaringe – Fonte: Instruções de coleta COVID-10 UFRJ 2. reCebimento de mAteriAis biológiCos, mAnuseio, triAgem, trAnsporte Recebimento de Amostras Não basta que a coleta seja adequada, todas as amostras devem ser rotuladas, transporta- das e processadas de acordo com os procedimentos estabelecidos, que incluem o volume da amostra, a necessidade de manipulações, a embalagem correta e outros fatores! O não cumprimento de procedimentos específicos pode levar à rejeição da amostra. Tipo inadequado de amostra, preservativo errado, hemólise, lipemia, coágulos etc., são razões de rejeição. Além de ser um prejuízo, a rejeição da amostra exige nova coleta e isso pode prejudi- car o paciente. Vejamos a seguir algumas razões para essa rejeição: • Hemólise/lipemia; • Coágulos presentes em uma amostra anticoagulada; • Amostra coletada com o paciente não estando em jejum, quando o jejum para o exame é obrigatório; O conteúdo destelivro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 18 de 53www.grancursosonline.com.br Coleta de Sangue e demais Espécimes Clínicos BIOQUÍMICA Pollyana Lyra • Tubo de coleta de sangue inadequado; • Coleta de quantidade inadequada, volume incorreto; • Condições inadequadas de transporte (gelo para gasometria); • Discrepâncias entre a requisição e a etiqueta da amostra; • Amostra sem identificação ou identificada erroneamente; • Amostra contaminada/recipiente com vazamento; • Etiqueta colada de forma inadequada, prejudicando a identificação da amostra; • Amostra em temperatura inadequada; • Cadastro incorreto da amostra; • Recipiente sem amostra. Existem vários outros critérios a serem considerados. Normalmente existe um checklist no laboratório para auxiliar a conformidade da amostra no momento da conferência. Manuseio de Amostras Biológicas As amostras devem ser manuseadas respeitando-se as normas universais de Biossegu- rança e boas práticas laboratoriais, sendo obrigatório o uso de Equipamentos de Proteção Individual e coletiva. Em virtude da pandemia provocada pelo novo coronavírus, esforços foram investidos em intensificar os cuidados de biossegurança dentro e fora dos laboratórios. Em Janeiro de 2020, a Organização Pan Americana de Saúde (OPAS) publicou Diretrizes provisórias de Biossegu- rança Laboratorial para o Manuseio e Transporte de Amostras Associadas ao Novo Coronaví- rus 2019, que orientava proceder da seguinte forma: • Ao recolher uma amostra respiratória de um paciente suspeito, deve ser considerado o uso de uma máscara N95; • Qualquer procedimento com potencial para gerar aerossóis de partículas finas (por exemplo, preparação de amostras em tubo aberto ou agitação vortex) deve ser realizado em uma cabine de segurança biológica (CSB) classe II; • Para a centrifugação, devem ser utilizados dispositivos adequados de contenção física (por exemplo, tubetes de segurança de centrifugação e rotores selados); • Idealmente, os rotores de centrifugação devem ser carregados e descarregados em uma CSB. Qualquer procedimento dentro do laboratório, que poderá gerar aerossóis, sendo realizado fora de uma CSB (ou limpeza de vazamentos de amostras altamente suspeitas, por exemplo), deverá ser realizado usando uma máscara N95. Após o proces- samento das amostras, descontaminar as superfícies de trabalho e o equipamento uti- lizado com desinfetantes apropriados. Para isso, use qualquer desinfetante hospitalar devidamente registrado. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 19 de 53www.grancursosonline.com.br Coleta de Sangue e demais Espécimes Clínicos BIOQUÍMICA Pollyana Lyra O documento trás ainda recomendações específicas para o manuseio de amostras suspei- tas de infecção com COVID-19. Além do manuseio rotineiro de amostras biológicas, alguns acidentes podem ocorrer exi- gindo do profissional habilidades para trabalhar com esse material, visando descontaminação do local. No caso de derramamento de material biológico, deve-se sinalizar e isolar o local ime- diatamente; cobrir completamente a área de derramamento com material absorvente (papel toalha) para minimizar a área afetada e a produção de aerossóis; aplicar sobre o papel toalha hipoclorito de sódio 3% a 5%, de forma concêntrica, iniciando pelo exterior da área de derrame e avançando para o centro; deixar em repouso por 30 minutos para que o desinfetante exerça a sua ação; retirar os materiais envolvidos no acidente, inclusive objetos cortantes utilizando um apanhador ou um pedaço de cartão rígido para recolher o material e colocá-lo em um recipien- te resistente para destinação final e por fim limpar e desinfetar a área do derrame com gaze ou algodão embebido em álcool a 70%. Acondicionamento de Amostras Biológicas As amostras devem estar acondicionadas de maneira segura, em recipientes primários, com boa vedação para evitar vazamentos. Esses recipientes devem ser acondicionados na caixa isotérmica de forma a evitar deslocamentos e colisões. As amostras de sangue total, soro ou plasma coletadas em tubos deverão ser encaminhadas em estante/galeria rígidas e resistentes, as amostras como liquor e escarro e outros devem ser coletadas em recipientes adequados. As lâminas de vidro com as amostras para análise e/ou controle de qualidade devem ser acondicionadas em frascos ou caixas com separação interna. Rack para tubos de sangue – Fonte: BD O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 20 de 53www.grancursosonline.com.br Coleta de Sangue e demais Espécimes Clínicos BIOQUÍMICA Pollyana Lyra Suporte para lâminas de vidro – Fonte:artbox Frasco coletor de urina – Fonte: Freepick Transporte de Amostras Biológicas O transporte de amostras clínicas faz parte da fase pré-analítica e, para obter resultados confiáveis, é preciso utilizar uma amostra biológica devidamente conservada. AMOSTRA CONSERVADA Em quantidade suficiente, em recipiente adequado, bem identificada e transportada de forma a manter a integridade do material a ser pesquisado. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 21 de 53www.grancursosonline.com.br Coleta de Sangue e demais Espécimes Clínicos BIOQUÍMICA Pollyana Lyra Os avanços tecnológicos favorecem esse processo. Já existem dispositivos que monito- ram inclusive a temperatura de acondicionamento das amostras ao longo do transporte. Nor- malmente eles são inseridos em pontos específicos das caixas. CAIXA TÉRMICA ADEQUADA Isotérmica, rígida, impermeável, revestida internamente de material liso, lavável, resisten- te e hermeticamente fechada. Muitas vezes os tubos são colocados nas caixas, em estantes, e os frascos contendo as amostras devem ser colocados dentro de sacos plásticos individuais. Como medida de segurança, na parte externa da caixa isotérmica, deverá ser fixado o sím- bolo de RISCO BIOLÓGICO, o nome, local, endereço e telefone da unidade solicitante. Caixa térmica para transporte de amostra biológica As amostras devem ser transportadas em temperatura adequada, conforme as orienta- ções específicas para cada exame. Quando for necessária refrigeração, as amostras devem ser acondicionadas juntamente com gelo reciclável. Os documentos que acompanham as amostras devem ser encaminhados sempre fora da caixa isotérmica, em envelopes lacrados, identificados. A ANVISA publicou em 2015 o Manual de Vigilância Sanitária sobre o transporte de ma- terial biológico humano para fins de diagnóstico clínico que detalha orientações a respeito dessa etapa. O documento trás o modelo esquemático de um acondicionamento ideal para substâncias biológicas da categoria A. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civile criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 22 de 53www.grancursosonline.com.br Coleta de Sangue e demais Espécimes Clínicos BIOQUÍMICA Pollyana Lyra Tampa Material absorvente Registro do espécime (inclui a lista enumerada do conteúdo) Embalagem externa Etiqueta de orientação do pacote (não imperativa quando o receptáculo primário não exceder 50ml) Marcação da especificação da ONUFonte: OMS, 2011. Embalagem secundária (estanque) Receptáculo primário (tubo com amostra) Embalagem para a categoria A – Fonte: Anvisa Um ponto importante é o símbolo que deve ser utilizado para identificar o material. Fi- que atento: ETIQUETA OU RÓTULO DE RISCO: ETIQUETA DE SUBSTÂNCIA INFECCIOSA DA CATEGORIA A A PARTE INFERIOR DA ETIQUETA DEVE CONTER O TERMO SUBSTÂNCIA INFECCIOSA, SEGUIDO DA FRASE EM CASO DE DANOS OU VAZAMENTOS NOTIFIQUE IMEDIATAMENTE A AUTORIDADE DE SAÚDE PÚBLICA. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 23 de 53www.grancursosonline.com.br Coleta de Sangue e demais Espécimes Clínicos BIOQUÍMICA Pollyana Lyra 3. proCessAmento, ACondiCionAmento, ArmAzenAmento, ConservAção dAs AmostrAs Antes de o exame ser realizado, normalmente a amostra é refrigerada, caso não seja ime- diatamente processada. Nesse cenário, a temperatura precisa ser respeitada, sendo que a fai- xa entre 2 e 8ºC inibe o metabolismo das células e estabiliza certos constituintes termolábeis. Nessa faixa, caso se pretenda dosar potássio, não devemos exceder duas horas, uma vez que essa temperatura pode inibir a glicólise que alimenta a bomba de potássio e promover a saída do potássio para o meio extracelular, elevando o resultado. Portanto, não esqueça: uma amos- tra para dosagem de eletrólitos NÃO DEVE PERMANECER A TEMPERATURAS ENTRE 2 E 8ºC POR MAIS DE DUAS HORAS ANTES DA CENTRIFUGAÇÃO. Alguns parâmetros requerem transporte refrigerado, como catecolaminas, amônia, ácido láctico, piruvato, gastrina e paratormônio (PTH). Amostras para gasometria devem ser trans- portadas à temperatura entre 18 e 24ºC, com tempo máximo de transporte de duas horas. O uso de inibidores e preservativos, como fluoreto, pode prevenir a glicólise por um período de 24 horas à temperatura ambiente, ou 48 horas em temperaturas entre 2 e 8ºC. Ou seja, cada tipo de amostra e cada prova realizada no laboratório requerem uma con- dição específica de temperatura e essa deve ser mantida mesmo antes de iniciar a execução da análise. Dentro do período adequado, a amostra é centrifugada e levada à temperatura ambiente para ser analisada. Um dos pontos importantes de se observar nesse processo é o equilíbrio (ou balanceamento dos tubos nas centrífugas). • Abrir a centrífuga e colocar os tubos com o sangue nas “caçapas”, tomando o cuidado de equilibrá-los; • Fechar a tampa da centrífuga, marcar 3000 a 4000 rpm e ligar por 5 minutos; • Não abrir a tampa da centrífuga antes de parar totalmente de rodar e nem tentar parar com a mão ou instrumentos. Recomenda-se não abrir a centrífuga imediatamente após parar, devido à formação de aerossóis que podem ser infectantes, por isso deve-se es- perar alguns minutos para que as partículas sedimentem; • Retirar os tubos das caçapas com auxílio de uma pinça e colocar em estante própria; • Verificar o aspecto da amostra. O soro ou plasma devem estar livres de resíduos de he- mácias. Se a amostra estiver fortemente hemolisada ou lipêmica, nova coleta deve ser providenciada. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 24 de 53www.grancursosonline.com.br Coleta de Sangue e demais Espécimes Clínicos BIOQUÍMICA Pollyana Lyra Imagem: Organização dos tubos na centrífuga. À esquerda todos os tubos do mesmo lado (posição errada) e à direita os tubos em posições opostas para balancear o peso (correto) O tempo e a rotação devem ser observados. Os ruídos e tremores no equipamento devem ser monitorados e uma manutenção preventiva e corretiva deve ocorrer. Ao final, devemos observar o aspecto da amostra, pois isso pode dizer muito sobre a ade- quabilidade da amostra para o exame e também relacionar aos resultados encontrados. Além do soro adequado, temos dois tipos que são frequentemente obtidos após processamento. Soro hemolisado: a hemólise de intensidade significativa causa aumento na atividade plas- mática de algumas enzimas e nas dosagens de potássio, magnésio e fosfato e pode ser res- ponsável por resultados falsamente reduzidos de insulina. Soros com diferentes graus de hemólise Soro lipêmico: a lipemia pode interferir em exames que usam colorimetrias ou tur- bidimetrias. Amostra com diferentes graus de lipemia Aprofundamos no processamento do sangue porque é a principal amostra biológica utiliza- da no laboratório clínico, mas existem métodos de coloração, diluição, fragmentação e diver- sos outros a depender da amostra. Ok? Vamos seguir, estudando agora o armazenamento das amostras. Bom, durante o armazenamento, a concentração de um constituinte sanguíneo na amostra pode mudar porque elas podem interagir com o próprio recipiente (vidro, plástico) ou devido a processos como a desnaturação proteica, a evaporação de compostos voláteis. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 25 de 53www.grancursosonline.com.br Coleta de Sangue e demais Espécimes Clínicos BIOQUÍMICA Pollyana Lyra Essas alterações ocorrem, em graus variados, na temperatura ambiente e durante a refri- geração ou o congelamento. As exigências de armazenamento variam muito de acordo com a substância que deverá ser analisada. As amostras devem ser mantidas em ambiente refrigerado, com temperatura média de 4ºC. Para os exames de urina de rotina, elas podem ser congeladas para que durem mais. Já as de fezes não devem ser congeladas, pois isso pode acarretar na morte dos parasitas, invia- bilizando a amostra. Ou seja, aqui entra a especificidade novamente tanto do material biológi- co como do exame que será realizado. Cada exame exige, de acordo com a estabilidade dos elementos de interesse, uma condi- ção de temperatura durante certo tempo. Por exemplo: • Sorológico: após a coleta, o soro deve ser armazenado em tubo 2º a 8ºC por 7 dias, ou mantido congelado em freezer no mínimo a – 20ºC até o envio; • Citometria de Fluxo: temperatura ambiente 20ºC a 25ºC. O exame tem que ser realizado no período máximo de 48 horas; • Molecular: para carga viral, o plasma colhido deverá ser conservado em freezer no míni- mo a – 20ºC até o envio; para genotipagem no tubo original, antes da centrifugação, por um período máximo de até 6 horas à temperatura ambiente (15ºC a 25ºC) ou, no máxi- mo 24 horas, entre 2ºC a 8ºC (acondicionada com gelo reciclável suficiente para manter os tubos com sangue total em temperatura controlada); na genotipagem para tipificação de HLA-B*5701, após a coleta, o sangue total colhido deverá ser conservado no tubo original entre 2ºC a 8ºC (acondicionada com gelo reciclável suficiente para manter os tubos com sangue total em temperatura controlada); • Anatomia Patológica: fragmentos de 2 cm. O material deve estar acondicionado em frasco deboca larga, devidamente identificado, em substância fixadora adequada (so- lução de formalina a 10% – uma parte da solução de formol mais nove partes iguais de água), em torno de 10 a 20 vezes o volume da peça. O material deve estar “confortável” dentro do frasco, de modo que todas as superfícies do mesmo estejam em contato com o líquido, o que vai permitir a penetração do formol na peça. Caso essa medida não seja tomada, partes do material podem sofrer autólise. Não acondicionar os tubos com san- gue total diretamente em contato com o gelo reciclável para evitar hemólise; • Urina: o conservante a ser utilizado depende de cada laboratório. É importante que ele seja bactericida, iniba atividade da enzima urease, preserve os elementos celulares e não interfira em testes químicos. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 26 de 53www.grancursosonline.com.br Coleta de Sangue e demais Espécimes Clínicos BIOQUÍMICA Pollyana Lyra Conservantes Vantagem Desvantagem Refrigeração Não interfere em testes químicos. Interfere em sedimentoscopia. Timol Bom conservante para glicose. Interfere em testes. Ácido Ascórbico Não interfere com as análises de rotina, a não ser pH. Provoca precipitação. Formaldeído Bom conservante de elementos formados. Interfere com testes químicos. Tolueno Não interfere com os testes químicos. Interage com a vidraria. Fluoreto de sódio Inibe a glicólise. Inibe os testes nas tiras Reagentes. Caso a urina passe de 2 horas sem ser analisada e sem nenhum tipo de conservação, al- gumas alterações podem acontecer e resultar em interferências nos resultados. Veja a seguir: Analito Alteração Efeito Cor Escura Oxidação ou redução deMetabólitos. Aspecto Turva Crescimento bacteriano eprecipitação do material amorfo. Odor Forte Multiplicação bacteriana oumetabolização da ureia para amônia. pH Alcalino Metabolização da ureia paraamônia por bactérias produtoras de urease/ perda de CO2. Glicose Diminuição Glicólise e consumo bacteriano. Cetonas Diminuição Volatilização e metabolismoBacteriano. Bilirrubina Diminuição Foto-oxidação à biliverdina. Urobilinogênio Diminuição Oxidação a urobilina. Nitritos Aumento Multiplicação de baterias redutorasde nitrato. Eritrócitos Diminuição Desintegração. Leucócitos Diminuição Desintegração. Cilindros Diminuição Dissolução. Bactérias Aumento Multiplicação. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 27 de 53www.grancursosonline.com.br Coleta de Sangue e demais Espécimes Clínicos BIOQUÍMICA Pollyana Lyra Bom, já começamos bem! Te espero na próxima aula para continuarmos o nosso estudo! Até mais! Vamos fazer uma autoavaliação? Esse momento é importante, porque você vai realmente ver COMO o conteúdo é cobrado em provas e identificar que ponto precisa fixar melhor. Resol- va as questões a seguir e verifique os comentários! O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 28 de 53www.grancursosonline.com.br Coleta de Sangue e demais Espécimes Clínicos BIOQUÍMICA Pollyana Lyra QUESTÕES DE CONCURSO Coleta, Manuseio, Transporte e Processamento de Sangue e demais Espé- cimes Clínicos 001. (20104/CIAAR/FARMACÊUTICO) As variáveis fisiológicas são variáveis pré-analíticas importantes e que devem ser consideradas no diagnóstico clínico-laboratorial. Sobre essas variáveis, informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma abaixo. A seguir, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta. I – ( ) A amostra de sangue deverá ser coletada com o paciente sentado, sempre que possível, evitando a coleta com o paciente deitado. II – ( ) Viajar através de diversos fusos horários afeta o ritmo circadiano. Após uma viagem por 10 fusos horários, são necessários 5 dias para estabelecer um novo ritmo diurno estável. III – ( ) O tabagismo e a ingestão de álcool são fatores do estilo de vida que afetam a concen- tração dos analitos comumente mensurados. I – Verdadeiro. O paciente deve estar sentado ou decúbito dorsal (caso seja difícil ficar sentado). II – Verdadeiro. Altera o ritmo circadiano, como hipófise e adrenal. A excreção urinária de cate- colaminas é aumentada em 2 dias, o cortisol do soro é reduzido. III – Verdadeiro. O fumo, por meio da ação da nicotina, que estimula a adrenal e a ingestão de álcool podem aumentar a concentração de glicose em 20% a 50%. V-V-V 002. (2017/IDECAN/CBM-DF/2º TENENTE/FARMÁCIA) São Equipamentos de Proteção Co- letiva (EPCs), EXCETO: a) Lava-olhos b) Avental Impermeável c) Chuveiro de emergência d) Dispositivo de pipetagem As letras A, C e D fazem parte dos EPC (Equipamentos de Proteção Coletiva). A letra B é a opção incorreta, pois trata-se de um EPI (Equipamento de Proteção Individual), assim como outros, óculos de proteção, luvas. Letra b. 003. (IBFC/2019/SESACRE/FARMACÊUTICO) A hemólise in vitro consiste na destruição das hemácias por rompimento da membrana plasmática, que resulta na liberação de diversos compo- nentes intracelulares, como por exemplo, a hemoglobina, que podem influenciar no resultado O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 29 de 53www.grancursosonline.com.br Coleta de Sangue e demais Espécimes Clínicos BIOQUÍMICA Pollyana Lyra de exames laboratoriais. Acerca das causas de ocorrência de hemólise na fase pré-analítica de exames laboratoriais, assinale a alternativa incorreta. a) transporte inadequado com agitação, e/ou extremos de temperaturas b) agulha fora dos padrões que seriam indicados para aquela veia c) garroteamento prolongado d) ipemia A lipemia e a hemólise são razões de rejeição da amostra. a) Certa. O sangue hemolisa em temperaturas elevadas durante o transporte. b) Certa. O uso de agulhas de pequeno calibre pode romper as células vermelhas. c) Certa. O uso prolongado do garrote pode causar um falseamento na determinação de lacta- to e pode causar hemoconcentração. Letra d. 004. (2015/CISNOP/PR/FAFIPA) Qual dos anticoagulantes deve ser utilizado no frasco em que se coleta sangue para o exame de glicemia em jejum? a) Não se usa anticoagulante b) EDTA c) Citrato de Sódio d) Fluoreto de Sódio. Fluoreto de Sódio é um anticoagulante fraco que muitas vezes é adicionado como conservante para a glicose no sangue. a) Errada. É necessário uso de anticoagulante para conversação da glicose. b) Errada. É um agente quelante que preserva os componentes celulares do sangue, mais indi- cado para exames hematológicos. c) Errada. Anticoagulante utilizado para estudos da coagulação. Letra d. 005. (2014/EAAR/LABORATÓRIO) O líquido cefalorraquidiano é normalmente colhido por punção lombar. As amostras geralmente são colhidas em três tubos estéreis, marcados 1, 2 e 3, na ordem em que são colhidos. Sabendo-se que cada um dos tubos se destina a um tipo de análise laboratorial, qual análise será realizada no tubo de número 3? a) Microbiológica b) Bioquímica e sorológica c) Contra-provade resultados alterados d) Citológica, para análise da contagem celular O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 30 de 53www.grancursosonline.com.br Coleta de Sangue e demais Espécimes Clínicos BIOQUÍMICA Pollyana Lyra Tubo 3 – citologia e contagem celular. a) Errada. Tubo 2 – microbiologia. b) Errada. Tubo 1 – bioquímica e sorologia. c) Errada. Tubo 4 – pode ser usado para contraprova. Letra d. 006. (UFMT/2018/VÁRZEA GRANDE/FARMACÊUTICO) De acordo com as normas estabele- cidas pela CLSI (Clinical and Laboratory Standards Institute), instituição reconhecida mundial- mente que desenvolve padrões e diretrizes para a comunidade médica, NÃO é recomendado como procedimento para a coleta de sangue a vácuo: a) Tranquilizar o paciente, ganhar sua confiança e obter informações antes da coleta como confirmação do jejum e ingestão de medicamentos. b) Fazer um garroteamento prévio, a fim de facilitar a escolha do melhor vaso sanguíneo a ser puncionado. c) Selecionar um local do braço no mesmo lado de uma mastectomia ou amputação aplicando tapinhas no local a ser puncionado. d) Priorizar a punção pelas veias cubital, mediana e cefálica, evitando a veia basílica a qual encontra-se muito próxima do nervo mediano e da artéria braquial. Se a mulher realizou mastectomia, o braço deve ser evitado, pois a cirurgia causa linfostase. Se ela realizou dupla mastectomia, o sangue deve ser coletado no braço que o procedimento foi feito primeiro. a) Certa. O paciente deve estar sentado e confortável. Estresse pode gerar falseamento em alguns analitos. b) Certa. Garroteamento deve ser rápido e no local certo, em média 10 a 15 cm acima do local da punção. d) Certa. A veia mais utilizada é a cubital. Letra c. 007. (CIAAR/2012/FARMACÊUTICO) Abaixo estão relacionados alguns fatores que afetam as amostras de antes da realização de exames. Associe essas variáveis com a sua classificação. a) Variável Controlável b) Variável Não – controlável O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 31 de 53www.grancursosonline.com.br Coleta de Sangue e demais Espécimes Clínicos BIOQUÍMICA Pollyana Lyra ( ) � Postura ( ) � Altitude ( ) � Idade ( ) � Variação Circadiana ( ) � Sexo São variáveis controláveis: postura e variação circadiana. E as não controláveis são: atitude, idade e sexo. A – B – B – A – B. 008. (CIAAR/2018/FARMACÊUTICO) Associe as colunas a seguir relacionando as variáveis pré-analíticas com as respectivas influencias nas determinações laboratoriais: Variações pré-analitica (1) Posição ortostática (2) Atividade física (3) Variação diurna (4) Idade Influências nas determinações laboratoriais ( ) � Ferro ( ) � proteínas totais, albumina ( ) � Fosfatase alcalina sérica ( ) � Creatino fosfoquinase – CPK Ferro – variação diurna. Tem nível máximo no final da manhã, diminui 30% durante o dia. Proteínas totais, albumina – posição ortostática. Aumenta a pressão hidrostática, provocando redução do volume plasmático e aumento da concentração de proteínas. Fosfatase alcalina sérica – Idade. Com o crescimento esquelético e o desenvolvimento mus- cular, os níveis de fosfatase alcalina sérica aumentam. Creatino fosfoquinase – CPK – Atividade física. Os exercícios podem elevar a CPK presente nos músculos. 