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Enízia Simões 3°período Coluna vertebralColuna vertebralColuna vertebral - A coluna vertebralcoluna vertebralcoluna vertebral é uma estrutura agregada, normalmente composta por 33 vértebras e os componentes que as unem para formar uma unidade funcional e estrutural – o “eixo” do esqueleto axial - As articulações da coluna vertebral incluem: •Articulações dos corpos vertebrais •Articulações dos arcos vertebrais •Articulações craniovertebrais •Articulações costovertebrais •Articulações sacroilíacas Movimentos da coluna vertebral - A amplitude de movimento da coluna vertebral varia de acordo com a região e o indivíduo. - A mobilidade da coluna vertebral decorre principalmente da compressibilidade e elasticidade dos discos intervertebrais. A colu- na vertebral faz movimentos de flexão, extensão, flexão e exten- são laterais, e rotação. A flexão da coluna vertebral para a direita ou esquerda a partir da posição neutra (ereta) é a flexão lateral; o retorno à postura ereta a partir de uma posição de flexão lateral é a extensão lateral. - Os movimentos não são produzidos exclusivamente pelos mús- culos do dorso. Eles são auxiliados pela gravidade e pela ação dos músculos anterolaterais do abdome *Os movimentos da coluna vertebral são mais livres nas regiões cervical e lombar do que nas outras partes Curvaturas da coluna vertebral - A coluna vertebral em adultos tem quatro curvaturas que ocor- rem nas regiões cervical, torácica, lombar e sacral *As cifoses torácica e sacral são côncavas anteriormente, e as lordoses cervical e lombar são côncavas posteriormente - As cifoses torácica e sacral são curvaturas primárias que se de- senvolvem durante o período fetal em relação à posição fetal (fletida) - As lordoses cervical e lombar são curvaturas secundárias que resultam da extensão a partir da posição fetal fletida. Elas come- çam a aparecer durante o período fetal, mas só se tornam evi- den-tes na lactância (aproximadamente, o 1 o ano). - A lordose cervical torna-se bem evidente quando um lactente começa a levantar (estender) a cabeça em decúbito ventral e a manter a cabeça ereta na posição sentada. A lordose lombar tor- na-se aparente quando crianças de 1 a 2 anos começam a assu- mir a postura vertical, ficar de pé e caminhar. Essa curvatura, em geral mais acentuada nas mulheres, termina no ângulo lombossa- cral formado na junção da vértebra LV com o sacro. A cifose sa- cral também é diferente em homens e mulheres; na mulher ela é reduzida de modo que haja menor protrusão do cóccix para a abertura inferior da pelve - As curvaturas da coluna vertebral proporcionam flexibilidade adi- cional (resiliência com absorção de choque), aumentando ainda mais a flexibilidade proporcionada pelos discos. Quando a carga sustentada pela coluna vertebral é muito aumentada (como ao carregar um objeto pesado), há compressão dos discos e das curvaturas flexíveis (ou seja, as curvaturas tendem a aumentar). A sustentação de peso adicional anterior ao eixo gravitacional nor- mal do corpo (mamas muito grandes, abdome em avental em obesos ou abdome aumentado em consequência de útero gra- vídico nos últimos meses da gravidez, ou carregar uma criança pequena no colo) também tende a aumentar essas curvaturas Vertebras - A coluna vertebral tem habitualmente 33 vértebras, organizadas em cinco regiões: 7 vértebras cervicais, 12 torácicas, 5 lombares, 5 sacrais e 4 coccígeas *As vértebras tornam-se maiores gradualmente, à medida que a coluna vertebral desce até o sacro e, a partir daí, tornam-se pro- gressivamente menores em direção ao ápice do cóccix. Essa mu- dança de tamanho se dá pelo fato de vértebras sucessivas supor- tarem cada vez mais peso corporal, à medida que se desce a co- luna vertebral. - Só há movimento significativo entre as 25 vértebras superiores. Das 9 vértebras inferiores, as 5 vértebras sacrais estão fundidas nos adultos formando o sacro e, após aproximadamente 30 anos de idade, as 4 vértebras coccígeas se fundem para formar