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Modelagem Plana (UniFatecie)

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Prévia do material em texto

Modelagem 
Plana
Professora Me. Natani Aparecida do Bem
Reitor 
Prof. Ms. Gilmar de Oliveira
Diretor de Ensino
Prof. Ms. Daniel de Lima
Diretor Financeiro
Prof. Eduardo Luiz
Campano Santini
Diretor Administrativo
Prof. Ms. Renato Valença Correia
Secretário Acadêmico
Tiago Pereira da Silva
Coord. de Ensino, Pesquisa e
Extensão - CONPEX
Prof. Dr. Hudson Sérgio de Souza
Coordenação Adjunta de Ensino
Profa. Dra. Nelma Sgarbosa Roman 
de Araújo
Coordenação Adjunta de Pesquisa
Prof. Dr. Flávio Ricardo Guilherme
Coordenação Adjunta de Extensão
Prof. Esp. Heider Jeferson Gonçalves
Coordenador NEAD - Núcleo de 
Educação à Distância
Prof. Me. Jorge Luiz Garcia Van Dal
Web Designer
Thiago Azenha
Revisão Textual
Beatriz Longen Rohling
Carolayne Beatriz da Silva Cavalcante
Geovane Vinícius da Broi Maciel
Kauê Berto
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Diagramação
André Dudatt
2021 by Editora Edufatecie
Copyright do Texto C 2021 Os autores
Copyright C Edição 2021 Editora Edufatecie
O conteúdo dos artigos e seus dados em sua forma, correçao e confiabilidade são de responsabilidade 
exclusiva dos autores e não representam necessariamente a posição oficial da Editora Edufatecie. Permi-
tidoo download da obra e o compartilhamento desde que sejam atribuídos créditos aos autores, mas sem 
a possibilidade de alterá-la de nenhuma forma ou utilizá-la para fins comerciais.
 
 Dados Internacionais de Catalogação na Publicação - CIP 
 
B455m Bem, Natani Aparecido do 
 Modelagem plana / Natani Aparecida do Bem. 
 Paranavaí: EduFatecie, 2022. 
 149 p.: il. Color. 
 
 
 
1. Desenho de moda. 2. Trajes. 3. Moda - Estilo. 4. Vestuário. 
5. Roupas – Confecção – Moldes. I. Centro Universitário UniFatecie. 
II. Núcleo de Educação a Distância. III. Título. 
 
 CDD: 23 ed. 746.92 
 Catalogação na publicação: Zineide Pereira dos Santos – CRB 9/1577 
UNIFATECIE Unidade 1 
Rua Getúlio Vargas, 333
Centro, Paranavaí, PR
(44) 3045-9898
UNIFATECIE Unidade 2 
Rua Cândido Bertier 
Fortes, 2178, Centro, 
Paranavaí, PR
(44) 3045-9898
UNIFATECIE Unidade 3 
Rodovia BR - 376, KM 
102, nº 1000 - Chácara 
Jaraguá , Paranavaí, PR
(44) 3045-9898
www.unifatecie.edu.br/site
As imagens utilizadas neste
livro foram obtidas a partir 
do site Pexels.
AUTORA
Professora Me. Natani Aparecida do Bem
● Mestre em Tecnologias Limpas e Sustentabilidade Ambiental pela UniCesumar 
(Universidade Cesumar).
● Bacharel em Moda (UniCesumar)
● Especialista em Moda, produto e comunicação (Unifamma).
● Especialista em Design Thinking e Criatividade nas Organizações (Universo 
EAD Unicesumar).
● Professora do curso de Moda da Universidade Estadual de Maringá - UEM, 
Campus Regional Cianorte.
CURRÍCULO LATTES: http://lattes.cnpq.br/2806759904471569 
Ampla experiência em produção de moda, consultoria e desenvolvimento de 
produtos. Desenvolvimento de pesquisas na área de tecnologia, sustentabilidade e moda. 
Atuação docente na modalidade EAD e presencial.
APRESENTAÇÃO DO MATERIAL
Seja muito bem-vindo(a)!
Prezado (a) aluno (a), se você está se questionando a respeito desta disciplina, 
proponho, junto com você, construir um novo conceito acerca da modelagem. Além de 
conhecer os principais conceitos e definições das mais diversas aplicações da modelagem 
no universo da moda, transformando o desenho em produtos.
Na unidade I vamos iniciar pela introdução aos conceitos da modelagem, quais são 
os materiais essenciais, os moldes básicos, e as normas técnicas utilizadas na construção 
dos moldes. Este conhecimento é necessário para que possamos trabalhar a interpretação 
e o desenvolvimento de novos modelos, que será abordado na próxima unidade.
Já na unidade II você irá saber mais sobre o desenvolvimento de moldes femininos. 
Para isso, vamos realizar diferentes modelos construídos a partir de um molde base e, por 
fim, utilizar a transposição de pences para o desenvolvimento de uma modelagem criativa.
Na sequência, na unidade III vamos tratar especificamente da modelagem masculi-
na, com a concepção de moldes básicos dos produtos mais utilizados neste segmento. Ao 
longo da unidade IV, vamos finalizar o conteúdo da disciplina com a construção de moldes 
infantis, que partem do princípio da modelagem adulta com adequação às diferenças do 
corpo e tamanho.
Aproveito para reforçar o convite a você, para aprofundar o aprendizado da aplicação 
da modelagem no desenvolvimento de um produto de moda, por meio da vestibilidade da 
peça. Esperamos contribuir com conhecimento para o seu crescimento pessoal e profissional.
Muito obrigada e bom estudo!
SUMÁRIO
UNIDADE I ...................................................................................................... 3
Introdução à Modelagem Plana
UNIDADE II ................................................................................................... 47
Desenvolvimento de Moldes Femininos
UNIDADE III .................................................................................................. 93
Desenvolvimento de Moldes Masculinos
UNIDADE IV ................................................................................................ 124
Desenvolvimentos de Moldes Infantis
3
Plano de Estudo:
● Instrumentos e Materiais;
● Tabela de Medidas;
● Construção de Moldes Básicos Femininos;
● Construção da Base da Blusa e Manga.
Objetivos da Aprendizagem:
● Conceituar e contextualizar os princípios básicos da modelagem plana;
● Compreender os tipos de segmento moldes básicos;
● Estabelecer a importância da tabela de medidas e normas técnicas.
UNIDADE I
Introdução à Modelagem Plana
Professora Me. Natani Aparecida do Bem
4UNIDADE I Introdução à Modelagem Plana
INTRODUÇÃO
Olá, caro(a) aluno(a), a partir de agora iniciaremos nossa jornada nos estudos de 
modelagem! Você irá vivenciar o quão gratificante é ver o produto que está no papel sendo 
transformado em uma forma, ou seja, a roupa. 
A modelagem é considerada um dos estágios mais importantes do processo 
produtivo, devido englobar toda a concepção e viabilização do projeto do estilista para 
transformá-lo em molde.
Faz parte do trabalho do modelista conhecer aspectos da moda, assim como o esti-
lista, pois isso irá contribuir para o desenvolvimento de um trabalho de excelência, além de 
conhecer os maquinários e também o processo produtivo. Portanto, se faz necessário estar 
sempre atento(a) às novidades do setor, além claro, de ter senso estético e ser dinâmico 
para estar sempre em sintonia com a equipe de estilo.
Ao longo dos estudos, você verá que existem várias técnicas para execução da mo-
delagem, estas, que surgiram ao longo dos anos para suprir as necessidades das indústrias. 
Podendo variar desde algo mais elaborado e demorado, até às execuções mais rápidas. 
Mas, cabe ressaltar que não existe uma técnica que atenda a todas as formas, 
portanto, não há certa ou errada, e sim aquela que irá contribuir para o desenvolvimento de 
peças de fácil identificação e produção.
Aqui, você verá como desenvolver uma peça de forma simples e objetiva, de modo 
que uma boa modelagem venha a atender ao público com produtos que valorize o corpo, 
vista bem e, possa ser produzida de forma eficiente e com o mínimo de desperdício. 
Boa leitura!
5UNIDADE I Introdução à Modelagem Plana
1. INSTRUMENTOS E MATERIAIS
1.1 Materiais básicos
Para executar a modelagem plana de forma manual, são necessários alguns instru-
mentos e materiais que irão facilitar e dar precisão ao trabalho do(a) modelista.
O quadro a seguir, aborda os principais materiais utilizados no desenvolvimento de 
moldes em papel, na técnica de modelagem plana (bidimensional).
QUADRO 1 – MATERIAIS BÁSICOS PARA MODELAGEM PLANA
Lápis HB ou lapiseira (0.7mm 
ou 0.9mm)
Utilize o lápis sempre bem apontado, ou então adquira uma lapiseira, 
para que o traço estejasempre muito preciso e limpo.
Borracha Utilize borrachas macias que evitem borrões e manchas no papel.
Papel 40g/m2 e 180g/m2 Utilize papel de baixa gramatura (maleáveis) para o desenvolvimento 
de moldes ainda em fase de teste. Após aprovados, recomenda-se 
transpor o molde em um papel mais rígido, para evitar rasgos, princi-
palmente nos moldes básicos.
Régua 60cm Utilize réguas com graduação em cm, independente do material que 
escolher. Recomenda-se o uso das réguas em acrílico ou metal devido 
à precisão e ao fato de não rachar ou entortar, no caso da madeira.
Jogo de esquadro
(45º e 90º)
Recomenda-se o uso de esquadros grandes e com graduação em cm. 
São essenciais na modelagem, pois todo molde se inicia com um ân-
gulo de 90º.
Régua de Alfaiate Também conhecida como curva de alfaiate, ou curva de quadril, auxilia 
nas curvas longas como: traçado de entrepernas, quadril, cinturas, bar-
ras, entre outros.
6UNIDADE I Introdução à Modelagem Plana
Carretilha Ferramenta utilizada para fazer a transferência dos moldes, entre ou-
tras marcações, como as pences.
Curva Francesa 
(Modelo 1118)
Assim como os esquadros, essa régua é essencial para o traçado de 
um molde. Com ela são traçadas as curvas não pronunciadas como: 
decotes, cavas, cabeça de manga, entre outros. Recomenda-se o Mo-
delo 1118 em tamanho grande, por atender a diversos tamanhos de 
curvas.
Tesoura Utilize uma tesoura de bom corte e tamanho médio para cortar os mol-
des. Recomenda-se que o uso da tesoura seja exclusivo para o papel.
Picotador Também conhecido como alicate de “picote”, é uma ferramenta opcio-
nal para adquirir. Ela realiza os piques e limites de costura no molde, 
que também podem ser feitos com o auxílio da tesoura.
Fita adesiva Dê preferência para a fita crepe, pois não danifica o papel caso seja 
necessária a remoção. Também é usada para fixar o papel na mesa 
durante o traçado do molde.
Fita métrica Utilize fitas de boa qualidade, com graduação em cm. Ela é utilizada 
para aferir as medidas em caso de molde sob medida, e também na 
conferência do traçado da modelagem, atuando em conjunto com a 
régua e os esquadros.
Calculadora Ferramenta utilizada para agilizar e dar precisão aos cálculos, uma vez 
que, na modelagem, a matemática está sempre presente.
Fonte: A autora (2021).
