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Atenção Integral à Criança I – Ortodontia Bandagem e Cimentação Finalidades da separação dos dentes: Promover separação mecânica temporária dos dentes Facilitar a adaptação das bandas Facilitar a cimentação Métodos: Alastik – mais usado: o Elastômero de separação o Higiênico, prático, efetivo o Envolve o ponto de contato o Pode deslocar para cervical o Pode permanecer de 2 a 3 dias – na clínica deixa 1 semana Fio de latão 0.20” ou 0.25” – mais complexo: o Higiênico, efetivo, mas não é prático o Pode permanecer mais tempo que o Alastik, por 1 semana (7-8 dias) o Causa mais desconforto ao paciente Bandagem Técnica para colocação de anéis metálicos que se encaixam em molares. Bandas ortodônticas: Mais aplicada em molares Elemento básico para aparelhos ortodônticos Fornecem suporte, retenção e estabilidade para aparelhos preventivos e/ou interceptativos Criam um sistema de força capaz de movimentar os dentes quando cimentadas aos dentes e soldadas a acessórios ortodônticos Colagem direta é ineficaz – não cria resistência suficiente para suportar as forças mastigatórias e/ou do aparelho extrabucal o Solução: cimentação Indicação: Aparelhos fixos Aplicação de forças extrabucais Retenção de aparelhos preventivos, interceptativos ou de ancoragem o Exemplo: dijuntores, grades Composição: Aço inoxidável 18-8 (18% cromo, 8% níquel, restante ferro e pouco carbono) o Cromo: maior dureza, resistência a manchas e corrosão o Níquel: maior brilho e maleabilidade o Vantagens: Maleável Não retém biofilme Boa resistência Baixo custo Biocompatibilidade Bioinerte (não sofre ação da saliva) Alto grau de polimento Insípido Baixa condução elétrica (soldagem elétrica a ponto – efeito jaule gera calor) Materiais usados: Assentador de banda Calcador de banda Adaptador e removedor de excesso Brunidor e assentador Bandas: Devem envolver o molar, abaixo da oclusal e ser retentivas mecanicamente Lâminas de aço inoxidável: o Pré-cortadas o Pré-contornadas o Em rolos Pré-fabricadas: o Seleção por tentativa o Número equivale ao diâmetro do dente o Vantagens: Mais simples Menor dificuldade na adaptação Menor tempo de trabalho Menor desconforto Menor uso de instrumentos o Desvantagem: Alto custo para montar o kit de bandas o Adaptação: Tentativa no modelo ou na boca Acomodar a banda com auxílio do assentador e pedir o paciente para ocluir Brunir para a banda se adequar ao contorno do dente Posição ideal da banda: Dentes posteriores Terço médio da coroa Bordas oclusais paralelas com as bordas oclusais dos dentes 0,5mm abaixo das cristas marginais 0,5mm abaixo da margem gengival Requisitos básicos: A borda da banda NÃO pode comprimir a gengiva Desgastar a margem gengival da banda A banda NÃO pode se estender para dentro da oclusal, pois pode ficar frouxa e sair Brunir a banda para correta adaptação à coroa, pode ser feito, também, um bisel Possuir retenção mecânica ao dente e não por meio do agente de cimentação Não promover danos aos tecidos bucais Cimentação Cimento Ionômero de Vidro: Propriedades anti-cariogênicas Adesão química Atinge adesão máxima 24hrs depois Grupos carboxílicos livres promovem união química entre cimento e esmalte/dentina Proporção 1:1 Deve ser inserido quando formar fio de 3 a 4cm e possuir brilho Requer condicionamento com ácido poliacrílico entre 10 a 25%, friccionando por 10 a 20s Liberação de flúor: o Mais intensa após 48hrs o Concentrações menores por longo tempo o Anticariogênico – remineralização o Inibe o crescimento de Streptococos mutans o Hidroxiapatita – fluorapatita o Reservatório bucal de flúor (“esponja”) CIV Modificado por Resina: Adição de componentes resinosos Melhores propriedades físicas Endurecimento imediato após polimerização (CIV convencional demora 24hrs) Passos clínicos: 1. Profilaxia com pedra pomes e água 2. Isolamento relativo 3. Espatulação do cimento 4. Colocação do cimento nas bordas internas da banda partindo da cervical 5. Posicionamento da banda 6. Adaptação com assentador de bandas 7. Remoção do excesso de cimento da oclusal 8. Proteção do CIV químico com verniz cavitário a. Sinérese: trincas b. Embebição: opaca, frágil Aplicações Mordida cruzada posterior e anterior o Haas o Bihélice o Quadrihélice o Mola simples o Grade palatina fixa Mantenedor de espaço o Banda-alça o Arco lingual de Nance o Mantenedor de espaço estético o PLA Classe II o AEB Classe III o Tração reversa da maxila (máscara facial) Moldagem Ortodôntica Documentação ortodôntica: Condições básicas para o diagnóstico: o Padrão de documentação o Exame clínico o Amplo e profundo embasamento científico Vantagens da documentação completa: o Evita esquecimento e confusão de informações o Economia de tempo o Permite realizar estudos, pesquisas o Comunicação multidisciplinar o Defesa e proteção de todos (judicialização) Padrão de documentação: Fichas de consulta Fotografias intra e extrabucais Radiografias Fichas de análise cefalométrica e de análise de modelos Modelos confeccionados em gesso Exame dos modelos: Vista oclusal: o Forma e simetria dos arcos o Alinhamento e giroversões o Anomalias de forma e tamanho o Conformação do palato OBS: não consegue avaliar interferência oclusal Vista vestibular: o Freio e brida o Relação molar o Sobremordida e sobressaliência o Mordidas cruzadas o Mordidas abertas o Curva de Spee o Contorno radicular o Inserções musculares Vista lingual: o Forma da maxila o Inclinações dentárias Moldagem ortodôntica: Deve reproduzir com fidelidade: o Coroas dentárias o Contorno das raízes o Rebordo alveolar o Inserções musculares o Tuberosidades maxilares o Triângulos retromolares na mandíbula Moldeiras: Tipos de moldeiras: o Vernes (alumínio total) o Alumínio perfuradas o Plástico o Acrílico perfurada Seleção da moldeira: o Um pouco maior que o arco dentário do paciente no sentido ântero-posterior o Afastada 3mm de cada lado no rebordo alveolar Individualização da moldeira: o Superior: colocação da cera de utilidade na borda vestibular o Inferior: colocação da cera de utilidade na borda posterior e lingual o Finalidades da individualização: Cera utilidade: maior conforto ao paciente Melhor adaptação à anatomia do paciente Compensar falta de profundidade da moldeira Afastar lábios e bochechas Ajudar na retenção do alginato Reduzir o desconforto da pressão contra tecidos moles Passos clínicos: 1. Profilaxia: elimina restos alimentares e reduz bolhas no alginato 2. Remoção de saliva com jatos de ar ou algodão: reduz bolhas no alginato 3. Proporcionamento do alginato: a. Água-pó: 2:2 ou 2:1,5 4. Moldagem inferior: a. Iniciar pelo inferior, pois é mais fácil e cômodo, não provoca náusea, conquista a confiança do paciente b. Paciente sentado, no sentido vertical, plano de Frankfurt (PoOr) paralelo ao solo c. Profissional na posição nove horas (ao lado do paciente) 5. Moldagem superior: a. Paciente sentado no sentido vertical b. Profissional na posição onze horas (atrás do paciente) c. Orientar o paciente para inclinar a cabeça para frente d. Encaixar a moldeira em posterior primeiro e. Inclinar a moldeira contra a porção posterior do palato f. Evitar excesso de alginato na posterior OBS: Moldar paciente deitado pode fazer o alginato escoar para a garganta Passos convencionais: 1. Introdução da moldeira 2. Centralização 3. Aprofundamento 4.Tracionamento da