o cóccix. - O ângulo lombossacral está situado na junção dos eixos longos Medula Espinhal Enízia Simões 3°período da região lombar da coluna vertebral e do sacro - A coluna vertebral é flexível porque é formada por muitos os- sos relativamente pequenos, chamados vértebras, que são sepa- rados por discos intervertebrais resilientes . As vértebras cervicais, torácicas, lombares e a primeira vértebra sacral, ao todo 25, tam- bém se articulam nas articulações dos processos articulares, que facilitam e controlam a flexibilidade da coluna vertebral. ESTRUTURA E FUNÇÃO DAS VERTEBRAS - O tamanho e outras características das vértebras variam de uma região da coluna vertebral para outra e, em menor grau, em cada região; entretanto, sua estrutura básica é igual. Uma vértebra geral consiste em um corpo vertebral, um arco vertebral e sete processos - O corpo vertebral é a parte anterior do osso, de maiores pro- porções, aproximadamente cilíndrica, que confere resistência à coluna vertebral e sustenta o peso do corpo. O corpo vertebral é formado por osso trabecular (esponjoso) vascularizado, revestido por uma fina camada externa de osso compacto - O arco vertebral está situado posteriormente ao corpo vertebral e consiste em dois pedículos e lâminas. Os pedículos são proces- sos cilíndricos sólidos e curtos que se projetam posteriormente do corpo vertebral para encontrar duas placas de osso largas e planas, denominadas lâminas, que se unem na linha mediana pos- terior. O arco vertebral e a face posterior do corpo vertebral for- mam as paredes do forame vertebral. A sucessão de forames vertebrais na coluna vertebral articulada forma o canal vertebral. Ele contém a medula espinal e as raízes dos nervos espinais, jun- tamente com as membranas (meninges), a gordura e os vasos que os circundam e servem - As incisuras vertebrais são entalhes observados em vistas late- rais das vértebras acima e abaixo de cada pedículo entre os pro- cessos articulares superiores e inferiores posteriormente e as projeções correspondentes do corpo anteriormente. - Sete processos originam-se do arco vertebral de uma vértebra comum: Um processo espinhoso mediano projeta-se posteriormente (e, em geral, inferiormente, e costuma superpor-se à vérte- bra inferior) a partir do arco vertebral na junção das lâminas Dois processos transversos projetam-se posterolateralmente a partir das junções dos pedículos com as lâminas Quatro processos articulares – dois superiores e dois inferio- res – também se originam das junções dos pedículos com as lâminas, cada um deles apresentando uma face articular. Medula Espinhal - A medula espinal funciona de três maneiras: 1. Através dos nervos espinais que se conectam a ela 2. Através dos tratos ascendentes e descendentes que percor- rem sua substância branca 3. Através da integração sensitivo-motora em sua substância cin- zenta, a medula espinal é um centro importante para os reflexos - A medula espinal é a principal via de comunicac ̧a ̃o entre o encé- falo e o SNP abaixo da cabec ̧a. Ela integra as informac ̧ões aferen- tes e produz respostas por meio de mecanismos reflexo - A medula espinal passa pelo canal vertebral da coluna vertebral. O canal vertebral é formado de forames vertebrais sucessivos das vértebras articuladas. A medula espinal estende-se do forame magno na base do osso occipital até o nível da primeira ou se- gunda vértebra lombar (LI ou LII). Nessa extremidade inferior, a medula espinal afunila no cone medular, e desse cone se estende o filamento terminal - um filamento longo de tecido conjuntivo - o qual se conecta ao cóccix inferiormente ancorando a medula espi- nal de modo a não ser empurrada pelos movimentos corporais. - Trinta e um pares de nervos espinais (estruturas do SNP) co- nectam-se à medula espinal através das raízes nervosas dorsal e ventral. Os 31 nervos espinais são divididos nos grupos cervical (8), torácico (12), lombar (5), sacral (5) e coccígeo (1). *Existem oito nervos cervicais, apesar de haver apenas sete vér- tebras cervicais, pois