Agora que você já conhece os materiais utilizados na modelagem plana, convido 
você a adquiri-los para que possa desenvolver os moldes propostos ao longo das unidades, 
e assim obter o conhecimento acerca do traçado da modelagem plana.
1.2 Estrutura de tecidos
Um dos materiais mais importantes do trabalho de um(a) modelista é o tecido, pois 
é a partir dele que o produto chegará ao resultado final, a peça do vestuário.
Na modelagem, além do domínio das técnicas de execução dos moldes, ter conhe-
cimento acerca dos tecidos fará com que você atenda as especificidades de cada modelo, 
e com isso o resultado final da modelagem será satisfatório.
O desempenho e característica de cada tecido está relacionado às propriedades 
das fibras têxteis - matéria-prima do tecido. Essas fibras, são classificadas em três grandes 
grupos: as fibras naturais, artificiais e sintéticas (Figura 1), que resultam em diferentes tipos 
de tecidos, para aplicações no vestuário ou em outro setor da indústria (KUASNE, 2008).
7UNIDADE I Introdução à Modelagem Plana
FIGURA 1 – CLASSIFICAÇÃO DAS FIBRAS TÊXTEIS
Fonte: Adaptado de Kuasne (2008).
Entre as fibras naturais, segundo Kuasne (2008), o algodão é a mais utilizada na 
indústria do vestuário, devido ao fato de ser usado há mais de 7.000 anos, está ligado à 
origem mais remota do vestuário e à evolução da produção de artigos têxteis.
Ao contrário das fibras naturais, as fibras sintéticas, segundo Pezzolo (2013), são 
originárias do petróleo e do carvão mineral, foram desenvolvidas no final do século XIX, 
e tiveram seu uso intensificado no setor têxtil ao longo do século XX. Dentre as fibras 
sintéticas, destaca-se o poliéster, considerado a fibra mais barata encontrada no mercado, 
e a que possui maior capacidade de transformação e uso na cadeia têxtil e em outros 
segmentos da indústria.
Os tecidos são classificados a partir de sua configuração estrutural, que se com-
preende no tipo de fibra e fios utilizados e a forma na qual são entrelaçadas que resultaram 
no tecido. Os resultados obtidos a partir das estruturas têxteis devem levar em consideração 
as propriedades mecânicas, a aparência, o caimento e o efeito desejado em relação a sua 
estabilidade, elasticidade e dimensão (AMORIM e DIAS, 2017).
A configuração estrutural das tipologias têxteis é classificada em três principais 
estruturas: o tecido plano, a malha e o não tecido, apresentadas no Quadro 2:
8UNIDADE I Introdução à Modelagem Plana
QUADRO 2 - DEFINIÇÃO DAS ESTRUTURAS TÊXTEIS
Estrutura Ordenação de sentido
P
L
A
N
O
Entrelaçados em um ângulo de 90º, um na vertical (urdume) e um 
na horizontal (trama).
Constituído a partir do entrelaçamento perpendicular de dois conjuntos de fios têxteis, 
trama e urdume. Os fios de urdume no sentido do comprimento do tecido e os fios de 
trama posicionados na largura do tecido. Um terceiro elemento faz parte de sua com-
posição, a ourela, uma pequena faixa localizada nas bordas do tecido ao longo do seu 
comprimento, com cerca de 0,5 a 1 cm de largura, para proporcionar estabilidade ao 
tecido, evitando que ele se desmanche.
Estrutura Ordenação de sentido
M
A
L
H
A
Possui dimensões instáveis e pouco rígidas, 
deformando-se facilmente quando submetida a tensões.
Constituída a partir do entrelaçamento dos fios em séries contínuas de laçadas. Nela, 
os fios se interpenetram e se apoiam no sentido lateral e vertical, e devido a sua estru-
tura, elas são mais elásticas e flexíveis, pois os pontos de ligação dos fios são móveis, 
devido as laçadas deslizarem uma sobre as outras quando tensionadas.
N
Ã
O
T
E
C
I
D
O
Não possuem uma ordenação de sentido e direção.
Construído por estruturas planas, flexíveis e porosas, a partir do acúmulo direto de 
camadas de fibras ou filamentos têxteis, em forma de véu ou manta. Sua formação é 
feita em camadas aglutinadas do material, formando uma combinação das fibras, por 
meio de processos mecânicos, químicos e térmicos.
Fonte: Adaptado de: Pezzolo (2013); Amorim; Dias (2017).
9UNIDADE I Introdução à Modelagem Plana
Considerando as tipologias têxteis apresentadas, observa-se que a definição do 
tipo de tecido a ser fabricado depende do seu processo de construção, que deve levar em 
consideração o efeito desejado do produto, em relação a sua estabilidade, elasticidade e 
dimensão (UDALE, 2015).
Além disso, é importante que você saiba sobre a composição de um tecido que 
acontece por meio do entrelaçamento dos fios de trama e urdume. A trama é o fio que vai 
definir a largura do tecido, passando entre os fios de urdume, no movimento de zigue-zague, 
sendo inserido diversas vezes ao longo da extensão do tecido, até que ele esteja formado.
Já o fio de urdume vai definir o comprimento do tecido, na modelagem é conhecido 
como fio reto. Por fim, a ourela é o acabamento existente nos dois lados do tecido, que 
ficam paralelos aos fios de urdume como uma espécie de costura de reforço, para que o 
tecido não desfie. 
A Figura 2 a seguir, ilustra essas informações, vendo o posicionamento da compo-
sição do tecido sendo visto de cima (A - sobre a mesa) e em pé (B - em exposição).
FIGURA 2 – COMPOSIÇÃO DO TECIDO
Fonte: Duarte, 2019, p. 18.
Para Souza e Menezes (2014), os tecidos são a principal superfície vestível utili-
zada na construção de produtos do vestuário, resultado da junção do material têxtil com a 
modelagem. 
10UNIDADE I Introdução à Modelagem Plana
Para que haja essa integração entre modelagem, material e forma, são necessários 
cinco pontos essenciais que envolvem o peso, espessura, distorção, drapeabilidade – refe-
re-se ao cair do tecido -, elasticidade. Característicasque influenciarão no produto, podendo 
alterar seu aspecto visual e sua estrutura em relação ao corpo vestido (ALDRICH, 2013).
O caimento é uma característica natural de um tecido, pois sempre tende a cair em 
direção ao solo, porém, pode variar de acordo com as características de peso, gramatura, 
elasticidade e composição do tecido (FISCHER, 2010).
Além disso, o caimento pode ser proporcional ao grau de flexibilidade, maleabili-
dade e consistência do tecido, influenciando diretamente na silhueta do produto. Já que o 
movimento produzido no caimento se dá pelo peso do tecido, de acordo com o contato com 
a superfície, sem a interferência de forças externas além da gravidade (SOUZA; ROBERTO 
e ANTUNES, 2016). 
Agora que você já conhece sobre a estrutura dos tecidos, as fibras têxteis mais utili-
zadas na indústria do vestuário, e como ele pode influenciar no caimento de uma peça, vamos 
conhecer os tipos de caimentos diferentes que uma mesma matéria-prima pode apresentar.
Vamos começar com a disposição do molde sobre o tecido e a leitura que deve ser 
feita a partir do fio. Mas, você deve estar se questionando, o que é o fio? E porque devo 
saber essas informações?
Pois bem, o fio é a linha central contida nas partes de um molde que compõem um 
modelo. Essa linha, indica a posição que o molde deve ser cortado em relação à ourela do 
tecido. O fio do molde é sempre paralelo à ourela.
FIGURA 3 - PROJEÇÃO DO MOLDE SOBRE O TECIDO
11UNIDADE I Introdução à Modelagem Plana
LEGENDA:
1 - Projeção em fio reto: proporciona caimento firme, mas não rígido. É a projeção 
mais utilizada em diferentes segmentos. Aqui, o fio de urdume está perpendicular ao solo.
2 - Projeção em fio atravessado: proporciona caimento mais armado. É pouco uti-
lizado, pois pode apresentar defeitos após lavagem da peça. Neste caso, o fio da trama é 
perpendicular ao solo.
3 - Projeção em viés: proporciona caimento com leveza. É a projeção indispensável 
para contornar a peça no corpo, mesmo quando ela não é justa. Aqui, o fio está em um ângulo 
de 45º da trama e urdume, perpendicular ao solo.
Fonte: JENCK et al., 2019.
Perceba, que nos três casos apresentados na imagem há apenas a rotação do molde, 
o fio, sempre é traçado reto (ângulo de 90º) conforme a projeção pensada para a peça. Lem-
bre-se de que o fio é essencial para o caimento da peça, portanto, ele deve chamar atenção e 
ser traçado em toda extensão do molde.
Agora que você já sabe sobre como é feita a projeção dos moldes sobre o tecido, e 
a importância do fio do molde, convido você a relembrar um conteúdo essencial para o bom 
desenvolvimento da modelagem, a matemática e a geometria básica.
1.3 Matemática e geometria básica
Estamos a poucos passos de iniciar o traçado dos moldes, para isso, é necessário 
relembrar alguns conceitos básicos, antes de iniciar a modelagem.
Para desenvolver a modelagem plana esteja atento(a) aos princípios da geometria bá-
sica. Dentre princípios da geometria, você irá se deparar com o uso de linhas, pontos e ângulos.
A palavra enquadramento será muito utilizada, este termo se refere a combinação de 
duas retas (horizontal e vertical) perpendiculares, que irão formar o ângulo de 90º (FIGURA 4).
FIGURA 4 - ELEMENTOS DA GEOMETRIA BÁSICA PRESENTES NOS MOLDES
Fonte: JENCK, 2019 (adaptado).
12UNIDADE I Introdução à Modelagem Plana
No decorrer do material, você já estará familiarizado(a) com o uso destes elemen-
tos, pois eles irão aparecer com frequência. Já em relação aos ângulos, você deverá utilizar 
o esquadro para traçá-los com precisão. Lembre-se que para a sua construção, podem ser 
utilizados os polígonos compostos por três ângulos, sendo: 
Triângulo isósceles (2 lados iguais e 1 diferente), para traçar ângulos de 45º e 90º.
Triângulo escaleno (3 lados diferentes), para traçar ângulos de 30º, 60º e 90º.
Mas, você deve estar se perguntando, e se eu não tiver acesso a um esquadro, 
é possível encontrar os ângulos mais usados na modelagem, que são 45º e 90º? Sim, 
é possível! Para isso, estabeleça uma medida em centímetros para a construção de um 
quadrado, conforme ilustrado na figura a seguir.
FIGURA 5 - ENCONTRANDO O ÂNGULO DE 90º E 45º COM A RÉGUA
Fonte: A autora (2021).
13UNIDADE I Introdução à Modelagem Plana
Além dos elementos de geometria básica iremos utilizar outras informações matemá-
ticas, para execução da modelagem como é o caso do perímetro de um círculo utilizado na 
construção das saias godês por meio da medida da cintura, dividida pelo número de π (3,14).
Além disso, as frações estão presentes na confecção de grande parte dos modelos, 
vamos recordar? 