musculatura peribucal 5. Estabilização 6. Remoção após geleificação do alginato Molde considerado aceitável: Alginato – superfície lisa e brilhante Isenção de bolhas Reproduzir todos os detalhes anatômicos da região de interesse Quanto mais exata a cópia, mais fiel o modelo Registro da oclusão: Relacionar os modelos inf e sup Relação cêntrica/MIH – aparelho extrabucal Placa de cera nº7, largura dos dentes posteriores Desinfecção do molde: Lavar em água corrente: remover excessos de saliva Borrifar em glutaraldeído 2,2% ou hipoclorito de sódio 1% ou ácido periacético 0,2% e deixar por 10 minutos o Guardar em saco plástico limpo e seco o Atenção à sinérese e embebição do alginato! Lavar novamente em água corrente Remover o excesso de água (secar o modelo) Vazar o gesso Vazamento do modelo: Material usado: gesso pedra branco o Na clínica: tipo III e IV o Proporção: 412g de gesso para 145ml de água Vibrador: fluir sobre os detalhes, escoando bem Vazar o molde Características do modelo: Reproduzir todos os detalhes anatômicos Reproduzir a oclusão do paciente (OC ou MIH?) Permitir análise das relações molar de canino e incisivos Permitir uma avaliação das assimetrias e discrepâncias Bom padrão de acabamento o O ideal é armazenar por no mínimo 10 anos para se resguardar de judicialização Controle de espaço na dentadura decídua e mista Características da dentadura decídua: Pouca variabilidade entre indivíduos Arcos ovoides Diastemas na região anterior Espaço primata – mesial de caninos superiores e distal de caninos inferiores Incisivos verticalizados na base óssea – decíduos tem 170 graus de inclinação, permanentes 130 graus o Incisivos sup. guardam trespasse horizontal positivo de cerca de 2mm em relação aos inf. o Os superiores devem cobrir metade da coroa dos inferiores, pois estão mais vestibularizados o Incisivos sup. devem guardar trespasse vertical positivo em relação aos inf. Plano terminal reto – posição normal dos segundos molares decíduos, provocando um plano reto em relação às faces distais desses dentes; faces distais em um mesmo plano vertical o Os primeiros molares permanentes são guiados pela superfície distal dos segundos molares decíduos Curva de Spee planificada Estabilidade do arco – não tem crescimento transversal significativo Análise de espaço na dentição decídua: Problemas dentários Problemas esqueléticos Problemas dentários e esqueléticos Método de Carrea: Avaliação da oclusão por meio de modelos de estudo Material: placas de acrílico, triângulos equiláteros, bissetrizes e circunferências, lápis, régua, compasso e modelos da arcada Projeta análise de espaço na dentição decídua Aplicações: o Perda unilateral de espaço o Discrepância entre arcos o Constrição entre arcos Dentição mista: Classificação dos arcos segundo Baume: o Arco tipo I: presença de diastema na região dos incisivos o Arco tipo II: ausência de diastemas na região dos incisivos; diastemas restritos (62-63, 52-53, 73-74, 83-84) – espaços primatas Espaço primata: Plano terminal: o Plano terminal reto = 76% - faces distais dos 2M decíduos no mesmo plano vertical, pode evoluir para: Classe I Classe II Classe III o Plano terminal degrau mesial = 14% - 2M inferior decíduo distalizado em relação ao superior, quando irrompem os 1M permanentes o paciente será: Classe II o Plano terminal degrau distal = 10% - 2M inferior decíduo anteriorizado em relação superior, quando irromperem os 1M permanentes o paciente poderá ser: Classe I Classe III OBS: os primeiros molares permanentes são guiados pela superfície distal dos segundos molares decíduos Espaço para os incisivos permanentes: Diastemas: na região dos incisivos decíduos – arco tipo I Inclinação durante o irrompimento: há diferença na inclinação dos inc. decíduos e permanentes Distalização dos caninos: os caninos inferiores decíduos ocupam os espaços primatas Crescimento transversal dos arcos: sofrem alterações dimensionais dos 4 aos 14 anos o Largura inter-caninos sup: +5mm o Largura inter-caninos inf: +3mm o Largura inter-molares sup: +4mm o Largura inter-molares inf: +2mm o Comprimento do arco sup: mantém o Comprimento do arco inf: -2mm Análise de espaço: A análise da dentadura permanente se dá pela medição de ER e EP, obtendo DM. Já para a dentadura mista, tem-se uma propensão matemática (Moyers) ou radiográfica (Nance) para prever o tamanho dos dentes permanentes não erupcionados e se haverá espaço para posicionamento no arco ósseo. Essa análise é feita a partir dos 8 anos, pois requer a presença de todos os primeiros molares e incisivos permanentes. Análise de Nance: Método radiográfico de análise de espaço, efetuado para cada dente permanente posterior não erupcionado Espaço presente x espaço requerido o Espaço presente: mede-se o perímetro do arco, de mesial a mesial dos primeiros molares permanentes, em etapas com compasso de ponta seca ou com fio de latão o Mede-se o comprimento da distal do segundo molar decíduo até a ponta da cúspide do canino decíduo, da ponta da cúspide do canino decíduo até mesial do incisivo central permanente o Espaço requerido: somatório das larguras MD dos incisivos e a soma das larguras MD dos caninos, primeiros e segundos PM medida na radiografia – para determinação do tamanho real dos dentes observados na radiografia, faz- se regra de três para cada dente analisado o Faz a regra de três individualmente para cada dente não irrompido (canino e prés) Tr – Ta Trx – Tax o Tr = tamanho real do dente mais próximo ao dente analisado o Ta = tamanho aparente (medido na radio) do dente mais próximo ao dente analisado o Trx = tamanho real do dente analisado o Tax = tamanho aparente do dente analisado Resultado da análise de espaço: o Espaço presente – espaço requerido informa a situação do arco dentário: Valores negativos: falta de espaço para irromper os molares Valores positivos: sobra de espaço para os dentes permanentes Espaço livre de Nance (Lee Way Space): o Para os dentes posteriores o Hemi-arco superior: 0,9mm (1,8 total) o Hemi-arco inferior: 1,7mm (3,4 total) Espaço para os incisivos permanentes: o Diastemas interincisivos o Aumento da distância intercaninos o Vestibularização dos incisivos permanentes Análise de Moyers: Método estatístico para análise de espaço com base nos incisivos inferiores, que irrompem rapidamente e são facilmente medidos, além de estarem envolvidos em quase todos os problemas de controle de espaço; a partir deles, consegue-se determinar a soma da largura MD dos caninos e pré-molares Espaço presente x espaço requerido o Espaço presente: mede-se o perímetro do arco, de mesial a mesial dos primeiros molares permanentes, em etapas com compasso de ponta seca ou com fio de latão – igual análise de Nance o Espaço requerido: somatório das larguras MD dos incisivos inferiores, com esse valor, verifica-se através da tabela de Moyers, ao nível de 75% de probabilidade, os valores da soma das larguras MD dos caninos e PM para ambos os arcos o Somatório das larguras MD dos incisivos superiores, por meio das medidas obtidas na tabela (vezes dois), somadas com as respectivas larguras MD dos incisivos, obtém- se o espaço requerido de cada arco OBS: primeira linha – soma dos 4 incisivos permanentes; primeira coluna – porcentagens; segunda coluna em diante – valores previstos para caninos e pré-molares (usa a 4ª linha – 75%) Resultado da análise de espaço: o Espaço presente – espaço requerido informa a situação do arco dentário: Valores negativos: falta de espaço para irromper os molares Valores positivos: sobra de espaço para os dentes permanentes Vantagens da análise de Moyers: o Erro sistemático mínimo o Não exige muito tempo o Não necessita de radiografias OBS: ambas as análises objetivam determinar a relação entre a quantidade de espaço no arco alveolar e o material dentário presente, para que os dentes se alinhem corretamente no futuro; quando associada a cefalometria, pode-se realizar um planejamento ortodôntico e avaliar a necessidade de extrações. Espaço presente: circunferência que inicia na mesial do 1M permanente, passa pelo centro da oclusal dos posteriores e borda incisial dos anteriores, chegando até a mesial do outro 1M Espaço requerido: medido dente a dente, soma do maior diâmetro MD dos permanentes localizados de mesial do 1M de um lado até do outro Discrepância de modelos (DM): EP – ER o Pode ser feita na dentadura permanente e mista o +: EP>ER: sobra espaço ósseo para a erupção dos permanentes o -: EP<ER: não há espaço para os permanentes que ainda não erupcionaram o 0: EP=ER: discrepância nula o Usa compasso de ponta seca, fio de latão e paquímetro Causas da falta de espaço: Fatores hereditários o Desarmonia das bases ósseas o Dentes supranumerários o Agenesias o Anomalias de tamanho o Discrepâncias ósseo-dentárias o Fenda labial e palatina o Displasia cleidocraniana o Síndrome de Down Fatores ambientais o Pré natal: Sífilis Rubéola Cretinismo Paralisia cerebral Macroglossia Traumatismo durante o parto Anquilose da ATM o Pós-natal: Cáries extensas Perdas precoces Restaurações insatisfatórias Problemas de irrompimento Retenção prolongada de dentes decíduos Hábitos bucais deletérios Chave de oclusão do primeiro molar permanente: Mesialização precoce do molar aproveitando o espaço primata no arco inferior Mesialização tardia aproveitando o espaço livre de Nance Biologia dos movimentos dentários Classificação de Angle (1899): Classificação simples, prática, abrangente Adotada universalmente Requer presença do primeiro molar permanente Tipos das más-oclusões: o Classe I: chave de molar Apinhamento, diastema, más posições dentárias individuais, mordida profunda ou mordida cruzada Relação molar normal o Classe II – divisão 1 e 2: distoclusão Trespasse horizontal aumentado o Classe III: mesioclusão Trespasse horizontal negativo OBS: Classe II e III tem subdivisão direita ou esquerda quando é unilateral Classificação de Lischer (1911): Variações verticais: o Mordida aberta o Mordida normal o Mordida profunda Variações transversais: o Mordida cruzada o Mordida normal Variações ântero-posteriores o Neutroclusão o Mesioclusão o Distoclusão Variações dentais individuais: classifica o mau posicionamento dentário de forma individual, acrescentando o sufixo versão ao termo indicativo da direção do desvio o Mesioversão o Distoversão o Vestibulo/labioversão o Linguo/palatoversão o Infraversão – face oclusal/incisal aquém do plano oclusal o Supraversão – face oclusal/incisal além do plano oclusal o Giroversão – rotação do dente em torno do seu longo eixo o Axiversão – alteração da inclinação do longo eixo dental o Transversão – troca do posicionamento do dente no arco dental com outro elemento o Perversão – dente impactado A movimentação dentária ocorre ao longo de toda vida, podendo ser fisiológica ou induzida. O movimento dentário fisiológico é algo normal, a reação tissular é consequência da função normal: funcional na mastigação, erupção dentária, migração para espaços adjacentes e antagonistas, movimento oclusal Já o movimento dentário ortodôntico é provocado por forças externas, portanto, o movimento é mais rápido e as reações tissulares são mais intensas. Envolve três movimentos: 1. Compressão inicial dos tecidos e alterações associadas ao fluxo sanguíneo dentro do ligamento periodontal 2. Estímulos elétricos, produção e liberação de mensageiros químicos 3. Ativação e diferenciação das células multinucleadas A força continuada induzida na coroa (por forças externas) se dissipa para a raiz e para o ligamento periodontal. Na imagem, a movimentação é para mesial, logo, nessa direção, tem-se o lado da compressão e da contenção óssea, onde atuam os osteoclatos, promovendo reabsorção óssea. No lado contrário, o lado de tensão, tem-se osteoblastos, responsáveis pela deposição da matriz óssea, ou seja, formação óssea. No lado compressão, como as reações ósseas são de baixa intensidade e longa duração, a inflamação e o estresse celular são discretos, acumulando baixa quantidade de mediadores difusamente localizados: a região fica com esclerose óssea e cortical mais espessa pela hipóxia causada por diminuição do fluxo sanguíneo e aumento de CO2. Se essa inflamação for mais intensa, os mediadores se acumulam em grande nível e provocam reabsorção extensa, que não é o desejado, pois almeja-se apenas a remodelação. Os osteoclastos são células provenientes do sangue, enquanto os osteoblastos já estão no osso, mas de forma indiferenciada, sofrendo diferenciação quando há estímulo (no caso, a força do aparelho ortodôntico). Assim, as células inflamatórias e citocinas promovem a diferenciação das células mesenquimais em osteoblastos, que iniciam a remodelação. A perturbação das células periodontais altera o influxo de Ca e Na nas células, o que altera a produção de AMPc e GMPc. Baixos níveis de AMPc e GMPc promovem a diferenciação citada anteriormente. Os osteócitos, quando aprisionados dentro da matriz, se comunicam e estimulam a diferenciação dos osteoblastos. Osso X Dente: osso produz células do sangue devido à medula, os dentes possuem a polpa; se o osso quebrar, ele pode se regenerar, o dente não. A movimentação ortodôntica nada mais é que a regeneração do osso, por isso, não é indicado aparelho ortodôntico para pessoas sistematicamente comprometidas. Centro de resistência: Quando a força é feita no centro de resistência, o dente realiza o movimento de translação O deslocamento do dente depende do ponto de aplicação da força (a aceleração aumenta a medida que o ponto de aplicação se afasta do ponto centro de resistência do dente) Quando afasta do centro, há inclinação Teorias do controle biológico do movimento dentário: Teoria da Piezoeletricidade: o Sinais elétricos emitidos através de estruturas cristalinas poderiam gerar deformações o No osso alveolar, um fluxo de elétrons modifica o potencial bioelétrico, alterando a permeabilidade das membranas celulares e possibilitando o movimento dentário o O estresse mecânico estimula a reabsorção osteoclástica no processo de remodelação Teoria da Pressão e Tensão: o A força aplicada gera alteração no fluxo sanguíneo do ligamento periodontal, o que gera mudanças de posição do dente no espaço periodontal, proporcionando tensão e pressão Teoria do Mecanismo Inflamatório: o Vasodilatação > formação de exsudato no LP > aumento da viscosidade e diminuição do fluxo sanguíneo > saída de células > marginação leucocitária > leucodiapedese > infiltrado inflamatório o Os receptores dos osteoblastos promovem mobilização celular e estabelecimento de unidades osteorremodeladoras que causam reabsorção óssea e movimentação dentária Fatores que interferem na resposta ortodôntica: Magnitude da força: o Em alguns