3 – 1 – 4 – 2. 009. (2010/EEAR/SARGENTO DA AERONÁUTICA/LABORATÓRIO) O sangue é o mais fre- qüente líquido corporal coletado e usado para propósitos analíticos. Qual dos itens abaixo não se refere a um tipo de coleta para se obter amostra sanguínea? O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 32 de 53www.grancursosonline.com.br Coleta de Sangue e demais Espécimes Clínicos BIOQUÍMICA Pollyana Lyra a) Tricotomia b) Venopunção c) Punção arterial d) Punção cutânea Tricotomia é um procedimento pré-operatório de retirada de pelos. b) Errada. Venopunção é definida como todas as etapas envolvidas na obtenção de amostras apropriadas de sangue e identificadas de uma veia do paciente. c) Errada. Reservada principalmente para análise de gasometria arterial ácido-base durante uma doença crítica, exige uma considerável habilidade e normalmente utiliza-se artéria bra- quial, radial ou femoral. d) Errada. A punção da pele (cutânea) é uma técnica de coleta aberta na qual a pele é perfu- rada por uma lanceta e um pequeno volume de sangue é coletado em um microdispositivo ou diretamente sobre papel de filtro. Letra a. 010. (2019/EEAR/SARGENTO DA AERONÁUTICA/LABORATÓRIO) Sobre a ordem correta de tubos para coleta de sangue, correlacione as colunas e marque a alternativa com a sequên- cia correta. 1 – primeiro 2 – segundo 3 – terceiro 4 – quarto 5 – quinto ( ) � tubo com citrato ( ) � tubo com EDTA ( ) � tubo com heparina ( ) � tubo sem aditivo ( ) � tubo de hemocultura Segundo a CLSI, a ordem de coleta dos tubos segue a seguinte forma: Hemocultura, Citrato, Tubo sem aditivo/com ou sem separador, Heparina, EDTA e Inibidor Glicolítico. Sequência: 3 – 5 – 4 – 2 – 1 011. (2008/CESPE/HEMOBRÁS/ANÁLISES CLÍNICAS) Com relação à coleta de material bio- lógico para análises, julgue os seguintes itens. Em geral, se utiliza o sangue arterial para a maioria dos exames hematológicos, como o obtido a partir da punção da veia cubital. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 33 de 53www.grancursosonline.com.br Coleta de Sangue e demais Espécimes Clínicos BIOQUÍMICA Pollyana Lyra Veia cubital é utilizada para punção venosa. Errado. 012. (2008/CESPE/HEMOBRÁS/ANÁLISES CLÍNICAS) Com relação à coleta de material bio- lógico para análises, julgue os seguintes itens. O sangue colhido e transferido para tubos permanece inalterado por até 24 horas. O sangue pode ter alterações bioquímicas, como exemplo a glicose. Sem a presença de um agente antiglicolítico, a concentração de glicose no sangue diminui aproximadamente 10 mg/ dL (0,56 mmol/L) por hora, a 25 °C. Errado. 013. (2010/CESPE/INCA/ANÁLISES CLÍNICAS) Considerando os aspectos de preparo, cole- ta e transporte de amostras referentes análises clínicas, julgue o item a seguir. Para dosagens séricas de cálcio, potássio e lactato o paciente não deve realizar movimentos de abrir e fechar a mão depois de colocado o garrote. Abrir e fechar o punho é inapropriado antes da venipuntura, pois provoca o aumento de potás- sio, reduz o pH sanguíneo e aumenta o cálcio ionizado. Certo. 014. (2014/CESPE/FUB/ANÁLISES CLÍNICAS) Um paciente de trinta e cinco anos apresen- tou-se em laboratório de análises clínicas portando solicitação médica para a realização de di- versos exames, tais como EAS, dosagem sérica de sódio, potássio, ureia e creatinina, dosagem de albumina sérica e dosagem de aspartato aminotransferase (AST) e alanina aminotransfera- se (ALT) e o técnico do laboratório procedeu a coleta do material necessário. Considerando a situação hipotética acima, julgue o item. Após a coleta do sangue dopaciente, a fração contendo células deve ser separada da fração líquida, que pode ser chamada de soro ou plasma, indistintamente. O soro é definido como a parte líquida do sangue que permanece após ter concluído a coagu- lação; é o espécime de escolha para muitas análises, incluindo os testes de rastreio virais e eletroforese de proteínas. Enquanto o plasma é definido como componente não celular do sangue total não coagulado, tem sido utilizado cada vez mais para testes de rotina química, pela sua habilidade de centri- fugar imediatamente a amostra sem esperar pela coagulação, diminuindo o tempo de espera. Errado. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 34 de 53www.grancursosonline.com.br Coleta de Sangue e demais Espécimes Clínicos BIOQUÍMICA Pollyana Lyra 015. (2016/IBFC/EBSERH/BIÓLOGO) Assinale a alternativa que apresenta uma das causas de hemólise de amostra de sangue in vitro: a) Falta de homogeneização do tubo de coleta b) Transporte da amostra em temperatura ambiente c) Coleta do sangue com seringa e agulha d) Coleta traumática e demorada e) Coleta em tubo de plástico Coleta traumática e demorada pode causar hemólise in vitro. a) Errada. Não é causa de hemólise. Homogeneização garante uma solução única entre san- gue e o anticoagulante. b) Errada. Transporte em temperatura ambiente não é causa de hemólise, temperaturas extre- mas podem causar hemólise. c) Errada. Uso de agulha e seringa de calibres adequados não causam hemólise. e) Errada. Coleta em tubo de plástico é melhor recomendada do que o de vidro. Letra d. 016. (2013/LAFEPE/AUXILIAR DE LABORATÓRIO) Na coleta de sangue para a sorologia, de- vem-se utilizar, preferencialmente, tubos de coleta com a) EDTA. b) gel inerte. c) citrato. d) fluoreto de sódio. e) heparina. Gel inerte – Determinações sorológicas. a) Errada. EDTA (ácido etilenoaminotetracético) útil para exames hematológicos, em isolamen- to do DNA genomico, determinações qualitativa e quantitativa de técnicas moleculares. c) Errada. Usado para estudos da coagulação. d) Errada. Usado como inibidor glicolítico. e) Errada. Utilizado para testes de químicas e hematologia. Letra b. 017. (2018/PREFEITURA DE FORTALEZA/TÉCNICO DE LABORATÓRIO) Em um soro hemo- lisado, qual dos analitos abaixo não deve ser dosado? a) ferro. b) potássio. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 35 de 53www.grancursosonline.com.br Coleta de Sangue e demais Espécimes Clínicos BIOQUÍMICA Pollyana Lyra c) cloro. d) magnésio. O potássio aumenta no soro hemolisado. a) Errada. O Fe não está relacionado ao soro hemolisado. c) Errada. Cloro não está relacionado ao soro hemolisado. d) Errada. O Mg não está relacionado ao soro hemolisado. Letra b. 018. (2018/AOCP/PREFEITURA DE BELÉM) O exame parcial de urina deve ser realizado de maneira preferencialmente imediata para que se possa ter o resultado mais fidedigno possível. Sobre a coleta desse exame, é necessário orientar os pacientes ambulatoriais, com condições de coleta por micção espontânea, que a coleta ocorra de qual forma? a) Deve ser introduzida sonda vesical de demora e coletada a urina após 24 horas. b) Deve ser coletado o jato médio da primeira urina da manhã. c) Deve ser coletada a porção final da última urina do dia. d) Deve ser coletado o jato inicial da primeira urina da manhã. O jato médio da primeira urina da manhã é o mais indicado, pois sua concentração de analitos é boa e há diminuição da contaminação da microbiota local. a) Errada. Indicada para pacientes que estão internados. c) Errada. No final da última urina do dia, a urina pode não estar concentrada o suficiente. d) Errada. O primeiro jato da manhã pode estar colonizado com a microbiota local. Letra b. 019. (2019/VUNESP/PREFEITURA DE CAMPINAS/SP) Assinale a alternativa correta que contemple a afirmação, correta e respectivamente, sobre o exame de rotina de urina (tipo I ou sumário). “A amostra aleatória de urina pode ser obtida com o intervalo mínimo _____ de hora(s) após a última micção, sem que o indivíduo tenha realizado atividade física intensa nas seis horas precedentes. A _____ é a amostra ideal, por ser mais concentrada, sendo que é recomendada a obtenção do _____ .” a) 1... segunda amostra da manhã... jato médio b) 1... micção pós-prandial... primeiro jato c) 4... micção pós-desjejum... jato final d) 2... primeira amostra da manhã... jato médio O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 36 de 53www.grancursosonline.com.br Coleta de Sangue e demais Espécimes Clínicos BIOQUÍMICA Pollyana Lyra O intervalo mínimo é de 2 horas. A amostra ideal é a primeira urina da manhã, jato médio. a) Errada. A amostra aleatória deve ter no mínimo 2 horas de intervalo da última micção. E a amostra ideal é a primeira da manhã, jato médio. b) Errada. A amostra aleatória não precisa ser pós-prandial, com intervalo mínimo de 2 horas da ultima micção. E a amostra ideal é a primeira amostra da manhã, jato médio. c) Errada. O intervalo ideal para a amostra aleatória é de 4 horas. E a amostra ideal é a primeira amostra da manhã, jato médio. Letra d. 020. (2014/EEAR/AERONÁUTICA) É o método de conservação mais usado, capaz de evitar decomposição bacteriana da urina, pelo período de uma noite. a) refrigeração b) autoclavação c) congelamento d) conservação em local arejado A refrigeração é a mais indicada como forma de preservação da amostra. b) Errada. Não conserva a amostra de urina. c) Errada. Pode deteriorar alguns analitos da urina. d) Errada. Em temperatura ambiente pode haver degradação de alguns analitos, aumentar o crescimento bacteriano, reduzir glicose. Letra a. 021. (2019/EEAR/AERONÁUTICA) A urina é um ultrafiltrado do plasma e fica armazenada na bexiga. Quando se deseja uma amostra estéril de urina, o procedimento de escolha para coleta é a)primeira amostra da manhã. b)aspiração suprapúbica. c)amostra de 24 horas. d) prova de Valentine. Aspiração suprapúbica para obtenção de uma urina estéril. a) Errada. A primeira amostra da manhã não é um amostra estéril. c) Errada. Amostra de 24h é indicada para clearance de creatinina. d) Errada. Dindiaca para avaliar infecções de próstata. Letra b. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 37 de 53www.grancursosonline.com.br Coleta de Sangue e demais Espécimes Clínicos BIOQUÍMICA Pollyana Lyra 022. (2017/QUADRIX/PROFESSOR/BIOMEDICINA) Acredita-se que o exame de urina foi o primeiro exame de diagnóstico laboratorial. A avaliação da urina pelos médicos sumérios e babilônios foi documentada em placas de argila que datam por volta de 4.000 a.C. Culturas hindus tinham o conhecimento de que a urina de alguns pacientes tinha sabor adocicado e atraía formigas. Internet: <https://barcelonaprosics.files.wordpress.com>(com adaptações). Tendo em vista a importância do exame de urina para o diagnóstico ou prognóstico de altera- ções fisiológicase patológicas, julgue o item subsequente. A urina muito pálida ou incolor pode estar relacionada ao consumo elevado de líquidos, medi- camentos diuréticos, café, bebida alcoólica ou, até mesmo, a doenças, como a diabetes melito. Urina pálida significa urina bem diluída com a ingesta de grande quantidade de líquidos, ca- racterística dos medicamentos diuréticos e também diabetes melitos que tem como sintoma a poliúria. Certo. 023. (2018/CESPE/EBSERH) Julgue o item que se segue, com relação a uroanálise e técnicas bioquímicas usadas para diagnóstico. Ao chegarem ao laboratório, as amostras de urina podem permanecer em temperatura am- biente por, no máximo, 4 horas até serem analisadas. A amostra deve ser analisada em até 2 horas após a coleta. Caso não seja possível, ela deve ser refrigerada em temperatura de 2º a 8ºC. Errado. 024. (2018/PREFEITURA DE FORTALEZA/BIOQUÍMICO) Sobre o sumário de urina, assinale V para verdadeiro e F para falso e, em seguida, assinale a opção correspondente à sequência correta de preenchimento de cima para baixo. I – ( ) A melhor amostra para a análise do sedimento é a de 24 horas por ser mais concentrada. II – ( ) Qualquer número de unidades formadoras de colônia (UFC) é indicativo de infec- ção urinária. III – ( ) Uma amostra de urina recém-emitida por um paciente saudável pode ter qualquer valor de pH. a) V, V, V. b) F, V, F. c) V, F, V. d) F, F, F. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 38 de 53www.grancursosonline.com.br Coleta de Sangue e demais Espécimes Clínicos BIOQUÍMICA Pollyana Lyra I – Falso. A melhor amostra para sedimento é a primeira urina da manhã, jato médio. II – Falso. A infecção urinária é caracterizada pelo crescimento bacteriano de pelo menos 105 unidades formadoras de colônias por ml de urina (100.000 ufc/ml), colhida em jato médio e de maneira asséptica. III – Falso. O pH da urina de paciente saudável é levemente ácido (5,5 – 6,5). Letra d. 025. (2018/PREFEITURA DE FORTALEZA/BIOQUÍMICO) Em pacientes com diabetes insipi- dus, a urina apresenta-se com: a) volume e densidade aumentados. b) volume e densidade diminuídos. c) volume menor e densidade maior. d) volume maior e densidade menor. Pacientes com Diabetes Insipidus apresentam uma poliúria (aumento da excreção urinária) com densidade reduzida, pois não há glicose na urina. Letra d. 026. (2018/CESPE/FUB/ANÁLISES CLÍNICAS) Com relação a procedimentos técnicos necessários para a coleta de amostras e execução de exames laboratoriais, julgue o item que se segue. A coleta de amostras de urina deve ser realizada preferencialmente no laboratório, para dimi- nuir índices de contaminação e evitar que o transporte das amostras em condições inadequa- das de temperatura propicie o crescimento rápido de colônias, que podem gerar dados equivo- cados e resultados falsos positivos. Pode ser coletado na residência do paciente com os seguintes cuidados: coletar a primeira urina da manhã após higienização das genitálias, jato médio, em frasco limpo e seco, levar ao laboratório em 2h após a coleta (podendo ser refrigerado. Refrigeração 2º-8ºC) Certo. 027. (2018/CESPE/TÉCNICO DE LABORATÓRIO) Comparando-se a primeira urina coletada pela manhã a uma coletada aleatoriamente ao longo do dia, a primeira apresentará uma amos- tra mais concentrada que a segunda e com pH um pouco menor. A primeira amostra da manhã é a mais concentrada e o pH é levemente ácido, pois não houve interferência de alimentos e líquidos. Certo. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 39 de 53www.grancursosonline.com.br Coleta de Sangue e demais Espécimes Clínicos BIOQUÍMICA Pollyana Lyra 028. (2020/EEAR/LABORATÓRIO) O termo ‘’ nictúria’’ corresponde a) à cessação do fluxo de urina. b) ao aumento do volume diário de urina. c) ao aumento na excreção noturna de urina. d) à diminuição do volume diário normal de urina. Nictúria é o aumento na excreção noturna de urina. a) Errada. Anúria. b) Errada. Poliúria. d) Errada. Oligúria. Letra d. 029. (2019/NC/UFPR/FARMÁCIA BIOQUÍMICA) Uma urina coletada de manhã e processada apenas no fim da tarde, sem adequada conservação, pode apresentar valores falsamente re- duzidos para: a) glicose e bactérias. b) pH e cetonas. c) pH e nitritos. d) glicose e cetonas. A glicose é diminuída pelo consumo bacteriano e as cetonas são diminuídas pela volatização em temperatura ambiente. a) Errada. Diminui a glicose e aumentam as bactérias. b) Errada. Aumenta o pH e diminuem as cetonas. c) Errada. Aumenta o pH e o nitrito. Letra d. 030. (2019/ESSEX/TENENTE FARMÁCIA) Segundo WILLIAMSON, M.A. et al. (2014), a co- procultura de rotina é usada para detectar infecções gastrintestinais causadas por patógenos bacterianos entéricos. Os patógenos de interesse identificados por coprocultura de rotina va- riam um pouco de acordo com o laboratório, mas todos devem ser capazes de detectar espé- cies de Salmonella, Shigella e Campylobacter. Outros patógenos podem ser incluídos, como E. coli produtora de toxina Shiga (STEC), dependendo da prevalência local. A detecção de outros patógenos entéricos exigiria exames complementares especiais. Em relação às instruções es- peciais para coleta e transporte das amostras para a realização da coprocultura, marque abai- xo a alternativa INCORRETA: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 40 de 53www.grancursosonline.com.br Coleta de Sangue e demais Espécimes Clínicos BIOQUÍMICA Pollyana Lyra a) É recomendável coletar três amostras, em dias consecutivos, para a detecção sensível de patógenos entéricos, principalmente quando há riscos de complicações ou maior risco de transmissão de patógenos entéricos, como é o caso de pacientes que manipulam alimentos. b) Não é aceitável a coleta de amostras em papel higiênico nem fraldas. Amostras contamina- das por urina não são aceitáveis. c) É necessário o uso de frascos estéreis para coleta. d) O transporte das amostras ao laboratório deve ser o mais rápido possível. Caso o transporte vá demorar mais de duas horas, é aconselhável usar um meio de transporte, como Cary-Blair. Recomendação em dias consecutivos para maior abrangência de eliminação dos patógenos entéricos. b) Errada. Não deve ser aceitas amostras em fraldas, papéis higiênicos e nem contaminadas com urina. c) Errada. Não é necessário utilizar frascos estéreis, apenas limpos e secos. d) Errada. O meio de transporte para fezes é o Cary-Blair. Letra c. 031. (2018/IBADE/LABORATÓRIO) Para a coleta de escarro, recomenda-se: a) obter preferencialmente entre 1 a 2 mL de escarro em cada frasco, no total. b) fazer a higiene prévia da cavidade oral com creme dental e/ou enxaguante bucal. c) pedir ao paciente para remover prótese dentária,caso tenha, antes de efetuar a coleta. d) orientar que o paciente faça seu desjejum antes de realizar a coleta do escarro. e) entregar o escarro coletado na unidade de saúde em até 6 horas. Para a coleta de escarro, recomenda-se pedir para o paciente retirar a prótese dentária, caso utilize. a) Errada. Deve-se obter 5-10 ml de escarro. b) Errada. Fazer a higienização prévia da cavidade oral apenas com água. d) Errada. Estar em jejum paraevitar restos de alimentos que possam contaminar a amostra. e) Errada. Entregar no laboratório em até 2 horas após a coleta. Letra c. 032. (2018/PREFEITURA DE FORTALEZA/BIOQUÍMICO) Sobre o sêmen, é correto afirmar que: a) o pH é levemente ácido, o que lhe confere o odor característico. b) a viscosidade considerada normal é aquela “em gotas”. c) o tempo normal de dissolução do coágulo deve ser inferior a 3 minutos. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 41 de 53www.grancursosonline.com.br Coleta de Sangue e demais Espécimes Clínicos BIOQUÍMICA Pollyana Lyra d) a contagem do número de espermatozoides sempre deve ser realizada em todo o volume ejaculado não diluído. A viscosidade em forma de gotas é considerada normal. a) Errada. O pH do sêmen é básico (7,2 – 8,0). c) Errada. O tempo de dissolução é de 10-20 minutos. d) Errada. Fazer a contagem na Câmara de Neubauer. Letra b. 033. (2019/EEAR/LABORATÓRIO) O exame de Clearence de creatinina precisa de um escla- recimento minucioso para o paciente, por se tratar de um exame coletado durante um período de 24 horas. Considerando esse texto, analise as afirmativas abaixo. 1 – Primeiro dia – 7 horas da manhã: O paciente urina e descarta toda essa micção. A partir da próxima, o paciente colhe toda a urina nas próximas 24 horas. 2 – Segundo dia – 7 horas da manhã: O paciente urina e adiciona essa micção às outras mic- ções já coletadas. 3 – Primeiro dia – 7 horas da manhã: O paciente urina e coleta essa micção para iniciar o exame. Está correto o que se afirma em a) 1, 2 e 3. b) 2 e 3 apenas. c) 1 e 2 apenas. d) 3 apenas. 1. Correta. No primeiro dia, o paciente urina e descarta toda a micção desse horário e começa a contar a partir da próxima urina. 2. Correta. O paciente deve incluir, no segundo dia, a urina do horário que iniciou do primeiro dia. 3. Incorreta. Não deve ser incluída a primeira urina do primeiro dia. Letra c. 034. (2019/PREFEITURA DE PAULISTANA/BIOQUÍMICO) São recomendações para coleta de amostra de urina para realização de exame de rotina, exceto: a) Coletar jato médio, b) Encaminhar a amostra em até 2 horas após a coleta. c) Identificar o frasco. d) Não há necessidade de realizar assepsia. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 42 de 53www.grancursosonline.com.br Coleta de Sangue e demais Espécimes Clínicos BIOQUÍMICA Pollyana Lyra É necessária a assepsia das genitálias antes da coleta. a) Errada. Amostra ideal. b) Errada. Até 2 horas para análise ou refrigeração. c) Errada. Identificar o frasco e não a tampa, pois pode se perder. Letra d. 035. (2019/IBFC/BIÓLOGO) Referente às técnicas laboratoriais de análise de urina é impor- tante esclarecer com instruções simples e definidas, as recomendações gerais para o preparo dos usuários para a coleta de exames laboratoriais, a fim de evitar o mascaramento de resul- tados laboratoriais. Nesse contexto, analise as afirmativas abaixo e dê valores Verdadeiro (V) ou Falso (F). I – ( ) Para mulheres: evitar a coleta no período menstrual ou após exame de colposcopia ou papanicolau. II – ( ) Beta HCG na urina necessita de coleta de urina de 24 horas mantida refrigerada durante todo o período de colheita, sem conservante. III – ( ) Deve ser colhida em recipiente descartável limpo, seco e, no caso das uroculturas, tam- bém deve ser estéril. IV – ( ) Primeira amostra da manhã (jato médio): é a amostra ideal para o exame de rotina Urina tipo I. Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de cima para baixo. a) F, V, V, F b) V, F, F, V c) V, F, V, V d) V, F, F, F I – Verdadeiro. O sangue menstrual pode contaminar a amostra de urina, por isso deve ser evitado. II – Falso. O beta HCG precisa ter concentração de pelo menos 4 horas. III – Verdadeiro. EAS pode ser coletado em recipientes não estéreis, mas a urocultura necessita de esterilidade. IV – Verdadeiro. A urina, primeira amostra da manhã, jato médio, é a ideal para o EAS. Letra c. 036. (2018/AOCP/BIOMÉDICO) Uma amostra de urina, quando coletada e deixada para ser realizada após duas horas da coleta, pode apresentar alterações significativas. Dentre as se- guintes opções, qual alteração seria mais provável? 