1/4 de 98cm é: 
1/2 de 86cm é:
2/3 de 39cm é:
1/6 de 47cm é: 
3/4 de 98cm é:
Lembre-se que para realizar o cálculo, é feita a multiplicação do número pelo nume-
rador, e a divisão pelo denominador, exemplo:
¼ de 98cm = 98x1=98 / 984= 24,5cm 
 ⅔ de 39cm= 39x2=78 / 783=26cm
¼ 1 - numerador ⅔ 2 - numerador
 4 - denominador 3 - denominador
1.4 Informações essenciais dos moldes
Antes de iniciarmos a confecção dos moldes, é necessário compreender quais 
são as informações essenciais que devem estar presentes nas modelagens executadas e 
também quais são os tipos de moldes existentes.
Iniciaremos falando dos tipos de moldes existentes na modelagem plana, segundo 
Duarte (2020), temos 3 tipos:
● Diagrama - estrutura em que o molde é construído, seu desenvolvimento é repleto 
 de linhas e marcações que orientam as medidas e locais do corpo planificado para 
 o(a) modelista.
14UNIDADE I Introdução à Modelagem Plana
FIGURA 6 - DIAGRAMA DA BLUSA FEMININA (FRENTE)
Fonte: Duarte (2020, p. 44).
● Molde base - a partir desse molde é feito o desenvolvimento de modelo, eles 
são construídos com medidas padronizadas, de acordo com o público alvo.
FIGURA 7 - BASE DA BLUSA FEMININA (FRENTE)
Fonte: Duarte (2020, p. 40).
Molde de trabalho - neles são realizadas as interpretações de modelo, ou seja, a 
partir da cópia da base, são realizadas modificações conforme o modelo que será trabalhado.
15UNIDADE I Introdução à Modelagem Plana
FIGURA 8 - MOLDE DE TRABALHO (INTERPRETAÇÃO DE MODELO) - 
BLUSA FEMININA (FRENTE)
Fonte: Duarte (2020, p. 105).
Ao desenvolver estes moldes, é importante que os mesmos obedeçam às especifi-
cações técnicas da modelagem, sem alterações. Essas especificações são:
 ► Parte do molde (frente, costas, bolso, forro, revel, gola, etc);
 ► Modelo (calça, camiseta, regata, sala, bermuda, vestido, etc);
 ► Tamanho;
 ► Sentido do fio (indicação feita através de uma linha reta);
 ► Número de vezes que a peça deverá ser cortada;
 ► Piques de margens de costura;
 ► Código do produto (código dado pela indústria para identificação do produto);
 ► Coleção (verão, alto verão, inverno);
 ► Gênero (masculino, feminino, infantil);
 ► Modelista (nome do responsável pela execução deste conjunto de moldes);
 ► Data (data da confecção do conjunto de moldes);
 ► Gabarito (normalmente utilizado em bolsos);
 ► Marcações (pences, etc).
Essas especificações podem variar conforme cada empresa, mas independente-
mente de onde atuar enquanto profissional da área, estabeleça informações principais e 
relevantes para comunicação e identificação do produto dentro do setor produtivo.
16UNIDADE I Introdução à Modelagem Plana
Além das especificações, após a aprovação das peças piloto, é dada às informações 
acerca da margem de costura. Segundo Duarte (2020), a margem de costura pode sofrer va-
riações conforme o tecido, o maquinário e o tipo de acabamento que será utilizado no produto. 
Além de haver variações no tamanho da bainha, com as costuras laterais de fechamento.
No quadro a seguir, estão apresentadas as especificações de margem de costura 
conforme o tipo de maquinário.
QUADRO 3 - MARGENS DE COSTURA
Malha
0,5 cm para overloque
1,0 cm para interloque
0,0 cm para aplicação de viés
Tecido plano 1,0 cm para máquina reta e quase todas outrasmáquinas
Camisaria plana 1,5 cm para máquinas de cavas e laterais
Jeans 1,0 cm para máquina interloque
Jeans 1,5 cm para máquina de braço
Alta costura 1,5 a 2,5 cm para máquina reta e costura a mão
Alta costura 1,0 a 1,5 cm para cavas, decotes e partes curvas
Peças esportivas 
(calças e bermudas)
Variam de 0 a 1,5 cm
Fonte: Duarte (2013, p. 62).
Até aqui, você aprendeu sobre alguns aspectos técnicos da modelagem plana e 
como ela pode ser executada, além de conhecer um pouco sobre a matéria prima principal 
do modelista, o tecido.
No próximo tópico, você verá a importância da tabela de medidas, e como traba-
lhar com elas, seja com tabelas desenvolvidas pela indústria, ou com produtos feitos sob 
medida, a partir do processo de obtenção das mesmas no corpo do indivíduo no qual será 
confeccionado o produto.
17UNIDADE I Introdução à Modelagem Plana
2. TABELA DE MEDIDAS
A tabela de medidas é essencial para construção de bases de modelagem, pois por 
meio delas é possível confeccionar o produto com perfeição, atendendo as especificações 
do público alvo.
Ao longo desta unidade, você irá perceber que é praticamente impossível encontrar 
uma pessoa que tenha todas as medidas da tabela. Portanto, as mesmas, são inseridas em 
escala industrial para que haja uma padronização das medidas.
Durante sua trajetória na moda, você encontrará diferentes tamanhos e tabelas, 
pois cada marca trabalha com as características corporais específicas de um público, para 
que os produtos desenvolvimentos sejam direcionados.
No Brasil, há uma padronização dessas medidas, mesmo havendo algumas diferen-
ciações para cada marca, todas seguem as normativas do Instituto Nacional de Metrologia, 
Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) anexo ao Comitê Brasileiro de Têxteis e 
Vestuário, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
Duarte (2019) aponta que existem dois tipos de medidas, as medidas fundamen-
tais, que são aquelas tiradas rentem ao corpo utilizadas traçado das bases, sem folgas ou 
ajustes. Já as medidas complementares, são as medidas utilizadas para a execução de um 
modelo, como: os comprimentos, altura de cintura, nível do gancho, entre outras.
Vejamos a seguir, como são realizadas as aferições das medidas no corpo huma-
no, essas informações serão úteis para quando você for realizar o desenvolvimento de um 
produto para um indivíduo em específico, ou seja, uma modelagem sob medida. Devido a 
isso é importante que você saiba executar cada etapa.
18UNIDADE I Introdução à Modelagem Plana
2.1 Como tirar as medidas
Para realizar esta etapa, é necessário que você tenha em mãos uma fita métrica e um 
manequim, ou modelo para que você possa executar cada etapa da obtenção de medidas. 
Antes de iniciarmos, gostaria de chamar a sua atenção para um ponto importante, 
as medidas masculinas e femininas são tiradas nos mesmos pontos do corpo. Observe 
que há algumas denominações e pontos que são inexistentes, como o tórax masculino que 
substitui o busto feminino, e a separação e altura do busto/mamilo são desnecessárias nas 
bases masculinas (DUARTE, 2019).
Com a fita métrica em mãos, e uma fita auxiliar (pode ser uma fita de cetim ou um 
barbante) vamos iniciar pela tomada de medidas superiores, conforme apresentado no 
quadro a seguir.
QUADRO 4 - COMO TIRAR MEDIDAS
Busto Contorne o corpo na altura do busto na sua parte de maior cir-
cunferência. Deve-se prestar atenção para não deixar que a fita 
métrica escorregue nas costas em direção à cintura, e nem que 
amasse o busto.
Cintura Amarre uma fita estreita exatamente na cintura e passe a fita 
métrica sobre essa fita. Não confunda a cintura deslocada em 
alguns modelos com o local da cintura no corpo.
Quadril Contorne o corpo na altura dos glúteos, na sua parte de maior 
circunferência.
Altura ou posição do bus-
to
Posicione a fita métrica no ponto de encontro do ombro com o 
pescoço. Tire a medida deste ponto até o mamilo.
Separação do busto Meça a distância entre os mamilos.
Ombro Posicione a fita no ponto de encontro do ombro com o pescoço 
e meça até o final do ombro sobre o osso.
Cava a cava das costas Meça a distância da cava esquerda até a cava direita das cos-
tas.
Centro costas Posicione a fita métrica na altura da 7ª vértebra cervical (geral-
mente é o osso mais saliente na base do pescoço). Tire a medi-
da deste ponto até a fita amarrada na cintura.
Altura das costas Posicione a fita métrica no ponto de encontro entre o ombro e o 
pescoço e meça até a fita amarrada na cintura.
Transversal das costas Meça do final do ombro sobre o osso até o centro das costas na 
altura da fita amarrada na cintura. Esta medida define a inclina-
ção do ombro.
Cava a cava da frente Meça a distância da cava esquerda até a cava direita da frente.
Centro frente Posicione a fita métrica na base do pescoço na frente. Tire a 
medida deste ponto até a fita amarrada na cintura.
Altura da frente Posicione a fita métrica no ponto de encontro entre o ombro e o 
pescoço e meça a até a fita amarrada na cintura.
Transversal da frente Meça do final do ombro até o centro da frente na altura da fita 
amarrada na cintura. Esta medida define a inclinação do ombro.
19UNIDADE I Introdução à Modelagem Plana
Comprimento de manga Posicione a mão logo abaixo do umbigo, sobre o ventre. Meça 
do final do ombro até o osso mais saliente do punho.
Altura de gancho Sentado(a) em uma cadeira ou banco com o assento plano e 
firme, meça da fita amarrada na cintura até o assento do banco.
Comprimento Meça da fita amarrada na cintura até o calcanhar apoiado no 
chão.
Pescoço Meça em linha reta logo abaixo do queixo.
Fonte: (DUARTE, 2019, p. 104) (adaptado).
A figura a seguir exemplifica o posicionamento de cada medida apresentada no quadro.
FIGURA 9 - COMO TIRAR MEDIDAS (FRENTE)
Fonte: (DUARTE, 2019, p. 105).
Obs.: A figura 9 apresenta três tipos de circunferência do quadril, a respeito delas, 
considere as seguintes informações: 
20UNIDADE I Introdução à Modelagem Plana
O quadril alto deve ser usado quando a maior circunferência for próxima a 
linha da cintura.
O quadril médio deve ser usado na construção de calças, nos cortes enviesa-
dos, nas saias em panos, nos quadris muito largos…
O quadril baixo, por ser a maior medida horizontal (culote) na mulher brasilei-
ra, é o ponto mais adequado para formar a curva lateral do quadril. (DUARTE, 
2019, p. 105).
A seguir, nas Figuras 10, 11 e 12, apresenta os demais processos descritos no 
Quadro 3, sobre como tirar as medidas.
FIGURA 10 - COMO TIRAR MEDIDAS (COSTAS)
Fonte: (DUARTE, 2019, p. 106).
21UNIDADE I Introdução à Modelagem Plana
FIGURA 11 - COMO TIRAR MEDIDAS (LATERAL/FRENTE)
Fonte: (DUARTE, 2019, p. 107).
22UNIDADE I Introdução à Modelagem Plana
FIGURA 12 - COMO TIRAR MEDIDAS (GANCHO)
Fonte: (DUARTE, 2019, p. 108).
2.2 Tabela de medidas Masculina
QUADRO 5 - TABELA DE MEDIDAS MASCULINA
TAMANHO CAMISA SOCIAL 37 38 39 40 41 42 43 44 45
CALÇA 36 38 40 42 44 46 48 50 52
Pescoço 37 38 39 40 41 42 43 44 45
Tórax 80 84 88 92 96 100 104 108 112
Cintura 72 76 80 84 88 92 96 100 104
Quadril 82 86 90 94 98 102 106 110 114
Comprimento da Cintura 44 45 45,7 46,4 47,4 48,4 48,9 49,5 50
Ombro 12 13 13,5 14 14,5 15 15 15,5 16
23UNIDADE I Introdução à Modelagem Plana
Costas 42 43 44 45 46 47 48 49 50
Comprimento Cotovelo 33,7 34,1 34,8 35,5 36,2 36,9 37,6 39,3 39
Comprimento Manga Curta 16 16,8 17,6 18,4 19,2 20 20,8 21,6 22,4
Comprimento Manga Longa 60 60,5 61,5 62,6 63,7 64,8 65,9 66,9 67,9
Punho Justo 17 17,5 18 18,5 19 19,5 20 20,5 21
Altura da Cabeça 36 36 36 37 37 37 38 38 38
Contorno da Cabeça 62,5 62,5 63 63 63,5 63,5 64 64,5 64,5
Comprimento da Calça 105 105 106 108 110 110 112 112 114
Altura do Quadril 15,5 16,5 17,5 18,5 19,5 20,5 21,5 22,5 23,5
Altura do Gancho1 21,5 22,5 23,5 24,5 25,5 26,5 27,5 28,5 29,5
Comprimento do Joelho 56 56 58 60 62 62 64 64 66
1 Altura do Gancho (Quadril/4 + 1cm)
Fonte: JENCK et al., 2019, p. 19.
2.3 Tabela de medidas FemininaQUADRO 6 - TABELA DE MEDIDAS FEMININA
TAMANHO PP P M G
34 36 38 40 42 44 46 48 50
Comprimento da cintura 
Frente
39 40 41 42 43 44 45 46 47
Comprimento da cintura Cos-
tas
35 36 37 38 39 40 40 41 41
Cintura 58 62 66 70 74 78 82 86 90
Busto 76 80 84 88 92 96 100 104 108
Quadril 84 88 92 96 100 104 108 112 116
Costas 35 36 37 38 39 40 41 42 43
Ombro 11 11,5 12 12,5 13 13,5 14 14,5 15
Altura do Seio 23 24 25 26 27 28 28 29 30
Seio a Seio 16 17 18 19 20 21 21 22 22
Pescoço/Colarinho 33 34 35 36 37 38 39 40 41
Comprimento Manga 
Longa
56 57 58 59 60 61 62 63 64
Comprimento do Joelho 52 54 56 58 58 60 60 62 62
Comprimento da Calça 102 102 102 104 106 108 110 112 112
24UNIDADE I Introdução à Modelagem Plana
Largura do Joelho1 42 44 46 48 50 52 54 56 58
Largura da Boca 42 44 46 48 50 52 54 56 58
Altura do Gancho2 22 23 24 25 26 27 28 29 30
Punho (justo) 14 14,5 15 15,5 16 16,5 17 17,5 18
Altura do Quadril 16 16 16 18 18 20 20 20 22
1 Largura do joelho = ½ do quadril
2 Altura do gancho = ¼ do quadril + 1 cm
Fonte: JENCK et al., 2019, p. 19.
2.4 Tabela de medidas Infantil
QUADRO 7 - TABELA DE MEDIDAS INFANTIL
TAMANHO P M G
02 04 06 08 10 12
Tórax/ Busto 54 58 62 66 70 74
Cintura 52 54 56 59 62 65
Quadril 60 64 68 72 78 82
Costas 23 25 27 29 31 33
Pescoço 28 29 30 31 32 33
Comprimento da Cintura 24 27 30 32 34 37
Comprimento do Cotovelo 15 16,8 18,6 20,4 22,4 24
Comprimento da Manga Longa 32 36 40 44 48 53
Largura do Braço 17 18,6 20,2 21,8 23,4 25
Punho Justo 12 12,7 13,4 14,1 14,8 15,5
Punho com Folga 16 16 18 18 18 20
Altura do Quadril 11 12 13 14 15 16
Altura do Gancho 19 20 20,5 21,5 22,5 22,5
Comprimento do Joelho 30 36 38 41 44 47
Circunferência Joelho Justo 25 26,2 27,4 28,6 29,8 31
Comprimento da Calça Comprida 52 58 66 74 81 88
Base pescoço ao meio da Coxa 44 53 58 63 68 74
Circunferência da Cabeça 51 52 53 54 55 56
Altura da Cabeça 40 41,2 42,4 43,6 44,8 46
Fonte: JENCK et al., 2019, p. 24.
Agora, com as tabelas de medidas em mãos, convido você a preparar um espaço 
de trabalho, e com os materiais em mãos, iniciaremos a construção dos moldes básicos.
25UNIDADE I Introdução à Modelagem Plana
3. CONSTRUÇÃO DE MOLDES BÁSICOS FEMININOS
Caro(a) aluno(a), durante este tópico do material, vamos realizar juntos o desenvol-
vimento de algumas bases que são essenciais para o desenvolvimento de uma modelagem. 
As bases, são o início de qualquer modelagem e representam o corpo do público 
ou indivíduo no qual será desenvolvido a modelagem. Portanto, não há nenhuma alteração 
de modelo na base, são feitas peças sem detalhes, apenas com recursos construtivos da 
modelagem, como a pence.
A pence, segundo Emídio (2021), é um recurso construtivo, um elemento estético e 
criativo, que parte da função específica de ajustamento, podendo ser movimentada, dividi-
da, ocultada, eliminada ou combinada com outros recursos, como: pregas, franzidos, entre 
outros. Veremos mais sobre este assunto na Unidade II, nas transposições de pence.
3.1 Base da saia
Agora, com as réguas e o papel em mãos, iniciaremos o traçado da nossa base da 
saia feminina, no tamanho 40. Para isso, utilizaremos as medidas apresentadas no Quadro 7.
Lembre-se que, essas medidas podem variar conforme o seu público-alvo, portanto, 
deixo como sugestão consultar a tabela apresentada no tópico anterior, que aborda outros 
tamanhos existentes na indústria.
26UNIDADE I Introdução à Modelagem Plana
QUADRO 8 - MEDIDAS PARA CONSTRUÇÃO DA BASE DA SAIA
Tamanho 40
Circunf. Cintura 68
Circunf. Quadril 96
Nível do Quadril 25
Comprimento da saia 51
Fonte: Adaptado de: (DUARTE, 2019, p. 112)
QUADRO 9 - LARGURA E COMPRIMENTO DAS PENCES
Tamanhos 34 36 38 40 ao 54
Pence das cos-
tas
Largura 2,5 3,0 3,0 3,0
Comprimento 10,0 11,0 12,0 13,0
Pence da 
frente
Largura 1,5 2,0 2,0 2,0
Comprimento 9,0 10,0 11,0 12,0
Fonte: Adaptado de: (DUARTE, 2019, p. 112).
A construção do molde inicia na construção do diagrama, onde com um ângulo 
de 90º, traçamos as medidas iniciais da caixa do molde. No caso da saia se inicia com as 
medidas de quadril e de comprimento da saia. 
Observe a Figura 13, e execute o passo a passo a seguir.
FIGURA 13 - TRAÇADO INICIAL DA SAIA
Fonte: (DUARTE, 2019, p. 113).
27UNIDADE I Introdução à Modelagem Plana
O retângulo será construído com metade da medida do quadril + 1 cm de folga, com 
o seguinte cálculo: .
● AB / CD = Metade do quadril + 1 cm de folga (49 cm)
● AC / BD = Comprimento da saia (51 cm)
● AE / CF = Metade de AB e CD
● AG / BH = Nível do quadril 25 cm
● I = Nível do quadril na lateral
Agora com a estrutura inicial do diagrama da saia construído, daremos início a 
execução dos pontos de localização das pences, e do traçado da cintura. Observe a figura 
14 e execute os passos a seguir conforme as orientações:
FIGURA 14 - TRAÇADO INICIAL DA SAIA
Fonte: (DUARTE, 2019, p. 114).
Antes de iniciarmos os pontos, realize os cálculos para ¼ da cintura, é importante 
realizá-los, pois existe uma diferença de 2cm entre a frente e as costas devido ao ponto de 
entrada da espinha dorsal. Para isso, transfira 0,5cm da medida das costas para a frente, 
assim, a costura da lateral da peça ficará alinhada à lateral do corpo (DUARTE, 2019).
28UNIDADE I Introdução à Modelagem Plana
Cintura costas = medida da cintura 4 - 0,5 cm.
Cintura frente = medida da cintura 4 + 0,5 cm.
● De A à J utilize a medida da Cintura costas + largura da pence (3,0 - vide Quadro 8);
● De B à K utilize a medida da Cintura frente + largura da pence (2,0 - vide Quadro 8);
● Una com a régua de alfaiate os pontos: I à J e de I à K;
● Para marcar o ponto L, encontre o meio de A à J, aqui será o meio da pence das costas;
● Para marcar o ponto M, encontre o meio de B à K, aqui será o meio da pence da frente;
Agora, faremos a marcação da largura das pences (frente e costas).
● Para a pence das costas marque 1,5 cm para cada lado de L (vide Quadro 8), e com 
o esquadro apoiado em L, desça 13 cm (comprimento da pence, vide Quadro 8);
● Para a pence da frente marque 1 cm para cada lado de L (vide Quadro 8), e com 
o esquadro apoiado em M, desça 12 cm (comprimento da pence, vide Quadro 8);
Note que há uma diferença de 1 cm no comprimento da pence da frente para a das 
costas, e 0,5 cm na largura, isso ocorre devido a curvatura que temos na região lombar.
● No traseiro da saia, de A à N desça 1 cm;
● Repita o mesmo processo na frente B/O;
Com o auxílio da régua de alfaiate, faremos a curva da cintura ligando os pontos NJ 
/ OK, mas, antes de traçar a curva, dobre a pence. Feito isso, com o auxílio da carretilha, 
marque o papel, no local da dobra da pence para obter a sua profundidade, conforme 
ilustrado na Figura 15.
FIGURA 15 - MARCAÇÃO DA PROFUNDIDADE DA PENCE
Fonte: A autora (2021).
29UNIDADE I Introdução à Modelagem Plana
Após realizar a marcação da pence, trace com o auxílio do lápis e da régua curva a 
linha da cintura, e feche a lateral da saia, unindo os pontos J/I e K/I. Com o molde finalizado, 
copie ele para outro papel. Para isso, utilize o tecido, a carretilha e um papel kraft em branco.
Posicione o material na seguinte ordem sobre a mesa: Papel em branco + tecido + 
Diagrama da saia. Passe a carretilha sobre todas as linhas do molde, exceto as linhas de 
construção do retângulo. Lembre-se de copiar a linha do nível do quadril.
Com as marcações da carretilha no papel, passe o lápis com o auxílio do esquadro 
e régua curva, para realçar as linhas no papel. Esse processo é extremamente importante e 
implica na qualidade do seu trabalho e apresentação do molde. Ao final, o contorno do seu 
molde ficará com a apresentação igual a Figura 16. 
FIGURA 16 - BASE DA SAIA 
Fonte: (DUARTE, 2019, p. 114)
Faça as marcações no seu molde, com o auxílio de um esquadro próximo da linha 
do centro frente e do centro costas do molde, trace uma linha que ocupe grande parte da 
extensão do molde, este será o Fio do molde, orientação para o corte do moldeno tecido. 
Depois, em um lado do molde, escreva as seguintes informações:
30UNIDADE I Introdução à Modelagem Plana
 ► Parte: Base
 ► Modelo: Saia básica
 ► Tamanho: 40
 ► Código: SB1
 ► Modelista: aqui você é o(a) protagonista;
 ► Data: dia da realização do molde;
Com as informações aparentes, agora, você irá fazer as marcações para costura, 
furando com o auxílio de um alfinete ou furador, o ápice da pence, e marcando os piques, na 
linha do nível do quadril e nas extremidades da pence. Lembre-se, se você for cortar esse 
molde em um tecido, você deverá acrescentar a informação sobre a quantidade de vezes 
que ele será cortado, sendo: 1 vez para frente (cortada na dobra do tecido) e 2 vezes para 
as costas, pois será necessário o uso de um sistema de fechamento, neste caso o zíper.
Além disso, lembre-se de acrescentar as margens de costura, conforme apresen-
tado no Quadro 2.
31UNIDADE I Introdução à Modelagem Plana
4. CONSTRUÇÃO DA BASE DA BLUSA E MANGA
4.1 Base da Blusa
Nosso próximo passo, será a construção da base da blusa feminina, também será 
utilizado o tamanho 40 para construção da peça. Lembre-se que, essas medidas podem 
variar conforme o seu público-alvo, portanto, sugiro consultar a tabela apresentada no 
tópico anterior, que aborda outros tamanhos existentes na indústria.
4.1.2 Costas
Iniciaremos com o traçado da base das costas, para isso, separe um pouco de 
papel, pegue sua fita métrica, as réguas e o lápis. Utilize o quadro 10, como apoio para o 
desenvolvimento do molde.
32UNIDADE I Introdução à Modelagem Plana
QUADRO 10 - MEDIDAS PARA CONSTRUÇÃO DA BASE DA BLUSA (COSTAS)
Medidas (tamanho 40) Costas
AB = Altura das costas 44,5
AC = Largura dos ombros 19,5
BD = Centro Costas 41,0
AE = Pescoço Costas 7,8
BF = Transversal 43,6
BI = Lateral menos 0,5cm 20,5
IJ = Largura das costas/busto 21,0
DG = ¼ de BD 10,3
GH = Cava a cava costas 18,5
JK = BI 20,5
BK = IJ 21,0
BM = Metade da cintura costas 8,3
KQ = Ponto da lateral 1,5
JQL = Lateral 21,0
LN = Cintura costas menos BM 8,2
Fonte: Adaptado Duarte (2019, p. 144).
Assim como no molde da saia básica, a base da blusa se inicia com um ângulo 
de 90º, construído com a medida da altura das costas, e a distância do ombro. Observe a 
Figura 17, e execute o passo a passo a seguir. 
FIGURA 17 - LINHAS INICIAIS DA BLUSA (COSTAS)
Fonte: (DUARTE, 2019, p. 144).
33UNIDADE I Introdução à Modelagem Plana
● De A a B, trace uma linha com a medida da altura das costas;
● De A a C, trace uma linha perpendicular a AB, com medida de distância entre os 
ombros costas;
● De B a D, marque a medida do centro das costas;
● De A a E, marque a medida do pescoço costas;
● De D a E, una os pontos com a curva francesa, criando a linha do decote, 
conforme a imagem;
● De C a X, trace uma linha perpendicular ao ponto C, essa linha não tem uma 
medida exata, será apenas um apoio para a linha transversal BF;
● De B a F, posicione a régua no ponto B até encostar na linha de C a X, o ponto 
F é o encontro da medida transversal das costas com a linha.
● Com a régua, ligue os pontos E e F.
FIGURA 18 - MARCAÇÕES PARA CONSTRUÇÃO DA BASE COSTAS DA BLUSA
Fonte: (DUARTE, 2019, p. 145).
34UNIDADE I Introdução à Modelagem Plana
Agora, daremos início às marcações das linhas que nos guiará para o traçado da 
cava, da pence das costas, e da linha do busto. Tenha atenção em cada ponto, e lembre-se 
de utilizar o esquadro nos locais indicados na imagem. Observe a Figura 19, e execute o 
passo a passo a seguir:
● De D a G, utilize a medida de B a D dividida por 4;
● De G a H, com o esquadro, trace uma linha com a medida de cava a cava das costas;
● De B a I, marque um ponto com a medida da lateral menos 0,5cm;
● De I a J, com o esquadro, trace uma linha com a medida do busto costas;
● Com a régua de cava, ou a curva francesa, una os pontos F, H e J, formando a cava 
costas conforme a figura;
● De B a K, com o esquadro, trace uma linha com a mesma medida de I a J;
● De B a M, marque um ponto com a medida de metade da cintura costas;
● De K a Q, recue 1,5cm no molde;
● Com a régua, ligue os pontos J, Q e L fechando a lateral da blusa;
● Una os pontos L e M com uma reta;
● Marque o ponto N, na linha de B a L, este ponto tem a medida da cintura costas 
menos a medida de B a M;
● Ache o meio de M a N, e marque o ponto O;
● Agora, vamos marcar o ápice da pence, o ponto P, que é a mesma medida de B a O;
● Trace as linhas da pence, unindo os pontos P e M, P e N, P e O;
Após finalizar, dobre o papel fechando a pence, do ponto N ao M, e com a pence 
fechada retrace a linha BL com uma régua curva (curva francesa). Ainda com o papel 
dobrado, passe a carretilha marcando a profundidade da pence.
FIGURA 19 - BASE COSTAS PRONTA (BLUSA FEMININA 40)
Fonte: (DUARTE, 2019, p. 148).
35UNIDADE I Introdução à Modelagem Plana
Ao final do traçado, com o auxílio da carretilha, copie a base para um papel em 
branco, marque apenas as linhas de contorno do molde, a pence e as linhas do busto, estas 
são fundamentais durante o desenvolvimento de uma interpretação de modelo. O resultado 
final deverá ser semelhante à figura 21. E para dar resistência e firmeza ao molde, quando 
for copiar a base, utilize um papel mais rígido, podendo ser o kraft em uma gramatura 
superior, ou então utilize um papel cartão, para facilitar o traçado de outros modelos.
4.1.3 Frente
O traçado da base da frente da blusa assemelha-se ao traçado das costas, havendo 
a diferenciação apenas das medidas, e acrescentando informações referente ao traçado do 
busto. Utilize o Quadro 11, como apoio para o desenvolvimento do molde.
QUADRO 11 - MEDIDAS PARA CONSTRUÇÃO DA BASE DA BLUSA (FRENTE)
Medidas (tamanho 40) Frente
AB = Altura da frente 45,0
AC = Largura dos ombros 19,0
BD = Centro Frente 38,0
AE = Pescoço Frente 6,8
BF = Transversal 44,9
BI = Lateral mais 4 cm 25,0
IJ = Largura das frente/busto 23,0
DG = 1/5 de DB 7,6
GH = Cava a cava frente 17,5
AK = Altura do busto 25,0
KP = Separação do busto 10,0
KPQ = Larg. total da frente 23,5
JQL = Lateral 21,0
BM = Metade da cintura frente 8,8
LN = Cintura frente menos BM 8,7
PR/PS = Raio do busto 7,5
Fonte: Adaptado de: Duarte (2019, p. 146).
Assim como no molde da saia básica, a base da blusa se inicia com um ângulo de 
90º, construído com a medida da altura da frente, e a distância do ombro.
Observe a Figura 20, e execute o passo a passo a seguir utilizando as medidas do 
Quadro 11.
36UNIDADE I Introdução à Modelagem Plana
FIGURA 20 - TRAÇADO INICIAL DA BASE DA BLUSA (FRENTE)
Fonte: (DUARTE, 2019, p. 146).
● De A a B, trace uma linha com a medida da altura da frente;
● De A a C, com o esquadro, trace uma linha perpendicular a AB, com a distância 
dos ombros frente;
● De B a D, marque um ponto com a medida do centro frente;
● De A a E, marque um ponto com a medida do pescoço frente;
● Una os pontos D a E com a curva francesa;
● De C a X, com o esquadro, trace uma linha perpendicular de A a C com 10 cm, 
para apoio da linha transversal;
● De B a F, posicione a régua no ponto B, em direção a linha CX e marque o ponto 
F com a medida da transversal;
Com a régua, ligue os pontos E e F.
37UNIDADE I Introdução à Modelagem Plana
FIGURA 21 - MARCAÇÕES PARA CONSTRUÇÃO DA BASE FRENTE DA BLUSA
Fonte: (DUARTE, 2019, p. 147).
Agora, daremos sequência nas marcações internas do molde, que servirão para a 
construção da pence, da linha de cava, e delimitação do busto. Leia atentamente, e execute 
conforme o passo a passo a seguir.
● De D a G, utilize a mesma medida de B a D e dividida por 5, o resultado será o ponto G;
● De G a H, com o esquadro, marque a medida de cava a cava da frente;
● Do ponto B em direção ao A, marque o ponto I, que corresponde a medida da lateral 
mais 4 cm;
● De I a J, com o esquadro, marque a medida do busto frente;
● Com a régua de cava, ou a curva francesa, trace a cava unindo os pontos F, H e J, 
observe na figura 23 (a) que a cava da frente é mais curva na direçãode H e J;
● De A a K, marque a altura do busto;
● De K a P, com o auxílio do esquadro, marque um ponto com a medida de separação 
do busto;
38UNIDADE I Introdução à Modelagem Plana
● Una os pontos K, P, Q com esquadro, utilizando a mesma medida de I a J + 0,5 cm;
● Una os pontos J, Q, L para formar a lateral (veja a medida no quadro 11);
● De B a M, com o esquadro, marque a medida da cintura frente;
● De L a M, com o auxílio da régua, faça uma linha pontilhada;
● De L a N, marque um ponto com a medida da cintura frente menos a medida de B a M;
● O ponto O é o meio da pence, marque o ponto na metade de M a N;
● Feche a pence unindo os pontos: P a M, P a N, e P a O;
● De P a R / P a S, marque a medida do raio do busto, será marcado abaixo do ápice da 
pence. Essa medida é utilizada na construção de bojos e recortes abaixo do busto.
FIGURA 22 - BASE FRENTE PRONTA (BLUSA FEMININA 40)
Fonte: (DUARTE, 2019, p. 148).
Assim como no molde costas, ao final do traçado, com o auxílio da carretilha, copie 
a base para um papel em branco, marque apenas as linhas de contorno do molde, a pence 
e as linhas do busto, estas são fundamentais durante o desenvolvimento de uma interpre-
tação de modelo. O resultado final deverá ser semelhante à Figura 23. Para dar resistência 
e firmeza ao molde, quando for copiar a base, utilize um papel mais rígido, podendo ser o 
kraft em uma gramatura superior, ou então utilize um papel cartão, para facilitar o traçado 
de outros modelos.
39UNIDADE I Introdução à Modelagem Plana
4.2 Base da Manga
Agora, com a base da blusa pronta, será possível realizar o desenvolvimento da 
base da manga, pois a manga é construída com a soma das medidas das cavas da frente 
e das costas. Assim como nas outras bases já desenvolvidas, vamos trabalhar com as 
medidas do tamanho 40.
Cabe ressaltar, essas medidas podem variar conforme o seu público-alvo, e para 
obter as medidas de cava será necessário que você faça a conferência e verificação da 
mesma. Para isso, utilize sua fita métrica “em pé” conforme ilustrado na Figura 24 e contor-
ne toda a cava até obter a medida. As informações do Quadro 12 também irão lhe auxiliar 
no desenvolvimento da base. Caso venha a realizar o molde em outro tamanho, consulte 
as medidas na tabela de medidas disponível no material.
FIGURA 23 - AFERINDO MEDIDA DA CAVA COM A FITA MÉTRICA
Fonte: A autora (2021).
QUADRO 12 - MEDIDAS PARA CONSTRUÇÃO DA BASE DA MANGA
Tamanho 40
Comp. Manga 60
Circunf. punho 22
Altura da Cabeça da Manga ⅓ da circunferencia total
Largura da Manga (bíceps) ¾ da circunferência total
Fonte: Adaptado de: (DUARTE, 2019, p. 166)
40UNIDADE I Introdução à Modelagem Plana
Diferente dos moldes que já trabalhamos até o momento, o diagrama da manga se 
inicia com o traçado de retas perpendiculares, sendo a reta na vertical, construída no meio 
do papel, com a medida do comprimento da manga. Já a outra reta na horizontal, que cria 
um ângulo de 90º, é construída com a largura da manga. Observe a Figura 24, e execute o 
passo a passo a seguir:
FIGURA 24 - PROCESSO INICIAL DE CONSTRUÇÃO DA BASE DA MANGA
Fonte: (DUARTE, 2019, p. 167 e 168).
● De A a B = trace a linha com o comprimento da manga;
● De A a C = marque um ponto com a altura da cabeça da manga;
● De D a E = divida a medida da largura da manga para metade de cada lado de C. 
Utilize o esquadro para criar um ângulo de 90º;
● De E a X = marque um ponto com a medida de ¼ de C a E;
● De D a Y = marque um ponto com ½ da medida de E a X;
● De A a Z = utilize a mesma medida de E à X e some, metade da medida de D a Y;
● Z a X e Z a Y = Unir com uma linha pontilhada;
41UNIDADE I Introdução à Modelagem Plana
● X’ = marque um ponto com a mesma medida de E a X;
● Y’ = marque um ponto com a mesma medida de D a Y;
● Z’ = marque um ponto com a mesma medida de A a Z;
● F a G = marque a medida do punho (metade para cada lado de B);
● Una os pontos D a F e E a G.
FIGURA 25 - PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DA BASE DA MANGA
Fonte: (DUARTE, 2019, p. 168).
● 
● Com a curva francesa, faça o contorno da cabeça da manga, unindo os pontos 
Z’ com A, X’ com E e Y’ com D;
● Agora, encontre o ponto H que corresponde à medida de B a C, delimitando o 
nível do cotovelo;
● Agora, com a base pronta, faremos a marcação do ponto de costura, e as mar-
cações que irão diferenciar a parte frente da parte costas da manga.
42UNIDADE I Introdução à Modelagem Plana
FIGURA 26 - BASE DA MANGA FEMININA (PRONTA)
Fonte: (Duarte, 2019, p. 168)
● De D a I = marque um ponto com a medida da cava das costas da blusa;
● De E a J = marque um ponto com a medida da cava da frente da blusa;
● Agora, com o auxílio da fita métrica, meça o espaço entre o ponto I e J, encontre 
e marque o meio dessa medida, ele servirá como ponto de costura/encaixe com 
a blusa.
Cabe destacar, que o ponto de costura poderá ficar em um posicionamento diferen-
te do que está apresentado na figura.
43UNIDADE I Introdução à Modelagem Plana
SAIBA MAIS
Ao iniciar a construção do molde com o passo a passo, observe primeiro o modelo que 
será construído, leia cada item e faça a interpretação dessas informações antes de ini-
ciar o traçado no papel. Sempre utilize as imagens de apoio, elas te auxiliaram no pro-
cesso. E perceba que a direção das letras ocorre sempre a direita, esquerda, acima ou 
abaixo do ponto inicial. Isso irá lhe auxiliar na definição do tamanho do papel.
Fonte: Duarte, 2019.
REFLITA 
Ao longo da sua trajetória na moda, você verá que há variações no desenvolvimento da 
técnica de modelagem planificada. Conforme cada autor, país, os traçados dos diagra-
mas podem ser diferentes, mas o resultado final sempre será a peça de roupa, a base 
a ser construída no corpo. Portanto, é importante que você adquira o conhecimento 
acerca da construção da modelagem e aos poucos você irá identificar qual metodologia 
apresenta o melhor resultado para determinado modelo.
Fonte: A autora (2021).
44UNIDADE I Introdução à Modelagem Plana
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Olá, caro(a) aluno(a), chegamos ao término da nossa primeira unidade, aqui foi 
possível iniciarmos nossa trajetória nos estudos da modelagem. Você aprendeu sobre 
as medidas utilizadas na construção do molde, e também pode aprender como é feito o 
processo de tomada de medidas do corpo humano, estas, que por sua vez são essenciais 
na construção de um produto de qualidade.
A partir de agora, você verá as possibilidades que a modelagem irá te proporcionar 
quando for iniciar as próximas unidades do material. Aqui, é apenas o começo, com as 
bases construídas, você passa a ter conhecimento acerca do traçado de diagramas, e a 
próxima etapa será o desenvolvimento dos modelos. 
Nos moldes femininos, com a junção da saia e da blusa você verá que é possível 
obter o vestido, e a partir da base da manga, podemos realizar diferentes modelos. Cabe 
ressaltar, que existem outras possibilidades de interpretação e também de modelos a serem 
executados, portanto, com o conhecimento adquirido aqui, nesta e nas demais unidades você 
terá facilidade em trabalhar a modelagem de peças do vestuário com excelência. Até logo!
45UNIDADE I Introdução à Modelagem Plana
LEITURA COMPLEMENTAR
Ao considerar que a modelagem promove a materialização do objeto vestível e dos 
sentidos que derivam desta interação entre corpo e artefato, as autoras Bárbara Pavei de 
Souza, Adriana Cardoso Pereira e Mônica Karina de Souza evidenciam que tal prática pode 
ser vista a partir da potencialidade inerente de se constituir campo expressivo, criador de 
sentidos e de experimentações estéticas. 
O uso cotidiano de conteúdos matemáticos pelos profissionais da área é fato, tendo 
em vista a necessidade da construção de roupas com corte preciso e medidas padroni-
zadas. O desenvolvimento da modelagem, fundamentado no estudo anatômico, requer 
conhecimento acerca de tabelas de medidas e domínio sobre os princípios geométricos, de 
modo a lidarcom pontos, linhas, retas e curvas e proporções para viabilizar o traçado de 
diagramas que resultarão em formas para vestir o corpo. 
A partir de então, pode-se perceber que na modelagem existem diferentes propos-
tas metodológicas que contempla etapas flexíveis para a aplicação do design colaborativo 
no contexto do ensino de modelagem plana do vestuário, no qual a colaboração está in-
trínseca ao nível e intensidade de envolvimento de cada colaborador instigando, portanto, 
novos modelos relacionais e de trabalho no âmbito educacional.
Fonte: SOUZA, P. de M.; ITALIANO, I. C. A modelagem integrada ao projeto de moda no âmbito 
do ensino. Revista de Ensino em Artes, Moda e Design. Florianópolis, v. 04, n. 02, p. 06 -09, 2020. DOI: 
10.5965/25944630422020006. Disponível em: https://www.periodicos.udesc.br/index.php/ensinarmode/arti-
cle/view/17765. Acesso em: 05 out. 2021.
46UNIDADE I Introdução à Modelagem Plana
MATERIAL COMPLEMENTAR
LIVRO 
Título: Modelagem 2D para Vestuário
Autor: Laura Carolina Oliveira Nóbrega.
Editora: Érica - Grupo Saraiva, 2014
Sinopse: O livro aborda as técnicas da modelagem bidimensional 
manual e automatizada, proporcionando ao aluno o conhecimento 
de conceitos básicos da modelagem 2D. Além de abordar noções 
de costura, antropometria e o desenvolvimento de moldes ergonô-
micos, auxiliando o leitor a identificar os principais tipos de tecido.
FILME / VÍDEO 
Título: Corte de Saia l Modelista Ela Orsini
Ano: 2021.
Sinopse: O vídeo mostra a transformação do modelo, onde a partir 
da base da saia com pence, é feita a interpretação e transformação 
do molde. Embora seja uma etapa mais avançada na modelagem, 
fica o desejo e a vontade de evoluir a técnica e chegar nessa etapa.
Link do vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=YwLZ3M2sSFY
47
Plano de Estudo:
● Modelagem da saia;
● Variações de golas e mangas;
● Interpretação de modelo;
● Transposição de pences.
Objetivos da Aprendizagem:
● Manipular o molde base da saia para construção de outros modelos;
● Compreender os tipos de mangas e golas a partir da modelagem bidimensional;
● Aplicar a técnica da modelagem bidimensional para a 
junção de moldes e construção de novos modelos;
● Estudar as técnicas de manipulação de pences.
UNIDADE II
Desenvolvimento de 
Moldes Femininos
Professora Me. Natani Aparecida do Bem
48UNIDADE I Introdução à Modelagem Plana 48UNIDADE II Desenvolvimento de Moldes Femininos
INTRODUÇÃO
Olá, caro aluno (a), seja bem-vindo a Unidade II do material, nesta unidade vamos 
estudar a transformação dos moldes bases em modelos, ou seja, veremos o processo de 
interpretação de moldes. Esse processo de produção da modelagem é muito utilizado no 
setor da indústria e também nos ateliês, pois a partir de uma base aprovada o trabalho do 
modelista torna-se mais prático, eliminando a etapa de construção de um diagrama base 
toda a vez que for desenvolver um modelo. 
Esta unidade propõe o desenvolvimento das saias mais utilizadas no vestuário, sen-
do a saia godê e suas variações de roda, na qual é desenvolvida sem o uso da base, e duas 
interpretações de modelo a partir da saia base, sendo a saia evasê e a saia rabo de peixe. 
Em um segundo momento a base da saia também aparecerá na composição da 
interpretação do molde do vestido, podendo ser utilizada em um vestido básico e também 
em um modelo mais elaborado. Assim como o uso do molde base da blusa, presente em 
diversas composições de vestido, pois é a base do desenho do corpo que possibilitará o 
desenvolvimento do modelo.
Veremos também algumas opções de golas e mangas, estas, construídas com a 
medida do decote e também com o auxílio da base da blusa, proporcionando maior precisão 
no traçado do modelo. Nas mangas, você verá o processo de transformação da base e o 
acréscimo de tecido, para deixar a manga ampla e a transformação do molde em formas 
geométricas conferindo um charme e criatividade na execução de um modelo de manga.
E por fim, você terá que compreender a questão da transposição de pences, re-
curso construtivo da modelagem que possibilita o desenvolvimento de diferentes modelos 
de blusas e vestidos, em que o (a) modelista pode deixar a criatividade fluir ao construir o 
molde transpondo a pence para outro local.
49UNIDADE I Introdução à Modelagem Plana 49UNIDADE II Desenvolvimento de Moldes Femininos
1. MODELAGEM DA SAIA
1.1 Godê (4/4 - total e 2/4 - meio)
Na história da moda, a saia godê surgiu como uma proposta de renovação da feminili-
dade no período pós Segunda Guerra Mundial (1939-1945), onde Dior busca retomar a imagem 
do sonho que havia se perdido após grandes restrições em relação à produção do vestuário. 
A ideia do estilista era de retomar a silhueta muito utilizada no século XIX, criando 
uma saia elevada para uma cintura mínima, imitando a corola das flores que intitulou sua 
coleção, lançada na França em 1947 - Ligne Corolle -, embora tenha enfrentado grandes 
polêmicas, a silhueta e o New Look de Dior (Figura 1) vestiu mulheres mundo afora durante 
anos, e aparece em releituras nos dias atuais. “No Brasil, perpassou a década de 1950, 
contribuindo para a construção de um perfil associando a figura feminina à mãe e esposa, 
coroada como Rainha do Lar” (MEDEIROS FILHO, 2016, p. 11).
50UNIDADE I Introdução à Modelagem Plana 50UNIDADE II Desenvolvimento de Moldes Femininos
FIGURA 1 - NEW LOOK, COLEÇÃO LIGNE COROLLE POR CHRISTIAN DIOR - PARIS, 1947
Fonte: WIKIWAND. A casa de moda Dior. Disponível em: https://www.wikiwand.com/en/Christian_Dior. 
Acesso em: 05 out. 2021.
Neste tópico, veremos que nem sempre a modelagem é desenvolvida a partir de 
uma base, mas sempre será desenvolvida com as medidas do corpo, como é o caso da saia 
godê, construída a partir de uma circunferência, que é obtida a partir da medida da cintura.
Para a construção do godê são necessárias as medidas da cintura e comprimento da 
saia, este que pode variar conforme o modelo que será executado, sendo, na linha do joelho, 
acima ou abaixo dela. A Figura 2 apresenta os tipos de comprimento que podem ser trabalhados 
em uma interpretação de modelo de saia, independente do modelo, podendo ser aplicado ao 
godê ou outros tipos de saia considerando a altura de uma mulher com 1.60 m de altura.
https://www.wikiwand.com/en/Christian_Dior
51UNIDADE I Introdução à Modelagem Plana 51UNIDADE II Desenvolvimento de Moldes Femininos
FIGURA 2 – COMPRIMENTOS DE SAIA BASEADOS NA MULHER 
BRASILEIRA COM ALTURA MÉDIA DE 1.60 M
Fonte: Adaptado de: Duarte (2019, p. 122)
Iniciaremos a saia godê total, ou godê 4/4 realizando o seguinte cálculo:
Medida da cintura por 2x o número (3,14 x 2= 6,28)
68 cm 6,28= 10,8 Raio da cintura
*com este cálculo, encontraremos a medida do godê total (4/4).
Comprimento da saia: 50 cm
Considere a medida da cintura do tamanho 40, sendo 68 cm de cintura (vide tabela 
Unidade I), e realize o cálculo, será obtida a medida de raio da cintura (10,8 cm). Utiliza-
remos essa, e a medida de comprimento (50 cm) para desenvolver o molde ilustrado na 
Figura 3 a seguir.
52UNIDADE I Introdução à Modelagem Plana 52UNIDADE II Desenvolvimento de Moldes Femininos
FIGURA 3 - SAIA GODÊ TOTAL 4/4 - (A) REPRESENTAÇÃO DAS PARTES DO GODÊ; 
(B) REPRESENTAÇÃO DO CAIMENTO
 (A) (B)
Fonte: Adaptado de: Duarte (2013, p. 135 e 164) 
Inicie seu molde no centro do papel, dobrado em duas ou quatro partes. Importante 
que o seu papel esteja esquadrado, para que não comprometa a qualidade do traçado da 
saia, conforme apresentado na Figura 4 a seguir.
FIGURA 4 - DOBRA DO PAPEL PARA CONSTRUÇÃO DO GODÊ 4/4 E REFERÊNCIA DO 
TAMANHO DO PAPEL - (A) PAPEL ABERTO (COMPRIMENTO + RAIO DA CINTURA); (B) 
DOBRADO AO MEIO; (C) DOBRADO EM 4 PARTES
Fonte: A autora (2021).
53UNIDADE I Introdução à Modelagem Plana 53UNIDADE II Desenvolvimento de Moldes Femininos
SAIBA MAIS
Para descobrir a quantidade de papel que será necessária para a modelagem da saia, 
tenha o seguinte raciocínio:Medida do comprimento + medida do raio da cintura
50cm + 10,8cm = 60,8 cm
A partir do centro do papel dobrado ao meio, você seguirá utilizando essa medida em 
quatro direções para construção do molde (para cima + para baixo + para esquerda + 
para direita).
Portanto, multiplique 60,8 cm por dois, e adicione 1 cm a essa medida (122,6 cm), para 
ter uma folga de segurança de 1 cm às margens do papel. Ao final, seu papel deverá ter 
1.23 m2 considerando arredondar a medida obtida. Observe a medida na Figura 4 (A).
Fonte: A autora (2021).
Após cortar, e dobrar o papel inicie o traçado da modelagem da saia:
● De A a B, trace uma linha saindo o centro do papel com a medida do raio do 
godê (10,8 cm);
● De B a C, marque o comprimento desejado (50 cm);
● Para traçar a circunferência utilize um compasso, apoiando a ponta seca em A.
SAIBA MAIS
Caso seu compasso não atenda ao tamanho da circunferência presente no molde, pro-
duza o seu compasso a partir de um papel com gramatura alta, ou seja, um papel rígido 
e com uma espessura mais grossa.
Como no vídeo a seguir: https://youtu.be/4H6wJK1NIqQ
 
Fonte: A autora (2021).
No final, seu diagrama deverá ficar igual ao desenho apresentado na Figura 5:
https://youtu.be/4H6wJK1NIqQ
54UNIDADE I Introdução à Modelagem Plana 54UNIDADE II Desenvolvimento de Moldes Femininos
FIGURA 5 - DIAGRAMA DA SAIA GODÊ 4/4 
Fonte: Adaptado de: Duarte (2020, p. 178) 
Lembre-se que para cortar o molde no tecido, é necessário preparar o molde para 
corte. Para tal, lembre-se de utilizar um tecido abaixo da folha em branco, e com o auxílio 
da carretilha copie as linhas do molde (sinalizadas na figura em negrito), acrescente as 
margens de costura conforme o tipo de acabamento que será trabalhado na saia. 
Sugestão para o acabamento: Zíper de 20 cm localizado no meio das costas, na 
cintura utilize o cós reto ou anatômico (tópico 1.2.1), e para a bainha deixe 1 cm para fazer 
uma bainha de lenço. Finalize o molde adicionando as informações do modelo, lembre-se 
de marcar o pique sinalizando o meio das costas e o meio da frente, o comprimento do zíper 
e também deixe o fio do molde em evidência. 
SAIBA MAIS 
Para cortar a saia godê no tecido, dobre-o ao meio, juntamente com o molde, ou então 
deixe-o aberto sob o tecido. Esse posicionamento poderá sofrer variações de acordo com 
o comprimento da saia, pois, se for maior que a largura do tecido, será necessário realizar 
uma adaptação no modelo, fazendo a redução do godê ou então a emenda do tecido.
Fonte: A autora (2021).
55UNIDADE I Introdução à Modelagem Plana 55UNIDADE II Desenvolvimento de Moldes Femininos
Agora, faremos o traçado da saia meio godê, ou godê 2/4, realizando o seguinte 
cálculo:
Medida da cintura pelo número π (3,14)
68 cm 3,14 = 21,6 Raio da cintura
*com este cálculo, encontraremos a medida de 2/4 de godê.
Comprimento da saia: 50 cm
Assim como na saia godê total, considere a medida da cintura do tamanho 40, 
sendo 68 cm de cintura (vide tabela Unidade I), e realize o cálculo, será obtida a medida de 
raio da cintura (21,6 cm). Utilizaremos essa medida, e a medida de comprimento (50 cm) 
para desenvolver o molde ilustrado na Figura 6 a seguir.
FIGURA 6 - SAIA MEIO GODÊ 2/4 - (A) REPRESENTAÇÃO DAS PARTES DO GODÊ; 
(B) REPRESENTAÇÃO DO CAIMENTO
 (A) (B)
Fonte: Adaptado de: Duarte (2013, p. 135).
Inicie seu molde no centro do papel, dobrado em duas partes, a dobra é feita no 
sentido da largura do papel. Importante que o seu papel esteja esquadrado, para que não 
comprometa a qualidade do traçado da saia, visualize o processo da dobra na Figura 4 
apresentada anteriormente.
Após cortar, e dobrar o papel inicie o traçado da modelagem da saia:
56UNIDADE I Introdução à Modelagem Plana 56UNIDADE II Desenvolvimento de Moldes Femininos
● De A a B, trace uma linha saindo o centro do papel com a medida do raio do 
godê (21,6 cm);
● De B a C, marque o comprimento desejado (50 cm);
● Para traçar a circunferência utilize um compasso, apoiando a ponta seca em A.
No final, seu diagrama deverá ficar igual ao desenho apresentado na Figura 7.
FIGURA 7 - DIAGRAMA DA SAIA GODÊ 2/4 
Fonte: Adaptado de: Duarte (2013, p. 137). 
Assim como na saia godê 4/4, ao cortar o molde no tecido, é necessário preparar o 
molde para corte. Para tal, com o auxílio da carretilha copie as linhas do molde (sinalizadas 
na Figura 7 em negrito), acrescente as margens de costura conforme o tipo de acabamento 
que será trabalhado na saia. 
Sugestão para o acabamento: Zíper de 20 cm localizado no meio das costas, na 
cintura utilize o cós reto ou anatômico (tópico 1.2.1), e para a bainha deixe 1 cm para fazer 
uma bainha de lenço. Finalize o molde adicionando as informações do modelo (conteúdo 
da Unidade I), lembre-se de marcar o pique sinalizando o meio das costas e o meio da 
frente, o comprimento do zíper e também deixe o fio do molde em evidência. 
57UNIDADE I Introdução à Modelagem Plana 57UNIDADE II Desenvolvimento de Moldes Femininos
SAIBA MAIS
Como vimos na Unidade I, existem diversas informações que podem ser colocadas no 
molde, mas devemos lembrar de colocar as essenciais, desta forma seu molde não fi-
cará poluído com muitas palavras, que podem acabar confundindo ao invés de informar 
o(a) cortador(a), ou você mesmo(a) durante o corte do molde sob o tecido. Veja o exem-
plo das especificações essenciais pensando no molde da saia godê 2/4:
Modelo: Saia godê 2/4
Referência: S02* 
Tamanho: 40
Parte: Diagrama, molde para corte, molde de trabalho *Irá variar conforme a parte que 
você estiver colocando as especificações.
Nº de partes: 02 (aqui são contados os diagramas/molde de trabalho e molde para cor-
te). Também haverá variação nas quantidades
Tecido: Plano
Cortar: 1x na dobra do tecido
Modelista: nome de quem executou o molde
Dica: utilize uma letra para definir o tipo de modelo, no caso do “S” para representar a 
saia, e o número, para representar qual é a ordem desse modelo em uma coleção por 
exemplo, aqui, o 02 por ser o segundo modelo de saia desenvolvido.
Fonte: A autora (2021).
1.2 Evasê
FIGURA 8 - SAIA EVASÊ
Fonte: Adaptado de: Duarte (2020, p. 164). 
58UNIDADE I Introdução à Modelagem Plana 58UNIDADE II Desenvolvimento de Moldes Femininos
Para desenvolver o molde da saia evasê, faremos uma interpretação de modelos 
a partir da base da saia. Para tal, utilize a base da saia tamanho 40 desenvolvidas na 
Unidade I, copie para outro papel (em branco) marcando a linha do quadril e o ápice da 
pence, assim como a sua largura. Após copiar, recorte o molde deixando-o fora do papel, 
mas lembre-se, antes de cortá-lo, você deverá dobrar a pence, e marcar com a carretilha 
ou então corte o papel com a pence dobrada, para tal, utilize a fita adesiva (fita crepe) para 
segurar a dobra da pence.
Após cortar, com o auxílio do esquadro, marque uma linha do ápice da pence até a 
barra da saia, feito isso, corte o molde de trabalho até chegar no ápice da pence. A pence 
deverá ser dobrada e colada com cola, conforme ilustrado na Figura 9.
FIGURA 9 - INTERPRETAÇÃO DA SAIA EVASÊ A PARTIR DA BASE DA SAIA
Fonte: Adaptado de: Duarte (2020, p. 164). 
Após cortar o molde e fechar as pences, você irá precisar de um papel em branco 
que caiba essa cópia que você acabou de criar. Além disso, deve-se pensar na largura 
deste papel e o acréscimo da abertura no ponto B. Conforme ilustrado na Figura 10.
59UNIDADE I Introdução à Modelagem Plana 59UNIDADE II Desenvolvimento de Moldes Femininos
FIGURA 10 - FINALIZAÇÃO DA INTERPRETAÇÃO 
DA SAIA EVASÊ A PARTIR DA BASE DA SAIA
Fonte: Adaptado de: Duarte (2020, p. 165). 
● Ao colar no outro papel, cole primeiro a parte do centro/dobra do molde;
Após colar com a régua ou a fita métrica, você deverá marcar de B até B 5 à 6 cm, 
essa medida pode variar conforme o tipo de abertura que você queira na saia, quanto mais 
aberta, maior deverá ser essa medida entre as partes. Observe também, que ao executar 
essa etapa,a parte superior onde se encontra a pence, não deverá amassar ou rasgar, 
respeite o limite do papel.
● De C até D esquadre uma linha que ultrapasse 5 cm da lateral da saia;
● Com a régua de quadril/curva de alfaiate, retrace a lateral da saia, unindo a linha 
da cintura até a barra.
● Com a mesma régua, trace a linha da barra, unindo o centro/dobra até o ponto D.
● Faça esse processo na parte dianteira e traseira da saia.
Ao cortar o molde no tecido, é necessário preparar o molde para corte. Para tal, com o 
auxílio da carretilha copie as linhas do molde (sinalizadas na Figura 10 em negrito), acrescente 
as margens de costura conforme o tipo de acabamento que será trabalhado na saia. 
60UNIDADE I Introdução à Modelagem Plana 60UNIDADE II Desenvolvimento de Moldes Femininos
Sugestão para o acabamento: Zíper de 20 cm localizado na lateral, na cintura utilize 
o revel (tópico 1.2.1), e para a bainha deixe 3 cm para fazer a bainha, sendo 1 cm para 
dobra de acabamento e 2 cm para virar e finalizar. Lembre-se que ao finalizar o molde 
para corte, nele e nas outras etapas desenvolvidas na interpretação de modelo devem ser 
adicionadas as informações do modelo (conteúdo da Unidade I).
1.2.1 Tipos de cós (reto e anatômico) e revel
Durante o desenvolvimento da modelagem, cabe ao modelista pensar no tipo de 
acabamento que será utilizado na costura da peça, pois é uma etapa importante para ob-
tenção de um bom produto, e que faz parte do processo de modelagem. Para tal, utiliza-se 
alguns recursos, dentre eles os mais utilizados são o cós na versão reta e anatômica, e 
também o revel ou limpeza interna.
O cós é um tipo de acabamento que contorna a cintura da saia, sua modelagem é 
extremamente simples, é um retângulo construído com as medidas da cintura frente acres-
cida da medida da cintura costas, ou seja, a circunferência total da cintura, sem as pences, 
mais o transpasse (DUARTE, 2020).
O cós reto é indicado para quando o modelo, ou seja, a peça tem a cintura no lugar, 
então é desenvolvido um retângulo com a medida da cintura (frente e costas), mais a medida 
de transpasse, que pode variar de 2 a 4 cm dependendo do tipo de acabamento da saia, 
que pode ser botão, zíper e colchete; pela largura desejada, podendo ser dobrado - para 
tal dobra-se a medida de largura no diagrama - ou então cortado duas vezes para receber 
entretela e uma costura de pesponto na parte superior, que não será costurada a saia.
FIGURA 11 - CÓS RETO
Fonte: Adaptado de: Duarte (2020, p. 167). 
61UNIDADE I Introdução à Modelagem Plana 61UNIDADE II Desenvolvimento de Moldes Femininos
SAIBA MAIS
A entretela é um tecido feito de algodão engomado, geralmente confeccionado na cor 
branca, podendo aparecer também na cor preta, utilizado na confecção de colarinhos 
para camisas masculinas e femininas, além de punhos, bolsos e cós de algumas peças, 
como saias e calças, dentre outras aplicações.
Fonte: A autora (2021).
O cós anatômico é indicado para as peças que são construídas com a cintura abai-
xo ou acima da linha de cintura da base. Como o nome já diz, o formato do cós anatômico 
é curvo, para se adaptar às curvas do corpo em que o produto será vestido. Devido a isso, 
ele é cortado duas vezes no tecido, e também pode receber a entretela como acabamento. 
O processo de construção deste cós anatômico é diferente do cós reto. Observe a Figura 
12, e siga o passo a passo.
FIGURA 12 - DIAGRAMA DO CÓS ANATÔMICO
Fonte: JENCK et al., 2019, p. 34.
62UNIDADE I Introdução à Modelagem Plana 62UNIDADE II Desenvolvimento de Moldes Femininos
● Com o esquadro, trace uma linha de A a B com a medida da cintura da peça (total);
● Do ponto B ao D, entrando na linha, marque a altura do cós, ou seja, o tamanho 
que você deseja que ele fique após costurado, pode ser 4 ou 5 cm, a medida 
varia conforme o resultado desejado.
● Una os pontos A, D e E com um semicírculo (utilize o compasso de papel);
● Trace um semicírculo unindo os pontos A, B e C;
● De B a C, com a fita métrica “em pé” marque a medida da cintura;
● De E a C, marque a mesma medida de B a D.
Com o diagrama finalizado, você irá copiar o cós para outro papel, e acrescentar 
1 cm de margem de costura em toda a volta do cós. Marque o fio no molde, e anote as 
especificações, se ficar poluído visualmente, anote em destaque o fio, o modelo, a parte e 
quantidade de vezes que deverá ser cortado na frente, e atrás do molde anote as demais 
especificações. Ao final, o formato do seu cós deverá ficar como o da Figura 13.
FIGURA 13 - MOLDE FINALIZADO CÓS ANATÔMICO SEM MARGEM DE COSTURA
Fonte: JENCK et al., 2019, p. 35.
Por fim, outro tipo de acabamento muito utilizado em saias e também em blusas 
(decotes e cavas) é o revel, também chamado de limpeza interna ou externa. Este tipo 
de acabamento é feito com a mesma técnica de construção do cós anatômico. E pode 
ainda, ser construído sobre o molde, marcando uma linha na medida que deseja ter de 
acabamento, e copiando essa linha juntamente com o contorno lateral e linha da cintura em 
outro papel com o auxílio da carretilha, e acrescentar margem de costura.
63UNIDADE I Introdução à Modelagem Plana 63UNIDADE II Desenvolvimento de Moldes Femininos
FIGURA 14 - LIMPEZA INTERNA
Fonte: Adaptado de: Duarte (2013, p. 45). 
FIGURA 15 - LIMPEZA EXTERNA
Fonte: Adaptado de: Duarte (2013, p. 45). 
64UNIDADE I Introdução à Modelagem Plana 64UNIDADE II Desenvolvimento de Moldes Femininos
1.3 Rabo de peixe
FIGURA 16 - SAIA RABO DE PEIXE
Fonte: Adaptado de: Duarte (2013, p. 76). 
Para o desenvolvimento da saia rabo de peixe, utiliza-se também a base da saia, 
para que não se tenha o trabalho de desenvolver o diagrama base e depois transformá-lo 
neste modelo. Com uma folha de papel kraft em branco, iniciaremos nosso molde copiando 
a base do dianteiro e do traseiro da saia, desenhando a pence.
Marque um ponto de A até C, com 35 cm;
Com o esquadro, marque uma linha reta de C até D, verifique a medida da linha e 
a dividida em cinco partes iguais, depois as enumere de 1 a 5.
Observe a Figura 17, e corte o molde de trabalho onde há a indicação com as tesou-
ras, lembre-se de separar a parte de baixo (de B a C) da parte de cima da saia, de C até A.
65UNIDADE I Introdução à Modelagem Plana 65UNIDADE II Desenvolvimento de Moldes Femininos
FIGURA 17 - INTERPRETAÇÃO DA SAIA RABO DE PEIXE A PARTIR DA BASE DA SAIA
Fonte: Adaptado de: Duarte (2013, p. 76). 
Agora, o próximo passo será dividir as partes de 1 a 5 que estão na linha de C a 
D, deixando um ponto de ligação entre elas, ou seja, cortá-las, mas sem separá-las. Após 
finalizar essa etapa, trace um ângulo de 90º em um papel em branco. Cole o centro frente 
da barra da saia, parte 1, na perpendicular que forma o ângulo. 
Depois, com a régua ou a fita métrica, a partir de 1, marque 5 cm, então cole a parte 
2, depois repita o processo e marque da extremidade de 2 em direção à parte 3, 5 cm, repita 
o processo até colar a 5 partes. Com a régua curva francesa retrace as linhas do barrado 
da saia, unindo as cinco partes em uma linha contínua e curva (FIGURA 18). 
FIGURA 18 - INTERPRETAÇÃO DA SAIA RABO DE PEIXE A PARTIR DA BASE DA SAIA
Fonte: Adaptado de: Duarte (2013, p. 76).
66UNIDADE I Introdução à Modelagem Plana 66UNIDADE II Desenvolvimento de Moldes Femininos
 Após finalizar, repita todo o processo na parte das costas da saia. Ao final, você 
terá quatro partes do molde compondo o modelo da saia rabo de peixe, sendo duas partes 
superiores (frente e costas), e duas partes inferiores, barrado da frente e barrado das cos-
tas. A Figura a seguir apresenta os moldes finalizados da parte frente da saia. Lembre-se 
de colocar as especificações no modelo e também o tipo de acabamento, que poderá ser 
uma limpeza interna ou externa, ou até mesmo um cós reto; importante acrescentar zíper 
na lateral ou no centro costas como sistema de abertura da peça.
FIGURA 19 - SAIA RABO DE PEIXE FINALIZADA SEM MARGEM DE COSTURA

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