o primeironervo espinal cervical sai acima da primeira vértebra cervical. Cada nervo espinal é constituído de um feixe de axônios, célu- las de Schwann e bainhas de tecido conectivo - Nas regiões cervical e lombar da medula espinal, onde surgem os nervos para os membros superiores e inferiores, a medula es- pinal exibe alargamentos evidentes, chamados intumescência cer- vical e lombar - Como a medula não alcança a extremidade inferior da coluna vertebral, as raízes nervosas lombar e sacral precisam descer pelo canal vertebral antes de chegar aos forames intervertebrais cor- respondentes. Essa s raízes nervosas na extremidade inferior do canal vertebral é a cauda equina. - O termo segmento medular é utilizado clinicamente para indicar a região da medula espinal da qual surgem os processos axonais que formam determinado nervo espinal. Cada segmento medular é designado pelo nervo espinal que surge dele — por exemplo, no primeiro segmento medular torácico (segmento medular T I) surge o primeiro nervo espinal torácico (nervo espinal T I) da me- dula espinal. Substância branca da medula espinhalSubstância branca da medula espinhalSubstância branca da medula espinhal - A medula espinal consiste em uma região externa de substância branca e uma região interna de substância cinzenta. - A substância branca da medula espinal é composta de axônios mielinizados e não mielinizados que permitem a comunicação en- Enízia Simões 3°período tre diferentes partes da medula espinal e entre a medula e o en- céfalo. Essas fibras são classificadas como pertencentes a um de três tipos, dependendo da direção que transmitem seus impulsos nervosos: Ascendentes: transmite informações sensitivas dos neurônios sensitivos do corpo até o encéfalo. Descendentes: transmite instruções motoras do encéfalo para a medula espinal, a fim de estimular a contração dos músculos Comissurais: são fibras de substância branca que transmitem informações de um lado para o outro da medula espinal. - A substância branca em cada lado da medula espinal é dividida em três funículos: funículo posterior, funículo anterior e funículo lateral. Os três funículos contêm muitos tratos fibrosos, cada um é composto de axônios com destinos e funções similares. Substância cinzenta da medula espinhalSubstância cinzenta da medula espinhalSubstância cinzenta da medula espinhal - Assim como em todas as outras partes do SNC, a substância cinzenta da medula consiste em uma mistura de corpos celulares neuronais, neurônios curtos e não mielinizados e neuroglia. - No corte transversal, a substância cinzenta da medula espinal tem a forma da letra H. A barra transversal do H chama-se subs- tância cinzenta intermédia central, sendo composta de axônios não mielinizados que atravessam o SNC de um lado a outro. Den- tro da comissura cinzenta encontra-se a cavidade central estreita da medula espinal, o canal central. Os dois braços dorsais do H são os cornos posteriores e os dois braços ventrais são os cornos an- teriores. Nos segmentos torácico e lombar superior da medula es- pinal, existem pequenas colunas laterais de substância cinzenta, chamadas cornos laterais Os cornos posteriores consistem em interneurônios, que re- cebem informações dos neurônios sensitivos cujos corpos ce- lulares estão situados do lado de fora da medula espinal nos gânglios da raiz dorsal e cujos axônios alcançam a medula es- pinal via raízes posteriores. Os cornos anteriores (e laterais) contêm corpos celulares de neurônios motores que enviam seus axônios para fora da me- dula espinal via raízes anteriores para abastecer músculos e glândulas. O canal central, situado no centro da comissura cinzenta, ajuda a cir- cular o LCS associado com o sistema ventricular * A substância cinzenta da medula pode ser classificada ainda de acordo com a inervação das regiões somáticas e viscerais do cor- po. Esse esquema reconhece quatro zonas de substância cinzenta da medula espinal: sensitiva somática (SS), sensitiva visceral (SV), motora visceral (MV) e motora somática (MS). Essas zonas são equivalentes às divisões funcionais do SNP Fisiologia da medula espinhalFisiologia da medula espinhalFisiologia da medula espinhal - A medula espinal tem duas funções principais na manutenção da homeostasia: propagação do impulso nervoso e integração de in- formações. *Os tratos de substância branca são vias rápidas para propagação dos impulsos nervosos. As aferências sensitivas trafegam por estas vias em direção ao encéfalo, e as eferências motoras são envia- das pelo encéfalo, por essas vias, para os músculos esqueléticos e outros tecidos efetores. A substância cinzenta recebe e integra as aferências e eferências. Os impulsos nervosos provenientes dos receptores sensitivos se propa- gam na medula espinal até o encéfalo por meio das seguintes vias principais em cada lado da medula: o trato espinotalâmico e os tratos do funículo pos- terior. O trato espinotalâmico transmite impulsos nervosos relacionados com dor, calor, frio, prurido, cócegas, pressão profunda e tato grosseiro. O funí- culo posterior é formada por dois tratos: o fascículo grácil e o fascículo cu- neiforme. Os tratos do funículo posterior conduzem impulsos nervosos as- sociados a tato discriminativo, pressão leve, vibração e propriocepção cons- ciente (a percepção consciente das posições e movimentos dos músculos, tendões e articulações). Proteção da medula espinhalProteção da medula espinhalProteção da medula espinhal - Assim como o encéfalo, o tecido neural da medula espinal é protegido por osso (as vértebras), meninges e líquido cerebrospi- nal *A dura-máter é um pouco diferente da dura-máter em volta do encéfalo: ela não se conecta ao osso circundante e corresponde apenas à camada meníngea da dura-máter do encéfalo. - No lado de fora da dura-máter espinal tem o espaço epidural, que é preenchido com gordura de amortecimento e uma rede de veias e separa a dura-máter do periósteo. Os anestésicos são fre- quentemente injetados nesse espaço para bloquear os impulsos nervosos na medula espinal e assim aliviar a dor nas regiões do corpo inferiores ao local de injeção. - A segunda membrana meníngea é muito fina, a aracnoide, sepa- rada da dura-ma ́ter por um espac ̧o praticamente virtual, devido a ̀ elevada aderência entre a dura-ma ́ter e a aracnoide, o espac ̧o subdural, que tem uma pequena quantidade de fluido seroso. - A terceira e mais profunda camada meníngea, a pia-ma ́ter, esta ́ aderida firmemente a ̀ superfície da medula espinal. Entre a aracnoide e a pia-máter, encontra-se a cavidade subaracnóidea, que têm filamentos semelhantes a teias da aracnoide, vasos sangui ́neos e li ́quido cerebrospinal (LCS) Extensões laterais da pia-máter, chamadas ligamentos denticulados (“dentados”), ancoram a medula espinal lateralmente na dura-máter por to- do o comprimento da medula. Nervos espinhaisNervos espinhaisNervos espinhais - Os nervos espinais estão associados à medula espinal e, como todos os nervos do sistema nervoso periférico (SNP), são feixes paralelos de axônios envolvidos por várias camadas de tecido con- Enízia Simões 3°período juntivo - Os nervos espinais conectam o SNC a receptores sensitivos, músculos e glândulas em todas as partes do corpo *O primeiro par de nervos espinais cervicais emerge da medula espinal entre o occipital e o atlas (primeira vértebra cervical, ou C I). A maioria dos nervos espinais restantes sai da medula pelos fo- rames intervertebrais, formados por duas vértebras adjacentes. Os nervos C1–C7 emergem do canal vertebral acima de suas vérte- bras correspondentes. O nervo espinal C8 sai do canal vertebral entre as vértebras C7 e T1. Os nervos T1–L5 emergem do canal vertebral abaixo de suas vértebras correspondentes. As raízes dos nervos sacrais (S1–S5) e coccígeos (Co1) entram no canal sacral, a parte do canal vertebral localizada no sacro. Na sequência, os ner- vos S1–S4 saem do canal sacral através dos quatro pares de fora- mes sacrais anterior e posterior, e os nervos S5 e Co1, através do hiato sacral.Revestimento - Cada nervo espinal e craniano é formado por vários axônios e apresenta membranas protetoras de tecido conjuntivo - Axônios dentro de um nervo, mielinizados ou não, são envolvi- dos pelo endoneuro, a camada mais profunda. Vários axônios com seu endoneuro se agrupam em feixes chamados de fascículos, cada qual envolvido pelo perineuro, a camada média. E a camada externa, que cobre todo o nervo, é conhecida como epineuro. * O endoneuro é uma malha de fibras de colágeno, fibroblastos e macrófa- gos. * O perineuro é uma camada mais espessa de tecido conjuntivo. Ele é composto por até 15 camadas de fibroblastos em uma rede de fibras de colágeno * E o epineuro é formado por fibroblastos e fibras colágenas grossas. Proje- ções do epineuro também preenchem os espaços entre os fascículos. Distribuição RAMOSRAMOSRAMOS - Logo após passar pelo seu forame intervertebral, um nervo espinal se divide em vários ramosramosramos - O ramo posterior (dorsal)ramo posterior (dorsal)ramo posterior (dorsal) supre os músculos profundos e a pele da face posterior do tronco. - O ramo anterior (ventral)ramo anterior (ventral)ramo anterior (ventral) supre os músculos e as estruturas dos quatro membros, bem como a pele das faces lateral e anterior do tronco - E dão origem a ramos meníngeos que entram novamente no canal vertebral pelo forame intervertebral e suprem as vértebras, os ligamentos vertebrais, os vasos sanguíneos da medula espinal e as meninges. - Outros ramos de um nervo espinal são os ramos comuni-ramos comuni-ramos comuni- cantescantescantes, componentes da divisão autônoma do sistema nervo- so PLEXOSPLEXOSPLEXOS - Os axônios dos ramos anteriores dos nervos espinais, com exceção dos nervos torácicos T2 a T12, não chegam direta- mente às estruturas corporais supridas por eles. Em vez disso, eles formam redes em ambos os lados do corpo, por meio da ligação de vários axônios de ramos anteriores de nervos adjacentes, que são os plexos - Os principais plexos são o plexo cervicalplexo cervicalplexo cervical, o plexo braquialplexo braquialplexo braquial, o plexo lombarplexo lombarplexo lombar e o plexo sacralplexo sacralplexo sacral. E também existe um peque- no plexo coccígeoplexo coccígeoplexo coccígeo NERVOS INTERCOSTAISNERVOS INTERCOSTAISNERVOS INTERCOSTAIS - Os ramos anteriores dos nervos espinais T2 a T12 não for- mam plexos e são conhecidos como nervos intercos-nervos intercos-nervos intercos- taistaistais ou nervos torácicos. - Eles se conectam diretamente às estruturas supridas nos espaços intercostais. PLEXO CERVICAL:PLEXO CERVICAL:PLEXO CERVICAL: é formado pelas raízes (ramos anteriores) dos primeiros quatro nervos cervicais (C1–C4), com contribuições de C5. O plexo cervical supre a pele e os músculos da cabeça, do pescoço e das partes superiores dos ombros e do tórax. Ramos do plexo cervical também apresentam trajetória junto a dois ner- vos cranianos, o acessório (XI) e o hipoglosso (XII). PLEXO BRAQUIAL:PLEXO BRAQUIAL:PLEXO BRAQUIAL: as raízes (ramos anteriores) dos nervos espi- nais C5 a C8 e T1 formam o plexo braquialplexo braquialplexo braquial, que se estende inferi- or e lateralmente em ambos os lados das últimas quatro vértebras cervicais e da primeira vértebra torácica. O plexo braquial fornece quase toda a inervação dos ombros e dos membros superiores . Cinco grandes ramos terminais se originam do plexo braquial. (1) O nervo axi-nervo axi-nervo axi- larlarlar supre os músculos deltoide e redondo menor. (2) O nervo musculocutâ-nervo musculocutâ-nervo musculocutâ- neoneoneo inerva os músculos anteriores do braço. (3) O nervo radialnervo radialnervo radial supre os músculos da região posterior do braço e do antebraço. (4) O nervo media-nervo media-nervo media- nonono inerva a maioria dos músculos da região antebraquial anterior e alguns mús- culos da mão. (5) O nervo ulnarnervo ulnarnervo ulnar supre os músculos anteromediais do antebraço e a maioria dos músculos da mão. PLEXO LOMBAR:PLEXO LOMBAR:PLEXO LOMBAR: as raízes (ramos anteriores) dos nervos espi- nais L1 a L4 formam o plexo lombarplexo lombarplexo lombar. Ao contrário do plexo bra- quial, existem poucas interconexões entre as fibras do plexo lom- bar. O plexo lombar supre a parede abdominal anterolateral, os órgãos genitais externos, e parte dos membros inferiores. PLEXO SACRAL E COCCÍGEO: PLEXO SACRAL E COCCÍGEO: PLEXO SACRAL E COCCÍGEO: asasas raízes (ramos anteriores) dos nervos espinais L4–L5 e S1–S4 formam o plexo sacralplexo sacralplexo sacral. O plexo sacral inerva as regiões glúteas, o períneo e os membros inferio- res. O maior nervo do corpo – o nervo isquiático – se origina deste plexo. DERMÁTOMOS:DERMÁTOMOS:DERMÁTOMOS: A pele de todo o corpo é inervada por neurô- nios sensitivos somáticos que levam impulsos nervosos para a medula espinal e para o encéfalo. Cada nervo espinal contém neu- rônios sensitivos que suprem um segmento específico do corpo. Um dos nervos cranianos, o nervo trigêmeo (NC V), inerva a mai- or parte da pele da face e do escalpo. A área da pele que forne- ce a aferência sensitiva para o SNC por meio de um dos pares de nervos espinais ou do nervo trigêmeo (NC V) é chamada de der-der-der- mátomomátomomátomo * O reconhecimento de quais segmentos medulares estão relacionados com cada dermátomo possibilita a localização de lesões na medula espinal. Se a pele de uma região específica for estimulada, mas a sensação não for percebida, os nervos daquele dermátomo provavelmente estão lesados. Enízia Simões 3°período ARCO REFLEXOARCO REFLEXOARCO REFLEXO - A segunda maneira pela qual a medula espinal mantém a home- ostasia é servindo como centro de integração de alguns reflexos. Reflexo é uma sequência de ações automática, rápida e involuntá- ria que ocorre em resposta a um determinado estímulo. - Esses reflexos podem ser naturais, como quando você tira a mão de uma superfície quente mesmo antes de ter a percepção consciente que ela de fato está quente e outros são aprendidos ou adquiridos, como exemplo, adquirimos muitos reflexos quando aprendendo a dirigir (um desses pe quando pisa no freio em situa- ção de emergência) - Quando a integração ocorre na substância cinzenta da medula espinal, o reflexo é chamado de reflexo espinalreflexo espinalreflexo espinal, pode se dat co- mo exemplo o conhecido reflexo patelar. - Se a integração acontece no tronco encefálico, o reflexo então é chamado de reflexo cranianoreflexo cranianoreflexo craniano. Um exemplo é a movimentação de seus olhos enquanto você lê esta frase - Tem também, os reflexos somáticos reflexos somáticos reflexos somáticos, que envolvem a contra- ção de músculos esqueléticos. Igualmente essenciais, no entanto, são os reflexos autônomos (visceraisreflexos autônomos (visceraisreflexos autônomos (viscerais), os quais geralmente não são percebidos conscientemente e envolvem respostas dos mús- culos lisos, dos músculos cardíacos e das glândulas - Os impulsos nervosos que se propagam em direção ao SNC, dentro dele ou para fora dele seguem padrões específicos, de- pendendo do tipo de informação, de sua origem e de seu destino. A via seguida pelos impulsos nervosos que produzem um reflexo é conhecida como arco reflexoarco reflexoarco reflexo. Um arco reflexo inclui os cinco componentes funcionais. Receptor sensitivo:Receptor sensitivo:Receptor sensitivo: a terminação distal de um neurônio sensiti- vo ou de uma estrutura sensitiva associada exerce a função de receptor sensitivo. Ela responde a um estímulo específico por meio da geração de um potencial graduado chamado de potencial gerador, e se esse potencial atinge o limiar, ele gera um ou mais impulso nervoso no neurônio sensitivo Neurônio sensitivo:Neurônio sensitivo:Neurônio sensitivo: a partir do receptor sensitivo, o impulso se propaga pelo axônio do neurônio sensitivo até as terminações axônicas, que estão localizadas na substância cinzenta da me- dula espinal ou do tronco encefálico. Nestes pontos, interneu- rônios enviam impulsos nervosos para a área do encéfalo res- ponsável pela percepçãoconsciente de que aconteceu um reflexo. Centro de integração:Centro de integração:Centro de integração: uma ou mais regiões de substância cin- zenta no SNC atuam como um centro de integração. No tipo mais simples de reflexo, o centro de integração é uma sim- ples sinapse entre um neurônio sensitivo e um neurônio mo- tor. A via reflexa que apresenta apenas uma sinapse no SNC é chama- da de arco reflexo monossináptico. Um arco reflexo polissináptico en- volve mais de dois tipos de neurônios e mais de um tipo de sinapse no SNC. Neurônio motor: Neurônio motor: Neurônio motor: os impulsos gerados pelos centros de inte- gração se propagam para fora do SNC em um neurônio mo- tor que se estende até a parte do corpo que executará a resposta. Efetor:Efetor:Efetor: é a parte do corpo que responde ao impulso nervoso motor, como um músculo ou uma glândula. Esta resposta é conhecida como reflexo. Se o efetor é um músculo esquelético, o reflexo é chamado de reflexo somático. Se o efetor é um músculo liso, um músculo cardíaco ou uma glândula, então o reflexo é conhecido como reflexo autônomo. No arco reflexo, os impulsos nervosos sensitivos entram na medula es- pinal pelo mesmo lado que os impulsos nervosos motores saem. Esta dispo- sição é conhecida como reflexo ipsolateral. - Como os reflexos são de modo geral previsíveis, eles fornecem informações úteis sobre a saúde do sistema nervoso e podem ajudar muito no diagnóstico de doenças. Lesões ou doenças em qualquer parte do arco reflexo podem causar a ausência de refle- xos ou sua exacerbação. - Tem quatro importantes reflexos espinais somáticos: o reflexo de estiramento, o reflexo tendinoso, o reflexo flexor (de retirada) e o reflexo extensor cruzado. Reflexo de estiramento - Causa a contração de um músculo esquelético em resposta a seu estiramento - Podem ser gerados através da percussão de tendões ligados a músculos nas articulações do cotovelo, punho, joelho e tornozelo (exemplo: reflexo patelar) - O reflexo de estiramento funciona da seguinte maneira Um discreto estiramento muscular estimula receptores sensiti- vos no músculo - os fusos muscularesfusos muscularesfusos musculares. Os fusos controlam as mudanças no comprimento do músculo. Em resposta ao estiramento o fuso muscular gera um ou mais impulsos nervosos que se propagam em um neurônio sensitivo somático da raiz posterior do nervo espinal até a medula espinal. Enízia Simões 3°período Na medula espinal que é o centro de integração, o neurônio sensitivo faz uma sinapse excitatória com um neurônio motor no corno anterior, ativando-o. Se o estímulo é suficientemente intenso, os impulsos nervo- sos são gerados no neurônio motor e se propagam por seu axônio, passando pelos nervos periféricos, até o músculo esti- mulado. As terminações axônicas do neurônio motor formam junções neuromusculares (JNM) com as fibras musculares es- queléticas do músculo estirado. A acetilcolina liberada pelos impulsos nervosos na JNM dispara um ou mais potenciais de ação musculares no músculo estira- do, fazendo com que este se contraia. Assim, o estiramento muscular é seguido pela contração muscular, a qual diminui o estiramento. O reflexo de estiramento também ajuda a manter a postura. Por exemplo, se uma pessoa que está em pé começa a se inclinar para frente, o gastrocnê- mio e outros músculos da panturrilha se estiram. Consequentemente, são inicia- dos reflexos de estiramento nestes músculos, gerando sua contração e o res- tabelecimento da postura inicial. Reflexo de tendinoso - O reflexo tendinosoreflexo tendinosoreflexo tendinoso atua como um mecanismo de retroalimen- tação para controlar a tensão muscular por meio do seu relaxa- mento, antes que a força do músculo se torne intensa o suficien- te para romper seus tendões. * Embora o reflexo tendinoso seja menos sensível que o de esti- ramento, ele pode anular este reflexo quando a tensão é excessi- va, fazendo com que você deixe cair no chão um objeto muito pesado, por exemplo - Os receptores sensitivos responsáveis por este reflexo são cha- mados de órgãos tendinososórgãos tendinososórgãos tendinosos (órgãos tendinosos de Golgi), os quais se situam dentro de um tendão, próximo a sua junção com o ventre muscular. Os órgãos tendinosos detectam e respondem a modificações na tensão muscular causadas por estiramento pas- sivo ou contração. Assim, o reflexo tendinoso protege o tendão e o músculo de lesões por tensão exagerada. - Um reflexo tendinoso funciona da seguinte maneira: À medida que a tensão aplicada sobre um tendão aumenta, o órgão tendinoso é estimulado São gerados impulsos nervosos que se propagam para a me- dula espinal através de um neurônio sensitivo. Na medula espinal, o neurônio sensitivo ativa um interneurônio inibitório que faz sinapse com um neurônio motor. O neurotransmissor inibitório hiperpolariza o neurônio motor, diminuindo a geração de impulsos nervosos O músculo relaxa e alivia o excesso de tensão. Reflexo de retirada - Um exemplo desse tipo de reflexo é quando você pisa em um prego e em resposta a este estímulo doloroso, você imediata- mente retira sua perna. - Funciona da seguinte forma: Quando você pisa no prego, ocorre a estimulação dos dendri- tos de um neurônio sensível à do Este neurônio sensitivo gera impulsos nervosos, os quais se propagam em direção à medula espinal. Na medula espinal, o neurônio sensitivo ativa interneurônios que se estendem por vários níveis medulares. Os interneurônios ativam neurônios motores em vários seg- mentos medulares. Consequentemente, os neurônios motores geram impulsos nervosos, que se propagam em direção às terminações axônicas. A acetilcolina liberada pelos neurônios motores causa a con- tração dos músculos flexores da coxa, o que proporciona a retirada da perna. Este reflexo é protetor, pois a contração dos músculos flexores afasta o membro da fonte de um po- tencial estímulo danoso. Reflexo extensor cruzado - Outro fenômeno pode acontecer quando você pisa em um pre- go: você pode começar a perder o equilíbrio à medida que o pe- so do seu corpo é transferido para o outro pé. Além de iniciar o reflexo de retirada que permite a você retirar o membro, os im- pulsos nervosos gerados a partir da pisada no prego também inici- am o reflexo extensor cruzadoreflexo extensor cruzadoreflexo extensor cruzado - Auxilia na manutenção do equilíbrio - Funciona da seguinte forma: Quando você pisa no prego, ocorre a estimulação do recep- tor sensitivo de um neurônio sensível à dor no pé direito. Esse neurônio gera impulsos nervosos que se propagam para a medula espinal. Na medula espinal, o neurônio sensitivo ativa uma série de in- terneurônios que fazem sinapse com neurônios motores de vários segmentos do lado esquerdo da medula espinal. Desse modo, os sinais álgicos aferentes cruzam para o outro lado por meio de interneurônios. Os interneurônios estimulam neurônios motores, em vários Enízia Simões 3°período segmentos medulares, que inervam músculos extensores. Os neurônios motores, por sua vez, geram mais impulsos nervo- sos, os quais se propagam em direção às terminações axôni- cas. A acetilcolina liberada pelos neurônios motores causa a con- tração dos músculos extensores da coxa do membro inferior esquerdo não estimulado pela dor. Assim, o peso pode ser deslocado para o pé que deve agora sustentar o corpo inteiro - Ao contrário do reflexo de retirada (flexor), que é um reflexo ip- solateral, o reflexo extensor cruzado envolve um arco reflexoarco reflexoarco reflexo contralateralcontralateralcontralateral: os impulsos sensitivos entram por um lado da medu- la espinal e os impulsos motores saem pelo lado oposto. ReferReferReferênciasnciasncias - TORTORA. Princípios de Anatomia e Fisiologia. Disponível em: Minha Biblioteca, (14th edição). Grupo GEN, 2016. - MARIEB, E.; WILHELM, P. ; MALLATT, J. Anatomia humana. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2014. -MACHADO A.; HAERTEL, L. M. Neuroanatomia funcional, Athe- neu, 3ª ed. - REGAN, J.; RUSSO, A.; VVANPUTTE, C . Anatomia e Fisiologia de Seely,10ª ed. Porto Alegre: AMGH, 2016
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