movimentos, quando a força é pesada, pode causar necrose o Aparelhos extraorais usam força pesada, sendo a única excessão, pois eu preciso de criar as áreas de necrose para o palato romper, no caso deum aparelho de separação do osso para tratamento de mordida cruzada. o Forças inócuas: força da mastigação, magnitude muito pequena, incapaz de promover movimentação dentária, aumenta e diminui muito rápido o Forças leves: Reabsorção frontal Pouca área de necrose nos tecidos periodontais Facilidade da movimentação dentária Força fisiológica = maior taxa da movimentação/dia Ausência de dor “Dente anda e o osso reabsorve”, movimento planejado e lento, se parar de usar o aparelho, o movimento cessa o Forças pesadas: Reabsorção à distância Produção de grande quantidade de áreas de hialinização Absorção solapente Presença de maior sintomatologia dolorosa Efeitos deletérios Ritmo de aplicação da força o Força contínua: razoavelmente constante entre uma sessão clínica e outra. Ex: arcos de nivelamento, aparelhos fixos Curta duração: queda abrupta Longa duração: queda suave o Força intermitente: declina a zero quando o aparelho é removido e readquire o mesmo valor inicial quando é recolocado. Ex: aparelho móvel o Força interrompida: diminui até zero entre as ativações. Ex: ligadura elástica o Força funcional: ação ocorre durante a função bucal Condições anatômicas o Volume radicular: diminuído na região dos incisivos, é normal a ponta da raiz sumir durante movimentações o Idade do paciente: com a idade, ocorre redução da vascularização e celularidade do LP, assim, deve-se usar forças suaves com maior período de reativação em pacientes adultos, para evitar a necrose extensa o Estrutura óssea: importante avaliar a presença de osteoporose, pois o medicamento pode estimular a formação óssea e, assim, o dente não movimenta Condições metabólicas o Fatores hormonais: excesso de Paratormônio: aumenta número de osteoclastos Calcitocina: inibe atividade osteoclástica Hormônios do crescimento: aumenta aposição óssea Pós-menopausa (estrogênio) Lactação (prolactina) o Fatores nutricionais: Deficiência de aminoácidos afeta síntese de colágeno Deficiência de cálcio causa raquitismo (matriz óssea não calcifica) e, no adulto, osteomalácia ou osteoporose o Fatores vitamínicos: Vit. A – equilíbrio entre aposição e reabsorção Vit. C – síntese de colágeno (sustentação LP) Vit. D – absorção de cálcio intestinal Resposta ortodôntica ideal: Primeiras frações de segundos: o Movimento contido pelo LP e fluido intersticial o Efeito piezoelétrico no osso o Aumento da compressão dos vasos sanguíneos à medida que a pressão no LP aumenta Dos primeiros segundos até o 2º dia: o Resistência do fluído intersticial o Fluxo sanguíneo alterado no lado pressão e tensão o Resposta imediata: liberação de histamina o Resposta tardia: produção de citocinas, formação de prostaglandinas, vasobilatação e permeabilidade vascular o Lado pressão: osteoclastos o Ladotensão: fibroblastos e o osteoblastos Após o 2º dia: o Osteoclastos e osteoblastos iniciam o processo de remodelação óssea o Aposição no lado de tensão das fibras periodontais o Reabsorção na face óssea comprimida pelos ligamentos Tipos de movimento: Inclinação: movimento simultâneo de coroa e raiz em sentidos opostos, onde existe grande amplitude de movimento coronário em relação ao radicular o Mais seguro e biológico o Força simples, de 50 a 75g Torque: movimento simultâneo de coroa e raiz em sentidos opostos, onde existe grande amplitude do movimento radicular em relação ao coronário o Mudança no longo eixo do dente promove relação correta de oclusão Translação: movimento simultâneo de coroa e raiz no mesmo sentido, movimento de corpo o Não altera o longo eixo do dente o Força de 100 a 150g Rotação: movimento em que o dente gira em torno do seu próprio eixo, normalmente sob a ação de forças binárias o Tendência à recidiva o Sobrecorreção e/ou cirurgia o Força de 50 a 75g Intrusão: movimento de difícil obtenção, promove reabsorção óssea em praticamente toda a parte interna do alvéolo dentário o Forças leves de 15 a 25g o Presença do LP e feixe vásculo-nervoso Extrusão: movimento de relativamente fácil obtenção, ocorre no sentido da erupção dentária, promovendo formação óssea no interior do alveólo dentário o Força de 50 a 75g o Correção de mordida aberta o Extrusão rápida: fora do processo alveolar o Extrusão lenta: conjunto com o processo alveolar Verticalização: coroa dentária está estabilizada e o ápice se move, inclinando Efeitos colaterais da movimentação ortodôntica: Dor – uso de forças pesadas, vários dias Mobilidade dental – movimentação repentina após reabsorção à distância Reações pulpares Alterações na crista óssea alveolar – perda óssea <0,5mm Reabsorções radiculares – predisposição: o Susceptibilidade individual o Fatores genéticos o Nutrição o Idade do paciente o Tratamento ortodôntico: Risco de reabsorção prévia Tipo de aparelho Tipo de movimento Quantidade de força Força contínua x força intermitente Extensão do movimento dentário Duração do tratamento ortodôntico Forma da raiz Diagnóstico e tratamento da mordida aberta anterior Definição: ausência de contato entre as bordas dos incisivos superiores e inferiores, logo, o trespasse vertical é negativo. Prevalência: é a má oclusão mais frequente na dentadura decídua e apresenta alta prevalência na dentadura mista (17 a 18,5%) Tratamento: É feito a partir dos 5 anos e é mais fácil na dentadura decídua, pois o comprometimento é basicamente dentário com pouco envolvimento esquelético; na dentadura mista já há desenvolvimento da mordida aberta, que passa a afetar o tecido ósseo. Dentadura decídua: o Até os 5 anos: orientar para abandonar o hábito deletério até o Após os 5 anos: uso de grade palatina removível (lembrete para não interpor a língua) ou fixa (barreira mecânica), dependendo da colaboração do paciente o Manter a grade até se obter trespasse vertical de 1 a 2mm o Após a correção, usar placa de Hawley para correto posicionamento da língua Dentadura mista: o Aumento do componente esquelético o Mesmo tratamento que decídua, mas mais demorado o Manter a grade até se obter trespasse vertical de 2 a 3mm o Quando ocorre simultaneamente a mordida cruzada posterior, a grade pode ser usada com arco em W, bihélice ou disjuntores Etiologia: multifatorial e funcional É importante ter conhecimento da etiologia, pois não adianta fazer a correção morfológica e manter os hábitos. Aleitamento, hereditariedade, traumatismos e patologias podem contribuir na etiologia. Fatores ambientais: o Sucção digital o Chupeta o Respiração bucal Fatores genéticos: o Padrão de crescimento facial o Anomalias craniofaciais Chupeta e sucção digital causam desequilíbrio nos músculos, aumentando a ação do bucinador e diminuindo o desenvolvimento transversal do palato. A mordida aberta causada por chupeta é mais circular e limitada a região anterior, enquanto a do polegar vai causar overjet e diastemas também, pois causa vestibuloversão dos incisivos superiores e linguoversão dos inferiores. O hábito de sucção pode causar, além da mordida aberta anterior, atresia do arco dentário superior, interposição lingual, deglutição atípica, alteração na articulação das palavras, aprofundamento do palato e mordida cruzada posterior, por isso, é importante evitar ao máximo o uso de chupetas. A língua exerce papel secundário na etiologia, pois pode manter ou agravar a mordida aberta quando se interpõe entre os dentes. Em repouso há maior potencial deletério, pois mesmo com menor força, o períodode interposição é maior. Classificação quanto a etiologia: Dentoalveolar: não há comprometimento esquelético, relacionada aos hábitos, pacientes apresentam bom padrão de crescimento facial, tratamento mais fácil Esquelética: não há envolvimento apenas dentário e alveolar, pacientes apresentam alguma desarmonia no crescimento facial e podem precisar de cirurgia ortognática Classificação quanto ao grau de severidade: Suave: distância entre as bordas de até 2mm Moderada: de 2 a 4mm Severa: maior que 4mm Tríade de Graber: Nem sempre os hábitos deletérios vão causar a mordida aberta, deve-se considerar: Frequência: número de vezes em 24h Intensidade: força com que é realizado Duração: tempo total a cada vez que faz Respiração bucal: Fator etiológico importante, ocorre na presença de obstrução nasal, prejudicando o fluxo de ar pelas narinas e a criança precisa respirar pela boca. Modifica a postura da cabeça: lábios entreabertos, mandíbula deslocada para baixo e para trás, língua mais inferior e anterior, sem contato com o palato. Pode causar atresia do arco superior, mordida aberta anterior e mordida cruzada posterior. Na normalidade, a ponta da língua fica em contato com a papila incisiva e as bordas laterais da língua se contrapõe ao bucinador, com a alteração, não há força muscular interposta. Obstáculos que impedem ou dificultam a respiração nasal: o Hipertrofia de cornetos o Desvio de septo nasal o Rinite alérgica o Hipertrofia adenoidea o Hipertrofia das amígdalas Características de face adenoideana – Síndrome da Face Longa: o Lábios entreabertos e ressecados o Postura labial alterada (hipertonicidade do lábio inferior e hipotonicidade do superior) o Padrão dolicofacial o Palato ogival o Narinas pequenas o Olheiras e aparência de cansaço Padrão de crescimento facial: Braquifaciais: o Face pequena e larga o Presença de selamento labial passivo o Musculatura facial forte o AFAI diminuída o Sobremordida profunda o Maior espaço funcional livre o Menor altura dentoalveolar de M e I o Cefalometria: paralelismo entre os planos horizontais da face, ângulos diminuídos Mesiofaciais: Dolicofaciais: o Face longa e estreita o Ausência de selamento labial passivo o Musculatura facial fraca o AFAI aumentada o Mordida aberta anterior o Menor espaço funcional livre o Maior altura dentoalveolar de M e I o Cefalometria: divergência entre os planos horizontais da face, ângulos aumentados Diagnóstico e tratamento da mordida cruzada posterior Definição: inversão na relação V-L normal pelo estreitamento do arco superior ou, menos comumente, arco inferior com dimensões aumentadas; os dentes superiores posteriores ocluem “dentro” (por lingual) dos inferiores; má oclusão no sentido transversal (mordida aberta é no sentido vertical) Fatores causais: hábitos deletérios, ectopia de germe permanente, falta de espaço nos arcos (discrepância entre o tamanho do dente e do arco), fissuras lábio- palatinas Diagnóstico: Gravidade: pode envolver um ou todos os dentes posteriores, sendo uni ou bilateral Simetria: o Bilateral: atresia simétrica do arco dentário superior (um lado tem a mesma magnitude e estreitamento que o outro) o Unilateral: MIH: apenas um lado cruzado RC: mordida de topo bilateral, desvio da linha média para o lado da mordida cruzada, estreitamento simétrico do arco superior Origem: o Dento-alveolar: alteração na inclinação ou posição V-L dos dentes posteriores em que um ou mais dentes irrompem em uma posição cruzada em relação ao antagonista o Esquelética: atresia óssea da maxila, maior gravidade, envolve vários dentes, linha média pode ou não estar desviada, bilateral é quase sempre de origem esquelética OBS: para diferenciar esquelética de dentária, nota-se que a esquelética tem uma inclinação para vestibular como tentativa de compensação. Mordida cruzada unilateral funcional: MIH: mandíbula desviada, dentes posteriores cruzados em um dos lados, linha média desviada para o lado cruzado RC: linha média coincidente, dentes posteriores em topo ou não cruzados Desvio devido às interferências dentárias Contato prematuro do canino decíduo Mordida cruzada unilateral verdadeira: MIH e RC: mordida cruzada unilateral sem desvio da linha média Muito rara Tratamento: Deve ser feito a partir dos 5 anos pela maturidade psicológica, deve-se atuar na origem do problema, normalizando a atresia do arco superior Expansão lenta da maxila: origem dentoalveolar normalizando a inclinação V-L dos superiores o Dentadura decídua ou mista o Aparelhos removíveis (placa removível com parafuso expansor) ou fixos (quadri-hélice, bi- hélice, arco em W) – os parafusos devem ser ativados toda semana o Não tem efeito ortopédico, só ortodôntico Expansão rápida da maxila: tratamento para a mordida cruzada esquelética, expansão da base maxilar secundária a abertura de sutura palatina mediana em casos de atresia esquelética da maxila o Fase de crescimento o Aparelhos fixos com parafuso expansor e disjuntores que determinam a abertura da sutura palatina mediana (Haas, Hyrax) o Minimiza o efeito ortodôntico para maximizar o efeito ortopédico o Aumenta a largura transversal com movimento mínimo dos dentes posteriores Tratamento ortodôntico-cirúrgico: o Após a fase de crescimento o Cirurgia ortognática Deficiência transversal da maxila: Estreitamento do arco dentário superior, podendo envolver alterações dentárias, desenvolve-se precocemente e não se corrige espontaneamente OBS: pode ou não estar acompanhada de mordida cruzada posterior Frequência: 30% da população adulta Etiologia: o Problemas respiratórios o Hábitos de sucção o Perdas dentárias precoces o Assimetrias esqueléticas o Genética o Fusão prematura de suturas o Patologias Manifestações clínicas: o Formato ogival da abóbada palatina o Corredor bucal sem preenchimento o Mordida cruzada posterior Avaliar componentes dentário e esquelético Avaliar em RC: indica o tipo e dimensão real da mordida cruzada Atresias maxilares reais ou relativas: observar em modelos Expansão rápida da maxila: Terapia ortopédica realizada por meio de expansores fixos que promovem o aumento transversal da maxila em consequência da abertura da sutura palatina mediana e neoformação óssea Indicações: o Mordida cruzada posterior esquelética o Mordida cruzada posterior dentária severa o Morduda cruzada total o Atresia maxilar acompanhada de atresia do arco dentário inferior o Apneia/hiponeia obstrutiva do sono em crianças Limitações: o Má colaboração do paciente o Apenas um dente cruzado o Assimetria esquelética da maxila ou mandíbula o Reais problemas esqueléticos para os quais está indicada a cirurgia ortognática o Pacientes que apresentem acentuada tendência vertical de crescimento e/ou mordida aberta anterior Época ideal: na faixa dos 10 a 15 anos, acima de 20 observa-se um certo desconforto o A resistência das estruturas esqueléticas aumenta com a idade, devido à redução da atividade celular e mineralização das suturas da face, limitando os efeitos ortopédicos e acentuando os efeitos ortodônticos o É um procedimento viável para casos selecionados de atresia maxilar moderada em adultos o Em pacientes adultos deve ser usada apenas em casos de constrição maxilar moderada, de até 5mm Aparelhos: o Haas (dentomucossuportado) Possibilidade de necrose do palato por má higienização do paciente o Hyrax (dentossuportado) o Hyrax colado com cobertura acrílica o Expansor tipo borboleta Sintomatologia: o Desconforto imediato o Dor fugaz e suportável durante as ativações o Pressão sob os dentes de ancoragem Efeitos ortopédicos: o Abertura triangular nos planos transversal e frontal da sutura palatina mediana o Deslocamento da maxila para frente e para baixo o Ação nas suturas oblíquas do complexo nasomaxilar o Abertura das suturas de órbita (diplopia) o Aumento da cavidade nasal o Aumento da largura maxilar o Compressão do LP o Inclinação do processo alveolar o Vestibularização dos dentes posteriores o Extrusão dos dentes posteriores o Convergência das coroas e divergência das raízes dos incisivos centrais superiores o Abertura temporária de diastema entre os incisivos centrais superiores – prova clínica da abertura da sutura palatina mediana o Aumento da distância intermolar superior Efeitos ortopéticos X ortodônticos: o Ortopédicos: maior estabilidade, menor recidiva o Ortodônticos: pouca estabilidade, excesso de vestibularização dentoalveolar Contenção: o Estabilização do expansor: 3 a 6 meses o Utilização de placa de acrílico removível: 6 meses de uso contínuo e 6 de uso noturno o Barra palatina soldada com extensão até pré- molares: obrigatório para pacientes com respiração bucal o Melhor contenção é a sobrecorreção Recidiva: o 10-15% da distância bizigomática durante os 3 meses de contenção o Recidiva de 1/3 a ½ da expansão total Mantenedor e recuperador de espaço Os dentes decíduos são os mantenedores de espaço ideais, pois estimulam o desenvolvimento correto dos maxilares e promovem a manutenção de espaço para os dentes permanentes, além de estabilizar a oclusão dos dentes antagonistas. São barreiras fisiológicas ao deslocamento dos dentes antagonistas e adjacentes, por isso, a perda precoce ou a não erupção de um dente decíduo precisam de medidas preventivas e interceptativas para cada situação. A perda precoce pode gerar: Desvio mesial do molar permanente Diminuição do arco dentário Aumento da sobremordida Impactações Apinhamento Assimetria do arco dentário Sequência de erupção alternada Desvio da linha média Os mantenedores de espaço são escolhidos levando em conta o número de dentes perdidos, localização destes, idade do paciente, condição dos dentes presentes, tipo de oclusão, cooperação e higiene do paciente e preferência do ortodontista. Classificação dos mantenedores de espaço: Função: o Funcionais o Não funcionais Retenção: o Fixos o Semi-fixos o Removíveis Mantenedores fixos: Características: o Estabilidade o Fácil construção o Não interferem no crescimento o Não necessitam de colaboração do paciente Tipos: o Banda alça: banda no molar e alça de fio ortodôntico para manter o espaço o Coroa alça o Mantenedor com guia de erupção o Arco lingual: não pode ser usado em casos de mordida profunda devido ao contato dos incisivos inferiores com o arco no lado lingual maxilar o Botão de Nance o Barra palatina o Prótese fixa – estética Mantenedores semi-fixos: Características: o Podem ser removidos para higienização e readaptação Mantenedores removíveis: Características: o Restabelece as superfícies oclusais o Necessita de cooperação do paciente Tipos: o Placa de Hawley o Placa de Hawley com dentes o Prótese parcial com dentes de acrílico Os recuperadores de espaço são usados quando o ortodontista é procurado e a perda de espaço já ocorreu, então, usa-se dispositivos ortodônticos fixos ou removíveis para recuperar o espaço perdido, principalmente onde houve a mesialização dos primeiros molares permanentes. Recuperadores de espaço: o Restabelecer o perímetro do arco o Minimizar o movimento recíproco dos dentes de suporte o Aplicar a força corretamente e nos pontos de apoio corretos para evitar movimentação indesejada o Evitar movimentos complexos pelo bem-estar do paciente o Remover interferências oclusais Tipos: o Placa de Hawley com mola o Arco lingual inferior ativo o Botão de Nance ativo o Placa lábio-ativa o Fio de latão ou borracha de separação o Aparelho fixo parcial Molas mais utilizadas: o Mola de Benac o Mola helicoidal Extração Seriada Extração de dentes decíduos e permanentes seguindo uma sequência lógica para conciliar as diferenças entre a largura dos dentes com o espaço dos maxilares, permitindo que os dentes assumam posições mais naturais durante o irrompimento e diminuindo a severidade das más oclusões, adequando o equilíbrio da musculatura peribucal. O diagnóstico deve ser feito no início da dentadura mista. Vantagens: Permitir movimentos dentais fisiológicos Reduzir o tempo de uso de aparelhos fixos Diminuir o período de contenção Alinhamento natural dos dentes Restabelecimento da harmonia facial Alto alcance social Melhora a saúde bucal Simplifica a terapia ortodôntica Evitar movimentos dentais exagerados Reduzir o risco de cárie interproximal e doença periodontal causadas pelo apinhamento Desvantagens: Aumento da sobremordida e sobressalência Inclinação lingual dos incisivos Tecido cicatricial nos espaços das extrações Diastemas Alterações funcionais da língua Achatamento do perfil Necessidade do uso de aparelho fixo Trauma psicológico Sistema esquelético: O crescimento entre 4 e 8 anos é muito sutil e acomete apenas a região posterior Muitas vezes, o ganho de espaço não é suficiente para o alinhamento dentário Classe I é a mais bem-sucedida na extração seriada, pois já existe equilíbrio entre maxila e mandíbula, havendo apenas desproporção dentária Sistema muscular: Equilíbrio muscular entre lábios, bochechas e língua é necessário, pois, em repouso, os músculos periorais influenciam no equilíbrio dos arcos dentais O alinhamento dos incisivos, após a extração dos caninos decíduos, ocorre pela ação da musculatura peribucal Sistema dentário: Diastemas fisiológicos localizados o Arco tipo I de Braune: diastemas generalizados no arco superior e inferior o Arco tipo II de Braune: sem diastemas o Espaço primata: mesial dos caninos superiores e distal dos caninos inferiores Relação distal dos segundos molares decíduos Sequência de erupção dos dentes permanentes o Esfoliação precoce dos caninos ou 1M decíduos pode causar alteração da erupção dos permanentes o Fatores que alteram a sequência de erupção dos dentes permanentes: Lesões periapicais e pulpotomia dos molares decíduos aceleram a erupção do sucessor Extração do decíduo após estágio 7 de Nolla acelera a erupção do sucessor (estágio 8 de Nolla = 2/3 da raiz formada) Extração do decíduo antes do estágio 7 de Nolla retarda a erupção do sucessor OBS: a velocidade normal de erupção é 1mm/mês Distância intercaninos: entre 5 e 9 anos há um crescimento dessa distância, distalizando os caninos e ocupando o espaço primata o Dos 4 aos 14 anos: sup +5mm, inf +3mm Comprimento do arco: se altera o perímetro, altera o comprimento do arco o Dos 4 aos 14 anos: maxila não se altera e mandíbula diminui cerca de 10% Mudança no perímetro do arco: o arco mandibular diminui em relação ao maxilar, que aumenta pela vestibularização dos incisivos Exame diagnóstico – características ideais: Início da irrupção dos incisivos permanentes superiores e inferiores (dentição mista inicial, antes do segundo período transitório) Presença de Classe I bilateral Extrema falta de espaço Esqueleto facial equilibrado DM igual ou maior que 4mm em cada quadrante Linhas médias coincidentes Ausência de mordida aberta ou sobremordida OBS: TODA extração aprofunda a mordida! Paciente com idade de 6 a 9 anos Dentes anterioresmal posicionados, impactados ou com retração gengival Perfil não pode ser reto ou côncavo, deve ter suave biprotrusão Incisivos inferiores bem implantados Indicação clínica: Esfoliação precoce de um ou mais caninos decíduos Incisivos laterais fora do alinhamento Incisivos inferiores vestibularizados e com recessão gengival Falta de espaço para os caninos permanentes Irrupção ectópica dos primeiros molares permanentes Contraindicações: Discrepância sagital Paciente com perfil reto Apinhamento somente superior Sobremordida profunda Apinhamento suave Fatores que contribuem para a falta de espaço: Perda precoce de dentes decíduos Cárie interproximal Reabsorção irregular dos decíduos Arco dentário atrésico Discrepância no tamanho dos dentes Técnica convencional de extração seriada: 1. Extração dos caninos decíduos para permitir o alinhamento dos incisivos laterais pela musculatura dos lábios e da língua, prevenindo a migração mesial dos caninos a. Entre 8 e 9 anos 2. Extração dos primeiros molares decíduos para acelerar a erupção dos primeiros pré-molares (precisam de ter de ½ a 1/3 de raiz formada) a. Entre 9 e 10 anos b. Entre estágio 7 e 8 de Nolla c. Pode causar distalização dos laterais e aumento da mordida profunda anterior 3. Extração dos primeiros pré-molares para permitir que os caninos se alinhem a. Antes do irrompimento dos caninos b. Caso o canino inferior, mesmo com a extração, erupcione antes dos primeiros pré-molares, causará impactação dos prés, quando isso acontece, é preciso desgastar ou extrair os segundos molares decíduos c. Os primeiros prés vão erupcionar no local, serão extraídos e um mantenedor de espaço será colocado no lugar para garantir a erupção do segundo pré Técnica de Tweed: 1. Extração dos primeiros molares decíduos até 8 anos, sem preocupação com o apinhamento anterior 2. Remoção simultânea dos primeiros pré-molares e dos caninos decíduos, permitindo o desapinhamento anterior e erupção do canino permanente Limitações: a lingualização dos incisivos vai aumentar a curva de Spee, os 2PM podem irromper com inclinação axial para mesial, pode proporcionar problemas periodontais muito cedo e pode acabar faltando espaço Conduta: uso de placa de mordida de acrílico para prevenir a sobremordida – uso de aparelhos para controlar a mesialização: mantenedor de espaço removível e arco de contenção de Nance Diagnóstico e tratamento de Classe II Classificação de Angle para Classe II: “O corpo da mandíbula e sua correspondente arcada estão numa relação distal com a maxila por metade do diâmetro mesio-distal do primeiro molar inferior ou diâmetro total de um pré-molar” – a cúspide MV do primeiro molar superior oclui afrente (mesialmente) do sulco vestibular do primeiro molar inferior, na normalidade, oclui exatamente no sulco; ao contrário, o molar inferior oclui em posição distal ao superior (distoclusão) Características da Classe II: Divisão I: o Molares em relação de classe II o Arco superior atrésico e maior em comprimento o Protrusão dos incisivos superiores o Função anormal dos lábios o Subdivisão = classe II de um lado só o Overjet aumentando Divisão II: o Molares em relação de classe II o Menor estreitamento do arco superior (não tem tanta atresia quanto a divisão I) o Incisivos centrais superiores inclinados para lingual e laterais para vestibular (diferença da I) o Subdivisão = classe II de um lado só Frequência: alta incidência Classe II = 35% de todas as más oclusões o Divisão I: 68,2% o Divisão II: 31,8% Diagnóstico etiopatogênico das Classes II: Causas hereditárias Causas congênitas o Anquilose temporomandibular o Síndrome de Pierre Robin o Hipocondilia infecciosa, tumoral ou traumática Causas funcionais: o Respiração bucal (principal) o Interposição da língua e/ou do lábio o Sucção de dedo o Hipofunção dos músculos propulsores o Uso do colete de Miwalkee Causas dentárias: o Agenesias dos incisivos laterais superiores ou pré-molares o Perda prematura de dentes o Dentes extranumerários Classificação cefalométrica da Classe II: SNA (maxila) = aumentado SNB (mandíbula) = diminuído ANB (maxila x mandíbula) = aumentado SNGoGn, SNGn, SNPO (padrão de crescimento) 1.NA e 1-NA (incisivos superiores) = aumentados 1.NB e 1-NB (incisivos inferiores) = diminuídos Diagnóstico diferencial da Classe II: Dentes superiores vestibularizados e/ou Dentes anteriores retraídos e/ou Maxila protruída e/ou Mandíbula retruída Quando iniciar o tratamento? O patamar de crescimento é estável até os 12 anos de idade para meninos e 10 para meninas, com o surto de crescimento (puberdade), é a melhor época para intervir na má oclusão de Classe II Podem ser realizados tratamentos para: o Inibir o crescimento da maxila o Estimular o crescimento da mandíbula Quanto maior o crescimento, mais rápido seria o tratamento Características faciais do respirador bucal: Principal causa funcional da Classe II Ausência de selamento labial Boca entreaberta Atrofia das narinas Falta de crescimento na maxila Olheiras Fechamento do espaço da adenoide nas vias aéreas superiores Tratamento interceptativo: Maxila protruída: o Aparelho thurow (extrabucal) Mandíbula retruída: o Ativador mandibular: Bionator Bimler Frankel Herbst Correção da má oclusão esquelética de classe II com retrusão mandibular: Diagnóstico: Avaliação facial Avaliação dentária Avaliação cefalométrica Tratamento - Ativadores mandibulares: Aparelhos que alteram o arranjo dos vários grupos musculares que influenciam a função e posição da mandíbula transmitindo forças à dentição e osso basal Indicados no tratamento da má oclusão esquelética de classe II com deficiência mandibular – só funciona enquanto está em crescimento Atuam estimulando o aumento do comprimento mandibular, prevenindo e corrigindo hábitos deletérios Aparelhos: o Bimler: Armação metálica que permite modificação dentária nos 3 sentidos do espaço Age como uma mola: quando a boca se fecha, os músculos levam a mandíbula à posição solicitada Pouca estrutura de acrílico, mais confortável Tipo A ou Standart: classe II divisão 1 Tipo B ou Deckbiss: classe II divisão 2 Tipo C ou Progênie: mordida cruzada anterior Efeitos: aumento do comprimento mandibular e grandes compensações dento- alveolares Vantagens: confortável (pouco acrílico), permite movimentos de látero-protrusão, expansão dento-alveolar passiva Desvantagens: necessita de cooperação (removível), quebra com facilidade, pouco controle vertical sobre erupção dos dentes o Frankel: Aparelho mucosuportado que atua modificando o padrão postural dos músculos e removendo forças que possam conter o desenvolvimento esquelético e dental Constituído por fios (arco vestibular, apoio canino, arco palatino, fios de conexão, suporte para escudo, apoio oclusal) e acrílico Aparelho volumoso que afasta os tecidos moles e o lábio da porção inferior Ação muito voltada para a musculatura Indicação: RF 1 – classe II div. 1, RF 2 – classe II div. 2, dentadura mista ou permanence precoce Mordida construtiva: avanço de 2 a 3mm a cada 4 ou 5 meses Tempo de uso: 1,5 a 2 anos Efeitos: movimento mandibular para frente e para baixo, suave restrição do crescimento anterior da maxila, extrusão dos molares inferiores e superiores, aumento AFAI (altura facial ântero-inferior), expansão lateral dos arcos, inclinações dentárias Desvantagens: imprescindível colaboração do paciente, incomoda durante fala e deglutição (volumoso), difícil confecçãoe manipulação, dificuldade no controle dos movimentos dentários, pequeno controle de erupção vertical o Herbst: Dispositivo de avanço mandibular fixo para tratamento de classe II Época ideal para tratamento: dentadura mista (período intertransitório) Mecanismo de ação: mecanismo telescópico com ancoragem inter-arcos para manutenção da mandíbula em posição continuamente avançada, promovendo remodelação da ATM Uso de bandas nos molares superiores e inferiores estendendo até o canino inferior Construção do aparelho: 1. Ancoragem pesada: arco inferior – arco lingual modificado ou placa removível; arco superior – Haas ou barra palatina modificada 2. Colocação dos pivôs nas bandas dos molares superiores e na região de caninos ou pré-molares inferiores 3. Ajuste dos tubos articulares 4. Ajuste dos pistons 5. Ajuste dos parafusos Efeitos: aumento do comprimento mandibular, restrição do crescimento maxilar, aumento na AFAI, movimento distal dos dentes superiores e mesial nos inferiores Recidivas: condições oclusais estáveis, crescimento desfavorável, persistência de hábitos orais Contenção: até estabelecimento de uma oclusão estável Vantagens: rapidez do tratamento (por ser fixo, não tira nem para comer), não requer colaboração do paciente, trabalha 24 horas por dia, tempo de tratamento curto (de 6 a 8 meses), pouca interferência na fala e estética Desvantagens: não permite movimentos de lateralidade, desconfortável, aparelho mais susceptível a quebrar o Bionator de Balters: Muito utilizado na atualidade Estético e confortável Não dificulta fonação e deglutição Manejo clínico fácil e rápido Necessita de diagnóstico correto e planejamento consciente Promove alterações musculares, ósseas e dentárias Afasta tecido mole e o paciente só toca na região anterior Objetivos: 1. Normalizar o espaço bucal funcional – equilíbrio entre língua, bochechas e lábios 2. Corrigir posições dentárias e relação maxilo-mandibular 3. Corrigir, manter ou proteger a integridade da ATM 4. Promover selamento labial Atua removendo influências ambientais de crescimento-retardantes e afetando o crescimento dentro dos limites do potencial genético individual Efeitos: redirecionamento do crescimento maxilar, expansão maxilar transversal, estimulação do crescimento mandibular, irrupção passiva de dentes com abertura da mordida, aumento da AFAI, nivelamento da curva de Spee, movimentação dentária Inclinação dos incisivos superiores para distal, dos inferiores para vestibular, extrusão dos dentes posteriores, inibição do crescimento da maxila, estímulo do crescimento da mandíbula e remodelação do côndilo o Bionator básico: Indicado para má oclusão de classe II divisão 1 com deficiência mandibular e AFAI normal ou diminuída Época ideal de tratamento: segundo período transitório, tentando coincidir com a curva ascendente da adolescência Sequência de confecção: 1. Obtenção dos modelos 2. Mordida construtitiva 3. Montagem em verticulador 4. Etapa laboratorial – alça palatina, arco vestibular, escudos e acrilização 5. Acabamento com brocas Diagnóstico e tratamento da Classe III Definição: a cúspide MV do primeiro molar superior oclui distalmente em relação ao sulco vestibular do primeiro molar inferior; normalmente, está associada a mordida cruzada anterior e presença de diastemas – ao contrário, sulco mesio-vestibular do 1o. molar permanente inferior ocluindo mesialmente em relação à cúspide mésio-vestibular do 1o. molar permanente superior (mesioclusão); presença de trespasse horizontal negativo e perfil facial côncavo Como diferenciar má oclusão esquelética de dentária? Pedir para o paciente ocluir em RC e observar se a chave de molares continua a mesma de quando o paciente está em MIH, se sim, a alteração é esquelética, se não, é dentária. Pode diferenciar pela cefalometria também. Classificações: A classe III pode ser um problema relacionado a atresia maxilar, displasia mandibular ou combinação dos dois (esquelético). Pode ser, também, apenas uma alteração dentária, como maxila retruída ou mandíbula protruída ou rotação mandibular. Mordida cruzada esquelética classe III verdadeira Mordida cruzada funcional pseudoclasse III Mordida cruzada dentária classe III Diagnóstico diferencial: Depende do número de dentes envolvidos, alinhamento dental, perfil do paciente, classe de Angle e RC X MIH Mordida cruzada anterior dentária Mordida cruzada anterior funcional Mordida cruzada anterior esquelética Nas mordidas cruzadas, tem-se desvio funcional da mandíbula, ANB negativo (classe III esquelética) e inclinação axial dos incisivos, o que vai gerar inflamação gengival, reabsorção óssea, distúrbios na ATM, prejuízo no crescimento condilar e maxilar e problemas estéticos e funcionais Para o tratamento das mordidas cruzadas anteriores, avalia-se espaço mésio-distal, sobremordida suficiente, inclinação axial do dente, relação molar e eliminação dos fatores causadores. Para a mordida cruzada dentária, opta-se pelo aparelho removível com arco de progenia e parafuso expansor, plano inclinado, aparelho removível com molas, aparelhos fixos parcial ou total. Tratamento da Classe III esquelética: Máscara facial + disjuntor: o Elásticos presos na máscara e no aparelho maxilar gerando força anterior na maxila que induz movimentação e crescimento Aparelho ortopédico funcional: o Pacientes classe III moderado o Maior efeito em mudanças dentárias, causa movimento mesial dos molares superiores enquanto mantém os inferiores em posição vertical e anteroposterior o Ativadores ortopédicos, bionator, frankel, bimler de Classe III Mentoneira: usado em casos de excesso mandibular, classe III muito difícil de tratar o Muda a direção do crescimento mandibular girando o mento para baixo e para trás o Não restringe o crescimento mandibular, apenas modifica o Efeito secundário: inclinação lingual dos incisivos inferiores Em adultos: tratamento orto-cirúrgico Cefalometria Mensuração de grandezas físicas, angulares e lineares em radiografias de cabeça. Objetivos: Apreciação do crescimento dos distintos componentes ósseos do crânio e da face, além da direção do crescimento dos maxilares Diagnóstico clínico de anomalia Comparação de mudanças ocasionadas durante o tratamento ortodôntico Avaliação dos resultados obtidos mediante cálculos sobrepostos Classificação esquelética das maloclusões (diferente das Classes de Angle – aqui só tem a relação óssea): determinar o que está protruído e/ou retraído em relação à base do crânio o Classe I: ANB entre 0 e 4 graus (norma padrão) o Classe II: ANB>4 o Classe III: ANB<0 OBS: ANB = SNA – SNB (posição da maxila – posição da mandíbula = relação maxilomandibular no sentido anteroposterior) Determinar os padrões esqueléticos: o Mesocefálicos (na média padrão) o Braquicefálicos (menor que a média) o Dolicocefálicos (acima da média) Indicações: Auxiliar no diagnóstico Registro de pré-tratamento Monitorar o progresso do paciente
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