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(2017/IADES/FARMACÊUTICO) Atualmente, tem se tornado comum a declaração de que a fase pré-analítica é responsável por cerca de 70% do total de erros ocorridos nos labora- tórios clínicos que possuem um sistema de controle de qualidade bem-estabelecido. A respei- to do transporte e do manuseio de amostras, assinale a alternativa correta. a) Amostras obtidas em postos de coleta e em unidades captadoras, e que precisem seguir sem centrifugação, devem ser monitoradas durante o transporte, respeitando-se o tempo reco- mendado de seis horas para prevenir danos à amostra. b) A grande maioria das amostras pode ser transportada à temperatura entre 2 ºC e 8 °C. c) Amostras para gasometria devem ser transportadas à temperatura entre 18 ºC e 24 ºC, com tempo máximo de transporte de duas horas. d) O plasma e o soro dos tubos sem gel devem ser removidos da camada celular em até três horas após a coleta da amostra. e) Tubos com gel separador devem ser centrifugados em baixas temperaturas, uma vez que as propriedades de fluxo do gel se relacionam com a temperatura. A refrigeração (2º – 8ºC) é a conservação mais indicada para o transporte de amostras. a) Errada. A maioria das amostras precisa sem transportadas em até duas horas, sem centri- fugação. c) Errada. A transferência dessas amostras para o laboratório deve ser feita colocando o reci- piente para amostras em água gelada, mas de forma a manter a integridade da etiqueta. d) Errada. A separação ocorre com o soro. e) Errada. Para todos os componentes que são termolábeis, o soro e o plasma devem ser sepa- rados dos componentes celulares do sangue com o uso de uma centrífuga clínica refrigerada (40C). Letra b. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 44 de 53www.grancursosonline.com.br Coleta de Sangue e demais Espécimes Clínicos BIOQUÍMICA Pollyana Lyra 038. (2019/CIAAR/FARMACÊUTICO BIOQUÍMICO) No laboratório, o manuseio de alguns ma- teriais oferece risco à saúde e ao meio ambiente. Acidentes podem ser evitados ou minimiza-dos pelo uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e de Proteção Coletiva (EPC). Qual dos equipamentos abaixo é considerado um EPC? a) Luvas b) Óculos de segurança. c) Máscara respiratória. d) Cabine de fluxo laminar. As alternativas A, B e C são exemplos de EPI (Equipamentos de Proteção Individual). A alterna- tiva D é a correta, pois trata-se de um EPC (Equipamento de Proteção Coletiva). Letra d. 039. (2017/PM-MG/ANALISTA DE FARMÁCIA) O líquido cefalorraquidiano é normalmente colhido entre a terceira e a quarta ou entre a quarta e quinta vértebra lombar por meio de pun- ção em três tubos. Embora não se trate de procedimento complicado, exige certas precauções, que compreendem a medida da pressão intracraniana e o emprego de técnica acurada para evitar a introdução de infecção ou a lesão no tecido neural. Em relação ao manuseio da amos- tra, marque a alternativa CORRETA: a) O sobrenadante que sobra depois que cada seção fez suas análises, pode ser usado para outros exames bioquímicos ou sorológicos. b) O tubo número 3 é utilizado na bioquímica, pois a chance de haver substâncias interferentes, como coágulos ou sangue, é menor. c) O tubo número 2 é utilizado para a contagem celular, porque é o menos provável de conter células introduzidas pela punção lombar. d) O tubo número 1 é utilizado para análise microbiológica, pois se houver uma punção traumá- tica, o sangue presente na amostra não influenciará em tal análise. No sobrenadante contém muitos analitos com os quais são possíveis realizar análises bioquí- micas e sorológicas. b) Errada. O tubo de ordem 3 é destinado à contagem celular do LCR. c) Errada. O tubo de ordem 2 é destinado à microbiologia do LCR. d) Errada. O tubo 1 é destinado para análises bioquímicas do LCR. Letra a. 040. (2016/CIAAR/FARMACÊUTICO BIOQUÍMICO) De acordo com a Resolução RDC/ANVISA n. 302 de 13 de outubro de 2005, “o laboratório clínico e o posto de coleta laboratorial devem O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 45 de 53www.grancursosonline.com.br Coleta de Sangue e demais Espécimes Clínicos BIOQUÍMICA Pollyana Lyra manter atualizados e disponibilizar, a todos os funcionários, instruções escritas de biossegu- rança, contemplando no mínimo os seguintes itens. ” I – procedimentos em caso de acidentes. II – manuseio e transporte de material e amostra biológica. III – normas e condutas de segurança biológica, química, física, ocupacional e ambiental. IV – instruções de uso para os equipamentos de proteção individual (EPI) e de proteção cole- tiva (EPC). Estão corretas as afirmativas a) II, III e IV, apenas. b) III e IV, apenas. c) I e III, apenas. d) I, II, III e IV. Todas estão corretas, pois são instruções escritas de biossegurança para os operadores. Letra d. 041. (2016/CESGRANRIO/FARMACÊUTICO/BIOQUÍMICO) No transporte e no armazena- mento do sangue coletado devem ser tomados alguns cuidados. A seguinte dosagem não necessita de proteção contra a ação da luz: a) Bilirrubinas b) Vitamina D c) Betacaroteno d) Vitamina B12 e) Ácido fólico As letras A, C, D e E são degradadas em exposição à luz solar. Na letra B, vitamina D só é ativa no organismo humano pela ação dos rins. Letra b. 042. (2019/NF/UFPR/FARMÁCIA BIOQUÍMICA) A coleta de sangue arterial ou venoso para análise de gases sanguíneos requer cuidados na escolha do material a ser utilizado na coleta, na conservação da amostra e no transporte ao laboratório. Sobre a gasometria arterial, assina- le a alternativa correta. a) A seringa pode ser mantida à temperatura ambiente após a coleta, desde que o tempo entre a coleta e a análise não ultrapasse 2 horas. b) O anticoagulante mais indicado é a heparina de sódio líquida, que não interfere nas dosa- gens de íons. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 46 de 53www.grancursosonline.com.br Coleta de Sangue e demais Espécimes Clínicos BIOQUÍMICA Pollyana Lyra c) O local de punção deve ser comprimido por aproximadamente 1 minuto após a coleta, para evitar hematomas. d) Após a obtenção da amostra, despreza-se a agulha e esgota-se o ar residual antes de se vedar a ponta da seringa. Não pode ser deixado ar residual na seringa. a) Errada. A seringa deve ser mantida na água com gelo e ser transportada em até 30 minutos. b) Errada. Para gasometria, é indicada a heparina liofilizada. c) Errada. A indicação é de até 5 minutos para evitar hematomas. Letra d. 043. (2017/QUADRIX/BIOMEDICINA) Acredita-se que o exame de urina foi o primeiro exa- me de diagnóstico laboratorial. A avaliação da urina pelos médicos sumérios e babilônios foi documentada em placas de argila que datam por volta de 4.000 a.C. Culturas hindus tinham o conhecimento de que a urina de alguns pacientes tinha sabor adocicado e atraía formigas. Internet: <https://barcelonaprosics.files.wordpress.com>(com adaptações). Tendo em vista a importância do exame de urina para o diagnóstico ou prognóstico de altera- ções fisiológicas e patológicas, julgue o item subsequente. Deve-se evitar o uso de substâncias que preservem as amostras de urina, pois essas substân- cias estimulam bactérias a converterem ureia em amônia, fazendo com que a amostra perca CO2 e aumentando o pH da urina. O uso de preservantes da urina impedem o crescimento bacteriano e assim não converte a uréia em amônia, mantendo o CO2 e o pH urinário. Errado. 044. (2003/COMPERVE/FARM. BIOQUÍMICO) A punção do LCR (líquido céfalo- raquidiano) deve ser preferencialmente realizada na região: a) Sacral b) Cervical c) Ventricular d) Lombar As letras A, B e C estão incorretas, pois a punção do LCR é a lombar. A letra D está correta, utiliza-se essa punção entre 3º e 4º vértebra, pois avalia-se a pressão intracraniana e a compo- sição do LCR. Letra d. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 47 de 53www.grancursosonline.com.br Coleta de Sangue e demais Espécimes Clínicos BIOQUÍMICA Pollyana Lyra 045. (2016/UFRPE/PATOLOGISTA CLÍNICO) Qual das análises abaixo é exigido a coleta do sangue em um tubo que contenha fluoreto de potássio e ácido etilenodiamino-tetracético? a) Alanina aminotransferase sérico. b) Ácido úrico sérico. c) Glicose plasmática. d) Colesterol sérico. e) Hemoglobina glicada sérica. As letras A, B, D e E são análises bioquímicas, nas quais devem ser usados a heparina como anticoagulante. A letra C está correta, pois o fluoreto de sódio/potássio deve preservar e inibir os sistemas enzimáticos da glicólise. Letra c. 046. (2016/FUNCAB/ANÁLISES CLÍNICAS) Em qual dos analitos citados abaixo sua dosa- gem no soro exige que seja conservado ao abrigo da luz, para estabilidade de seu nível sérico, após a coleta? a) Bilirrubina b) Cálcio c) Glicose d) Proteínas Totais A Bilirrubina deve ser preservada da luz como da fluorescência, uma vez que pode ser fo- todegradada. b) Errada. Estresse e paciente agitado pode aumentar a concentração de cálcio sérico na hora da coleta. c) Errada. A glicose deve ser coletada em tubo contendo fluoreto de sódio como conservante. d) Errada. Deve ser coletada com o paciente sentado. Letra a. 047. (2008/UFPR/BIOQUÍMICO) A qualidade de uma análise laboratorial inicia com a coleta do materialbiológico e sua correta preservação até o momento da análise. Assinale a alter- nativa que apresenta, respectivamente, a amostra, o meio correto de preservação/aditivo da amostra e a análise a que se destina. a) Sangue total – Heparina – Glicemia. b) Soro – Gel de separação – Coagulação. c) Plasma – Fluoreto – Hemograma. d) Soro – Gel de separação – Sorologia. e) Sangue total – Gel de separação – Hemograma O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 48 de 53www.grancursosonline.com.br Coleta de Sangue e demais Espécimes Clínicos BIOQUÍMICA Pollyana Lyra Soro pode ser usado para a sorologia. a) Errada. Para glicemia, utiliza-se plasma com EDTA e Fluoreto de Sódio b) Errada. Para estudos da coagulação, utiliza-se Citrato de sódio c) Errada. Para hemograma, utiliza-se heparina e EDTA. e) Errada. Para hemograma, utiliza-se heparina ou EDTA. Letra d. 048. (IBFC/EBSERH/Biomédico/2015). Para coleta de amostra de urina para cultura em recém- -nascidos e crianças de pouca idade deve-se: a) usar o saco coletor e trocar o coletor a cada 60 minutos b) realizar punção suprapúbica para evitar contaminação c) hidratar abundantemente e coletar o jato médio da urina em frasco estéril. d) usar o saco coletor e trocar o coletor a cada 30 minutos. Utilizar saco coletor e trocar a cada 30 minutos para evitar contaminação. a) Errada. O saco coletor deve ser trocado a cada 30 minutos. b) Errada. Não deve feita punção suprapúbica. c) Errada. RN e crianças pequenas não devem utilizar frascos de urina. Letra d. 049. (QUESTÃO INÉDITA) A melhor amostra para a cultura de bactérias é: a) Primeira da manhã b) 24 horas c) Aleatória d) Por cateter A primeira urina da manhã é a mais indicada para a cultura de bactérias, pois houve a concen- tração da urina. b) Errada. A urina de 24 horas é indicada para o Clearence de Creatinina. c) Errada. A amostra aleatória não é indicada, pois pode não ter tempo de concentração sufi- ciente para a amostragem. d) Errada. O cateter já pode estar colonizado com bactérias da flora natural. Letra a. 050. (INSTITUTO PRÓ-MUNICÍPIO/ISGH/2015) Devido à simplicidade de se coletar amostras de urina, normalmente acontece alguma desatenção por parte do paciente. Em relação aos O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 49 de 53www.grancursosonline.com.br Coleta de Sangue e demais Espécimes Clínicos BIOQUÍMICA Pollyana Lyra cuidados durante a coleta, a conservação e o transporte desse tipo de amostra é INCORRETO afirmar que: a) A urina nunca deve ser congelada, pois isso provoca destruição de elementos celulares; b) A conservação mais adequada é a refrigeração (2 a 8 °C). A refrigeração diminui o cresci- mento bacteriano, porém pode aumentar precipitação de cristais; c) Urina coletada em período de 24 horas deve sempre ser armazenada em recipiente com conservante químico. A refrigeração não é adequada, pois promove degradação proteica; d) Após coleta a urina, deve ser processada em até duas horas. Após esse período, ela deve ser refrigerada ou adicionado conservante adequado. A urina de 24 horas não pode ter conservante químico, pois inviabiliza a amostragem do analito. a) Errada. O congelamento da urina não deve ser feito. b) Errada. A refrigeração diminui o crescimento bacteriano. d) Errada. Até 2 horas para o processamento da urina, mantida em temperatura ambiente. Letra c. 051. (2019/CIAAR/FARMACÊUTICO BIOQUÍMICO) O sangue para análise é obtido de veias, artérias ou capilares. No entanto, o sangue venoso é geralmente a amostra preferencial. A respeito da venopuntura, analise as asserções a seguir e a relação proposta entre elas. I – A venopuntura pode ser realizada em um paciente sentado ou em pé. II – a venopuntura de uma paciente submetida à dupla mastectomia, há menos de 6 meses, deve ser realizada em uma veia no dorso da mão ou do tornozelo. Sobre essas asserções, é correto afirmar que a) a primeira é uma afirmação falsa e a segunda, verdadeira. b) a primeira é uma afirmação verdadeira e a segunda, falsa. c) as duas são verdadeiras, mas não estabelecem relação entre si. d) as duas são verdadeiras, e a segunda é uma justificativa correta da primeira. I – Incorreta. A venopunção deve ser feita com o paciente sentado ou, em último caso, deitado, na posição decubital. Em pé pode causar hemodiluição dos componentes sanguíneos. II – Correta. A mastectomia causa linfostase, o que prejudica a venopunção, portanto deve ser feita nas mãos ou tornozelos. Letra a. 052. (2018/CSM MARINHA/FARMÁCIA) De acordo com a RDC n. 222/2018, as agulhas e o conjunto seringa-agulha utilizadas na aplicação de vacinas, quando não desconectadas, de- vem atender às regras de manejo dos resíduos de serviço de saúde da classe: a) A O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 50 de 53www.grancursosonline.com.br Coleta de Sangue e demais Espécimes Clínicos BIOQUÍMICA Pollyana Lyra b) B c) C d) D e) E E – correta – manejo de resíduos perfurocortantes/escarificantes. a) Errada. Manejo de resíduos de risco biológico. b) Errada. Manejo de resíduos químicos. c) Errada. Manejo de resíduos radionucleotídeos. d) Errada. Manejo de resíduos domésticos. Letra e. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 51 de 53www.grancursosonline.com.br Coleta de Sangue e demais Espécimes Clínicos BIOQUÍMICA Pollyana Lyra GABARITO 1. V-V-V 2. b 3. d 4. d 5. d 6. c 7. a – b – b – a – b 8. 3 – 1 – 4 – 2 9. a 10. 3 – 5 – 4 – 2 – 1 11. E 12. E 13. C 14. E 15. d 16. b 17. b 18. b 19. d 20. a 21. b 22. C 23. E 24. d 25. d 26. C 27. C 28. d 29. d 30. c 31. c 32. b 33. c 34. d 35. c 36. d 37. b 38. d 39. a 40. d 41. b 42. d 43. E 44. d 45. c 46. a 47. d 48. d 49. a 50. c 51. a 52. e O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 52 de 53www.grancursosonline.com.br Coleta de Sangue e demais Espécimes Clínicos BIOQUÍMICA Pollyana Lyra REFERÊNCIAS Araújo, Maria Rita E. Hemocultura: recomendações de coleta, processamento e interpretação dos resultados. J. Infect. Control 2012. Manual de Vigilância Sanitária Sobre o Transporte de Material Biológico Humano para fins de Diagnóstico Clínico. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), 2015. Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial. Exame de urina de rotina. Co- leta de urina de 24 horas. In: Gestão da fase pré-analítica. Rio de Janeiro (Brasil); 2010. HENRY, John Bernard. Diagnósticos Clínicos e Tratamento por Métodos Laboratoriais. 20. ed. São Paulo (SP): Manole, 2008. xvii,1734p. ISBN 9788520415115. Número de Chamada: 616.006.2 D536 20.ed. Sociedade Brasileira de PatologiaClínica/Medicina Laboratorial. Exame de urina de rotina. Co- leta de urina de 24 horas. In: Gestão da fase préanalítica. Rio de Janeiro (Brasil); 2010. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br Pollyana Lyra Farmacêutica, Especialista em Farmacologia, Professora Universitária e Analista da Fundação Hemocentro de Brasília. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. Apresentação Coleta de Sangue e demais Espécimes Clínicos 1. Coleta de Sangue e Demais Espécimes Clínicos Coleta de Sangue (Flebotomia) 2. Recebimento de Materiais Biológicos, Manuseio, Triagem, Transporte 3. Processamento, Acondicionamento, Armazenamento, Conservação das Amostras Questões de Concurso Gabarito Referências AVALIAR 5: Página 53: